UFV / IX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ADMINISTRAÇÃO



UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ADMINISTRAÇÃO

ANÁLISE DA VALIDAÇÃO DOS BENEFÍCIOS SUGERIDOS PELA FAIR TRADE LABELLING ORGANIZATIONS INTERNATIONAL (FLO) AOS AGENTES ENVOLVIDOS NA OBTENÇÃO DO SELO FAIRTRADE EM UMA COOPERATIVA DE CAFEICULTORES NA ZONA DA MATA MINEIRA.

AGLAENNE FLÁVIA DA ROSA (Bolsista/UFV), ALCINDO CIPRIANO ARGOLO MENDES (Orientador/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV)

Ultimamente têm surgido inúmeros selos que certificam a qualidade dos produtos e a responsabilidade social e ambiental. Entretanto, o estudo dos benefícios proporcionados por estas certificações ainda é incipiente no Brasil. Uma das certificadoras, a Fair Trade Labelling Organizations International (FLO) atua no mercado com o selo FairTrade que visa beneficiar produtores do Hemisfério Sul que são desfavorecidos com as práticas de comércio convencionais. A FLO propõe que o selo beneficie a associação de produtores, os produtores, o meio-ambiente e a sociedade em geral. O objetivo deste trabalho é averiguar se os benefícios sugeridos pela FLO são validados pelos agentes envolvidos na obtenção do selo Fairtrade em uma cooperativa de cafeicultores da Zona da Mata mineira. Será comparada a visão dos benefícios propostos pela FLO e a validação destes perante os agentes envolvidos na obtenção da certificação. Especificamente espera-se constatar quais são os benefícios propostos pela FLO aos agentes; verificar quais são os benefícios reconhecidos por cada agente; averiguar se os benefícios propostos pela FLO são os mesmos reconhecidos por cada agente e em caso de não serem os mesmos, verificar quais são as diferenças existentes. A pesquisa tem essência qualitativa, sendo classificada como exploratória, com viés descritivo. O trabalho apresenta cunho bibliográfico, de campo e estudo de caso. Os instrumentos utilizados foram o questionário, aplicados com a sociedade e com os produtores, e a entrevista semi-estruturada, realizada com o secretário do meio ambiente da cidade sede da cooperativa e com os dirigentes e funcionários desta. A hipótese inicial é que nem todos os agentes legitimarão os benefícios. Dados iniciais demonstram grande falta de conhecimento por parte dos agentes com relação ao processo e às vantagens da certificação. Estudos com essa proposição ganham relevância no sentido da verificação das vantagens e desvantagens deste selo para a sociedade local.

                                                       

(PET/SESU/MEC )

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PERFIL DO CLIENTE DA OPERADORA DE TELEFONIA MÓVEL, VIVO S.A., NA CIDADE DE VIÇOSA

AGLAENNE FLÁVIA DA ROSA (Não Bolsista/UFV), ELLEN CRISTINA BARADEL (Não Bolsista/UFV), AMANDA PRADO FERNANDES (Não Bolsista/UFV), SIMONE MARTINS (Orientador/UFV)

 Visto a importância do conhecimento das características dos usuários para as empresas se sobressaírem no mercado, este trabalho objetivou identificar e analisar o perfil dos clientes que utilizam a operadora VIVO S.A, no plano pré-pago, na cidade de Viçosa-MG. O estudo de caso é classificado como pesquisa descritiva de essência quantitativa. O questionário foi à ferramenta utilizada para a obtenção dos dados primários, sendo a amostra apenas usuários da operadora VIVO S.A. que utilizam o plano pré-pago. Os dados obtidos foram analisados com a ajuda do programa SPSS. Os resultados evidenciam que os clientes são na sua maioria estudantes, apresentando faixa etária de 20 a 29 anos e com renda entre R$ 500,00 e R$1500,00. As pessoas entrevistadas evidenciam que preferem utilizar o plano pré-pago pelo fato de não assumirem compromisso de pagar mensalmente uma conta. Dentre os entrevistados, 67,7% afirmam realizar recargas mensais, porém quando perguntado a quantia da recarga pode-se observar que esse valor é relativamente pequeno, 30,2% dos clientes pesquisados recarregam o valor de R$ 22,00 e 25,4% recarregam R$ 12,00. O serviço mais utilizado pelos clientes é o torpedo SMS, que também é aproveitado pela empresa para informar a seus clientes sobre promoções e novidades. A área de cobertura é apontada como a maior vantagem da VIVO S.A. em relação aos concorrentes e a má qualidade no atendimento, principalmente via Call Center, é assinalada como ponto negativo da operadora. Constatou-se que os consumidores estão satisfeitos com os serviços ofertados, por isso não recorrem à outra operadora, fato que também pode ser explicado pela fidelidade à marca, sendo a maioria clientes a mais de 2 anos. Dentre as companhias de telefonia móvel, a OI é a concorrente direta com a VIVO S.A, principalmente devido às promoções.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO SOBRE A VIABILIDADE DE APLICAÇÃO DO BALANCED SCORECARD

ALINE RODRIGUES FERNANDES (Bolsista/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), FERNANDA DA VITORIA LEBARCKY (Não Bolsista/UFV), SIMONE MARTINS (Co-orientador/UFV)

A avaliação do desempenho organizacional é fundamental para as organizações do Terceiro Setor, à medida que possibilita o acompanhamento contínuo da eficácia e eficiência da estrutura, dos programas, processos e pessoas, além de oferecer subsídios para o planejamento de ações e facilitar o processo de prestação de contas. A escassez de pesquisas voltadas ao processo de avaliação nessas organizações impulsiona pesquisadores na busca de alternativas aplicáveis à gestão social. Nesse sentido, o presente estudo investiga a viabilidade de utilização do sistema de medição de desempenho Balanced Scorecard (BSC) em organizações do Terceiro Setor, através da proposição do modelo a uma organização não governamental. O artigo relata todo o processo metodológico do desenvolvimento do BSC e apresenta o sistema proposto. Ao considerar que a participação da equipe administrativa da organização seria imprescindível para o alcance dos objetivos do trabalho, optou-se pela metodologia da pesquisa-ação. O trabalho assume caráter exploratório, abordagem qualitativa e trata-se de um estudo de caso. Os resultados da pesquisa apontam ser viável a utilização do BSC em entidades do Terceiro Setor, desde que observadas as necessidades de adaptação do instrumento a essas organizações. A metodologia revela-se como uma ferramenta de gestão muito vantajosa para as organizações sem fins lucrativos por facilitar a tradução e a operacionalização da estratégia organizacional em objetivos, metas e ações.

 (PET - MEC/SESU )

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A RELAÇÃO ENTRE CUSTOS, RECEITAS E A ABRANGÊNCIA DE SERVIÇOS: UM ESTUDO NO ÂMBITO DO TERCEIRO SETOR

ALINE RODRIGUES FERNANDES (Bolsista/UFV), KAMILLA ALVES RODRIGUES FERREIRA (Não Bolsista/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), FERNANDA DA VITORIA LEBARCKY (Não Bolsista/UFV)

O Terceiro Setor é composto por organizações emergentes da iniciativa privada, que desenvolvem atividades de interesse público, complementares ao Estado e ao Mercado, e não possuem finalidade lucrativa. Ao considerar a escassez de recursos disponíveis para a execução de atividades no Terceiro Setor, a gestão eficiente dos custos torna-se primordial. O gerenciamento dos custos organizacionais, além de subsidiar planejamento e avaliação, auxiliam as organizações sem fins lucrativos na captação de recursos e na prestação de contas. Diante disso, o presente estudo objetivou analisar a relação dos custos e receitas com a quantidade de beneficiários de uma organização do Terceiro Setor e discutir a importância do gerenciamento dos custos para as entidades que o compõem. O trabalho assume aspectos exploratório e descritivo e trata-se de um estudo de caso. Através de uma abordagem quantitativa, as análises efetuadas confirmaram as hipóteses de que as variáveis Custos e Receitas são relacionadas com o Número de Beneficiários. Além disso, observou-se que o controle de Custos pode ser utilizado como ferramenta que minimiza impactos da redução do volume captado de recursos na abrangência dos projetos realizados. Evidenciou-se desta forma, a factibilidade na eficiência da gestão dessas organizações, com relação a custos, e a relevância da Gestão de Custos para o melhor gerenciamento e crescimento do Terceiro Setor.

(PET - MEC/SESU )

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FATORES QUE IMPULSIONAM AS MPE A RECORRER ÀS EMPRESAS DE FACTORING EM UM MUNICÍPIO DA ZONA DA MATA – MG

AMANDA PRADO FERNANDES (Bolsista/UFV), SIMONE MARTINS (Orientador/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV)

Devido a escassez de estudos sobre empresas de fomento mercantil (factoring), no Brasil, principalmente na região da Zona da Mata mineira e a importância das micro e pequenas empresas para a economia nacional, realizou-se um estudo que objetivou apontar os fatores que despertam o interesse das MPE para a captação de recurso nas factoring, além disso, buscou-se averiguar as práticas das empresas e identificar se as negociações estão de acordo com a legislação. A amostra corresponde a 10% empresas clientes da factoring do setor do comércio, numa cidade da Zona da Mata Mireira. Numa abordagem qualitativa, realizou-se uma pesquisa exploratória e descritiva. Os dados secundários foram obtidos por meio de pesquisa bibliográfica e documental, ao passo que os primários foram coletados via entrevistas semi-estruturadas, direcionadas aos empresários de empresas das factoring e das micro e pequenas empresa do comércio local. Utilizou-se a análise de conteúdo para interpretação dos dados. Os resultados evidenciam que 85% da amostra sofrem escassez de capital de giro, devido as práticas de venda a prazo, atraso no recebimento junto aos cliente, alto investimento em estoque e vulnerabilidade do ramo da atividade. Para suprir tal necessidade de capital de giro as MPE recorrem ao factoring ou as institições financeiras. Os fatores que motivam a MPE a recorrer a factoring são: a facilidade, agilidade e desburocratização na negociação, além da não limitação de crédito. Por outro lado o empecilho destacado por estas foi o juro cobrado, fato caracterizado como a principal desvantagem. Ao analisar as práticas das empresas de factoring pode-se perceber certa desconformidade com a legislação, pois não oferem os serviços de assessoria administrativa e financeira as empresas clientes e quando oferecem, cobram pelo serviço, custo que deveria estar imbuído na negociação.

(MEC )

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A INFLUÊNCIA DE STAKEHOLDERS NO DESEMPENHO DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL: UMA INVESTIGAÇÃO EXPLORATÓRIA

ANA CLAUDIA PEDROSA DE OLIVEIRA (Bolsista/UFV), KAMILLA ALVES RODRIGUES FERREIRA (Bolsista/UFV), THAMIRIS RODRIGUES FERREIRA (Não Bolsista/UFV), RICARDO CORRÊA GOMES (Orientador/)

Este trabalho visa contribuir para a identificação dos stakeholders que têm a capacidade de influenciar positiva ou negativamente os resultados da administração municipal, visto a existência de lacunas na literatura sobre o tema, o que dificulta explicar o desempenho superior de alguns municípios. A pesquisa, de abordagem qualitativa, adotou como metodologia um estudo de caso exploratório realizado em Timóteo – municípios com o quinto maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Minas Gerais. Os dados foram coletados através de Grupo de Foco realizado com os Secretários Municipais e com Vice-Prefeito dessa cidade e analisados através da metodologia de Análise de Conteúdo. Os resultados indicaram que o alto desempenho do Governo local é influenciado fortemente por um stakeholder principal: o Prefeito. As respostas obtidas no Grupo de Foco apontaram que, para alcançar um desempenho superior, o Prefeito utiliza-se de sua capacidade de influenciar e liderar, para coordenar sua equipe de gestão em busca de melhores resultados para a população e para o município. Ademais, a união de esforços e o bom relacionamento entre Prefeito e Secretários Municipais fazem com que as ações estejam alinhadas, e os resultados sejam alcançados com eficiência. A contribuição teórica deste trabalho se verifica na identificação de um stakeholder não relatado anteriormente na literatura como influenciador do desempenho municipal: a oposição partidária. A identificação dessa influência negativa atenta para o fato de que as disputas políticas pelo poder desviam, muitas vezes, o foco da administração municipal, o qual deveria concentrar-se na melhoria dos serviços prestados à população, e dessa forma, resultar em um elevado nível de desenvolvimento humano. Para futuros estudos, recomenda-se a verificação se a oposição partidária influencia negativamente o desempenho de demais municípios com o mesmo nível de desenvolvimento, além de identificar quais ações a oposição pratica que interferem nos resultados da administração municipal.

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INCUBADORA TECNOLÓGICA DE COOPERATIVAS POPULARES NA GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA: PROPOSTAS DE INCLUSÃO SOCIAL PARA A REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA-MG

ANDRÉ CEZAR DE SOUZA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), JADER FERNANDES CIRINO (Orientador/UFV), EDSON ARLINDO SILVA (Co-orientador/UFV), RAIANE RIBEIRO MACHADO (Co-orientador/UFV), VALDERÍ DE CASTRO ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), RAUL FARIA DE OLIVEIRA SOUZA (Não Bolsista/UFV), DIEGO GIL CORREIA DUTRA (Não Bolsista/UFV)

O projeto de constituição e implantação da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/UFV – Extensão Campus de Rio Paranaíba) consiste em criar uma estrutura permanente de formação nas áreas de administração, legislação, contabilidade, finanças, economia e educação, no intuito de gerar trabalho e renda no município de Rio Paranaíba e região. O objetivo é auxiliar a constituição e o funcionamento de cooperativas populares para atender trabalhadores desempregados, assalariados de baixa renda e autônomos que desejem se organizar em cooperativas populares. Nesse contexto, as cooperativas populares como formas de empreendimentos solidários representam um tipo de organização formal, que reúne os objetivos econômicos e sociais do grupo desenvolvendo atividades norteadas pelos preceitos da Economia Solidária e que visa gerar trabalho e renda. Concomitantemente, a ITCP/UFV/CRP se propõe desenvolver projetos voltados para a cidadania e conscientização política. Nessa perspectiva a incubadora pode ser vista como uma entidade que busca promover a sustentabilidade, principalmente no que concerne à sua dimensão social e econômica. A ITCP/UFV/CRP pretende também contribuir para o desenvolvimento da Economia Solidária através do aprimoramento de conceitos e da observação empírica de seus limites e possibilidades. Os resultados alcançados até o momento apontam para a existência de grupos de trabalhadores desempregados e desorganizados (coletores de materiais recicláveis) nos municípios de São Gotardo, Rio Paranaíba e Patos de Minas. Atualmente a estrutura físico-humana da ITCP/UFV/CRP é composta por 3 salas, computadores, prateleiras, arquivos e mesas, bem como por 3 professores e 16 estudantes. A incubadora ainda aguarda aprovação de recursos solicitados junto à FAPEMIG e ao CNPq para dar início ao processo de incubação. Na ITCP/UFV/CRP estão sendo desenvolvidos projetos de pesquisa e extensão que envolvem temas como institucionalismo, capital social, politicas públicas e meio ambiente.

 

 

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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE SOB A ÓTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ANDRÉ LUIZ DE PAIVA (Bolsista BIC-Júnior/EEM), EDSON ARLINDO SILVA (Orientador/UFV), RAIANE RIBEIRO MACHADO (Co-orientador/UFV), JADER FERNANDES CIRINO (Co-orientador/UFV), FABIANA FERREIRA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), NATHALIA BORGES PIRES (Não Bolsista/UFV)

A preocupação principal desse estudo foi esclarecer a problemática ambiental, tendo em vista a implementação de um projeto de educação ambiental permanente, como forma de conscientizar e reeducar a população do município de Rio Paranaíba sobre as práticas de intervenção junto ao meio ambiente local. No município de Rio Paranaíba, Estado de Minas Gerais, verificou-se que o principal agente agressor do meio ambiente é o agronegócio. Utilizando-se de pesquisa exploratória em todo o município de Rio Paranaíba, observou-se graves agressões ao meio ambiente como o uso intensivo de fertilizantes e agrotóxicos, bem como áreas de deterioração do solo. Identificou-se ainda junto à população local pouco ou nenhum conhecimento sobre as práticas de Educação Ambiental. Somente em algumas escolas estaduais e municipais foi possível constatar tímidas ações voltadas ao meio ambiente, que por sua vez ficaram restritas ao espaço escolar. Os resultados da pesquisa apontam para a necessidade em se criar uma secretaria municipal ou órgão similar para atuar efetivamente nas questões ambientais, já que atualmente encontra-se a cargo da Secretaria Municipal de Agricultura de Rio Paranaíba a competência para cuidar dessas questões. Contudo, esta secretaria prioriza questões relacionadas à agropecuária, deixando em segundo plano as ações voltadas para a sustentabilidade ambiental do município. As considerações finais vão de encontro à necessidade em se consolidar projetos de educação ambiental em Rio Paranaíba, por exemplo, nas escolas estaduais e municipais; segundo, deve haver maior presença da sociedade civil para atuar e monitorar o processo de intervenção junto ao meio ambiente; terceiro, deve-se utilizar os potenciais presentes em instituições como a EMATER e a Polícia Ambiental para ampliar a preservação e a sustentabilidade do meio ambiente no município de Rio Paranaíba.

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GESTÃO PÚBLICA E EDUCAÇÃO: O CHOQUE DE GESTÃO DO GOVERNO DE MINAS GERAIS EM FOCO

ANTONIO CARLOS MIRANDA (Bolsista outra Instituição/UFV), ROSIMAR DE FATIMA OLIVEIRA (Orientador/UFV), AFONSO AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS DE CARVALHO LIMA (Co-orientador/UFV)

Este trabalho tem por objetivo enfocar um dos aspectos centrais do processo de reforma administrativa pela qual o Estado de Minas Gerais passou nos últimos anos – o Choque de Gestão - e suas implicações nas políticas públicas educacionais estaduais. Como metodologia, optou-se pela análise documental e bibliográfica. Os resultados mostraram que o Choque de Gestão, como programa de governo, pautava-se na constatação de que o aparato estatal sofria de falta de ação governamental nos mais diversos setores tais como educação. Assim sendo, deve ser compreendido como sendo um conjunto integrado de políticas de gestão pública orientado para o desenvolvimento e controlado em relação aos resultados esperados e os resultados obtidos através da contratualização entre as partes, institucionalizados pela criação de um mecanismo denominado Acordo de Resultados. Observou-se que através da contratualização de metas e medidas de desempenho entre as partes interessadas os consumidores de serviços públicos têm maiores possibilidades de controlar e avaliar o andamento destes serviços a partir de um marco contratual. Em síntese, o espaço principal de atuação concentra-se na função controle e nas estratégias de adequação desenvolvidas para assegurar que os resultados das operações se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente estabelecidos. A essência do controle reside na determinação da conformidade da atividade controlada em relação aos resultados desejados.

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MÉTODO AHP COMO FERRAMENTO DE AUXÍLIO NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PROPRIEDADES RURAIS FAMILIARES

CAIO CÉSAR DE MEDEIROS COSTA (Bolsista FAPEMIG/UFV), LEANDRO GOMES DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Orientador/UFV)

O presente estudo demonstrou a utilização do método AHP (Analytic Hierarchy Process), no planejamento de uma pequena propriedade rural na cidade de São Miguel do Anta. O método AHP que de acordo com Prieto et al. (2005) É um método de apoio decisão baseado na lógica do multi-critério, foi proposto por Saaty na década de 1970. Segundo Staay (1994) citado por Prieto et al. (2005) a lógica do multi-critério aplica-se a decisões onde é necessário quantificar os benefícios, os riscos e os custos da solução proposta. Para a realização do estudo foi utilizado a abordagem de estudo de caso, que segundo Gil (2007) consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa impossível mediante outros delineamentos já considerados. O estudo apresentou também as vantagens e desvantagens da utilização da aplicação dessa ferramenta no planejamento da pequena propriedade rural. No caso da fazenda Itaipava, algumas vantagens foram apresentadas entre elas: a definição clara de quais os objetivos mais importantes do projeto, sincronismo do projeto com os desejos do pequeno empresário rural, agilidade no processo de planejamento e anulação de possíveis subjetivismos da parte do consultor. Como desvantagem apresentou a necessidade de conhecimentos em inglês e uma dificuldade em se obter softwares para a aplicação do método. Dessa forma mostrou-se a necessidade da utilização de ferramentas mais moderna mesmo em pequenas propriedades, sendo que tais ferramentas são de grande valia para a realização de um planejamento eficiente e de acordo com as necessidades do pequeno produtor rural.

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A GESTÃO DA QUALIDADE NO AGRONEGÓCIO: ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DO MÉTODO FMEA EM UMA GRANJA DE FRANGO.

CAIO CÉSAR DE MEDEIROS COSTA (Bolsista FAPEMIG/UFV), LEANDRO GOMES DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), HUGO BELCHIOR ANTONIOL SOARES DA SILVA (Não Bolsista/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Orientador/UFV), LYDIA BRUNA DA COSTA LIMA (Não Bolsista/UFV)

A busca pela qualidade e a construção de sistemas e aplicação de ferramentas de apoio à tomada de decisão, inclusive no setor rural, são necessidades gerenciais bastante importantes. Nesse sentido, este estudo demonstrou a aplicação do método Análise dos Modos e Efeitos de Falhas (FMEA) em uma granja de frango corte. Especificamente, o trabalho apontou os erros mais freqüentemente observados no processo de criação de frango de corte. Buscou, ainda, identificar as origens desses problemas e hierarquizar os mesmos em função do nível de ocorrência, da dificuldade de detecção e a severidade de cada erro. Com a hierarquização obteve-se o índice NPR (índice de risco), sendo que os erros que tiveram nível de ocorrência maior ou igual a cinco e ou que tiveram o índice NPR maior ou igual a trezentos, foram considerados preocupantes, exigindo maior atenção por parte do produtor rural que trabalha com frango de corte, principalmente aqueles que operam de modo integrado com indústrias processadoras. Os resultados mostraram que os problemas mais freqüentes foram a presença de frangos doentes e a morte de frangos. As origens principais foram: falta de vacinação, excesso na capacidade, ambiente barulhento e doenças em geral. Espera-se com a pesquisa contribuir para o aprimoramento da gestão de granjas de frango de corte e, de forma indireta, apoiar a melhoria da rentabilidade dos avicultores, através da conscientização dos mesmos acerca da importância da aplicação de ferramentas de gestão da qualidade.

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AGROINDÚSTRIA COOPERATIVA NO ALTO PARANAÍBA

CAMILA EMI MURAKAMI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), BRUNA Silva ( CRP) MARILENE DE SOUZA CAMPOS (Orientador/UFV)

O cooperativismo agropecuário atualmente em ato na Região do Alto Paranaíba tem longas raízes históricas e remonta a participação da Cooperativa Agrícola de Cotia  na implantação do PADAP(Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba). Trata-se de uma experiência de cooperação cujas raízes étnicas se conservaram através da participação maciça dos japoneses e de suas experiências pregressas de cooperativismo. Em uma cooperativa agrícola aumenta-se o poder de barganha por haver maior produção consequentemente aumenta o poder de negociação, e a compra de insumos torna-se mais acessível, fornecendo em grande maioria dos casos, uma maior sobrevivência e poder no mercado para os produtores agrícolas. O objetivo desse trabalho é trabalhar comparativamente duas organizações cooperativas: a COOPADAP, (Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba) originada da reorganização de alguns prósperos produtores que adquiram toda estrutura física e industrial da extinta CAC e outra, a COOPACER (Cooperativa de Agronegócio do Cerrado Brasileiro) mais recente originária da associação de agronegócios nascentes de condomínios inicialmente familiares e em expansão. A metodologia de coleta de dados é a realização de entrevistas com cooperados de ambas e com o corpo de funcionários administrativos. Assim como a COOPADAP nasce de um processo de diferenciação em meio aos assentados, marcado pela concentração fundiária, a jovem COOPACER nasce de uma nova diferenciação no meio desses produtores, originária da fusão condominial dos negócios que dão origem a empresas com capitais maiores.  A diversificação produtiva é também uma experiência que conduz à incorporação da pecuária intensiva de leite.

 

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AVALIAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS EM EMPRESAS NASCENTES DE BASE TECNOLÓGICA (ENBT´s)

CAMILA HENRIQUES DE PAULA (Não Bolsista/UFV), THATIANE DE CASTRO PAES (Não Bolsista/UFV), DAIANE ALMEIDA SANTOS (Não Bolsista/UFV), SAMIRA RAFAELA DE ANDRADE ARAUJO (Não Bolsista/UFV), TIMÓTHEO SOUZA SILVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ROBSON ZUCCOLOTTO (Orientador/UFV)

A Contabilidade possui a função primordial de gerar informações úteis para o processo de tomada de decisão de diversos usuários. A crescente importância dos ativos intangíveis, que são caracterizados por não possuir forma física, na formação de valor das empresas tem levantado muitos debates sobre a mensuração e valoração desses ativos relacionados ao conhecimento adquirido em pesquisa e desenvolvimento, associada ao conjunto de hardware, software, patentes, marcas, dentre outros. Esta espécie de ativo, possui grande representatividade em empresas nascentes de base tecnológica, que são empresas de qualquer setor que tenha na inovação tecnológica os fundamentos de sua estratégia competitiva. Ou seja, elas surgem de projetos de pesquisa em universidades e por isso possuem significativo capital intelectual. Nesse contexto, evidencia-se os métodos de avaliação de intangíveis, que objetivam exercer controle gerencial sobre os fatores que criam valor e geram riqueza para as empresas. Esse tema tem sido causa de muitas controvérsias e dificuldades no ensino-aprendizagem no contexto brasileiro, devido à falta de livros-texto que tratem desse ambiente. Esta pesquisa objetivou analisar os métodos de avaliação de ativos intangíveis existentes no âmbito das empresas nascentes de base tecnológica, residentes e graduadas em incubadoras. Para a consecução desses objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, que forneceu suporte ao estudo.

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RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR

DAYSE LETICIA PEREIRA AMÂNCIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCELO MINA DIAS (Orientador/UFV), CRISTIANE DE FATIMA DA SILVA GOMES (Não Bolsista/UFV), FERNANDA DUTRA DA SILVA (Não Bolsista/UFV)

As organizações do Terceiro Setor receberam atribuições que as caracterizaram como uma "nova economia social". Neste novo cenário que se apresenta, evidenciou-se cada vez mais a visibilidade e a importância destas entidades no desenvolvimento e implantação de políticas públicas no âmbito local, atuando de forma ativa na realização e complementação de ações, nas quais o Estado não se faz presente ou atua de forma "ineficaz". Em contrapartida, se faz cada vez mais necessário a gestão dos recursos humanos, visto que estes são essenciais à consecução dos objetivos traçados por essas entidades. O projeto tem como objetivo verificar as principais demandas referentes aos profissionais com conhecimento específico na gestão das organizações do terceiro setor da cidade de Viçosa, como também verificar as principais demandas referentes a voluntários com conhecimentos específicos em áreas estratégicas no alcance dos objetivos traçados por essas organizações. A pesquisa está sendo realizada com parte dos membros das organizações do terceiro setor de Viçosa, através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas. Os dados coletados comporão um banco de dados contendo as principais demandas relacionadas à voluntários e a profissionais com conhecimentos em áreas essenciais na gestão dessas entidades. Os resultados inferidos a partir da revisão bibliográfica feita até o momento nos levam a considerar que grande parte dos profissionais atuantes na gestão de tais entidades não possui conhecimentos específicos para o cargo no qual estão atuando; e que também há necessidade de captação de voluntários com conhecimentos em áreas prioritárias ao atendimento das demandas levantadas pelas comunidades.

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PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA MICROEMPRESA DE VAREJO

ELLEN CRISTINA BARADEL (Bolsista/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), SIMONE MARTINS (Co-orientador/UFV)

Considerando que as micro e pequenas empresas são extremamente importantes para a economia brasileira, tanto no que se refere à geração de renda e emprego, como na capacidade em aumentar o nível de mercados formais, objetivou-se realizar uma pesquisa-ação para identificar como são gerenciadas as entradas e saídas de caixa de uma microempresa comercial varejista para a realização do planejamento e  controle financeiro. O objetivo foi demonstrar a importância da utilização de uma ferramenta gerencial para o processo decisório, uma vez que a empresa pesquisada sofre com a escassez de capital de giro, o que pode ser justificado pela falta de gerência e dificuldades de obtenção de créditos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva, cujos dados primários foram coletados a partir de entrevistas semi-estruturadas, com os donos do empreendimento. As entrevistas foram aplicadas em dois momentos: Ano 1, para a realização do diagnóstico, e Ano 2, para a avaliação da ferramenta fluxo de caixa implementada durante a pesquisa-ação. Os dados foram analisados pela técnica análise de conteúdo, utilizando-se da grade fechada, com o auxilio do programa Sphinx. Os resultados sinalizam que na microempresa analisada as decisões são centralizadas na pessoa do dono, o princípio contábil da entidade não é observado e há pouca ênfase nas questões gerenciais, o que naturalmente está refletido na ausência de uma ferramenta gerencial para auxiliar a tomada de decisão. A implementação do fluxo de caixa possibilitou maior conhecimento do negócio, mas não gerou impactos diretos na forma como é realizado o planejamento e controle financeiro, o que pode ser explicado pela necessidade de mudança de cultura e hábitos que demandam de tempo. Como contribuições, foi possível observar mudanças na forma de precificação dos produtos, do pensar sobre sazonalidade, e no processo de análise dos custos, com eliminação daqueles desnecessários.

(mec )

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APLICAÇÃO DA TEORIA DE AGÊNCIA EM CONTRATOS ENTRE O CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS/UFV E EMPRESAS

ELLEN CRISTINA BARADEL (Não Bolsista/UFV), TIMÓTHEO SOUZA SILVEIRA (Não Bolsista/UFV), ROBSON ZUCCOLOTTO (Orientador/UFV)

O objetivo deste trabalho foi identificar existência e a aplicabilidade da teoria de agência presente nos contratos entre participantes de cooperações do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa e empresas para o desenvolvimento tecnológico de seus processos. A existência de separação entre a propriedade e o controle de capital representaria a possibilidade do surgimento de conflito de interesse entre os participantes das cooperações tecnológicas universidade-empresa. Partindo dessa premissa seria possível introduzir os conceitos de teoria da agência nos contratos de pesquisa corporativa. Foi realizada uma pesquisa documental baseada em levantamento de dados primários obtidos dos contratos firmados entre os participantes. Demonstrou-se as contribuições dos conceitos da teoria de agência para a análise das relações contratuais existentes na cooperação tecnológica entre universidade e empresa. Portanto, percebe-se a existência de conflito de agência em ambientes de pesquisa pela atuação dos participantes, que estabelecem contratos visando à proteção de interesses, divergentes entre si, conforme se observa pela análise dos contratos. Com o intuito de minimizar o conflito existente, poderiam ser criados mecanismos para recompensar à universidade por bons desempenhos obtidos nas empresas pela aplicação dos resultados da pesquisa. Isso levaria à existência de interesse comum entre os participantes e à redução de divergências. Conclui-se que a teoria de agência auxilia na compreensão dos contratos universidade-empresa e nos papéis desempenhados pelos envolvidos no processo de geração de novos conhecimentos e tecnologias.

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS IMPLEMENTADAS NA REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA – MG

FABIANA FERREIRA DA SILVA (Bolsista FUNARBIC/UFV), LUIS CESAR DIAS DRUMOND (Orientador/UFV), EDSON ARLINDO SILVA (Co-orientador/UFV), RAIANE RIBEIRO MACHADO (Co-orientador/UFV), VALDERÍ DE CASTRO ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), NAYARA NOGUEIRA SILVA (Não Bolsista/UFV)

Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 O estudo constituiu na compreensão dos impactos oriundos das ações humanas no meio ambiente, tendo em vista a noção de desenvolvimento sustentável. Assim tal temática passa a ser percebida a partir da Conferência de Estocolmo, 1972, como potencial a ser explorado pelas instituições públicas, devido à escassez de políticas públicas efetivas que busquem o equilíbrio entre o meio ambiente e o crescimento econômico (SACHS, 1994; PEREIRA, 2008; SEMAD, 2009; SALAZAR et al, 2008). É preciso que o Estado tenha seu foco nas políticas públicas voltadas para as questões ambientais, permitindo a geração de ações efetivas de sustentabilidade. O estudo proposto buscou ainda responder certos questionamentos oriundos de discussões atuais acerca da relação políticas públicas e desenvolvimento sustentável, quais sejam: Qual a capacidade institucional dos municípios da região do Alto Paranaíba em gerar desenvolvimento sustentável? Quais os limites e as possibilidades das instituições públicas para gerar políticas públicas de sustentabilidade? Nesse contexto o objeto de análise da pesquisa limitou-se à compreensão de políticas públicas por meio de dados quantitativos em poder da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável através do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais (ZEE-MG). A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica, estudo exploratório e análise de dados secundários. Os resultados oferecem significativas reflexões sobre as constantes intervenções governamentais realizadas no Alto Paranaíba. Tratou-se ainda da análise simultânea de políticas públicas inseridas nas dimensões ecológicas e econômicas que vem permitindo compreender como é pensado, estruturado e avaliado o desenvolvimento sustentável. As considerações finais permitem inferir sobre a realização de análises qualitativas de políticas públicas implementadas na região do Alto Paranaíba nos últimos três anos, período este correspondente ao início e término do ZEE-MG (2006 a 2008). Esse levantamento qualitativo encontra-se em desenvolvimento (fase II) e possibilitará melhor avaliação dos indicadores de políticas públicas de sustentabilidade.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ADMINISTRAÇÃO

POLÍTICAS TRIBUTÁRIAS DO ICMS E A PARTICIPAÇÃO DA CADEIA AGROINDUSTRIAL DO LEITE NA FORMAÇÃO DO PIB MINEIRO

FELIPE RODRIGUES DE SIQUEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), VAGNER ALVES ARANTES (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANTONIO CARLOS BRUNOZI JUNIOR (Bolsista CAPES/UFV), LUIZ ANTONIO ABRANTES (Orientador/UFV)

A Cadeia Agroindustrial do Leite no Brasil apresenta grande relevância na formação do Produto Interno Bruto Nacional além de gerar renda e empregos no meio urbano e favorecer a fixação do homem no campo. É um segmento fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do país revelando grande participação no cômputo total da arrecadação tributária. Nessa direção no âmbito estadual, Minas Gerais representa-se como o estado mais importante ao segmento da cadeia do leite, concentrando 28,4% da produção nacional. A disseminação dessa atividade tem contribuído para a interiorização do desenvolvimento, amenizando o êxodo rural e diminuindo as desigualdades regionais no estado. Considerando que o estado de Minas Gerais é o maior produtor de leite do país, e a tributação sobre a atividade econômica responde por parcela significativa da arrecadação do Estado, dependendo das políticas de incidência tributárias existentes poderá haver representatividade significativa nos fatores de composição dos custos dos produtos. Assim, este estudo teve como objetivo principal identificar a participação da arrecadação tributária estadual do ICMS na cadeia agroindustrial do leite, bem como identificar a participação dos segmentos da atividade e a influência das políticas tributárias. Constatou-se os benefícios dispostos na legislação tributária, aos segmentos formadores da atividade, na aplicabilidade de alíquotas diferenciadas, diferimentos e isenções em alguns insumos e bens de capital relacionados à produção, viabilizados em decorrência do volume de renda e a quantidade de empregos gerados. Percebeu-se a relativa aplicabilidade das políticas tributárias aos segmentos de insumos, primários e industriais, entretanto verificou-se a concentração da arrecadação tributária, no segmento varejista da cadeia.

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A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA - MG

FERNANDA DA VITORIA LEBARCKY (Bolsista/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), MAGNUS LUIZ EMMENDOERFER (Co-orientador/UFV), ALINE RODRIGUES FERNANDES (Não Bolsista/UFV)

A Estrutura em uma Organização define como as tarefas são distribuídas, agrupadas e coordenadas e, assim, deve favorecer o fluxo das atividades e a eficiência organizacional. No Brasil, há algumas lacunas na produção científica acerca da configuração estrutural de órgãos públicos municipais. Visto a relevância do tema nas discussões organizacionais, o trabalho teve como objetivo caracterizar os componentes das estruturas de Órgãos Municipais de Educação. A pesquisa classifica-se como descritiva quanto aos fins e pesquisa de campo quanto aos meios. Com uma abordagem censitária, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dirigentes e funcionários de Secretarias de Educação em 18 municípios da Microrregião de Viçosa – MG. Por meio da análise de conteúdo, os dados foram categorizados segundo os elementos: especialização do trabalho, departamentalização, cadeia de comando, amplitude de controle, centralização e formalização. Após a categorização, os elementos foram classificados em diferentes escalas, conforme modelo elaborado durante a pesquisa. Os principais resultados indicam que em geral as estruturas dos Órgãos Municipais de Educação possuem: baixo grau de Formalização e de Especialização do Trabalho, Departamentalização por Função, Amplitude de Controle pequena, Cadeia de Comando com dois níveis hierárquicos, baixo nível de verticalização e níveis de Centralização distintos, de acordo com o perfil de cada gestor. Ressalta-se que a configuração estrutural encontrada é compatível com o pequeno porte organizacional e orientada para as questões operacionais de curto prazo ou cumprimento de exigências de outros segmentos governamentais. A flexibilidade propiciada por estruturas menores favorece a agilidade e a capacidade de reação do serviço público municipal, embora tal flexibilidade possa apresentar certo descompasso com a Estrutura formal e, portanto, ser conflituosa com questões legais. Destaca-se, ainda, a grande influência exercida pelo prefeito nestas estruturas e o potencial existente para estabelecimento de parceiras e envolvimento da comunidade em certas atividades, a fim de otimizar a estrutura atual.

(Programa de Educação Tutorial)

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POLÍTICAS PÚBLICAS E MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA NO ALTO PARANAÍBA: A EMERGÊNCIA ASSISTIDA DO AGRONEGÓCIO

GABRIELE RAMOS MACIEL (Não Bolsista/UFV), MARIANA RAMALHO PROCOPIO (Orientador/UFV)

O Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba (PADAP) foi implantado, em 1974, para dar suporte à expansão da fronteira agrícola rumo ao cerrado mineiro. Trata-se de um programa pioneiro que assentou colonos de ascendência nipônica em terrenos de 250 a 500 hectares, através da parceria do governo federal com a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), cuja experiência em assentamentos data de 1937, onde atuou em cooperação com o Estado Novo, em Santa Cruz-RJ.  O objetivo deste trabalho é analisar as políticas públicas implementadas no Alto Paranaíba, que permitiram a emergência de uma agricultura capitalista dinâmica e de um segmento médio afluente de proprietários rurais. Metodologicamente, empregamos: análise documental (arquivos públicos e acervos particulares de antigos cooperados da CAC); e realizamos entrevistas com atores que participaram diretamente do PADAP, como assentados, policy makers, ou outras modalidades. Como resultados parciais, encontramos fatores que moldaram as políticas públicas: forte intervenção estatal e a ação de um cooperativismo com características nipônicas que beneficiou, com a reforma agrária, filhos de cooperados pertencentes aos segmentos médios... Os candidatos a assentados foram escolhidos criteriosamente para viabilizar a implantação do modelo de produção agrícola baseado em médias propriedades, altamente mecanizado e pouco dependente de mão-de-obra permanente., sendo que parte dos colonos estagiou  em farmers, localizadas nos estados da Califórnia e Iowa . Apoio técnico-financeiro também foi dado pelo governo japonês, que, além da insuficiente produção agrícola nacional, sofreu o embargo americano à exportação de grãos nos anos 70. Outra conclusão relevante é que (afora as propriedades com menos de 100 hectares, conservadas por seus antigos donos no período de desapropriação e posteriormente adquiridas e anexadas às propriedades maiores) com raras exceções, em vez da concentração fundiária, verifica-se um modelo condominial de exploração do agronegócio e a forte permanência do cooperativismo renascido na COOPACER e COOPADAP.

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CARGOS, CARREIRA E RECOMPENSAS EM UMA ORGANIZAÇÃO FAMILIAR DO RAMO SUPERMERCADISTA NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA - MG

GIANA ASSI (Bolsista/UFV), NATÁLIA MICHELE FERREIRA (Não Bolsista/UFV), RENATA CARLA COSTA (Não Bolsista/UFV), NATÁLIA HILÁRIA SILVA (Não Bolsista/UFV), MAGNUS LUIZ EMMENDOERFER (Orientador/UFV)

O setor supermercadista, em expressiva expansão nos últimos anos, tem previsão de aumento de 4,4% no volume de investimentos em relação ao ano de 2008 segundo a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados). A organização em estudo enquadra-se neste setor e tem como público interno 65 funcionários e 3 sócios, dos quais 77% foram entrevistados com o objetivo de identificar e analisar os processos de Descrição de Cargos, Plano de Carreira, Políticas Salariais e Benefícios. Os mecanismos de coleta de dados utilizados foram questionários aplicados aos funcionários e entrevistas semi-estruturadas aos sócios. A análise dos dados gerados por estes mecanismos nos permitiu inferir que, além de não haver retrabalho na instituição, todos os funcionários conhecem as atribuições de seus cargos, uma vez que tem orientação dos sócios. Ainda foi identificado como resultados da pesquisa, que a maioria dos respondentes possui atividades extras e que a empresa possui métodos subjetivos de ascensão na carreira; condescendente a isso, os funcionários declaram possuir boas possibilidades de crescimento na empresa. Os funcionários consideram, ainda que seus salários são adequados às funções que desempenham, fato este que evidencia um quadro de satisfação no trabalho. Apesar da alta satisfação constatada, apenas 24% dos colaboradores consideram receber algum tipo de benefício. Isso se deve à política dos gestores da organização, que julgam ser mais eficaz pagar salários acima da média de mercado em detrimento da concessão de benefícios. Com a realização do trabalho foram identificados fatores críticos no gerenciamento de pessoas, dentre os quais se destacam a falta de formalização dos procedimentos e das práticas organizacionais e mecanismos artesanais de controle. O destaque da pesquisa, contudo, é a constatação de que, apesar de ter sido identificado que os processos analisados ocorrem de forma experimental, a informalização na empresa não impacta negativamente nos seus resultados; pelo contrário, contribui para a consolidação do supermercado.

(Sesu MEC )

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ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DA UFV NO MUNICÍPIO DE RIO PARANAÍBA/MG: A PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO LOCAL

ISABELA SILVA ROCHA (Bolsista BIC-Júnior/EEM), RAIANE RIBEIRO MACHADO (Orientador/UFV), EDSON ARLINDO SILVA (Co-orientador/UFV), NAYARA NOGUEIRA SILVA (Não Bolsista/UFV), DIEGO GIL CORREIA DUTRA (Não Bolsista/UFV)

Fruto de um projeto de acompanhamento dos impactos sócio-econômicos e culturais da implantação da UFV na região do Alto Paranaíba, este trabalho objetivou diagnosticar qual a percepção pré-concebida da população de Rio Paranaíba quanto às possíveis transformações locais. Utilizou-se de entrevistas estruturadas com aplicação de questionários junto à população local selecionada em setembro de 2008, momento em que a UFV já se encontrava em funcionamento há um ano. Trabalhou-se com uma amostragem inicial de 1% do total, sendo ajustada posteriormente para 1,2% de forma a distribuir proporcionalmente entre sexo, faixa etária e bairros de residência. Como foram considerados aptos todos aqueles maiores de 16 anos aplicaram-se 94 questionários. Identificou-se que 58,95% da população local nunca tinham ouvido da existência da universidade até sua implantação no município. Este baixo conhecimento acerca da UFV reflete nas expectativas apresentadas, uma vez que 55,79% da população acreditam que o município está totalmente preparado para receber novos habitantes vindos em função do vínculo com a UFV, afirmação esta que não condiz com a avaliação feita com esta nova população. Analisando as expectativas sociais as mais esperadas são: melhoria da qualidade de vida e crescimento populacional; as econômicas são: estímulo à construção civil e crescimento do comércio; e as culturais são: melhoria da educação e oportunidade de qualificação profissional. Assim, constatou-se uma visão limitada da população, pois há insignificante preocupação com os impactos negativos passíveis de ocorrência. Apontam ainda que serviços como o atendimento médico-hospitalar, de lazer, educação e transporte devem ser melhorados, pois mesmo sem a presença da universidade, eles não atendem suas necessidades. Com isto, conclui-se que a população não está consciente quanto às oportunidades de crescimento sócio-econômicos e culturais do município, embasadas num planejamento de ações na intenção de proporcionar um crescimento sustentável local.

(CNPq/FAPEMIG)

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MICROEMPREENDIMENTOS E DESENVOLVIMENTO LOCAL: IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA PARA O MUNICÍPIO DE VIÇOSA - MG

JOÃO PAULO DE SOUZA GOMES (Bolsista CNPq/UFV), SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA (Orientador/UFV), LUCIANA TEIXEIRA (Não Bolsista/UFV)

Um pequeno negócio familiar exige que o empreendedor apresente habilidades que lhe permitam produzir e gerenciar a atividade. O desenvolvimento dessas atividades pode ser incentivado a partir do reconhecimento da existência dessa capacidade empreendedora que, corretamente direcionada, pode atuar como propulsora de desenvolvimento sustentável em municípios. A pesquisa teve como objetivo identificar, cadastrar e caracterizar os empreendedores estabelecidos como unidades de produção, dos segmentos de indústria, comércio ou serviços, em Viçosa-MG, e avaliar sua importância socioeconômica para o município. A investigação ocorreu entre agosto/2008 e maio/2009 identificando-se 854 microempreendimentos no município. A amostra constituiu-se de 276 unidades. Por meio da aplicação de questionário e análise dos dados foi possível identificar as principais demandas, necessidades e pontos de vista a dos empreendedores sobre políticas públicas voltadas para este segmento. De acordo com os resultados encontrados, a maior parte dos empreendimentos pesquisados atua no setor do comércio (62,3%); as indústrias e os prestadores de serviço representaram, respectivamente, 19,2% e 11,2%. A maioria dos empreendedores é do sexo masculino (58,7%), com média de idade de 41 anos, casados (70,3%) e possui residência própria (76,8%). 40,68% dos empreendedores possuem o ensino médio completo. No município foram identificados 18,5% de empreendimentos informais que encontraram, em parte, dificuldades burocráticas para a legalização do negócio. Foram apontadas como importantes pelos empreendedores políticas públicas de incentivos fiscais, melhorias na educação básica e desenvolvimento de programas de capacitação profissional e treinamento técnico como principais fatores - 84,4%, 76,8% e 69,9% - respectivamente. A pesquisa permitiu entender que a cultura empreendedora cada vez mais se fortalece na sociedade atual, o que vem ocorrendo também no município de Viçosa-MG. Verificou-se, entretanto, conforme afirmaram os entrevistados, a ausência de políticas públicas para atendimento das demandas e fortalecimento dos empreendimentos locais, que poderiam contribuir para o aumento de sua eficiência competitiva.

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GESTÃO DE PESSOAS E DESENVOLVIMENTO DE INTRAEMPREENDEDORES NO CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

JOSIEL LOPES VALADARES (Bolsista/UFV), WANEI RAMON DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), MAGNUS LUIZ EMMENDOERFER (Orientador/UFV)

O objetivo deste ensaio teórico foi levantar fatores que possibilitem influenciar o desenvolvimento de intraempreendedores no âmbito das organizações públicas através de práticas de gestão de pessoas. Em termos metodológicos optou-se pelo método ensaio teórico do tipo exploratório e descritivo, de natureza qualitativa. Como resultados de pesquisa observou-se que: i) a administração pública brasileira encara uma crescente demanda de melhoramento dos sistemas de gestão de servidores; ii) os processos inerentes à Gestão de Pessoas como: planejamento da alocação das pessoas, satisfação dos funcionários, gestão de custos e benefícios, gestão de empregados com ênfase no recrutamento/seleção e remuneração, e gestão do desenvolvimento e treinamento tão difundidos em organizações privadas não são aplicados ou quando aplicados são de modo insipiente no governo, distanciando a área de Gestão de Pessoas do contexto estratégico; iii) a falta de planejamento na área de Gestão de Pessoas na esfera pública faz com que esta seja gerenciada de forma reativa, respondendo a demandas de outras áreas e dos funcionários, não podendo destinar seu tempo a tarefas estratégicas. Conclui-se que há um desfalque temporal no que tange ao modelo empregado na gestão de pessoas das organizações públicas. Observam-se práticas que não se assemelham à moderna Gestão de pessoas, ou seja, as pessoas não são incentivadas a desenvolverem suas capacidades máximas na organização. Neste sentido propõe-se, entre outras estratégias eficientes de melhorias na gestão, que seja motivada a implementação de políticas de desenvolvimento de pessoas com características empreendedoras ou ainda, que no recrutamento e seleção sejam levadas em conta essas características. Portanto, este ensaio teórico contribui para o avanço no conhecimento da área de gestão de pessoas ao apontar evidências empíricas de utilização de modernas práticas de gestão de pessoas em organização públicas.

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PESQUISA DE MARKETING COMO ESTRATÉGIA EM UMA MICRO EMPRESA DE BASE TECNOLÓGICA DO RAMO DE BIOTECNOLOGIA

JOSIEL LOPES VALADARES (Bolsista/UFV), MAGNUS LUIZ EMMENDOERFER (Orientador/UFV), MARCELO SOARES CRESPO (Não Bolsista/UFV)

Esta pesquisa se propôs a elaborar um sistema de informações do mercado de uma organização do ramo de biotecnologia. Tal proposição se justifica  pelo fato da pesquisa de mercado proporcionar o desenvolvimento de orientação mercadológica, ou seja, fazer com que a empresa estudada busque através de informações do mercado, alinhar seus processos de trabalho a fim de satisfazer as necessidades de seus clientes. Neste sentido, entende-se, que no ambiente competitivo em que as empresas atuam, focar a atenção em questões que são primordiais para a obtenção de vantagens competitivas frente ao mercado, torna-se fundamental para a sobrevivência e o sucesso do negócio. Alcançam o sucesso, as empresas que adequam seu portfólio de produtos ao seu mercado de atuação, onde os benefícios oferecidos venham a ser percebidos pelos seus clientes. Para alcançar o objetivo proposto, foi adotado o método de pesquisa de caráter qualitativo-quantitativo através de uma investigação do tipo exploratória na forma de pesquisa bibliográfica e aplicação de questionários. Desta forma, foi elaborado um relatório de informações do mercado da empresa, para evidenciar as peculiaridades do ambiente interno e externo para que esta pudesse utilizar tais informações na formulação de estratégias de alcance de seus clientes potenciais. Sendo assim, foi mapeada as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa através da análise da ferramenta matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats). Obteve-se, então, informações sobre concorrentes diretos e indiretos da empresa, especificando seus pontos fortes e fracos em relação à concorrência. Todos os dados levantandos foram organizados num banco de dados, com destque para as informações de clientes e fornecedores da organização. Todas essas informações levantadas com a Pesquisa de Marketing incrementa a definição de um planejamento estratégico para a empresa no que concerne à suas ações mercadológicas, bem como auxilia o processo decisório organizacional quanto ao desenvolvimento e comercialização de seus produtos.

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COMPOSIÇÃO E RENTABILIDADE DA CARTEIRA DE ATIVOS EM RELAÇÃO AO MERCADO: O CASO DE UM FUNDO DE PENSÃO

KAIO CÉSAR ALMEIDA DE OLIVEIRA (Bolsista/UFV), SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA (Orientador/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV), MURILO BARBOSA NUNES (Não Bolsista/UFV)

Este trabalho teve como objetivo principal comparar as rentabilidades de um Fundo de Pensão com seus benchmarks, determinando os fatores econômicos que tem influenciado nessa relação, além de analisar a composição de sua carteira de investimentos e sua evolução no período de 2000 a 2008. A pesquisa caracteriza-se como descritiva, bibliográfica, documental e estudo de caso. Os principais dados, essencialmente quantitativos, foram coletados por meio de consultas a documentos da Diretoria Financeira do Fundo, o que trouxe em números exatos a rentabilidade e composição da carteira no período estudado. Para a análise quantitativa foi usada Estatística Descritiva, bem como uma análise de Correlação entre as variáveis. A mensuração do risco foi calculada através da volatilidade e desvio-padrão dos retornos dos investimentos. Os dados estatísticos foram obtidos utilizando-se os softwares Microsoft Office Excel 2007® e SPSS 15.0. Pela análise das rentabilidades pode-se perceber que o Fundo estudado apresentou um bom desempenho frente aos seus benchmarks, conseguindo superar sua Meta Atuarial para o período devido aos excelentes resultados obtidos nos investimentos em Renda Fixa e Variável. A rentabilidade total acumulada do Fundo superou sua Meta Atuarial na maioria do período estudado, determinando um desempenho de investimento do Fundo igual a 320%, contra 213% do seu benchmark no período estudado. A carteira de investimentos concentra a maioria dos recursos em Renda Fixa, alterando sua composição de acordo com a conjuntura econômica de forma a maximizar a rentabilidade total do Fundo. Em momentos de crise econômica, percebe-se um movimento de recursos do segmento de Renda Variável para o segmento de Renda Fixa, com o objetivo de se proteger dos riscos e aproveitar os maiores retornos oferecidos por esses ativos nesse momento. O modelo de gestão praticado pelo Fundo é Ativo, embora adote um estilo conservador de alocação de recursos.

(PET )

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ESTUDO EXPLORATÓRIO DOS FATORES DETERMINANTES DO DESEMPENHO DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS: UMA ANÁLISE DE CAUSALIDADE DAS INFLUÊNCIAS DOS STAKEHOLDERS NOS RESULTADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DAS PREFEITURAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

KAMILLA ALVES RODRIGUES FERREIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), Ricardo Corrêa Gomes (Orientador/), ANA CLAUDIA PEDROSA DE OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), Luciana de Oliveira Miranda Gomes (Co-orientador/)

Diferentemente do setor privado, onde se avalia o desempenho pela comparação dos insumos utilizados versus resultados (financeiros) alcançados, no setor público, a variedade e intangibilidade dos serviços e o grande número de indivíduos atendidos, dificultam a mensuração e avaliação do desempenho deste setor. Embora o desempenho da administração municipal esteja presente na agenda de diversos estudiosos, ainda apresentam-se lacunas na literatura que dificultam explicar o desempenho superior de alguns municípios. Como em todo sistema, os governos influenciam e sofrem influência de diversos atores (stakeholders) com capacidade de interferir em seus resultados (seja na esfera municipal, estadual ou federal). Esse trabalho objetiva contribuir para a gestão dos Governos locais através da emissão de evidências empíricas sobre a participação dos stakeholders no desempenho dos municípios. Utilizou-se uma abordagem censitária com a população composta pelos ocupantes do cargo de Secretário de Saúde dos municípios do estado de Minas Gerais, que constam do quartil superior da listagem do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), onde o índice está entre 0,841 e 0,760. Os resultados indicam a liderança do Prefeito e a qualificação dos funcionários como fatores determinantes do alto desempenho dos municípios estudados. A real contribuição desse trabalho é a de que os serviços públicos, a nível municipal, devem ser conduzidos por verdadeiros líderes, visto que a capacidade de influenciar é extremamente importante na busca de melhores resultados para a população e para o município. É também uma contribuição descritiva para a gestão do setor público, pois retrata o papel de alguns atores importantes no seu desempenho. Segundo os resultados, também os Governos Federal e Estadual influenciam o desempenho municipal, influência esta ligada principalmente às transferências de recursos. Os resultados indicam que a natureza dos fatores determinantes do desempenho municipal decorre primeiramente do ambiente técnico em detrimento do ambiente institucional.

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IMPACTOS DOS INVESTIMENTOS DE RECURSOS PÚBLICOS EM PROGRAMAS SOCIAIS SOBRE INDICADORES SOCIAIS BRASILEIROS

LAÍS ATANAKA DENUBILA (Não Bolsista/UFV), MARCO AURELIO MARQUES FERREIRA (Orientador/UFV), Doraliza Auxiliadora Abranches Monteiro (Não Bolsista/UFV)

O objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto das transferências de recursos públicos em programas sociais do Governo Federal nos indicadores sociais do Brasil. Para tal investigação, a orientação teórica abordada foi a multidimencionalidade da pobreza, aspectos da desigualdade social e avaliação de políticas e programas públicos. A metodologia usada foi a abordagem multivariada de dados, especificamente as análises fatorial e de clusters, visando o agrupamento dos estados conforme a proximidade de seus indicadores sociais. Assim, foram identificados 3 agrupamentos de indicadores: (1) Estados com indicadores sociais bons, (2) Estados com indicadores sociais regulares; (3) Estados com indicadores sociais ruins. Constatou-se que o aumento do repasse social em 2004 resultou na trajetória positiva dos vários indicadores sociais na maioria dos estados. No entanto, essa trajetória positiva apresentou-se melhor para os estados que já possuíam indicadores sociais bons, e regular para os demais conjuntos de estados que demonstraram indicadores sociais regulares e ruins em sua maioria. Conclui-se que o aumento do repasse social com a criação de um conjunto de programas sociais, ocasionou em um impacto positivo na trajetória dos indicadores sociais para maioria dos estados brasileiros, porém essa mudança foi melhor para os estados que já apresentavam indicadores sociais bons.

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DESEMPENHO DO SETOR CONFECCIONISTA BRASILEIRO

LUCAS MAIA DOS SANTOS (Não Bolsista/UFV), MARCO AURELIO MARQUES FERREIRA (Orientador/UFV), EVANDRO RODRIGUES DE FARIA (Co-orientador/UFV), LUIZ CARLOS DE SOUZA FARIA (Não Bolsista/UFV)

Os determinantes da performance das empresas têm sido, por muito tempo, interesse central para pesquisadores em gestão estratégica. Dessa forma, este trabalho foi conduzido com o objetivo de identificar e analisar a performance de grupos estratégicos de confecções brasileiras, descrevendo as suas características e comparando-a por indicadores definidos. Para isto foram utilizados quatro métodos com dados do ano de 2006 de 510 empresas: calculou-se os escores de eficiência, utilizando-se da Análise Envoltória de Dados; utilizou-se a análise de cluster para identificar agrupamentos e utilizou-se da análise discriminante para validá-los. Contatou-se elevado grau de ineficiência das organizações e o lapso médio de eficiência permite 98,17% de aumento de outputs mantendo o mesmo nível de inputs. Foi possível identificar três grupos estratégicos significativamente validados pela análise discriminante, sendo aquele composto basicamente por grande empresas o que apresentou melhor performance e que apresentou pior foi composto basicamente por MPEs. A presença de agrupamentos estratégicos diferenciados, principalmente por porte, mostra que o setor confeccionista nacional é dividido por barreiras internas inerentes as peculiaridades da maior disponibilidade de recursos em grandes empresas do que nas MPEs. Por isso, esses resultados vão de encontro a literatura no que aconselha as MPEs focarem em outras estratégias para não competir com a capacidade de economia de escala das grandes. Do ponto de vista dos grupos estratégicos, isso possibilitará a construção de barreiras de mobilidade interna aos grupos, fortalecendo a competitividade do setor nacional.

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EFICIÊNCIA DO PREGÃO ELETRÔNICO VERSUS PREGÃO PRESENCIAL

LUCAS MAIA DOS SANTOS (Não Bolsista/UFV), EVANDRO RODRIGUES DE FARIA (Orientador/UFV), MARCO AURELIO MARQUES FERREIRA (Co-orientador/UFV), LUIZ CARLOS DE SOUZA FARIA (Não Bolsista/UFV)

As licitações eletrônicas no setor público têm adquirido notoriedade nos últimos anos, principalmente, em razão dos aspectos de redução de preços, agilidade e funcionalidade atribuídos a essa modalidade de compra. Neste contexto, este estudo analisou a eficiência do pregão eletrônico nas compras públicas e identificou as vantagens e desvantagens a partir da sua implantação. Para a realização do estudo, foram escolhidas a Prefeitura Municipal de Viçosa (PMV) que utiliza o modelo presencial e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) que utiliza o eletrônico. Desta forma, teve-se como objetivo analisar os custos e tempo gasto com licitações nos dois órgãos, assim como os benefícios e perdas que este modelo de compra apresenta frente ao modelo presencial. Para análise, foram utilizados métodos quantitativos, sendo realizada uma análise descritiva dos dados e um teste de igualdade de médias. Concluiu-se que o pregão eletrônico é a modalidade de licitação mais vantajosa, pois apresentou menor tempo para finalização do processo, com chance de erro de 4,4% e comprovou potencial de redução mais significativo para tempo e preço. Contudo, o pregão presencial também se mostrou eficiente, razão pela qual pode ser utilizada pela PMV até que esta tenha a estrutura necessária para a utilização do pregão eletrônico.

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AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA GESTÃO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO BRASIL

LUCÍLIA DA GLORIA TOMAZILLI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCO AURELIO MARQUES FERREIRA (Orientador/UFV), ROBERTA MARTINS XAVIER (Bolsista CNPq/UFV), Doraliza Auxiliadora Abranches Monteiro (Co-orientador/UFV), ANNA LAURA TEIXEIRA DE ALMEIDA (Não Bolsista/UFV)

Este estudo analisa a eficiência da gestão do Programa Bolsa Família no Brasil no período de 2006 a 2008. O trabalho toma como referência o Índice de Gestão Descentralizada (IGD) criado pelo Governo Federal no intuito de regulamentar, normatizar e incentivar a eficiência e qualidade na gestão do Programa Bolsa Família, em nível municipal. As abordagens teóricas utilizadas basearam-se na análise e avaliação de políticas públicas e na política de transferência de renda condicionada, o Programa Bolsa Família, no Brasil. Para a investigação proposta, foi realizada a análise exploratória de dados e a análise de eficiência baseado nos valores de formação do IGD e em dados sobre o Programa Bolsa Família e municípios brasileiros do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), Bolsa Família Informa e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre os principais resultados encontrados, destaca-se que a média de IGD para os municípios brasileiros foram de 0,74, 0,74 e 0,76, respectivamente, para os anos de 2006, 2007 e 2008, demonstrando baixa eficiência na gestão do Programa. Houve baixo número de estados com escores altos de IGD e grande dispersão dos dados em torno da média, fator expresso no desvio-padrão, amplitude e coeficiente de variação, explicitando variações na gestão do Programa Bolsa Família entre os diversos municípios Brasileiros. Esses fatores expõem a fragilidade da gestão pública social municipal e comprometem a eficiência do programa. Assim, o grande desafio do Programa Bolsa Família consiste em promover a integração da gestão do programa com as áreas de saúde e educação que estão relacionadas às suas condicionalidades. Portanto, ainda há muito que aprimorar a gestão, para que o programa obtenha o resultado esperado, que é romper o ciclo de pobreza entre gerações, no entanto, é perceptível no geral, a evolução dos resultados dos estados durante o período abordado.

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QUESTÕES AMBIENTAIS PENSADAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE RIO PARANAÍBA-MG

MAÍZY CÁSSIA SILVA (Bolsista BIC-Júnior/EEM), EDSON ARLINDO SILVA (Orientador/UFV), RAIANE RIBEIRO MACHADO (Co-orientador/UFV), JADER FERNANDES CIRINO (Co-orientador/UFV), FABIANA FERREIRA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), ISA CRISTINA GONÇALVES RIBEIRO (Não Bolsista/UFV)

Essa pesquisa objetivou elucidar as recentes preocupações existentes sobre a problemática ambiental no município de Rio Paranaíba. Tratou-se de identificar e categorizar as principais práticas e ações voltadas à sustentabilidade do meio ambiente. Nesse sentido foi possível constatar que as atividades voltadas à agricultura e pecuária são as que mais contribuem para alavancar os problemas ambientais no município. Por meio de estudo exploratório nas dimensões territoriais de Rio Paranaíba, observou-se graves agressões ao meio ambiente como a utilização de fertilizantes, agrotóxicos e poluição de rios, nascentes e solos. Assim, pesquisa de opinião pública junto à população local revelou baixo conhecimento sobre as questões ambientais e sobre as práticas de Educação Ambiental. Somente nas escolas do município foi possível identificar projetos de educação ambiental, sem, no entanto, abranger a população em geral. O processo metodológico de pesquisa consistiu nos seguintes procedimentos: revisão de literatura, pesquisa de opinião pública e estudo exploratório. As discussões dos resultados revelaram cenários de baixo conhecimento por parte da população local em relação ao meio ambiente; ineficiência por parte da Secretaria Municipal de Agricultura em gerar desenvolvimento de maneira sustentável; ausência de programas permanentes de educação ambiental; e falta de articulação entre a EMATER, Polícia Ambiental e Secretaria Municipal de Agricultura, que juntas são responsáveis pela fiscalização, controle, monitoramento e assistência técnica no contexto do meio ambiente e rural. Finalmente, a conclusão da pesquisa procura enfatizar que as mazelas ambientais são problemas que devem contar com a participação da sociedade civil, das instituições públicas e privadas e principalmente, de ações governamentais mais efetivas e duradouras. A posição estratégica do município na região do Alto Paranaíba que mantém proximidades com o Rio São Francisco, Rio Grande e a Bacia de três Marias reforçam a importância da Educação Ambiental nos contextos local e regional.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ADMINISTRAÇÃO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO MUNICIPAL: UMA AVALIAÇÃO PRELIMINAR DOS PLANOS DIRETORES DE PREFEITURAS DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS

MARIANA LUÍSA DA COSTA LAGE (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV)

Este estudo teve como objetivo avaliar o estágio de consolidação em que se encontra o processo de planejamento dos municípios da Zona da Mata de Minas Gerais, por meio do exame preliminar da situação dos Planos Diretores de Juiz de Fora, Leopoldina, Ponte Nova, Viçosa, Visconde do Rio Branco e Ubá. Visa contribuir para a verificação do cumprimento ou descumprimento do Estatuto da Cidade, lei 10.257/2001. Como objetivos específicos, busca verificar se todas as cidades da amostra implantaram seus Planos Diretores; o nível de participação da população no processo de elaboração e execução; o impacto em termos de benefícios e problemas causados, e por fim, se não houve problema de descontinuidade na execução e atualização do plano. A pesquisa, quanto ao fim, se caracteriza como descritiva. Quanto ao meio, se caracteriza como estudo de caso, documental, bibliográfica e de campo. Os resultados indicaram que todas as cidades têm seus respectivos planos em vigor. A participação popular aconteceu conforme exigido na lei, com exceção de uma cidade. Não foram citados impactos negativos, e como exemplo de benefícios, foram citados o norteamento da cidade no que diz respeito às diretrizes e planejamento, o controle do uso e ocupação do solo e das vias públicas. A atualização do plano está em conformidade, porém a descontinuidade foi citada em todas as cidades como um problema grave. Conclui-se que o Plano Diretor não é usado como uma ferramenta de planejamento estratégico municipal, pois além da não-implementação é também esquecido pelos dirigentes municipais, principalmente, a cada mudança de mandato. A participação popular em todas as cidades poderia ser mais efetiva. Para trabalhos futuros, recomenda-se uma análise aprofundada em uma única cidade, onde seria viável analisar todos os temas propostos pelo Estatuto da Cidade, entrevistar mais pessoas, dentre outros, possibilitando uma análise mais complexa e precisa.

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TOLERÂNCIA AO RISCO: COMO OS ALUNOS DA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II EAD-UFV DEFINEM SEUS PERFIS EM RELAÇÃO AO RISCO FINANCEIRO

MATEUS DE OLIVEIRA TEIXEIRA (Não Bolsista/UFV), SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA (Orientador/UFV), THAMIRIS RODRIGUES FERREIRA (Não Bolsista/UFV), PAULO RICARDO DA COSTA REIS (Não Bolsista/UFV)

A tolerância ao risco é fator determinante na decisão de alocação de recursos. Quando se avalia o comportamento humano é fácil perceber a diferença entre os indivíduos em relação às suas atitudes e decisões financeiras. Neste contexto, torna-se importante a definição do perfil do investidor, o qual pode ser neutro, propenso ou avesso ao risco, distinguindo-se em relação ao nível de risco que este está disposto a assumir. Visando identificar como os alunos do curso de Administração à Distância da UFV, que no I período letivo de 2009 cursavam a disciplina Administração Financeira e Orçamentária II (DAD314), se definiam em relação aos seus comportamentos frente ao risco, realizou-se um fórum. Buscou-se também verificar a assimilação do conteúdo, estimular o envolvimento com a disciplina e a aplicação dos conceitos. Os estudantes deveriam responder à pergunta: Como você se define em relação ao risco? Quanto à metodologia, o universo da pesquisa considerado foi o de 219 alunos matriculados na disciplina. Foram computadas válidas 75 respostas obtidas, os dados foram tratados com o auxílio de planilha eletrônica EXCEL (2007). Verificou-se que 73,33% dos participantes (38,67% Mulheres e 34,67% Homens) apresentam um perfil conservador, considerando-se avessos ao risco; 12% (4,00% Mulheres e 8,00% Homens) identificaram-se tendentes ao risco; e 5,33% (2,67% Mulheres e 2,67% Homens) afirmaram ser indiferentes ao risco; ainda 9,33% (2,67% Mulheres e 6,67% Homens) manifestaram outros comportamentos em relação ao risco. Conclui-se que os alunos da disciplina DAD314, notadamente os do sexo feminino apresentam perfil conservador, estando dispostos a assumir um nível de risco entre baixo e médio, com foco no médio e longo prazo. Para a maioria dos alunos a condição financeira e a situação atual da economia nacional e internacional não são propícias para assumir riscos maiores. A principal opção de investimento deles é a poupança, seguida pelos CDBs.

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CONSUMO DE PRODUTOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS POR SERVIDORES PÚBLICOS: ANÁLISE DO PERFIL E ATRIBUTOS MAIS VALORIZADOS

MURILO BARBOSA NUNES (Bolsista/UFV), AFONSO AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS DE CARVALHO LIMA (Orientador/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV), LUCAS PARAVIZO CLAUDINO (Bolsista/UFV), KAIO CÉSAR ALMEIDA DE OLIVEIRA (Bolsista/UFV)

O sistema bancário cada vez mais busca o conhecimento das demandas e desejos específicos dos clientes, visando ao desenvolvimento de estratégias de marketing bancário diferenciadas, voltadas para seu atendimento e para a elevação do nível de satisfação dos clientes em geral, tendo o lucro como objetivo final. Subseqüente a isto, novas necessidades atreladas à entrega de valor de serviço se tornam essenciais, como por exemplo a atenção dispensada pelo banco, a praticidade oferecida, o aconselhamento e principalmente a resolução dos problemas dos clientes. Diante disso, o presente estudo objetivou a identificação empírica, a partir de uma abordagem dedutiva, do comportamento de consumo por produtos de serviços em operações financeiras e os atributos mais valorizados pelos clientes. Para tanto, delineou-se, por meio de uma pesquisa descritiva quantitativa, um levantamento de dados primários através da aplicação de 409 questionários em servidores públicos na Universidade Federal de Viçosa. Como metodologia utilizou-se da amostragem estratificada proporcional por categorias, divididas de acordo com o cargo ocupado por cada servidor, no intuito de agrupar indivíduos mais homogêneos. Em linhas gerais encontrou-se: (1) Atendimento personalizado, número de agências no Brasil e Tarifas como os principais atributos valorizados pelos servidores; (2) as instituições financeiras moldam o comportamento de consumo de produtos de serviço pela segmentação praticada; (3) a ligação formal entre instituição financeira e cliente é um fator de vantagem competitiva entre as instituições em estudo; (4) o cliente com renda intermediária manifestou maior satisfação e lealdade às instituições que trabalham com soluções mais flexíveis; (5) os clientes se declaram como leais atitudinais, ou seja, pretendem continuar usando o mesmo banco apesar de estarem insatisfeitos. Como contribuição foi apresentado a necessidade de novos critérios de segmentações bancárias, baseados não somente na faixa de renda, mas também em critérios comportamentais e psicográficos da população em estudo.

(Programa de Educação Tutorial de Administração )

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CONSUMO DE PRODUTOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS POR SERVIDORES PÚBLICOS: ANÁLISE DO PERFIL E ATRIBUTOS MAIS VALORIZADOS

MURILO BARBOSA NUNES (Bolsista/UFV), AFONSO AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS DE CARVALHO LIMA (Orientador/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV), LUCAS PARAVIZO CLAUDINO (Bolsista/UFV), KAIO CÉSAR ALMEIDA DE OLIVEIRA (Bolsista/UFV)

O sistema bancário cada vez mais busca o conhecimento das demandas e desejos específicos dos clientes, visando ao desenvolvimento de estratégias de marketing bancário diferenciadas, voltadas para seu atendimento e para a elevação do nível de satisfação dos clientes em geral, tendo o lucro como objetivo final. Subseqüente a isto, novas necessidades atreladas à entrega de valor de serviço se tornam essenciais, como por exemplo a atenção dispensada pelo banco, a praticidade oferecida, o aconselhamento e principalmente a resolução dos problemas dos clientes. Diante disso, o presente estudo objetivou a identificação empírica, a partir de uma abordagem dedutiva, do comportamento de consumo por produtos de serviços em operações financeiras e os atributos mais valorizados pelos clientes. Para tanto, delineou-se, por meio de uma pesquisa descritiva quantitativa, um levantamento de dados primários através da aplicação de 409 questionários em servidores públicos na Universidade Federal de Viçosa. Como metodologia utilizou-se da amostragem estratificada proporcional por categorias, divididas de acordo com o cargo ocupado por cada servidor, no intuito de agrupar indivíduos mais homogêneos. Em linhas gerais encontrou-se: (1) Atendimento personalizado, número de agências no Brasil e Tarifas como os principais atributos valorizados pelos servidores; (2) as instituições financeiras moldam o comportamento de consumo de produtos de serviço pela segmentação praticada; (3) a ligação formal entre instituição financeira e cliente é um fator de vantagem competitiva entre as instituições em estudo; (4) o cliente com renda intermediária manifestou maior satisfação e lealdade às instituições que trabalham com soluções mais flexíveis; (5) os clientes se declaram como leais atitudinais, ou seja, pretendem continuar usando o mesmo banco apesar de estarem insatisfeitos. Como contribuição foi apresentado a necessidade de novos critérios de segmentações bancárias, baseados não somente na faixa de renda, mas também em critérios comportamentais e psicográficos da população em estudo.

(Programa de Educação Tutorial )

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ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO

NARA LUDIMILA CORREA CAMILO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LEONARDO BORNACKI DE MATTOS (Orientador/UFV), ROSIANE MARIA LIMA GONCALVES (Co-orientador/UFV)

As cooperativas de crédito são instituições que prestam serviços financeiros a seus associados. Como exemplos, podem ser citados: conta corrente, conta poupança, seguros, entre outros. Ressalta-se que, por serem instituições sem fins lucrativos, as taxas de juros cobradas pelas cooperativas de crédito são inferiores às cobradas pelos bancos comerciais. Segundo o Banco Central do Brasil, entre os anos de 1995 e 2002, a participação das cooperativas de crédito no mercado cresceu cerca de 19% ao ano. O Brasil é o país que possui maior número de cooperativas de crédito na América do Sul, sendo que os Estados de Minas Gerais e São Paulo concentram cerca de 40% das cooperativas de crédito brasileiras. O objetivo da pesquisa foi calcular e analisar os quocientes padrão de solvência, estrutura, rentabilidade, custos e despesas, para o período de 2004 a 2006, e o risco de liquidez, para o ano de 2006, para as cooperativas de crédito dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Os dados foram provenientes das contas do balanço patrimonial dessas cooperativas. Os principais resultados encontrados neste estudo evidenciaram que as cooperativas mineiras são menos capitalizadas que as paulistas, o que pode ser decorrente do fato de os cooperados não se verem como proprietários, apenas como usuários dessas cooperativas. Analisando o indicador rentabilidade do patrimônio líquido, pode-se perceber que a rentabilidade das cooperativas de crédito paulistas é maior que as mineiras. As cooperativas mineiras, no período analisado, apresentaram menor risco de liquidez que as cooperativas paulistas, visto que a quantidade de cooperativas classificadas como de baixo risco de liquidez foi, em Minas Gerais, de 85,78%, enquanto, em São Paulo, esse valor foi de 71,74%. Apesar de um número menor de cooperativas de crédito paulista estar classificadas como de baixo risco, de forma geral, estas apresentaram maior solidez financeira que as mineiras.

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POLÍTICA NACIONAL DE IRRIGAÇÃO: AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO PROJETO PIRAPORA - MG

PAULO RICARDO DA COSTA REIS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA (Orientador/UFV)

Esse trabalho teve como objetivo analisar a Política Nacional de Irrigação. Buscou-se avaliar os impactos socioeconômicos do Projeto de Irrigação Pirapora, implantado em Pirapora - MG, no ano de 1975. A análise baseou-se no modelo de avaliação de impacto ex post facto que se preocupa, fundamentalmente, em estudar a efetividade do projeto. Adotou-se o método quase-experimental junto com modelos estatísticos de análise multivariada. Posteriormente utilizou-se o modelo de séries temporais para comparar Pirapora (beneficiário) com o grupo de controle (cluster). As análises estatísticas resultaram na formação de sete clusters. Pirapora ficou agrupada no cluster dois, com mais dezesseis municípios. Os indicadores econômicos de Pirapora apresentaram uma tendência de crescimento superior à média do grupo de controle. Houve um crescimento acentuado no PIB agropecuário de Pirapora, evolução de 2.271% (2005/1970), enquanto a média dos demais municípios do cluster foi de 144,37%. O PIB total seguiu a mesma tendência, Pirapora teve um crescimento de 292% contra 192,50% para os demais municípios do cluster. A geração de empregos no projeto é de 1,04 / hectare, resultado satisfatório em relação ao potencial proposto pela literatura. O crescimento econômico gerado pelo aumento da produção e o bom desempenho na geração de empregos no projeto não tem se traduzido em desenvolvimento econômico para o município. Um indicador desse fato é que, no período analisado, o projeto não teve força suficiente para impulsionar a evolução de indicadores sociais como o IDH e o índice de Theil, de modo que o desempenho de Pirapora fosse significativamente superior ao obtido pelos demais municípios do cluster. Finalmente, pode-se afirmar que o projeto Pirapora encontra-se como um dos casos de sucesso da Política Nacional de Irrigação. Não obstante, é preciso estimular a produção e divulgação de novas avaliações que abordem a eficiência, eficácia e accountability da Política Nacional de Irrigação.

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ESTRATÉGIAS PARA COMBATER AMEAÇAS E APROVEITAR AS OPORTUNIDADES NO MERCADO VAREJISTA DE VIÇOSA: UM ESTUDO DE CASO DE UMA PEQUENA EMPRESA VAREJISTA, SITUADA NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG.

PEDRO HENRIQUE FREITAS ALMEIDA (Não Bolsista/UFV), MARINA LOUZA PALMEIRA (Não Bolsista/UFV), TELMA REGINA DA COSTA GUIMARAES BARBOSA (Orientador/UFV)

As pequenas empresas possuem algumas especificidades que influenciam na sua atuação e demandam um processo diferenciado de gestão. O presente estudo de caso propõe-se a apresentar um conjunto de fatos que podem, eventualmente, evoluir e apresentar ameaças ou oportunidades para uma pequena empresa varejista, situada no município de Viçosa, MG. Para realizar a presente investigação foi utilizado o estudo de caso de delineamento qualitativo como estratégia de pesquisa e para coleta de dados e informações, foram realizadas (1) entrevistas semi-estruturas com o proprietário; (2) coleta de dados secundários e (3) pesquisa bibliográfica. A princípio, identificou-se que a empresa encontra-se na fase de existência, segundo a classificação de Bernardi (2003), e através da análise SWOT, proposta por Kotler (2004), e de conceitos de Planejamento Estratégico, discutidos por Wright (2008), sugere-se que a empresa se posicione no mercado com a estratégia de nicho-custo baixo; implemente um Sistema de Informação Gerencial customizado, como ferramenta de auxílio no processo de controle estratégico e estabeleça redes setoriais para aumentar o poder de barganha junto aos fornecedores.

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SELEÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO MODELO DE SELEÇÃO DE PORTFÓLIO, DE MARKOWITZ.

PEDRO HENRIQUE FREITAS ALMEIDA (Não Bolsista/UFV), SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA (Orientador/UFV), MARINA LOUZA PALMEIRA (Não Bolsista/UFV)

Um aspecto relevante na teoria do portfólio é que o risco de um ativo mantido fora de uma carteira é diferente de seu risco quando incluído na carteira. Assim, o risco do ativo é medido por sua contribuição ao risco total da carteira. O presente estudo propõe-se a aplicar os conceitos seleção de portfólio de Markowitz (1952), criando uma carteira hipotética, composta, inicialmente, por três fundos de ações e um fundo cambial. O objetivo é identificar qual deve ser a participação de cada fundo na composição do portfólio, de forma que o risco total do portfólio seja inferior ao risco do ativo que possui o menor risco isoladamente, mantendo uma taxa de retorno esperado de 1,5% ao mês. Foram aplicados os conceitos de programação linear para a otimização da carteira, por meio da ferramenta solver do Microsoft Excel 2007. Como resultado, verificou-se que o risco da carteira foi minimizado mantendo o retorno esperado de 1,5% ao mês, confirmando a hipótese que a correlação negativa entre os ativos minimiza o risco da carteira, conforme descrito na Teoria do Portfólio de Markowtiz. A participação do fundo OPPORTUNITY LOGICA II FIA foi de 12,62%, CAIXA FMP FGTS PETROBRAS III, 2,82%, TEMPO CAPITAL FI ACOES, 32,88%, BB TOP DOLAR FI CAMBIAL LP, 50,30%, BB ACOES VALE DO RIO DOCE FI, 1,35%.

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VANTAGENS COMPETITIVAS DO COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO NA REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA

PRISCILA FONSECA DAVID ALVES (Não Bolsista/UFV), MARILENE DE SOUZA CAMPOS (Orientador/UFV)

O Movimento Cooperativo surge no Brasil como uma promoção das elites (econômicas e políticas) numa economia predominantemente agro-exportadora, cujo desenvolvimento no meio rural ampliou a margem de lucro dos produtores.  Especificamente no Alto Paranaíba, esse movimento é desencadeado durante a ditadura militar, estruturando um assentamento em médias propriedades (250 a 500 hectares) com elevada capitalização, voltado para o mercado interno, com o crescimento da  urbanização e industrialização. O PADAP (Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba) desenvolveu-se amparado por diversas políticas públicas, tais como o PRODECER e  POLOCENTRO, mas sobretudo por um forte cooperativismo orientado pela Cooperativa Agrícola de Cotia(CAC) . Os resultados foram obtidos  através de pesquisa exploratória, baseada em observação participante, análise de documentos e entrevistas. A partir da transformação das propriedades agrícolas em empresas rurais, surge uma nova nomenclatura para o comércio no ramo da agricultura:  “Agronegócios”. Em vez da concentração fundiária o sistema fortemente étnico do cooperativismo, resultou em condomínios de propriedades individuais formando empresas, nas quais se obtém escalas de produção - associam-se os capitais, mas conservam-se as propriedades individuais da terra. Caso exemplar é o da  Sekita Agronegócios, que originou-se do condomínio das diversas propriedades  obtidas por irmãos quando formou-se o assentamento. Através da unificação da gestão dos pequenos e médios negócios constituíram-se empresas e cooperativas de empresas e a inserção destes em cooperativas (por eles criadas) conferiu destaque ao agronegócios da  região. Objetivando redução de custos, melhora e mensuração dos índices de produtividade, maior competitividade, retenção e aplicação dos recursos de poupança e renda no próprio município, contribuindo com o desenvolvimento local, agregação de valor aos produtos, acesso  ao crédito, poupança e outros serviços bancários, otimização das cadeias de fornecimento e de recursos, a própria noção de co-operação traz a nítida possibilidade de relações econômicas e sociais além das da lógica capitalista pura.

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AS CONTRIBUIÇÕES DA ECONOMIA DE COMUNHÃO PARA A ÉTICA EMPRESARIAL

RENATO LUIZ GONÇALVES (Não Bolsista/UFV), THIAGO DE MELO TEIXEIRA DA COSTA (Orientador/UFV)

Cientes do desenvolvimento das teorias da ética empresarial nas duas últimas décadas e dos seus atuais desafios, realizamos uma pesquisa que teve por objetivo geral estabelecer relações entre ética empresarial e Economia de Comunhão (EdC). A EdC é um sistema de gestão proposto por Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares da Igreja Católica. Baseia-se na distribuição ou “comunhão” dos lucros produzidos segundo três finalidades centrais: reinvestir na própria empresa, investir na cultura de comunhão, distribuir uma terceira parte do lucro com pessoas em situação de pobreza. Pautada numa “cultura-moral-religiosa” a EdC, segundo alguns autores, apresenta alto índice de ética em sua proposta, mas carece de uma teoria que sustente essa hipótese. Buscamos responder: em que medida a “cultura-moral-religiosa” da EdC pode contribuir para determinar uma conduta ética nas empresas aderentes a esta proposta? Há possibilidade de generalização das propostas da EdC de forma a contribuírem teoricamente com o desenvolvimento da Ética Empresarial? Para responder tais perguntas, foi feita uma pesquisa exploratória e bibliográfica dos temas Ética Empresarial e Economia de Comunhão. A partir dos materiais coletados e após uma comparação e análise dos temas já mencionados, procurou-se estabelecer um diálogo entre as propostas da Economia de Comunhão e fatores destacados como desafios atuais da Ética Empresarial. Observou-se que a EdC dialoga com alguns desafios da Ética Empresarial na atualidade, oferecendo respostas originais que merecem ser mais exploradas em outros estudos. A EdC compreende o homem em suas diversas dimensões, além da dimensão econômica. Assim, as empresas EdC se diferenciam das demais no tocante à Ética Empresarial, pois superam a visão antropológica reduzida do homo economicus, sugerida pela Administração Clássica. Além do mais, a EdC carrega consigo uma fonte moral indispensável para uma autêntica reflexão ética, por parte dos empregados e empregadores de uma empresa.

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INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO CUSTO DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO LEITE EM MINAS GERAIS

RONAN PEREIRA CAPOBIANGO (Não Bolsista/UFV), LUIZ ANTONIO ABRANTES (Orientador/UFV), ANTONIO CARLOS BRUNOZI JUNIOR (Bolsista CAPES/UFV)

A Cadeia Agroindustrial do Leite destaca-se pela importância econômica e social para o Brasil, principalmente para Minas Gerais. No entanto, o mercado mostra-se extremamente competitivo, exigindo dos segmentos da cadeia, principalmente o segmento da produção rural maior conhecimento dos custos de produção e a incidência de tributos e encargos trabalhistas sobre esses custos. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar e analisar a incidência tributária na composição dos custos de produção e comercialização em diversos estratos da produção de leite. Para tanto, adotou-se a construção de  modelo analítico, baseado nas relações externas e internas na cadeia de produção, visando efetuar a quantificação da carga tributária. Observou-se que para uma maior produção, os custos indiretos são menores com mão de obra mais qualificada. Quanto à carga tributária, o impacto conjunto do ICMS, do PIS/COFINS e dos encargos sobre a folha, onera o custo de produção em 3,19%, 4,17%, 4,88%, 5,50% e 5,35%, considerando, respectivamente, os estratos para nas faixas de produção, em litros de leite, inferior a 50, 51 a 200, 201 a 500, 501 a 1000 e acima de 1000. O PIS e a COFINS são os principais responsáveis pela elevação da carga tributária, uma vez que, diferentemente do ICMS, componentes com participação significativa nos custos (gastos na alimentação, por exemplo) não são beneficiados com as políticas de isenção e diferimento. Os encargos sobre a folha de pagamento também responde por esta elevação, considerando que nos estratos de maior produção a participação da mão-de-obra contratada é maior. No momento da comercialização agrega-se, ainda, para o produtor rural pessoa física, mais 2,3% sobre a receita bruta gerada, a título de contribuição previdenciária. Pode-se concluir que, apesar das políticas de beneficiamento, o segmento produtor é afetado pela complexidade da legislação tributária, impactando os resultados da produção e reduzindo o potencial competitivo.

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INFLUÊNCIA DAS COOPERATIVAS NO DESENVOLVIMENTO LOCAL

SARA FERREIRA DE CAMPOS PINHEIRO (Bolsista CNPq/UFV), BRICIO DOS SANTOS REIS (Orientador/UFV), TELMA COELHO DA SILVA (Não Bolsista/UFV), ALEX DOS SANTOS MACÊDO (Não Bolsista/UFV)

Este trabalho surgiu da necessidade de esclarecer o grau de influência das cooperativas de crédito de Viçosa-MG – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da Universidade Federal de Viçosa (UFV-Credi) e Cooperativa de Crédito Mútuo dos Profissionais da Saúde de Viçosa e Região (Unicredi) – no desenvolvimento local, uma vez que o cooperativismo de crédito é visto como alternativa para promoção da humanização do sistema financeiro, situando os juros de crédito e a remuneração do capital em patamares mais justos. Inicialmente, está sendo realizada pesquisa bibliográfica em livros, artigos, dissertações, teses e sites das referidas cooperativas com o intuito de conhecer as diferentes posturas científicas sobre o assunto, além de obter maiores informações sobre as entidades. De forma simultânea, desenvolve-se uma pesquisa documental, com visitas às cooperativas para averiguar os produtos e serviços oferecidos, o percentual de envolvimento dos associados com esses produtos e serviços, bem como a participação deles nos projetos sociais desenvolvidos. De acordo com inúmeros trabalhos na área, o cooperativismo de crédito possui muita relevância para a sociedade, pois é capaz de promover a aplicação de recursos privados e assumir os correspondentes riscos em favor da própria comunidade onde se desenvolve. Nesse tipo de cooperativismo existe a possibilidade de formação de poupança e financiamento de iniciativas empresariais que trazem benefícios evidentes em termos de geração de empregos e de distribuição de renda. Dessa forma, promove o desenvolvimento local de forma sustentável, uma vez também que representa iniciativa diretamente promovida pelos cidadãos.

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OS REFLEXOS DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO SEGMENTO INDUSTRIAL DO SETOR DE LÁCTEOS

SHEILA ARCANJO CUPERTINO (Bolsista FAPEMIG/UFV), LUIZ ANTONIO ABRANTES (Orientador/UFV)

O setor de lácteos é de grande relevância para o país, tanto no desempenho econômico como na geração de empregos permanentes, decorrente do fato de ser um dos ramos do agronegócio com maiores elos intersetoriais e interinstitucionais. Destaca-se que as relações entre os segmentos deste setor são diversificadas e complexas, tanto na atividade operacional e comercial como nas questões relativas à tributação na produção e no consumo efetuado entre seus diferentes segmentos. Esta tributação ocorre ao longo da cadeia considerando as especificidades das legislações federal, estadual e municipal incidentes sobre a produção e sobre a circulação de mercadorias e serviços. No caso da legislação estadual o Imposto sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), o regime de substituição tributária é amplamente utilizado para facilitar sua arrecadação. Este regime atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo recolhimento do imposto relativo ao fato gerador praticado por terceiro. Considerando a inserção de diversos produtos nesse regime uma questão é levantada a respeito da aplicabilidade e impacto financeiro e econômico na indústria laticinista, considerando a complexidade de efetuar os cálculos do recolhimento, as operações interestaduais, os protocolos e a diferença da legislação entre os estados. Constatou-se que o tratamento tributário diferenciado para às micro e pequenas empresas, considerando a margem de valor agregado já determinada, interfere no valor final recolhido pela alíquota vigente no estado, não aplicando a tabela simplificada. Outro fator agravante é o recolhimento pela indústria do tributo inerente a toda a cadeia produtiva antes do acontecimento do fato gerador, implicando em maiores dispêndios no fluxo de caixa e afetando a performance financeira da indústria.

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ANÁLISE DAS POSSIBLIDADES DE REESTRUTURAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA SOCIAL: UMA EXPERIÊNCIA NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSITÊNCIA SOCIAL DE VIÇOSA

THAMIRIS RODRIGUES FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), AFONSO AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS DE CARVALHO LIMA (Orientador/UFV), LUCIANA DE OLIVEIRA MIRANDA GOMES (Não Bolsista/), ANA CLAUDIA PEDROSA DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV)

O enfraquecimento do poder Estatal e a escassez de recursos públicos a partir da década de 1970 levaram diversos países à reforma da administração pública. No Brasil, esta teve início em 1995, com objetivos como o fortalecimento da governança, substituindo uma administração pública burocrática, rígida e ineficiente, por uma administração pública gerencial, flexível e eficiente, voltada para o cidadão, com características e valores específicos, embora inspirada no modelo gerencial do setor privado. Nesse contexto surge a proposta do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), como forma de reordenar as Políticas Públicas Sociais. Neste estudo de caso, de natureza qualitativa com características exploratórias e descritivas, investigou-se a Secretaria Municipal de Assistência Social de Viçosa, Minas Gerais (SMAS). Baseou-se no Manual para Avaliação Continuada da Gestão Pública, vinculado ao Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA), e no Diagnóstico Institucional Participativo (Instituto Fonte), visando responder à pergunta: quais são as ações necessárias para a melhoria da gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social de Viçosa e, conseqüentemente, ampliação do impacto de seus atendimentos? Analisando a situação da SMAS, detectou-se deficiências como: escassez de capacitação e treinamento dos funcionários, cargos mal definidos e dificuldade de controle e avaliação do desempenho interno, o que possibilita a duplicidade de benefícios e a ineficiência dos atendimentos, justificando a importância da reestruturação da gestão da SMAS. A fim de minimizar tais deficiências, foi elaborado um Manual de Cargos e Funções da SMAS, além de serem sugeridas transformações internas e externas, objetivando melhorias em sua gestão, fortalecimento das atividades desenvolvidas e adequação da SMAS às propostas do SUAS, a qual facilitaria processos como a captação de recursos. A SMAS, por sua relevância no âmbito municipal, necessita dessa reestruturação, para que os resultados das ações tenham maior efetividade, reduzindo a desigualdade e aumentando as oportunidades.

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MICROCRÉDITO: ORIGEM, EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS.

THATIANE DE CASTRO PAES (Não Bolsista/UFV), MARCO AURELIO MARQUES FERREIRA (Orientador/UFV), CAMILA HENRIQUES DE PAULA (Não Bolsista/UFV), DAIANE ALMEIDA SANTOS (Não Bolsista/UFV), SAMIRA RAFAELA DE ANDRADE ARAUJO (Não Bolsista/UFV)

Microcrédito é uma modalidade de financiamento destinada aos micro e pequenos negócios, que busca permitir o acesso dos empreendedores ao crédito de menor valor, sob condições mais acessíveis. Utiliza-se de metodologia própria voltada ao perfil e às necessidades dos empreendedores, estimulando as atividades produtivas e as relações sociais das populações mais carentes, o que gera ocupação, emprego e renda. O objetivo do presente trabalho foi abordar o conceito de microcrédito, bem como sua origem, desenvolvimento no Brasil e principais características, através de revisão de literatura citando as contribuições no acesso ao sistema financeiro pelos setores mais carentes. Visando contribuir para o debate sobre o tema, foi apresentado o caso do Sicoob Copercredi, Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana da Zona da Mata Mineira, sobre a concessão de microcrédito, cujo objetivo é a redução da pobreza e a promoção do desenvolvimento econômico da região, por isso exerce um papel social. Esse papel pode ser caracterizado como a oferta de serviços financeiros à população de baixa renda. Devido ao fato de o processo para concessão ser menos burocrático, as taxas de juros menores, isso faz com que se tornem mais acessíveis à população de baixa renda. O governo desenvolve políticas públicas para apoiar o microcrédito a exemplo da lei 11110/05 que institui o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado – PNMPO o qual apresenta os seguintes objetivos gerais: incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores populares, disponibilizar recursos para o microcrédito produtivo orientado e oferecer apoio técnico às instituições de microcrédito produtivo orientado, com vistas ao fortalecimento institucional destas para a prestação de serviços aos empreendedores populares. Entretanto, apesar de existirem leis e ações específicas do programa nacional de microcrédito produtivo, ainda há grande desconhecimento, por parte dos microempresários, sobre a sua existência.

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POLÍTICAS TRIBUTÁRIAS NA CADEIA AGROINDUSTRIAL DO CAFÉ EM MINAS GERAIS

VAGNER ALVES ARANTES (Bolsista FAPEMIG/UFV), FELIPE RODRIGUES DE SIQUEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANTONIO CARLOS BRUNOZI JUNIOR (Bolsista CAPES/UFV), LUIZ ANTONIO ABRANTES (Orientador/UFV)

A atividade cafeeira representa-se como um produto agrícola de grande importância econômica e social para o Brasil, e, principalmente para Minas Gerais. Atuando em um ambiente competitivo, em que a qualidade torna-se um fator primordial para melhor remuneração do produtor e o crescente aumento dos gastos com insumos, mão-de-obra, tributos, exigem a busca de alternativas para a otimização dos seus custos. Neste sentido, a carga tributária apresenta-se como componente importante ao longo da cadeia produtiva, por ocasionar distorções consideráveis no custo de produção, na eficiência econômica e na competitividade dos mercados doméstico e internacional. Assim, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar e analisar a tributação incidente no custo de produção e comercialização do café, bem como mensurar a carga efetiva de impostos que compõe a formação do preço de produção final e comercialização do café cru no estado mineiro. Para tanto, adotou-se como espaço de análise, o conjunto de agentes representativos do segmento produtor da cadeia agroindustrial do café, nas etapas do processo de produção, beneficiamento e comercialização dos produtos. Observou-se a participação da União e do Estado na formulação das políticas tributárias para o setor, buscando a redução dos custos de produção e comercialização, via isenção, diferimento, ou redução de base de cálculo dos insumos agrícolas. Nessa direção, verificou-se que o impacto conjunto dos encargos tributários, ICMS, do PIS/Cofins e das contribuições previdenciárias onerou o custo de produção em 8,08%, perfazendo uma carga tributária efetiva de 8,72%. Desta forma, apesar das iniciativas da legislação em vigência para diminuir a tributação do setor, é representativo o efeito da cumulatividade causada pela multiplicidade de incidências dos diversos tributos e encargos sociais.

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A UFV E O MUNICÍPIO DE RIO PARANAÍBA: DIFERENÇAS ENTRE A OFERTA LOCAL E A DEMANDA UNIVERSITÁRIA

VALDINEI FERREIRA GOMES (Bolsista BIC-Júnior/EEM), RAIANE RIBEIRO MACHADO (Orientador/UFV), EDSON ARLINDO SILVA (Co-orientador/UFV), RAUL FARIA DE OLIVEIRA SOUZA (Não Bolsista/UFV), JADER FERNANDES CIRINO (Co-orientador/UFV)

A UFV, com mais de 13 mil estudantes entre os diversos níveis, representa uma importante instituição de ensino, pesquisa e extensão que vem se destacando no cenário brasileiro na produção de novos saberes e novas tecnologias. Um grande e audacioso passo foi a implantação de um campus avançado no município de Rio Paranaíba, cuja população censitária em 2007 é de 10.809 habitantes. Estes números nos remetem à uma idéia do quanto o município tende a sofrer mudanças. Assim, este trabalho objetivou identificar o nível de serviço da infra-estrutura da cidade e suas demandas oriundas do público universitário, sejam estudantes, professores e funcionários residentes no município em função de seu atual vínculo com a instituição. Para isto, utilizou-se de questionários semi-estruturados aplicados sob forma de entrevista, tendo uma aplicação populacional com professores e funcionários e amostral com os estudantes. Diagnosticou-se em relação à moradia que a grande maioria deste público reside em imóvel alugado e escolhido por falta de variedade. Apesar de efetuarem suas compras de alimentos básicos na cidade, afirmam que o mercado local não atende suas necessidades satisfatoriamente e, com isto, buscam em outras cidades. Quanto às atividades de lazer, aquelas praticadas são escolhidas uma vez que sua realização não necessita de muita infra-estrutura, modalidades de esportes, gerando insatisfação e busca externa ao município. O mercado de vestuário e calçados não obteve grande demanda dos estudantes pela não necessidade de compra e pelo alto preço, mas significativa dos professores e funcionários. Percebeu-se uma demanda diversificada por serviços, sendo o ensino de idiomas mais solicitado pelos estudantes e serviços de saúde, telefonia e informática pelos demais. Assim, descerra-se a análise constatando que a demanda atual do público externo não é satisfatoriamente atendida e identifica-se oportunidades de negócio para aquecimento da economia local e atendimento deste novo mercado consumidor.

(CNPq/FAPEMIG )

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COMPORTAMENTO INTRAEMPREENDEDOR EM DEKASSEGUIS DE UMA FÁBRICA DE MÉDIO-PORTE NA PROVÍNCIA DE AICHI - JAPÃO

VÍVIAN KELLY ANDAKI NUNES (Não Bolsista/UFV), MAGNUS LUIZ EMMENDOERFER (Orientador/UFV)

Dekassegui é o descendente de japonês que migra para o Japão temporariamente em busca de recursos, sendo o desejo de abrir um negócio próprio um grande motivador. Como intraempreendedores podem se tornar empreendedores e provocarem desenvolvimento econômico no nível local, este artigo objetivou identificar características do comportamento intraempreendedor em dekasseguis que trabalham em empresas japonesas de médio porte do setor automobilístico. A importância desta pesquisa reside na possibilidade de identificar o potencial de trabalho que essas pessoas possam oferecer nas organizações no Japão, bem como observar indicativos para empreender lá ou até mesmo no Brasil, seu país de origem. Foi utilizada uma amostra de 71 operários, escolhidos por conveniência, na região de Aichi, província com maior número de brasileiros no Japão, com 18 questões baseadas no trabalho de Machado & Machado (2003), com respostas em escala de acordo com o nível de concordância. Os dados analisados foram organizados segundo a frequência e cruzamento de categorias relacionadas aos perfis sociodemografico e empreendedor. Como resultados, identificou-se características como autoconfiança, disposição moderada ao risco, inovação, pouca resistência a mudanças. Considerando a existência dessas características, o capital acumulado e o interesse em empreender, sugere-se que haja maior apoio governamental ou do terceiro setor a estes, de forma a auxiliá-los a conquistarem seus objetivos e contribuir com a melhoria do Brasil, além de evitar o retorno ao Japão ou ampliar sua permanência lá, inclusive em períodos de crise.

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A VOZ DO RÁDIO NA DITADURA: ESTUDO DE CASO DA PROGRAMAÇÃO DAS RÁDIOS INCONFIDÊNCIA E ITATIAIA, DE BELO HORIZONTE, NO APOGEU DO REGIME MILITAR ENTRE OS ANOS DE 1968 A 1973

ANA PAULA GOMES NUNES (Não Bolsista/UFV), MARISTELLA PAIVA COTA (Não Bolsista/UFV), KATIA DE LOURDES FRAGA (Orientador/UFV)

O artigo "A voz do rádio na Ditadura: estudo de caso da programação das rádios Inconfidência e Itatiaia, de Belo Horizonte, no apogeu do Regime Militar entre os anos de 1968 a 1973" busca investigar a programação de duas grandes rádios mineiras no período do apogeu da ditadura. Dessa forma, será possível verificar se houve censura ao conteúdo informativo, musical e de entretenimento dessas emissoras durante o período analisado. Este estudo, que faz parte de um trabalho de conclusão de curso, objetiva registrar a partir de documentos e relatos uma reconstrução memorável pela relevância deste tema no contexto político nacional, diretamente vinculado aos meios de comunicação. Além disso, a pesquisa é importante para os estudos da memória do jornalismo radiofônico, já que engloba duas rádios antigas e renomadas da capital mineira, que estavam em funcionamento na época analisada, principalmente em função da representatividade política desse estado. O procedimento utilizado na realização de entrevistas faz parte da História Oral, em que estão estreitamente ligados a história, o tempo e a memória no registro de narrativas. Dessa forma, entrevistas foram feitas com os principais radialistas das duas emissoras em questão, para verificar como se dava a relação com o regime militar e se havia realmente uma censura declarada. A partir das entrevistas, tem-se observado a presença da censura, como fator determinante na elaboração da programação das duas rádios.

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ANÁLISE DA INTERAÇÃO SIMBÓLICA ENTRE SUJEITOS PARTICIPANTES DO PROCESSO COMUNICATIVO NO QUADRO “VOU DE TÁXI” DO PROGRAMA "CALDEIRÃO DO HUCK", DA TV GLOBO.

CAMILA DE SOUZA CAETANO (Não Bolsista/UFV), ERIK ULLYSSES ALVES DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), RICARDO DUARTE GOMES DA SILVA (Orientador/UFV)

Considerando que a comunicação é um espaço de interação simbólica entre os sujeitos que participam do processo comunicativo, interessa-nos compreender os momentos de interlocução entre as pessoas que participam do programa "Vou de Táxi" e o apresentador Luciano Huck. Vale ressaltar que as pessoas são surpreendidas ao perceber que não estão em qualquer táxi, com profissionais comuns do cotidiano, já que no primeiro instante não sabem que aquele é o táxi do "Caldeirão do Huck". Embora os sujeitos participantes não saibam a princípio, eles se demonstram espontâneos, mesmo diante das câmaras e do apresentador. A maioria desses sujeitos pergunta ao apresentador, como vai a sua esposa, os seus filhos, a vida, dentre outras perguntas que normalmente são feitas a pessoas próximas. Sendo assim, é necessário compreender o nível de intimidade que há entre os homens ditados pela sociedade como comuns ("ordinários", no sentido de Michel de Certeau) e as celebridades ("olimpianos", no sentido de Edgar Morin). E em momentos posteriores, percebe-se que durante o diálogo o público demonstra liberdade para falar sobre sua vida privada e permite que o apresentador faça perguntas sobre a sua intimidade. Nesse sentido, também teremos como finalidade destrinchar e interpretar a relação de proximidade entre os "olimpianos" e os sujeitos "ordinários". Momentos do programa foram observados juntamente com discussões sobre as teorias contemporâneas a fim de levantar questões sobre como ocorre a construção social desses dois pólos que são simultaneamente distantes e coesos. Os resultados ainda parciais confirmam a interação simbólica entre apresentador e personagens do programa a partir dos elementos sígnicos posturais e de linguagem do primeiro, utilizando uma linguagem coloquial na tentativa de um "querer pertencer" ao mundo dos personagens que entram o espaço do táxi. Percebe-se uma espécie de "contrato" ou "acordo" simbólico entre apresentador e personagens no sentido de consentir que suas vidas sejam  publicizadas no programa. Isso se percebe a partir do instante em que o personagem adentra o veículo e identifica o motorista, no caso Luciano Huck. A partir de então, inicia-se o jogo de valores entre "olimpiano" (a celebridade) e os "ordinários" (os sujeitos do povo), em um "jogo comunicativo". 

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ATLAS HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE VIÇOSA (MG).

CAROLINA RAMALHO BRITO (Bolsista FAPEMIG/UFV), DIOGO NOSES SPINOLA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANGELO ADRIANO FARIA DE ASSIS (Orientador/UFV), ELPIDIO INACIO FERNANDES FILHO (Co-orientador/UFV), ANDRE LUIZ LOPES DE FARIA (Co-orientador/UFV)

O Atlas Histórico e Geográfico de Viçosa é o produto final do projeto de iniciação cientifica financiado pelo Fundo de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG que iniciou-se em 2007 e encerra-se no ano de 2009. O projeto teve a participação de docentes dos departamentos de História, Geografia e Solos e dois discentes do departamento de Geografia. O principal objetivo deste material é fornecer subsidio ao ensino de Historia e Geografia aos professores de ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas do município, visto que não há disponível para o ensino escolar de Viçosa um material que reúna as principais características históricas e geográficas do município. O material foi organizado em 22 tópicos. A sistematização dos conteúdos de cada capítulo obedeceu a uma ordem que represente primeiramente o local e posteriormente o global. De forma a contextualizar o seu lugar no mundo. Facilitando compreensão dos diferentes níveis das escalas cartográficas, que no trabalho variou de 1:50.000 (escala local) à 1:100.000.000 (escala global). Além de mapas, foram utilizados outros recursos gráficos, como: blocos diagrama, gráficos, tabelas e fotografias. Após cada mapa temático foi incluído um texto descritivo e explicativo, discutindo as principais características de cada tema abordado, além de questões sobre os temas que visam orientar ao docente no primeiro contato com o material. Foram impressas mil cópias do Atlas em formato A3 de forma a se minimizar os efeitos da generalização cartográfica e um tamanho de fácil manuseio. O material foi distribuído pelas diferentes escolas do município. Diversos docentes foram questionados ao final de duas semanas para se avaliar a adequabilidade do Atlas em sala de aula. A avaliação final foi positiva, pois, tratar as matérias de Historia e Geografia com o apoio de um material que discuta o espaço local, segundo os docentes, levou maior interesse dos alunos.

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A WEB COMO PLATAFORMA DE PRESERVAÇÃO DE BENS HISTÓRICO-CULTURAIS: ANÁLISE DO SITE PRÓ-MEMÓRIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS QUANTO A FASE SANATORIAL DA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.

GABRIELE RAMOS MACIEL (Não Bolsista/UFV), MARIANA RAMALHO PROCOPIO (Orientador/UFV)

Diante da prerrogativa de que o advento da Internet trouxe modificações para todas as esferas da sociedade, devemos constatar de que modo ela pode auxiliar no tratamento dos dados históricos de um lugar.  Este trabalho irá enfatizar a importância de sistemas gerenciadores de banco de dados com base na organização do acervo relativo à Fase Sanatorial vivida pela cidade de São José dos Campos/SP.  No presente artigo, constataremos que a preservação do patrimônio histórico-cultural de uma cidade, país, região, está tomando dimensões e características que estão de acordo com as transformações advindas no século XXI. Sendo assim, se antes os documentos, fotos, bens artísticos, etc., só eram acessíveis através da ida até uma biblioteca, museus ou ateliês, hoje, temos a comodidade de estar em confluência com esses bens através da Internet. Os suportes que permitiam registrar os fatos históricos foram desse modo, se modificando ao longo dos séculos. Porém, nenhum dos acontecimentos trouxe mais modificações nos modos de se conservar os fatos passados do que o que se efetivou a partir do surgimento e popularização da Internet, na década de 90. Ainda com relação às modificações trazidas pelo aparato digital da web, podemos perceber que ela democratizou o acesso às informações históricas. Antigamente, os registros históricos eram, de certa maneira, sigilosos para o Estado e só tinham acesso a eles os chefes de governo e os estrategistas. Ainda nesse quesito, os documentos eram guardados em lugares secretos e seguros, como templos, santuários, palácios reais. Com o tempo foi se percebendo que a população tinha direito ao acesso a esses fatos históricos, disseminado assim, as bibliotecas, museus, etc., que permitiam às pessoas comuns entrarem em contato com esses arquivos, antes secretos. Desse modo, constataremos como o Site Pró-memória de São José dos Campos funciona como importante biblioteca digital e de que modo esse modelo corrobora para a democratização dos bens histórico-culturais.

 

 

 

 

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JORNALISMO CIENTÍFICO E LINGUAGEM POPULAR

GISELE CRISTINA NISHIYAMA (Não Bolsista/UFV), ERNANE CORREA RABELO (Orientador/UFV)

O estudo pretende investigar técnicas de divulgação e instrumentos de linguagem no sentido de tornar os textos científicos mais eficazes e de fácil entendimento. Como conseqüência, diminuir o distanciamento entre texto científico e o público leigo, socializando o conhecimento científico, contribuindo para a construção responsável de uma sociedade democrática. Embora as condições socioeconômicas brasileiras sejam frágeis, principalmente para a maioria da população brasileira, sabe-se que tal condição não está lastreada unicamente na situação econômica familiar mas, muitas vezes, na ausência de educação e cultura para lidar com as fragilidades de se viver em uma situação de risco social. É neste sentido que se reconhece a necessidade de se investir na popularização/vulgarização das ciências de modo a aproximá-la da vida diária das pessoas. O objetivo desta pesquisa é investigar estruturas de linguagem do Jornalismo Científico que sejam mais adequadas a veículos impressos destinados às camadas populares. Investigaremos ainda modos de recepção e informação científica pelo público leigo. Ao final, pretende-se produzir um manual de Jornalismo Científico popular que sirva de consulta para professores e alunos extensionistas, jornalistas científicos, cientistas, e demais interessados. Entre os resultados já alcançados, identificamos técnicas de se usar comparações de termos científicos complexos com fatos cotidianos, de preferir o concreto ao abstrato, para tornar o mundo mais “palpável” ao leitor. Após o mapeamento e leitura de divulgação científica em revistas especializadas e em jornais destinados a classes populares, realizamos levantamento bibliográfico e iniciamos entrevistas com especialistas da área. Na pesquisa de campo, criaremos grupos-experimento, aplicaremos entrevistas semi-estruturadas e posteriormente analisaremos os dados levantados visando à elaboração do manual.

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DANÇA E LUDICIDADE: UM ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO SABER ARTÍSTICO DE CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

GUILHERME FRAGA DA ROCHA TEIXEIRA (Bolsista FUNARBIC/UFV), ALBA PEDREIRA VIEIRA (Orientador/UFV), LETÍCIA OLIVEIRA TEIXEIRA (Não Bolsista/UFV), FERNANDA RIBEIRO DE NARDI BASTOS (Não Bolsista/UFV), NARA CÓRDOVA VIEIRA (Não Bolsista/UFV), ALINE DUTRA FIALHO (Não Bolsista/UFV), MARISTELA MOURA SILVA LIMA (Co-orientador/UFV)

O ensino de arte na educação infantil abrange as linguagens de Dança, Artes Visuais, Teatro e Música. Como são poucas as escolas que oferecem essas opções artísticas em seu currículo, esta pesquisa objetivou investigar a influência do ensino lúdico da Dança no conhecimento artístico dos participantes. O trabalho foi desenvolvido em quatro creches filantrópicas não-municipais responsáveis pela educação infantil em Viçosa-MG. Foi realizada uma pesquisa de campo com o projeto de extensão ‘Ludidança’. De março a julho de 2009, 103 crianças participaram de oficinas semanais de dança de cinqüenta minutos. Nas oficinas foram abordados elementos de Dança (e.g., espaço, tempo, qualidades de movimento, consciência corporal) por meio de brincadeiras, estórias, lendas, e cantigas de roda, explorando atividades individuais e em grupo. Ocorreu também a Mostra ‘Ladrilho, Ladrilhando, Brincando II’ no Teatro do DED, na UFV. Nesta apresentação, as crianças dançaram sua própria coreografia, e assistiram aos trabalhos das crianças de outras creches e de dançarinos convidados, incluindo profissionais da área. A observação participante foi usada para coletar dados, os quais foram analisados segundo a orientação fenomenológica-hermenêutica. Resultados indicaram que os participantes: (1) aprenderam a reconhecer os níveis espaciais, alto, médio e baixo; (2) ampliaram sua socialização com os colegas de outro gênero; (3) demonstram crescente envolvimento e interesse pelas aulas; (4) desenvolveram seu conhecimento e domínio motor, incluindo noções de lateralidade; (4) vivenciaram, a maioria pela primeira vez, a experiência de fruir e usufruir de um espetáculo de dança. Os resultados indicam que o trabalho artístico aliado a um elemento fundamental para esta faixa etária, o lúdico, pode proporcionar uma educação para e pela dança que desenvolve aspectos físicos, cognitivos, relacionais e estéticos. Sugerimos que pesquisas similares explorem a influência de metodologias educacionais que contribuam para que as crianças na educação infantil ampliem suas linguagens e aprendam brincando.

 

 

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EDUCAÇÃO ESTÉTICA E FORMAÇÃO DE PÚBLICO EM DANÇA: INFLUÊNCIAS DE UMA PESQUISA-AÇÃO EM ESCOLAS DE VIÇOSA, MG

KÁTIA VITALINO MARCOS (Bolsista/UFV), ALBA PEDREIRA VIEIRA (Orientador/UFV), ANANDA ASSIS (Não Bolsista/UFV), FELIPE LOPES MENICUCCI (Não Bolsista/UFV), ANA PAULA GOMES NUNES (Não Bolsista/UFV)

O tema desta pesquisa-ação crítico-colaborativa é a educação para as artes - estética e fruição da dança. Ela foi desenvolvida com oito turmas de seis escolas públicas de ensino básico em Viçosa-MG. O trabalho de campo incluiu a fruição e usufruição de dança e envolveu estratégias diversificadas: aulas semanais teórico-práticas de gêneros diversificados de dança, e fruição de vídeos, apresentações e espetáculos ao vivo de diversos estilos de dança (frutos de projetos de ensino, pesquisa e extensão de professores do Curso de Dança da UFV). Foram também observadas aulas práticas dos alunos do Curso de Graduação em Dança da UFV, e os próprios participantes dançaram em espetáculos e apresentações. Questionários iniciais e finais coletaram dados sobre o saber apreciativo e estético dos participantes. A análise de dados seguiu abordagem quanti-qualitativa, incluindo a interpretação hermenêutica. Os resultados indicaram que: (1) 85% dos alunos consideraram as aulas que tiveram na escola como de dança, reconhecendo a riqueza desta linguagem e suas várias modalidades, não se restringindo às danças midiáticas que eles geralmente conhecem - principalmente Balé e Hip-Hop; (2) 53% dos participantes responderam que as atividades do projeto mudaram sua visão a respeito de dança, indicando a importância de se desenvolver projetos educacionais que foquem na educação para a dança na escola; (3) 38% dos estudantes perceberam que sua visão a respeito do que é uma apresentação de dança foi modificada, o que a princípio parece contradizer o resultado anterior. Porém, deve-se considerar que a educação estética é um processo que demanda longo tempo – o que foi um limitador deste estudo, que se desenvolveu apenas por quatro meses em cada escola. Os resultados permitem concluir que através de metodologias educacionais diversificadas e duradouras de fruição e usufruição, pode-se ampliar a sensibilização estética para a apreciação artística em dança. (Financiamento: FAPEMIG e CNPq)

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA MÍDIA ALTERNATIVA AO APRESENTAR DE FORMA DIFERENCIADA GRUPOS SOCIAIS

MARIA INÊS FREITAS DE AMORIM (Não Bolsista/UFV), MARIANA RAMALHO PROCOPIO (Orientador/UFV)

A grande mídia, materializada pelas grandes empresas de comunicação de massa, tende a divulgar informações buscando uma angulação que contemple os interesses da classe dominante. Os grupos sociais, que não possuem poder político e econômico, muitas vezes, são retratados de maneira caricata e suas manifestações de resistência são criminalizadas e taxadas como extremistas. As mídias alternativas, por outro lado, se caracterizam como o espaço onde as minorias podem se expressar e debater as lutas populares por melhores condições de vida. Estas mídias, muitas vezes, por não estarem atreladas economicamente a alguma corporação, possuem a independência necessária para divulgar informações mais condizentes com a realidade. Um exemplo de mídia alternativa é o documentário independente Hamas: por trás da máscara, de Shelley Saywell (2005). O presente trabalho teve como objetivo analisar como este documentário pode representar de maneira diferenciada os membros do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas. O Hamas é um grupo fundamentalista islâmico e tem como seu principal objetivo unir os palestinos sob o Islã e, depois, destituir o território do Estado de Israel, possibilitando o retorno de diversos palestinos expulsos. O documentário analisado apresenta uma outra perspectiva do grupo, focalizando o lado humano de seus integrantes, além de possibilitar que seja defendida uma justificativa para os atos “terroristas” contra o Estado de Israel. Desta maneira, o documentário se apresenta como uma alternativa para se entender um lado pouco abordado pela mídia hegemônica de um grupo polêmico, ator de um dos mais complexos conflitos internacionais, o confronto entre palestinos e israelenses.

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PROCESSO DE PESQUISA E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO PROJETO CAMINHOS DA DANÇA-TEATRO NO BRASIL.

MARIANA DUARTE MOTTA (Bolsista FAPEMIG/UFV), LÍVIA TAVARES GONÇALVES (Não Bolsista/UFV), SOLANGE PIMENTEL CALDEIRA (Orientador/UFV)

O projeto Caminhos da Dança-Teatro no Brasil (CDTB) teve como objetivo executar um diagnóstico acerca das produções de obras de dança-teatro existentes no país, tendo em vista todo o nosso cenário cultural. Além disto, objetivou-se também a realização do I Seminário e Mostra Nacional de Dança-Teatro (I SMNDT) bem como a elaboração do Centro de Documentação e Referências (CDR) do projeto. O diagnóstico foi feito a partir de um mapeamento geográfico que possibilitou o contato com diversas companhias, grupos e artistas com composições nesta área de pesquisa. Em relação ao mapeamento proposto, verificou-se que há pelo menos uma companhia de dança ou artista que trabalha ou já trabalhou com esta linguagem em cada região do país sendo que a maior incidência encontra-se na região Sudeste. O contato com todos estes artistas para o mapeamento favoreceu a concretização do I Seminário e Mostra Nacional de Dança-Teatro realizado no campus da Universidade Federal de Viçosa, entre os dias 22 e 25 de abril do ano de 2009. A consolidação do evento possibilitou a integração entre estes diversos artistas vinculados ou não a esta linha de pesquisa, possibilitando o conhecimento desta linguagem recém abordada no país, difundindo assim, o conhecimento específico e atualizado sobre a Dança-Teatro no Brasil, o que contribuiu para a qualificação profissional e formação do artista, criador, intérprete, pesquisador e produtor em dança. O Centro de Documentação e Referências do Projeto CDTB, disponível no site dan.ufv.br/cdtb, contribuiu para a difusão das informações adquiridas no mapeamento geográfico e no I SMNDT, por tornar públicas as informações adquiridas durante todo o processo de pesquisa do projeto CDTB, bem como as companhias, artistas e pesquisadores encontrados até o presente momento, trazidos para o I SMNDT, e que seguem a linha da dança-teatro em seus trabalhos realizados dentro e fora do Brasil.

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O RÁDIO E AS NOVAS MÍDIAS

MARISTELA GUEDES LEÃO COUTINHO (Outros/UFV), THIAGO OLIVEIRA DE ARAUJO (Outros/UFV), SAMANTA MARTINS NOGUEIRA (Outros/UFV), LUIZ NEMER NETO (Outros/UFV), MICHELLY AKEMI ODA (Outros/UFV), FERNANDA DO CARMO PÔNZIO (Outros/UFV), KATIA DE LOURDES FRAGA (Orientador/UFV)

A criação da Internet, do celular, dos tocadores de música portáteis e de outras tecnologias digitais vem modificando a forma como atualmente os produtores de conteúdo radiofônico e o os ouvintes encaram o rádio. Tendo como base esse cenário, realizou-se um trabalho de pesquisa bibliográfica na disciplina de Radiojornalismo, no período 2008.2, com o objetivo de analisar a influência das novas mídias na renovação da linguagem, na produção e consequentemente na formatação de produtos radiofônicos. Os conceitos apreendidos no trabalho foram então explicitados na formato de um vídeo com duração de 4 minutos. Nesse, por meio de uma história onde personagens e objetos foram desenhados em papel, são mostrados os três tipos de classificações das emissoras de rádio que utilizam a internet como suporte complementar a sua transmissão analógica. A partir dessas classificações são discutidas no vídeo as razões de uma suposta “compartimentação” da programação das rádios e o impacto da veiculação dos chamados podcasts, exemplo de programas de áudio na internet roteirizados nos mesmos moldes que os Radiojornais temáticos. Outra questão analisada no trabalho são os modelos de rádio digital terrestre, atualmente desenvolvidos por meio de dois padrões: o IBOC (In Band on Channel) e DRM (Digital Radio Mondiale). Concluiu-se que o futuro do rádio, assim como de outros veículos midiáticos, passa pela agregação de características dos meios, culminando talvez em um único suporte. Dessa forma, no vídeo algumas previsões são feitas, discutindo o papel do ouvinte como usuário/emissor no Rádio, bem como desse veículo enquanto mais uma opção de suporte para o consumo de conteúdos personalizados sob demanda, abrindo dessa maneira os setores de atuação do profissional Jornalista.

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RÁDIO QUINTAL FM: OS DESAFIOS E AS LIMITAÇÕES DA RÁDIO COMUNITÁRIA DE VIÇOSA

MARISTELLA PAIVA COTA (Não Bolsista/UFV), ANA PAULA GOMES NUNES (Não Bolsista/UFV), KATIA DE LOURDES FRAGA (Orientador/UFV)

Esta pesquisa visa discutir a função das rádios comunitárias no país e contextualizar seu surgimento, a partir da problematização de fatos marcantes para a história do rádio brasileiro. Nosso objeto de estudo neste cenário midiático é a rádio comunitária da cidade de Viçosa, a Quintal FM 106,3. Este trabalho tem como ponto de partida a definição de mídia comunitária e a apresentação das funções que estas devem desempenhar. Dessa forma, a rádio deveria ter a finalidade de dar voz e de servir à população, corroborando com o desenvolvimento local e no processo de construção do cidadão. Além disso, também foram utilizadas como respaldo as normas legais e técnicas, para que uma rádio comunitária possa funcionar. A partir desses conceitos, foram realizadas entrevistas com radialistas da emissora, para descobrir sua história e como a mesma funcionava. Também foram analisados os principais programas da rádio, com objetivo de saber se eles apresentavam características próprias de uma mídia comunitária, como a prestação de serviços e notícias. Foi analisado, ainda, se a rádio apresentava a participação popular, na sugestão de notícias e de programas, além da atuação direta de algumas pessoas da comunidade na emissora. Este é um fator essencial a uma mídia comunitária. Apartir da pesquisa e das entrevistas, foi possível constatar que a rádio Quintal FM se enquadra nos requisitos básicos, no que tange as normas legais e técnicas. Mas ela não desempenha o papel de servir a comunidade que atende, já que seus programas não têm a função educativa e social que as emissoras comunitárias devem apresentar. Além disso, outro fator que auxilia essa afirmação é o fato da participação popular na rádio ser passiva, somente através de telefonemas. O que foi possível concluir, portanto, é que apesar de concessão de mídia comunitária, o governo não desenvolve ativamente nenhum tipo de fiscalização para saber se de fato a emissora está desempenhando o seu papel social de desenvolvimento local, auxiliando na construção da cidadania dentro da comunidade, que é uma das principais características de uma rádio comunitária.

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NATUREZA DA QUALIDADE PEDAGÓGICA EM DANÇA NO ENSINO BÁSICO: VISÕES DE PROFESSORES

MARLAINA FERNANDES RORIZ (Bolsista CNPq/UFV), ALBA PEDREIRA VIEIRA (Orientador/UFV), MARISTELA MOURA SILVA LIMA (Co-orientador/UFV)

Pesquisas sobre a prática pedagógica do professor de artes, incluindo o de dança, vêm crescendo nos últimos anos. Vários destes estudos focam na competência do educador. Inúmeros aspectos dialogam com a práxis educacional e seus parâmetros de competência, revelando a complexidade deste fenômeno. Para o próprio professor, o ensino competente em dança assume diferentes sentidos. O objetivo deste trabalho foi compreender a natureza da qualidade pedagógica em dança no ensino básico. Buscamos este entendimento a partir de significados atribuídos, pelos próprios docentes, ao objeto de estudo. A pesquisa, de abordagem qualitativa, foi de natureza exploratória e seguiu orientação fenomenológica e hermenêutica. Dados coletados por meio de entrevistas, orais e escritas, continham relatos de profissionais com significados sobre experiências pedagógicas sentidas como positivas e negativas. Participantes foram dez docentes da área da dança (ou afins) que ministraram este conteúdo no ensino fundamental e/ou médio. Os resultados foram analisados e apresentados em seis categorias, a saber: (1) perspectivas e metodologias dos docentes; (2) espaço onde se realizavam as aulas; (3) influência interna e suas subcategorias: (3a) estado de ânimo do professor/sentimentos e sensações corporais do professor e (3b) reação do professor; (4) reação corporal dos alunos; (5) relação professor-aluno; (6) auto-avaliação do professor (descobertas do professor no momento da prática pedagógica). Os resultados sugerem que propostas /metarrativas fechadas e padronizadas são, muitas vezes, ineficientes diante de todas as intempéries da arte da docência, visto que esta inclui uma interação estreita e imprescindível, a relação humana, além de incluir também a própria subjetividade. Estes elementos contribuem para que o docente não consiga encontrar ‘receitas’ ou métodos ‘perfeitos’ que atendam a todas as situações imprevisíveis vivenciadas no seu dia-a-dia. Por interagir constantemente consigo mesmo e com outros seres humanos, o professor de dança está sempre em movimento, transformando-se e aprendendo com sua práxis. (CNPq)

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARTES E HUMANIDADES

CONGADOS DO TRIUNFO

NATÁLIA PEREIRA DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), CARLA CRISTINA OLIVEIRA DE AVILA (Orientador/UFV), KATIA DE LOURDES FRAGA (Co-orientador/UFV), ANANDA DEVA ASSIS TRIVELATO (Não Bolsista/UFV), FELIPE LUCHETE DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), ELLEN FERNANDA NATALINO ARAÚJO (Não Bolsista/UFV), MARIA GABRIELA DE ALMEIDA SILVA (Não Bolsista/UFV), RAMON GUIDO THOMAZ MARLIÉRE (Não Bolsista/UFV)

O presente trabalho compreendeu em registrar e relatar a manifestação cultural do Congado em São José do Triunfo e Cachoeira de Santa Cruz, distritos de Viçosa – MG, cujo objetivo principal é descrever um breve histórico do Congado e de que forma isto ocorre nestas regiões; bem como abordar a interação entre trabalhos implementados pela ONG Humanizarte em parceria com a Secretaria de Cultura de Viçosa e o Gengibre- Grupo Interdisciplinar de Pesquisa, Arte e Extensão sobre Cultura Popular. Estas parcerias ampliam e reafirmam as identidades culturais afro-descendentes, ganha extenso registro bibliográfico e audiovisual, contribuindo para a preservação das memórias para as gerações futuras. A metodologia foi sistematizada em três fases: busca e estudos de referenciais bibliográficos referentes ao tema; trabalho de campo e registro escrito e audiovisual em cada um dos locais abordados por este estudo; decodificação do material, produção de um livreto, edição de um “flash”, para ser disponibilizado no site do Ministério da Cultura, como referência de um Ponto de Cultura de Viçosa. No discorrer do trabalho, destaca-se ainda, uma breve reflexão sobre como as tradições co-habitam com as demandas do mundo atual e a responsabilidade da sociedade dos órgãos públicos e privados na preservação deste rito.

(ONG-Humanizarte/Prefeitura Municipal de Viçosa )

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CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO SOMÁTICA SOBRE AS DORES MUSCULARES CRÔNICAS E HERNIA DE DISCO

PATRÍCIA HELENA PEREIRA DIAS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), EVANIZE KELLI SIVIERO (Co-orientador/UFV), MARISTELA MOURA SILVA LIMA (Orientador/UFV)

Viver saudavelmente, de forma harmônica consigo mesmo e com o meio em que se vive nos dia atuais, torna-se cada vez mais difícil, ocorrendo às vezes somatizações internas, surgindo disfunções como as dores musculoesqueléticas e a hérnia de disco. Porém, a busca de uma vida de forma saudável e dinâmica, exige uma postura além dos afazeres cotidianos, exige um olhar para si mesmo, para a consciência de si, de sua percepção e do ambiente que está inserido, para que haja uma perspectiva de auto-controle e bem-estar das situações cotidianas, sem se perder sob as estruturas atemporais da vida contemporânea. Portanto, acerca dessas questões, objetivou-se nesta pesquisa verificar, analisar e descrever as contribuições da Educação Somática sobre as dores crônicas e a hérnia de disco acometidas em servidores da UFV, que estão na faixa etária entre 30 a 60 anos. Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica e de campo, de natureza exploratória e descritiva e a amostra foi com 14 participantes divididos em dois grupos: G1AB - participantes que possuíam hérnia de disco e dores musculares crônicas e o G2B - participantes que possuíam apenas dores musculares crônicas. A coleta de dados foi efetuada através de uma questão para quantificar a diminuição das dores crônicas e da hérnia de disco, através da Escala de Borg e o terceiro com perguntas abertas. Contudo, pode-se dizer que, as atividades de massoterapias e as técnicas de Eutonia e Alexander, puderam contribuir significativamente sobre as dores crônicas e na hérnia de disco, pois os participantes dos dois grupos obtiveram além da diminuição da sensação e da intensidade de dor, a contribuição da melhora do estado emocional, proporcionando sensações de relaxamento, tranqüilidade e diminuição das tensões musculares.

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CAMINHOS DA DANÇA EM VIÇOSA

PAULO CEZAR DA SILVA (Bolsista FUNARBIC/UFV), SOLANGE PIMENTEL CALDEIRA (Orientador/UFV)

A oportunidade da Universidade Federal de Viçosa ser pioneira na área da Dança no Estado de Minas Gerais com o Curso de Graduação em Dança fortalece o entendimento que é essencial se documentar a memória da Arte da Dança nesta cidade que a escolheu como modalidade fulcral em seu Departamento de Artes e Humanidades. Esta pesquisa teve o objetivo de investigar, coletar e analisar dados referentes à produção Histórica em Dança além dos muros da Universidade, atividades que há muito acontece na comunidade, seja em seu caráter clássico ou em suas linguagens populares. Para este fim foi realizado em primeiro momento uma revisão bibliográfica sobre o tema, que permitiu verificar a presença da Dança, através de diferentes atividades em diversos setores da comunidade. Ao buscar estes setores, foram realizadas entrevistas com pessoas que pesquisaram, atuaram e fizeram parte da Dança nesta cidade, permitindo realizar um mapeamento histórico da Dança em Viçosa mesmo que parcial, devido ao tempo e aos recursos disponíveis para a pesquisa, o que trouxe à tona a questão ‘caminhos’, pois com a presença da Dança em setores aparentemente distintos (tradição popular, difusão de conhecimento, ensino, difusão artística, eventos), verificou-se que a maioria dos ‘caminhos’ identificados através do mapeamento histórico-artístico da cidade, se cruzam, dialogam, entrelaçam. Observou-se que a presença, o fortalecimento e o crescimento das atividades em Dança em Viçosa, difundiram esta modalidade para as demais cidades da região da Zona da Mata Mineira, pelo Estado mineiro, pelo Brasil e outros países. Caminhos que oportunizaram a criação do Curso de Dança na UFV, graduação, que apesar de recente, apenas sete anos, já conta com um significativo currículo de pesquisas e produções artísticas que escrevem a historiografia artística, social, cultural e científica da cidade de Viçosa.

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IMAGENS INSTITUCIONAIS: ESTUDO HISTÓRICO -FOTOGRÁFICO DA ESAV

RODRIGO CARVALHO GONÇALVES (Não Bolsista/UFV), SHEILA MARIA DOULA (Orientador/UFV)

Este trabalho consistiu em fazer uma análise das imagens institucionais da antiga Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV), atualmente Universidade Federal de Viçosa, no período de 1920, quando se iniciaram as articulações políticas para a construção da escola, até 1948, quando o governo a transformou em Escola Rural do Estado de Minas Gerais UREMG. O objetivo principal do trabalho foi compreender a imagem que a instituição pretendia criar e divulgar sobre si mesma. A metodologia de pesquisa foi fundamentada na reconstituição histórica, através de registros fotográficos das atividades acadêmicas da ESAV desenvolvidas nas décadas de 20, 30 e 40, além de entrevistas com estudiosos da história da instituição e com o coordenador do museu histórico da Universidade Federal de Viçosa. Além disso, o trabalho foi embasado por uma ampla pesquisa bibliográfica, trazendo as principais contribuições dos diversos autores que se propuseram a pensar novas metodologias de análises fotográficas, como Boris Kossoy, Rosane de Andrade e Maria Ciavatta. O acervo fotográfico do Museu Histórico da Universidade Federal de Viçosa representa um valioso e complexo objeto de estudo, possuindo significações múltiplas, como herança cultural para a memória sócio-histórica da instituição e região. Partindo das análises que seguiram um caminho antropológico, ficou claro que a ESAV pretendia, acima de tudo, partilhar uma imagem de uma instituição avançada no seu tempo e nos moldes das universidades norte-americanas. Evidenciou-se em diversos momentos e em várias áreas de conhecimento, uma postura equitativa ao padrão científico norte-americano, que se refletiu no modelo de ensino, pesquisa e extensão e até mesmo na arquitetura e nas atividades festivas da instituição. As categorias analíticas utilizadas nesse trabalho foram instituição, imagem e memória, que se enquadram na linha dos estudos da antropologia visual e de representações sociais.

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PRÁTICA PEDAGÓGICA COMPETENTE EM DANÇA: PERSPECTIVAS DE PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR

TATIANA DE OLIVEIRA ALMEIDA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ALBA PEDREIRA VIEIRA (Orientador/UFV), MARISTELA MOURA SILVA LIMA (Co-orientador/UFV)

Dentre várias questões que fazem parte da Dança, a prática docente vem sendo explorada por pesquisadores da área para qualificar o ensino desta linguagem artística. Faz-se necessário compreender os significados que os próprios educadores constroem sobre sua práxis. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar experiências profissionais relatadas por professores universitários de dança e de disciplinas afins sentidas como positivas e negativas. Foi uma pesquisa de campo de natureza exploratória, orientada pelo método fenomenológico-hermenêutico. Dados sobre vivências pedagógicas dos participantes foram coletados por meio de entrevistas orais semi-estruturadas. Participaram 14 docentes universitários da área da dança (ou afins) que já lecionaram no ensino superior. Os resultados foram apresentados em seis categorias descritivas: (1) ‘orientações pedagógicas’ iluminou várias tendências utilizadas pelos professores em sua prática; (2) ‘objetivos’ revelou intenções diversificadas dos professores no seu cotidiano educacional; (3) ‘estratégias didáticas’ exemplificou os desdobramentos dos professores para desenvolver os conteúdos  com os alunos, e a subcategoria ‘recursos materiais’ que explorou a busca dos participantes por subsídios para enriquecer suas aulas; (4) ‘características da turma’ explorou a singularidade de cada grupo com o qual o docente trabalha;  (5) ‘relação professor-aluno’ mostrou interações diversificadas que não se resumem a classificações simplistas como “boas” ou “ruins”; (6) ‘sentimentos e sensações corporais’ desvelaram o lado humano dos professores. Refletidos em seu conjunto, estes resultados mostram a complexidade do fenômeno pedagógico – que, assim como a arte, se constrói e reconstrói no dia a dia do professor/artista.  É  no deparar constante com a imprevisibilidade que o docente se constitui educador - este é um processo vivo, que é ‘coreografado’ continuamente. Ressaltamos a metodologia deste estudo, que permitiu aos participantes contar suas histórias docentes como mediadoras do processo de “tornar-se professor”, pois à medida que contamos nossas historias refletimos sobre nossas experiências e elas vão tomando forma e significado.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

Flexibilidade na arquitetura de Pavilhões de Exposição

BRUNA AZEVEDO REIS TEIXEIRA (Não Bolsista/UFV), PAULO TADEU LEITE ARANTES (Orientador/UFV), JOSELIA GODOY PORTUGAL (Co-orientador/UFV)

Os estudos foram voltados para a arquitetura de pavilhões de exposição, buscando demonstrar que soluções de projeto de arquitetura, aliadas às novas tecnologias e materiais de construção podem permitir uma maior flexibilidade, adaptação e integração entre os espaços atingindo seu potencial para otimizar o uso do ambiente e solucionar problemas presentes e futuros. O desenvolvimento do tema proposto foi realizado por uma pesquisa de caráter exploratório e qualitativa e partiu de uma revisão bibliográfica. Foram realizados estudos de casos de pavilhões de exposição internacionais de diferentes épocas: Palais des Machines (Paris, séc. XIX) e Pavilhão de Portugal (Lisboa, séc. XX). E também estudos de caso no âmbito nacional: a Expominas (Belo Horizonte, MG) e o Centro de Eventos de Ouro Preto (MG). Os princípios de flexibilidade na arquitetura viabilizam o uso múltiplo de um determinado espaço, na medida em que possibilitam que um mesmo ambiente possa ser utilizado para várias atividades sem a necessidade de se fazer intervenções físicas no mesmo, como por exemplo, os pavilhões de exposição que tem a sua configuração modificada a cada evento em um curto espaço de tempo, sendo usado para diversas finalidades como: feiras comerciais, exposições culturais, festas, congressos, palestras, etc. Nesse sentido, pode-se afirmar que a flexibilidade elimina custos com reforma para adaptar um determinado espaço o que garante um melhor aproveitamento da construção ao longo do tempo. As questões de ordem operacionais também são potencializadas pela facilidade de transformação que estes espaços oferecem, bem como nas de ordem ambiental, por não gerarem entulhos, algo que é inerente a qualquer reforma de espaços concebidos de forma convencional. Portanto, esse estudo demonstra que planejar a flexibilidade durante o processo projetual proporciona ao edifício uma vida útil maior por continuar sendo funcional independente da época e dos costumes, devido a sua facilidade de realizar mudanças.

(não tem )

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O PROCESSO DE FORMAÇÃO DA CIDADE DE TEIXEIRAS/MG E IDENTIFICAÇÃO DE SEU PATRIMÔNIO HISTÓRICO

CAMILA DE SOUZA LOPES (Não Bolsista/UFV), MARISTELA SIOLARI DA SILVA (Orientador/UFV), REGINA ESTEVES LUSTOZA (Co-orientador/UFV)

 Na maior parte das cidades de pequeno porte, não encontramos pesquisa e sistematização acerca dos processos de urbanização que estas sofreram ao longo dos anos. O reconhecimento desses processos é importante tanto como norteadores de novas intervenções, quanto como uma forma de recuperar a memória da cidade. O objetivo principal deste trabalho foi reconstituir o processo de formação do meio urbano da cidade de Teixeiras/MG, a fim de identificar e sistematizar como se deu esse processo, bem como a sua influência na conformação atual da cidade. A metodologia utilizada se constituiu basicamente em três etapas: 1) levantamento documental e iconográfico sobre o surgimento da cidade, ou seja, a partir de meados do século XIX; 2) entrevistas a moradores antigos que conservam a memória contada da cidade e funcionários de órgãos públicos que possuem dados técnicos sobre algumas das áreas abordadas; 3) pesquisa em mapas antigos e levantamentos in loco para elaboração de mapas atuais. A partir das informações obtidas, foi possível atender ao objetivo e reconstituir parte da história do processo de urbanização da cidade, principalmente da área central e adjacências. Além disso, o trabalho possibilitou a identificação de um conjunto arquitetônico de valor histórico e cultural para a cidade, uma vez que resgatou a importância histórica, econômica e social dessa área, adjacente a área central, no processo de urbanização de Teixeiras. Com a elaboração desse panorama geral , foi possível identificar a articulação entre a conformação espacial da cidade e a representatividade de seu patrimônio histórico, e com isso contribuir para orientar novas intervenções urbanas.

 

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INTERVENÇÃO URBANA: UM ESTUDO SOBRE A APLICABILIDADE DE SEUS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE CIDADES DE PEQUENO PORTE

CAMILA DE SOUZA LOPES (Bolsista CNPq/UFV), PAULO TADEU LEITE ARANTES (Orientador/UFV), RODRIGO FONTES DA ROCHA (Não Bolsista/UFV), ALINE WERNECK BARBOSA DE CARVALHO (Co-orientador/UFV), CLARISSA FERREIRA ALBRECHT (Co-orientador/UFV)

Nas últimas décadas, uma série de intervenções urbanas vem sendo realizadas nos grandes centos urbanos, onde os problemas gerados pelo processo de urbanização se apresentam de forma mais grave. Estas intervenções têm por objetivo proporcionar melhorias na qualidade de vida da população e recuperar algumas funções ou qualidades do tecido urbano que foram sendo perdidas com o processo de urbanização das cidades. O objetivo deste trabalho foi identificar princípios e diretrizes aplicados nestas intervenções urbanas contemporâneas, a fim de identificar a aplicabilidade dos mesmos em municípios de menor porte e investigar como tais iniciativas podem contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. Foi realizada uma revisão bibliográfica com ênfase nos estudos dos processos de intervenção urbana e nas tendências apresentadas pelo Novo Urbanismo e pela Nova Carta de Atenas, além das inter-relações entre o meio urbano e as questões econômicas e políticas das cidades. Em seguida, foram realizados alguns estudos de caso exemplificando essas ações de intervenção urbana no Brasil e no exterior. Com isso foi possível elaborar um quadro resumo dos princípios e diretrizes presentes em alguns desses processos. Com a seleção uma cidade de pequeno porte com tendência a apresentar os problemas urbanos outrora presentes nas cidades que sofreram intervenção, buscou-se o entendimento da aplicabilidade dos princípios e diretrizes desses projetos no objeto de estudo. As cidades de pequeno porte ainda concentram no centro original a vitalidade necessária para a consolidação de centralidade. Assim, ações de manutenção e ampliação das características dessas áreas são importantes para que  as cidades não apresentem certos problemas decorrentes da urbanização desregulada. Com isso, concluímos que os princípios e diretrizes referentes a ações pontuais são as mais aplicáveis em municípios de pequeno porte, pois estes apresentam refletidos no espaço urbano, mais problemas quanto as suas estruturas físicas que problemas de ordem econômica e sociais.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

BRAZ, BRAS, BRÁS, SÃO PAULO, BRASIL. FRAGMENTOS E RESÍDUOS; POSSIBILIDADES DO HABITAR?

CÉSAR BATISTA DE GODOY (Não Bolsista/UFV), JOSE AUGUSTO MARTINS PESSOA (Orientador/UFV)

A atual necessidade de formular (novas) problemáticas urbanas e soluções diante do habitar dos segmentos populares no Brasil, e frente às adversidades geradas pela reprodução espacial das desigualdades e conflitos sociais, grita a urgência por transformação nas políticas e ações urbanas buscando alternativas sustentáveis à renovação e manutenção da diversidade e da acessibilidade nos e entre os diferentes fragmentos hierarquizados do tecido urbano. Nesses termos, objetivamos analisar criticamente os “problemas globais urbanos”; identificar e resgatar a riqueza do diverso na vida cotidiana nas áreas centrais, haja vista a crescente importância das centralidades como raridade; avaliar as recentes medidas governamentais brasileiras quanto a criação de estratégias urbanas que gerem auto-inserção dos segmentos populares segregados no processo de reprodução do tecido urbano. O objeto de estudo concreto é a produção da área central do Brás e circunvizinhanças, na metrópole paulistana, porções historicamente marcadas pela segregação sócio-espacial fundante do processo de urbanização na, e da metrópole, e que se difunde via de regra pelo país como “urbanização crítica”. A morfologia urbana, metodologia aqui adotada, utilizando variadas fontes secundárias, compreende a união dos procedimentos da morfologia material urbana (que permitem espacializar a riqueza das formas edificadas, produtos da produção do espaço), com os da morfologia social urbana (fazendo ler a vida cotidiana dos diversos sujeitos sociais ou “a sociabilidade dos homens simples” na área), considerando especialmente a presença ativa e crítica dos movimentos sociais de luta por moradia no centro das grandes cidades. Contudo, encontramos e sabemos, a tendência geral é produzir-consumir o espaço-mercadoria, trazendo como consequência uma inversão de valores: violência sem limites, trabalho escravo, uso crescente de drogas, corrupção administrativa. Encontramos de outro lado, como temporalidades e espacialidades residuais, resistências e insurgências que nos permitem vislumbrar a abertura de renovadas possibilidades do habitar urbano, sobretudo quando examinamos a força viva da centralidade.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

A LÓGICA IMOBILIÁRIA NO PROCESSO DE VERTICALIZAÇÃO NOS BAIRROS DE VIÇOSA-MG NO PERÍODO 1990-2007

DÉBORA DE OLIVEIRA GOMIDE (Bolsista FAPEMIG/UFV), ALINE WERNECK BARBOSA DE CARVALHO (Orientador/UFV), GERALDO BROWNE RIBEIRO FILHO (Co-orientador/UFV)

A construção do espaço vertical em Viçosa-MG vem se estendendo para fora da área central, visando atender necessidades de um segmento da demanda habitacional com características próprias, que ao serem interpretadas e incorporadas pela iniciativa privada, configuram um cenário diferenciado no que se refere a preferências localizacionais e programáticas, intensidade e agentes imobiliários envolvidos. Diante das particularidades do processo de verticalização que vem ocorrendo nos bairros, buscou-se identificar as características da provisão da moradia vertical fora da área central, os agentes imobiliários e sua atuação nesse processo, os aspectos determinantes para o lançamento de edifícios, e, finalmente, se o produto que vem sendo oferecido pelo mercado imobiliário está atendendo adequadamente às necessidades do(s) público(s) para o qual se destina. Assim, foi feita a caracterização das tipologias edilícias dos edifícios residenciais multifamiliares com quatro ou mais pavimentos construídos e oferecidos pelo setor imobiliário fora da área central, a partir de pesquisa documental realizada no Instituto de Planejamento Municipal–IPLAM e de levantamento fotográfico, além do levantamento das imobiliárias e construtoras atuantes na cidade. A seguir procedeu-se à aplicação de questionários a funcionários das imobiliárias e construtoras e a uma amostra de moradores, com a finalidade de caracterizar a atuação destas empresas e o perfil da demanda por moradia vertical fora do Centro. Verificou-se que a atuação da iniciativa privada nos bairros se dá principalmente através de construtores autônomos. Não se privilegia a qualidade e o padrão das edificações, mas visa-se atender a um público constituído predominantemente por famílias e estudantes de baixo e médio poder aquisitivo, cujas necessidades habitacionais não são supridas pelas tipologias e pelos elevados valores dos imóveis encontrados na área central. Além disso, o produto que vem sendo oferecido não atende às necessidades desse público, que demanda apartamentos mais espaçosos e com maiores investimentos em manutenção e segurança.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

A INTERATIVIDADE NO ESPAÇO DOS MUSEUS: O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

FELIPE BRUNO LIMA DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), CLARISSA FERREIRA ALBRECHT (Co-orientador/UFV), TULIO MARCIO DE SALLES TIBURCIO (Orientador/UFV)

O avanço tecnológico tem impactado a sociedade de várias maneiras e refletem diretamente na arquitetura. À medida que a ciência e a tecnologia propiciam maiores avanços no conhecimento, a arquitetura mostra exemplos de como usá-las. Observa-se que no caso dos museus, além do caráter social de popularização da cultura, eles também têm absorvido influências das tecnologias e explorado bastante a interatividade como forma de aproximar o usuário das obras e criar uma ponte entre o passado, o presente e o futuro. Dessa forma essa pesquisa busca aprofundar conhecimentos sobre arquitetura museológica e investigar as tendências contemporâneas nesta tipologia de arquitetura; identificar as tecnologias digitais utilizadas nos museus contemporâneos; investigar como o fator interatividade ocorre nos museus através de análises de estudos de casos comparativos entre museus com tecnologias e sem tecnologias digitais; investigar o fator interatividade com foco no usuário. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa inclui métodos qualitativos e quantitativos. A revisão bibliográfica dá o suporte à discussão dos conceitos e tendências contemporâneas de museus, assim como conceitos e uso de tecnologias digitais. Para análise do espaço dos museus estudos de casos foram identificados, método qualitativo, com o objetivo de identificar as tecnologias e comparar museus que incorporam estas tecnologias com outros que não as utilizam. A investigação do fator interatividade será desenvolvida por meio de questionários e entrevista com o usuário e também com profissionais e empresas que trabalham com tecnologias digitais e museus. A literatura mostrou tendências na arte digital e pouco foi encontrado sobre seus impacto no espaço do museu. A interatividade da arte também aparece como uma nova abordagem pelos artistas. A arquitetura desses novos museus, identificada nos estudos de casos mostram os novos equipamentos, mobiliários e aumento de espaços para abrigar essa interatividade com os objetos, equipamentos e espaços de atividades.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

ARQUITETURA E PARTICIPAÇÃO POPULAR

FERNANDO DE PAULA CARDOSO (Bolsista FAPEMIG/UFV), IVO JUCKSCH (Orientador/UFV), ELZA MARIA VIDIGAL GUIMARAES (Co-orientador/UFV), MARISTELA SIOLARI DA SILVA (Co-orientador/UFV), DELIO PORTO FASSONI (Co-orientador/UFV), ANOR FIORINI DE CARVALHO (Co-orientador/UFV), AUGUSTO DUARTE DE CASTRO (Co-orientador/UFV)

A participação das famílias nos projetos de habitação, saneamento e produção é tema de projeto em desenvolvimento no assentamento Olga Benário, localizado no município de Visconde do Rio Branco – MG. O objetivo é promover a participação popular nas fases de planejamento arquitetônico, urbanístico e produtivo do assentamento, seguido de capacitação técnica para atividades de canteiro de obras e gestão de mutirões. As atividades, por meio de métodos participativos,  são desenvolvidas com trinta famílias distribuídas em três núcleos de base, sendo que se optou por trabalhar, na maior parte do tempo, em âmbito de núcleo. Inicialmente a equipe do projeto realizou diagnósticos com o objetivo de compreender a organização sócio-espacial do assentamento e a constituição das famílias. Num segundo momento foram organizados grupos de coordenadores em cada núcleo, que assumiram a função de interlocutores. Feito isso, deu-se início as atividades de projeto arquitetônico, subsidiadas por uma maquete modular, de fácil manuseio, que possibilitou o entendimento e a discussão da forma das moradias, com base nas necessidades de cada família. Durante as atividades, os assentados recebiam orientações sobre funcionalidade, flexibilidade e custos das soluções encontradas. O tema saneamento básico será abordado de acordo com estudos de viabilidade técnica, econômica e cultural, com foco em sistemas de tratamento e disposição final de resíduos. A implantação das moradias será definida com base em fatores culturais, bioclimáticos, urbanísticos e de setorização produtiva. E a fase de capacitação técnica constará de cursos de formação de pedreiros, auxiliares, mestres-de-obras e coordenadores de canteiro. Das atividades de projeto arquitetônico foram elaboradas duas tipologias habitacionais de 61,5m² cada, definidos os materiais e técnicas construtivas, quantificados e orçados os materiais construtivos e elaborado o projeto executivo. Até o momento, conclui-se que a participação do futuro morador é fundamental para a produção de moradias adequadas e deve ser base para a implementação de políticas habitacionais efetivas.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

UM ESTUDO DE COBERTURAS VERDES COMO ALTERNATIVA CONSTRUTIVA SUSTENTÁVEL

FERNANDO DURSO NEVES CAETANO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANTONIO CLEBER GONCALVES TIBIRICA (Orientador/UFV)

O homem intervém no meio ambiente desde que se organizou em sociedades. Contudo, só recentemente as modificações no ambiente natural e a extração de seus recursos têm se apresentado em níveis considerados alarmantes, em parte devido ao avanço tecnológico que permite intervenções mais drásticas e rápidas. Considerando que vários problemas ambientais com que o homem lida se relacionam com a substituição da vegetação natural do solo por superfícies artificiais impermeáveis, uma questão que se apresenta é o modo como, nestas, é possível incorporar e preservar áreas verdes, na escala das obras de edificação, como forma de minimizar anomalias ambientais, especialmente no ciclo da água, na integridade dos ecossistemas e no microclima urbano. Sendo o solo urbano extremamente valorizado, fator que limita sua ocupação com áreas verdes, surge um interesse nas coberturas das edificações, em geral espaços inutilizados, e que podem corresponder a até 40% das superfícies horizontais do meio urbano. Assim, nesta pesquisa, busca-se melhor entender o funcionamento e avaliar as vantagens da tecnologia denominada Coberturas Verdes, a qual propõe o uso das coberturas inutilizadas das edificações para a implantação de vegetação, e a conseqüente contribuição na atenuação dos problemas ambientais urbanos. Os procedimentos para alcançar esse objetivo são: levantamento do estado da arte dessa tecnologia, mediante leitura e catalogação de artigos científicos; análise crítica dos artigos e produção de resumos que embasam a confecção de material técnico-didático para a aplicação do sistema nas edificações em nossa realidade local; desenvolvimento de experimento visando a incorporação de coberturas verdes em edificações da UFV. Cumpridas as duas primeiras etapas, a análise bibliográfica e um estudo técnico-econômico levaram à montagem da plataforma para coleta de dados experimentais de outubro a janeiro, o que permitirá apontar soluções tecnológicas projetual-construtivas para as condições climáticas de Viçosa, e ser alternativa para o desenvolvimento sustentável desta cidade.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

ACESSIBILIDADE EM CIDADES HISTÓRICAS: PESQUISA E PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO URBANA E PREDIAL

FLÁVIA DE AZEVEDO MONTEIRO (Não Bolsista/UFV), PAULO TADEU LEITE ARANTES (Orientador/UFV), MARCELLA VALADARES DOS SANTOS (Não Bolsista/UFV), PATRÍCIA SALMERON SALVIANI (Não Bolsista/UFV)

A inclusão de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida é um processo recente no Brasil, e deve ser realizada em todas as áreas urbanas e nos edifícios destinados ao uso público. As cidades históricas, os bens e patrimônios culturais, como parte integrante deste universo, exigirão, pelas suas características peculiares, cuidados especiais para dotá-los de acessibilidade, sem, contudo, descaracterizá-los. Nesta pesquisa objetivou-se observar como foram ou podem ser aplicados os conceitos de acessibilidade e mobilidade em patrimônios tombados, de forma a manter inalteradas suas características originais em respeito à memória agregada ao bem. As áreas de intervenção analisadas, em visita in loco, encontram-se na cidade de Ouro Preto-MG, considerada patrimônio mundial pela UNESCO, e compreendem a Praça Tiradentes e o trecho do Complexo Administrativo da Prefeitura Municipal até a Matriz Nossa Senhora do Pilar.  Foram feitos estudos de comportamento ambiental e análise visual. A metodologia utilizada para busca de referências foram estudos de casos da Pinacoteca do Estado de São Paulo e no Minascentro, em Belo Horizonte, que permitiram identificar o impacto das intervenções inclusivas em patrimônios materiais. Foi feita uma revisão bibliográfica para embasar os conceitos de acessibilidade e mobilidade urbana explícitos nesse trabalho. Constatou-se que a maioria dos bens culturais presentes no objeto de estudo não são acessíveis e que, para adequá-los, é necessário definir o nível de acessibilidade a ser alcançado. Estas intervenções devem ser reconhecíveis e harmoniosas, e quando não forem praticáveis deve-se possibilitar o acesso por meio de informação visual, auditiva ou tátil. Através de um estudo mais aprofundado das leis e normas de acessibilidade que determinam as diretrizes quanto às adaptações em espaços novos e em patrimônios materiais, foi possível identificar as divergências entre legislações.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS NA ARQUITETURA DE ESTÁDIOS DE FUTEBOL

GUSTAVO NETTO DAMIÃO (Não Bolsista/UFV), TULIO MARCIO DE SALLES TIBURCIO (Orientador/UFV)

A arquitetura dos estádios de futebol, frente às novas exigências e normas da FIFA, se torna mais complexa e necessita de um melhor planejamento e soluções projetuais para atender as demandas de seus diversos usuários. Com a aproximação da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e com o crescente interesse no setor, é importante investigar as características dos estádios de futebol e as tendências a serem seguidas na configuração dos estádios modernos. Este trabalho , desenvolvido no âmbito da disciplina ARQ 398 - Trabalho de Curso: Fundamentação, estuda as atuais tecnologias e suas vantagens aplicadas à arquitetura esportiva.  A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa incluiu revisão bibliográfica e estudos de caso. A revisão bibliográfica considerou levantamento da literatura referente aos estádios de futebol, pensamentos administrativos modernos do esporte e a influência da arquitetura enquanto ambiente construído em seus usuários e entorno. Os estudos de caso foram relacionados a estádios de futebol no Brasil, com o objetivo de investigar a concepção do edifício e o uso de tecnologias em função do bom desempenho da edificação e da atividade esportiva.  O estudo da administração e evolução da arena esportiva, em conjunto com o desdobramento das principais recomendações da FIFA, colaborou para o entendimento das principais atividades desenvolvidas em edifícios esportivos, especificamente nos estádios de futebol. Verificou-se uma tendência em criar espaços mais acessíveis e seguros, além de demandas extras ao do programa usual do estádio (que antes se limitava as dependências mínimas necessárias para a exibição de jogos) tais como ambientes para lojas, restaurantes, auditórios, dentre outros. O estudo realizado ajudou a assimilar de que forma as tecnologias e tendências vêm colaborando para um novo pensamento arquitetônico e como vêm sendo utilizadas em diferentes concepções de estádios de futebol.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

ANÁLISE DE CONFORMIDADE DAS CONDIÇÕES TÉRMICAS E ACÚSTICAS EM ESPAÇOS DE APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS COM USO DE MÚSICA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

LAYLA CHRISTINE ALVES TALIN (Bolsista CNPq/UFV), ANTONIO CLEBER GONCALVES TIBIRICA (Orientador/UFV)

Nos auditórios e teatros onde ocorrem apresentações artísticas com recursos musicais, é essencial interrelacionar aspectos de conforto ambiental e de desempenho estético-simbólico. Para isso, o trabalho tem como meta investigar Tendo-se como objeto de estudo alguns auditórios da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o trabalho visa a investigar fatores geométrico-termoacústicos desses ambientes fechados, na realização de atividades com uso de música, avaliados conforme normas técnicas brasileiras. Constituem procedimentos da pesquisa: revisão bibliográfica, particularmente normas técnicas específicas; obtenção dos projetos dos espaços a serem estudados; caracterização dos auditórios da UFV, quanto à frequência de uso e atividades neles desenvolvidas; seleção, dentre eles, dos três mais compatíveis com a finalidade da pesquisa; realização de medições técnicas de fatores ambientais termoacústicos, incluindo observação, em campo, da relação dos usuários com os espaços construídos; aplicação de questionários. Entrevistas com os responsáveis pela administração dos auditórios e levantamento de documentação técnica permitiram as seguintes constatações iniciais para o desenvolvimento das análises de conformidade termoacústica da pesquisa: a grande oscilação do número de espectadores nas atividades com uso de música, nos diferentes auditórios; o interesse dos espectadores por locais mais próximos ao Centro de Vivência (alegam-se condições de acesso facilitadas quando os espaços das apresentações se localizam na área central da Universidade). Em função disso, foram selecionados três auditórios, de diferentes portes, localizados na área central da UFV: a) DED (Departamento de Economia Doméstica - 130 pessoas sentadas); b) DEF (Departamento de Engenharia Florestal - 320 pessoas sentadas); c) Espaço Acadêmico-Cultural Fernando Sabino (669 pessoas sentadas, mais vagas para cadeirantes). As características técnico-construtivas já identificadas em cada auditório são essenciais para a execução dos levantamentos termoacústicos, cujos resultados e análises servirão de base para apontar soluções mitigadoras de possíveis deficiências termoacústicas nesses locais e para fornecer subsídios para outros projetos de auditórios na UFV.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

O RELATÓRIO DE 2009 DO BANCO MUNDIAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL - RESHAPING ECONOMIC GEOGRAPHY: AS IMPLICAÇÕES DE SUAS PROPOSIÇÕES PARA AS CIDADES

LAYLA CHRISTINE ALVES TALIN (Não Bolsista/UFV), PATRÍCIA SALMERON SALVIANI (Não Bolsista/UFV), MARIANA DALLARIVA DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), GERALDO BROWNE RIBEIRO FILHO (Orientador/UFV)

O Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial do Banco Mundial é um dos documentos sobre desenvolvimento mais lidos no mundo, principalmente pela elite governamental dos países da periferia capitalista. Em 2009, o Banco Mundial lançou Reshaping Economic Geography, que discute as transformações na geografia econômica no mundo e indica políticas e estratégias para os países em desenvolvimento. Tendo em vista a influência que este Relatório exerce sobre técnicos governamentais na elaboração de políticas e considerando a importância que as cidades desempenham na fase atual do capitalismo neoliberal, esta pesquisa analisa as políticas e estratégias propostas para as cidades por este Relatório. Esta pesquisa qualitativa usa como procedimento metodológico a análise documental. No Relatório defende-se a ideia de que a economia de alguns lugares está crescendo porque ocorreram transformações em três dimensões da geografia econômica: densidades, distâncias e divisões, ou seja, aumentaram as densidades demográficas; diminuíram as distâncias entre lugares “atrasados” e “adiantados” economicamente e diminuíram as divisões comerciais entre países. Ao constatar que a urbanização é benéfica ao desenvolvimento econômico, o Relatório propõe: a urbanização de áreas rurais, a intensificação da urbanização em áreas já urbanizadas, como forma de aumentar a densidade econômica (migração). Para áreas já altamente urbanizadas, propõe intervenções específicas direcionadas às favelas, além de melhorar a infraestrutura de transportes de bens e pessoas e a criação de instituições que tornem estas regiões market-friendly. As análises realizadas até o momento indicam que, se os governos adotarem ou derem seguimento às políticas e estratégias propostas no Relatório 2009, as cidades e os países se tornarão mais desiguais. Nas cidades ocorrerá concentração econômica, enquanto as pessoas de baixa renda ocuparão cada vez mais suas periferias e áreas rurais próximas. Alguns países terão grande parte da riqueza do mundo e, outros, a maior parte da pobreza do mundo.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

O IMPACTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ARQUITETURA DAS BIBLIOTECAS

LUCAS MOREIRA PERIM (Não Bolsista/UFV), TULIO MARCIO DE SALLES TIBURCIO (Orientador/UFV)

Os meios de informação  e de comunicação vem, ao longo da história, causando transformações no espaço das bibliotecas. A maneira de registrar e armazenar as informações e o acesso a elas modificam o espaço físico das bibliotecas através da inserção de novas tecnologias nesses ambientes. Esta pesquisa, desenvolvida no âmbito da disciplina ARQ 398 - Trabalho de Curso: Fundamentação, teve como objetivo estudar a arquitetura de bibliotecas para propor um projeto para uma biblioteca da era da informação. Para desenvolvimento da pesquisa, buscou-se suporte histórico e conceitual na literatura e a análise de exemplos de bibliotecas para ilustração e entendimento dos espaços necessários nas bibliotecas, com ênfase na demanda atual. Resultados mostraram  a evolução destas tecnologias, que aconteceu desde tabletes de argila, forma mais antiga de apoio à escrita, passando depois para pergaminho e papiro, como modo mais prático, por ser leve e flexível, e depois, o papel que, apesar de toda sua fragilidade, se espalhou pelo mundo todo se multiplicando rapidamente junto com a criação da imprensa. Identificou-se também o impacto nos ambientes da biblioteca que, com a necessidade atual de intensa informatização, usando as mais novas tecnologias para esse fim,  faz com que diferentes espaços e instalações sejam criados para atender essa nova demanda. Isso foi identificado de forma clara no estudo de caso sobre a Biblioteca Nacional de Brasília que utiliza as mais avançadas tecnologias e comunicação e informação como projeções de imagens, internet com rede wireless, acervo digital, realização de teleconferências, dentre outros. Conclui-se que as novas tecnologias de informação e comunicação tem grande impacto no espaço das bibliotecas e que estas devem apresentar uma arquitetura flexível para atender estas constantes mudanças e proporcionar adaptações necessárias na forma de registrar, armazenar e utilizar a infomação.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO DE INTERVENÇÃO NO PATRIMÔNIO COLONIAL EDIFICADO: DA RESTAURAÇÃO AO REUSO DOS ESPAÇOS

LUDMILA GUIMARÃES DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), MARIA MARTA DOS SANTOS CAMISASSA (Orientador/UFV)

As preocupações com a preservação e a necessidade de intervir em sítios e edifícios históricos não é uma novidade e mesmo assim conceitos de restauração e conservação têm sofrido reformulações. A inexistência de diretrizes pré-fixadas para intervenções arquitetônicas em edificações tombadas do município de Ouro Preto deixa o profissional  da arquitetura e do urbanismo sem parâmetros para as demandas contemporâneas do atual processo de modernização. Como um desafio real a esta situação em se tratando de um Trabalho de Curso, propôs-se a requalificação de um sobrado colonial objetivando-se a instalação do Departamento de Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto. A preservação do patrimônio cultural de Ouro Preto é bem peculiar e exige um estudo aprofundado sobre a história da cidade ao longo dos últimos séculos. Por se tratar de um imóvel inserido dentro do perímetro de tombamento foi necessário estabelecer uma fundamentação teórica de intervenção histórica baseada em revisões bibliográfica, estudos de casos e pesquisa de campo para a realização do levantamento arquitetônico, histórico, fotográfico, assim como para a elaboração de um programa de necessidades. Como método de definição de diretrizes, foram feitas leituras com vistas ao estabelecimento de um referencial teórico baseado nas teorias de restauração e nas cartas patrimoniais, levando em consideração o entorno, o conjunto urbano assim como a representatividade arquitetônica do edifício para a cidade e a disponibilidade de informações. O crescimento acelerado e sem controle de Ouro Preto criou uma situação grave de intervenções degradadoras ao patrimônio arquitetônico. Visando evitar esses problemas, concluiu-se que um projeto de intervenção preservacionista no patrimônio edificado passe primeiramente por uma requalificação que respeite seu valor histórico, estético e cultural, intervindo o mínimo possível em sua autenticidade, seja ela estética, histórica ou dos aspectos construtivos, como também o espaço que o envolve, sempre em uma busca equilibrada da preservação com a melhoria da qualidade desses espaços.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

URBANIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA E CONFLITOS URBANOS EM VIÇOSA, MG: A PROPOSTA DE TRANSFERÊNCIA DA FEIRA LIVRE DA AVENIDA SANTA RITA E A EXTENSÃO DO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL

NAYANA CORRÊA BONAMICHI (Não Bolsista/UFV), JOSE AUGUSTO MARTINS PESSOA (Orientador/UFV)

Ler o processo de produção do espaço urbano através de seus conflitos é partir da leitura do espaço como campo de lutas; destes conflitos enxergamos um espaço-tempo vivo, não neutro, um encontro de divergências. Desejamos acompanhar e compreender a gênese, os desdobramentos e as possibilidades históricas abertas por uma situação real de conflito urbano, travada em torno do gozo do direito de uso do espaço público versus a apropriação privada da centralidade pelos negócios do segmento de indústria da construção civil, em Viçosa. Trata-se do conflito atualizado com as ações de retirada-manutenção da feira livre da Avenida Santa Rita, no momento em que passa por intenso processo de valorização imobiliária. Através da abordagem qualitativa, com observações diretas, acompanhamento das discussões públicas e leituras morfológicas urbanas, buscamos entender como esta área do tecido urbano é reproduzida e apropriada, como os segmentos sociais envolvidos exercem seu domínio ou são dominados através do espaço. Desejamos também compreender como os “novos” movimentos sociais urbanos se mobilizam pelo direito à cidade e à cidadania. Contrárias às modernas formas de varejo alimentar, as populares feiras livres passaram a ser reconhecidas como atividades “arcaicas” e “anti-higiênicas”. Enquanto territorialidade popular, a feira livre reúne usuários e usadores de grande heterogeneidade econômica e social, e se constitui como uma forma de apropriação do espaço contrária à uniformização a qual tendem nossos espaços urbanos, objetos da segregação sócio-espacial. Intensifica-se assim a iminência de conflitos abertos. A proposta de transferência da feira livre representa uma forma peculiar de segregação, ultrapassando a esfera do privado, estendendo-a ao espaço público conforme os interesses de parte restrita da “população”, através de sua capacidade de influência política. Mesmo assim, a feira livre resiste ao tempo, se afirma como atividade essencialmente urbana quando enriquece o sentimento de comunidade, de vida coletiva, de cidade.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

A INSERÇÃO DE TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS NA HABITAÇÃO UNIFAMILIAR: OS IMPACTOS NO MODO DE VIDA

RAQUEL TIRELLO ZANDEMONIGNE (Bolsista CNPq/UFV), TULIO MARCIO DE SALLES TIBURCIO (Orientador/UFV), FLÁVIA DE AZEVEDO MONTEIRO (Não Bolsista/UFV)

No decorrer dos séculos, o modo de morar tem se alterado de forma notória. A antiga casa rural existia para a grande família patriarcal, já as residências atuais destinam-se a grupos de formações diferentes. No contexto dessas transformações surgem questões  sobre impacto gerado pelo indivíduo no ambiente em que habita e quais as mudanças devem ser incorporadas na habitação para acompanhar os avanços tecnológicos passíveis de reduzir esses impactos. Nota-se também que as mudanças culturais tem aumentado a preocupação com o meio ambiente. A habitação unifamiliar foi escolhida como objeto de estudos desta pesquisa por ser o tipo de construção mais frequente e mais provável de promover modificações em nível individual pela intensa relação com o morador. O objetivo dessa pesquisa é investigar novas tecnologias aplicáveis às habitações unifamiliares que incorporam princípios sustentáveis, identificando as alterações no modo de vida do usuário. A metodologia inclui revisão bibliográfica, estudos de casos, questionários e entrevistas para identificar e avaliar os sistemas utilizados e sua aceitabilidade. Ao entender a sustentabilidade como uma forma de poupar recursos e diminuir impactos ambientais, nota-se a necessidade de se aplicar à habitação uma visão holística, não somente em termos de equipamentos agregados à edificação, mas também referente aos sistemas construtivos, materiais utilizados e mudanças comportamentais que permitam integração entre usuário e tecnologia, tendo em vista a maximização dos resultados alcançados. Foram identificadas  na literatura, como tecnologias mais frequentes, os sistemas de captação e reuso de água pluvial, reuso de águas cinzas, painéis de aquecimento solar e coberturas verdes. A reciclagem e compostagem de lixo foram identificadas como sistemas que não impactam diretamente a edificação, mas influenciam o modo de vida do usuário.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA SOCIAL DE UM PROGRAMA HABITACIONAL: ESTUDO DE CASO NUM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE EM MINAS GERAIS

RIANE RICCELI DO CARMO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ALINE WERNECK BARBOSA DE CARVALHO (Orientador/UFV)

A Constituição Federal de 1988, marcada por um caráter descentralizador, redistribuiu competências entre os entes federativos, delegando também ao poder público municipal a responsabilidade pelo provimento de habitação para a população de baixa renda. Nesse contexto, tem-se como objetivo avaliar a eficácia social de um conjunto habitacional implantado através do Programa Carta de Crédito FGTS pela Prefeitura Municipal de Cajuri, município localizado na Zona da Mata Mineira, em parceria com a Caixa Econômica Federal. Para tal fez-se uso de revisão de literatura acerca da política habitacional no Brasil e de uma metodologia de avaliação segundo a qual a eficácia social de uma política urbana pode ser medida por um conjunto de variáveis que estabelecem comparação entre as condições às quais determinada população é submetida antes e após ser atendida pela política. Tais aspectos vêm sendo investigados na pesquisa de campo, que compreende: levantamento fotográfico do município e do Conjunto Residencial Cajuri; levantamento de documentos oficiais junto à Prefeitura e entrevistas com os principais agentes institucionais envolvidos no processo de contratação do programa habitacional, de modo a identificar o conteúdo e o grau de formalização desse programa, os processos adotados pela municipalidade no levantamento da demanda e no acompanhamento da sua execução, bem como as informações técnicas sobre o conjunto residencial; no momento, estão sendo realizadas entrevistas com os moradores do conjunto. A partir dos resultados preliminares é possível inferir que a demanda por habitação no município decorre principalmente da falta de emprego e renda, refletida na coabitação e na ocupação de imóveis alugados ou cedidos. Além disso, infere-se que a manifestada satisfação dos moradores entrevistados deve-se ao acesso à "casa própria", como sinônimo de segurança e privacidade, uma vez que a pesquisa de campo aponta problemas construtivos, ambientais e funcionais do conjunto analisado.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

ESTUDO DA APLICABILIDADE DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DAS INTERVENÇÕES URBANAS CONTEMPORÂNEAS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE CIDADES DE PEQUENO PORTE.

RODRIGO FONTES DA ROCHA (Bolsista/UFV), ALINE WERNECK BARBOSA DE CARVALHO (Orientador/UFV), PAULO TADEU LEITE ARANTES (Co-orientador/UFV), CLARISSA FERREIRA ALBRECHT (Co-orientador/UFV)

Nas últimas décadas, vêm sendo realizadas intervenções urbanísticas nas cidades, tendo como principal referência o conceito de desenvolvimento urbano sustentável. Baseados em documentos como a Nova Carta de Atenas e a Carta do Novo Urbanismo, essas intervenções têm como objetivo ampliar a qualidade do espaço urbano, levando em consideração a relação da cidade com o meio ambiente. A maioria dessas intervenções concentra-se nas áreas centrais, em grandes cidades e metrópoles, onde o processo de urbanização tem acarretado problemas de diversas naturezas. Partindo da premissa que as pequenas cidades que estão passando por processos de expansão e transformação no seu espaço urbano demandam soluções urbanísticas próprias, essa pesquisa teve como objetivo identificar os princípios e diretrizes mais relevantes nos projetos de intervenções contemporâneas e avaliar sua adequação a condições específicas de cidades de pequeno porte populacional, visando ao seu desenvolvimento sustentável. Para tanto, tomou-se como objeto de estudo a cidade de Viçosa-MG. Os procedimentos metodológicos incluíram uma revisão bibliográfica com ênfase nas principais tendências do urbanismo contemporâneo e a realização de estudos de casos, a partir dos quais elaborou-se um quadro contendo as principais ações implementadas e os resultados alcançados por eles. Verificou-se que a cidade de Viçosa apresenta um crescimento acelerado e concentra, na área central, problemas semelhantes aos das grandes cidades, como trânsito intenso, verticalização acentuada e desrespeito ao patrimônio histórico e ambiental. Por outro lado, tais problemas ainda não comprometeram sua vitalidade e centralidade, fundamentais para um modelo de desenvolvimento sustentável. Com isso, foi possível concluir que as propostas de intervenção urbanística para Viçosa devem apresentar como diretrizes cabíveis de aplicação aquelas que têm por objetivo a reabilitação e a requalificação do espaço construído por meio de melhorias em sua estrutura física e não aquelas que buscam resgatar uma vitalidade outrora existente.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

EDIFÍCIOS INTELIGENTES E IMPACTOS NOS USUÁRIOS

SABRINA ANDRADE BARBOSA (Bolsista CNPq/UFV), TULIO MARCIO DE SALLES TIBURCIO (Orientador/UFV)

Mudanças que incorporam inovações tecnológicas e novos conhecimentos nos edifícios têm ocorrido no contexto atual da arquitetura.  Essas transformações nos projetos arquitetônicos criam necessidades de investigações quanto à influência que exercem sobre o usuário. Este trabalho teve como objetivo geral uma revisão e discussão de conceitos de edifícios inteligentes, verificando diferentes aspectos abordados por diferentes autores. Especificamente, este trabalho teve foco nos impactos que causam nos usuários devido a essa inserção de tecnologias no edifício. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram utilizados métodos qualitativos e quantitativos. A revisão de literatura deu suporte à discussão dos conceitos, levantando as variáveis e palavras-chave envolvidas no tema, permitindo uma análise qualitativa de edificações entendidas como inteligentes. Para analisar os impactos que estes edifícios causam nos usuários, um questionário adaptado da literatura foi aplicado aos funcionários de um edifício inteligente, verificando a percepção deles no uso do edifício. Nos resultados, identificou-se que o conceito de edifício inteligente deve ser pensado sobre outros aspectos, além da automação predial e de sistemas tecnológicos. A sustentabilidade na construção e as estratégias projetuais também devem ser também consideradas. Verificou-se também a incorporação de inteligência em outras tipologias de edifícios como residências, escolas, e em escalas maiores como  projetos urbanos e de bairros, somando-se à tipologia de edifícios empresariais antes identificada. Quanto aos impactos nos usuários, verificou-se que a inserção de novas tecnologias na edificação gera um certo desconforto para os ocupantes até que se acostumem. É fundamental ter o entendimento sobre o funcionamento do edifício de forma a manter uma interface entre o ser humano e as constantes inovações que são incorporadas nestes edifícios.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

A PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO ESTUDO DA CIDADE: INFLUÊNCIAS HISTÓRICAS DO CENÁRIO URBANO NO PROJETO ARQUITETÔNICO CONTEMPORÂNEO

SABRINE SANTOS MENDONÇA (Bolsista CNPq/UFV), ELAINE CAVALCANTE GOMES (Orientador/UFV), BÁRBARA HELENA ALMEIDA CARMO (Não Bolsista/UFV), RAFAELLA QUARESMA BRANGIONI (Não Bolsista/UFV)

O cenário da cidade tem importante influência na construção da identidade dos indivíduos e na preservação da memória coletiva, visto que provoca diferentes sensações. Do mesmo modo, a vida da cidade e o ideal de uma época se refletem na produção artística, especialmente na arquitetura, deixando gravados ideais e influências de diversas naturezas que se constituem em verdadeiros documentos históricos. A convivência e os conflitos gerados por produções de tempos distintos influenciam as relações entre as pessoas e o ambiente construído. Nas cidades históricas, esses conflitos são mais facilmente percebidos quando existe um grande espaço de tempo entre as datas das construções existentes. Esta pesquisa visa estudar o espaço arquitetônico como cenário e verificar de que forma a percepção e uso do homem sobre o ambiente construído influenciam a transformação deste. Objetiva-se também demonstrar até que ponto a produção arquitetônica é dependente do contexto histórico e do entorno em que se insere e verificar as situações em que a preservação de monumentos históricos constitui obstáculo à modernização. Tem-se ainda em vista a perspectiva de estabelecer conceitos, orientar e melhorar propostas de intervenção em centros históricos. Desta forma, a cidade de Mariana-MG (especificamente a rodoviária da cidade, o Complexo Ferroviário-turístico-cultural e a Casa da Música) foi escolhida como objeto de estudo, visto que concentra um conjunto arquitetônico preservado, ao mesmo tempo em que passa por um processo de crescimento e modernização. Alguns estudos tratam das influências sofridas e/ou causadas pelo cenário arquitetônico construído sobre seus habitantes, no entanto ainda não é tão evidente a correta percepção que os indivíduos têm sobre o assunto. Será trabalhada a temática da percepção ambiental - através de entrevistas fechadas e abertas, mapas mentais e escala Likert- tendo como bases pesquisa bibliográfica e documentação fotográfica.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

PLANOS DIRETORES DOS MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE: AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA SUA APLICAÇÃO.

SKARLEN FIALHO SORIA GALVARRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ITALO ITAMAR CAIXEIRO STEPHAN (Orientador/UFV), BRUNO DALTO DO NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV)

Pouco tem sido discutido sobre a realidade dos municípios de pequeno porte demográfico. Esta pesquisa visa dar continuidade ao estudo do planejamento urbano destes municípios, avaliando a aplicação dos seus planos diretores, aprovados dentro do prazo estabelecido pelo Estatuto da Cidade. Muitos municípios cumpriram este prazo, elaborando seus planos rapidamente, alguns presumivelmente apenas para cumprir a exigência legal. Dificuldades como a pouca compreensão pelos homens públicos da importância do planejamento urbano e da sua legislação, além de questões ideológicas, têm tornado os planos diretores documentos natimortos. O desafio não está na elaboração e sim na aplicação dos planos. Esta pesquisa visou identificar o que foi aplicado nos dois primeiros anos de vigência dos planos e compreender os obstáculos à aplicação dos seus dispositivos, a fim de propor recomendações para novos planos e gestões municipais. Inicialmente procurou-se analisar o maior número possível de planos. Ao fim da pesquisa, foram analisados dez planos, resultado de um processo de: 1. seleção que resultou da identificação e obtenção dos planos; 2. análise e identificação do conteúdo auto-aplicável e definido pelos prazos estabelecidos dentro dos dois primeiros anos de vigência; 3. identificação e contato com  responsáveis pela elaboração e os técnicos das prefeituras, 4. pesquisa com os entrevistados para identificar o  que foi aplicado. Observou-se o baixo grau de aplicação dos planos. Entre as dificuldades encontradas estava a falta de recursos humanos e financeiros; a falta de interesse político; a descontinuidade das ações de regulamentação; os prazos subestimados e a relação de dependência entre algumas leis.  Também constatou-se uma falta de diálogo entre os órgãos municipais. Há, entretanto, alguns indícios de melhoria da aplicação dos planos, visto que, dos dez municípios estudados, sete possuem conselhos de acompanhamento do plano, dentre os quais apenas o do município de Araxá pode ser considerado pouco atuante.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ARQUITETURA E URBANISMO

ESTUDO DAS VILAS NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, EM VIÇOSA/MG.

TATIANA SELL FERREIRA (Não Bolsista/UFV), ALINE WERNECK BARBOSA DE CARVALHO (Orientador/UFV), ITALO ITAMAR CAIXEIRO STEPHAN (Co-orientador/UFV)

Esta pesquisa teve como objeto de estudo as vilas construídas no Campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa-MG, nas primeiras décadas de implantação da instituição, quais sejam: Vila Sete Casas, Vila Matoso, Vila Araújo, Vila Secundino, Vila Dona Chiquinha, Vila Chaves e Vila Gianetti. A pesquisa é relevante sob os aspectos histórico e urbanístico uma vez que não há registros sistematizados sobre esses conjuntos residenciais. Assim, o objetivo principal da pesquisa consistiu em registrar o patrimônio arquitetônico e a história das vilas construídas no Campus com a finalidade de abrigar funcionários e professores. Além da revisão de literatura acerca das características das vilas operárias no Brasil, a metodologia de pesquisa incluiu: levantamento dos documentos referentes à construção das vilas do Campus no Arquivo Central da UFV; levantamento da história oral através de entrevistas com antigos moradores e funcionários da instituição; levantamento arquitetônico e fotográfico das casas das vilas e, por fim, levantamento da situação atual de seus ocupantes, junto à Pró-Reitoria de Administração (PAD). O levantamento histórico das vilas ficou comprometido, uma vez que são poucos os documentos referentes à sua construção e muitos dos moradores e funcionários mais antigos da UFV já faleceram. Por outro lado, a partir do levantamento fotográfico e arquitetônico “in loco” foi possível recuperar, com certo grau de confiabilidade, o traçado original das casas, embora a maioria tenha passado por processos de reforma e ampliações e, atualmente, muitas estejam em péssimas condições de conservação. Quanto ao aspecto administrativo, verificou-se que apenas uma pequena parcela dos imóveis não se encontra em situação regular junto à PAD. O material produzido constituirá uma importante fonte de referência sobre o patrimônio residencial no Campus, uma vez que, com a expansão didático-pedagógica e territorial da UFV, as vilas tendem a ser demolidas ou destinadas a outras atividades.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / BIOLOGIA ANIMAL

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DE SERPENTES E LAGARTOS DA MATA DO PARAÍSO, VIÇOSA, MINAS GERAIS

ADRIANA CASTRO RODRIGUES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), HENRIQUE CALDEIRA COSTA (Não Bolsista/UFV), VITOR DIAS FERNANDES (Não Bolsista/UFV), RODOLFO GERMAN ANTONELLI VIDAL STUMPP (Não Bolsista/UFV), RENATO NEVES FEIO (Orientador/UFV)

A Mata Atlântica é um dos biomas com maior biodiversidade do mundo, mas também um dos mais ameaçados, sendo um dos hotspots mundiais em biodiversidade. O estudo da diversidade de Squamata é de extrema importância, pois o grupo é pouco conhecido e tem um importante papel no controle biológico em seus hábitats. A Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso (EPTEAMP) está  situada no município de Viçosa, Minas Gerais, no domínio da Mata Atlântica, com aproximadamente 195 ha, e está vinculada à Universidade Federal de Viçosa. Visando analisar a diversidade de Squamata existente na EPTEAMP e a sua distribuição em diferentes fisionomias, foram realizadas dez coletas periódicas entre Agosto de 2008 a Julho de 2009 na aérea de estudo. A metodologia utilizada foram armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps) e encontros ocasionais durante as vistorias. Os pitfall traps foram montados em duas fisionomias diferentes, uma área aberta formada por capim gordura e capoeira, e uma área de mata estacional semidecidual em estágio avançado de regeneração. Foram encontradas três espécies de serpentes (Sibynomorphus mikanii, Sibynomorphus neuwiedii e Bothrops jararaca), e oito lagartos (Ecpleopus gaudichaudii, Enyalius bilineatus, Enyalius brasiliensis, Mabuya dorsivittata, Ophiodes fragilis, Placosoma sp., Tropidurus torquatus e Tupinambis merianae). Como já observado em outros trabalhos, os pitfall traps mostraram-se mais eficientes na coleta de lagartos do que de anfisbênios e serpentes. A continuidade das coletas com pitfall traps, somado à utilização de novas metodologias, poderão proporcionar maiores informações sobre a riqueza de espécies, sua distribuição e seu padrão de atividade na área de estudo.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / BIOLOGIA ANIMAL

TOXICIDADE DE INSETICIDAS BOTÂNICOS A Diaphania hyalinata

ADRIANO CIRINO TOMAZ (Bolsista/UFV), VÂNIA MARIA XAVIER (Bolsista CAPES/UFV), MARCELO COUTINHO PICANCO (Orientador/UFV), JORGIANE DA SILVA BENEVENUTE (Bolsista FAPEMIG/UFV), ROGÉRIO MACHADO PEREIRA (Bolsista FUNARBIC/UFV)

Diaphania hyalinata L. (Lepidoptera: Pyralidae) é considerada praga-chave em curcubitáceas, causando injúrias que podem chegar até 100% de perdas da produção. O controle desta praga tem sido realizado por meio de aplicações sucessivas de inseticidas organo-sintéticos. Além dos prejuízos econômicos, o uso excessivo de inseticidas pode apresentar sérios problemas como contaminação ambiental, resíduos nos alimentos, surgimento de populações de insetos mais resistentes, ressurgência e erupção de pragas. Uma alternativa a estes inseticidas são os produtos de origem natural, os inseticidas botânicos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade de inseticidas botânicos no controle de D. hyalinata. Para os bioensaios de toxicidade os tratamentos foram a testemunha e os inseticidas rotenona, extrato de alho, neem, óleo de citronela, óleo de eucalipto e óleo de andiroba. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições. Cada parcela experimental foi constituída de placa de Petri contendo 10 lagartas. Folhas de abóbora foram imersas em solução aquosa contendo inseticidas botânicos nas concentrações recomendadas para controle de pragas por cinco segundos. Na testemunha as folhas foram imersas em água. Os insetos vivos e mortos de cada unidade experimental foram contados até seis dias após os tratamentos. As mortalidades ocorridas nos tratamentos foram corrigidas pela mortalidade ocorrida na testemunha usando-se a fórmula de Abbott. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de significância. Os dados de mortalidade causada por cada tratamento em função do tempo foram submetidos à análise de regressão a p0,05).  Concluiu-se que a torta de mamona pode ser utilizada como substrato para a produção de biogás e quando associada com dejeto bovino tende a aumentar a produção de biogás.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA AGRÍCOLA

CONTROLE E AVALIAÇÃO DE UM CONJUNTO GASEIFICADOR-COMBUSTOR DE FLUXO CONCORRENTE, UTILIZANDO COMO COMBUTÍVEL A BIOMASSA DE LENHA EUCALIPTO.

EMANUELE GRACIOSA PEREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JADIR NOGUEIRA DA SILVA (Orientador/UFV), WILLIAM ROSÁRIO DOS SANTOS (Bolsista CNPq/UFV), JOFRAN LUIZ DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV)

A gaseificação é um processo bastante antigo e é realizada com o objetivo de produzir um combustível gasoso. O gás produzido tem muitas aplicações práticas, para a geração direta de calor, eletricidade e produtos químicos. O presente trabalho teve por objetivo controlar o conjunto gaseificador-combustor de fluxo concorrente, por meio da variação do fluxo de ar, utilizando como combustível a biomassa de eucalipto. Na saída do combustor foi colocado um ventilador centrífugo, com capacidade para 20 m3.min-1 acionado por um motor de 552 W, 220 V trifásico. Para o controle da vazão do ar foram realizados testes variando a potência do motor do ventilador e das aberturas da entrada do ar, primário e secundário, no combustor. Nos testes feitos com as entradas de ar no combustor, primária e secundária fechadas, verificou-se que o fluxo de ar através da entrada no reator foi quanto maior tanto maior a potência ativa média do motor. As vazões volumétricas média de ar na entrada do reator para as potências 326, 270, 229 e 200 kW foram de 0,227, 0,223, 0,210 e 0,194 m3.s-1 respectivamente. Os testes feitos com a entrada de ar primária do combustor fechada e a secundária aberta com área igual a 0,018 m2 mostraram que quando o motor era submetido às potências de 326, 270, 229 e 200 kW, as vazões volumétrica média de ar no reator foram de 0,118, 0,112, 0,104 e 0,098 m3.s-1 respectivamente e a vazão de ar no combustor para essas mesmas potências foi de 0,078, 0,071, 0,059 e 0,052 m3.s-1. O estudo e a avaliação desse sistema mostrou que a automação do motor do ventilador proporciona o controle da vazão do ar e economia de energia elétrica.

 

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ESTUDO DOS PERÍODOS DE TAXA CONSTANTE E DECRESCENTE DA DESIDRATAÇÃO DE FATIAS DE Malus domestica COM INFRAVERMELHO

EMILIO DE SOUZA SANTOS (Bolsista CNPq/UFV), PAULO CESAR CORREA (Orientador/UFV), FERNANDA MACHADO BAPTESTINI (Bolsista CNPq/UFV), FERNANDO MENDES BOTELHO (Bolsista CNPq/UFV), FELIPE ELIA DE ALMEIDA MAGALHÃES (Bolsista CNPq/UFV)

No estudo de novas tecnologias de desidratação, como o uso de infravermelho, é de grande importância a simulação do processo, o qual modelos de fundamento teórico e experimental são amplamente utilizados para esta finalidade. Objetivou-se com este trabalho estudar e modelar o processo de desidratação por infravermelho de fatias de duas cultivares de maçã com e sem branqueamento, determinar os coeficientes de transferência de calor e de massa para o período constante de desidratação, o coeficiente de difusão efetivo para o período decrescente, verificar a relação destes coeficientes com a temperatura, e modelar as curvas de desidratação. Foram utilizadas fatias de maçãs das cultivares Gala e Fuji submetidas a branqueamento em solução de hidrogenosulfato de sódio e amostras não tratadas (testemunhas), secas até massa constante em um secador protótipo com fonte de aquecimento por infravermelho. Os coeficientes de transferência de calor e de massa e o coeficiente de difusão efetivo aumentaram linearmente com o aumento da temperatura, obtendo-se valores que variaram respectivamente de 45,97 a 89,40 W m-2 K -1; de 0,0434 a 0,1000 m s -1 e de 3,23 10 -10 a 1,73 10 -9 m² s-1 para uma faixa de temperatura de 50 a 100 ºC. Não se notou um padrão de comportamento desses coeficientes em relação ao tratamento e a cultivares estudadas. Para descrever o período constante de desidratação, foi ajustado um modelo linear. Para o período decrescente de desidratação, foram ajustados modelos freqüentemente utilizados para modelagem deste período. Dentre os modelos utilizados, o modelo de Midili foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais, e a variação dos coeficientes do modelo com a temperatura foram descritos através de regressão linear e exponencial.

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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO IRRIGÂMETRO EQUIPADO COM EVAPORATÓRIO DE COR BRANCA

ENOQUE PEREIRA DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), RUBENS ALVES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), SAMUEL PETRACCONE CAIXETA (Bolsista CNPq/UFV), LUAN BRIOSCHI GIOVANELLI (Bolsista CNPq/UFV), FELIPE DA SILVA NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV)

O manejo adequado da irrigação tem sido um fator determinante no aumento da produtividade de culturas exploradas no âmbito da agricultura irrigada, além de contribuir para a redução de custo de energia e do consumo de água nos projetos. Neste contexto se encontra o irrigâmetro, que indica diretamente o momento de irrigar e o tempo necessário de funcionamento do sistema de irrigação. Neste trabalho teve-se por objetivo avaliar o desempenho do Irrigâmetro equipado com evaporatório de cor branca. O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e três repetições, para cada cor do evaporímetro, totalizando trinta Irrigâmetros. Os tratamentos consistiram de Irrigâmetros operando com cinco níveis de água (N1=2, N2=3, N3=4, N4=5 e N5=6 cm), referência própria do equipamento. A medição do nível da água no tubo de alimentação do Irrigâmetro foi feita diariamente às nove horas da manhã, entre outubro de 2007 e agosto de 2009. Para cada tratamento foi determinado um coeficiente médio para o Irrigâmetro, denominado KI, calculado pela relação entre a evapotranspiração estimada no Irrigâmetro (ETI) e a evapotranspiração de referência (ET0), obtida pelo método de Penman-Monteith - FAO 56. Os dados de ETI obtidos no Irrigâmetro em cada nível da água dentro do evaporatório foram submetidos à análise de variância e de regressão. De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que: (a) o Irrigâmetro equipado com evaporatório de cor branca mostrou maior variância na estimativa da evapotranspiração comparativamente ao original (verde), não sendo recomendado o seu uso, e (b) os coeficientes do Irrigâmetro aumentaram linearmente com o nível da água dentro do evaporatório.

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UTILIZAÇÃO DO EXTRATO DE SEMENTES DE MORINGA COMO COAGULANTE NO TRATAMENTO PRIMÁRIO DO ESGOTO SANITÁRIO

FELIPE DA SILVA NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV), PAOLA ALFONSA LO MONACO (Não Bolsista/UFV), IVAN CÉLIO ANDRADE RIBEIRO (Não Bolsista/UFV), RAFAEL ALVES DA SILVA (Não Bolsista/UFV), ANTONIO TEIXEIRA DE MATOS (Orientador/UFV), ANTOVER PANAZZOLO SARMENTO (Não Bolsista/UFV)

Em razão das dificuldades operacionais e econômicas de se realizar um tratamento convencional de esgoto doméstico, têm-se buscado alternativas como a utilização do extrato de sementes de moringa como agente coagulante no tratamento de esgoto de pequenas comunidades. No presente trabalho teve-se como objetivo avaliar a eficiência do extrato de sementes de moringa, quando utilizado como agente coagulante, na remoção de turbidez e coliformes de águas residuárias domésticas. Para avaliação do efeito do coagulante na água residuária, foram realizados ensaios utilizando o aparelho jar-test, sendo avaliados os efeitos das concentrações de 0,02; 0,04; 0,06; 0,1; 0,2; 0,3; 0,4; 0,6; 0,8 e 1,2 g de sementes trituradas por litro de esgoto doméstico. A turbidez foi medida nas suspensões após 2 e 24 h e a contagem de organismos do grupo coliformes totais (CT) e termotolerantes (CF – E. coli) após 24 h da aplicação e mistura do coagulante. Equações matemáticas foram ajustadas, por regressão, relacionando concentração do extrato de sementes de moringa na água analisada com a turbidez. Em 2 h de sedimentação, a remoção média de turbidez no esgoto doméstico foi de 22,3% e em 24 h foi de 35,3%. No que se refere à remoção de Coliformes Totais e Termotolerantes, a adição da alíquota do extrato de sementes de moringa que esteve associada a uma concentração 0,04 g L-1 de sementes no esgoto doméstico foi a que proporcionou maior eficiência na remoção (95,6% e 94,3%, respectivamente).

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AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS CONJUGADOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS NO TRATAMENTO DA ÁGUA RESIDUÁRIA DA LAVAGEM E DO DESCASCAMENTO DOS FRUTOS DO CAFEEIRO

FILIPE CRUZ SCHUERY (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANTONIO TEIXEIRA DE MATOS (Orientador/UFV), Ronaldo Fia (Co-orientador/)

Muitas opções estão disponíveis para o tratamento de águas residuárias agroindustriais, sendo que a utilização de sistemas de tratamento biológico tem se mostrado adequada e eficiente. O objetivo, com a realização do presente trabalho, foi avaliar o desempenho de três sistemas de tratamento compostos por filtros anaeróbios seguidos de sistemas alagados construídos (SACs), submetidos a diferentes cargas orgânicas, no tratamento das águas residuárias do processamento dos frutos do cafeeiro (ARC). Os filtros foram confeccionados em PVC (1,5 m de altura e 0,35 m de diâmetro) e preenchidos com brita nº 2 e os SACs foram constituídos por caixas de madeira (1,5 m de comprimento, 0,4 m de altura e 0,5 m de largura) impermeabilizadas por geomembrana de PEAD e preenchidas com brita “zero”. A ARC teve o pH corrigido com cal até valores próximos a 7,0 e a concentração de nutrientes alterada de forma a se obter uma relação DBO/N/P igual a 100/5/1. Como resultado, observou-se que a grande oscilação na carga hidráulica e orgânica fez com que os sistemas de tratamento utilizados neste trabalho operassem de forma instável. No entanto, os valores de pH afluente e efluente mantiveram-se dentro da faixa de valores adequados para que ocorresse a degradação biológica do material orgânico. Os sistemas não suportaram o choque de carga orgânica, o que reduziu a eficiência de remoção de matéria orgânica. Com base na análise de desempenho e nas condições operacionais empregadas, apenas o sistema que recebeu a menor carga orgânica, na terceira fase, pode ser considerado eficaz na remoção de matéria orgânica. 

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INTERAÇÃO DE VEGETAÇÃO, ATMOSFERA E NUTRIENTES DO SOLO PARA DIFERENTES CENÁRIOS DE DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

GABRIELLE FERREIRA PIRES (Bolsista CNPq/UFV), MARCOS HEIL COSTA (Orientador/UFV), Mônica Carneiro Alves Senna (Co-orientador/UFV)

Nas recentes décadas, grandes áreas da Amazônia foram desmatadas e o futuro da floresta pode ser dependente do feedback no clima e nos nutrientes do solo associados com o desmatamento. Este é um problema de interação biosfera-atmosfera de duas vias: a resposta do clima regional sobre a cobertura do solo varia com o crescimento da floresta, que por sua vez depende do clima e do stress de nutrientes. O stress de nutrientes também varia com a idade da floresta, sendo severo quando a floresta é jovem e brando quando a floresta está mais madura. Neste estudo investigamos como esses feedbacks interagem para controlar o crescimento de floresta secundária a partir de diferentes cenários de desmatamento (20%, 40%, 60%, 80% e 100%), procurando por um limite de desmatamento que possa causar uma interferência perigosa na recuperação da Amazônia. Utilizamos, para isso, o modelo global de circulação geral da atmosfera CCM3 acoplado ao modelo global de biosfera IBIS, que chamamos aqui de CCM3-IBIS, para rodar as simulações climáticas para 50 anos. Os resultados mostram que a redução na precipitação é proporcional à quantidade de desmatamento, sendo mais drástica quando a área desmatada é maior do que 40% da floresta original. Além disso, somente a redução da precipitação não é suficiente para impedir o recrescimento da floresta. Contudo, quando a redução na precipitação está associada ao stress de nutrientes no solo, o processo de savanização deverá começar no sul da Amazônia (norte do estado do Mato Grosso), não importando a quantidade desmatada. Estes resultados mostram que, apesar de apresentar as maiores taxas de desmatamento da Amazônia, essa é uma região muito vulnerável sendo necessário priorizar a conservação de sua floresta. 

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EFEITOS DO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA E DO CERRADO NA DURAÇÃO DA ESTAÇÃO SECA NO ARCO DO DESMATAMENTO

GABRIELLE FERREIRA PIRES (Bolsista CNPq/UFV), MARCOS HEIL COSTA (Orientador/UFV)

As previsões de mudanças climáticas relacionadas a cenários de desmatamento da Amazônia estão sendo cada vez mais utilizadas pelo governo e organizações não-governamentais para o planejamento do futuro da floresta. Apesar de incorporarem uma grande gama de variáveis biofísicas, estes cenários negligenciam cenários futuros de uso do solo de regiões vizinhas, como o Cerrado no centro do Brasil, que por sua vez já foi desmatado em mais de 50%. Neste estudo, investigamos o impacto de diferentes cenários de desmatamento da Amazônia e do Cerrado, no regime de chuvas do arco do desmatamento da floresta, para os anos de 2030 e 2050. Para cada um dos anos foram utilizados dois cenários, um mais otimista, governance (GOV2030 e GOV2050), que consideram que a legislação ambiental brasileira é efetivamente implementada na bacia amazônica através da ação do governo, e um mais pessimista, business-as-usual (BAU2030 e BAU 20050), que consideram que as taxas atuais de desmatamento e o descumprimento da lei irão continuar. Considerando as altas taxas de desmatamento do Cerrado e as fracas políticas de conservação, consideramos que todo o bioma estará desmatado em 2030. Utilizamos o modelo global de circulação geral da atmosfera CCM3 acoplado ao modelo global de biosfera IBIS, que chamamos aqui de CCM3-IBIS, para rodar as simulações climáticas para 20 anos. O estudo mostra que tanto o desmatamento da Amazônia quanto o desmatamento do Cerrado contribuem para um aumento na duração da estação seca na região do arco do desmatamento da floresta. Combinando o efeito dos dois cenários, a estação seca poderá aumentar de 5 para 6 meses, causando potenciais impactos no equilíbrio biosfera-atmosfera da região.

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ATIVIDADE INSETICIDA DE PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) SOBRE INSETOS-PRAGA DE PRODUTOS ARMAZENADOS

GUTIERRES NELSON SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LEDA RITA DANTONINO FARONI (Orientador/UFV), ADALBERTO HIPOLITO DE SOUSA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ROMENIQUE DA SILVA DE FREITAS (Bolsista CNPq/UFV), JOÃO PAULO BRAGA RODRIGUES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), AUGUSTO CÉSAR MAGALHÃES DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV)

Pesquisas com plantas inseticidas visam, geralmente, descobrir novos compostos e inseticidas naturais para o uso direto no controle de pragas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade inseticida de pós e extratos aquosos de sementes e de pericarpos de pinhão manso (Jatropha curcas L.) sobre os carunchos Rhyzorpertha dominica (F.) (Coleoptera: Bostrichidae), Sitophilus zeamais Mots. (Coleoptera: Curculionidae), Tribolium castaneum (Herbst) (Coleoptera: Tenebrionidae) e Oryzaephilus surimanensis (L.) (Coleoptera: Silvanidae). Os pós foram obtidos de sementes e pericarpos com os teores de água de 6 e 7% base úmida (b.u.), respectivamente. Este material foi triturado em processador eletrônico (Osterizer Blender) e peneirado em peneira granulométrica de 1,00 mm. Os extratos aquosos foram obtidos a partir da suspensão dos pós em água destilada nas proporções de 1/2:10 e 1:10 (p/v), obtendo-se as concentrações de 5 e 10%. Após 24 horas as soluções foram filtradas em tecido de voil. As unidades experimentais foram constituídas por placas de petri de 9 cm de diâmetro e 1,5 cm  de altura, contendo 50 adultos sobre papel filtro umedecido com 1 mL de extrato ou com 0,5 g de pó. A mortalidade dos insetos foi avaliada após 48 e 120 horas nos bioensaios com os extratos e pós, respectivamente. Os pós e os extratos de semente e pericarpos de pinhão apresentaram efeito letal sobre R. dominica, S. zeamais, T. castaneum e O. surimanensis. Em geral a mortalidade dos insetos tratados com os pós e extratos (5 e 10%) provenientes das sementes foi significativamente maior que a mortalidade dos tratamentos provenientes dos pericarpos. Tais resultados são indicativos de maiores quantidades de compostos bioativos nas sementes de pinhão manso. Conclui-se que os pós e extratos provenientes de sementes e pericarpos de pinhão manso apresentaram efeito inseticida sobre R. dominica, S. zeamais, T. castaneum e O. surimanensis. (CNPq)

 (NESTLÉ BRASIL LTDA )

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TOXICIDADE DO OZÔNIO PARA POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE Sitophilus zeamais MOTS. (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)

GUTIERRES NELSON SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LEDA RITA DANTONINO FARONI (Orientador/UFV), ADALBERTO HIPOLITO DE SOUSA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ROMENIQUE DA SILVA DE FREITAS (Bolsista CNPq/UFV), AUGUSTO CÉSAR MAGALHÃES DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV), JOÃO PAULO BRAGA RODRIGUES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV)

Considerando o potencial tóxico do ozônio para o controle de insetos-praga de produtos armazenados, este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade do ozônio para quinze populações brasileiras de Sitophilus zeamais Motschulsky (Coleoptera: Curculionidae) e averiguar se o metabolismo respiratório dos insetos tem relação com a toxicidade do ozônio. Foram estudadas quinze populações de S. zeamais coletadas em unidades armazenadoras dos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Santa Catarina, Brasil. Estas populações foram diagnosticadas anteriormente como resistentes ou susceptíveis à fosfina. A toxicidade do ozônio foi avaliada através de estimativas dos tempos de exposição letais para 50 e 95% (TL50 e TL95) dos insetos adultos de cada população. Para isso foram estabelecidas curvas tempo-resposta, mediante bioensaios com seis períodos de exposição do ozônio na concentração de 50 ppm, a um fluxo contínuo de 1,3 L min-1. A mortalidade dos insetos foi avaliada no final de cada teste e confirmada após dez dias. Foram utilizadas três repetições para cada combinação período de exposição e população. O gás foi obtido do gerador de ozônio modelo O&M. A taxa respiratória (produção CO2) foi mensurada utilizando-se um respirômetro do tipo CO2 Analiser TR 2. Foram utilizadas três repetições com 20 insetos adultos de cada população. As populações apresentaram uniformidade de resposta ao ozônio e nenhuma foi resistente ao gás. Como algumas das populações avaliadas eram resistentes à fosfina, pode inferir que não existe resistência cruzada entre o ozônio e a fosfina. Foram observados diferentes padrões respiratórios entre as populações (P0.20). Conclui-se que todas as populações de S. zeamais foram susceptíveis ao ozônio e que os diferentes padrões respiratórios não influenciaram a toxicidade do ozônio. (CNPq)

(NESTLÉ BRASIL LTDA )

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IMPACTO DA URBANIZAÇÃO NO CLIMA DA CIDADE DE VIÇOSA - MG

JACKSON MARTINS RODRIGUES (Bolsista CNPq/UFV), LUIZ CLAUDIO COSTA (Orientador/UFV), MARCELO CID DE AMORIM (Bolsista CAPES/UFV), GILBERTO CHOHAKU SEDIYAMA (Co-orientador/UFV), FLAVIO BARBOSA JUSTINO (Co-orientador/UFV), RAFAEL DE ÁVILA RODRIGUES (Bolsista CAPES/UFV)

A cidade de Viçosa – MG, que desde sua fundação tem apresentado vertiginoso crescimento de sua área urbana principalmente à partir da instalação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária – ESAV, (atualmente Universidade Federal de Viçosa – UFV) substituindo as coberturas vegetais originais por materiais impermeabilizantes e com edificações cada vez mais altas, fluxo cada vez maior de veículos e profunda migração rural. Assim sua urbanização se deu atrelada ao crescimento da UFV e às demandas geradas pela rede ensino da cidade. Contudo, associado a essa expansão urbana há vários indícios de que o clima da cidade esteja sofrendo alterações. Desta forma este trabalho teve como objetivo levantar dados que demonstrassem o crescimento urbano de Viçosa e identificar por meio de comparações e testes estatísticos adequados se há influências significativas na disposição das normais climatológicas de Viçosa que possam ser atribuídas à sua expansão urbana. Para tanto foram coletadas informações sobre a cidade junto a órgãos públicos e dados climáticos junto a estação meteorológica do INMET instalada na UFV. Por meio da normalização das variáveis climáticas e do teste Mann-Kendall observou-se que as temperaturas mínimas estão apresentando tendências ao aumento com o passar do tempo enquanto que temperaturas máximas, precipitação e umidade relativa não apresentaram grandes aliterações em seus padrões. Por meio de análise de correlação entre os dados de temperatura média de Viçosa e Região Sudeste do Brasil e Minas Gerais observou-se que os dados apresentam forte correlação e por meio do teste t de student se mostrou estatisticamente significativo a níveis de significância de 10%, 5% e 1%. Desta forma concluiu-se que as alterações nas temperaturas mínimas da cidade de Viçosa estão atreladas ao processo de crescimento da mancha urbana da cidade principalmente ao redor da estação meteorológicas presente na UFV.

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DESEMPENHO DE FILTRO DE FLUXO ASCENDENTE PARA TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA EM COMUNIDADE RURAL DE BAIXA RENDA

JAQUELINE DO CARMO ALEXANDRE (Bolsista/UFV), ANTONIO ALVES SOARES (Orientador/UFV), RAFAEL OLIVEIRA BATISTA (Não Bolsista/UFV), MÁRCIA APARECIDA SARTORI (Não Bolsista/UFV)

A água de reuso é uma opção promissora do ponto de vista ambiental, já que contribui para diminuição da captação e conseqüentemente redução nas vazões de lançamento de efluentes. Por serem menos poluídas que as águas negras no que diz respeito à ausência de fezes, urina, papel higiênico e outros, as águas cinza têm recebido especial atenção como alternativa para reuso. As diversas águas cinza originadas em uma residência são provenientes principalmente de lavagem de roupa, banheiros (chuveiros e pias) e pia de cozinha. A água cinza proveniente de cozinha apresenta partículas de comida, óleo e gordura, sendo tão poluente quanto às águas negras. O objetivo deste trabalho consistiu na análise do desempenho de um filtro de fluxo ascendente para tratamento de água cinza implantado na comunidade rural Macena, em Viçosa-MG. No período de 1 a 30 de julho de 2009, amostras de efluente foram coletadas a montante e a jusante do filtro operando com vazão de 200 L por dia. Em laboratório foram quantificados os valores de turbidez (TB), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), sólidos totais (ST) e óleos e graxas (OG). De acordo com os resultados obtidos verificou-se que o filtro de fluxo ascendente proporcionou remoções de até 29, 75, 84, 86 e 96% para as características TB, DBO, DQO, ST e OG, respectivamente. Pode-se concluir que o filtro de fluxo ascendente é uma tecnologia promissora de tratamento de água cinza para reuso da água na descarga de sanitários ou limpeza de pisos.

(FINEP, BITEC )

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SECAGEM DO CAFÉ EM COCO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DE FUNGOS

JOÃO PAULO BRAGA RODRIGUES (Bolsista FAPEMIG/UFV), RODRIGO DE OLIVEIRA SIMÕES (Bolsista CNPq/UFV), GUTIERRES NELSON SILVA (Bolsista CNPq/UFV), AUGUSTO CÉSAR MAGALHÃES DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV), LEDA RITA DANTONINO FARONI (Orientador/UFV)

Este trabalho objetivou verificar a influência das condições ambientes e de dois tipos de terreiro utilizados durante o pré-processamento do café em coco, colhido em diferentes porcentagens do estádio de maturação cereja, no desenvolvimento de sua flora microbiana. O café colhido em quatro porcentagens de frutos cereja, Lote 1 (90,9%), Lote 2 (81,5%), Lote 3 (44,7%) e Lote 4 (44,7%) foi lavado, submetido a uma pré-secagem em terreiro de cimento e subdividido em duas partes, permanecendo uma no terreiro de cimento e a outra transportada para o terreiro suspenso. Para acompanhamento da perda de água, a cada dois dias, ao final do período da tarde, amostras de três litros de café em coco foram coletadas para determinação do teor de água e atividade de água. Para a detecção e identificação de fungos coletaram-se amostras de café depois da lavagem, da transferência do café de terreiro de cimento para terreiro suspenso e no fim da secagem. A temperatura e a umidade relativa do ar ambiente foram registradas ao longo do processo de secagem por meio de uma estação meteorológica posicionada próxima aos lotes de café. Verificou-se que as condições ambientes adversas em certos períodos durante o processo de secagem contribuíram para absorção de umidade do café seco em terreiro de cimento. No entanto, as temperaturas mais elevadas ocorridas neste tipo de terreiro podem ter sido as responsáveis, associada à baixa atividade de água (0,553), pela maior redução na incidência de fungos ao final do processo de secagem. O comportamento das curvas de secagem e de atividade de água foi semelhante durante o processo de secagem, no entanto as curvas de atividade de água obtiveram melhor ajuste. As diferenças na porcentagem de frutos cereja de cada lote e o processo de secagem empregando terreiro de cimento influenciaram no parâmetro atividade de água.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO CAFÉ (Coffea arabica L.) COLHIDO EM DIFERENTES PORCENTAGENS DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO CEREJA

JOÃO PAULO BRAGA RODRIGUES (Bolsista FAPEMIG/UFV), RODRIGO DE OLIVEIRA SIMÕES (Bolsista CNPq/UFV), AUGUSTO CÉSAR MAGALHÃES DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV), GUTIERRES NELSON SILVA (Bolsista CNPq/UFV), LEDA RITA DANTONINO FARONI (Orientador/UFV)

Para demonstrar as alterações que ocorrem após a secagem do café em coco, realizou-se este trabalho com o objetivo de verificar a qualidade do café colhido em diferentes porcentagens do estádio de maturação cereja, processados por “via seca” em terreiro de cimento e em terreiro suspenso pela caracterização físico-química e sensorial (prova de xícara). O café, colhido em quatro diferentes porcentagens de frutos cereja, Lote 1 (90,9%), Lote 2 (81,5%), Lote 3 (65,4%) e Lote 4 (44,7%), foi lavado e seco em terreiro de cimento e em terreiro suspenso. As análises de condutividade elétrica e lixiviação de potássio foram feitas com grãos de café beneficiados sem defeitos visíveis, retidos em peneiras de crivo circular 16 acima. As demais análises físico-químicas: acidez titulável total, acidez graxa, extrato etéreo, pH e índice de coloração foram feitas com grãos de café beneficiados sem defeitos visíveis, retidos em peneiras de crivo circular 16 acima, moídos e peneirados (30 “meshes”). A avaliação dos atributos sensoriais (prova de xícara) foi feita com grãos selecionados, devidamente torrados (torra média) e apresentados sob a forma de café expresso. Verificou-se que os valores médios de condutividade elétrica, lixiviação de potássio, pH, aumentaram com a redução na porcentagem de frutos cereja em cada lote. Apesar das diferenças observadas entre os parâmetros físico-químicos, a qualidade da bebida de café não foi afetada negativamente, visto não terem sido observadas diferenças significativas entre os atributos sensoriais avaliados que inferissem bebida de pior qualidade. Todas as correlações, negativas e positivas, entre as variáveis físico-químicas e atributos sensoriais que foram significativas inferem que os danos causados às membranas celulares dos grãos, com o extravasamento dos constituintes do grão, sejam os principais responsáveis para elucidar as modificações ocorridas na qualidade final do café.

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USO DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS COM CONCENTRADORES PLANOS EM RESIDÊNCIA MULTIFAMILIAR

LEANDRA ALTOÉ (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), DELLY OLIVEIRA FILHO (Orientador/UFV), CRISTHIAN LAO VOROBIEFF (Não Bolsista/UFV)

 Este trabalho foi conduzido no laboratório de energia do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, entre os anos de 2008 e 2009. Com o objetivo de analisar a viabilidade do uso de concentradores planos em sistemas solares térmicos. Foram analisadas de forma técnica e econômica três alternativas de aquecimento de água: sistema solar sem concentradores, sistema solar com concentradores e chuveiro elétrico. Além disso, foi realizada uma análise de sensibilidade do sistema solar térmico sem e com concentradores, comparando o valor presente líquido dessas opções com o uso de chuveiro elétrico. Foi considerado como caso base o aquecimento de água para quatro famílias, cada uma composta por cinco pessoas, com um consumo de 50 litros de água quente per capita por dia, residentes em um prédio situado em Viçosa, Minas Gerais. Na análise de sensibilidade foram variados os seguintes parâmetros: número de famílias residentes no prédio, número de pessoas por família, radiação solar, custo da energia, taxa de juros, custo dos coletores, custo do reservatório, custo dos concentradores, aumento da energia acima da inflação, custo de manutenção, vida útil do sistema e subsídio no capital inicial. Entre as alternativas de aquecimento de água analisadas, o sistema solar com concentradores foi o que apresentou menor custo total na sua vida útil e, portanto, o mais viável do ponto de vista financeiro, seguido do sistema solar sem concentradores e do chuveiro elétrico. Entre os parâmetros avaliados na análise de sensibilidade, a taxa de juros, o custo da energia elétrica e a demanda por água quente (número de famílias residentes e número de pessoas por famílias) foram as variáveis que mais alteraram o valor presente líquido do sistema solar térmico.

 

 

 

 

 

 

 

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INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA NO COMPORTAMENTO DISPERSIVO DA ARGILA DO ARGISSOLO VERMELHO

LEONARDO ANDRADE PIMENTA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANTONIO TEIXEIRA DE MATOS (Orientador/UFV), O.B. de Almeida Neto (Não Bolsista/), V.P. de Matos (Bolsista BIC-Júnior/UFV), LIDIANE CARVALHO DE CAMPOS (Não Bolsista/UFV), ERICK FIGUEIREDO DIAS (Não Bolsista/UFV), TÚLIO FERREIRA LAMBERT (Não Bolsista/UFV)

O presente trabalho visou estudar o efeito da utilização de águas de irrigação com diferentes concentrações iônicas (CEa – salinidade) combinadas com diferentes valores de RAS, na dispersão da argila de um Argissolo Vermelho (PV). As amostras foram coletadas no horizonte B de um Argissolo Vermelho (PV), na cidade de Barroso, MG, com presença marcante do mineral gibbsita. Foram feitas 30 diferentes combinações de CE e RAS em água, aplicada nas amostras do PV. Os tratamentos corresponderam à aplicação de soluções de percolação, preparadas com todas as combinações possíveis de CE (valores de 200; 500; 1000; 2000; 4000 e 8000 μS cm-1) e RAS (valores de 0, 5, 10, 20 e 40 mmolc L-1), em três repetições. As amostras foram retiradas das colunas dos permeâmetros, colocadas para secar ao ar, destorroadas e passadas em peneira de 2 mm, analisando-se a argila dispersa em água (ADA). O mesmo procedimento foi realizado, utilizando-se água destilada (RAS = 0 mmolc L-1 e CE = 30 μS cm-1) e água da chuva (RAS = 0 mmolc L-1 e CE = 40 μS cm-1) . Os valores de ADA-S obtidos neste solo podem ser considerados altos, mesmo quando se aplicou água com salinidade relativamente alta e RAS baixa. Condições de menor dispersividade da argila do solo ocorreram apenas quando foram utilizadas soluções de percolação com CE maior que 2000 μS cm-1, tendo sido obtida redução significativa nos valores de ADA-S com a aplicação de solução de percolação de 4000 e 8000 μS cm-1. (a) Todas as soluções de percolação, notadamente as de maiores CE, independente do valor da RAS, proporcionaram diminuição na argila dispersa (ADA-S) no PV; (b) A aplicação de águas salinas e sódicas (mesmo quando a RAS foi alta e a CE foi baixa) trouxe impactos positivos na permeabilidade do PV.

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DESEMPENHO DE SISTEMA PARA TRATAMENTO DE ÁGUA NEGRA EM COMUNIDADE RURAL DE BAIXA RENDA

MARCELO SANTANA SOARES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANTONIO ALVES SOARES (Orientador/UFV), RAFAEL OLIVEIRA BATISTA (Bolsista CAPES/UFV), MÁRCIA APARECIDA SARTORI (Não Bolsista/UFV)

 A inadequação dos serviços de saneamento básico é a principal causa de doenças e de poluição ambiental no mundo. No Brasil cerca de 45 milhões de pessoas não têm acesso a serviços de coleta de esgoto. Do total do esgoto coletado, em média, apenas 30% é tratado antes de ser lançado nos corpos hídricos receptores. No presente trabalho analisou-se o desempenho de um sistema de tratamento de águas negras na comunidade Água Limpa, em Cajuri-MG. Tal sistema consta de caixa de gordura, tanque séptico, filtro biológico e reatores solares, operando sob uma vazão média de 16 L por hora. Durante o período de 5 de maio a 25 de junho de 2009 foram coletadas amostras do efluente a montante e a jusante de cada protótipo (tanque séptico, biofiltro e reator solar) para quantificação de óleos e graxas (OG), sólidos suspensos (SS), demanda química de oxigênio (DQO), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), nitrogênio total (Ntotal), fósforo total (Ptotal) e coliformes fecais (CF). De acordo com os resultados verificou-se que os protótipos proporcionaram remoções de até 88, 96, 85, 92, 79, 90 e 99,92% para as características OG, SS, DQO, DBO, Ntotal, Ptotal e CF, respectivamente. Pode-se concluir que Os protótipos desenvolvidos para o tratamento de água negra proporcionaram remoções consideráveis de poluentes químicos e bioquímicos e de microrganismos patogênicos. (FINEP/CNPq)

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AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DOS TRABALHADORES EM ABATEDOURO DE FRANGOS DE CORTE

MARIA DE FÁTIMA ARAÚJO VIEIRA (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), CINARA DA CUNHA SIQUEIRA CARVALHO (Bolsista FAPEMIG/UFV), ILDA DE FATIMA FERREIRA TINOCO (Orientador/UFV), CECILIA DE FATIMA SOUZA (Co-orientador/UFV), DÉBORAH CUNHA CASSUCE (Bolsista CNPq/UFV)

O abate de animais em frigoríficos tem sido um problema em relação às doenças ocupacionais, nas quais as pessoas demandam esforços físicos repetitivos e posturas inadequadas provenientes de inadequação ergonômica dos mobiliários,  equipamentos e tarefas segmentadas. Esse trabalho avaliou os fatores ergonômicos que trabalhadores estão submetidos durante o abate de frangos de corte, visando o bem-estar e a segurança dos trabalhadores. Para tal foram aplicados questionários aos funcionários, observações “in loco”, registros fotográficos e avaliados níveis de ruído e luz, realizando medições com equipamentos específicos. Em todos os setores analisados, os níveis de ruído estiveram acima do estabelecido pela NR 15, de exposição máxima de 85 dB para 8 horas de trabalho. Com base nos valores de carga cardiovascular, verifica-se que todas as atividades estiveram abaixo do valor limite recomendado por Apud (1989) que é de 40%. Assim, não se fez necessário o cálculo do tempo de repouso para as atividades. Atividades realizadas somente por homens, embora trabalhosas e cansativas, foram classificadas como leves. Devido ao fato desses terem um condicionamento físico melhor que mulheres, o que é evidenciado pelos valores de cargas cardiovasculares menores para essas atividades quando comparado a atividades desenvolvidas por mulheres. Portanto, as mulheres são mais susceptíveis às demandas impostas pelo trabalho e sofrem com maior freqüência os problemas relacionados a lesões por esforços repetitivos e distúrbio osteomuscular. Em todos os setores a iluminação esteve abaixo do valor preconizado pela NBR 5413, com exceção da sala de evisceração e sala de embalagem de cortes para o mercado internacional. Devido à não consideração do programa utilizado para análise biomecânica, com relação ao número de repetições realizadas pelos trabalhadores em cada atividade e o peso consideravelmente leve do frango, a maioria dos funcionários analisados pelo programa bidimensional não estiveram sob risco de lesão nas articulações.

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BALANÇO DE RADIAÇÃO E ENERGIA EM PLANTIOS ESPARSOS DE EUCALIPTO

MARIANA GONÇALVES DOS REIS (Bolsista CNPq/UFV), ARISTIDES RIBEIRO (Orientador/UFV), RAQUEL COUTO EVANGELISTA BAESSO (Bolsista CNPq/UFV), ALINE SANTANA DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), PAULA CRISTINA CAMPOS FILARDI PINTO (Não Bolsista/UFV)

Plantios com idade inicial de desenvolvimento, ou seja, culturas com até dois anos de idade, apresentam descontinuidade na cobertura do solo, ficando estas plantas isoladas sujeitas a maior interação com a atmosfera, tendendo a apresentar maior exposição do dossel ao vento e à radiação solar. O objetivo deste estudo foi avaliar o balanço de energia em plantios esparsos de eucalipto. O sítio experimental está localizado numa área pertencente à Fibria Papel e Celulose no município de Aracruz – ES. Para a apresentação dos resultados do Balanço de Energia, foram eleitos três dias no início do estudo, quando as árvores encontravam-se com cinco meses de idade e três no final do estudo quando a idade do plantio era de doze meses. Verificou-se no primeiro período maiores valores de radiação líquida por se tratar do verão. Observou-se também que os fluxos de calor latente são maiores para o segundo período, 59,57% de radiação líquida com razão de Bowen de 0,33. A relação radiação líquida ( Rn ) e radiação líquida nas folhas ( Rnf ) permaneceu constante para os dois períodos, sendo que a radiação interceptada pelo dossel ( Rga ) para os dois períodos foi aproximadamente 55% da radiação solar global ( Rg ) para um albedo médio de 17%. O maior porte das árvores, maiores índices de área foliar e sistema radicular, favorecem a evapotranspiração, mostrando que maior parte da energia disponível é utilizada para mudança de fase da água.

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DESENVOLVIMENTO DO ATLAS HIDROLÓGICO DE APOIO À GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS PARA A BACIA DO RIO DOCE

MARILUCI ARRUDA VIANA (Bolsista FAPEMIG/UFV), DEMETRIUS DAVID DA SILVA (Orientador/UFV), CAMILA REIS GOMES (Bolsista CNPq/UFV), MICHEL CASTRO MOREIRA (Bolsista CNPq/UFV)

A bacia do rio Doce apresenta área de drenagem em diferentes dominialidades, o que torna a sua adoção estratégica como unidade de gestão, e no desenvolvimento de ferramentas computacionais que possam disponibilizar vazões outorgáveis, a fim de integrar os critérios das políticas federal e estaduais. Foram analisadas, no desenvolvimento do trabalho, uma séries históricas de 55 estações fluviométricas e 59 estações pluviométricas, todas disponíveis na plataforma HidroWeb da Agência Nacional de Águas (ANA). Na análise preliminar dos dados e com base no diagrama de barras identificou - se um período base de 28 anos, de 1973 a 2001. A análise da variação anual de vazões indicou o início do ano hidrológico em outubro e término em setembro do ano seguinte. Para associar a sazonalidade das vazões à gestão dos recursos hídricos, as séries históricas de vazão foram divididas em trimestres e, em seguida, determinou-se as vazões mínimas com sete dias de duração, vazões máximas e vazões médias. A base topográfica utilizada foi o modelo digital de elevação da missão de mapeamento SRTM. De posse dos valores das vazões e das características físicas e climáticas correspondentes às diferentes estações fluviométricas foram obtidas equações de regionalização de vazão pelo método Tradicional. A partir das equações de regionalização foi desenvolvido um programa computacional para obter a disponibilidade hídrica da bacia do Rio Doce, o qual foi denominado RH-Rio Doce. Esse software permite obter a disponibilidade hídrica para qualquer seção ao longo da rede hidrográfica da bacia do rio Doce funcionando como um atlas hidrológico de apoio à gestão de recursos hídricos dessa região. (FAPEMIG)

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ADOÇÃO DA REANÁLISE METEOROLÓGICA NA ESTIMATIVA REGIONAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA

MARINE CIRINO GROSSI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), LUIZ CLAUDIO COSTA (Orientador/UFV), MARCELO CID DE AMORIM (Bolsista CAPES/UFV), FLAVIO BARBOSA JUSTINO (Co-orientador/UFV)

Estima-se que no Brasil a irrigação seja responsável por quase 70% da água consumida. O manejo adequado da água na agricultura traz benefícios ao produtor e ao meio ambiente, aumentando a produtividade e evitando o desperdício. A evapotranspiração é o elo para racionalização da água no ambiente agrícola. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos dados de reanálise do European Centre for Médium-Range Weather Forecast (ECMWF) em estimar a evapotranspiração de referência (ET0), adotando-se a equação de Penman-Monteith (FAO). O produto de reanálise utilizado foi o ERA-40, uma série de 45 anos de dados (1957 a 2002) disponibilizada gratuitamente pelo ECMWF. Para validar a reanálise, calculou-se a ET0 utilizando dados observados em sete mesorregiões de Minas Gerais: MR01, MR04, MR06, MR09, MR10, MR11 e MR12 (janeiro de 1961 a agosto de 2002). Além das mesorregiões mineiras, foram incluídas três cidades localizadas no exterior do país: Córdoba (1989 a 1991), localizada na Espanha, Hermiston (1988), nos Estados Unidos e Plymouth (2001), na Inglaterra. A partir do processo de validação, constatou-se que a série de reanálise apresentou bom desempenho na estimativa mensal da ET0 nas mesorregiões mineiras, o que pôde ser comprovado com os altos valores do coeficiente de determinação linear (r2), variando entre 0,75 e 0,88 e o índice de concordância (d) que obteve valores entre 0,92 e 0,95, no entanto, gerou erros relevantes no cálculo da ET0 diária das três cidades estrangeiras. Pôde-se verificar também que tanto nas mesorregiões, com exceção para MR09, quanto nas cidades estrangeiras, a reanálise subestimou os valores de ET0. Contudo, a inserção de dados de reanálise do ECMWF na equação de Penman - Monteith mostrou-se como uma boa alternativa para a estimativa da evapotranspiração de referência em locais onde há ausência de dados meteorológicos observados.

 

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INFI – SOFTWARE PARA SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO USANDO O MODELO DE GREEN-AMPT-MEIN-LARSON

MARX LELES VIANA (Bolsista CNPq/UFV), MAURO APARECIDO MARTINEZ (Orientador/UFV), JOÃO HENRIQUE ZONTA (Bolsista CNPq/UFV), MARCELO ROCHA DOS SANTOS (Bolsista CAPES/UFV)

A necessidade de uma correta estimativa do processo de infiltração de água no solo é fundamental para a modelagem do movimento de água no solo e de processos hidrológicos. O software INFI foi desenvolvido com o objetivo de simular o processo de infiltração de água no solo sob condições de precipitação, sendo esta com intensidade constante ou variada ao longo do tempo, com uso do modelo de Green-Ampt-Mein-Larson adaptado para solos estratificados. O software em sua Versão Beta foi desenvolvido no Departamento de Engenharia Agrícola da UFV/Viçosa-MG. As seguintes tecnologias foram utilizadas para a sua confecção: linguagem de programação Pascal com a ferramenta Delphi 7, processador Intel Core 2 Duo, memória RAM de 2 GigaBytes, sistema operacional Windows XP. No seu processo de desenvolvimento utilizou-se o método iterativo, o qual subdivide os requisitos funcionais e no final de cada iteração teremos análise, projeto, código e testes concluídos. Na criação das interfaces, procuramos conciliar eficiência com usabilidade, permitindo assim elaborar telas fácies, agradáveis e intuitivas. Com isso, conseguimos interfaces transparentes, de maneira a não dificultar o processo, proporcionando ao usuário controle total do ambiente. Como dados de entrada são necessários parâmetros referentes ao solo, tais como o teor de água inicial, o teor de água e a condutividade hidráulica do solo saturado e o potencial matricial. Além destes é necessário parâmetros referentes à precipitação, obtidos da equação de intensidade duração e freqüência da região na qual o processo será simulado. Os valores de saída apresentados são às curvas de taxa de infiltração, avanço da frente de umedecimento ao longo do tempo e a infiltração acumulada.

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AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE FORRAGEM DE DIFERENTES FORRAGEIRAS SOB CONDIÇÃO IRRIGADA E DE SEQUEIRO, NA REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA.

MAYRA CAROLINA DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LUIS CESAR DIAS DRUMOND (Orientador/UFV), CARINA GONÇALVES DE PAULA (Não Bolsista/UFV), JONATA MORAIS GONÇALVES (Não Bolsista/UFV), ANDRÉ SANTANA ANDRADE (Não Bolsista/UFV)

Variáveis como a massa de forragem e a altura do relvado no pré e no pós-pastejo e a taxa de acúmulo de forragem são importantes, pois são adotadas no planejamento do manejo do pasto. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de acúmulo de forragem, massa de forragem pré-pastejo, a forragem acumulada e a densidade da forragem, em pastos de capim Tifton 85 irrigada e submetida ao manejo do pastejo de outubro de 2008 à julho de 2009. Este experimento foi conduzido na fazenda Sekita Agronegócios, em Rio Paranaíba-MG, num ambiente de Cerrado, a 1.100 metros de altitude. O delineamento experimental foi de blocos inteiramente casualizados, com três repetições (piquetes). O maior valor observado para a taxa de acúmulo da forragem foi em janeiro de 2009 (152,71 kg MS/ha/dia), mês em que foi verificada uma precipitação em torno de 300 mm e temperatura média em torno de 21,6oC.  A massa de forragem média foi de 4.375 kg MS/ha e a forragem acumulada foi de 13.813 kg MS/ha. A taxa de acúmulo da ordem de 100 kg MS/ha/dia representa uma produção suficiente para suportar cerca de 8 unidades animal por hectare. A calibração da densidade da massa de forragem é um dos parâmetros de crescimento que permite determinar o momento ideal do pastejo. Os valores determinados nessa pesquisa evidenciam que é possível uma densidade média da massa de forragem de Tifton 85 irrigado e manejado intensivamente, da ordem de 200 kg MS/ha/cm, mesmo em elevadas altitudes. O manejo do Tifton 85 não pode ser orientado apenas pelos valores da taxa de acúmulo de matéria seca, pois são necessários estudos sobre as perdas do pastejo, efeitos das hastes na eficiência do pastejo, consumo e qualidade de forragem.

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EFEITO DO GRADIENTE DE TEMPERATURA E VARIAÇÃO DA POROSIDADE SOBRE O FLUXO DE AR EM PROCESSOS DE AERAÇÃO E FUMIGAÇÃO.

MICHEL DE OLIVEIRA DOS SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCIO AREDES MARTINS (Orientador/UFV), MARCELO PEREIRA COELHO (Não Bolsista/UFV)

O Brasil é uma das maiores economias agrícolas do mundo. A safra nacional de grãos 2007/2008 foi uma das maiores na história do país, atingindo cerca de 144,1 milhões de toneladas e a estimativa para a produção 2008/09 é de 134,5 milhões de toneladas. O armazenamento de grãos é parte fundamental do sistema de pré-processamento de produtos agrícolas. As condições de armazenamento devem ser mantidas de forma que as perdas por deterioração causadas por fatores físicos, químicos e biológicos sejam minimizadas. O armazenamento de grãos requer tanto o controle de temperatura quanto o controle da atividade biológica. O controle da temperatura é efetuado por meio da passagem de ar pela massa de grãos, processo conhecido como aeração. O controle da atividade biológica pode ser feito pela modificação da atmosfera com uso de espécies químicas, processo denominado fumigação. A eficiência destes processos está diretamente relacionada com a percolação do ar no leito de grãos. Como as velocidades de ar são baixas nestes processos, o gradiente de temperatura e a variação de porosidade podem ser suficientes para resultar em um escoamento não homogêneo que contribui para a formação de regiões com aeração insuficiente e, na fumigação, regiões com toxidez inadequada para eliminação de pragas. Desta forma, desenvolveu-se um estudo computacional tridimensional do escoamento de ar em regime permanente em uma massa de grãos de milho (Zea Mays L.), armazenada em um silo metálico, para a investigação dos efeitos combinados do gradiente de temperatura e da variação da porosidade sobre o escoamento. Os resultados demonstraram que os efeitos combinados da variação da porosidade e do gradiente de temperatura são suficientes para afetar o perfil velocidade do ar de forma que boa parte da massa de grãos esteja submetida a uma baixa eficiência local do processo, seja aeração ou fumigação.

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MODELAGEM E SIMULAÇÃO EM CFD DE SISTEMAS DE INJEÇÃO DE GÁS OZÔNIO PARA FUMIGAÇÃO DE GRÃOS DE MILHO (ZEA MAYS L.)

MICHEL DE OLIVEIRA DOS SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), JOÃO RODRIGUES PEREIRA JÚNIOR (Bolsista CNPq/UFV), MARCIO AREDES MARTINS (Orientador/UFV), MARCELO PEREIRA COELHO (Bolsista CNPq/UFV)

A safra nacional de grãos 2007/2008 foi uma das maiores na história do Brasil, atingindo uma marca em torno de 143,87 milhões de toneladas. O armazenamento de grãos é parte integrante do sistema de pré-processamento de produtos agrícolas e tem como objetivo a preservação das características e manutenção da qualidade do produto durante a entresafra. O controle de pragas em grãos armazenados tem sido feito por meio de fumigação e a fosfina é o principal produto usado. São muito escassas as opções para substituir a fosfina, o que representa um grande risco de desenvolvimento de resistência dos insetos a esse produto. O gás ozônio, um forte oxidante, é uma nova tecnologia com potencial para o controle de pragas. Objetivou-se com este trabalho modelar um sistema de injeção de gás ozônio para utilização em armazéns a granel utilizando a técnica de CFD aplicada a meios porosos. Foram simulados dois sistemas de injeção de ozônio: pela base do silo, como é característico dos processos de aeração, e por sondas dispostas em vários pontos da massa de grãos. Para atingir a concentração de 50 ppm de ozônio (dose letal para insetos) em mais de 95 % da massa de grãos é necessária uma injeção mínima de ozônio pela base e por sonda de 1,27 kg s-1 e 9,50 kg s-1, respectivamente. Desta forma, conclui-se que a injeção pela base do silo é mais eficiente, pois requer um menor fluxo de massa. O modelo proposto para o transporte de ozônio em meios porosos é válido e pode ser utilizado em outros estudos de sistemas de injeção de ozônio em grãos.

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MODELO FÍSICO-MATEMÁTICO PARA SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA E CÁLCULO DO BALANÇO HÍDRICO EM ÁREAS AGRÍCOLAS

NÍVIA CARLA RODRIGUES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MATEUS LABOISSIERE MOL (Bolsista CNPq/UFV), VINICIUS EDUARDO DE CORREIA CARVALHO (Não Bolsista/UFV), ELOY LEMOS DE MELLO (Bolsista CAPES/UFV), FERNANDO FALCO PRUSKI (Orientador/UFV)

A erosão hídrica promove a degradação das terras agrícolas e impactos ambientais negativos. Os principais fatores que afetam a erosão são: clima, representado principalmente pela chuva; o solo; o relevo; o manejo e cobertura do solo; e as práticas conservacionistas. A ação antrópica acelera a degradação das terras agrícolas por adotar práticas não conservacionistas, que aumentam os problemas causados pela erosão hídrica. O objetivo deste trabalho é acrescentar novos procedimentos ao modelo hidrológico desenvolvido por Pruski et al. (2001), para estimativa do escoamento superficial em áreas agrícolas, e associar este modelo físico-matemático a um modelo computacional. Para a calibração do modelo foram utilizados dados experimentais de quatro parcelas localizadas na área experimental da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, em Lages (SC). O solo no local do experimento é um Cambissolo Húmico alumínico. Os tipos de preparo de solo aplicados foram: solo sem cobertura (SC), preparo convencional (PC), cultivo mínimo (CM) e semeadura direta (SD), sendo os três últimos sob rotação de culturas. As séries históricas de precipitação, escoamento superficial e perda de solo utilizadas neste estudo vão de janeiro de 2003 a novembro de 2008. A entrada de dados no software é dividida em três etapas: dados de clima, de manejo e cobertura vegetal e dados de solo. Como conclusão, foi observado que o modelo hidrológico apresenta a tendência de superestimar os valores mensais de escoamento superficial, principalmente nos meses em que ocorrem os menores eventos; e, subestimar os valores mensais de escoamento nos meses em ocorrem os maiores eventos. Para o escoamento médio anual, o modelo apresenta a tendência de subestimar o escoamento para o solo sem cobertura (SC), preparo convencional (PC), cultivo mínimo (CM) e para semeadura direta (SD). Não há diferença estatística significativa entre o escoamento médio anual observado e o estimado pelo modelo hidrológico.

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RENDIMENTO DA EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE PINHÃO MANSO NO PROCESSO DE PRENSAGEM MECÂNICA EM MINIPRENSA CONTÍNUA

PAULO RAFAEL MORETTE AGUILAR (Não Bolsista/UFV), SILMARA BISPO DOS SANTOS (Bolsista CNPq/UFV), ANA LÍVIA CANESCHI (Não Bolsista/UFV), MARCIO AREDES MARTINS (Orientador/UFV)

Para aumentar a participação dos agricultores familiar na cadeia de produção do biodiesel, é necessário que além de fornecer grãos, eles sejam capazes de realizar a extração do óleo, agregando valor à matéria prima. Uma opção seria a utilização de mini prensas contínuas do tipo expeller, que possuem capacidade de processamento entre 40 e 1000 kg/h. Para melhorar a eficiência destas prensas, estudos são necessários para a determinação da faixa ótima de teor de água dos grãos de pinhão manso, uma vez que ela varia de acordo com a oleaginosa. O objetivo com este trabalho foi determinar o rendimento de extração de óleo de pinhão manso no processo de prensagem mecânica contínua em mini prensa modelo MPE – 40 Ecirtec. O processo de extração foi realizado utilizando grãos de pinhão manso com teor de água de 7,83% b.u.. O rendimento em óleo foi determinado por diferença entre o teor de óleo total e o teor de óleo da torta. Estes foram determinados por extração com solvente (n-hexano) durante oito horas. Para avaliar o efeito do método de extração sobre a qualidade do óleo, o índice de acidez foi determinado para o óleo extraído em ambos os processos. O teor de óleo dos grãos de pinhão manso foi de 35,08 ± 0,14%, sendo que deste total, 8,06 ± 0,27% permaneceu na torta sendo extraído posteriormente na extração com solvente. O índice de acidez do óleo obtido por prensagem mecânica e com solvente foi de 3,83 ± 0,03 e 2,88 ± 0,02 mg KOH/g óleo. Obteve-se um bom rendimento em óleo na extração por prensagem mecânica em mini prensa contínua (77,02 ± 0.69%) mesmo sem prévio cozimento dos grãos de pinhão manso ou alteração no seu teor de água, e o uso do processo não causou aumento significativo na acidez do óleo.

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ANÁLISE DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA NATURAL E DAS DEMANDAS DE ÁGUA NA SUB-BACIA DO CÓRREGO VEREDA GRANDE

PEDRO LOPES PRUSKI (Não Bolsista/UFV), JOSIANE ROSA SILVA DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), FERNANDO FALCO PRUSKI (Orientador/UFV)

O aumento da demanda por água na bacia do ribeirão Entre Ribeiros, principalmente pela irrigação, que teve grande expansão após os incentivos governamentais ocorridos na década de 70, tem gerado sérios conflitos pelo uso da água. Para a sub-bacia do córrego Vereda Grande, afluente da margem direita do ribeirão Entre Ribeiros, situado nas proximidades do Distrito Federal e pertencente à bacia do rio São Francisco, os conflitos são ainda mais intensos. Assim sendo, objetivou-se, com o presente trabalho, comparar as vazões outorgadas e a disponibilidade hídrica natural, ou seja, para condições a fio d`água, na sub-bacia do córrego Vereda Grande. Para esta análise foi realizado o estudo de regionalização da vazão mínima com sete dias de duração e período de retorno de dez anos (Q7,10) e coletadas as informações relativas às outorgas emitidas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e correspondentes à condição existente em junho de 2009. Gerou-se um mapa caracterizando a distribuição espacial da relação entre a vazão outorgada a montante da seção de interesse e a vazão correspondente a 30% da Q7,10, relativa à vazão máxima permissível para outorga no Estado de Minas Gerais. As vazões outorgadas excederam, ao longo de quase toda a hidrografia, a vazão máxima permissível para outorga, havendo, também em boa parte desta, a excedência da própria Q7,10. Em certos trechos chegou a ocorrer a excedência da vazão máxima permissível para outorga em dez vezes, superando, desta forma, em três vezes a Q7,10.

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ADEQUAÇÃO DA DISPONIBILIDADE À DEMANDA HÍDRICA NA SUB-BACIA DO CÓRREGO VEREDA GRANDE PELA REGULARIZAÇÃO DE VAZÕES

PEDRO LOPES PRUSKI (Não Bolsista/UFV), JOSIANE ROSA SILVA DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), FERNANDO FALCO PRUSKI (Orientador/UFV)

A demanda de água na sub-bacia do córrego Vereda Grande, afluente da margem direita do ribeirão Entre Ribeiros, situado nas proximidades do Distrito Federal e pertencente à bacia do rio São Francisco, supera a disponibilidade hídrica natural em quase toda a hidrografia. Como em alguns trechos chega a ocorrer excedência de três vezes da vazão mínima com sete dias de duração e período de retorno de dez anos (Q7,10), objetivou-se, com esse trabalho, identificar e propor a implantação de reservatórios, ou seja, aumentar a disponibilidade natural pelo aproveitamento da vazão potencialmente regularizável, correspondente à vazão média de longa duração (Qmld), ou de uma parte desta, para atender as outorgas já concedidas na bacia. Para essa análise foram realizados os estudos de regionalização da Q7,10, da Qmld e da curva de regularização. Também foram coletadas as informações relativas às outorgas emitidas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e correspondentes à condição existente em junho de 2009. Os reservatórios existentes na bacia foram desconsiderados, uma vez que o objetivo foi de adequar a disponibilidade hídrica à demanda existente na bacia. Evidenciou-se a necessidade de construção de três reservatórios, todos na calha do córrego Vereda Grande. O primeiro deles a ser construído no quarto mais a montante e com uma vazão regularizada de 51% da Qmld. O segundo a ser implantado no segundo quarto e o terceiro no terceiro quarto, sendo estes com vazões regularizadas de 25% e 21% da Qmld, respectivamente. Uma vez implantados estes três reservatórios, todas as demais outorgas estariam sendo atendidas considerando as condições de disponibilidade natural, ou seja, a fio d’água.

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SEQÜESTRO DE CARBONO POR MICROALGAS E CANA-DE-AÇÚCAR

PRISCILA SORAIA DA CONCEIÇÃO (Não Bolsista/UFV), MARCIA MARIA MORAIS (Não Bolsista/UFV), LEONARDO BARBOSA RESENDE (Não Bolsista/UFV), DANIELLE BIAJOLI VIEIRA (Bolsista CAPES/UFV), MARCIO AREDES MARTINS (Orientador/UFV)

Nos últimos anos, alterações significativas no clima global têm despertado a preocupação pública: o aquecimento global. Já é um fato aceito pela sociedade científica que tais alterações são decorrentes das atividades antrópicas (IPCC, 2007). O gás carbônico encontra-se no centro das discussões sobre as mudanças climáticas e por isso os mecanismos para mitigar essas mudanças, quase que em sua totalidade, envolvem considerações sobre as reduções das emissões ou maneiras de capturar o CO2 da atmosfera. Para amenizar as taxas de aumento de carbono no ambiente, organismos fotossintéticos podem exercem papel preponderante na dinâmica do carbono, realizando sua remoção.  O presente trabalho objetivou avaliar e comparar o potencial de captura de CO2 ao longo do cultivo das culturas de cana-de-açúcar e de microalgas. Foram utilizados trabalhos científicos nacionais e internacionais, publicados entre 1994 e 2008 como fonte de dados para calcular e quantificar os respectivos seqüestros. Observou-se para a cana-de-açúcar valores máximos próximos a 15 t/ha/ano de carbono e para a cultura de microalgas obteve-se uma estimativa de incremento de carbono variando de 40 a 190 t/ha/ano. As microalgas além de mostrarem uma taxa maior de remoção de carbono não demandam áreas de terras férteis, não competindo com culturas alimentícias. Assim, conclui-se que o cultivo de microalgas apresenta grande potencial de captar o excesso de carbono da atmosfera, demandando pequenas áreas, o que justifica cultivo de microalgas para fins de seqüestro de carbono junto a equipamentos industriais.

 

 

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA AGRÍCOLA

EFEITO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA DISPONIBILIDADE HÍDRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARACATU

RÔMULA FERNANDES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), FLAVIO BARBOSA JUSTINO (Orientador/UFV), ELOY LEMOS DE MELLO (Bolsista CAPES/UFV)

As mudanças climáticas são influenciadas pelas atividades humanas. O objetivo deste trabalho é estimar a tendência de variação da disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica do Rio Paracatu, de 2070 até 2085, considerando o cenário de mudanças climáticas, A2 e o  modelo de circulação regional de clima (RegCM3). Para a realização deste estudo foram utilizados os dados consistidos correspondentes ao período de 1970 a 2000 e 2070 a 2085 de 21 estações fluviométricas; As áreas de drenagem apresentadas foram obtidas por meio de mapa digitalizado. Para cada estação fluviométrica, foi calculado a PT5 (precipitação total acumulada nos cinco meses anteriores ao início do período de recessão do escoamento subterrâneo, em mm, ou seja, de janeiro a maio). Os dias primeiro de junho e 30 de setembro foram escolhidos como sendo o início e o final do período de recessão do escoamento subterrâneo, respectivamente. Posteriormente foram determinadas as células que estavam sobre a bacia hidrográfica do Paracatu. Depois disso, para cada estação fluviométrica, foi determinada a proporção da área de drenagem que está sob cada célula. Em seguida, foi ajustado um modelo de regressão linear, visando à representação das Q0 (vazão subterrânea, correspondente ao início do período de recessão do escoamento subterrâneo), como função da PT5. Para cada estação fluviométrica foi determinada a Q7 (vazão mínima com duração de sete dias) para o futuro e para o presente. Dentre os valores de Q7 calculados anteriormente para o futuro, o modelo prevê uma maior disponibilidade hídrica para o período de 2080 a 2085. Conclui-se que a disponibilidade hídrica dessa bacia é influenciada por vários fatores, como por exemplo, as mudanças climáticas que o ambiente sofre.

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TAXA FOTOSSINTÉTICA DA CULTURA DO FEIJÃO SOB AMBIENTE ENRIQUECIDO COM CO2 E ESTRESSE HÍDRICO

SANTIAGO LUIZ MATAVELLI (Não Bolsista/UFV), JOÃO BATISTA LOPES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), VÍTOR SOUZA MARTINS (Não Bolsista/UFV), CÁSSIO SITTA (Não Bolsista/UFV), PAULO AFONSO FERREIRA (Orientador/UFV), LUIZ CLAUDIO COSTA (Co-orientador/UFV)

As mudanças climáticas no planeta tem sido assunto de grande preocupação. Neste âmbito, a agricultura tem sofrido diretamente com essas mudanças, como alteração no regime das chuvas e aumento da concentração de CO2. Assim, neste trabalho objetivou-se analisar as alterações da taxa fotossintética das plantas de feijão sob a influência de ambiente enriquecido com CO2 e estresse hídrico. O experimento foi conduzido na Área Experimental de Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, no período de abril à julho de 2009. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema de sub-parcela dividida, com seis tratamentos e quatro repetições. Para realizar o enriquecimento do ambiente com CO2 a 700 ppm durante o ciclo da cultura, utilizaram-se câmaras de topo aberto. O período de estresse hídrico foi de 40 dias, iniciando-se sete dias antes da floração. Os tratamentos consistiram no cultivo em: câmaras com [CO2] a 700 ppm sem (T1) e com estresse hídrico (T2); câmaras com [CO2] ambiente, 380 ppm, sem (T3) e com estresse hídrico (T4); e testemunha (T5). A taxa fotossintética foi quantificada quatro dias antes do término do estresse hídrico, a fim de quantificar a maior influência dos tratamentos. O acréscimo ou diminuição da taxa fotossintética em cada tratamento, em relação a T5, foi de 41,92% em T1, 42,31% em T2, -22,01% em T3 e -56,21% em T4. A diferença entre T2 e T4, mostra que o maior limitante a taxa fotossintética em plantas sob estresse hídrico é a [CO2] ambiente. Conclui-se que o aumento da concentração atmosférica de CO2 será benéfico para as plantas reduzindo os efeitos do estresse hídrico nas plantas.

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DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA AUTOMATIZADO PARA AQUECIMENTO DE AVIÁRIOS E SECAGEM DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

SVETLANA FIALHO SORIA GALVARRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), JADIR NOGUEIRA DA SILVA (Orientador/UFV), FABIO LUIZ ZANATTA (Bolsista CNPq/UFV), SAMUEL MARTIN (Bolsista CNPq/UFV)

O aquecimento global, o esgotamento dos combustíveis fósseis tem impulsionado maior investimento em fontes alternativas de energia e, ao mesmo tempo, busca-se maior eficiência energética nos diversos processos. Dessa forma, a gaseificação de biomassa torna-se uma interessante alternativa dentre as técnicas de conversão de energia quando o objetivo é geração de ar quente e livre de impurezas para ser destinado a vários processos. Este trabalho teve por objetivo projetar e construir um gaseificador automatizado de biomassa de fluxo contracorrente (updraft), ao qual será acoplada uma câmara de combustão dos gases produzidos visando geração de ar quente limpo para o aquecimento de aviários e secagem de produtos agrícolas. Para o dimensionamento, inicialmente foi calculada a energia necessária para aquecimento de um aviário com dimensões de 100 m de comprimento, 12 m de largura e 2,7 m de altura, capaz de abrigar 15000 aves. Foram computados dados médios do tempo de aquecimento, consumo de lenha, massa específica da lenha e eficiência média de fornalhas usadas para o aquecimento de aviários. A partir desses dados pode-se estimar o consumo médio diário e horário de energia para o aquecimento de aviários. O programa Grapsi foi usado para determinar as propriedades psicrométricas do ar. Com base nos princípios e leis da termodinâmica para um sistema em regime permanente e conforme a disposição dos equipamentos no sistema realizou-se balanços de massa e energia para o sistema de aquecimento. Com base no dimensionamento foram feitos desenhos, que foram encaminhados para uma indústria metalúrgica para a construção do gaseificador. O controle da temperatura foi feito pela regulagem da velocidade do ventilador, instalado na saída da câmara de combustão de gases, com a ajuda de um inversor de freqüência ligado a um sistema de controle, que proporcionou variação do fluxo de ar na geração e queima do gás.

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METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DA EMISSÃO DE PARTICULADOS DURANTE A MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS DE MILHO

TALES AFONSO DA SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), RODRIGO DE OLIVEIRA SIMÕES (Bolsista CNPq/UFV), JOÃO PAULO BRAGA RODRIGUES (Bolsista FAPEMIG/UFV), LEDA RITA DANTONINO FARONI (Orientador/UFV)

O pó de grãos agrícolas é produzido durante a colheita, secagem, armazenagem e industrialização devido a sua escarificação. O pó depositado ao longo do tempo, na presença de faíscas elétricas, fragmentos metálicos superaquecidos ou chamas de qualquer origem, pode propiciar condições de incêndios ou de explosões. Diante do exposto, objetivou-se avaliar uma metodologia para quantificação da emissão de particulados durante a movimentação de grãos de milho. Acondicionou-se a massa de 1 kg de grãos no protótipo, “Tambor Rotativo”, testando seis velocidades de rotação em quatro tempos de movimentação, 10, 15, 20, 25, 30 e 35 rpm e 1, 5, 10 e 15 min, respectivamente. Durante o funcionamento do protótipo, o pó gerado foi quantitativamente coletado em papel de filtro e sua massa mensurada em balança analítica. Verificou-se que, na velocidade de rotação de 30 rpm e no tempo de movimentação de 5 minutos, os grãos apresentaram comportamento de choque e cisalhamento entre si e entre a parede do protótipo, assemelhando-se ao comportamento verificado nas unidades armazenadoras durante a movimentação dos grãos. Concluiu-se que o emprego do “Tambor Rotativo” obteve boa representabilidade da movimentação que ocorre com os grãos em unidades armazenadoras sugerindo-o, como instrumento a ser utilizado na quantificação da emissão de particulados.

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IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA PRODUÇÃO LEITEIRA BRASILEIRA

VALQUIRIA LIMA SARPA (Não Bolsista/UFV), FLAVIO BARBOSA JUSTINO (Orientador/UFV), LETÍCIA CIBELE DA SILVA RAMOS FREITAS (Não Bolsista/UFV), THIERES GEORGE FREIRE DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV)

A atividade leiteira representa 17% do PIB agropecuário brasileiro, posicionando-se à frente de produtos tradicionais como o arroz. Variações nos padrões de clima potencialmente podem diminuir a eficiência dos processos de perda de calor pelo animal, o qual pode promover reduções na eficiência produtiva das vacas leiteiras. A partir das informações dos cenários B2 e A2 propostos pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são avaliados os possíveis impactos das mudanças climáticas sobre a produção leiteira brasileira. Estes cenários estabelecem diferentes padrões no consumo de materiais fósseis, para o período compreendido entre 1990 e 2100, sendo A2 mais pessimista que B2. Para avaliação dos possíveis impactos, foram calculados os valores do índice de temperatura e umidade (ITU) e declínio da produção de leite (DPL) para um nível de produção de 20 kg animal-1dia-1, através de valores de tm (temperatura média do ar) e UR (umidade relativa). Foram considerados os cenários de temperatura e umidade relativa apropriados para um cenário de mudanças climáticas e atual advindos do modelo climático inglês HadRM3. De acordo com nossos resultados, o aumento nos gases de efeito estufa leva a uma redução da produção de leite de até 4 kg animal-1 dia-1 para o cenário B2 e 5.5 para o cenário A2. Os resultados obtidos mostraram uma substancial redução na área apta à pecuária leiteira e as principais regiões produtoras de leite, assim como possíveis áreas de expansão da atividade, apresentaram intensificação do estresse térmico e diminuição na produção de leite. Desta forma, se mantidas as previsões dos cenários climáticas, grandes prejuízos econômicos podem ocorrer nestas regiões, sendo necessárias medidas de mitigação a fim de garantir a exploração dessa atividade no território brasileiro.

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OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA CULTURA DO FEIJÃO

VÍTOR SOUZA MARTINS (Não Bolsista/UFV), JOÃO BATISTA LOPES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), CÁSSIO SITTA (Não Bolsista/UFV), SANTIAGO LUIZ MATAVELLI (Não Bolsista/UFV), PAULO AFONSO FERREIRA (Orientador/UFV), LUIZ CLAUDIO COSTA (Co-orientador/UFV)

A crescente preocupação com as mudanças climáticas deve-se a estudos comprobatórios a respeito de suas conseqüências. Neste âmbito, a agricultura tem sofrido diretamente com essas mudanças, como alteração no regime das chuvas e aumento da concentração de CO2 atmosférico. Assim, neste trabalho objetivou-se analisar a produção de grãos da cultura do feijão sob a influência de ambiente enriquecido com CO2 e estresse hídrico. O experimento foi conduzido na Área Experimental de Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, no período de abril à julho de 2009. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema de sub-parcela dividida, com seis tratamentos e quatro repetições. Para realizar o enriquecimento do ambiente com CO2 a 700 ppm durante o ciclo da cultura, utilizaram-se câmaras de topo aberto. O período de estresse hídrico foi de 40 dias, iniciando-se sete dias antes da floração. Os tratamentos consistiram no cultivo em: câmaras com [CO2] a 700 ppm sem (T1) e com estresse hídrico (T2); câmaras com [CO2] ambiente, 380 ppm, sem (T3) e com estresse hídrico (T4); e testemunha sem (T5) e com estresse hídrico (T6). O acréscimo ou diminuição da produção total de grãos em cada sub-parcela, em relação a T5, foi de 22,49% em T1, -60,58% em T2, 6,83% em T3, -56,21% em T4 e -33,26% em T6. Conclui-se que o aumento da concentração atmosférica de CO2 será benéfico para a produção de grãos, porém este benefício será nulo quando as plantas sofrerem estresse hídrico em períodos críticos, como o caso da floração e formação de vagens.

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SISTEMA INTEGRADO PARA PROJETO DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA ESTRUTURAL: MODULAÇÃO E DIMENSIONAMENTO

DIÔGO SILVA DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), RITA DE CASSIA SILVA SANTANA ALVARENGA (Orientador/UFV), ARUAC ALVES SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), Davi Fagundes Leal (Não Bolsista/), KLEOS MAGALHAES LENZ CESAR JUNIOR (Co-orientador/UFV)

A Alvenaria Estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, projetados e dimensionados de acordo com as metodologias de cálculo prescritas pela NBR 10837 – Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto. Neste projeto, busca-se desenvolver uma ferramenta computacional, utilizando as linguagens Auto LISP e DCL (Dialog Control Language), capaz de auxiliar o desenvolvimento de projetos em alvenaria estrutural. A partir dos softwares ALVESTRii e ALVMOD, e de posse do diagrama blocos proposto em uma etapa anterior deste projeto, foi implementado o software SIPAL - Sistema Integrado para Projetos de Edifícios em Alvenaria Estrutural – que se constitui na junção dos dois  programas anteriores em uma única ferramenta. A construção do SIPAL permitiu a criação de uma nova interface, resultando em um software mais dinâmico e de fácil utilização. A partir das linhas de eixo das paredes estruturais, o programa gera as duas primeiras fiadas e as vistas das paredes de forma automática, fornecendo também os quantitativos de materiais. No dimensionamento, as ações verticais podem ser calculadas tanto pelo método das Paredes isoladas quanto pelo método de Grupos Isolados de paredes. Para as ações horizontais, o aplicativo permite levar em consideração ou não a existência de abas nos painéis de contraventamento. Ao final, programa gera um memorial de cálculo completo, quantificando os esforços em cada parede e indicando a resistência mínima exigida para o bloco.

 

(CNPq e FAPEMIG )

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INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR DO POTENCIAL DO GRITS PARA INCORPORAÇÃO EM TIJOLOS DE SOLO-CIMENTO

EDUARDO DANTAS DE PAULA JUNIOR (Não Bolsista/UFV), RITA DE CASSIA SILVA SANTANA ALVARENGA (Orientador/UFV), LARISSA DE ALMEIDA MIRANDA (Não Bolsista/UFV), PAULO CÉSAR MOREIRA PINTO JÚNIOR (Não Bolsista/UFV), DELIO PORTO FASSONI (Co-orientador/UFV), CARLOS ALEXANDRE BRAZ DE CARVALHO (Co-orientador/UFV), LAURO GONTIJO COUTO (Co-orientador/UFV)

Nos últimos anos, a produção da indústria de celulose vem crescendo, assim como a quantidade de resíduos por ela gerada, acarretando custos de armazenamento e danos ambientais. Por outro lado, tendo em vista o elevado déficit habitacional brasileiro, o aproveitamento desses resíduos como material de construção se constitui em um campo de estudos promissor, que visa tanto contribuir para a redução do déficit habitacional brasileiro, com a criação de novos materiais de construção, quanto com a minimização dos danos ambientais. O objetivo deste trabalho é efetuar uma investigação preliminar sobre o comportamento de tijolos maciços de solo-cimento, com incorporação de resíduo (grits), gerado na indústria de celulose. Assim, foram definidos os seguintes traços em volume: 1:14:0; 1:10,5:3,5; 1:7:7; 1:3,5:10,5 e 1:0:14 de cimento, solo e grits, respectivamente. Foram efetuadas as análises granulométricas do solo e do grits e, para os diversos teores de mistura, foram efetuados ensaios de limites de consistência, com o intuito de caracterizar o material segundo a NBR 10832 (ABNT, 1989), que fixa as condições exigíveis para a produção de tijolos maciços de solo-cimento em prensas manuais. Foi realizado ainda o ensaio de compactação, para os diversos teores de mistura. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que é possível fabricar tijolos com os traços 1:14:0; 1:10,5:3,5; 1:7:7, uma vez que apresentaram plasticidade suficiente para a produção dos tijolos. Em relação à resistência à compressão, aos 28 dias, todos os traços apresentaram valores médios superiores ao estabelecido pela NBR 8491 (ABNT, 1984), que é de 2,0 MPa. A maior resistência à compressão foi obtida para o traço 1:7:7, sugerindo que a adição de grits contribui para este acréscimo. Portanto, a fabricação de tijolos de solo-cimento-grits surge como uma alternativa viável e interessante, proporcionando o surgimento de um tipo de tijolo alternativo para a construção civil.

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GPCODE: UM SOFTWARE PARA O PROCESSAMENTO DE OBSERVAÇÕES GPS

EDUARDO DE PAULA MIRANDA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANTONIO SIMOES SILVA (Orientador/UFV)

Este trabalho mostra o desenvolvimento de um software para processamento de observações GPS. Já existem diversos softwares no mercado que fazem este mesmo trabalho. O diferencial apresentado aqui é que esta implementação visa o ensino e, portanto todas as fases do processamento são apresentadas. Para tanto há duas opções de processamento: uma é o posicionamento absoluto em que as observações rastreadas em um ponto são calculadas e fornecida a posição desse ponto e o posicionamento relativo, em que a posição de um ponto é calculada a partir de um ponto de coordenadas conhecidas. Os arquivos de observações e navegação deverão estar no formato RINEX para que sejam lidos pelo programa. No caso relativo o ponto conhecido deve ser informado em coordenadas tridimensionais, X, Y Z. O programa calcula inicialmente a atualização dos elementos Keplerianos que possibilitam o cálculo das coordenadas geocêntricas dos satélites observados, oferecendo ao usuário a verificação de qualquer uma das etapas realizadas no processo e prossegue-se com o ajustamento das observações pelo método dos mínimos quadrados como uma maneira de mostrar a qualidade dos resultados. Possibilita ainda o cálculo das coordenadas do ponto para cada época de referência e ajusta as observações GPS de forma a determinar as coordenadas geocêntricas do ponto. Neste projeto foi usado o código para o cálculo das pseudo-distâncias utilizando fórmulas já consagradas neste procedimento. Após os cálculos, o software pode gerar um relatório de fácil entendimento, que detalha todas as etapas intermediárias, desde a órbita dos satélites envolvidos no processo até as coordenadas do ponto rastreado no terreno. O GPCode apresenta um bom potencial didático no que se refere ao estudo do GPS, pois facilita um melhor entendimento por parte dos usuários de tal tecnologia, uma vez que os softwares existentes no mercado não mostram a visualização dos cálculos intermediários ao resultado.

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EFEITOS DA ADIÇÃO DE PEQUENOS TEORES DE CIMENTO NA MODIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA FINS RODOVIÁRIOS: PARÂMETROS DE CARACTERIZAÇÕES GEOTÉCNICA E DE RESISTÊNCIA MECÂNICA

FERNANDO DUARTE AZEVEDO (Bolsista FAPEMIG/UFV), CARLOS ALEXANDRE BRAZ DE CARVALHO (Orientador/UFV), DARIO CARDOSO DE LIMA (Co-orientador/UFV), DALILA CAMPOS DE MEDEIROS FERNANDES (Bolsista CAPES/UFV)

A estabilização química dos solos é uma prática técnico-construtiva consagrada internacionalmente para a construção de rodovias. Dentre os produtos comumente utilizados para este fim, destaca-se o cimento Portland. Neste trabalho, busca-se analisar a influência da adição de pequenos teores de cimento (1, 2 e 3% em relação à massa seca de cada solo investigado) nos parâmetros geotécnicos de dois solos residuais de gnaisse da microrregião de Viçosa, Minas Gerais, via ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria), de resistência mecânica (resistência à compressão não confinada e índice de suporte califórnia) e de durabilidade (perda de massa por molhagem e secagem). Para análise da resistência mecânica das misturas, será empregada a energia de compactação do Proctor intermediário, com vistas à obtenção dos parâmetros ótimos de compactação dos solos e de suas misturas para fins de aplicação como camadas de reforço, sub-base e base de pavimentos rodoviários. A pesquisa está em andamento e com base nos resultados encontrados até o momento, verificou-se que, para um dos solos investigados, a mistura com 2% de cimento apresentou melhor resultado quanto ao índice de suporte Califórnia, com um aumento de 73% em relação ao referido solo sem adição do estabilizante. Observaram-se ainda variações nos parâmetros ótimos das curvas de compactação das misturas analisadas para os dois solos investigados nesta pesquisa. Para um dos solos, a maior variação observada no teor ótimo de umidade foi igual a 2,86% e peso específico aparente seco foi de -2,46%.

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ESTUDOS DE EMPACOTAMENTOS BINÁRIOS E TERNÁRIOS EM SOLO ARENOSO E EM ESFERAS DE VIDRO

HALLEY PEREIRA DA SILVA (Bolsista FAPEMIG/UFV), DARIO CARDOSO DE LIMA (Orientador/UFV), ROGÉRIO DIAS DALLA RIVA (Bolsista CNPq/UFV), RODRIGO MIRANDA CARVALHO (Bolsista CNPq/UFV)

O comportamento geotécnico de um solo arenoso, especialmente em termos de resistência ao cisalhamento, deformabilidade e permeabilidade, é dependente de seu índice de vazios, o que ressalta a importância de estudos de empacotamento de partículas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo o estudo de empacotamentos binários e ternários de esferas de vidro e de partículas da fração areia de um solo arenoso coletado no município de João Pinheiro, Minas Gerais, Brasil, que foi subdividida em 21 classes, para fins de análise. Foi avaliada a elevação da densidade em sistemas binários e ternários na fração areia citada, em função da porcentagem das suas classes e das relações entre os seus diâmetros médios, utilizando-se um empacotador mecânico de partículas. O procedimento para a obtenção de empacotamentos binários consistiu na deposição inicial das partículas de maior diâmetro em pequenas quantidades em um tubo de acrílico, colocado no empacotador mecânico, possibilitando se atingir a configuração mais densa possível. Repetiu-se o processo, até que todas as partículas de maior diâmetro fossem depositadas no tubo. A seguir, foram introduzidas as partículas de menor diâmetro, utilizando-se o mesmo procedimento descrito anteriormente. Para obtenção de empacotamentos ternários, adicionou-se outra partícula com menor diâmetro. A análise dos resultados de empacotamentos binários possibilitou concluir sobre a similaridade de comportamento das curvas de densidade em função das relações entre diâmetros próximos de 7. Um aspecto observado nos resultados do estudo dos empacotamentos ternários do solo arenoso foi que as densidades maiores ocorreram sob influência da presença de partículas de diâmetros maior e médio, sendo pouco afetadas pela presença de partículas de diâmetro menor, enquanto que nas esferas de vidro as densidades maiores foram observadas com a presença de partículas de diâmetros maior e menor.

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SIMULAÇÃO DO APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL EM EDIFICAÇÕES DO AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES, EM CONFINS.

HENRIQUE OLIVEIRA ALVES (Bolsista CNPq/UFV), MARCOS DORNELAS FREITAS MACHADO E SILVA (Não Bolsista/UFV), BRUNO SILVA OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), RONAN FERNANDES MOREIRA NETO (Não Bolsista/UFV), MARIA LUCIA CALIJURI (Orientador/UFV)

Sistemas de aproveitamento de água pluvial foram implantados nos principais ambientes aeroportuários do planeta como medida de uso racional da água. O objetivo desse trabalho foi simular o uso de água pluvial em edificações do Aeroporto Internacional Tancredo Neves visando avaliar sua viabilidade técnica e financeira. As edificações consideradas neste trabalho foram o Sistema de Resfriamento de Ar, a Manutenção da INFRAERO (CFMA), o Serviço de Combate a Incêndio (SCI), a Receita Federal, o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA). As simulações de aproveitamento de água pluvial consideraram a área de captação das edificações, a precipitação média diária do período, o consumo diário obtido pelo consumo mensal da edificação e o coeficiente de aproveitamento de água pluvial adotado, igual a 0,7. Foram simulados três diferentes cenários de consumo, considerando aumento e redução de 30% do consumo atual das edificações. O volume aproveitável diário foi obtido a partir de simulações de entradas e saídas dos reservatórios com diferentes capacidades de armazenagem. As simulações para os prédios CFMA, SCI e Receita Federal foram realizadas de forma integrada, ou seja, visando o atendimento da demanda conjunta desses prédios por um reservatório, em virtude da proximidade entre eles. Com a implantação desse sistema no Sistema de Resfriamento de Ar a economia anual de água poderia atingir 81%, com um reservatório de 150m³, além de suprir a demanda atual durante o período chuvoso. Nas demais edificações, sistemas de aproveitamento com reservatórios de 100m³ gerariam economias anuais de água superiores a 47% e períodos de retorno do investimento de até 6 anos. Observou-se que a implantação desses sistemas é viável, sobretudo quando dimensionados para atendimento da demanda somente no período chuvoso.

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ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO PARA TRECHOS DE ESTRADAS VICINAIS DA REGIÃO DE VIÇOSA-MG: SOLO MELHORADO QUIMICAMENTE.

LARISSA ANDRADE ZORZANELLI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CARLOS ALEXANDRE BRAZ DE CARVALHO (Orientador/UFV), DARIO CARDOSO DE LIMA (Co-orientador/UFV), DALILA CAMPOS DE MEDEIROS FERNANDES (Bolsista CAPES/UFV), FABRÍCIO CARLOS FRANÇA (Não Bolsista/)

A falta de jazidas de solos com características geotécnicas satisfatórias para emprego em camadas de pavimento de rodovias e em serviços de manutenção/recuperação de estradas é quase sempre um dos principais problemas encontrados por profissionais do setor rodoviário. Diante dessa realidade, há necessidade de se ampliar as possibilidades de solução a custos compatíveis com os recursos disponíveis para tal fim. Um dos caminhos para resolver problemas dessa natureza, é a estabilização química de solos, empregando-se pequenos teores de estabilizantes químicos, que enquadram as misturas na modalidade de solos melhorados. O presente trabalho teve como finalidade proceder a caracterização de amostras de solo de subleito de trechos de estradas da região de Viçosa-MG e de suas misturas com cimento, cal e pavifort. Os teores desses estabilizantes químicos utilizados na pesquisa variaram no intervalo de 2 a 3%, em relação ao peso seco do solo. Os ensaios geotécnicos empregados para análise do desempenho das misturas foram: granulometria, limites de Atterberg, compactação e resistência à compressão não confinada. De posse dos resultados obtidos, observou-se que, com a adição dos estabilizantes químicos aos solos, houve uma significativa melhoria no comportamento mecânico dos mesmos e alterações nas suas propriedades físicas. Dentre as misturas investigadas, o melhor resultado em temos de resistência mecânica foi obtido para a mistura de cascalho com adição de 2,5% de cimento, que apresentou o valor de 1.070 kPa, aos 7 dias de cura.

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS E REJEITOS GERADOS NO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DA UFV

LEONARD DE ALMEIDA BATISTA (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), ANN HONOR MOUNTEER (Orientador/UFV), BENJAMIN GONCALVES MILAGRES (Co-orientador/UFV)

O gerenciamento de resíduos proveniente de instituições de ensino é um assunto que, cada vez mais, vem sendo discutido pela sociedade. A Universidade Federal de Viçosa criou em 2006 a CONSU Nº 10/2006, que normatizou a Gerência de Resíduos e Rejeitos Tóxicos, Químicos, Biológicos e Radioativos da UFV - GRR. O objetivo do presente projeto é dar a base necessária à implantação de um programa de gerenciamento dos resíduos provenientes dos laboratórios do Centro de Ciências Exatas (CCE) da UFV, realizando um controle da quantidade, periculosidade, armazenamento e disposição final dos insumos provenientes dos mesmos. A metodologia baseou-se em visitas aos laboratórios do CCE e em locais utilizados para armazenamento de reagentes e insumos, buscando possíveis formas de armazenamento ou destinação final de resíduos evasiva à legislação, além da aplicação de um questionário aos responsáveis pelos laboratórios, que tem por objetivo a confecção de um inventário dos resíduos gerados nos mesmos. Foi então gerado um inventário das características quantitativas e qualitativas, no que tange o gerenciamento de resíduos em laboratórios, alcançando assim um importante estágio na implantação de um Programa de Gerenciamento de Resíduos (PGR) definitivo no CCE/UFV. Porém, o que se pôde concluir é que para se obter o sucesso esperado em um PGR, é necessário que a UFV apresente uma melhor estrutura e proporcione uma melhor capacitação técnica aos responsáveis pelos laboratórios, para que o PGR possa ser apoiado por toda comunidade acadêmica.

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AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO CARVÃO ATIVADO DE COCO EM REMOVER METAIS PESADOS DE EFLUENTES CONTAMINADOS

LEONARDO BRUNO MARTINS (Bolsista CNPq/UFV), IZABEL CHRISTINA D ALMEIDA DUARTE DE AZEVEDO (Orientador/UFV)

Tendo em vista a necessidade de minimizar os impactos ambientais gerados pelo descarte irregular de resíduos nos corpos hídricos, diversas pesquisas têm sido desenvolvidas. Em particular, a busca por novas tecnologias para a remoção de metais pesados tem-se focalizado nas últimas duas décadas, devido a seu baixo custo, no uso de biomassas como biossorventes desses elementos presentes em efluentes. Os resultados alcançados até agora têm sido satisfatórios e promissores em razão da composição química e das propriedades físico-químicas desses materiais. A grande disponibilidade das biomassas, como cascas de frutos, e o problema ambiental que podem representar no descarte devido a seu grande volume, têm despertado grande interesse quanto ao seu melhor aproveitamento. No caso particular do carvão ativo proveniente do coco verde, seu uso como material biossorvente de metais pesados é uma maneira interessante de reutilizar as toneladas de cascas que têm como destino os depósitos de resíduos urbanos. Essa pesquisa teve por objetivo principal avaliar a eficiência da mistura de carvão ativo de coco com solo em remover metais pesados dissolvidos em soluções que simulam percolados de áreas de disposição de RSU. Prepararam-se dez soluções de nitratos de zinco, cádmio, chumbo, cromo, cobre e manganês, em concentrações variadas, que foram utilizadas nos ensaios de equilíbrio em lote com diferentes adsorvatos: (a) carvão ativo de coco; (b) solo residual de gnaisse; e (c) em misturas carvão:solo nas proporções, em peso, de 5, 10 e 15% de carvão. Com base nos resultados dos ensaios verificou-se que o cromo, cobre e chumbo foram os metais preferencialmente adsorvidos pelos adsorvatos. Conclui-se que a adição de carvão ao solo aumenta a capacidade de retenção dos metais e que sua mistura ao solo pode representar uma alternativa econômica e tecnicamente viável para tratar, a baixo custo, efluentes que contenham metais pesados dissolvidos como principais poluentes.

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ANÁLISE DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS DA ÁGUA NA BACIA DO RIO ALMADA – BAHIA

LUIZA SILVA BETIM (Bolsista CNPq/UFV), GUSTAVO BARRETO FRANCO (Bolsista CNPq/UFV), EDUARDO ANTONIO GOMES MARQUES (Orientador/UFV), RONALDO LIMA GOMES (Co-orientador/)

A avaliação da qualidade das águas superficiais em um corpo d’água é de fundamental importância no que tange à gestão de recursos hídricos e ao planejamento ambiental, permitindo estabelecer a relação das características da água com os usos da terra e a geologia de determinada região,  além de evidenciar não conformidades em relação aos padrões estabelecidos para a qualidade da água pela legislação de acordo com os múltipos usos deste recurso. O presente estudo objetivou analisar a qualidade da água superficial na Bacia Hidrográfica do Rio Almada (BHRA), localizada no Sul do Estado da Bahia. Abrangendo uma área de 1.670 Km²,  a bacia destaca-se como um dos principais sistemas naturais da Região Cacaueira. A BHRA engloba áreas dos municípios de Almadina, Coaraci, Ibicaraí, Lomanto Júnior, Itajuípe, Itabuna, Ilhéus e Uruçuca, grande parte deles abastecidos pela água desta bacia, fato que aliado à sua elevada importância ambiental e econômica, justifica a relevância desta pesquisa. Inicialmente, foram escolhidos 12 pontos de amostragem estratégicos ao longo do Rio Almada. Em seguida, realizou-se uma campanha em campo, durante a qual foram coletadas amostras e medidos os parâmetros pH, condutividade elétrica e temperatura, nos pontos escolhidos. As amostras foram levadas para análise em laboratório, onde determinou-se os seguintes parâmetros: oxigênio dissolvido, DBO, DQO, coliformes totais, E. coli, nitrato, nitrito, nitrogênio orgânico, amônia, fósforo, cálcio, magnésio, ferro, potássio e sódio. De acordo com os padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05, para rios de Classe 2, parte das amostras apresentou concentração de alguns parâmetros fora dos limites, podendo-se destacar o oxigênio dissolvido, nitrato, nitrito e E. coli. Tais resultados permitem afirmar que ocorre, em alguns trechos da bacia, a perda de qualidade da água, devido principalmente ao lançamento de esgotos domésticos, demonstrando a necessidade de melhoria da infra-estrutura de saneamento básico.

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AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE EFLUENTES DE PÓS-TRATAMENTO DE REATOR UASB POR WETLANDS CONSTRUÍDAS E LAGOAS DE POLIMENTO

LUNA GRIPP SIMOES ALVES (Bolsista FAPEMIG/UFV), RAFAEL KOPSCHITZ XAVIER BASTOS (Orientador/UFV), RAISSA VITARELI ASSUNÇÃO DIAS (Não Bolsista/UFV)

No Brasil, a carência de políticas de saneamento que tanto impacta o meio ambiente, está relacionada à falta de incentivos, por meio de financiamentos ou mesmo de leis que regulamentem as atividades impactantes, e ao alto custo das estruturas necessárias. No caso específico do esgotamento sanitário, apenas uma parte do esgoto produzido no país é coletado, e desta, uma fração ainda menor passa por algum tipo de tratamento. Neste cenário, mostra-se necessário o desenvolvimento de tecnologias de tratamento que apresentem ao mesmo tempo alta eficiência e baixo custo. Uma das alternativas já consolidadas no Brasil são sistemas que associam tratamento anaeróbio, geralmente por reator UASB, e pós-tratamento, que pode ser realizado, por exemplo, em lagoas de polimento ou wetlands construídas. Neste trabalho, apresenta-se uma avaliação comparativa da qualidade microbiológica do efluente produzido por esses dois sistemas de pós-tratamento de reator UASB. Os experimentos foram conduzidas na Unidade Integrada de Tratamento e Utilização de Esgotos da Violeira, situada na cidade de Viçosa –MG. Os parâmetros analisados foram: (oo)cistos de protozoários, ovos de helmintos, coliformes totais e E. coli.  As comparações foram feitas entre o efluente de wetlands plantadas com Typha spp. (taboa) e  Brachiaria arrecta (braquiária do brejo), de fluxo superficial e subsuperficial e a lagoa de polimento, considerando tempos de detenção hidráulica aproximadamente equivalentes, entre 6.5 e 7.5 dias em uma primeira fase e entre 5.5 e 7 dias na segunda. Os resultados demonstraram que a eficiência de remoção de oocistos de protozoários e de organismos indicadores é superior em todas as unidades wetlands, se comparadas à lagoa, independentemente da vegetação utilizada ou do fluxo adotado. Em relação ao número de ovos de helmintos, o efluente das wetlands apresentou grande variação entre as duas fases, equiparando-se aos valores do efluente da lagoa na primeira fase e superando este na segunda.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, MECÂNICA E MINERALÓGICA DOS PERFIS DE INTEMPERISMO DE UM TALUDE EM TOCANTINS

NILTON CEZAR PEREIRA DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), EDUARDO ANTONIO GOMES MARQUES (Orientador/UFV), CÁTIA DE PAULA MARTINS (Bolsista FAPEMIG/UFV)

O talude estudado é constituído de solos e rochas alteradas oriundos do intemperismo de gnaisses, tipo de rocha metamórfica de elevado grau, bastante comum na região da Zona da Mata de Minas Gerais. A origem dos materiais que constituem o talude em questão é explicada pelos processos de intemperismo físico, químico e biológico. A caracterização dos perfis de intemperismo em solos e demais materiais originados de gnaisses é dificultada pelas escassas referências bibliográficas relativas ao referido estudo. A maioria delas trata de rochas graníticas. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Engenharia Civil (LEC) e no Laboratório de Física dos solos, ambos pertencentes à UFV/Viçosa-MG. Para a caracterização dos perfis de intemperismo foram coletadas quatro amostras indeformadas, uma em cada ponto do talude com diferentes graus de intemperismo. Foi convencionado denominar os pontos por letras de A até D. Foram realizados ensaios de cisalhamento direto drenados sob aplicação de tensões normais de 50 kPa, 100 kPa e 200 kPa para obtenção do intercepto coesivo e do ângulo de atrito. Para a caracterização mineralógica foram separadas as frações areia e silte. Estas frações ficaram imersas numa solução básica durante uma semana para que os minerais fossem mais facilmente identificados por difratometria de raios-x. Pelos ensaios de caracterização foi possível identificar os tipos de solo, bem como sua constituição granulométrica e assim poder verificar as variações dos índices físicos em conjunto com as características mecânicas e mineralógicas. Índices como LL e LP seguiram ordem crescente de acordo com o intemperismo. Os resultados obtidos para coesão e ângulo de atrito variaram de acordo com o tipo de solo, assim como a presença de certos minerais.

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IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE PARA ENSAIOS DE ECOTOXICOLOGIA AQUÁTICA

PAULA PEIXOTO ASSEMANY (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANN HONOR MOUNTEER (Orientador/UFV)

Um laboratório de ecotoxicologia deve ter um programa de qualidade implementado na rotina, para assegurar o controle de qualidade dos organismos utilizados e também o controle das condições mantidas durante a realização dos testes ecotoxicológicos. O objetivo do projeto foi de implementar um programa de controle de qualidade para os testes de ecotoxicidade aquática do Laboratório do Departamento de Engenharia Civil/UFV, através da padronização das condições de cultivo dos organismos-testes, da determinação da sensibilidade desses organismos a substâncias de referência, da elaboração de cartas controle e da confecção de um manual de procedimentos para este laboratório. Após a padronização das condições de cultivo, foram realizados testes de sensibilidade com os três organismos-teste: Ceriodaphnia dubia, Daphnia similis e Pseudokirchneriella subcapitata, utilizando as seguintes substâncias de referência: cloreto de sódio, sulfato de cobre, dicromato de potássio e fenol. Os resultados dos testes foram submetidos à análise estatística a fim de se determinar a concentração letal (CL50) e/ou a concentração de inibição (CI25 ou CI50) de cada substância de referência com efeito em determinado organismo. Com essas concentrações foi possível a confecção de cartas – controle para cada organismo e cada substância de referência, quando o número de testes realizados se mostrou significativo. Com base na análise dos coeficientes de variação dos valores de CL50 e CI50, escolheu-se o NaCl como substância de referência para os organismos Daphnia similis e Ceriodaphnia dubia. Foram encontrados valores de CI50 que variam de 1,81 a 2,15 g/L de NaCl para Ceriodaphnia dubia e valores entre 2,40 e 3,33 g/L de NaCl para Daphnia similis. Foi evidenciada a importância da confecção de cartas-controle a fim de padronizar as condições de cultivo e dos ensaios ecotoxicológicos, para garantir maior confiabilidade nos dados e na qualidade dos ensaios realizados no laboratório.

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INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS DE COMPACTAÇÃO NA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE DOIS SOLOS RESIDUAIS

RAFAELA SENA STEHLING (Bolsista FAPEMIG/UFV), DARIO CARDOSO DE LIMA (Orientador/UFV), FLAVIO ALESSANDRO CRISPIM (Bolsista CAPES/UFV), PAULO SERGIO DE ALMEIDA BARBOSA (Não Bolsista/UFV)

A avaliação da influência de diferentes métodos de compactação na curva de compactação e, consequentemente, no comportamento mecânico dos solos abrange um grau elevado de dificuldade, devido ao número significativo de fatores envolvidos neste procedimento mecânico. Visando avançar o estado de conhecimento nessa área, o presente trabalho buscou abordar a influência de dois métodos de compactação comumente empregados em laboratórios geotécnicos na estrutura de dois solos residuais de gnaisse da Zona da Mata Norte de Minas Gerais, sendo um solo residual maduro, de textura argilo-areno-siltosa, e um solo residual jovem subjacente ao mesmo, de textura silto-areno-argilosa. A pesquisa foi realizada, abrangendo: (i) coleta de amostras dos solos; (ii) ensaios de compactação nas modalidades dinâmica e estática na energia do ensaio Proctor normal, nos teores de umidade Wot - 3%, Wot e Wot + 2%, onde Wot refere-se à umidade ótima determinada no ensaio de compactação; (iii) determinação da resistência à compressão não-confinada (RCNC) via a média de nove determinações das resistências de pico; (iv) aplicação de teste estatístico a fim de se avaliar os resultados de RCNC. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que: (i) o método de compactação influencia significativamente a RCNC e os parâmetros ótimos de compactação dos solos; (ii) na RCNC, há variações de 37%, 14% e 3% na resistência mecânica do solo residual maduro, respectivamente, para os teores de umidade de Wot - 3%, Wot e Wot + 2% e de cerca de 15% para o solo residual jovem; (ii) a compactação estática produz maiores RCNC do que a dinâmica; e (iv) a redução observada na RCNC resultante da aplicação da compactação dinâmica é mais expressiva no solo com maior de teor de argila (residual maduro)

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INFLUÊNCIA DO TEMPO ENTRE MISTURA E COMPACTAÇÃO NA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE SOLOS MELHORADOS COM CIMENTO

RAFAELA SENA STEHLING (Bolsista FAPEMIG/UFV), CARLOS ALEXANDRE BRAZ DE CARVALHO (Orientador/UFV), Fernando Henrique Martins Portelinha (Não Bolsista/), FLAVIO ALESSANDRO CRISPIM (Bolsista CAPES/UFV), DARIO CARDOSO DE LIMA (Co-orientador/UFV), PAULO SERGIO DE ALMEIDA BARBOSA (Não Bolsista/UFV)

No que tange à aplicação de solos melhorados com cimento em pavimentação rodoviária, um aspecto de interesse é a análise da influência do tempo decorrido entre a adição do cimento ao solo e a compactação da mistura, haja vista o conjunto de limitações técnico-construtivas de campo. A partir destas considerações, no presente estudo abordou-se a influência do tempo entre mistura e compactação na resistência à compressão não-confinada (RCNC) de dois solos residuais de gnaisse da Zona da Mata Norte de Minas Gerais estabilizados com cimento, na modalidade de solos melhorados. A pesquisa foi realizada com um solo residual maduro de textura argilo-areno-siltosa (solo 1) e com um solo residual jovem de textura areno-silto-argilosa (solo 2), bem como com um cimento Portland do tipo CP-II-E-32, abrangendo: (i) coleta de amostras dos solos; (ii) teores de cimento de 1, 2 e 3% em relação à massa seca de solo; (iii) tempo entre mistura e realização dos ensaios de 0, 1, 2, 4 e 8 horas; (iv) ensaios de compressão não confinada em corpos-de-prova das misturas preparados nos parâmetros ótimos de compactação da energia do ensaio Proctor intermediário, respeitando-se os períodos de cura de 1, 7 e 28 dias. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que: (i) os parâmetros de compactação das misturas de cada tipo de solo (γdmáx e Wot) não apresentaram variações significativas nos teores de cimento analisados, em termos práticos; mas, tiveram comportamento variável com o tempo entre mistura e compactação; (ii) em todas as misturas avaliadas, a adição do cimento levou a aumentos na RCNC dos solos, que foram proporcionais aos teores de estabilizante empregados; (iii) observou-se que ocorreram variações para mais e para menos nos valores de RCNC com o tempo decorrido entre mistura e compactação das amostras, não sendo possível se definir um tempo ótimo.

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LABORATÓRIO VIRTUAL DE GEOTECNIA (PERMEABILIDADE DOS SOLOS)

RENATO MARETO (Bolsista CNPq/UFV), CLAUDIO HENRIQUE DE CARVALHO SILVA (Orientador/UFV), PAULO SERGIO DE ALMEIDA BARBOSA (Co-orientador/UFV), MOZART TORRES DE CARVALHO BARBOZA NETO (Não Bolsista/UFV), BRAHMANI SIDHARTHA TIBURCIO PAES (Não Bolsista/UFV)

A área de Geotecnia, em particular a Mecânica dos Solos e das Rochas, envolve procedimentos de ensaios que demandam equipamentos sofisticados e, às vezes, muito tempo, não permitindo aos alunos acompanhar todas as etapas do ensaio. O projeto teve por objetivo a criação de uma ferramenta digital que pudesse auxiliar no aprendizado dos ensaios de permeabilidade, de modo que estes pudessem ser simulados no computador. O pretendido não era uma animação pronta e repetitiva, ficando o aluno sentado à frente do computador apenas observando, mas um programa que permitisse haver interação entre o usuário e o seu “laboratório virtual”, podendo ele participar da realização, da montagem e do cálculo do ensaio. Para isso, o trabalho iniciou-se com intensa pesquisa sobre as funcionalidades do software Macromedia Flash Professional 8® e como elas seriam empregadas, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento do projeto abria espaço para novos colaboradores e novas idéias. A equipe cresceu, e novos softwares foram incorporados, como o AutoCAD 3D®, a fim de dar maior realismo ao ambiente virtual. O software desenvolvido é o primeiro módulo de uma série de ensaios que serão elaborados para contribuir com o aprendizado dos alunos e auxiliar no treinamento de profissionais geotécnicos. O software, em sua versão preliminar, foi utilizado em sala de aula como apoio ao professor, tendo boa aceitação dos alunos, sendo neste momento colhidas algumas idéias para o seu aperfeiçoamento. Outro objetivo bem mais amplo é incentivar a utilização da realidade virtual no ensino de engenharia geotécnica que foi atingido com êxito. A equipe que se formou ao longo desse ano de trabalho reúne alunos de diversos cursos de graduação da UFV que, trabalhando em conjunto, trocaram idéias e experiência que permitiram o desenvolvimento inicial do Laboratório Virtual de Geotecnia.

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LABORATÓRIO VIRTUAL DE GEOTECNIA (ÍNDICES DE CONSISTÊNCIA)

RENATO MARETO (Bolsista CNPq/UFV), MOZART TORRES DE CARVALHO BARBOZA NETO (Não Bolsista/UFV), BRAHMANI SIDHARTHA TIBURCIO PAES (Não Bolsista/UFV), PAULO SERGIO DE ALMEIDA BARBOSA (Orientador/UFV)

O comportamento físico dos solos finos em relação às propriedades de compressibilidade, resistência ao cisalhamento e de permeabilidade está relacionado à umidade do solo, ou seja, sua consistência. A variação da consistência do solo com a umidade é tratada em termos dos limites ou dos índices de consistência. Os índices de consistência podem ser usados para prever as propriedades mecânicas do solo utilizando-se um conjunto de correlações disponíveis na Literatura. Como exemplo pode-se citar a escolha de solo para base de uma rodovia. A ferramenta desenvolvida nesta pesquisa tem por objetivo facilitar o aprendizado do aluno acerca dos índices de consistência através da repetição dos ensaios de limites de consistência em solos virtualmente constituídos, sendo que, para cada repetição, um novo solo é gerado. Este software poderá ser utilizado também na reciclagem de pessoal, em escolas que não possuam equipamentos e por professores que queiram gerar dados coerentes para uma atividade ou avaliação. Com o uso do software Macromedia Flash Player 8® pôde-se criar uma interface simples e objetiva que facilita o acesso do usuário a cada passo dos procedimentos de ensaio, dos cálculos e verificações dos resultados dos ensaios, sejam eles virtuais ou verdadeiros, aumentando ainda mais a interatividade usuário/máquina. Outra característica do programa é a singularidade dos resultados obtidos, já que o programa gera, a cada novo ensaio, mais de 20 parâmetros diferentes e consistentes, para dar ao usuário maior familiaridade com a ordem de grandeza das propriedades medidas para cada tipo de solo. O programa, ainda na sua fase experimental, já vem sendo utilizado nas aulas práticas com o propósito a que se destina: uma ferramenta de auxílio ao aprendizado que deve despertar entre os alunos grande interesse pela Mecânica dos Solos e pelas ferramentas educacionais digitais.

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EFEITOS DA URBANIZAÇÃO NA QUALIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS DA APA CARSTE DE LAGOA SANTA – MG

RODRIGO DE ARRUDA CAMARGO (Bolsista FAPEMIG/UFV), EDUARDO DE AGUIAR DO COUTO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCOS DORNELAS FREITAS MACHADO E SILVA (Não Bolsista/UFV), MARIA LUCIA CALIJURI (Orientador/UFV), ANÍBAL DA FONSECA SANTIAGO (Bolsista CAPES/UFV)

O processo de urbanização em grande parte do Brasil foi marcado pela falta de planejamento e ocupação inadequada. Neste contexto insere-se a área de Proteção Ambiental (APA) Carste Lagoa Santa, zona norte da região metropolitana de Belo Horizonte, cuja expansão urbana traz serias preocupações ambientais por tratar-se de área cárstica. Nestes locais, a preocupação com a dinâmica hídrica e a dispersão de poluentes é grande. As bacias de drenagem não se limitam necessariamente aos divisores de águas superficiais, e a contaminação pode assumir proporções alarmantes. Os recursos hídricos dessa área foram monitorados durante seis meses. A escolha pelos municípios de Confins e Lagoa Santa deu-se pela elevada taxa de crescimento populacional e pelo crescente processo de implantação de novos pátios industriais e áreas mineradas. Selecionaram-se 14 pontos para monitoramento, espaçados territorialmente, abrangendo grande parte destes municípios. As coletas nas cisternas e nos mananciais superficiais foram realizadas durante três meses do período seco, e três meses do período chuvoso. Para os poços tubulares, por apresentar maior profundidade e, portanto, menor vulnerabilidade à poluição, realizou-se apenas uma coleta em cada regime de precipitação. Calculou-se o índice de qualidade das águas (IQA), através do sistema de calculo da qualidade da água (SCQA) desenvolvido em conjunto pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e pela Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM) em 2005. Os resultados encontrados possibilitaram discriminar diferenças qualitativas de aspecto temporal e espacial nos pontos monitorados. A qualidade da água em Lagoa Santa mostrou-se superior, o que pode ser conseqüência do melhor planejamento urbano. Contudo recomenda-se cuidado na utilização do IQA, devido à agregação de um número restrito de variáveis relacionadas à contaminação por efluentes domésticos e industriais.

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EFEITOS DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS GRÃOS E DE AGENTES DE CIMENTAÇÃO NA ESTRUTURAÇÃO DA FRAÇÃO AREIA DE SOLOS ARENOSOS

RODRIGO MIRANDA CARVALHO (Bolsista CNPq/UFV), DARIO CARDOSO DE LIMA (Orientador/UFV), ROGÉRIO DIAS DALLA RIVA (Não Bolsista/UFV), HALLEY PEREIRA DA SILVA (Bolsista FAPEMIG/UFV), LUIZ ROGERIO MARTINS REZENDE (Não Bolsista/UFV), LUCIMAR ARRUDA VIANA (Bolsista CNPq/UFV)

Em sistemas granulares, propriedades tais como permeabilidade e resistência à penetração podem ser relacionadas com o tamanho e forma das partículas, seus arranjos e a força existente entre elas. Com esta visão o presente trabalho teve por objetivos: (i) caracterizar os atributos físicos e morfométricos das frações areia de uma areia de rio coletada na cidade de Cachoeira da Prata, Minas Gerais, Brasil; (ii) estabelecer curvas de empacotamento para sistemas binários; (iii) determinar a condutividade hidráulica; e (iv) determinar a resistência à penetração das estruturas geradas nos processos de empacotamento binário. Trabalhou-se com um conjunto de esferas de vidro e com a referida areia de rio, adotando-se como critério técnico a produção de fração areia na faixa granulométrica entre 2 mm e 0,053 mm. Após coleta e preparo do solo, a amostra passou por pré-tratamentos, envolvendo: (i) remoção de matéria orgânica e de óxidos de ferro; e (ii) separação da fração areia em 21 classes. Realizaram-se análises preliminares de densidade aparente das partículas, porosidade total e fator f. Com auxílio de uma máquina fotográfica digital acoplada a um microscópio ótico, foram obtidas imagens para a caracterização morfométrica das classes da fração areia. Preliminarmente, realizou-se o empacotamento mecânico dos sistemas binários, para a posterior determinação da resistência à penetração e da permeabilidade. Os empacotamentos binários das classes da fração areia limpa e das esferas de vidro mostraram elevação na densidade até relações entre o diâmetro médio maior (D) e o diâmetro médio menor (d) próximas de 7, com tendência à estabilização para relações maiores. A condutividade hidráulica apresentou valores próximos para ambos os sistemas binários, com a areia apresentando condutividade pouco inferior à das esferas de vidro, para maiores relações D/d. Por outro lado, a resistência à penetração apresentou resultados mais elevados para maiores relações D/d. (CNPq)

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TRATAMENTO AVANÇADO PARA REMOÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DE CELULOSE

TEYNHA VALVERDE STOPPA (Bolsista CNPq/UFV), ANN HONOR MOUNTEER (Orientador/UFV)

A contribuição da indústria de celulose para a poluição dos cursos de água é evidente. Grandes esforços têm sido dedicados com o intuito de encontrar novas tecnologias que minimizem os impactos do lançamento dos efluentes nos corpos hídricos. O objetivo deste estudo é avaliar a aplicabilidade de processos oxidativos avançados como pré ou pós-tratamento de efluentes de celulose kraft branqueada, para potencializar a remoção da atividade biológica, além de quantificar essa atividade. Foram coletados três tipos de efluentes (primário, parcialmente tratado e tratado) de uma fábrica brasileira de celulose kraft branqueada. Estes efluentes foram caracterizados e pré-tratados quimicamente com ozônio, tendo como parâmetros de análise: pH, COT, lignina, DQO, DBO5, cor e carboidratos. Os efluentes foram tratados com O3 nas doses de 50 a 1000mg/L, à temperatura de 35ºC. O tratamento com O3 no efluente primário provocou uma diminuição da biodegradabilidade e não demonstrou ser indicado. A ozonização do efluente tratado não apresentou grandes efeitos quanto à biodegradabilidade, apesar de alcançar um boa redução de DQO chegando a 48% na dose de 1000mgO3/L. A aplicação de ozônio no efluente parcial apresentou bons resultados com aumento da biodegradabilidade e redução de lignina e cor. A separação por massa molar dos efluentes tratados com ozônio demonstrou que ozônio é capaz de transformar os compostos de alta massa molar em compostos de baixa molar. A avaliação da toxicidade aguda revelou que todos os efluentes coletados não apresentam toxicidade aguda para o microcrustáceo Daphnia similis, mesmo após a ozonização. Na avaliação da toxicidade crônica constatou-se que o efluente primário e o parcialmente tratado são tóxicos ao crescimento do organismo-teste, Pseudokirchneriella subcaptitata, enquanto que o efluente tratado estimula esse crescimento. O tratamento com ozônio diminuiu a toxicidade do efluente parcial e também o efeito do estímulo ao crescimento da biomassa algácea causado pelo efluente tratado.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA CIVIL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM UMA SUB-BACIA LOCALIZADA NA ZONA RURAL DE VIÇOSA- MG

THAÍS DE CARVALHO FELICORI (Bolsista/UFV), LUANA CAETANO ROCHA DE ANDRADE (Bolsista CAPES/UFV), EDUARDO ANTONIO GOMES MARQUES (Orientador/UFV), GEANNE MOREIRA BRITO (Bolsista/UFV), LUIZA SILVA BETIM (Bolsista CNPq/UFV)

A avaliação da qualidade da água subterrânea em uma bacia hidrográfica é de significativa importância ao considerarmos o papel deste recurso no abastecimento para consumo humano, especialmente nas áreas rurais, e sua influência direta sobre as características das águas superficiais. O presente estudo objetivou a análise de parâmetros físico-químicos e microbiológicos nas águas subterrâneas de uma sub-bacia localizada na zona rural do município de Viçosa-MG, especificamente, uma sub-bacia da bacia do Córrego Palmital. Para tanto, foi feito o mapeamento de todos os poços de captação de águas subterrâneas e nascentes da área. Dentre estes, foram selecionados dezessete pontos de monitoramento (sete nascentes e dez poços) nos quais foram coletadas mensalmente, no período de maio a setembro de 2009, amostras para a realização de análises dos seguintes parâmetros: pH, alcalinidade, turbidez, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, temperatura, cor, cloretos, nitrato, fosfato total, DBO, DQO, sólidos totais, fixos e voláteis, coliformes totais, E. Coli, ferro, manganês, chumbo, cromo, zinco, cádmio, cobre, níquel, magnésio, cálcio, potássio e alumínio. Os resultados das análises foram comparados com os padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n° 396/08 e pela Portaria nº518/04 do Ministério da Saúde. Verificou-se que um número considerável de amostras apresentou ao menos um parâmetro em concentração desconforme com a legislação, destacando-se: turbidez, cor, pH, E. Coli, ferro, chumbo e alumínio. A partir dos dados obtidos, conclui-se que a utilização dessas águas para consumo humano constitui um potencial risco para a população residente no local devido à existência de fontes de contaminação nos arredores dos pontos monitorados. Neste sentido, faz-se necessário a implementação de ações que possibilitem a melhoria da qualidade dos recursos hídricos da região.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA CIVIL

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA CONTRIBUIÇÃO DO EFEITO DE PINO DO CONCRETO EM CONECTORES DE CISALHAMENTO EM CHAPA PERFURADA

WASHINGTON BATISTA VIEIRA (Bolsista FUNARBIC/UFV), GUSTAVO DE SOUZA VERISSIMO (Orientador/UFV), JOSE LUIZ RANGEL PAES (Co-orientador/UFV)

Recentemente, vêm sendo conduzidas algumas investigações sobre conectores de cisalhamento em chapa plana de aço com perfurações, para estruturas mistas de aço e concreto. Embora alguns programas experimentais tenham sido executados em diversos países, o comportamento dessas conexões ainda permanece como objeto de estudo. Neste trabalho, faz-se uma investigação sobre a contribuição das aberturas na resistência global de dois tipos de conectores em chapa perfurada: o Perfobond, criado pela empresa alemã Leonhardt, Andrå und Partners (LAP) e o Crestbond, criado na UFV. Neste trabalho, diversos modelos semiempíricos foram estudados, com base em algumas hipóteses razoáveis sobre o comportamento da conexão, tendo em vista o efeito de pino do concreto nas aberturas dos conectores. Esses novos modelos são comparados com outros anteriormente propostos por alguns autores. Para isso foram utilizados resultados experimentais de ensaios realizados no Brasil, em Portugal e no Canadá. As análises realizadas possibilitaram a obtenção de equações de resistência melhores que as já existentes, bem como um melhor entendimento do comportamento dos conectores Perfobond e Crestbond. A partir da avaliação dos resultados dos modelos semiempíricos estudados, são propostas diretrizes para investigações futuras relacionadas aos conectores em questão, com vistas à elucidação de aspectos que ainda permanecem obscuros.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO COTIDIANO DAS MULHERES ENCARCERADAS-VIÇOSA/MG

ALESSANDRA VASCONCELOS ALBERGARIA (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO (Orientador/UFV), DANIELE RUELA DE CARVALHO (Não Bolsista/UFV)

A violência tem se intensificado em todas as sociedades e grupos sociais, justificando-se a pesquisa acerca do fenômeno do aprisionamento. Além disso, vários autores ressaltam que poucos são os estudos, no Brasil, que tratam especificamente da criminalidade feminina; sendo também pouco reveladores sobre a real dimensão deste fenômeno social na trajetória da vida da mulher. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou analisar o universo prisional feminino e o cotidiano das mulheres encarceradas em cumprimento de pena privativa de liberdade no Presídio de Viçosa/MG, bem como examinar as repercussões do encarceramento sobre a trajetória de vida das unidades familiares. A coleta de dados do trabalho em questão fundamentou-se tanto na pesquisa documental, quanto na observação participante e entrevistas. No que se refere ao cotidiano das presas, as mesmas seguem regras e horários impostos, intercalados com aulas referente ao ensino fundamental, ou mesmo, cursos profissionalizantes; além da ajuda na limpeza interna do presídio, sendo supervisionadas e fiscalizadas pelos agentes penitenciários. Com relação às visitas, este era um momento esperado com ansiedade, pois podiam ter contato com o mundo externo, receber a visita de seus filhos ou notícias destes. Em relação ao encarceramento, constatou-se que para as detentas “estar presa” significa preservar a vida, ou seja, estar longe do crime, pois estão tendo uma segunda chance para começar uma nova vida. No entanto, o encarceramento provocou mudanças significativas nas relações familiares; pois foram privadas do convívio com os filhos. E, essa perda ou rompimento dos vínculos afetivos, geralmente, produz sofrimento, podendo levar a detenta à descrença de si mesma, tornando-a frágil e com baixa auto-estima. Conclui-se que o cotidiano das mulheres encarceradas leva à mudanças pessoais e, principalmente, relacionais, tornando-se necessária a ativação das redes familiares, comunitárias e institucionais, que podem auxiliar no processo de reinserção social.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

O ESTUDO ERGONÔMICO DO UNIFORME DAS PROFISSIONAIS DE BELEZA DO CABELO DO SALÃO CARISMA

ALICE COELHO LIMA (Não Bolsista/UFV), MICHELLE GOMES LELIS (Orientador/UFV), CAROLINE ISABELITA LOPES (Não Bolsista/UFV), CRISTIANE NATALICIO DE SOUZA (Co-orientador/UFV)

Esta pesquisa exploratória teve como objetivo geral analisar as atividades desenvolvidas pelos Profissionais de Beleza do Salão Carisma, de Viçosa, visando indicar um uniforme que contribua para a qualidade de vida dos mesmos no ambiente de trabalho. A amostra foi composta por duas Profissionais de Beleza do Cabelo. Foi feito observação não participativa e questionário com perguntas objetivas e subjetivas. Com base no ambiente de trabalho, materiais químicos utilizados, atividades desenvolvidas, ambiente físico e equipamentos usados, percebeu-se que o melhor uniforme a ser sugerido seria aquele que apresentasse praticidade, conforto, durabilidade, proteção e segurança para as usuárias. Conclui-se que o uniforme sugerido seria uma maneira de sanar as necessidades e ao mesmo tempo, contribuiria com a imagem do Salão.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

O CONSELHO E A GESTÃO DO TERRITÓRIO SERRA DO BRIGADEIRO: IMPASSES E DESAFIOS

ANDRÉ LUÍS GOMES (Bolsista CNPq/UFV), MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO (Orientador/UFV), MICHELE DE CASSIA SABINO (Não Bolsista/UFV)

Em sociedades altamente desiguais, a participação social, por si só, representa um avanço importante, pois abre o caminho institucionalizado de reconhecimento da expressão das necessidades da população, tornando as políticas e programas de desenvolvimento mais eficazes. No entanto, isso não quer dizer que estas organizações, por sua representatividade, sejam capazes de elaborar projetos e implantar práticas de fato, que sejam favoráveis às alterações da situação em que vive a população em situação de vulnerabilidade social. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar como tem se dado à gestão do Território Serra do Brigadeiro, que é constituído por nove municípios do Estado de Minas Gerais, abrigando o último remanescente de Mata Atlântica da Zona da Mata, além de um grande contingente de agricultores familiares. Metodologicamente, fez-se uso de entrevista semi-estruturada junto aos representantes do conselho do Território. Os resultados preliminares evidenciaram que há muitas propostas de projetos, mas estas são pontuais e atendem interesses específicos; ou seja, existe limitada interatividade entre projetos e programas de ação, visando o desenvolvimento do território como um todo. Além disso, as verbas do MDA não são suficientes para a execução de todas as ações, tendo sido priorizado o eixo da agroindústria familiar, com enfoque no café. Em termos da participação no conselho, os dados evidenciaram que esta necessita de maior representatividade, considerando que são poucos os participantes da sociedade civil e, menor ainda, a inserção do segmento feminino. Uma dificuldade citada foi a distância dos locais das reuniões, que se concentram nas sedes dos municípios. Logo, pode-se concluir que existe o impasse da efetiva representatividade no conselho territorial, além do desafio da gestão de projetos conjuntos, por meio de ações intersetoriais e de um trabalho em redes, que devem ser derivados das demandas e potencialidades comuns, construídas e delimitadas nos eixos de desenvolvimento do território, que complementem, integrem e fortaleçam as abordagens comunitária e local.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE TERRITÓRIO A PARTIR DA ASSOCIAÇÃO LIVRE DE PALAVRAS

ANDRÉ LUÍS GOMES (Bolsista CNPq/UFV), MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO (Orientador/UFV), MICHELE DE CASSIA SABINO (Não Bolsista/UFV)

As sociedades, ao longo do tempo, construíram suas maneiras de ver e pensar a realidade, atribuindo a essas uma identidade e modelos aceitáveis de conduta, em função das representações sociais. Ou seja, o sujeito ou ator social, por meio dos seus conhecimentos e das interações práticas do seu cotidiano, procura construir ou expressar o que há em sua imagem sobre determinado objeto, representando-o, seja por meio da interpretação ou da simbolização. Logo, o presente trabalho tem como objetivo analisar como o conceito de território, que pode ser visto sob diferentes abordagens, está sendo representado e apropriado no discurso de estudantes de diferentes formações acadêmicas, do ensino superior da UFV. Para tanto, foi feito uso do método de associação livre de palavras, que é um tipo de pesquisa aberta, estruturada na evocação de respostas dadas, a partir de um estímulo indutor, permitindo colocar em evidência um universo semântico de palavras, que se agrupam, contribuindo para a formação das identidades. A análise dos dados evidenciou que a palavra território estava associada à questão de espaço, poder, apropriação, relações, limites, organização, região e propriedade; compreendendo, assim, uma diversidade de interpretações. Logo, se conclui que o conceito é visto sob diferentes abordagens, embora todas estejam relacionadas à questão do domínio; implicando, não somente, um atributo natural ou um espaço físico, mas, sobretudo, relacional, em termos das características culturais, sociais, econômicas, ecológicas e políticas.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

REDES DE SIGNIFICAÇÕES EM CONTEXTOS DE VULNERABILIDADE SOCIAL: O CASO DAS FAMÍLIAS DE MULHERES ENCARCERADAS

ANDRESA RODRIGUES DA COSTA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO (Orientador/UFV), ALESSANDRA VIEIRA DE ALMEIDA (Não Bolsista/UFV), DANIELE RUELA DE CARVALHO (Não Bolsista/UFV), JANAÍNA SOARES VILELA (Não Bolsista/UFV), ADRIANA DE SOUZA LIMA COUTINHO (Não Bolsista/UFV), ALESSANDRA VASCONCELOS ALBERGARIA (Não Bolsista/UFV), ANDRÉ LUÍS GOMES (Não Bolsista/UFV)

O aumento da criminalidade feminina tem sido motivo de preocupação por parte dos envolvidos, uma vez que o enclausuramento da mulher apenada tem repercutido sobre o grupo familiar. Nesse sentido, objetivou-se analisar o universo prisional feminino da Penitenciária de Muriaé/MG e da APAC em Itaúna/MG, buscando examinar as implicações do encarceramento sobre a realidade cotidiana das famílias e o papel das redes de significações na vulnerabilidade social das mulheres encarceradas e suas respectivas famílias. Para tanto, foi feito uso da pesquisa documental, entrevistas e história de vida. Resultados mostraram um comportamento diferenciado da violência doméstica, sendo superior em Muriaé/MG, principalmente do tipo psicológico e físico. O ingresso no mundo do crime, basicamente pelo envolvimento com o tráfico de drogas, motivado pela situação de vulnerabilidade social, refletiu sobre o subsistema pessoal e administrativo da unidade familiar, com mudanças no espaço relacional, mobilização e controle dos recursos. A rede de íntimos foi ativada, representada principalmente pelo segmento feminino, responsável pelo cuidado das crianças. Conclui-se que as redes de significações possuem um papel relevante na atenuação da vulnerabilidade social das famílias de mulheres encarceradas, uma vez que possibilitam a provisão de recursos para atendimento das necessidades básicas da unidade familiar, além de contribuir para a criação de oportunidades e promoção da solidariedade. 

 

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

EMPREGABILIDADE DO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DOMÉSTICA

ANGELICA RIBEIRO (Não Bolsista/UFV), ISABELLA CRISTINA FRANCA DE ABREU (Não Bolsista/UFV), NATÁLIA CALAIS VAZ DE MELO (Não Bolsista/UFV), PATRÍCIA FERRAZ DO NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV), ALESSANDRA VASCONCELOS ALBERGARIA (Não Bolsista/UFV), AMELIA CARLA SOBRINHO BIFANO (Orientador/UFV)

De acordo com as pesquisas de empregabilidade, o mercado de trabalho tem buscado profissionais com perfil diferenciado, generalista, capaz de trabalhar em equipes multidisciplinares. Os estudantes de Economia Doméstica - ED, apesar do curso possuir uma formação generalista, passam por alguns questionamentos em termos da empregabilidade deste profissional. Destaca-se que a maior parte dos estudantes é do sexo feminino e que as funções sociais que justificam a formação do profissional são consideradas secundárias. Por estes motivos sentiu-se a necessidade de buscar conhecer como se movimenta, para o referido profissional o espaço de trabalho e sua ocupação na cidade de Viçosa como referência em termos dos tipos de cargos e áreas de atuação. O estudo teve como objetivo localizar em quais áreas estão concentrados os postos de trabalho para a Economia Doméstica, bem como a satisfação do profissional com a sua formação. A população do estudo foi composta pelos 52 profissionais formados em ED no interstício de 1976 a 2006. Dentre esta, selecionou-se como amostra 21 profissionais que atuam como Economistas Domésticos ou em postos de trabalho inerentes à profissão. Estes foram contatados e convidados a participarem da pesquisa respondendo a uma entrevista semi-estruturada. Os dados indicaram que existe homogeneidade quanto à distribuição dos profissionais nas diversas áreas da ED, como Projetos de Interiores, Economia Familiar, Família e Desenvolvimento Humano, Vestuário e Têxteis, Alimentação e Saúde. Percebeu-se ainda que o nível de satisfação com a formação está diretamente relacionado com a renda salarial recebida pelo profissional, visto que quanto maior renda, maior é o nível de satisfação com a profissão. Dessa forma, conclui-se que apesar do curso ser pouco reconhecido, como campo de trabalho,  os profissionais , no município de Viçosa, estão inseridos em diversos seguimentos da sociedade e que a formação generalista do curso está coerente com a exigida pelo mercado de trabalho.

 

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO PARA AS CAMADAS POPULARES: ENTRE O DESEJO DAS FAMÍLIAS DE UM PADRÃO HABITACIONAL E A REALIDADE DOS FINANCIAMENTOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

ANGELICA RIBEIRO (Não Bolsista/UFV), VANÊSSA DORNELAS DA SILVEIRA (Não Bolsista/UFV), NATÁLIA CALAIS VAZ DE MELO (Não Bolsista/UFV), NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO (Orientador/UFV)

 O déficit habitacional constitui-se um grave problema com que se defronta a sociedade brasileira. A situação é mais crítica entre as camadas de renda mais baixa da população, atingindo, além das metrópoles, também os centros de pequeno e médio porte. Nesse contexto buscamos compreender se as políticas públicas pró-habitação têm atingido as camadas de baixa renda. Para tanto, objetivamos com esse trabalho, analisar se as linhas de crédito da Caixa Econômica Federal, CEF para construção ou aquisição da casa própria têm atingido as camadas populares, se colocando acessíveis aos seus níveis de renda. Como metodologia foram aplicados um questionário junto a CEF, a cinco Imobiliárias e a oito famílias, com intuito de obter dados a respeito dos critérios do financiamento imobiliário e sobre as características econômicas das famílias que a procuram e a acessibilidade das famílias a tais  financiamentos. Com a realização da pesquisa, verificou-se que, embora a CEF afirme que exista financiamentos para todas as classes sociais, percebe-se que para famílias com renda de um salário mínimo, há uma incompatibilidade entre o financiamento proposto e o imóvel desejado. Em relação aos critérios adotados pela CEF nos financiamentos estes tornam-se excludentes, para aqueles que não possuem meios para comprovação da renda, ou para  imóveis ilegais, principalmente aqueles localizados nas áreas periféricas. Pode-se concluir que a CEF não promove o acesso das famílias menos favorecidas ao financiamento da casa própria, pois o valor financiado não condiz com o valor necessário para a aquisição do imóvel.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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RELAÇÕES FAMILIARES DE MULHERES RESIDENTES EM COMUNIDADES POPULARES URBANAS - VIÇOSA/MG.

CYNTHIA APARECIDA GONÇALVES (Bolsista CNPq/UFV), KARLA MARIA DAMIANO TEIXEIRA (Orientador/UFV), MICHELLE MIRANDA SANTANA (Bolsista/UFV), CRISTINA TEIXEIRA LELIS (Não Bolsista/UFV), Michele Morais Oliveira (Não Bolsista/), CORINA RUBIM RAIMUNDO (Não Bolsista/UFV), LIANDRE DE MELO SAMPAIO (Não Bolsista/UFV), Gracilene Maria Almeida Muniz Braga (Não Bolsista/)

A família é considerada elemento-chave, tanto para a sobrevivência dos sujeitos, como também para o amparo e a socialização de seus elementos, propagação do capital cultural, econômico e da propriedade do grupo, bem como das relações de gênero e de solidariedade entre gerações. Este trabalho objetivou analisar as relações familiares com vistas à manutenção ou continuidade da família, de acordo com a percepção de mulheres residentes em uma comunidade popular urbana de Viçosa/ MG. A amostra foi composta por quatorze mulheres que vivem em situação de precariedade social e sujeitas a frequentes experiências de exclusão e violação de direitos. Como técnicas de coleta de dados, foram utilizados o questionário semi-estruturado e uma dinâmica de grupo na qual cada mulher escolhia um nome fictício. Este estudo possibilitou a compreensão das experiências familiares das mulheres, ressaltando acontecimentos vividos e problemas sofridos, bem como a perspectiva futura, como coisas que elas querem viver e se alegrar. Constatou-se que a maternidade é uma questão muito importante na vida dessas mulheres, e que a realização pessoal dos filhos se torna sua realização. As mulheres relataram ter vivido momentos felizes, apesar de terem sofrido com a perda de entes queridos, ciúmes do marido, dificuldades de criar filhos sem a presença de um parceiro e aborto. Com relação ao que elas almejam viver, muitas mencionaram a preocupação com o futuro dos filhos, deixando dessa forma, de pensar no seu próprio bem-estar. A preocupação com a continuidade da família prevaleceu, assim como com o bem-estar dos filhos. A auto-denominação dessas mulheres também revelou questões que, muitas vezes, elas não expressaram mas que estão circunscritas em suas histórias de vida, sendo indicativos das relações familiares estabelecidas. Logo, faz-se importante realizar estudos com amostras maiores e em maior profundidade sobre os relacionamentos familiares a fim de entender como este ocorre em famílias de diferentes classes sociais.

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DISCUTINDO A SUSTENTABILIDADE URBANA: UM OLHAR PARA OS BAIRROS PERIFÉRICOS DA CIDADE, VIÇOSA-MG

EDNA LOPES MIRANDA (Não Bolsista/UFV), MARCIA PINHEIRO LUDWIG (Orientador/UFV), RENATA APARECIDA ALVES MACHADO (Não Bolsista/UFV), SANDRA CORDEIRO FIALHO (Não Bolsista/UFV)

Este trabalho de pesquisa se insere nas discussões acerca da sustentabilidade urbana, tendo como foco não apenas a análise de questões ambientais, mas também questões relacionadas à aspectos culturais incritos no bairro, entendendo que as discussões sobre sustentabilidade pressupõem transcender a análise puramente ambiental, para uma visão mais ampla que considera também um olhar para as culturas locais. A pesquisa está sendo desenvolvida no bairro Santo Antônio da cidade Viçosa-MG. O objetivo do estudo é mapear o bairro identificando limitações e problemas ligados à questão ambiental assim como identidades culturais inscritas naquele espaço. Adota-se a metodologia qualitativa com o uso de observação direta, entrevistas semi-estruturadas, história oral, documentação fotográfica e vídeos. O trabalho encontra-se em andamento e até o presente momento ressalta o problema do lixo urbano e resíduos sólidos nas ruas, evidenciando a falta de preocupação com o destino final dos mesmos. Paralelamente, o que também tem despertado a atenção são as marcas de uma cultura do interior, seja caracterizada por símbolos rurais nas construções, seja pelo uso dos espaços privados ou públicos: as conversas entre os moradores, o assentar nas calçadas, as brincadeiras das crianças  nas ruas, a religiosidade, reciprocidade e solidariedade, constituem exemplos da sociabilidade ainda presente nas pequenas cidades. Nesse contexto o bairro vai se apresentando como micro espaço dentro da cidade de Viçosa que já apresenta sinais da urbanização capitalista que torna os espaços homogêneos, rompe costumes e desestrutura modos de vida. Acreditamos que ao resgatar a história da constituição do bairro a partir do olhar dos moradores e revelar aspectos importantes da sociabilização ainda presentes, ajudará a despertar um sentido de pertencimento, tão importante para a auto estima e cidadania. 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE LAVANDERIA HOSPITALAR

EDNA MIRANDA MAYER (Não Bolsista/UFV), CRISTIANE NATALICIO DE SOUZA (Orientador/UFV)

A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem, que abrange não apenas as máquinas e equipamentos utilizados para transformar os materiais, mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre homem e seu trabalho [IIDA, 1990]. Em uma lavanderia hospitalar as atividades desenvolvidas requerem grande esforço físico e mental, as condições e maneira de trabalho dos funcionários são de extrema importância, pois é através do trabalho deles que o setor se desenvolve. O objetivo geral do trabalho é desenvolver uma analise no setor de lavanderia hospitalar enfatizando as posturas utilizadas em função das condições de trabalho no setor. Os objetivos específicos são: Identificar quais e como são realizadas as etapas de processamento das roupas, identificar os problemas encontradas pêlos funcionários na realização de suas atividades , observar as modificações no ambiente de trabalho para subsidiar a obtenção da meta e qualidade de vida do trabalhador ao setor analisado. As atividades exercitadas por 75% das funcionárias são tirar as roupas da secadora, passar na calandra ou a ferro, dobrar, empacotar e distribuir, ocorre muitas reclamações sobre dores nas pernas e braços. As funcionárias trabalham 12 horas com direito a 36 horas de folga, existindo duas turmas de funcionários para atender as necessidades da instituição de forma que não falte roupas para a mesma. Dentre as enfermidades ocorridas ou decorrentes destacam-se dores musculares, dores no ouvido, houve também ocorrência de irritação nos olhos, por causa dos produtos químicos utilizados. Quantas as medidas adotadas pelo chefe da lavanderia para melhorar as condições de trabalho 100% dos funcionários disseram ter sido a compra da secadora e da calandra. Conclui-se com este trabalho que a lavanderia hospitalar é um setor a busca pela qualidade de vida deve ser prioritária, devido seu funcionamento ser essencial para o hospital.

 

 

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PROGRAMA DE GARANTIA DE RENDA MÍNIMA: ACOMODAÇÃO OU EMPODERAMENTO DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS?

ELISA MARIA ALMEIDA COSTA (Bolsista CNPq/UFV), NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO (Orientador/UFV), ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA (Co-orientador/UFV), CLAUDIANA APARECIDA LEMOS DE ANDRADE (Não Bolsista/UFV), MARIA DA PENHA APARECIDA KLUG BASÍLIO CARNEIRO (Não Bolsista/UFV)

Neste estudo buscamos analisar analisar o Programa de Garantia de Renda Mínima (PGRM) em termos de sua capacidade de gerar autonomia às famílias beneficiárias, na cidade de Viçosa, MG. O referencial teórico se apoiou em três categorias analíticas: pobreza, empoderamento e cidadania. O método empregado para a realização da pesquisa foi o estudo de caso. O campo empírico foi constituído por bairros carentes de Viçosa – MG, com uma amostra de 48 famílias atendidas pelo programa, definidas através do cálculo de amostra para população finita. Utilizamos a entrevista semi-estruturada que foram desenvolvidas junto aos gestores e às famílias beneficiárias quando buscamos identificar a percepção que os mesmos tinham do programa em termos de mudanças ocorridas nas condições de vida e de alcance da autonomia das famílias beneficiárias do PGRM.  A análise se deu a partir do agrupamento das respostas semelhantes fornecidas pelos entrevistados e tratamento estatístico pela planilha eletrônica Statistical Package for the Social Sciences – SPSS. Os resultados reforçaram o pressuposto de que se os programas de transferência de renda não articularem a transferência do benefício aos programas complementares e aos cursos de capacitação, os mesmos ficarão restritos a um tipo de ajuda financeira que não favorece o empoderamento e o rompimento da pobreza por partes das famílias atendidas. O PGRM em Viçosa apesar de ter objetivos muito amplos, com efeito, a médio e a longo prazo, contribui positivamente no combate a fome. No entanto, vale ressaltar que a pesquisa não evidenciou, processos de emancipação, empoderamento ou autonomia das famílias beneficiárias do PGRM. A pesquisa nos permite afirmar ainda que as famílias atendidas pelo PGRM estão assumindo uma postura dependente em relação aos auxílios governamentais, não sendo estimuladas a assumirem uma postura mais autônoma, que as possibilitem "andar com as próprias pernas".  

 

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UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA DO TRABALHO INFANTIL NA CIDADE DE VIÇOSA-MG

ÉRICA APARECIDA COELHO (Não Bolsista/UFV), EDILENE PEREIRA GUIMARÃES (Não Bolsista/UFV), ALESSANDRA VASCONCELOS ALBERGARIA (Não Bolsista/UFV), ALICE COELHO LIMA (Não Bolsista/UFV), GILDA CAMPOS (Não Bolsista/UFV), ELIANE APARECIDA CUPERTINO (Não Bolsista/UFV), ANGELA MARIA SOARES FERREIRA (Orientador/UFV)

O trabalho infantil está associado, embora não restrito, à pobreza, à desigualdade e a exclusão social. No entanto, existem outros fatores, de natureza sócio-cultural que dizem respeito às formas tradicionais e familiares de organização econômica, que demandam alternativas e mudanças que permitam atuar tanto sobre a desigualdade social, quanto sobre as exigências familiares que impõem o trabalho infantil. Contrariando a Declaração Universal dos Direitos da Criança, a Constituição Federal Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente entre outras legislações, o trabalho infantil é uma questão mundial de larga escala que atinge não apenas crianças e adolescentes de países pobres, mas várias nações, inclusive as desenvolvidas. Reconhecendo a importância desta temática, desenvolveu-se uma pesquisa acadêmica objetivando descrever o perfil das crianças nesta situação, bem como analisar as causas e conseqüências do trabalho infantil. Para tanto, coletaram-se informações qualitativas e quantitativas a partir de observações e entrevistas realizadas com as crianças, vendedoras de picolé e que trabalhavam na feira livre, e residentes no município de Viçosa. Tais informações foram processadas e submetidas à análise descritiva de conteúdo. Quando notou-se que 100% das crianças entrevistadas eram do sexo masculino, com idade média de 10 a 12 anos; 60% dos que trabalhavam na feira livre tinham renda média de R$23,30 e 40% não eram remunerados. Dos vendedores de picolé, 100% eram remunerados ganhando em média R$8,25 por dia trabalhado. Verificou-se que 100% das crianças entrevistadas encontravam-se cursando o ensino fundamental e freqüentavam as aulas regularmente. Após analise dos resultados, concluiu-se que o trabalho infantil é uma realidade na cidade de Viçosa e que há necessidade de implementação urgente de políticas públicas sociais eficientes voltadas para este segmento populacional.

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INDÚSTRIA MOVELEIRA E SUSTENTABILIDADE: O PÓLO MOVELEIRO DE UBÁ

FLÁVIA CARDOSO NEVES (Bolsista CNPq/UFV), MARCIA PINHEIRO LUDWIG (Orientador/UFV)

Numa sociedade que vive pautada no modelo hegemonico pautado no capitalismo, onde a ordem é o aumento da produção e do consumo, os avanços tecnologicos têm sido acompanhados pela degradação ambiental, tendo a indústria se tornado a principal fonte poluidora. Diante dessa situação, a esfera empresarial, como o caso da indústria moveleira, vem procurando alternativas para produzir de modo mais sustentavel. O Pólo Moveleiro de Ubá se destaca no cenário nacional ocupando a sexta posição dentre as microrregiões do país. No Estado de Minas Gerais ocupa a primeira posição em relação ao número de indústrias. Diante desse contexto, considerando a importancia do Pólo moveleiro de Ubá, tanto para o Estado quanto para a região onde ele está situdado, este trabalho tem como objetivo analizá-lo, desde o seu surgimento até os dias de hoje, procurando identificar mudanças, desafios e perspectivas no cenário das discussões acerca da sustentabilidade. A área de estudo é composta pelos municípios que compõem o Pólo. A população é composta por 310 indústrias. A amostra deverá contemplar tanto as indústrias mais antigas, quanto as mais recentes. A coleta de dados será feita por meio de análise documental, questionário, entrevistas semi-estruturadas e documentação fotográfica. Os resultados esperados serão um levantamento histórico do Pólo; identificação das mudanças ocorridos ao longo do tempo e como o Pólo se coloca frente aos desafios da sustentabiliade. A intenção do estudo é verificar se as empresas estão tomando iniciativas em relação às suas atitudes para com o meio ambiente. Isso implicaria em produzir com redução dos impactos no ecossistema; um exemplo seria a preocupação com o ciclo de vida dos produtos que vai desde a fase do planejamento até o destino final. A pesquisa encontra-se em andamento e a parte relativa à análise documental já está sendo concluída. É interessante observar que a história da constituição  do Polo Moveleiro de Ubá, está diretamente relacionada com o período de decadência da cultura do café, que se estendeu do Vale do Paraíba até a Zona da Mata mineira. O café atraiu imigrantes italianos que vieram trabalhar nas lavouras. Mais tarde seriam eles os precursores da indústria moveleira, como constatam os nomes italianos dos precursores da indústria nascente. 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

JOGOS TRADICIONAIS: INTERAÇÃO ENTRE CRIANÇA, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

GABRIELA ÂNGELO TEIXEIRA (Não Bolsista/UFV), MARIA JOSÉ DE SOUZA (Não Bolsista/UFV), MARIA LIGIA RODRIGUES SANTOS (Orientador/UFV)

Os jogos tradicionais são aqueles jogos que nossos pais e avós brincaram na infância. Eles não foram tirados de livros nem ensinados por um professor, mas sim transmitidos pelas gerações anteriores à nossa ou aprendidos com nossos colegas. Esses jogos aconteciam na rua, na praça, dentro de casa ou no recreio da escola. Observamos que na instituição pesquisada, durante o período do estágio,  a presença desses jogos era quase inexistente. Daí  surgiu o interesse  em desenvolver um trabalho enfocando  jogos tradicionais,  objetivando promover interação entre a instituição, crianças e famílias, por meio do lúdico, bem como analisar os benefícios que os mesmos podem proporcionar às crianças e às relações familiares. O estudo foi desenvolvido na Escola Municipal Professora Maria José Santana, no Núcleo Gomes Barbosa, em Viçosa-MG. A amostra constituiu-se de 20 crianças de quatro a cinco anos de idade.  A metodologia utilizada foi  confecção de brinquedos que se deu em três etapas: 1ª: Planejamento; 2ª: Seleção e compra dos materiais necessários; 3ª: Execução/ confecção de brinquedos; entrevista com pais e finalmente exposição dos brinquedos na instituição. Em decorrencia da interação com crianças e pais na instituição, jogos como pião, peteca, vai e vém e bilboquê foram confeccionados com a participação das crianças e expostos na instituição, com a presença de pais. Eles relataram que esses jogos permitem às crianças brincarem mais umas com as outras; que os pais antigamente participavam mais das brincadeiras com seus filhos e que, muitas das vezes, devido à falta de dinheiro, acabavam confeccionando junto com seus filhos, os próprios brinquedos, o que resultava em uma intensa relação entre pais e filhos. Além disso, esses jogos podem  contribuir para o desenvolvimento da coordenação motora, da imaginação, da criatividade e da autonomia da criança.  

 (Doações )

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LEVANTAMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS PARA OS TRABALHADORES EM UMA LAVANDERIA DE FRIGORÍFICO

GRAZIELE DOS SANTOS DA CONCEICAO (Bolsista FAPEMIG/UFV), Vania Eugênia da Silva (Co-orientador/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV), CLAUDIO LISIAS MAFRA DE SIQUEIRA (Co-orientador/UFV), MARCIA BARROSO FONTES (Co-orientador/UFV), AMAURY PAULO DE SOUZA (Co-orientador/UFV), LUCIANO JOSE MINETTE (Co-orientador/UFV), JULIANA PINTO FERNANDES FREITAS (Não Bolsista/UFV)

A existência da lavanderia em indústria de produtos de origem animal auxilia no processo de higienização e reposição das roupas, que quando bem realizado contribui para a garantia higiênico-sanitária do produto final. O objetivo foi identificar os possíveis riscos físicos, biológicos e ergonômicos presentes em lavanderias de indústrias de produtos de origem animal; analisar o modelo e a composição têxtil dos uniformes utilizados pelos trabalhadores, para, em outra etapa, estruturar um Manual de Informações e Orientações Técnicas para esta modalidade de lavanderia, visto que não existem orientações e/ou normas que auxiliem os gestores deste ambiente  de trabalho tão insalubre. A pesquisa foi realizada em uma indústria de abate de suínos, na Zona da Mata Mineira. O ambiente da lavanderia foi avaliado através de medição das variáveis físicas, com equipamentos apropriados. Foram coletadas amostras do ar e dos uniformes, para a verificação da presença de possíveis micro-organismos patogênicos, utilizando a técnica do swab para a coleta com posterior incubação em placas de Petrifilm. Realizou-se testes e análise das  etiquetas dos uniformes no que tange aos modelos e à composição têxtil. Em relação aos riscos físicos tem-se: temperatura elevada, ruído excessivo, alta umidade, inexistência de ventilação e iluminação deficiente. Riscos ergonômicos: adoção de posturas incorretas dos trabalhadores, desenvolvimento do trabalho todo em pé. Riscos biológicos: elevada quantidade de micro-organismos nos uniformes sujos. Em relação aos uniformes, foi possível constatar que a composição têxtil dos mesmos (33% algodão e 67% poliéster) não favorece a durabilidade e a existência de lapelas ou bolsos dificulta a completa remoção da sujidade. Dessa forma, a existência de um manual que reúna informações de referência para a gestão e elaboração de projetos de lavanderias em indústrias de produtos de origem animal, auxiliará não somente na eficiência do serviço realizado, mas, na melhoria das condições de trabalho do ambiente.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

ERGOBERÇO® - AVALIAÇÃO DO PRODUTO BERÇO PARA ADEQUAÇÃO ÀS VARIÁVEIS DE SEGURANÇA E CONFORTO

ISABELLA CRISTINA FRANCA DE ABREU (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV), DAMIANA COSTA SANTOS (Não Bolsista/UFV), CLAUDIO LISIAS MAFRA DE SIQUEIRA (Co-orientador/UFV), TANIA TOLEDO DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV), VANIA EUGÊNIA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), AMAURY PAULO DE SOUZA (Co-orientador/UFV), LUCIANO JOSE MINETTE (Co-orientador/UFV), ELZA MARIA VIDIGAL GUIMARAES (Co-orientador/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Co-orientador/UFV), NEUZA MARIA DA SILVA (Co-orientador/UFV), JACQUELINE FIRMINO FIALHO SANT´ANNA (Não Bolsista/UFV)

O referido estudo foi desenvolvido considerando a proposta de confecção do protótipo do ERGOBERÇO®, marca nominativa encaminhada ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. O produto objetiva atender as necessidades do usuário e as normas da ergonomia, buscando os aspectos de segurança e conforto para satisfação do usuário e menor gasto físico e mental durante o uso. A pesquisa objetivou construir o protótipo do berço considerando o modelo estruturado a partir de pesquisa realizada em 2007 e 2008 junto a usuários diretos e indiretos em Viçosa, MG. Para atender o objetivo do estudo, efetivaram-se diferentes etapas: diferenciação de forma e materiais constituintes do produto; análise laboratorial das características físicas da madeira para a estruturação do produto, avaliando aspectos de riscos a saúde/usuários e não interferência no meio ambiente; verificação dos custos de produção, disponibilidade de fornecedores no mercado e usinagem durante o processo produtivo. Estas etapas foram essenciais para garantir aceitação no setor produtivo, influenciando o setor moveleiro para produzir e os consumidores a consumir produtos com critérios melhor definidos de segurança e conforto. Fizeram-se testes no Laboratório de Propriedade da Madeira sobre as facilidades de trabalho com a madeira proposta para a confecção do protótipo, e no Laboratório de Biofármacos, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, para aferir a não toxidade dos produtos ecoadesivo e ecoverniz. Os testes evidenciaram que a ecomadeira não foi eficaz para produção de mobiliário, sendo o MDF e o Pinus referendados para tal. Os acabamentos ecoadesivo e ecoverniz, foram aprovados no quesito toxidade. As ferragens “Minifix” e “BABY KIT” atenderam o quesito segurança e eficiência. O protótipo está em fase final de estruturação, e será encaminhado as famílias em outubro de 2009. O atraso se deveu a negociação do domínio da patente junto ao fabricante do sistema “BABY KIT”.

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COMÉRCIO INFORMAL DE ARTESANATO TÊXTIL NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG: MAPEAMENTO E ANÁLISE DE SUAS IMPLICAÇÕES NA ECONOMIA FAMILIAR

JOSÉ CARLOS DO AMARAL JUNIOR (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), TEREZA ANGELICA BARTOLOMEU (Orientador/UFV), TATIANE NOGUEIRA MAIA (Não Bolsista/UFV), CRISTIANE NATALICIO DE SOUZA (Co-orientador/UFV), MARCIA BARROSO FONTES (Co-orientador/UFV)

O setor informal da economia tem uma alta representatividade por ser uma alternativa de renda para a população excluída da produção capitalista. O artesanato é uma das grandes opções dos indivíduos que se inserem neste setor. Esta pesquisa objetivou conhecer o perfil socioeconômico dos artesãos de Viçosa – MG que produzem artesanato têxtil para comercialização no mercado informal do referido município, a finalidade da sua produção, motivos que os levaram a se inserir no mercado informal e finalidade da renda gerada com a produção dos artesanatos. A população foi constituída de artesãos do meio urbano desta cidade, inseridos no comércio informal. A amostra foi intencional, utilizando a técnica “bola de neve”. Para coletar as informações foi utilizado um questionário contendo questões abertas e fechadas. Com os dados obtidos pôde-se perceber que, a maioria dos artesãos entrevistados era do sexo feminino (72%). A maior parte dos sujeitos da pesquisa tinha mais de 51 anos de idade (49%). Outro grupo que se destacou foi o de indivíduos de 21 a 25 anos de idade (17%). Os indivíduos que apresentavam idade superior a 51 anos estavam, em sua maioria, envolvidos com a produção artesanal visando lazer e ocupação. Já os indivíduos com idade entre 21 e 25 anos indicaram como motivação o gosto pela atividade e a obtenção de renda extra. Verificou-se que estes indivíduos se inseriram no mercado informal por diferentes motivações, 89% começaram a produzir seus artesanatos como forma de lazer e distração, os demais os fazem por necessidade de incremento de renda (11%). Estes indivíduos vivenciam a produção artesanal de forma diferenciada, tanto no que diz respeito ao aprendizado da técnica quanto sua comercialização. A renda gerada pelas vendas dos artesanatos produzidos não servia para suprir as necessidades básicas familiares. Era destinada a outras aplicações, como lazer, por exemplo. Com a pesquisa realizada pôde-se verificar uma heterogeneidade do perfil dos indivíduos inseridos no mercado informal, da forma de produção artesanal, do aprendizado da técnica, nas formas de comercialização assim como na renda gerada com a produção. Pôde-se constatar também que o artesanato está fortemente ligado à produção familiar, e tem significados diferentes segundo a visão de cada sujeito.

(Caixa Economica Federal )

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A INFLUÊNCIA DA DEMANDA ESTUDANTIL NO MERCADO IMOBILIÁRIO DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG.

JOSÉ CARLOS DO AMARAL JUNIOR (Não Bolsista/UFV), MELINA LOPES DE CARVALHO (Não Bolsista/UFV), JULIANA PINTO FERNANDES FREITAS (Não Bolsista/UFV), NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO (Orientador/UFV)

A cidade de Viçosa, tornou-se um grande atrativo aos estudantes e profissionais acadêmicos desde a criação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAVE) posteriormente intitulada Universidade Federal de Viçosa (UFV). Muitos são os estudantes que procuram por imóveis bem localizados no centro urbano e à Universidade, tornando assim a disputa por essas áreas mais acirrada. Diante desse contexto, a pesquisa teve como objetivo analisar a influência do segmento estudantil no mercado imobiliário de Viçosa, MG bem como os fatores associados à escolha dos imóveis no segmento estudantil. Especificamente buscou-se identificar a percepção dos estudantes e corretores de imóveis com relação à influência que o segmento estudantil exerce sobre o mercado imobiliário viçosense, identificar os fatores determinantes na escolha dos imóveis pelos estudantes, bem como os fatores que são levados em conta pelos corretores imobiliários no processo de formação de preço dos imóveis.  Como metodologia optou-se pela aplicação de entrevistas aos estudantes e aos corretores imobiliários locais e por fazer uma pesquisa da oferta imobiliária na cidade, a partir de duas corretoras imobiliárias. A partir das entrevistas orientadas por roteiros semi-estruturados, pôde-se constatar que a maioria dos estudantes escolhia os imóveis pela localização em relação à UFV, e também pelo preço do imóvel. Constatou-se também que as imobiliárias têm se adaptado para receber os estudantes, que se tornaram, na percepção destas, um importante segmento de influência ímpar para o mercado de imóveis. Concluímos que o mercado imobiliário reconhece a importância do segmento estudantil para o desenvolvimento do setor, e busca investir, através da construção civil, em novos imóveis que são construídos visando determinado público. Esses dados confirmam a  hipótese de que o segmento estudantil influencia no setor imobiliário, levando-o a se adaptar às necessidades desse segmento no setor das construções imobiliárias.

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RISCOS FÍSICOS NO AMBIENTE DE TRABALHO – UM ESTUDO DE CASO EM UMA LAVANDERIA DE FRIGORÍFICO

JULIANA PINTO FERNANDES FREITAS (Bolsista FAPEMIG/UFV), Vânia Eugênia da Silva (Co-orientador/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV), GRAZIELE DOS SANTOS DA CONCEICAO (Não Bolsista/UFV), AMAURY PAULO DE SOUZA (Co-orientador/UFV)

A lavanderia é um ambiente onde o trabalho desenvolvido é pesado e repetitivo, e que pode ser agravado por variáveis físicas do ambiente, como temperatura, ruído, umidade e iluminação. O presente trabalho teve objetivou identificar os possíveis riscos fisicos presentes no ambiente de uma lavanderia de indústria de produtos de origem animal. Para tanto foram realizadas visitas ao local para observações do ambiente e efetuar medições das variáveis. A temperatura foi medida através do Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo (IBUTG), sendo encontrado 27,21°C. De acordo com NR-15, quando o índice de temperatura ultrapassar o limite de 26,7°C, as pausas passam a ser obrigatórias e com durações variáveis. O nível de ruído encontrado na lavanderia foi coletado com o auxílio do decibilímetro, e variou de 60 a 97 dB(A), ultrapassando o limite de tolerância estabelecido pela NR-15, para jornada de trabalho de 8 horas diárias, que é de 85 dB(A), sendo necessário que medidas sejam tomadas. A umidade relativa do ar foi medida com o auxílio do aparelho de IBUTG, sendo encontrado uma média de 37,58% de umidade, variando de 30,2% a 42,9%, Castro e Chequer (2001) recomendam que a umidade relativa do ar seja de no mínimo 40% e no máximo 60%. Portanto, a umidade relativa do ar no ambiente analisado estava abaixo do mínimo recomendado. A coleta de dados acerca da ventilação foi feita com o auxilio de um anemômetro, registrando velocidade do ar de 0m/s em todos os setores da lavanderia. Esta variável também não atingiu o mínimo recomendado por Iida (2005), de 0,2m/s. Conclui-se que é necessário que se tenha o controle das variáveis físicas analisadas, para que as mesmas não prejudiquem o trabalhador no desempenho de seu trabalho, uma vez que podem aumentar o estresse e a fadiga dos trabalhadores.

 (CNPQ/FAPEMIG )

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ABUSO SEXUAL INCESTUOSO OU DOMÉSTICO

JUSSARA DE SOUZA SILVA (Não Bolsista/UFV), ARIANE DE ARAÚJO FERREIRA (Não Bolsista/UFV), AURORA RIBEIRO DE GOICOCHEA (Orientador/UFV)

A realidade social tem demonstrado que uma das situações mais graves e frequentes de vulnerabilidade e vitimação, em que são envolvidas as crianças e adolescentes, são as atitudes de abuso sexual intrafamiliar ou doméstico, podendo ser classificados em ordinário ou extraordinário. Para Azevedo e Guerra (1989), todo ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adultos (pais /responsáveis) e uma criança menor de 18 anos, tendo por finalidade estimular sexualmente a criança ou utilizá-la para obter estimulação sexual própria ou de outra pessoa, essa relação é denominada incestuosa e/ou abuso sexual intrafamiliar ou doméstico. Estudos recentes mostram que o adulto incestuoso não apresenta maiores anormalidades psíquicas aparentes e, mesmo ao exame psiquiátrico, revela-se um cidadão com problemas e conflitos usuais ao restante dos de sua classe social. O abusador é um cidadão acima de qualquer suspeita, o cidadão correto, bom vizinho, trabalhador e religioso. Todavia, o que ocorre com a criança ou adolescente quando submetida ao abuso por parte de um parente adulto desperta uma inesperada e maciça gratificação das pulsões libidinosas da criança, numa época em que ela não está apta para suportar tamanha carga de excitação.É uma experiência má e esta totalidade afetiva predominante na relação incestuosa que marca o psiquismo da criança ou do adolescente. Os adultos que sofreram abuso sexual quando criança tendem a ser ansiosos, deprimidos, raivosos ou hostis; a não confiar nas pessoas; a sentirem-se isoladas e estigmatizadas; e ser sexualmente mal ajustadas (Brown & Finkelhor, 1986). Por tratar-se de um problema extremamente complexo e ainda com pouco conhecimento, combate-lo implica ações de ordem econômica, cultural, política legal, policial, terapêutica, a curto, médio e longo prazo, tanto de prevenção como de denuncia e entendimento por parte das vítimas e responsabilização de seus abusadores.

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PLANEJAMENTO DE INTERIORES PARA DIFERENTES ESPAÇOS FÍSICOS NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG

LARA ROBERTA NACIF SODRÉ (Não Bolsista/UFV), NATÁLIA CALAIS VAZ DE MELO (Não Bolsista/UFV), AURORA RIBEIRO DE GOICOCHEA (Orientador/UFV), MARCIA PINHEIRO LUDWIG (Co-orientador/UFV)

Dentre a área de atuação – Habitação e Planejamento de Interiores - do Economista Doméstico destaca-se a elaboração de projetos de interiores, que procura sempre a melhor utilização dos espaços físicos, ventilação, iluminação, circulação, de acordo com os aspectos psicológicos, sociais, culturais, econômicos e estéticos, para assim proporcionar conforto, praticidade, funcionalidade, conforme a disponibilidade de recursos e preferências do indivíduo ou de uma coletividade. Os conhecimentos adquiridos nas disciplinas cursadas da referida área despertaram o interesse pelo estágio. O objetivo geral deste estágio é aprofundar conhecimentos relacionados aos métodos para elaboração de projetos, colocando-os em prática de acordo com as necessidades específicas de cada situação trabalhada. Para a execução do referido estágio, foram realizadas reuniões semanais com a orientadora para supervisão dos projetos a serem executados; visitas ao cliente e aos locais/ambientes a serem planejados, observando as atividades realizadas no espaço facilitando assim o planejamento, de forma a atender as necessidades do local e do usuário. As atividades foram fotografadas para análise posterior. As atividades realizadas compreendem a elaboração de projetos para uma sala no Instituto de Biotecnologia Aplicada a Agropecuária (UFV), para a sala de projeção e camarim do Auditório Fernando Sabino (UFV), para uma sala de estudos de dois adolescentes em uma residência na cidade de Viçosa-MG, além da elaboração de materiais referente à ambientação de espaços inspirados em cores da natureza para a realização de mini-curso, para a 80ª Semana do Fazendeiro da UFV como também em outros momentos. Dessa forma, conclui-se que o estágio na referida área foi de grande valia na formação das estagiárias, visto que possibilitou confrontar a teoria com a prática, além de promover a oportunidade de realizar projetos para clientes específicos, nos permitindo analisar a perspectiva do usuário sobre o espaço a ser planejado, pensando em diversas propostas existentes para os locais.

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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS OPERADORES DE CAIXA DE SUPERMERCADO A PARTIR DO MÉTODO MAPAS MENTAIS: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO EM PONTE NOVA, MINAS GERAIS

LARA ROBERTA NACIF SODRÉ (Não Bolsista/UFV), FLÁVIA CARDOSO NEVES (Não Bolsista/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV)

Muitas vezes o espaço ao qual o individuo está inserido não se apresenta adequado as suas necessidades pessoais e do trabalho. Para planejar um ambiente, metodologias devem ser usadas para que se possibilite a análise do espaço com o intuito de reorganizá-lo de forma a atender as necessidades físicas, psicológicas e sociais do usuário final considerando os aspectos organizacionais envolvidos. Este estudo analisou através do método Mapa mental a percepção de operadores de caixa do supermercado, considerando a diversidade dos usuários, com o intuito de modificar a situação existente melhorando ao final não só a qualidade de vida dos trabalhadores, mas a performance no trabalho. O presente estudo foi desenvolvido a partir de dados coletados junto a operadores de caixa do um supermercado do município de Ponte Nova- MG, por intermédio dos quais se realizou o estudo do local de trabalho, dando especial atenção ao mobiliário. Na situação de trabalho avaliada, percebeu-se que os arranjos físicos são de fácil leitura espacial e orientabilidade. O local é bem amplo, iluminado, possuindo inúmeros pontos de ventilação, apresentando índice alto de ruído devido às máquinas existentes. Observou-se que os equipamentos utilizados pelos funcionários são novos e de ótima qualidade, na percepção dos entrevistados, não proporcionando desconforto aos mesmos. Em relação às cadeiras utilizadas pelos operadores todas se encontram de acordo com as normas ergonômicas estabelecidas para o referido mobiliário. No entanto notou-se que os operadores sentem necessidade de cadeiras mais confortáveis, espaços maiores entre as bancada que definem o espaço de trabalho e a mudança de uma das bancadas para gerar maior mobilidade. Conclui-se que os operadores estão inseridos em um ambiente de trabalho que apresentem algumas falhas que devem ser corrigidas para reverter em maior conforto e produtividade para o funcionário.

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ESTUDO DA ADEQUAÇÃO DAS INFORMAÇÕES QUE ACOMPANHAM O PRODUTO PRINCIPALMENTE COM RELAÇÃO AO USO SEGURO DE ELETRODOMÉSTICOS

LÍGIA CRISTINA DE OLIVEIRA ROBERTO (Bolsista FUNARBIC/UFV), AMELIA CARLA SOBRINHO BIFANO (Orientador/UFV), LUCIANA APARECIDA DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV)

Um dos desafios da sociedade atual é oferecer ao crescente número de idosos serviços e produtos que lhe garantam autonomia na realização de suas tarefas cotidianas, como por exemplo, os eletrodomésticos, que devem ser projetados levando-se em consideração as particularidades destes usuários. Pressupõe-se que os problemas de uso podem ser melhor compreendidos por meio do estudo da interação entre o usuário idoso e os produtos eletrodomésticos em seu cotidiano e, desta forma, pretende-se contribuir para a identificação da localização dos problemas referentes à usabilidade das interfaces e, conseqüentemente para o desenvolvimento de produtos com maior usabilidade. A amostra foi constituída por seis idosos, cadastrados no Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI). O trabalho de campo foi constituído de visitas domiciliares, com o intuito de observar os idosos utilizando os eletrodomésticos, testes de simulação de uso e de significados de termos. Os resultados mostraram que os idosos responsáveis pela realização das tarefas domésticas eram do sexo feminino, e apesar de possuírem algumas “limitações” decorrentes do envelhecimento executavam atividades domésticas e participavam de atividades físicas e de lazer. Com relação aos produtos, constatou-se que estes apresentavam vários problemas de projeto, como, por exemplo, a disposição inadequada ao manuseio de comandos, controles e das orientações de utilização de determinadas funções; a não durabilidade dos pictogramas gravados nos painéis, não padronização dos termos técnicos e utilização destes em outro idioma, não compreendidos pela maioria das usuárias. Constatou-se que os produtos são utilizáveis porque as pessoas, em seu cotidiano desenvolvem estratégias de utilização que os adéquam às suas necessidades particulares. Assim, conclui-se que é preciso ampliar os estudos na área de adequação de uso dos produtos por usuários idosos em seu cotidiano, considerando suas particularidades de uso real.

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FATORES DE RISCO QUE ACOMETEM OS TRABALHADORES DE UMA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE ROUPAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: UM ESTUDO DE CASO EM UM MUNICÍPIO DA ZONA DA MATA - MG

MARCIANA MARGARIDA DE MIRANDA (Não Bolsista/UFV), MARCELINA ELIENE CELSO (Não Bolsista/UFV), ROSÂNGELA MARIA PINTO (Não Bolsista/UFV), MICHELLE GOMES LELIS (Orientador/UFV)

O ambiente de trabalho deve ser sadio e proporcionar o máximo de proteção aos trabalhadores, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais. Esse estudo objetivou identificar quais eram fatores de riscos que acometiam os trabalhadores de uma Unidade de Processamento de Roupa de Serviço de Saúde (UPRSS). Para isso, os instrumentos de coleta de dados utilizados foram: questionários, entrevista semi estruturada e observação não participativa. A partir da análise desses dados, constatou-se que a UPRSS hospitalar está instalada nas dependências da instituição e que o serviço de higienização das roupas é de responsabilidade da mesma. A UPRSS contava com seis funcionários, com idade média entre 35 a 45 anos de idade. Entre outras falhas observou-se precariedade das instalações e dos equipamentos, não existe separação entre área contaminada e área limpa e as atividades de separação de roupa e higienização ocorrem no mesmo espaço, o que propicia a contaminação cruzada das roupas e exposição dos funcionários a fatores de riscos biológicos. Não havia secadora, as roupas secavam estendidas em varais dispostos paralelamente à única porta da UPRSS por onde entrava e saía as peças. Foi identificado que os principais fatores de risco que acometiam os trabalhadores dessa UPRSS eram: manipulação inadequada dos enxovais e produtos químicos sem uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) propiciando um quadro de reações alérgicas, intoxicações e doenças infecciosas caracterizando os riscos químico e biológico respectivamente; o esforço físico intenso e adoção de posturas inadequadas ao realizar as atividades, podem ocasionar dores musculares induzindo ao risco ergonômico. A partir desses dados conclui-se que a UPRSS não se adequa às normas exigidas pela ANVISA o que pode, além de comprometer a higienização dos enxovais, expor os trabalhadores a diversos fatores de risco, esses podem ser agravados devido ao fato de os trabalhadores não usarem todos EPIs.

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A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE ENTRE OS JOVENS DA COMUNIDADE DO BUIEIÉ.

MARIA CRISTINA CUPERTINO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO (Orientador/UFV), ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA (Co-orientador/UFV), LUCAS MAGNO (Bolsista FAPEMIG/UFV), ALINE GUIZARDI DELESPOSTE (Não Bolsista/UFV)

O objetivo desse trabalho foi analisar a construção dos vínculos identitários e de pertencimento ao local dos jovens pertencentes à comunidade rural "Buieié, que está localizada em Viçosa, município da zona da Mata Mineira. As análises se desenvolveram a partir dos seus depoimentos, obtidos a partir de entrevistas semi-estruturadas, buscando compreender o que é valorizado por eles em termos dos seus projetos de vida almejado e o sentimento de pertencimento ao local. Os resultados evidenciaram que os jovens consideram importante estudar, percebem no estudo uma oportunidade de melhorar de vida e um meio necessário para “conseguir um emprego”. Entre os jovens existe o desejo de adquirir “coisas modernas” e não possuí-las, significava para alguns a exclusão, o retrocesso. Este fato é indício de um processo de “transformação cultural” ou de desvinculação do modo tradicional de vida rural. Os jovens não atribuem sentido às manifestações culturais como a Festa da Congada, que, enquanto manifestação do mundo simbólico, não mais se colaria às suas práticas cotidianas de vida. A maioria dos jovens no Buieié, ao relatarem seus projetos de vida, vê na saída para a cidade a oportunidade de conseguir um emprego e, conseqüentemente, uma melhor condição de vida. Mas para alguns, o desejo de sair em busca de uma vida melhor entra em conflito com o de permanecer no Buieié, o que tem levado alguns a desejarem possuir uma casa na cidade e outra no Buieié. Neste sentido, observa-se o desejo de extrair o “melhor do rural e do urbano”, “o melhor dos dois mundos”. A partir desses resultados pode-se concluir que  à medida que as culturas nacionais tornam-se mais expostas a influências externas, é difícil conservar as identidades culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração cultural, conforme aponta Canclini (1998). A transformação muitas vezes é essencial para a própria reprodução social do grupo, o que, por outro lado, pode trazer como contrapartida, o enfraquecimento da identidade territorial entre os mais jovens.

 

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A CONSTRUÇÃO DOS LAÇOS DE IDENTIDADE NA COMUNIDADE NEGRA DO BUIEIÉ, COMUNIDADE RURAL DA ZONA DA MATA MINEIRA.

MARIA CRISTINA CUPERTINO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO (Orientador/UFV), ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA (Co-orientador/UFV), LUCAS MAGNO (Bolsista FAPEMIG/UFV), ALINE GUIZARDI DELESPOSTE (Não Bolsista/UFV)

Nessa pesquisa buscamos compreender os processos identitários relacionados à construção da identidade territorial de uma comunidade negra do meio rural de Viçosa, MG, o Buieié. Trata-se de um estudo de caso, onde utilizamos como metodologia entrevistas e observações nao participante. As análises revelaram um contexto híbrido na comunidade, indicando tradicionalismos e processos de mudança social em curso. No passado a prática da agricultura de subsistência garantia a manutenção do grupo no território, atualmente, o vínculo com a terra já não é o principal elemento relacionado à reprodução social da família, nem é a base fundante da identidade do morador do Buieié. Os vínculos de parentesco e de amizade na comunidade constituíram-se em fortes elementos explicativos para se compreender as estratégias de reprodução social das famílias e para compreender o forte apego ao lugar. A convivência entre os moradores do Buieié é demarcada pela ambigüidade que ora se define pela partilha, pela comunhão, e em outros momentos, pelos conflitos, grande parte das vezes, relacionados à proximidade das famílias nos espaços e à divisão da intimidade e da privacidade. A comunidade não se manteve alheia aos processos constitutivos da estruturação do espaço urbano. Novos moradores, migrantes da cidade, em busca de tranqüilidade, descanso e contato com a natureza chegaram ao local. A chegada do “outro” trouxe embates cotidianos entre “os nascidos e criados na comunidade” e “os de fora” forjando novas identidades, nos permitindo falar, então, da convivência de múltiplas identidades dentro da localidade. As formas de pertencimento do grupo ao lugar corroboraram para a estruturação de uma identidade territorial, a partir das relações e sentimentos construídos ao longo do tempo. Nesse sentido, o território para a comunidade pode ser tomado como um mito de origem, erguido através da imagem das terras por eles herdadas, as quais lhes permitem se reconhecer como parte de um todo, de uma “grande família”.

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MERCADO DE TRABALHO: POSSIBILIDADES FUTURAS PARA O PROFISSIONAL DE ECONOMIA DOMÉSTICA

MARINA TERUMI SILVA EJIMA (Não Bolsista/UFV), TATIANE NOGUEIRA MAIA (Não Bolsista/UFV), JOSÉ CARLOS DO AMARAL JUNIOR (Não Bolsista/UFV), MELINA LOPES DE CARVALHO (Não Bolsista/UFV), RENATA ADELAIDE DE SOUZA (Não Bolsista/UFV), JULIANA PINTO FERNANDES FREITAS (Não Bolsista/UFV), AMELIA CARLA SOBRINHO BIFANO (Orientador/UFV)

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Esta pesquisa pretende permear o mercado de trabalho atual focando na atuação dos formados do curso superior de Economia Doméstica, no qual o profissional pode atuar nas seguintes áreas: atuação nos setores de alimentação para comunidades sadias, estabelecimentos agroindustriais, estabelecimentos de lavanderias, desenvolvimento rural e urbano, planejamento e consultoria em Economia Doméstica. Objetiva-se identificar quais as vagas ocupadas pelos bacharéis e licenciados em Economia Doméstica, e quais seriam as outras possíveis atuações em que este profissional ainda não está inserido. O procedimento metodológico foi o estudo documental em fontes diversas, e a análise dos dados foi através do método de análise de conteúdo dos documentos selecionados. Também foi utilizado um método de comparação entre o conteúdo obtido e o que consta nas leis que regulamentam a profissão e a atuação do profissional de Economia Doméstica. Foram encontrados dez editais públicos para Economista Doméstico, no período de 2007 a 2009. Havendo, dez vagas para professor e quatro vagas para agente técnico de nível superior. Para o cargo de professor, exigia-se, mestrado ou doutorado. Foram pesquisados também, editais que não estavam voltados para o Economista Doméstico, mas que esse profissional se encaixaria, nesse caso, foram selecionados quatro editais, como assistente social e assistente de laboratório de vestuário. Os concursos com abrangência generalistas também foram pesquisados e os editais são de 2008 a junho de 2009. Apesar do edital não especificar área de formação, o cargo exigia certos conhecimentos que não são próprios de determinadas áreas. Assim, conclui-se que a concorrência é grande, e que muitos editais poderiam abranger o profissional em Economia Doméstica, mas não o fazem. E no caso dos editais de abrangência generalista que, teoricamente, o Economista Doméstico poderia ocupar, exigem conhecimentos técnicos que muitas vezes esse profissonal não estaria apto a ocupar.

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APLICAÇÃO DA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) NA MELHORIA DO PROCESSO DE COLHEITA DE CITROS - O CASO DA SACOLA COLETORA.

Micheli Aparecida da Silva (Bolsista BIC-Júnior/EEM), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV), Vania Eugênia da Silva (Co-orientador/UFV), ALINE CONSTANTINO RODRIGUES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LUIZ CARLOS CHAMHUM SALOMAO (Co-orientador/UFV), REGINA CELIA PEREIRA DA SILVA (Co-orientador/UFV), ÂNGELA MARTA EMÍDIO (Não Bolsista/UFV)

O setor da fruticultura tem uma grande importância econômica e social, e o país apresenta boas perspectivas de crescimento neste setor, além de seu clima ser favorável ao cultivo de citros. O trabalho de colheita requer atividades repetitivas; posturas desconfortáveis e condições precárias e insalubres uma vez que os trabalhadores ficam expostos ao sol, e, além disso, tem que lidar com ferramentas, muitas vezes, mal projetadas, que podem comprometer a saúde dos mesmos. Neste contexto, juntamente com a ergonomia tem se trabalhado para desenvolver equipamentos, buscando melhorar as ferramentas, as condições de trabalho para não comprometer a saúde, a segurança e a qualidade de vida dos trabalhadores. Ainda assim, muitos trabalhadores tendem a resistir às mudanças com receio de que sua produtividade diminua. Desse modo, esta pesquisa teve por objetivo reestruturar o protótipo de uma sacola coletora de citros denominado SECOLA, a partir de dados obtidos em testes na cidade de Uberaba/MG, e recentemente em Visconde do Rio Branco/MG e no pomar da Universidade Federal de Viçosa. Para efetivação do objetivo, analisou-se o desenvolvimento das tarefas durante a colheita de laranja utilizando o protótipo do equipamento e diagnosticou eventuais problemas de aceitação do mesmo pelos trabalhadores. Verificou-se ao final que é muito importante que produtos sejam desenvolvidos para atender as diferentes necessidades de cada trabalhador. Assim, o protótipo testado encontra-se, na opinião dos usuários, bem perto do que se considera adequado para o desenvolvimento da tarefa de colheita de citros, pois o material com o qual o protótipo foi confeccionado foi bem aceito pelos trabalhadores, e a estruturação do mesmo foi considerada boa. Neste sentido, acredita-se que o produto SECOLA contribuirá para a melhoria da qualidade de vida pessoal, preservando a saúde ao trabalhador e a QVT, pois o trabalho estará mais adaptado ao trabalhador. 

 

(CNPq/ FAPEMIG )

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ERGONOMIA E ATELIÊ DE COSTURA: CONTRIBUIÇÕES PARA MELHORIA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS

MONIQUE DO VAL DE SOUZA (Não Bolsista/UFV), MARIA CRISTINA CUPERTINO (Não Bolsista/UFV), NILZA DA SILVA SANTOS (Não Bolsista/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV)

Historicamente, a ergonomia tem-se preocupado com a melhoria das condições de trabalho e o aumento da eficácia dos sistemas produtivos. A ergonomia é definida como a adaptação do trabalho ao homem. Analisando o setor têxtil no Brasil, verifica-se que a indústria do setor tem uma participação histórica e decisiva no processo de desenvolvimento industrial do País, porquanto foi um dos primeiros setores industriais a ser implantado, remontando aos tempos do Império. No atual cenário de competitividade, a produtividade exige uma maior preocupação das empresas com as condições de trabalho de seus operários, visto que, as práticas de gestão difundidas até hoje não provêem resultados satisfatórios sem que as pessoas envolvidas no processo estejam comprometidas com os resultados. A aplicação da ergonomia e da segurança no trabalho no referido setor tem fundamental importância para se assegurar um melhor aproveitamento e qualidade das operações, conciliando-os, com a saúde do trabalhador. Assim, este estudo teve por objetivo aplicar a análise ergonômica do trabalho (AET) em um ateliê de costura em Viçosa, MG, para verificar se a AET poderia auxiliar o setor a organizar seu processo de produção para cumprimento de metas. A demanda do estudo, conforme prevê a AET, auxiliar o ateliê a organizar o processo para confeccionar roupas e vender para outras cidades. A metodologia utilizada foi a AET, composta por três etapas: Análise da Demanda, da Tarefa e das Atividades. Foi aplicada entrevista semi-estruturada, junto aos funcionários do Ateliê, observação direta da execução das atividades e registro fotográfico. Com a aplicação da AET foi possível evidenciar que é necessário formalizar a rotina do processo de produção, tais como, atendimento aos clientes, registro das entradas e saídas de matéria prima e produtos. A AET mostrou-se eficiente para diagnósticos dos principais problemas que o setor vivencia e que podem dificultar atingir a meta desejada.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA DOMÉSTICA

APLICAÇÃO DA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO REALIZADO NO SETOR DE TELEATENDIMENTO EM UMA EMPRESA DE ACABAMENTOS DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG

NATÁLIA CALAIS VAZ DE MELO (Não Bolsista/UFV), ANGELICA RIBEIRO (Não Bolsista/UFV), ALESSANDRA VASCONCELOS ALBERGARIA (Não Bolsista/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV)

Na atualidade a Ergonomia tem sido utilizada com maior frequência para ampliar o conhecimento do homem e o trabalho que esse desenvolve e isso tem contribuído com estudos sobre o setor de teleatendimento, considerando os aspectos relativos ao trabalhador no ambiente de trabalho, na organização do trabalho e nas condições físicos-ambientais/intrumentais.  Este setor vem crescendo no Brasil, sendo incorporado a vários setores da economia. Assim, devido a importância que estão percebendo no setor, tem surgido a necessidade de compreender como a ergonomia pode contribuir com o mesmo, para buscar a melhoria na qualidade de vida do trabalhador em seu  ambiente de trabalho. Para tanto, foi realizado um estudo no setor de teleatendimento de uma empresa do ramo de acabamentos de Viçosa-MG. Utilizou-se da Análise Ergonômica do Trabalho para chegar à demanda do estudo, realizar o diagnóstico e por fim fazer as recomendações que atendam a demanda da intervenção. Através da Análise Ergonômica do Trabalho, verificou-se que a funcionária exerce diversas atividades simultaneamente, que a disposição do mobiliário e equipamentos traz desconforto durante a realização das atividades, e o grande fluxo de pessoas e a existência no local de uma lanchonete, interferem na qualidade do trabalho.  Dessa forma, com este estudo pôde-se notar que a utilização da Análise Ergonômica do Trabalho no setor de teleatendimento é de fundamental importância, pois esta pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e consequentemente na melhoria do atendimento ao cliente.

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ECONOMIA DOMÉSTICA E FENG SHUI: UMA BREVE REFLEXÃO

NATHÁLIA GUERRA DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), MICHELLE GOMES LELIS (Orientador/UFV)

Esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo analisar a relação da Economia Doméstica com o Feng Shui, numa perspectiva habitacional. Para a realização do mesmo foi feita uma coleta de dados em livros e revistas científicas encontrados nas Bibliotecas da Universidade Federal de Viçosa, nos artigos publicados nos Congressos Brasileiros e Encontros Latino-Americanos de Economia Doméstica e em páginas da internet. Foi feita uma análise dos dados de forma a atender os objetivos dessa pesquisa refletindo sobre o curso de Economia Doméstica e a formação profissional. Os autores apresentados deixam claro a importância do estudo da habitação a fim de oferecer e atender a qualidade de vida de indivíduos, grupos, famílias e consumidores, nesse estudo escolheu-se a filosofia oriental Feng Shui como foco de reflexão. Feng Shui é uma ciência antiga chinesa praticada há mais de 4000 anos, que estuda o meio ambiente e relações humanas com ele, harmonizando-os. Percebe-se, de acordo com a filosofia do Feng Shui, o quanto é importante harmonizar a energia do ambiente onde se vive, sejam os cômodos de uma residência ou a sala de um escritório. Essa harmonia influenciará diretamente na qualidade de vida dos indivíduos que acreditam nessa “energia”, o que remete o objetivo do profissional de Economia Doméstica, que é a promoção social e bem-estar da família. Assim, pôde-se inferir que existe uma razão em conhecer e entender sobre o Feng Shui, uma vez que comungam da mesma idéia de harmonia, bem-estar e identificação do morador com o ambiente físico de seu convívio constante.  Concluiu-se que existe uma relação entre o profissional de Economia Doméstica, a área de habitação e a filosofia do Feng Shui, uma vez que o objetivo final é o mesmo, o bem-estar daqueles que habitam o ambiente. Diante dessa reflexão, percebeu-se a importância para o estudante de Economia Doméstica aprender sobre essa filosofia, somando este conhecimento às suas possibilidades de atuação profissional na área de habitação e planejamento de interiores.

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AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE CAIXAS EM SUPERMERCADO NO MUNICÍPIO DE PONTE NOVA-MG

PATRÍCIA APARECIDA CAPELETE DE SOUSA (Não Bolsista/UFV), LARA ROBERTA NACIF SODRÉ (Não Bolsista/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV)

 Os operadores de caixa exercem diferentes atividades que os tornam mais suscetíveis a problemas posturais, além de questões ambientais relativas a ruído interno, a temperatura, mobiliário inadequado dentre outros fatores que podem interferir negativamente em sua qualidade de vida. Este estudo utilizando-se da metodologia de análise ergonômica do trabalho, objetivou elucidar aspectos das condições de trabalho oferecidas aos operadores de caixa que necessitavam mudanças com o intuito de estabelecer uma interface mais humanizada entre trabalhador e espaço de trabalho e reduzindo por consequencia os fatores estressores e melhorando a qualidade de vida do trabalhador e sua produtividade. O presente trabalho foi desenvolvido a partir de dados de observação das diferentes atividades realizadas por operadores de caixa de um supermercado na cidade de Ponte Nova- MG, focando o estudo do local de trabalho durante o uso do mobiliário, assim como o comportamento dos referidos trabalhadores em relação ao ruido, temperatura. As observações revelaram que: apesar das cadeiras estarem de acordo com as normas que regem o trabalho sentado, não satisfazem os usuários, o ruído elevado do local os incomoda como também a temperatura fria do ambiente. Como recomendação sugere-se que seja avaliado de forma mais sistemática o uso do mobiliário pelos operadores de caixa para que seja estabelecido o grau de conforidade e redução de riscos à saúde; em relação a temperatura será necessário reduzir a intensidade do ar condicionado para aproveitar melhor o ar que entra no espaço, considerando que os caixas ficam na parte frontal do supermercado.

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GESTOR DE UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE ROUPAS DO SERVIÇO DE SAÚDE: MUDANÇA TERMINOLÓGICA – UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE VIÇOSA/MG

RAQUEL ALVES FERREIRA (Não Bolsista/UFV), MICHELLE GOMES LELIS (Orientador/UFV)

A Unidade de Processamento de Roupas do Serviço de Saúde (UPRSS) é um setor de apoio do hospital e deve receber a mesma atenção dispensada aos demais setores, portanto deve ter como responsável um profissional que, além dos conhecimentos práticos, tenha também conhecimentos teóricos com relação ao seu trabalho, por ser esta uma tarefa de grande responsabilidade. Este trabalho teve como objetivo analisar a atuação profissional de um Economista Doméstico em uma UPRSS, refletindo sobre a mudança terminológica de Administração para Gestão e verificar a importância de um profissional qualificado em uma UPRSS. O estudo buscou dados a partir de entrevista semi estruturada com a responsável pela UPRSS do Hospital São Sebastião em Viçosa (MG). Foi realizada a revisão de literatura sobre os conceitos de administração, gestão e Unidade de Processamento de Roupas. Por meio dos resultados percebeu-se que a entrevistada possuía formação em Economia Doméstica, curso este que é fundamental para um Gestor de UPRSS, além disso ela tinha discernimento sobre a diferença entre os termos administrar e gerenciar, e que a teoria aprendida no curso pode ser aplicada na prática, sendo que a prática sem a teoria se torna vaga. Concluiu-se que o Hospital São Sebastião possuía uma gestora, uma vez que esta tinha conhecimento teórico e habilidades referentes a planejar, organizar, dirigir e controlar, além de saber lidar com o material humano, que eram os funcionários liderados por ela.

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POSSIBILIDADES ATUAIS E FUTURAS DE MERCADO DE TRABALHO PARA O PROFISSIONAL DE ECONOMIA DOMÉSTICA

REGIANI TEIXEIRA CAPISTRANO (Não Bolsista/UFV), GRAYCIELLE KÍVIAN D´PAULA SILVA (Não Bolsista/UFV), TARCILA TORRES COSTA (Não Bolsista/UFV), DORIS REGINA DOS ANJOS CASTRO (Não Bolsista/UFV), AMELIA CARLA SOBRINHO BIFANO (Orientador/UFV)

A Economia Doméstica procura formar profissionais multidisciplinares que tenham uma visão crítica e sistêmica do processo e da realidade vivida pela família e pelos grupos sociais vulneráveis. Diante das transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho, e visto que seus profissionais possuem um campo amplo de atuação, é importante que sua formação esteja em sintonia com as exigências de mercado. Para tanto, este estudo teve como objetivo analisar o mercado de trabalho para o profissional de Economia Doméstica, em termos de espaços já ocupados e perspectivas futuras. Os dados foram coletados por meio de levantamento em editais de concursos públicos federais, na secção concursos do “Diário Oficial da União”, divulgados no período de 2008/2009, utilizando-se as palavras-chave: ciências sociais, ciências sociais aplicadas e ciências humanas. Foram identificados 39 editais cujos cargos eram específicos para Economista Doméstico ou cujas atribuições aos cargos contemplavam aquelas descritas na Lei Federal nº 3.387 de 21/10/85, que regulamenta a profissão. Entre os cargos destacaram-se: professor do ensino básico, técnico e tecnológico; professor substituto e assistente; coordenador de projetos; técnico social; técnico administrativo; extensionista rural; analista de usabilidade; e educador social. Nos editais em que foram identificadas áreas de atuação para o profissional de Economia Doméstica, tendo como referencial as atribuições previstas na lei, as possibilidades de inserção do profissional se destacaram em campos como, recursos humanos, controle de qualidade de produtos e serviços de consumo doméstico, e meio ambiente. Conclui-se que o mercado de trabalho para o Economista Doméstico oferece um diversificado campo de atuação, que, por vezes, vai de encontro à formação adquirida na universidade e em outras, se fazem necessários alguns ajustes. Assim, é necessário que se faça uma reflexão a respeito da adequação dos currículos às necessidades destas áreas de atuação e daquelas possibilidades postas no mercado.

(Sem financiamento )

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ENVELHECIMENTO E CAPACIDADE PARA O TRABALHO EM AMBIENTE DE LAVANDERIA: UMA REFLEXÃO TEÓRICA

RENATA ADELAIDE DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV), CELINA ANGÉLICA LISBOA VALENTE CARLOS (Co-orientador/), MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO (Co-orientador/UFV), LUCIANO JOSE MINETTE (Co-orientador/UFV), TEREZA ANGELICA BARTOLOMEU (Co-orientador/UFV), ADELSON LUIZ ARAUJO TINOCO (Co-orientador/UFV), VANIA EUGÊNIA DA SILVA (Co-orientador/)

O envelhecimento precoce pode gerar doenças que impedem a permanência no mercado de trabalho. Hoje o sistema previdenciário mundial está doente, pois a quantidade de idosos cresce, enquanto decresce o número dos economicamente ativos. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento bibliográfico acerca do tema envelhecimento precoce e trabalho em lavanderia. Fez-se a revisão considerando a temática capacidade para o trabalho, lavanderia e envelhecimento funcional. Os estudos evidenciaram que as exigências e os fatores de estresse no trabalho precisam estar equilibrados com a capacidade dos trabalhadores para que não ocorra o envelhecimento funcional. A lavanderia é caracterizada como um local onde o trabalho desenvolvido é intensivo, com alta cobrança por produtividade em tempo reduzido e em condições insalubres e inadequadas. É necessário atentar para os recursos humanos que executam o processo de higienização das roupas para que tenham capacitação, para manutenção da saúde. Há que existir satisfação com as condições ambientais do trabalho, motivação, estímulo e o domínio do processo, para que tenha acesso a melhor qualidade de vida no trabalho; variável importante para reduzir o envelhecimento funcional precoce. Os estudos evidenciaram: é necessário analisar as condições de trabalho na lavanderia, pois as características do ambiente físico como temperatura, ruídos, vibrações, cores, limpeza, podem afetar a saúde do trabalhador, e interferir na execução das tarefas. Pode-se concluir com as referências que, o processo de envelhecimento funcional precoce está relacionado às condições ambientais e de saúde no trabalho, quanto maior a precariedade das condições físicas, organizacionais, tecnológicas e humanas que o trabalho oferecer, maior a probabilidade de perda da capacidade para o trabalho. Em lavanderia essa realidade de precariedade é constante podendo com isso ser considerado um ambiente que favorece ou potencializa a probabilidade do envelhecimento funcional precoce.

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CONDICIONANTES DA SUSTENTABILIDADE DOS ECOSSISTEMAS RURAIS DO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ/MG

RONALDO DOS REIS BARBOSA (Não Bolsista/UFV), MARCIA PINHEIRO LUDWIG (Orientador/UFV), MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO (Co-orientador/UFV)

A problemática da sustentabilidade assume, principalmente, nesse final de século, uma função importante na reflexão em torno das dimensões do desenvolvimento e, sobretudo, de sua capacidade em promover a melhoria da qualidade de vida. Nesse contexto, este estudo objetivou identificar os condicionantes da sustentabilidade dos ecossistemas rurais do município de Bambuí/MG. A pesquisa, de natureza quantitativa, fez uso de dados censitários e documentais acerca da estrutura demográfica; composição do PIB; índice de desenvolvimento humano (IDH); uso da terra; condição do produtor e sistemas produtivos; utilização do capital e relações de trabalho; Os resultados evidenciam que o município, localizado no centro-oeste mineiro, conta com uma população estimada de 22.622 habitantes, basicamente urbana (82,8%), com densidade demográfica equivalente a 15,5 hab/Km². A composição setorial do PIB mostra que a base da economia está no setor de serviços e da agropecuária, cujas principais atividades são: culturas (milho, café e cana) e principais efetivos da pecuária (bovinos, galináceos e suínos). O IDH, usado como medida do bem estar da população, apresentou um crescimento, influenciado pela educação e longevidade; reduzindo-se, assim, o hiato do desenvolvimento humano. Os produtores rurais, na condição de proprietários, possuem propriedades, com área predominantemente de 20 a 100 hectares, com processos produtivos calcados na terra e mão de obra. Entretanto, nos últimos anos, devido aos incentivos públicos e privados, o município vem passando por uma reestruturação agrícola, com a implantação da usina canavieira, para a produção de álcool e açúcar, com influências na população, mercado imobiliário, valor da terra, setor do comércio e transporte. Nesse sentido, pode-se concluir que os condicionantes da sustentabilidade dos ecossistemas rurais não se limitam à situação da sua realidade (local), tendo correspondência com as políticas públicas e/ou sociais, que privilegiam a modernização e competitividade, muitas vezes, à custa da subordinação sociocultural.

Palavras-chave: Sustentabilidade, condicionantes, ecossistema rural.

 

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A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO DE VIÇOSA/MG

TAMARA DE BARROS VIEIRA (Não Bolsista/UFV), PAULO FERNANDO DA GLORIA LEAL (Orientador/UFV)

A Vigilância Sanitária (VISA) trabalha para garantir que os produtos disponibilizados para a população não ofereçam riscos a sua saúde. Todas as publicações oficiais da VISA, visam um melhor entrosamento entre o que se vai produzir com o que se vai fiscalizar, tendo como conseqüência alimentos com melhor qualidade higiênico-sanitária. Assim, a pesquisa teve como objetivo conhecer as ações realizadas pela VISA de Viçosa-MG em estabelecimentos de alimentação. Em um primeiro momento, realizou-se leituras sobre a legislação sanitária, funcionamento da VISA e o regulamento para inspeção. Posteriormente, realizou-se juntamente com os fiscais sanitários, acompanhamento de vistorias efetuadas esporadicamente a estabelecimentos da área de alimentação de Viçosa. O terceiro momento foi identificar no arquivo da VISA, o número de estabelecimento de alimentação existente em Viçosa, bem como as irregularidades mais freqüentes dos mesmos. Quanto às irregularidades, constatou-se, de acordo com os relatórios realizados pelos fiscais após as vistorias, que essas são variadas, como, presença de caixas de gorduras no mesmo local que é armazenado e preparado o alimento; bancadas e mesas inadequadas que estão em contato com os alimentos; produtos de limpeza armazenados junto com os alimentos; falta de uniformes e quando fazem uso do mesmo, há falta de higienização. Durante as visitas com os fiscais, foi observado que os mesmos tinham dificuldade para abordar os assuntos sobre o manual de boas práticas de fabricação nos serviços de alimentação, pois não sabiam muitas vezes, como se posicionar perante a algumas situações. Devido, ao contanto com os funcionários da VISA, foi possível observar a importância destes nas áreas de Saúde, Alimentação e Nutrição, especificamente nas áreas de Segurança Alimentar, bem como a importância de treiná-los para atuarem de forma significativa nas inspeções, uma vez que o controle higiênico-sanitário é fundamental para proteger os consumidores e garantir a qualidade de produtos e serviços.

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APLICAÇÃO DE MAPAS MENTAIS COMO METODOLOGIA PARA ANÁLISE DO PROJETO DO INTERIOR DE UM ESTABELECIMENTO DO SETOR DE ALIMENTAÇÃO NOTURNO – VIÇOSA, MG.

TATIANE NOGUEIRA MAIA (Não Bolsista/UFV), JOSÉ CARLOS DO AMARAL JUNIOR (Não Bolsista/UFV), SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA (Orientador/UFV)

O trabalho noturno é considerado por muitos como um trabalho exaustivo e prejudicial à saúde. Por isso, muitos estudos têm levantado a preocupação acerca do tema. Bares e restaurantes são ambientes cujo turno de funcionamento estende-se ao âmbito noturno, e por isso se enquadram perfeitamente nestes estudos. O objetivo deste trabalho é analisar a percepção dos funcionários de um bar acerca do ambiente físico em que executam suas tarefas, para posteriormente sugerir medidas de intervenção a curto, médio e longo prazo. Para isso, será aplicado o método dos mapas mentais para captar a percepção dos funcionários com relação ao bar, e diagnosticar os problemas enfrentados. Os materiais utilizados para obtenção dos dados foram as planilhas de desenho dos mapas mentais e posteriormente uma entrevista de autoconfrontação. Resultados obtidos: percepção ainda precária do ambiente onde trabalha; grande foco nas relações pessoais com os clientes; alguns só percebem fisicamente o ambiente onde exercem suas atividades, e não o bar como um todo; o barulho do ambiente é destacado como prejudicial à comunicação com os colegas de trabalho; reclamação de exercer as atividades em pé; horário e funções irregulares; a disposição das mesas no ambiente não favorecem o acesso do garçom em dias de muito movimento; a organização dos processos de atendimento atrapalha mutuamente as funções (balconistas e garçom); a maioria dos trabalhadores percebem este trabalho como temporário. Concluiu-se que os sujeitos sociais envolvidos estão a pouco tempo exercendo tais funções e desejam sair do serviço do bar para outras áreas. Estes também focam nas relações com os clientes como algo negativo, e a comunicação entre os funcionários precária. Desta forma este trabalho vem propor algumas medidas que amenizem os problemas detectados, como a reforma do leiaute do estabelecimento e uma melhoria na relação entre clientes-funcionário e funcionário-funcionário.

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PROGRAMA DE RACIONALIZAÇÃO DO USO DE RECURSOS NATURAIS EM ORGÃOS/EDIFICAÇÕES PÚBLICAS DO GOVERNO DE MINAS GERAIS

ALEXANDRE SETTE ABRANTES FIORAVANTE (Bolsista CNPq/UFV), ANA PAULA WENDLING GOMES (Co-orientador/), ADRIANO PROVEZANO GOMES (Orientador/UFV)

Recentemente, o Governo de Minas Gerais lançou o programa de educação ambiental denominado “Ambientação”, cujo objetivo é estimular a reflexão e a mudança de atitudes dos funcionários dos órgãos públicos estaduais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar o programa “Ambientação”, no que se refere aos impactos de seus resultados, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. Especificamente, objetivou-se analisar os resultados alcançados no prédio do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA), no período de junho de 2008 a março de 2009. Procurou-se apresentar os fatores dificultadores e facilitadores para o cumprimento das metas estabelecidas pelo programa. Como materiais e métodos, foram utilizados dados e textos secundários obtidos do programa “Ambientação” do Ambiente Brasil e sobre estes foram feitas análises de situações, tabulações e manipulações. Este estudo revelou a importância da prática da educação ambiental em ambientes de potencial multiplicador, gerando impactos relevantes, tanto no lado social quanto no econômico. A prática de inserção de valores socioambientais no âmbito da administração pública estadual possibilitou uma série de mudanças de comportamento dos funcionários, resultando em benefícios como a diminuição dos desperdícios e de custos, o aumento da vida útil dos aterros sanitários e a geração de trabalho e renda para associação de catadores de materiais recicláveis. Pode-se concluir que, um programa de racionalização como este, impacta de forma direta nos gastos do poder público e dá margem para investimentos maiores em educação e melhorias dos bens públicos. Além disso, possibilita gerar externalidades positivas a outros setores, em virtude de uma economia de gastos. Este trabalho foi desenvolvido com a ajuda da ONG/OSCIP Ambiente Brasil Centro de Estudos, sediada em Viçosa-MG. (CNPq)

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BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL: AS NOTIFICAÇÕES BRASILEIRAS À OMC E SEUS EFEITOS NOS PREÇOS

CAROLINA RODRIGUES CORRÊA (Não Bolsista/UFV), ORLANDO MONTEIRO DA SILVA (Orientador/UFV)

Na atualidade, a maioria dos países é filiada à Organização Mundial do Comércio (OMC), cuja principal missão é promover a redução das barreiras ao comércio internacional. Estas barreiras podem ser tarifárias ou não-tarifárias. Entre as barreiras não-tarifárias, é possível destacar as barreiras técnicas, que mereceram um acordo específicos na OMC: o acordo das barreiras técnicas ao comércio (TBT). Exigências técnicas, tais como as relacionadas a embalagem e rotulação, podem demandar alterações nos produtos ou no processo produtivo que elevam os custos de produção dos mesmos. Esse aumento pode ser repassado ao preço final do produto, constituindo uma barreira comercial. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar se as notificações emitidas pelo Brasil à OMC, dentro do acordo TBT, agem como barreiras não-tarifárias, elevando o preço dos produtos importados pelo país. Para tanto, foram levantadas todas as notificações emitidas pelo Brasil entre os anos de 1996 e 2007, e estas foram classificadas segundo os critérios do sistema harmonizado (SH). Para avaliar o efeito das notificações sobre os preços dos produtos foram coletados índices de preços de importação das seções mais relevantes do SH para o mesmo período de tempo. De posse desses dados estimou-se um modelo de regressão linear utilizando o método de dados em painel. Os resultados obtidos mostraram que, efetivamente, a emissão de notificações gera elevação de custos nas importações brasileiras. Por outro lado, conclui-se que as barreiras técnicas não trazem somente malefícios. Estas induzem as firmas a inovarem e buscarem ser mais competitivas, além de garantir a qualidade dos produtos para seus consumidores. Há, portanto, de se encontrar um ponto de equilíbrio entre as notificações necessárias para regular e promover o comércio da melhor forma possível, mas sem gerar empecilhos desnecessários ao livre comércio.

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GUERRAS E NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS: O MODELO DE GROSSMAN-HELPMAN AMPLIADO

FELIPPE CLEMENTE (Bolsista CNPq/UFV), GERALDO EDMUNDO SILVA JUNIOR (Orientador/), GIOVANA FIGUEIREDO ROSSI (Co-orientador/UFV)

O presente trabalho objetivou analisar os problemas relacionados com os processos de negociações comerciais a partir da perspectiva do modelo teórico-empírico de Grossman-Helpman. Logo, como objetivo geral, realizou-se a estimação dos parâmetros a partir das relações comerciais entre Estados Unidos e União Européia no período de 1988-2006. Para tal, utilizou-se o conjunto de produtos da classificação SSIS: ITCS_COMS3, referentes ao período de 1988-2006. Com o uso da técnica de dados de painel, restrita ao caso de variáveis instrumentais, para a eliminação do viés de endogeneidade presente, verificou-se que as variáveis independentes do modelo, penetração das importações e tarifa defasada, representaram, de forma significativa, a estrutura de Proteção Tarifária nos países. Dois resultados básicos foram verificados: o primeiro, indicou que a política comercial reflete, parcialmente, interesses privados, isto é, a ação organizada e  o  lobby de grupos de interesses; o segundo,  evidenciou-se que o nível tarifário imediatamente anterior também é um componente de explicação da proteção dos países. Portanto, a partir da análise em painel dos vinte e quatro produtos em estudo, confirmou-se a hipótese da existência de guerra comercial, conforme modelo proposto por Grossman e Helpman (1995), registrando a rigidez do sistema de proteção tarifário à entrada da maioria dos produtos analisados nos países.

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VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA ESCOLA TÉCNICA EM VIÇOSA-MG

FELIPPE CLEMENTE (Não Bolsista/UFV), GISELE DE CASSIA GUSMAO (Orientador/UFV), NAGAI MOREIRA GANDRA (Não Bolsista/UFV), JULIANA MARA DE FÁTIMA VIANA (Não Bolsista/UFV)

 O objetivo deste trabalho foi identificar a viabilidade econômica de implantação de uma escola técnica no município de Viçosa-MG. O curso técnico é uma modalidade de aprendizado mais rápido do que os bacharelados e dura, em média, dois anos. Os alunos que buscam a formação como técnico estão de olho na carreira. Eles pretendem, com o curso, ter mais condições para crescer e aumentar suas chances de conseguir um emprego. Afinal, as empresas exigem formação. Com isso, o projeto pretendeu oferecer cursos técnicos nas áreas de Informática, Administração e Marketing para atender a demanda da cidade de Viçosa-MG. Para identificar essa demanda potencial foram aplicados 60 questionários entre empresários e estudantes de Ensino Médio do município, escolhidos aleatoriamente. Após a tabulação dos dados, as principais características foram: 76% dos entrevistados tem interesse em fazer um curso técnico, sendo 41,82% mulheres e 30,91% homens. A maioria se interessaria em fazer um curso técnico de Informática (41%), seguido de Administração (26%) e Marketing (18%). Dentre os que gostariam de fazer um curso técnico, 58,8% possuem renda familiar de até R$2790,00, o que confirmou a existência de uma demanda para este serviço com preços possíveis de serem cobrados para a manutenção da empresa no setor. A partir dos dados dos questionários foi possível estimar a demanda de mercado e a elasticidade-preço da demanda, que teve como resultado o valor de -9,13, indicando uma curva elástica, ou seja, um aumento no preço causaria uma diminuição maior na quantidade demanda. Após isso, foram levantados todos os custos necessários para a abertura da escola, os quais foram confrontados com uma receita estimada e assim pode-se obter os seguintes dados financeiros: Valor presente líquido (VPL) de R$93.970,25, TIR=21,59% e PAYBACK=4,5 ANOS. Sendo assim, a implantação de uma escola técnica no município de Viçosa apresentou-se viável.

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DESIGUALDADES SALARIAIS NO BRASIL: UMA ABORDAGEM ENTRE RAÇA E GÊNERO

GERALDO COSTA JÚNIOR (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ROSA MARIA OLIVERA FONTES (Orientador/UFV)

O mercado de trabalho brasileiro abrange aproximadamente 81 milhões de pessoas e é composto por homens e mulheres de variadas etnias e grupos. Diante de tamanha diversidade, é possível que haja desigualdades, sendo, no entanto, inaceitáveis quando têm por base a discriminação e o preconceito. O objetivo deste trabalho foi verificar se os fatores discriminação e preconceito apresentam impacto significativo na determinação dos salários de mulheres e negros, no período entre 2002 a 2007, tendo como padrão de análise os salários auferidos pelos homens e brancos. Para a realização do trabalho, utilizou-se a metodologia de Oaxaca-Blinder, que consiste na estimação de equações mincerianas para os grupos populacionais estudados. Os resultados foram decompostos em efeito característica e efeito preço, sendo que o primeiro mostra a parte do diferencial de salários explicada com base nas capacidades e atributos produtivos dos indivíduos e o último mostra a parcela deste diferencial que responde pela ocorrência do preconceito e discriminação. Para os grupos analisados, a variável educação é a que mais explica os diferenciais de salário. Destaca-se que, em termos agregados, o diferencial de salários entre homens e mulheres é explicado totalmente pela incidência do preconceito, uma vez que, entre outros atributos, as mulheres têm uma média de anos de estudo superior à dos homens, devendo, portanto, auferir rendimentos superiores. Para o grupo dos brancos e dos negros, a maior parte do diferencial de salários corresponde ao baixo nível educacional dos negros em relação aos primeiros, sendo que cerca de 1/3 deste diferencial também é devido à ocorrência de preconceito e discriminação. Um caso especial a se destacar é o da mulher negra, que aufere os menores rendimentos no mercado de trabalho por combinar em si o fato de ser negra e mulher.

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PERSPECTIVAS PARA A EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE ETANOL

GERALDO MOREIRA BITTENCOURT (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ROSA MARIA OLIVERA FONTES (Orientador/UFV)

Recentemente, a demanda mundial por etanol combustível tem se expandido de forma muito rápida. Isto se deve à combinação dos seguintes fatores: substituição do MTBE (Éter Metil Térc-Butílico) pelo etanol como aditivo da gasolina, devido ao impacto ambiental associado ao uso daquele produto; adoção de estratégias para a redução/limitação das emissões dos gases precursores do efeito estufa, conforme demandado por alguns países pelo Protocolo de Quioto; redução da dependência de derivados de petróleo na matriz energética; incentivos à agricultura e às indústrias locais. O objetivo deste trabalho foi avaliar as perspectivas de exportação do Brasil neste emergente mercado internacional de etanol. A metodologia utilizada foi a análise gráfica – tabular de dados sobre produção, consumo, exportação e importação de etanol para os principais países produtores deste biocombustível. Diante dos gráficos, constata-se que os principais produtores de etanol no mundo vêm aumentando a produção ao longo dos anos, com destaque para os EUA, que superaram o Brasil em 2005. Por outro lado, apenas o Brasil apresenta um excedente considerável, onde seu consumo é inferior à sua produção, mostrando o potencial de mercado para as exportações brasileiras para países deficitários, como a União Européia e o próprio EUA. Este foi o maior importador do etanol brasileiro nos últimos anos e, juntamente com a União Européia, poderão importar ainda mais, caso retirem ou diminuam as barreiras tarifárias impostas à importação de etanol. Entretanto, para que o Brasil amplie sua capacidade de produção, tanto para suprir a demanda interna quanto para exportar volumes significativos de etanol, serão necessárias a construção de novas unidades industriais, a ampliação da lavoura de cana, a expansão da logística no setor e a superação de barreiras comerciais em processos de negociação complexos e morosos.

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REGRAS DE POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SEGUNDO A TEORIA DOS JOGOS

GUILHERME MARCIANO TIMM (Bolsista/UFV), Geraldo Edmundo Silva Júnior (Orientador/)

 O estudo analisa as ações do Banco Central do Brasil (Bacen) a partir da implantação do Plano Real. Utilizam-se dois modelos para estudo. São eles: o modelo de Desemprego e Inflação de Barro e Gordon (1983) e o modelo de Consistência de Política Monetária no Tempo de Gibbons (1992). Os dois modelos utilizam-se do instrumental de teoria dos jogos para serem derivados. Ao se basear nessa teoria, os autores consideram a autoridade monetária como um agente econômico em interação com outros agentes que respondem a suas ações. Desta forma o resultado das políticas monetárias é definido por essa interação e não simplesmente pelas tomadas de decisão do poder público.  A análise entre as expectativas de inflação, a inflação efetiva e a taxa SELIC definida pelo Bacen, demonstra a racionalidade do setor privado e sua influência nos resultados e nas decisões de política monetária. Os dados sobre os instrumentos de política monetária (operações de mercado aberto, exigências de reservas bancárias e operações de redesconto) são analisados perante as expectativas de inflação que determina as ações do Banco Central do Brasil não como discricionária, mas como seguidor de uma meta de inflação na qual não se desvia durante o período entre 2000 até 2007.

 

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VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE MAÇÃ

GUSTAVO CARVALHO MOREIRA (Não Bolsista/UFV), FERNANDA MARIA DE ALMEIDA (Bolsista CNPq/UFV), ORLANDO MONTEIRO DA SILVA (Orientador/UFV)

O objetivo geral deste trabalho foi analisar o desempenho das exportações brasileiras de frutas, especificamente da maçã, comparando a competitividade brasileira no comércio internacional, entre os anos de 2004 e 2008. Utilizou-se como metodologia o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (VCR) proposto por Balassa (1965), o qual se baseia na lei das Vantagens Comparativas formulada por Ricardo em 1817. Tal índice considera a razão entre a proporção das exportações de maçãs brasileiras relativo às exportações totais do país e a proporção das exportações mundiais de maça relativa ao total das exportações mundiais. Desta forma, valores para o índice de VCR maiores que 1 unidade indicam que o país possui vantagem comparativa revelada quanto às exportações do produto e, valores menores que 1 unidade indicam o contrário. Os resultados revelaram que as exportações de maçã mostraram um posicionamento favorável no mercado externo, com exceção do ano de 2005, quando, de acordo com exportadores do setor, ocorreu um dos maiores entraves na exportação de frutas, que foi a valorização do Real. Certamente, a instabilidade no valor do dólar dificultou a fixação de preços para o mercado externo e aumentou os riscos, inibindo maiores investimentos na produção e exportação da fruta. O Brasil encontra-se numa posição de grande produtor mundial de frutas tropicais, mas, sua participação no mercado internacional de maçã (fruta de clima temperado), ainda é pouco expressiva, com apenas 4,8% do total das exportações, no ano de 2008. Assim, concluiu-se que apesar desse baixo percentual de exportação, existe um potencial de crescimento para a fruta brasileira no mercado internacional, desde que a competitividade medida pelo índice de VCR vem aumentando. Para que isso ocorra, no entanto, deve-se investir em estratégias comerciais, logística, e na qualidade do produto, utilizando de uma combinação de investimentos específicos do setor publico e privado.

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DIAGNÓSTICO DE CAPITAL SOCIAL EXISTENTE NA ZONA RURAL DOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES AO CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO DO ALTO PARAOPEBA – CODAP

IVO CÁSSIO DIAS RIBEIRO (Bolsista CNPq/UFV), ELAINE APARECIDA FERNANDES (Orientador/UFV), Hilton Manoel Dias Ribeiro (Co-orientador/)

A busca por uma sociedade mais eficiente e uma organização mais ampla com normas e facilidade de ações mais coordenadas, é tema de estudos que discutem mais uma forma de capital, além dos já estabelecidos como naturais, físicos e humanos. Este, denominado como capital social está presente nas sociedades, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento de muitas regiões. A procura por trabalhos em grupos e organizações, com objetivos comuns, é uma das características da presença de capital social. Neste estudo, a região da CODAP, Consórcio de Desenvolvimento do Alto Paraopeba, foi escolhida para diagnosticar-se a presença ou não deste tipo de capital. Dentro desta região, apenas cinco municípios foram estudados, sendo eles: Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Jeceaba, Ouro Branco e São Brás do Suaçuí. A escolha desta região deve-se ao crescimento que esta vem apresentando nos últimos anos, principalmente na zona rural destes municípios. Para tal estudo, foi aplicado um questionário que se baseou em perguntas que enfatizaram o interesse das pessoas com relação a uma sociedade mais unida, em que o bem-estar próprio e do próximo estivesse sendo focado como prioridades. Os resultados mostram que os produtores estão envolvidos em organizações de algum tipo, possuem laços de amizade e estão dispostos a ajudar outras pessoas até mesmo financeiramente. Diante destes resultados e constando o crescimento do PIB agropecuário, associado com a diminuição da população rural, pode-se concluir que o trabalho em equipe, a participação do povo, a busca pelo bem do próximo, dentre outros motivos, pode levar ao aumento do capital social, que associado a outros tipos de capitais, está contribuindo para o desenvolvimento da região e o aumento da produção oriunda da agropecuária.

 

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MENSURAÇÃO E ANÁLISE DAS DESIGUALDADES DE GÊNERO PARA OS ESTADOS BRASILEIROS

JONAS TÚLIO LEAL COUTINHO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ROSA MARIA OLIVERA FONTES (Orientador/UFV), Bráulio Martins Bueno (Co-orientador/)

A sociedade brasileira está estruturada sob origens históricas e institucionais de discriminação e desigualdade. A questão da desigualdade de gênero tem sido objeto de discussão em vários cenários, dentre eles na Organização das Nações Unidas, contemplada em vários dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e no Fórum Econômico Mundial. Neste trabalho, a situação de sub-representação das mulheres foi avaliada multidimensionalmente, uma vez que as mulheres, em todo mundo, estão sujeitas às mais variadas formas de restrições. O objetivo deste trabalho foi capturar a magnitude e a natureza da disparidade entre homens e mulheres, levando em consideração aspectos econômicos, educacionais, de participação política e expectativa de vida, comparando-se os estados brasileiros, com exceção do Distrito Federal, no período de 2002 a 2007. Para tanto, foi calculado um índice, chamado Índice de Defasagem de Gênero, que capta as nuances das diferentes dimensões acima mencionadas. Diante dos resultados, constatou-se que a desigualdade de gênero no Brasil reside, fundamentalmente, na inserção econômica e na participação política das mulheres. Além disso, não há perspectivas de curto prazo em termos de mudança desse quadro, pois não houve um significativo aumento desses índices no período. Contudo, observando-se que estados do Norte e Nordeste apresentaram valores do indicador maiores do que a média brasileira, não foi confirmado um relacionamento absoluto e inequívoco entre desigualdade de gênero e desenvolvimento. Em outras palavras, a hipótese de que a equalização de gênero é inerente ao processo de crescimento das economias não foi validada.

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA E ENDIVIDAMENTO: UM ESTUDO DE CASO COM SERVIDORES DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA

LUCAS PARAVIZO CLAUDINO (Bolsista/UFV), MURILO BARBOSA NUNES (Não Bolsista/UFV), ADRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), ALEXANDRE LIMA BAIÃO (Não Bolsista/UFV)

Este trabalho teve como motivação a baixa exploração do tema educação financeira no Brasil e na transformação econômica sofrida no país, principalmente após a estabilização da economia, o que ocasionou aumento do consumo e conseqüentemente maior necessidade de educação, por parte da população, para lidar com o dinheiro. O presente estudo teve como objetivo principal identificar a relação entre o nível de educação financeira e o nível de endividamento dos servidores públicos técnico-administrativos de uma universidade federal e, como objetivo complementar, identificar se há a necessidade de um programa de educação financeira para esses servidores, a partir do levantamento das áreas de maior carência de conhecimento sobre o assunto. A pesquisa, quanto ao fim, se caracteriza como descritiva e exploratória. Em relação ao meio, se caracteriza como estudo de caso, documental, bibliográfica e de campo, fazendo uso de questionários estruturados para o levantamento de dados e análises estatísticas. Os resultados indicaram que o nível de educação financeira é insuficiente e que as principais deficiências dos servidores nesta área são: conhecimento da liquidez das aplicações, elaboração de lista de compras, planejamento financeiro e taxa do cheque especial. Quanto ao nível de endividamento, percebeu-se que os servidores, em sua maioria, encontraram-se pouco endividados, havendo baixa freqüência em níveis mais sérios de endividamento. Concluiu-se que o maior conhecimento de educação financeira influencia na condição de menores níveis de endividamento, porém esse conhecimento não exclui a possibilidade de contrair dívidas de risco. Diante disso, os servidores apresentaram necessidade de cursos na área de gestão financeira.

(PET - SESU/MEC )

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A EXPORTAÇÃO DE SOJA NO BRASIL: NORMAS E REGULAMENTOS A SEREM OBSERVADOS

MARJORIE VERISSIMO PINTO DE PAULA (Não Bolsista/UFV), ORLANDO MONTEIRO DA SILVA (Orientador/UFV), Fernanda Maria de Almeida (Não Bolsista/UFV)

No Brasil, houve um crescimento explosivo na produção de soja, que foi multiplicada por 260 vezes nas últimas quatro décadas. Esse grão tem, atualmente, importância fundamental nas atividades agrícola e comercial brasileira, com o país sendo o segundo maior produtor e exportador mundial. A receita com as exportações de soja no ano de 2008 atingiram 17,3 bilhões de US dólares, correspondendo a 9% do valor total das exportações. Contudo, as exportações brasileiras têm que cumprir uma série de requisitos técnicos e sanitários para poderem ser comercializadas no mercado internacional. Tais requisitos estão centralizados na Organização Mundial do Comércio (OMC), e foram emitidos por países membros, que utilizam de notificações para informarem a seus parceiros comerciais aspectos a serem observados e especificações exigidas para que o comércio se concretize. Sua normatização ocorreu em função do estabelecimento de Acordos de barreiras técnicas (TBT) e de medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS). O objetivo desse estudo foi fazer um levantamento dessas exigências para as exportações de soja, e classificá-las nas suas diferentes formas nos diferentes mercados entre os anos de 1995 e 2008. Com a utilização de análises tabulares e gráficas, pode-se observar a evolução das notificações que foram utilizadas principalmente pelos países importadores mais desenvolvidos. O número de notificações emitidas para a soja tem crescido ao longo dos anos, assim como a incidência nos diversos países importadores, sendo as principais justificativas a segurança dos alimentos, a fitossanidade e a saúde animal. Como o cumprimento dos diversos requisitos implica em aumento de custo para os exportadores, eles podem se tornar barreiras não-tarifárias e afetar a competitividade do país nesse mercado. Sugere-se que as empresas exportadoras observem continuamente a emissão dessas normas e regulamentos e as suas implicações em termos de custos, dadas as sua implicações para o comércio internacional.

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O AÇÚCAR NO MERCADO INTERNACIONAL: DIFERENTES MERCADOS, MESMAS EXIGÊNCIAS?

RAFAEL RODRIGUES DRUMOND (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ORLANDO MONTEIRO DA SILVA (Orientador/UFV), FERNANDA MARIA DE ALMEIDA (Não Bolsista/UFV)

O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de açúcar do mundo e, portanto, sujeito a uma série de exigências dos mercados consumidores. Muitas dessas exigências referem-se a normas e regulamentos notificados à Organização Mundial do Comércio, por meio dos acordos sobre medidas técnicas (TBT) e sobre medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS). Em alguns casos, estas notificações, que visam manter o direito dos países de adotarem medidas para proteção da saúde humana, dos vegetais e dos animais, extrapolam suas funções iniciais de tornarem o comércio internacional mais transparente e seguro, se transformando em restrições ao livre comércio, tomando o caráter de barreiras não-tarifárias. Neste contexto, este trabalho busca analisar os diferentes mercados em que o açúcar brasileiro está inserido e verificar os níveis de exigências impostas pelos parceiros comerciais, entre os anos de 1997 até 2008. Para tanto, fez-se um levantamento de todas as notificações emitidas e foram calculadas a partir delas, Índices de Freqüência (IF) e de Cobertura (IC), os quais permitem verificar o quanto das exportações do açúcar brasileiro está sujeito a algum tipo de exigência. Os principais destinos do açúcar foram Rússia, Nigéria e Emirados Árabes, que apresentaram valores de IF e IC próximos de zero, indicando que as exportações brasileiras não sofreram com muitas restrições. Os dados mostraram também, que o mercado mais exigente em termo de notificações, foram os Estados Unidos. Contudo o Brasil ainda tem conseguido aumentar, a cada ano, sua participação no mercado mundial. Porém, as restrições existem em vários outros países que comercializam com o Brasil. O Brasil deve, por tanto, continuar atento às exigências feitas por seus parceiros, assim como procurar se adequar às normas já vigentes, para que possa manter e expandir sua participação nos mercados mundiais.

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A INCIDÊNCIA DE RESTRIÇÕES TÉCNICAS, SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS AO FUMO EXPORTADO PELO BRASIL

RAMON RICARDO AURELIANO DAL CASTEL (Não Bolsista/UFV), ORLANDO MONTEIRO DA SILVA (Orientador/UFV), FERNANDA MARIA DE ALMEIDA (Não Bolsista/UFV)

O Brasil é um dos países de maior representatividade no mercado internacional de fumo. Desde 2000 ele tem ocupado a segunda posição de maior exportador mundial, em um mercado que movimentou mais de 29 bilhões de dólares, no período. Todavia, a inserção do produto brasileiro no mercado externo é subjacente a normas técnicas (TBT) e sanitárias e fitossanitárias (SPS) que são regulamentadas por notificações dos países importadores junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Desta maneira, o objetivo desse trabalho foi analisar a emissão de todas as notificações sobre as exportações do fumo brasileiro e mostrar em quanto, as mesmas foram afetadas pelas as exigências contidas nessas medidas, entre os anos de 1997 e 2008. O método de trabalho consistiu no levantamento de todas as notificações referentes ao fumo brasileiro e da análise da sua incidência, utilizando um Índice de Cobertura (IC), que mostra o quanto das exportações brasileiras foram afetadas pelas notificações, em cada ano. Os resultados mostraram que o número de notificações TBTs sobre o fumo superou as SPSs, sendo que a principal justificativa para tais notificações foi a proteção da saúde humana. Quanto aos resultados do IC, pôde-se observar que os anos de 1997 e 1998 foram aqueles no quais as exportações brasileiras foram mais impactadas (média de 36,91%) pelas notificações. Houve uma tendência de queda até o ano de 2003 e a partir daí a emissão de notificações voltou a apresentar tendência crescente. Dado que o efeito das notificações é permanente, pode-se concluir que a tendência crescente na emissão de notificações vai aumentar o nível de restrição no comércio internacional de fumo. É importante que se faça um acompanhamento dessas exigências para evitar problemas e sugerir alternativas, para um grande número de produtores que dependem da atividade e que podem ser afetados.

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O FOMENTO FLORESTAL NO BRASIL

ALESSANDRA LOPES FONTES (Não Bolsista/UFV), WELLINGTON AVELAR DE SOUZA E SILVA (Não Bolsista/UFV), ELIAS SILVA (Orientador/UFV)

Com a demanda crescente por produtos florestais madeireiros e não-madeireiros, juntamente às enormes pressões das organizações ambientalistas sobre o modelo de produção de florestas, viu-se a necessidade de buscar novas alternativas, como o Fomento. Assim, com base em apoio bibliográfico, o objetivo do presente trabalho é retratar a situação do fomento florestal no Brasil. O termo fomento é utilizado para caracterizar atividades centradas na promoção do desenvolvimento rural, tanto na área florestal como na agropecuária. Atividades fomentadas são projetos e programas de iniciativa pública, privada ou integrada de estímulo a cultivos diversos. Estes programas são alternativas de uso das terras e de geração de renda para os proprietários rurais, fixando o homem ao campo. O fomento florestal diminui a pressão sobre matas nativas, recupera terras degradadas e conserva o solo, levando aos produtores rurais a uma melhor prática ambiental quanto às áreas de preservação e reserva legal, de acordo com a legislação vigente. Diante disso, várias empresas do setor florestal vêm se associando aos produtores rurais, auxiliando em toda cadeia produtiva. Assim, parte do produto final é direcionada para suprir as demandas da própria empresa e parte fica na propriedade, para fins diversos, promovendo a sua auto-sustentação. Sendo assim, pode-se concluir que esta alternativa vem se mostrando muito vantajosa para ambos os lados, com tendência de aumentar cada vez mais, uma vez que no país ainda existem muitas áreas propícias para tal.

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PLANEJAMENTO HOLÍSTICO DA ARBORIZAÇÃO DOS BAIRROS LOURDES E BETÂNIA NA CIDADE DE VIÇOSA/MINAS GERAIS

ALEXANDRE LEANDRO SANTOS DE ABREU (Não Bolsista/UFV), LUCAS LEMOS DA SILVA (Não Bolsista/UFV), GABRIEL PRADO GARDE (Não Bolsista/UFV), WANTUELFER GONCALVES (Orientador/UFV)

O presente trabalho tem como objetivo analisar a estrutura arbórea dos bairros Lourdes e Betânia em Viçosa-MG e a partir deste diagnóstico apresentar um planejamento de reestruturação do uso e ocupação do solo. A localidade apresenta um déficit de 77,31% na arborização urbana. Com base no diagnóstico observa-se que a arborização é baixa e irregular.  O relevo é ondulado, predominando solos classificados em Latossolos, Cambissolos e Argissolos, sendo delicada a ocupação principalmente onde se encontram os Cambissolos. Erosões são vistas no local, a falta de vegetação e a construção de moradias fazem com que a água da chuva escoe com velocidade e haja perda de solo. Os bairros se configuram em formato de “grota”, formando uma micro-bacia, o que resulta em grande problema nos períodos chuvosos, pois toda água precipitada nas encostas do morro se concentra na região plana, o volume de água recebido é alto e não suportável ao local, acarretando alagamento. No local encontram-se duas nascentes, atualmente aterradas devido à tentativa de realização de obras, em descumprimento ao Código Florestal (Lei n.°4.771/65), que prevê que a mata ciliar é uma área de preservação permanente e deve manter-se intocada, caso esteja degradada, como na localidade, deve-se promover imediata recuperação. A metodologia utilizada para o planejamento foi visita a campo; consulta aos moradores da localidade, às imagens de satélite, aos mapas e às fotografias. Nos bairros existem locais sem ocupação antrópica que podem ser utilizados para minimizar os problemas urbanísticos. Diante do diagnóstico apresentado a forma de planejamento sugerida é holística e com a participação da comunidade, promovendo o envolvimento das esferas sociais, econômicas e ambientais: terrenos para agricultura urbana e pomares populares são propostos para fornecer alimentos saudáveis; florestas de proteção para contenção da perda de solo e o plantio de árvores em calçadas para melhoria estética da paisagem.

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AVALIAÇÃO DE ALGUMAS DISTRIBUIÇÕES ESTATÍSTICAS PARA DESCRIÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE DIÂMETROS EM POVOAMENTOS DE Tectona grandis

ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Bolsista CNPq/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Não Bolsista/UFV)

 A madeira de Tectona grandis (Teca) possui elevado valor e procura no mercado internacional, devido à beleza, estabilidade, durabilidade e resistência. Os objetivos deste trabalho foram de introduzir e avaliar a eficiência de algumas funções densidade probabilidade (fdps), para a descrição da distribuição diamétrica de povoamentos de Tectona grandis submetidos a desbaste. Os dados foram provenientes de parcelas permanentes retangulares de área útil de 490 m², instaladas em povoamentos localizados no estado do Mato Grosso. As 38 funções testadas foram ajustadas pelo método da máxima Verossimilhança, sendo a aderência avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnorv, a 5% de probabilidade. Este teste, juntamente com análises gráficas de resíduos, foi utilizado para avaliar a aplicabilidade das funções, sob o ponto de vista estatístico. As fdps Log-logística (3P), Cauchy, Lognormal (2P e 3P), Weibull (2P e 3P), Fatigue Life (2P e 3P), Pert, Normal, Gama (2P e 3P), Gaussiana Inversa (2P e 3P), Frechet (2P e 3P), Erlang (2P e 3P), Rayleigh (2P) e Gumbel apresentaram os menores valores para o teste Kolmogorov-Smirnorv e distribuições com exatidão satisfatória, sendo recomendadas para uso em estudos sobre distribuição de diâmetros da espécie. Apesar da aderência observada, as funções Sb Johnson e Su Johnson não resultaram em exatidão nos casos em que a distribuição observada não era bem definida, em termos de forma. Portanto foram descartadas para emprego em manejo de povoamentos de teca submetidos a desbaste. O resultado deste estudo aponta para a possibilidade de novos desenvolvimentos em modelagem de distribuição de diâmetros, com o emprego de funções ainda não utilizadas em mensuração florestal.

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MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO DE DIÂMETROS: PREDIÇÃO OU PROJEÇÃO?

ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Não Bolsista/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Bolsista CNPq/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV)

 Modelos de distribuição de diâmetros (MDD) têm sido ajustados para diversas espécies em todo o mundo há muitos anos, empregando diferentes funções, com predomínio da função Weibull de dois parâmetros. Diferentes métodos de ajuste tem sido utilizados, como o método da máxima verossimilhança, dos momentos e o dos percentís, com predomínio do primeiro. Da mesma forma, diferentes enfoques tem sido empregados para reconstituição das distribuições diamétricas em idades futuras. Independente do enfoque há sempre um predomínio de modelos de predição, ou seja, sistemas de equações que projetam a estrutura do povoamento independente da estrutura observada em uma idade atual. Neste estudo foi feita uma comparação entre MDD de predição e de projeção. A comparação foi feita em termos de qualidade de ajuste e de capacidade para estimar a evolução da distribuição de diâmetros em povoamento submetido a desbastes. Dados para condução do estudo foram obtidos de um experimento de desbaste instalado em 1992 na região Nordeste da Bahia, em povoamentos de eucalipto sob espaçamento inicial de 3,5 x 2,6 m. Parcelas experimentais de 2600 m2 foram mensuradas em todos os anos e utilizadas para ajuste de dois MDD: um de predição e outro de projeção. Após o ajustamento e validação, esses modelos foram aplicados para simular a realização de dois desbastes, com redução de 35% do número de arvores remanescentes aos 60 e 120 meses. Maior precisão foi obtida com o modelo de projeção, onde as estimativas dos parâmetros da função Weibull em uma idade futura foram obtidas em função dos valores observados em uma idade atual. Os modelos de predição resultaram em menor amplitude na distribuição diamétrica em idades futuras, sendo encontrada maior eficiência e consistência nas projeções feitas por meio do modelo de projeção.

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REJUVENESCIMENTO/REVIGORAMENTO IN VITRO DE CLONES HÍBRIDOS DE Eucalyptus globulus

ALINE PONTES LOPES (Bolsista CNPq/UFV), ALOISIO XAVIER (Orientador/UFV), SILVANO RODRIGUES BORGES (Bolsista CNPq/UFV), LEANDRO SILVA DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV)

Devido à importância que o Eucalyptus globulus e seus híbridos representam para o setor de celulose e papel e ao fato da espécie ser reconhecidamente de difícil enraizamento de estacas, justifica-se o desenvolvimento de pesquisas e técnicas que visem o rejuvenescimento de clones em fase adulta, como a propagação in vitro, para que sistemas funcionais de propagação clonal possam ser implementados. Este estudo teve como objetivo avaliar a micropropagação de clones híbridos de Eucalyptus globulus nos meios de cultura MS e JADS durante a fase de multiplicação in vitro. A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Cultura de Tecidos do BIOAGRO/UFV. Os explantes foram provenientes da fase de estabelecimento in vitro de 21 clones de Eucalyptus urophylla x E. globulus e de seis clones de Eucalyptus grandis x E. globulus. Os clones foram subcultivados mensalmente nos meios de cultura MS e JADS, com 0,5 mg.L-1 de BAP e 0,01 mg.L-1 de ANA, isolando tufos de brotações padronizados com duas a três brotações vigorosas maiores do que 2 mm. O experimento seguiu um delineamento inteiramente casualizado, utilizando 20 repetições compostas de um explante (tufo de brotação) por repetição. Após 30 dias em cultura, foi avaliada a taxa de multiplicação (número de tufos de brotações produzidos por explante) em cada subcultivo. De modo geral, o meio de cultura MS foi superior em termos de taxa de multiplicação; alguns clones apresentaram boas taxas de multiplicação e outros se mostraram recalcitrantes à micropropagação; a taxa de multiplicação apresentou tendência de aumento nos primeiros subcultivos e posterior queda para a maioria dos clones. (CNPq)

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PROGRAMAS DE FOMENTO DE EMPRESAS DE GRANDE PORTE DO SETOR FLORESTAL

ANGELO CASALI DE MORAES (Não Bolsista/UFV), CARLOS EDUARDO LIMA GAZZOLA (Não Bolsista/UFV), GUILHERME DE CASTRO OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), ELIAS SILVA (Orientador/UFV)

O presente trabalho busca fazer um levantamento bibliográfico sobre os programas de fomento florestal das empresas Votorantin Celulose e Papel, Aracruz Celulose, Suzano Papel e Celulose e Klabin. O Fomento Florestal define-se como atividade através da qual a produção de matéria-prima para as indústrias passa a ser realizada de forma integrada com o produtor rural, sendo uma estratégia empresarial que reduz ou elimina a necessidade de compra de terras. Assim, identificou-se que nos dias atuais as grandes empresas têm buscado como alternativa o fomento florestal para a produção competitiva, em sintonia com os princípios da sustentabilidade. Observou-se que, através do programa de fomento florestal, as empresas atingiram bons resultados em relação ao desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental, com destaque para a inserção de mulheres no mercado de trabalha, manutenção do homem no campo e aumento de renda familiar e do nível de escolaridade, além da conservação do solo, ocupação de áreas degradadas e de pastagens improdutivas. Com o estudo, verificou que o fomento florestal se trata de uma alternativa viável para o desenvolvimento das zonas rurais, impedindo o êxodo rural e valorizando o homem no campo.

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INFLUÊNCIA DO DESBASTE NO TEOR DE EXTRATIVOS E ÁCIDOS URÔNICOS NA MADEIRA

ANTONIO JOSÉ VINHA ZANUNCIO (Bolsista FAPEMIG/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV)

Os extrativos são componentes da madeira não pertencentes à parede celular, de baixo ou médio peso molecular e encontrados em pequenas quantidades, podem ser extraídos em água e ou solventes orgânicos neutros e estão presentes principalmente na casca. Englobam óleos essenciais, resinas, taninos, graxas e pigmentos. Os ácidos urônicos estão na maioria aderidos as xilanas na forma de ácidos 4-O-metilglicurônicos. Durante o processo de polpação, eles são convertidos em ácidos hexenurônicos que protegem as xilanas contra a reação de despolimerização terminal, no entanto, as ligações duplas conjugadas na estrutura e sua não reatividade em meio alcalino influenciam negativamente o processo de branqueamento da polpa. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do desbaste nos teores de extrativos e ácidos urônicos. O experimento foi instalado em dois talhões de clones de eucalipto (Urograndis – CAF 46). Espaçamento inicial médio entre plantas era de 3 x 3 m. Os níveis foram os seguintes:  T1 = testemunha, T2 = 20% de desbaste em área basal presente,T3 = 35% de desbaste em área basal presente, T4 = 50% de desbaste em área basal presente, em todos os casos eliminando os piores indivíduos. O desbaste ocorreu quando as árvores tinham 55 meses. O teor de extrativos foi feito conforme norma Tappi T264 om-82 e o teor de grupos urônicos foi determinado segundo Englyst e Cummings (1984). O teor de extrativos variou entre 1,79 e 2,49 (%). O tratamento 1 foi semelhante ao tratamento 3, o tratamento 4 possui um maior teor de extrativo e o tratamento 2 demonstrou ter menos extrativos que os demais. O teor de ácidos urônicos variou entre 3,94 e 4,79 (%). O tratamento 1 foi estatisticamente semelhante a todos, contudo os tratamentos dois e quatro diferiram entre si.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

CORRELAÇÃO ENTRE OS TEORES DE ÁCIDOS HEXENURÔNICOS DA POLPA CELULÓSICA E AS PROPRIEDADES FISICO-MECANICAS DO PAPEL

ANTONIO JOSÉ VINHA ZANUNCIO (Bolsista FAPEMIG/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV)

O setor de celulose e papel cresce em ritmo acelerado no Brasil, que ocupa lugar de destaque na fabricação mundial de celulose de fibra de eucalipto, respondendo por 31% da capacidade global para o produto, de aproximadamente 22 milhões de t por ano. Para 2010, estima-se que a capacidade anual chegue a 8,2 milhões de toneladas de um total global próximo a 27 milhões Conhecer as características químicas da polpa celulósica é fundamental no processo de fabricação do papel, visto que estas características têm influência no rendimento, produção de resíduos e qualidade do produto. Durante o processo de polpação a estrutura dos ácidos urônicos é convertida em ácido hexenurônico através da via β- eliminação. Este último não reage em meio alcalino, o que afeta negativamente o desempenho da pré-O2 , contudo estes ácidos protegem as xilanas contra reações de despolimerização terminal Este trabalho teve como objetivo correlacionar o teor de ácidos hexenurônicos da polpa celulósica com as características físico-mecanicas do papel. Os ácidos hexenurônicos foram determinados de acordo com o método proposto por Vuorinen (1996), os testes físico-mecanicos foram desenvolvidos conforme normas da “Technical Association of Pulp and Paper Industry” – TAPPI. Os teores de ácidos hexenurônicos variaram entre 2,9 e 11,2%, mmol/kg para o teor de HexAs. A correlação dos ácidos hexenurônicos mostrou r= -0,2517 e r2= 0,0634 para o índice de tração, r= -0,2433 e r2= 0,0592 para o de rasgo, r= 0,5238 e r2= 0,2744 para o de arrebentamento. O teor de ácidos hexenurônicos influenciou apenas no índice de arrebentamento.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DAS PLANTAS E DA QUALIDADE DA TÁBUA EM PLANTAS DE CLONE DE EUCALYPTUS GRANDIS SUBMETIDAS A DESRAMA ARTIFICIAL E DESBASTE.

ATHILA LEANDRO DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), MARCO ANTONIO MONTE (Bolsista FAPEMIG/UFV), FILIPE VALADÃO CACAU (Bolsista FAPEMIG/UFV), DELMAR SANTIN (Bolsista FAPEMIG/UFV)

A desrama artificial é uma técnica de manejo florestal de importância na produção de madeira serrada de qualidade. Foi instalado um experimento em Abaeté, MG, com o objetivo de verificar a influência da desrama artificial no crescimento da planta e na qualidade da tábua de clone de Eucalyptus grandis. Os tratamentos constituíram-se de diferentes intensidades de remoção dos galhos, número e idade das intervenções para atingir 3 m de tora livre de galhos a partir do solo. As respectivas intervenções ocorreram aos 16, 20, 28 e 33 meses, gerando os seguintes tratamentos: T1 (testemunha), T2 (0,5+0,5+2,0+0,0), T3 (0,5+1,0+1,5+0,0), T4 (1,0+1,0+1,0+0,0), T5 (1,0+0,0+ 2,0+0,0), T6 (1,5+0,0+1,5+0,0), T7 (0,0+0,5+0,5+2,0), T8 (0,0+0,5+1,0+1,5), T9 (0,0+1,0+1,0+1,0), T10 (0,0+1,0+0,0+2,0), T11 (0,0+1,5+0,0+1,5), T12 (0,0+0,0+1,0+2,0), T13 (0,0+0,0+1,5+1,5) e T14 (0,0+0,0+3,0+0,0). Aos 102 meses, avaliou-se o crescimento em diâmetro e altura das árvores; arqueamento e encurvamento das tábuas, número, largura e comprimento da maior fenda no topo e na base das tábuas. A desrama artificial não afetou o crescimento em diâmetro e altura das árvores.. Verificou-se que o número de fendas na base dos tratamentos T1 e T8, respectivamente, com 12,7 e 12,3 fendas foi superior aos demais e, os tratamentos T3, T6 e T12 apresentaram o menor de fendas ( respectivamente, 6,0, 6,7 e 6,7 ). O maior número de fendas no topo da tábua foi verificado no tratamento T3 (1,83). O comprimento da maior fenda na base da tábua dos tratamentos T2 e T3 (19,4 e 19,1 cm, respectivamente) foi maior do que dos demais tratamentos e, para o comprimento da maior fenda no topo, o T6 e T8 (9,1 e 9,4 cm, respectivamente) foram significativamente inferiores aos demais. O tratamento T3 apresentou 0,16% de encurvamento, o que foi superior aos demais e, o T14 e T12, ambos com 0,05%, foram os menores valores.

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TRANSPOSIÇÃO DO BANCO DE SEMENTES DO SOLO COMO METODOLOGIA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL DE PASTAGEM ABANDONADA EM VIÇOSA, MG

AURINO MIRANDA NETO (Bolsista FAPEMIG/UFV), SEBASTIAO VENANCIO MARTINS (Orientador/UFV), KELLY DE ALMEIDA SILVA (Bolsista FAPEMIG/UFV), SUSTANIS HORN KUNZ (Bolsista CNPq/UFV)

 A transposição do banco de sementes do solo é uma técnica usada na restauração florestal, inserindo na área degradada elevada riqueza florística, alta densidade de sementes viáveis, matéria orgânica, nutrientes e associações micorrízicas. Este estudo teve como objetivo comparar a transposição do banco de sementes do solo de dois estádios sucessionais (floresta secundária inicial e floresta madura) de uma Floresta Estacional Semidecidual para um trecho de pastagem abandonada de Melinis minutiflora P. Beauv. na Reserva Mata do Paraíso, Viçosa, MG. Foram alocadas em cada trecho sucessional de floresta 10 parcelas de 5 x 10 m e retiradas do centro de cada parcela amostra de 1 m² e 5 cm de profundidade de solo superficial. As amostras de solo foram em seguida depositadas em clareiras abertas na pastagem abandonada. No período de maio de 2008 a fevereiro de 2009, foram registrados nas clareiras cobertas com banco de sementes, 231 indivíduos arbustivo-arbóreos distribuídos em 13 famílias, 17 gêneros e 22 espécies. A família com maior riqueza foi a Fabaceae, com 6 espécies. As espécies mais abundantes foram Vernonia polyanthes, com 108 indivíduos e Senna multijuga, com 39 indivíduos. As espécies Senna obtusifolia e Manihot pilosa registraram as maiores taxas de crescimento médio mensal. As diferenças de riqueza e densidade entre os bancos de sementes oriundos dos dois trechos sucessionais foram significativas a 1 % de probabilidade, sendo maior densidade encontrada no banco de sementes do solo procedente do trecho de floresta secundária inicial. As clareiras testemunhas foram colonizadas por herbáceas e principalmente pela gramínea exótica Melinis minutiflora. O presente estudo mostra que é recomendável e viável a adoção da técnica de transposição do banco de sementes como metodologia de restauração florestal de pastagem abandonada, devendo o banco ser coletado preferencialmente em florestas secundárias em estádio sucessional inicial.

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CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS DIGITAIS, COMPARAÇÃO ENTRE OS ALGORITMOS: MÁXIMA VEROSSIMILHANÇA E MÍNIMA DISTÂNCIA

AUTIERES TEIXEIRA FARIA (Bolsista CNPq/UFV), JULIERME GONÇALVES PINHEIRO (Bolsista CNPq/UFV), JULIERME WAGNER DA PENHA (Bolsista CAPES/UFV), VICENTE PAULO SOARES (Orientador/UFV)

As tecnologias do Sistema de Informação Geográfica, Geodésia e Sensoriamento Remoto têm contribuído bastante para mapeamento da superfície terrestre. Considerando tal conhecimento e tecnologias, surge este trabalho com o objetivo de aplicar as técnicas de processamento de imagens: georreferenciamento e a classificação de imagens digitais para uma área heterogênea situada no campus da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Para este projeto foi utilizada uma imagem do sensor Ikonos com resolução espacial de 1 m, um receptor GPS de navegação para coleta dos pontos de controle e software Idrisi para processamento dos dados. A classificação da imagem foi feita através dos algoritmos Maxver e Mínima Distância. Para o georreferenciamento da imagem foram levantados dez pontos em campo, em posições facilmente identificadas, sendo feita uma relação entre coordenadas de imagem com coordenadas de terreno. Cada coordenada de campo conhecida foi associada a uma coordenada de imagem. A imagem de referência foi constituída de seis classes amostrais: floresta, pasto, áreas construídas, cultura agrícola, lagoa e rede viária. O coeficiente kappa foi utilizado como parâmetro de concordância entre a imagem derivada da classificação e a imagem de referência. O kappa foi obtido através de dois métodos: 1 – software Idrisi e 2 – aplicativo acadêmico (Z – Test). Utilizando-se o algoritmo da Mínima Distancia obteve-se um coeficiente kappa de 0,33, considerado um kappa razoável e pelo algoritmo Maxver obteve-se um coeficiente kappa de 0,54, considerado um kappa bom, no método do Idrisi. Já no método do Z – Test, a classificação pelo método da Mínima Distância obteve um kappa de 0,33; variância igual a 8,1. Pelo algoritmo Maxver obteve-se um kappa de 0,54 e variância igual a 8,3. A um nível de significância de 5%, os kappas são considerados estaticamente diferentes. Entre os resultados de processamento o RMS do georreferenciamento foi igual a 0,76, considerado satisfatório.

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ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA DE CARVÃO VEGETAL PROVENIENTES DE DIFERENTES CLONES DE Eucalyptus spp.

AYLSON COSTA OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), PEDRO GUSTAVO ULISSES FREDERICO (Não Bolsista/UFV), BÁRBARA LUISA CORRADI PEREIRA (Não Bolsista/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV), ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO (Co-orientador/UFV)

As principais propriedades do carvão vegetal que afetam seu comportamento são: reatividade, densidade, composição química, higroscopicidade e resistência mecânica. O carvão vegetal de melhor qualidade será aquele que apresentar maior teor de carbono fixo e menores porcentagens de materiais voláteis e cinzas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química do carvão vegetal de diferentes clones de Eucalyptus spp. de diferentes plantios florestais. Foram utilizados quatro clones de híbrido de Eucalyptus grandis X Eucalyptus urophylla (1046, 1213, 1215, 1274), provenientes dos municípios de Santa Bárbara, Guanhães e Ipaba, localizados no estado de Minas Gerais, as análises conduzidas no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Foram colhidas cinco árvores-amostra, por clone e local, totalizando 60 amostras e a composição química imediata foi determinada de acordo com a Norma ABNT NBR 8112 com determinação de materiais voláteis (MV), teor de cinzas (CZ) e teor de carbono fixo (CF). O clone 1046 de Ipaba apresentou os melhores resultados, 82,99% de CF, 0,59% de CZ e 16,62% de MV, enquanto os piores resultados (80,13% de CF, 0,72% de CZ e 19,15% de MV), ocorreram para o município de Santa Bárbara. Para o clone 1213 os valores encontrados não diferiram estatisticamente. Para o clone 1215, as amostras provenientes dos municípios de Santa Bárbara e Guanhães obtiveram maiores valores de CF, 81,51% e 81,84%, respectivamente; porém, o teor de cinzas para estas mesmas amostras foi maior (1,05 e 1,18%). As regiões de Guanhães e Ipaba obtiveram melhores resultados, considerando o clone 1274; encontrou-se 82,82% e 82,48% de CF e 0,78% e 0,67% de CZ, respectivamente. Conclui-se, então, que o clone 1046 do município de Ipaba, pelos resultados obtidos é o mais indicado a fornecer madeira para a produção de carvão vegetal.

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EFEITO DO DESBASTE NA DENSIDADE E PODER CALORÍFICO DE HÍBRIDO DE Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis

AYLSON COSTA OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), MARIA FERNANDA VIEIRA ROCHA (Bolsista CNPq/UFV), ROBERTA MARTINS NOGUEIRA (Não Bolsista/UFV), BÁRBARA LUISA CORRADI PEREIRA (Não Bolsista/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

As florestas destinadas à produção de carvão vegetal são formadas por que produzem madeira com alta densidade e alto poder calorífico. Para alcançar as características desejadas é necessário um programa de seleção de espécies, aliado à adoção de técnicas silviculturais. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos diferentes níveis de desbaste (0%, 20%, 35% e 50%) sobre a madeira de Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis. O experimento foi instalado em dois talhões de clones de híbrido de eucalipto da empresa ArcelorMittal, em Martinho Campos - MG,  e as análises conduzidas no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O poder calorífico superior (PCS) foi determinado por meio da bomba calorimétrica adiabática. Para determinação da densidade básica as amostras foram saturadas em água e o volume de água deslocado determinado por em balança de precisão. Em seguida, as amostras foram levadas em estufa a 100°C para secagem por 24 horas, sendo pesadas secas. As amostras do fragmento desbastado em 50% alcançaram maiores valores de densidade básica em relação à testemunha (0%), enquanto que as amostras provenientes de área com 20% de desbaste obtiveram os menores valores; o tratamento de 35% de desbaste não diferiu da testemunha. A madeira obtida na área sem desbaste apresentou o menor PCS, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos aplicados, que alcançaram os maiores valores para este parâmetro. Não houve correlação significativa entre os valores de densidade básica e poder calorífico superior. Pode-se concluir que o desbaste de 50% é o mais recomendado, pois obteve os maiores valores de densidade e poder calorífico do povoamento de eucalipto analisado.

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CRESCIMENTO E QUALIDADE DE MUDAS DE ANGICO-VERMELHO EM RESPOSTA À ADUBAÇÃO COM POTÁSSIO E ENXOFRE

BÁRBARA ELIAS DOS REIS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), HAROLDO NOGUEIRA DE PAIVA (Orientador/UFV), THAÍS CHAGAS BARROS (Não Bolsista/UFV)

Estudos recentes dão ênfase às florestas nativas pela sua importância no contexto de produção de madeira, frutos e na conservação ambiental. Um dos pontos importantes ainda a ser estudado é a nutrição das espécies utilizadas nestes reflorestamentos. O objetivo deste trabalho foi estudar as exigências nutricionais de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa) em relação à adubação com potássio e enxofre na fase de produção de mudas. Para isso, foi conduzido um experimento no viveiro de pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Viçosa, utilizando vasos de polietileno rígido e como substrato um Latossolo Vermelho-Amarelo álico. Foi adotado um esquema fatorial, disposto em delineamento experimental inteiramente casualisado utilizando-se como tratamentos seis doses de potássio (0; 50; 100; 150; 200 e 250 mg dm-³ de K) combinadas com seis doses de enxofre (0, 20, 40, 60, 80 e 100 mg dm-3 de S), as quais foram parceladas em cinco aplicações. Após 150 dias de semeadura foram colhidos dados de altura, do diâmetro do coleto, da matéria seca da parte aérea e de raiz, além das relações altura/diâmetro do coleto, altura/massa seca parte aérea, massa seca parte aérea/massa seca de raiz e o índice de qualidade de Dickson (IQD). Os resultados mostraram respostas significativas à adição de potássio e a interação entre potássio e enxofre para a maioria das características avaliadas. Para a altura, diâmetro do coleto e matéria seca da parte aérea ocorreu um decréscimo das doses de potássio necessárias para a máxima produção à medida que se aumentavam as quantidades de enxofre aplicadas ao solo. Para matéria seca da raiz foi observado um decréscimo de sua biomassa com os aumentos das doses de potássio. Os tratamentos que proporcionaram as maiores médias na maioria das características avaliadas foram 100-150 mg dm-³ de K e 45 mg dm-³ de S. 

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CRESCIMENTO E QUALIDADE DE MUDAS DE JACARANDÁ-DA-BAHIA EM RESPOSTA À ADUBAÇÃO COM POTÁSSIO E ENXOFRE.

BÁRBARA ELIAS DOS REIS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), HAROLDO NOGUEIRA DE PAIVA (Orientador/UFV), THAÍS CHAGAS BARROS (Não Bolsista/UFV)

Estudos recentes dão ênfase às florestas nativas pela sua importância no contexto de produção de madeira, frutos e na conservação ambiental. Um dos pontos importantes ainda a ser estudado é a nutrição das espécies utilizadas nestes reflorestamentos. O objetivo deste trabalho foi estudar as exigências nutricionais de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra) em relação à adubação com potássio e enxofre na fase de produção de mudas. Para isso, foi conduzido um experimento no viveiro de pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Viçosa, utilizando vasos de polietileno rígido com 2,2 dm³ de capacidade e como substrato um Latossolo Vermelho-Amarelo álico. Foi adotado um esquema fatorial, disposto em delineamento experimental inteiramente casualisado utilizando-se como tratamentos cinco doses de potássio (0; 50; 100; 150 e 200 mg dm-³ de K) combinadas com seis doses de enxofre (0, 20, 40, 60, 80 e 100 mg dm-3 de S), as quais foram parceladas em cinco aplicações: 0, 30, 60, 90 e 120 dias após o primeiro raleio. Após 157 dias de semeadura foram colhidos dados de altura, do diâmetro do coleto, da matéria seca da parte aérea e de raiz, além das relações altura/diâmetro do coleto, altura/massa seca parte aérea, massa seca parte aérea/massa seca de raiz e o índice de qualidade de Dickson (IQD). As mudas de jacarandá-da-bahia responderam negativamente à adubação potássica para a maioria das características avaliadas. As doses de potássio e enxofre que proporcionam as melhores médias na maioria das características avaliadas foram respectivamente entre 50-100 mg dm-³ de K e 55-65 mg dm-³ de S e a dose crítica de potássio no solo para a produção de mudas de jacarandá-da-bahia foi de aproximadamente 25 mg dm-3, quando da aplicação de 60 mg dm-3 de S.

 

 

 

 

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GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE VINHÁTICO (Plathymenia reticulata Benth. - LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE) SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO.

BÁRBARA LUISA CORRADI PEREIRA (Bolsista CNPq/UFV), AYLSON COSTA OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), EDUARDO EUCLYDES DE LIMA E BORGES (Orientador/UFV), GUSTAVO EDUARDO MARCATTI (Não Bolsista/UFV), ANDRESSA VASCONCELOS FLORES (Bolsista CNPq/UFV)

O envelhecimento acelerado tem como princípio promover a rápida deterioração de sementes, quando expostas as condições adversas de temperatura e umidade relativa do ar, permitindo a avaliação da qualidade fisiológica de sementes em poucos dias. A espécie estudada foi Plathymenia reticulata Benth, Leguminosae-Mimosoideae, conhecida como vinhático. O objetivo deste estudo foi avaliar a germinação de sementes de P. reticulata com ou sem prévia quebra de dormência, submetidas ao envelhecimento acelerado. Para tanto, sementes com e sem prévia quebra de dormência (ácido sulfúrico por 10 minutos) foram submetidos ao teste de envelhecimento acelerado pelo método tradicional, conduzido com períodos de exposição de zero (testemunha) , 12, 18, 24, 48, 72 e 96 horas, a 40°C, e umidade relativa de 100%. Decorridos estes períodos, as sementes foram colocadas para germinar a 25ºC, em placas de Petri, utilizando-se como substrato papel tipo Germitest. As determinações foram conduzidas com cinco repetições em delineamento inteiramente casualizado, comparando-se as médias através do teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Observou-se que sementes cuja dormência foi superada anteriormente ao envelhecimento acelerado apresentaram menor porcentagem de germinação, comparando-se com sementes que não foram submetidas à quebra de dormência; com exceção da testemunha, onde as sementes sem superação de dormência obtiveram menor porcentagem de germinação. Este fato pode ser explicado devido à quebra de dormência permitir uma maior entrada de água nas sementes, promovendo um descontrole no metabolismo e nas trocas de água e de solutos entre as células e o meio exterior, determinando a queda da viabilidade da semente. Também foi verificado que quanto maior o tempo de envelhecimento, menores foram as taxas de germinação de sementes. Conclui-se que a quebra de dormência anterior ao envelhecimento acelerado e maiores tempos de exposição contribuem para a diminuição do vigor das sementes de P. reticulata.

 

 

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EFEITO DA APLICAÇÃO DE NITRATO DE POTÁSSIO E NITROPRUSSIATO DE SÓDIO EM SEMENTES DE BAIXO VIGOR DE VINHÁTICO (Plathymenia reticulata Benth. - LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE)

BÁRBARA LUISA CORRADI PEREIRA (Bolsista CNPq/UFV), EDUARDO EUCLYDES DE LIMA E BORGES (Orientador/UFV), AYLSON COSTA OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), ANDRESSA VASCONCELOS FLORES (Bolsista CNPq/UFV), GUSTAVO EDUARDO MARCATTI (Não Bolsista/UFV)

A necessidade de utilização de sementes viáveis levou ao aumento das pesquisas focadas na qualidade fisiológica das sementes de espécies florestais nativas. O presente estudo teve como objetivo investigar a ação do nitrato de potássio (KNO3) e do nitroprussiato de sódio (SNP) na promoção da germinação de sementes de baixo vigor de P. reticulata, correlacionando com o estresse oxidativo. A espécie estudada foi Plathymenia reticulata Benth, (vinhático). Foram realizados teste preliminares de envelhecimento acelerado por 12, 18, 24, 48, 72 e 96 horas a 40ºC e pré-embebição em soluções de KNO3 e SNP nas concentrações de zero (testemunha),   10-5M, 10-4M, 10-3M e 10-2M por 6, 12, 18 e 24 horas. Foram aplicados os tratamentos de envelhecimento acelerado seguido dos tratamentos com KNO3 e SNP, condutividade elétrica, analise do teor de lipídios e proteínas, atividade das enzimas CAT, SOD e peroxidação de lipídios. Obtiveram melhores resultados de germinação as sementes pré-embebidas em KNO3 e SNP durante 24 horas e 10-4M. O KNO3 e o SNP aumentaram a germinação de sementes envelhecidas de P. reticulata. O envelhecimento acelerado aumentou a permeabilidade da membrana, que foi reduzida pela aplicação de KNO3 E SNP. A atividade da SOD foi maior em sementes tratadas com KNO3 e SNP. A atividade da CAT foi menor no tratamento com nitrato e menor no de SNP. O teor de lipídios foi mais expressivo em sementes submetidas ao envelhecimento, sendo menor nos tratamentos com KNO3 e SNP. A peroxidação de lipídios foi menos expressiva em sementes submetidas à pré-embebição com os referidos produtos. Pode-se concluir que o KNO3 e o SNP aumentaram a qualidade das sementes envelhecidas, pela manutenção da integridade das membranas e diminuição da peroxidação de lipídios.

 

 

 

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EFEITO DA IDADE DE CORTE NAS PROPRIEDADES ENERGÉTICAS DA MADEIRA E DO CARVÃO VEGETAL DE Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage

BRUNO CÉSAR SILVA PEREIRA (Bolsista/UFV), CARLYLE AUGUSTO RIBEIRO GLORIA (Não Bolsista/UFV), SOLANGE DE OLIVEIRA ARAÚJO (Bolsista CNPq/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV), ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO (Co-orientador/UFV)

Avaliou-se o potencial energético de Eucalyptus benthamii, com a finalidade de produção de energia através da biomassa florestal. Utilizou-se discos retirados na base, no DAP, e às alturas de 25, 50, 75 e 100% ao longo do fuste, em indivíduos de 3, 5 e 7 anos. Para a madeira determinaram-se as propriedades densidade básica, análise química e poder calorífico superior. Para o carvão determinou-se o rendimento gravimétrico, análise química imediata, densidade aparente e poder calorífico superior. O experimento foi instalado num delineamento inteiramente casualizado com três idades (3, 5 e 7 anos), com repetições variadas em função da variável estudada. Aplicou-se o teste Tukey a 5% de significância quando estabelecidas diferenças entre eles. Concluiu-se que a idade alterou significativamente a densidade da madeira, aumentando-a como aumento da idade . A idade não influenciou no poder calorífico tanto da madeira quanto do carvão.  O teor de lignina foi reduzido significativamente com o aumento da idade, os teores de extrativos e holocelulose não foram influenciados. O rendimento gravimétrico nas idades de 5 e 7 anos não diferiram entre si, mas o maior rendimento foi com indivíduos de 3 anos, sendo significativamente diferente dos demais. O teor em gases não-condensáveis não foi influenciado, porém com menor rendimento aos 3 anos.  A idade de 3 anos apresentou maior teor de cinzas em relação as idades de 5 e 7 anos, as quais não diferiram entre si. Não houve efeito da idade sobre o teor de carbono fixo, materiais voláteis e gases condensáveis.  A densidade do carvão foi influenciada, com o aumento da idade, aumenta-se a densidade. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa nas propriedades do carvão para as idades de 5 e 7 anos, sendo assim, o uso de indivíduos de 5 anos seria economicamente mais viável, sem prejuízos energéticos.

(EMBRAPA )

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PROPRIEDADES ENERGÉTICAS DA MADEIRA E DO CARVÃO VEGETAL DE Eucalyptus urophylla S. T. BLAKE EM FUNÇÃO DA IDADE DE CORTE

BRUNO CÉSAR SILVA PEREIRA (Bolsista/UFV), LUMMA PAPASPYROU FERREIRA (Não Bolsista/UFV), CRISTIANE PEREIRA LASMAR (Bolsista/UFV), ATHILA LEANDRO DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da idade técnica de corte, nas propriedades energéticas da madeira e do carvão vegetal em indivíduos de Eucalyptus urophylla S. T Blake, buscando-se determinar uma idade ótima de corte para a produção de energia. o, buscando-se determinar a idade ar Utilizaram-se discos retirados na base, no DAP e às alturas de 25, 50, 75 e 100% ao longo do fuste de indivíduos nas idades de 3, 5 e 7 anos. A coleta foi realizada no município de Ponta Porã - MS, a 11/03/2009, em um plantio de espaçamento 3x2m. Para a madeira, determinaram-se as propriedades densidade básica e poder calorífico superior. Para o carvão vegetal, determinou-se o rendimento gravimétrico através de carbonizações experimentais, análise química imediata, densidade aparente e poder calorífico superior. O experimento foi instalado num delineamento inteiramente casualizado com as três idades, e repetições variadas em função da variável estudada; aplicou-se o teste Tukey a 5% de significância quando estabelecidas diferenças. De acordo com os resultados, diferenças significativas foram observadas para as variáveis poder calorífico superior do carvão, poder calorífico superior da madeira, densidade básica da madeira e densidade aparente do carvão vegetal. As demais variáveis, em estudo, teor de carbono fixo, cinzas, materiais voláteis e rendimento gravimétrico em carvão vegetal, teores de gases condensáveis e gases não-condensáveis não foram influenciadas pela idade. Concluiu-se que a madeira e o carvão vegetal de Eucalyptus urophylla S. T Blake possuem alto potencial energético, sendo mais viável o uso indivíduos na idade de 5 anos, os quais apresentam propriedades satisfatórias para uma produção eficiente de energia, possibilitando uma redução na idade técnica de corte, e consequentemente, antecipação no retorno financeiro.

(EMBRAPA )

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QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE JARDINAGEM

BRUNO DE FREITAS HOMEM DE FARIA (Não Bolsista/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Não Bolsista/UFV), WANTUELFER GONCALVES (Orientador/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Co-orientador/UFV)

Um dos problemas enfrentados pelos grandes projetos paisagístos é a alta produção de resíduo, tendo que encontrar um destino de descarte que seja economicamente viável e ecologicamente correto. Este trabalho tem o objetivo de se estimar as quantidades de resíduos que serão produzidas pelo projeto paisagístico de jardinagem da Cidade Administrativa do governo do estado de Minas Gerais e propor formas de descarte. A amostragem foi realizada na Universidade Federal de Viçosa juntamente com um funcionário do setor de parques e jardins. Os resíduos foram coletados ainda frescos em um balaio de volume 0,34222m3.Foram feitas tantas amostragens quantas foram necessárias até que a variância entre elas fosse aceitável. Os resíduos foram classificados de acordo com sua procedência, como grama, poda de cercas vivas, poda de maciços, reforma de canteiros, poda de árvore com ou sem produção de lenha. Após a amostragem foi realizada a quantificação por procedência. Utilizando mapas da Cidade Administrativa em escala 1:750, as diferentes áreas foram medidas e os valores de resíduos amostrados utilizados para poder estimar a produção de resíduo do projeto paisagístico. A estimação dos resíduos também levou em conta a periodicidade da poda, bem como a estação em que ela foi realizada. Pela alta produção de resíduos e sendo oneroso seu descarte, foram dadas como opções a compostagem e a utilização desses resíduos como adubo para os jardins da área, diminuindo os gastos com fertilizantes.

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RENDIMENTO DE TANINOS EM CASCAS DE ANGICO-VERMELHO (Anadenanthera peregrina (Vell.) Brenan)

BRUNO GEIKE DE ANDRADE (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), SIMONE FEITOSA CHAGAS (Não Bolsista/UFV), MÁRCIA APARECIDA PINHEIRO (Bolsista CNPq/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

O Angico-Vermelho é uma espécie nativa de várias regiões do Brasil, seu rápido crescimento lhe concede um grande potencial na produção madeireira. Dentre os vários subprodutos obtidos a partir desta essência encontram-se os taninos, compostos fenólicos que constituem uma matéria-prima amplamente utilizada nas indústrias de curtumes, tratamento de água, adesivos, fármacos e na prospecção de petróleo. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi determinar o rendimento tânico a partir de cascas de Angico-Vermelho (Anadenanthera peregrina). A extração foi realizada em autoclave, a pressão de 1 atm, temperatura de ± 100°C por três horas, numa relação licor:casca de 20:1, base seca. Obteve-se o teor de sólidos a partir de amostras de 2g do extrato tânico, que foram deixadas em estufa até atingirem peso constante. O percentual de taninos condensados foi obtido a partir do Índice de Stiasny, através da reação com formaldeído e ácido clorídrico a 10N. O rendimento em substâncias tânicas e não tânicas foi obtido a partir do teor de sólidos e dos Índices de Stiasny, e assim foram obtidos os valores médios de 13,8; 10,3 e 83,7%, respectivamente. Concluiu-se que a quantificação tânica sofre grande variabilidade, tanto genética quando do ambiente, no entanto o percentual médio obtido se mostra satisfatório para a produção de taninos como subproduto da utilização da madeira do Angico-Vermelho.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

MONITORAMENTO DE UMA NASCENTE TEMPORÁRIA SOBRE INFLUÊNCIA DE UM PLANTIO DE MACAÚBA

CECILIA SANTOS RABELO (Bolsista CNPq/UFV), THAÍS DE CASTRO MORAIS (Bolsista CNPq/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV), SERGIO YOSHIMITSU MOTOIKE (Co-orientador/UFV), Aurora Yoshiko Sato (Co-orientador/UFV)

A nascente é considerada como Área de Preservação Permanente, e por isso deve ser conservada em seu raio mínimo de 50 m. É possível medir a vazão de uma nascente e com isso verificar a influência dos elementos que a rodeiam. A macaúba é uma palmeira oleaginosa altamente produtiva e muito visada para o mercado de biocombustível. O objetivo deste trabalho é avaliar a dinâmica da vazão e da qualidade da água de uma nascente, em função das chuvas e do crescimento de um plantio de Macaúba em Araponga-MG. Para acompanhar a vazão da nascente foi construído um vertedor do tipo triangular 90o de placa delgada com contração. A precipitação foi monitorada por meio de um pluviômetro com 15 cm de diâmetro instalado próximo a área de plantio. Foram feitas duas coletas de água do córrego que corta a área de plantio e uma coleta de água da nascente, a fim de avaliar sua qualidade. Os métodos dae analises de água foram estabelecidos no STANDARD METHODS for the Examination of Water and Wastewater, 20th edition – 1998. Verificou-se que à medida que a precipitação reduziu, houve redução na vazão da nascente instantaneamente. A análise da qualidade de água, com exceção dos coliformes totais, indicou que os valores estiveram dentro dos padrões exigidos e não foi observado uma interferência da nascente na qualidade da água do córrego. Como os dados ainda são iniciais, não foi possível observar de que forma o plantio influenciou na vazão, havendo uma necessidade de se prosseguir com seu monitoramento.

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CAMPANHA SACOLA LEGAL: UMA CONTRIBUIÇÃO AO MEIO AMBIENTE.

CLAUDINEI HELENO DA SILVA (Não Bolsista/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), ROSILENE APARECIDA DO NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV), LEONARDO ALVES DE OLIVEIRA SILVA (Não Bolsista/UFV), GÍNIA CEZAR BONTEMPO (Não Bolsista/UFV), FABIANO LUIZ DA SILVA (Não Bolsista/UFV)

A Terceira Revolução Industrial promoveu melhorias nos meios de transporte, comunicação, serviços, entretenimento, além de um novo modo de consumir. Criaram-se verdadeiros espaços destinados ao consumo destacando os shoppings centers, cinemas, supermercados, etc. Devido às facilidades de exportação desse novo modo de consumir, o estilo de vida dos países desenvolvidos foi copiado por diversos países, dentre eles o Brasil. Para se adequar ao novo modo de consumo e racionalizar o tempo criou-se as sacolas plásticas, com a sua alta praticidade e resistência conquistou o consumidor em escala mundial. Entretanto, tais sacolas utilizadas vão para o lixo e com isso poluem o solo, a água, causam enchentes e mortandade de animais, etc. Diante dessa conjuntura, o Supermercado Escola em parceria com o Departamento de Engenharia Florestal lançou no dia 15 de agosto de 2009 a Campanha Sacola Legal, tendo como objetivo sensibilizar os clientes acerca dos problemas ocasionados pelas sacolas e incentivar o uso de formas alternativas para levar suas compras. Durante a campanha foram distribuídas mudas, adesivos e folders, houve também exibição de vídeos, apresentações culturais, sorteio de brindes (sacola retornável). Os funcionários estiveram envolvidos na campanha oferecendo formas alternativas aos clientes na embalagem de suas compras (sacola de palha, de algodão, sacola desmontável, caixas dobráveis de plástico, caixa de papelão) e os clientes demonstraram grande aceitação com relação à Campanha. Durante a semana os clientes preencheram 304 cupons para concorrerem ao sorteio de 50 bolsas ecológicas fornecidas como brinde pelo supermercado, além de solicitarem caixas de papelão, demonstrando assim interesse por estas formas alternativas. Conclui-se que a Campanha Sacola Legal alcançou seus objetivos, no entanto, é necessário a continuidade do trabalho de sensibilização dos clientes, de forma a promover mudanças de hábitos e que eles passem a levar um meio alternativo às sacolas, sempre que forem às compras.

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USO DA EXTENSÃO ARCSCAN NO PROCESSO DE VETORIZAÇÃO AUTOMÁTICA DE MAPAS HIDROGRÁFICOS E TOPOGRÁFICOS PARA FINS DE ESTUDOS AMBIENTAIS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

CLEVERSON ALVES DE LIMA (Bolsista CNPq/UFV), SADY JÚNIOR MARTINS DA COSTA DE MENEZES (Bolsista CAPES/UFV), CARLOS ANTONIO ALVARES SOARES RIBEIRO (Orientador/UFV)

A vetorização de imagens escaneadas (mapas) pode ser feita tanto manualmente, por meio de mesas digitalizadoras ou por processos de digitalização direta em tela do computador, quanto utilizando programas de vetorização assistida ou automática. O ArcScanTM é uma extensão do sistema de informações geográficas ArcGIS®, para conversão do formato raster para o formato vetorial. Esta extensão permite extrair, automaticamente e/ou com intervenção do operador, feições vetoriais a partir de imagens escaneadas de mapas topográficos. Possui ferramentas para edição da imagem - no formato raster - para a correção de possíveis falhas apresentadas, seja nas conexões incompletas de mananciais hídricos ou nas curvas de nível, seja na "limpeza" de possíveis interferências provenientes da confecção original bem como do escaneamento do mapa. Este trabalho teve como objetivo avaliar o processo de vetorização automática de mapas topográficos escaneados usando a extensão ArcScanTM para ArcGIS® versão 9.3, como subsídio à criação de bases digitais de bacias hidrográficas. As imagens escaneadas foram obtidas da base digital de hidrografia e altimetria, disponíveis no site do IBGE na escala de 1:50.000, no formato TIF. A região de estudo está inteiramente contida na carta Conselheiro Lafaiete, mapa índice reduzido (MIR) 2609-1. Efetuou-se minuciosa preparação das respectivas imagens TIF para o processo de vetorização, corrigindo-se as falhas identificadas visualmente. Após a fase inicial de preparo da imagens, procedeu-se ao georreferenciamento das mesmas, adotando-se os parâmetros originais do sistema de projeção desse mapa e utilizando os recursos disponíveis na barra de ferramentas "Georeferencing" do módulo ArcMap. Conquanto a etapa de preparação das imagens TIF tenha consumido um tempo considerável, a vetorização conduzida no ArcScanTM levou apenas alguns segundos. O módulo ArcMap possui ainda ferramentas para edição vetorial de bases digitais, com recursos específicos para: assinalamento semiautomático de cotas às curvas de nível, orientação dos arcos da hidrografia no sentido do escoamento, identificação de arcos desconectados e geração automática de nós associados a interseções de arcos. Adotaram-se os parâmetros-padrão sugeridos pelo ArcScan para vetorização. Sobrepondo as feições vetoriais resultantes às respectivas imagens TIF, pode-se comprovar que o uso desta ferramenta é bastante eficiente para a criação de bases de dados digitais de hidrografia e topografia, imprescindíveis aos mais variados estudos ambientais apoiados em modelos numéricos de terreno. (CNPq e FAPEMIG)

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POSSIBILIDADES DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL DE PRODUTORES FOMENTADOS NA REGIÃO DO EXTREMO SUL DA BAHIA

DANIEL BRIANÉZI (Bolsista FAPEMIG/UFV), FABIANO LUIZ DA SILVA (Bolsista FAPEMIG/UFV), JAMES JACKSON GRIFFITH (Orientador/UFV), VANESSA MARIA BASSO (Não Bolsista/UFV)

A expansão da base florestal no Brasil tem sido impulsionada com a participação de pequenos produtores florestais. A inclusão destes ocorre por meio dos programas de fomento florestal, entretanto, as exigências internacionais nas compras de produtos oriundos da madeira requerem o cumprimento de questões legais e sócio-ambientais na cadeia de produção. Para atender esta demanda do mercado, é crescente o interesse das indústrias de base florestal pela certificação do manejo florestal dos produtores ligados aos programas de fomento. O objetivo deste trabalho foi promover estratégias para certificação de manejo florestal dos produtores fomentados de uma empresa de celulose, seguindo os 10 Princípios e Critérios do Forest Stewardship Council – FSC. O estudo foi desenvolvido em 12 propriedades rurais participantes do programa de fomento florestal da empresa, escolhidas aleatoriamente e localizadas na região do extremo sul do estado da Bahia. Foram feitas consultas a 25 partes interessadas à certificação de manejo florestal dos produtores fomentados (órgãos ambientais, representação indígena, quilombolas, representação dos trabalhadores rurais, representação dos produtores rurais, ambientalistas, prestadores de serviços e moradores locais). Em 100% dos produtores encontraram-se desvios no atendimento aos princípios 1 (Obediência às Leis e Princípios do FSC), ao Princípio 4 (Relações Comunitárias e Direitos dos Trabalhadores) e ao Princípio 6 (Impacto Ambiental). Entretanto, todos os desvios são possíveis de soluções. Os resultados mostraram que a certificação florestal dos produtores fomentados na região do extremo sul baiano é viável e relevante ao desenvolvimento econômico e social da região.

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USO DA PESQUISA OPERACIONAL NA REGULAÇÃO DE POVOAMENTOS DE EUCALIPTO SUBMETIDOS A DESBASTE

DANIEL DE PAULA SILVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV)

Objetivou-se neste trabalho avaliar oito formas da função Weibull, bem como construir um modelo de distribuição diamétrica para povoamentos de eucalipto submetidos a desbaste. Os resultados deste estudo serão utilizados na construção de modelos de regulação florestal. As funções Weibull, foram ajustadas aos dados de 48 parcelas permanentes instaladas em um povoamento desbastado de um clone híbrido de eucalipto (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla), localizado na região nordeste do estado da Bahia, Brasil. A aderência foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnorv e em comparações das distribuições de diâmetros observada e estimada nas idades 27, 58 e 101 meses. As redistribuições teóricas dos diâmetros foram feitas a partir de equações lineares e não-lineares relacionando os parâmetros das diferentes formas da função Weibull em uma idade futura e os parâmetros em uma idade atual, e de a algumas características do povoamento em idades atual e futura. O sistema de equações foi avaliado o coeficiente de correlação entre frequências observadas e estimadas, análises gráficas dos resíduos e exatidão das projeções. Todos os ajustes resultaram em aderência (p>0,01). As funções Weibull truncada à esquerda com dois parâmetros e sem truncamento com dois parâmetros apresentaram melhor aderência aos dados e melhor qualidade de projeção da distribuição diamétrica. Foi comprovada a eficiência da função Weibull para uso em manejo de florestas de eucalipto submetidas a desbaste.

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EFEITO DA IDADE DA MADEIRA DE EUCALIPTO NA SUA QUÍMICA FINA E POLPABILIDADE, E NA BRANQUEABILIDADE E PROPRIEDADES FÍSICAS DA POLPA

DANILA MORAIS DE CARVALHO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV), PAULO HENRIQUE DAMASCENO MORAIS (Bolsista CNPq/UFV)

A qualidade da madeira é função de seus constituintes químicos, sendo que a idade da madeira exerce forte influência na variação desta constituição. Entretanto, ainda não existem estudos suficientes para indicar de que forma a idade afeta a qualidade da madeira visando à produção de celulose. Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito da idade da madeira na sua química fina, polpabilidade, branqueabilidade e propriedades físico-mecânicas da polpa. Foram utilizados 2 clones de Eucalyptus  (Eucalyptus grandis - clone A, com idades de 1, 3, 5, 6 e 7 anos e Eucalyptus urograndis - clone B, com idades de 1, 3, 5, 6, 7 e 8 anos). Verificou-se que os teores de glicanas, celulose e extrativos aumentam com a idade enquanto que os teores de açúcares componentes de hemiceluloses decrescem com o aumento da idade. A densidade básica das madeiras tende a aumentar com a idade, sendo que a partir dos 5 anos, para ambos os clones, o valor apresentado pela densidade básica já se mostra favorável à utilização destas madeiras para o processo de polpação (acima de 450 kg/m³). Em termos de qualidade da polpa produzida e rendimento da polpação as madeiras com 5 anos mostraram os melhores resultados independente do clone avaliado. Para esta mesma idade, as polpas produzidas apresentaram as melhores branqueabilidades e menor valor de DQO para o efluente final do branqueamento quando comparada com as polpas produzidas pelas madeiras das demais idades. Em termos de caracterização físico-mecânicas não foram verificada diferenças relevantes nem entre as polpas produzidas a partir das madeiras das diversas idades nem entre clones. Deste modo, verifica-se que a madeira aos 5 anos já se mostra adequada à produção de polpa celulósica.

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IMPORTÂNCIA DA EXTENSÃO FLORESTAL PARA O AUMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DE MADEIRA PELOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DOS ESTADOS DO PARANÁ E ESPIRITO SANTO.

DIOGO LYRA DE TOLEDO E GAZÉL (Não Bolsista/UFV), ÉDSON FIGUEIREDO DE ANDRADE NETO (Não Bolsista/UFV), EDUARDO MOREIRA DA COSTA (Não Bolsista/UFV), ELIAS SILVA (Orientador/UFV)

A atividade econômica é de grande importância para comunidades carentes e pequenos produtores rurais, pensando-se em nível social e ambiental. Nesse papel, as empresas, o governo e a sociedade civil têm papel essencial. Na área florestal essa atividade econômica é advinda de plantios florestais ligados ao fomento realizado por empresas consumidoras de madeira plantada, às vezes em conjunto com o governo. Sintonizado com o exposto, o objetivo deste trabalho foi relatar a experiência do fomento florestal no Paraná e Espírito Santo, com base na literatura disponível. No Estado do Paraná tais produtores aparecem como meros fornecedores de matéria-prima, cabendo a eles pequena parte da produção de madeira do estado. Assim, o governo do estado poderia oferecer maior apoio quanto à assistência técnica e informações de produção, de mercado e de legislação, o que dinamizaria a produção madeireira por parte das pequenas propriedades rurais. Para contornar essa situação, o fomento florestal mostra-se o melhor veículo de ligação do conhecimento técnico ao produtor. Além disso, é uma fonte alternativa de abastecimento madeireiro e geração de renda para a sociedade. No estado do Espírito Santo o projeto de extensão florestal foi criado a partir do convênio SEAG/EMATER/ITCF, atual IDAF, com o objetivo de ocupar as áreas marginais de pequenas e médias propriedades. Para isso foi cedido aos proprietários apoio técnico e insumos para o plantio. O Programa de Fomento Florestal no Espírito Santo possibilitou o aumento da oferta de matéria-prima florestal por parte de pequenos e médios produtores rurais, além de reduzir a pressão antrópica sobre as florestas nativas para a produção de carvão. Os projetos de fomento também se mostram de extrema importância, pois diminuem a concentração fundiária, inclui pequenos produtores rurais na cadeia produtiva de madeira, geram impostos, empregos e favorecem a fixação da mão-de-obra no campo.

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RESTAURAÇÃO DE UM FRAGMENTO DE MATA CILIAR DEGRADADO POR MINERAÇÃO DE OURO EM GARIMPO NO RIO GUALAXO DO NORTE, MARIANA-MG

DIOGO LYRA DE TOLEDO E GAZÉL (Bolsista FAPEMIG/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV), HERNANE MOTA DE LIMA (Não Bolsista/), DIÊGO CORREA RAMOS (Bolsista CNPq/UFV), ÉDSON FIGUEIREDO DE ANDRADE NETO (Não Bolsista/UFV), GUILHERME CARVALHO LANA (Não Bolsista/UFV), GABRIEL BARBOSA DE BARROS (Não Bolsista/UFV)

As margens do Rio Gualaxo do Norte são frequentemente degradadas pela atividade garimpeira de extração de ouro e por isso foi criada a COOPERGAMA na tentativa de conter os avanços e restaurar a área minerada. O objetivo deste trabalho foi a restauração de parte da mata ciliar do Rio Gualaxo do Norte, em Monsenhor Horta, município de Mariana, MG. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2008 foram plantadas aproximadamente 4600 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, utilizando 25 espécies, com espaçamento 3m x 3m, em um modelo de quincôncio, abrangendo uma área aproximada de 4,1 ha. Dessa área, grande parte foi destruída por duas enchentes consecutivas, e foi estimado que apenas 2,7 ha do total continuam plantados, o que resulta em 2970 mudas aproximadamente. Para o acompanhamento do pegamento e crescimento das mudas foram lançadas nove parcelas aleatórias, que abrangeram um total de 208 mudas. Seis meses após o plantio foi constatado que 90,86% das mudas sobreviveram e 9,14% morreram. Em agosto de 2009 uma nova medição foi realizada, e constatou-se que 73,4% das mudas sobreviveram e 26,6% não resistiram às condições precárias do solo, ao clima e aos sucessivos ataques de formigas. Dentre as mudas plantadas conclui-se que as espécies Schinus terebinthifolius, Senna spectabilis, Peltophorum dubiun, Inga ssp., Schizolobium parahyba e Pseudobombax grandiflorum obtiveram melhor pegamento, com porcentagens de 100%, 100%, 100%, 90,9%, 85,7% e 75,0% respectivamente. Sendo que a espécie Pseudobombax grandiflorum foi a que apresentou o melhor crescimento em diâmetro do caule, com valor médio de 4,89cm. Já a espécie que apresentou o maior crescimento em altura foi Peltophorum dubiun, com valor médio de 116,25cm. Recomenda-se, portanto, as espécies acima para a revegetação de áreas degradadas pela extração de ouro em matas ciliares, no domínio Mata Atlântica. FAPEMIG.

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QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM ÁRVORES DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA/MG

ELISA RIBEIRO OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), DANIEL BRIANÉZI (Não Bolsista/UFV), DANIELA DE PÁDUA BARROS (Não Bolsista/UFV)

O plantio de árvores de formatura e outras datas comemorativas é um marco da Universidade Federal de Viçosa e desempenha um importante papel sócio-ambiental e paisagístico no campus. Essas árvores, além de contribuírem para renovação do ar, absorvem o CO2 atmosférico. Em vista disto, o presente estudo teve como objetivo quantificar o estoque de carbono em 49 árvores datadas, de 27 diferentes espécies dentro do campus, a fim de demonstrar o potencial de estocagem que estas espécies possuem. As medições de volume foram realizadas através do método de cubagem não destrutivo, seguindo os seguintes critérios: foram mensurados fuste e galhos, sendo que, árvores de até dois metros de altura utilizaram-se trena e fita métrica para mensuração do comprimento e circunferência; entre dois e seis metros, utilizou-se bambu e corda, instrumento idealizado e construído pela equipe de trabalho, para medição do comprimento, e pentaprisma para medição do diâmetro; já acima de seis metros foram utilizadas o método de ascensão vertical em dossel. As densidades utilizadas para o cálculo da biomassa foram pesquisadas em revisão bibliográfica. Os volumes foram calculados a partir das Equações de Smalian e de Newton. A estimativa de carbono equivalente foi definida a partir de 50% da biomassa e multiplicada pelo fator 3,67. O total de carbono equivalente estocado em todas 49 árvores foi de 82,7 ton.CO2.equiv e, em média, 1,7 ton.CO2.equiv. Entre as árvores destaca-se o indivíduo da espécie Tabebuia impetiginosa, plantada pela turma de formandos de 1941 que apresentou maior estoque de carbono (13,6 ton CO2 equiv) e também maior IMA (0,2 ton.CO2equiv.ano-1), indicando maior contribuição dessa espécie no seqüestro de carbono. Portanto, as árvores plantadas no campus contribuem significativamente para o seqüestro de carbono, tornando-se uma alternativa viável de redução do CO2 atmosférico e, consequentemente, da minimização das mudanças climáticas.

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COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIA ANALÓGICA E DIGITAL PARA OBTENÇÃO DOS PARÂMETROS MORFOMÉTRICOS NA BACIA HIDROGRAFICA DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU, VIÇOSA-MG.

EVANDRO BARCELLOS PAIXÃO (Não Bolsista/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV), VICENTE PAULO SOARES (Co-orientador/UFV)

A água, com suas diversas finalidades de uso, é o recurso natural de importância imprescindível para a satisfatória perpetuidade da interação entre o meio ambiente e a esfera sócio-econômica de uma sociedade. Assim, o estudo da fisiografia de bacias hidrográficas é necessário para conhecimento do comportamento da água no ciclo hidrológico e sua interação com a paisagem, e dessa forma, subsidiando o gerenciamento eficaz dos recursos hídricos. Contudo, as medições do espaço geográfico, podem ser feitas por diversas metodologias, dependendo dos recursos técnicos disponíveis. Neste contexto, estudou-se a subbacia Palmital do Ribeirão São Bartolomeu (Viçosa, MG,) localizada entre as coordenadas 20°48’15”N, 42°52’10”O e 20°50’19”S, 42°50’35”L, e 770 m de altitude média. Objetivou-se calcular por processos analógico e digital, os parâmetros morfométricos, e comparar os resultados obtidos. As fontes dos dados cartográficos foram hidrografia e curva de nível de 20 metros (eqüidistância), oriunda de restituição digital de ortoimagem (outubro de 2007) com resolução espacial de 1 metro. Pelo processo analógico utilizou-se uma impressão na escala 1/15.000, escalímetro, transferidor, curvímetro e planímetro, e pelo método digital utilizou-se os dados vetoriais e as ferramentas do software ArcGis 9.3. As diferenças, em módulo, entre os resultados obtidos pelos dois métodos testados foram: Área da Bacia, 0,4389 km2; Perímetro, 1,2306 km; Eixo da Bacia, 0,2176 km; Comprimento dos Canais, 0,6010 km; Canal Principal, 0,3390 km; Densidade de Drenagem, 0,0593 km/km2; Fator de Forma, 0,0136; Índice de Circularidade, 0,0701; Razão de Elongação, 0,0124; Índice de Compacidade, 0,0923; Amplitude Altimétrica, 19,6811 m; Declividade Geral, 0,0025 m/m; Declividade Média, 3,62% e Orientação da bacia,  0°58’16”. Conclui-se que para a bacia em estudo as diferenças entre os dois métodos foram pequenas e assim pode-se proceder aos cálculos de suas morfometrias utilizando os métodos analógico ou digital.

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ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE MADEIRA LIMPA EM POVOAMENTOS DESRAMADOS DE EUCALIPTO, AOS 60 MESES DE IDADE, EM SISTEMA AGROFLORESTAL

GUILHERME FERREIRA SIMIQUELI (Bolsista FAPEMIG/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), FREDERICO DE FREITAS ALVES (Bolsista CNPq/UFV), DIÊGO CORREA RAMOS (Bolsista CNPq/UFV), DELMAR SANTIN (Bolsista FAPEMIG/UFV), ATHILA LEANDRO DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV)

A desrama artificial modifica a copa da árvore podendo ocasionar redução no crescimento, porém, se realizada de forma adequada, aumenta a produção de madeira limpa, agregando valor à floresta. Este estudo teve como objetivo avaliar o crescimento em DAP e o ganho de madeira limpa (livre de nós), aos 60 meses de idade, de um clone de eucalipto (híbrido de Eucalyptus camaldulensis x E. grandis), em sistema agroflorestal, em Vazante, MG. Foram utilizados seis tratamentos de desrama artificial (freqüências e intensidades), incluindo testemunha, com três repetições. O volume de cada seção de um metro, até a altura de três metros, foi estimado e subtraído do volume núcleo nodoso, estimado aos 36 meses de idade, para obter o volume de madeira limpa aos 60 meses de idade. O DAP não diferiu significativamente a 5% de probabilidade entre os tratamentos de desrama e seu valor médio foi de 22 cm. Houve diferença significativa na produção de madeira limpa entre a testemunha e os demais tratamentos. A testemunha apresentava galhos retidos no tronco até esta idade. A produção média de madeira limpa aos 60 meses de idade foi de 27,24 m³/ha, tendo sido de 19,48 m³/ha aos 36 meses de idade, gerando acréscimo de 3,88 m³/ha/ano. O volume do núcleo nodoso foi de 3,02 m³/ha nos tratamentos em que houve desrama, ou seja, aos 60 meses, 86,57 % do volume da primeira tora corresponde a madeira limpa. Os dados mostraram que a desrama artificial de eucalipto em sistema agroflorestal, realizada de forma adequada, não prejudica o crescimento da árvore e promove ganho substancial de madeira limpa, permitindo obter preço de mercado mais elevado.

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INTERAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR E A FLORÍSTICA DE ESPÉCIES ARBÓREAS DO ESTRATO INFERIOR (5 A 10 CM DE DIÂMETRO) EM UM FRAGMENTO FLORESTAL DO DOMÍNIO DA MATA ATLÂNTICA

GUILHERME FURLAN MIELKI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), HORTÊNSIA NASCIMENTO SANTOS LOPES (Bolsista CNPq/UFV), FELIPPE COELHO DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV), CRISTINA CUNHA GARCIA (Bolsista CNPq/UFV)

O índice de área foliar tem estreita relação com a transmitância da radiação fotossinteticamente ativa. O presente trabalho teve por objetivo analisar a estrutura horizontal de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, de 193 ha, em Viçosa, MG, em dez locais distintos quanto á declividade, exposição e posição topográfica. O índice de área foliar (IAF) foi avaliado no período de 14 a 26 de dezembro de 2008. Apenas os indivíduos com diâmetro entre 5 e 10 cm foram incluídos no trabalho. O valor máximo de IAF (5,50) ocorreu onde plantas classificadas como pioneiras não foram encontradas e as secundárias tardias representaram 39,3% dos indivíduos amostrados. O valor mínimo (3,62) ocorreu em sítio no qual as pioneiras representaram 20,1% das plantas amostradas, enquanto as secundárias tardias, apenas 9,7%. A média de IAF nos dez locais foi de 4,41, sendo todos os valores obtidos muito semelhantes aos de outros estudos realizados anteriormente. Foram amostradas 127 espécies, distribuídas em 53 famílias, existindo variação relevante da diversidade florística entre locais. As espécies Coutarea hexandra, Ladenbergia hexandra, Erythroxylum pelleterianum, Guapira opposita, Ocotea corymbosa, Piptadenia gonoacantha, Apuleia leiocarpa, Indeterminada 1, Prunus sellowii, Sorocea bonplandii e Siparuna guianensis estão entre as dez espécies de maiores VI’s em pelo menos três dos dez locais estudados, indicando sua grande plasticidade e capacidade de adaptação. Conclui-se que a dinâmica do banco de plantas está associada ao IAF e às características de sítio.

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DANOS GERMINATIVOS E ALTERAÇÕES DE EMBEBIÇÃO EM SEMENTES DE DALBERGIA NIGRA (VELL.) FR.ALL. EX BENTH. SOB EFETIO DE BAIXA TEMPERATURA

GUSTAVO EDUARDO MARCATTI (Não Bolsista/UFV), EDUARDO EUCLYDES DE LIMA E BORGES (Orientador/UFV), BÁRBARA LUISA CORRADI PEREIRA (Bolsista CNPq/UFV), FRANSCINE KELLI QUINHONES BONATTI (Bolsista CAPES/UFV), ANA PAULA DE AGUIAR BERGER (Não Bolsista/UFV), MIRIAN DE SOUSA SILVA (Bolsista CNPq/UFV)

A Dalbergia nigra apresenta distribuição natural do sul da Bahia até o norte de São Paulo. A exploração acentuada resultou na sua inclusão como espécie ameaçada de extinção. Sementes coletadas na região de Viçosa foram colocadas para embeber em papel umedecido com água em temperaturas de 5 e 10ºC, nos tempos de 24, 48, 72 e 96 horas, após foram transferidas, juntamente com o tratamento controle (sem embebição), para germinador a temperatura de 25°C e luz constante. Foram avaliadas a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG). Para obter a curva de embebição, as sementes foram colocadas para embeber nas temperaturas de 5, 10 e 25ºC, sendo realizadas pesagens sucessivas no intervalo de 12 horas até um período de 84 horas. As temperaturas de 5 e 10ºC reduziram significativamente a porcentagem de germinação e o IVG das sementes com o aumento do tempo de exposição, a 5ºC os danos foram mais evidentes, não sendo observado germinação no tratamento 5ºC e 96 horas. As curvas de embebição apresentaram comportamentos distintos, a curva inerente à temperatura de 10ºC foi mais parecida com a curva controle (25ºC), quando comparando com a de 5ºC, mesmo assim apresentaram diferenças estatísticas significativas. A curva 5ºC apesar de apresentar velocidade de embebição menor que as outras, foi a que embebeu maior quantidade de água ao final do experimento (84 horas). Conclui-se que a baixa temperatura e o tempo de exposição impostos as sementes de Dalbergia nigra resultam em decréscimo da porcentagem de germinação e alterações no comportamento de embebição.

 

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INCIDÊNCIA DE CUPINS E FORMIGAS EM PLANTIOS DE EUCALYPTUS SPP. NAS ÁREAS DO PROJETO DE FOMENTO FLORESTAL DA ZONA DA MATA MINEIRA.

GUSTAVO ENDRIGO DE SÁ FONSECA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), TASSIUS MENEZES ARAÚJO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), PEDRO AUGUSTO RODRIGUES DOS SANTOS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), NATHÁLIA GRANATO LOURES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV)

As formigas cortadeiras, tanto as saúvas (Atta spp.) quanto quenquéns (Acromyrmex spp.), constituem-se nas maiores inimigas da cultura do eucalipto. Elas têm preferência pelo ataque de folhas novas e, por isso, o cuidado deve ser redobrado na fase inicial de plantio, com o combate diário. Além disso, nos plantios de eucalipto observam-se sérios prejuízos com os cupins subterrâneos, cujas operárias comem as raízes mais finas e descortiçam as raízes mais grossas das mudas. Após serem atacadas, estas plantas adquirem tonalidade arroxeada e morrem, sintoma típico de plantas que sofrem por falta de água. As propriedades contempladas com o Projeto Fomento Florestal na Zona da Mata Mineira foram visitadas por estagiários, estudantes de Engenharia Florestal da UFV, com o intuito de se orientar o plantio e tratos silviculturais, incluindo o controle de formigas cortadeiras e cupins. Após a implantação dos povoamentos os estudantes retornaram para avaliá-los. Em 68% das propriedades visitadas fez-se o controle de formigas e os formicidas mais utilizados foram em pó (61,0%) e isca (51,9%); muitas propriedades utilizaram os dois formicidas, de forma complementar. Somente 18,0% das propriedades utilizaram formicidas termonebulizáveis, destacando-se aquelas localizadas nos municípios de Visconde do Rio Branco (80,0%) e São Geraldo(60,0%). Contudo, 61,0% dos povoamentos apresentaram mudas cortadas; todas as propriedades localizadas nos municípios de Ervália, Guiricema, Tocantins, Viçosa e Visconde do Rio Branco apresentaram problemas com ataques de formigas. Em torno de 14,0% dos municípios foi constatado ataque de cupins, destacando-se Porto Firme, com 38%, e Ubá, com 34% das propriedades. O ataque de formigas resultou em prejuízos consideráveis em muitas propriedades, evidenciando a necessidade de maior vigilância e cuidados na fase inicial do plantio. A incidência de cupins não foi tão alta, mas é importante que sejam utilizados métodos preventivos em plantios futuros.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL SOBRE AS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS, DA FERTIRRIGAÇÃO DE EUCALIPTOS COM O LICOR PRETO DA INDÚSTRIA DE CELULOSE

GUSTAVO RESENDE RODRIGUES (Bolsista FAPEMIG/UFV), IVAN PACHECO ROMERO (Bolsista FAPEMIG/UFV), VALÉRIA ANTÔNIA JUSTINO RODRIGUES (Não Bolsista/UFV), JOSE ANTONIO CARDOSO (Não Bolsista/UFV), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV)

Após o acidente ambiental ocorrido em 2003 no município de Cataguases – MG com a ruptura de uma barragem que armazenava o licor preto, um resíduo industrial da produção de celulose, a UFV foi convidada a estudar as possibilidades de esvaziamento do resto de licor que lá ficou contido. Optou-se, então, pelo uso do licor preto para a fertirrigação dos eucaliptos no entorno das barragens. Foi elaborado um estudo pelo Departamento de Solos da UFV sobre a capacidade dos solos de receber tal licor e foram estabelecidas as taxas de aplicação. Ademais, fez-se necessário avaliar a possibilidade de impacto sobre os recursos hídricos contidos nas bacias hidrográficas afetadas pela fertirrigação. O presente trabalho teve por objetivo acompanhar tal atividade e determinar os impactos ambientais sobre a qualidade das águas superficiais e subterrâneas na área de abrangência da disposição do licor no solo. Os parâmetros mais relevantes encontrados no licor preto são a matéria orgânica, mensurada pela DQO (demanda química de oxigênio), os cloretos, o pH e os teores de sódio. Durante o período de estudo, o monitoramento indicou que não houve alterações na qualidade das águas, com exceção dos períodos chuvosos, quando os corpos d’água superficiais apresentavam pequenas elevações nos teores de sódio e DQO. A técnica de fertirrigação tem se mostrado até o momento, uma forma de disposição do licor ambientalmente segura para a coletânea hídrica da região, desde que conservadas as taxas atuais de aplicação.

 

UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

ESTRUTURA HORIZONTAL DE POPULAÇÕES ARBÓREAS COM POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE PROPÁGULOS EM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, EM VIÇOSA, MG

HORTÊNSIA NASCIMENTO SANTOS LOPES (Bolsista CNPq/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Orientador/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Co-orientador/UFV), FELIPPE COELHO DE SOUZA (Bolsista CNPq/UFV), GUILHERME FURLAN MIELKI (Bolsista FAPEMIG/UFV), CRISTINA CUNHA GARCIA (Não Bolsista/UFV), RONAN SOARES DE FARIA (Bolsista CNPq/UFV)

A vegetação arbórea do estrato superior de uma floresta pode constituir-se na principal fonte de propágulos. O presente trabalho teve por objetivo analisar a dinâmica da estrutura horizontal, utilizando-se o índice de valor de importância (IVI) de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual (193 ha), em Viçosa, MG. Foi realizado o levantamento das árvores com diâmetro superior a 10 cm, em dez sítios, para identificar o seu potencial para produção de propágulos. O IVI foi determinado para cada sítio. Piptadenia gonoacantha foi a única espécie a apresentar o maior IVI em três locais, demonstrando ampla distribuição neste fragmento florestal. Siparuna guianensis está presente em cinco dos dez locais, ocupando o segundo lugar no local de dossel mais aberto. No local em que Apuleia leiocarpa apresentou o maior IVI, tanto a densidade quanto a freqüência foram elevados para essa espécie. Outras espécies que se destacaram nesta classe de tamanho de plantas foram Anadenanthera peregrina e Pseudobombax longiflorum, que apresentaram altos valores de dominância relativa. Valores elevados de IVI para árvores de maior porte, principalmente quando a densidade e a freqüência são elevadas, favorecerá maior produção de sementes e, por conseguinte, maiores serão as chances de permanência da espécie no sistema. As espécies que apresentaram reduzido IVI apresentam baixa capacidade de dispersão de sementes. Considerando haver diferenças substanciais na distribuição das espécies arbóreas de maior porte em função das condições fisiográficas, conclui-se que a análise da capacidade de dispersão de propágulos deve ser realizada para sítios específicos.

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MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO, FLORESTA NACIONAL DO PURUS-AM: SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO MADEIREIRA

JOANA ROSA ARAUJO DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), FELIPE LEITÃO DA CUNHA MARZANO (Não Bolsista/UFV), AGOSTINHO LOPES DE SOUZA (Orientador/UFV)

O objetivo do presente trabalho foi quantificar e qualificar os estoques de madeira necessários para suprir a demanda atual por madeira e energia da comunidade Vila Céu do Mapiá. Para tanto, foram obtidos dados secundários, realizadas entrevistas semi-estruturadas e aplicados questionários junto aos moradores da comunidade e realizado um inventário florestal por amostragem na Unidade de Manejo Florestal 1 (UMF 1) da Vila Céu do Mapiá, em 12 parcelas de 50 m x 50 m, sendo mensurados todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm. A  demanda de madeira em tora para serraria e de energia foram estimadas em 1000 m³/ano e 6.154 kWh/mês, respectivamente. No inventário florestal foram registrados 1773 indivíduos, pertencentes a 37 famílias botânicas, 107 gêneros, 248 espécies. Os estudos indicaram que UMF 1 possui alta diversidade florística, poucas espécies dominantes e muitas espécies raras (51%). Das espécies comerciais utilizadas na Vila Céu do Mapiá, 33% apresentam um baixo potencial de manejo, enquanto 43% possuem estoque comercial suficiente. Verificou-se, também, que a partir do aproveitamento dos resíduos da exploração florestal local, poderão ser gerados 1.035,87 MWh ano-1 com o sistema de gaseificação, energia suficiente para atender a demanda interna da comunidade. Este sistema permite reduzir a dependência da comunidade de insumos externos, promover uma maior autonomia e envolvimento dos moradores no gerenciamento do sistema e gerar mais postos de trabalho e distribuição de renda.

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AVALIAÇAO DO EFEITO DO PESO DO DESBASTE SOBRE A FORMA DO FUSTE DE EUCALIPTO

JOSÉ FERREIRA CARDOSO JÚNIOR (Bolsista FAPEMIG/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Bolsista CAPES/UFV), MARCO ANTONIO MONTE (Bolsista CAPES/UFV), FABIANO LOURENÇO DOS SANTOS (Bolsista CAPES/UFV)

O desbaste é uma prática silvicultural que consiste na remoção parcial de árvores, antecipando a mortalidade regular e concentrando os fatores de crescimento para os indivíduos remanescentes. Com isso, é esperada uma produção de madeira de melhor qualidade para processamento mecânico, por ocasião do corte final. Em povoamentos com maior área útil por planta ou onde o peso do desbaste é maior, são esperadas árvores remanescentes com fustes mais cônicos do que naqueles com menor área útil ou onde o peso do desbaste foi menor. Neste trabalho foi avaliado o efeito do peso do desbaste realizado em povoamentos de eucalipto sobre a forma do fuste. Foram utilizados dados de cubagem de 160 árvores-amostra de híbridos de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, abatidas em uma área experimental da empresa BahiaPulp/Copener. Essas árvores foram abatidas após a realização de dois desbastes seletivos, em idades entre 13 e 14 anos. No experimento foram testados quatro tratamentos, sendo: remoção de 20%, 35% e 50% da área basal e 35% da área basal mais uma desrama até 6 m de altura, eliminando os indivíduos de menor porte ou com algum tipo de defeito. Para avaliar o efeito do peso do desbaste foram ajustados modelos de afilamento do fuste para cada tratamento, sendo as equações obtidas comparadas estatisticamente em nível de 5% de probabilidade. De acordo com os resultados foi confirmada a hipótese que o desbaste seletivo de maior peso resulta em árvores remanescentes mais cônicas por ocasião do corte final.

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DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE PRODUÇÃO DE BRIQUETES DE Eucalyptus sp

JULIANA REIS SAMPAIO (Bolsista CNPq/UFV), MARIANA ALMEIDA VILAS BOAS (Bolsista CNPq/UFV), DIEGO DE PAULA TOLÊDO (Bolsista CNPq/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Co-orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

Diante da crescente demanda por energia no país e a grande problemática ambiental causada pela liberação de gases do efeito estufa, através da queima de combustíveis fósseis, se torna necessário o uso de energias alternativas. Nesse cenário, os combustíveis à base de biomassa (biocombustíveis) como o briquete, uma fonte de energia renovável não emissora de carbono, desponta com amplas possibilidades de reduzir as emissões de gases, além de ser uma alternativa à demanda crescente por energia. O objetivo deste trabalho foi determinar os parâmetros técnicos de produção de briquetes de Eucalyptus sp. Para tanto avaliou-se a pressão de compactação, tempo de prensagem e tempo de resfriamento. Os briquetes foram produzidos a partir de partículas de madeira de Eucalyptus sp., com granulometria média de 3 mm e teor de umidade médio de 10%, base seca. Utilizou-se uma massa de 30g de partículas para produção de cada briquete. Para a produção dos briquetes foi utilizada uma briquetadeira de laboratório, de motor hidráulico (BL-32), com resistência de até 300°C. Os briquetes foram submetidos a diferentes condições de pressão (1000, 1500 e 2000 PSI), tempo de prensagem (5,10 e 15 minutos), tempo de resfriamento (3,6 e 9 minutos) e temperatura fixa de 120° C. Os tratamentos seguiram um delineamento fatorial completo com 4 repetições, totalizando 27 tratamentos. Os resultados preliminares, mostram que a densidade média dos briquetes produzidos foi igual a 1,14 g/cm3, com dimensões médias de 2,16 cm de altura com taxa de retorno de 0,1 cm e diâmetro médio de 3,23 cm com taxa de retorno de 0,01cm. As análises estátiscas realizadas ao nível de 5% de significância demonstram que não houve diferença significativa pelos tratamentos nos valores das taxas de retorno de altura e diâmetro, apresentando apenas tendência de variação nos valores de densidade. (CNPq).

 

 

 

 

 

 

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PRODUCÃO DE BRIQUETES A PARTIR DE RESÍDUOS DE MACAÚBA Acrocomia selerocarpa M. (ARECACEAE) DURANTE A PRODUÇÃO DE BIODIESEL

JULIANA REIS SAMPAIO (Bolsista CNPq/UFV), DIEGO DE PAULA TOLÊDO (Bolsista CNPq/UFV), MARIANA ALMEIDA VILAS BOAS (Bolsista CNPq/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Co-orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

No Brasil, existe um grande número de palmeiras que apresentam potencial de exploração, pelo valor e diversidade de seus produtos, revelando-se promissores pelo alto rendimento em óleo. Entre as palmeiras destaca-se a macaúba (Acrocomia selerocarpa M.), pertencente à família das Arecaceae, que entre os seus possíveis usos pode ser a produção de biodiesel, que diante da demanda crescente por energia e problemas causados pelo uso dos combustíveis fósseis, tem sido uma das fontes alternativas para produção de energia. Contudo, durante a produção do biodiesel, há geração de resíduos, sendo o epicarpo e o endocarpo de seus frutos. Com isso o objetivo deste trabalho foi determinar os parâmetros de produção de briquetes a partir do uso de epicarpo e endocarpo de macaúba como forma de aproveitamento dos resíduos gerados na produção de biodiesel. Para tanto avaliou-se as densidades dos briquetes produzidos. Para a produção dos briquetes foi utilizada uma briquetadeira de laboratório, de motor hidráulico. Os briquetes foram submetidos a dois experimentos; 5 misturas de cada resíduo, separadamente, com eucalipto (0, 25, 50, 75 e 100% do peso de cada resíduo com eucalipto). Nos dois experimentos foram utilizados 2 tempos de prensagem (5 e10 minutos), e 2 tempos de resfriamento (6 e 9 minutos), sendo a temperatura fixa de 120° C e pressão de 1.000 PSI. Os tratamentos seguiram um delineamento fatorial com 4 repetições, totalizando 35 tratamentos. As médias de altura e diâmetro foram 2,11 cm e 3,25 cm para o epicarpo e 2,02 cm e 3,24 cm para o endocarpo respectivamente. Os resultados mostram que os briquetes de epicarpo e endocarpo, apresentaram densidade aparente média de 1,22g/cm3 e 1,19g/cm3, respectivamente. Com isso, pode-se concluir que a utilização dos resíduos de macaúba para a produção de briquetes, obteve boa compactação e densidades adequadas para sua utilização como fonte de energia. (CNPq).

 

 

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DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE PAPEL, 1997-2006

KAIO HENRIQUE ADAME DE CARVALHO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), CAIO CÉSAR DE MEDEIROS COSTA (Bolsista/UFV), NAISY SILVA SOARES (Bolsista CNPq/UFV), MARCIO LOPES DA SILVA (Orientador/UFV)

O setor de celulose e papel no Brasil tem se mostrado importante para a economia. No ano de 2007 o faturamento do setor foi de R$24.6 bilhões, o que em relação a 2006 representou um aumento de 5,3%. Naquele ano, o setor gerou R$ 2.13 milhões em impostos, empregou 67.830 pessoas diretamente, um crescimento de 3,1% em relação a 2006, e contribuiu com um superávit de US$3.4 bilhões FOB para a balança comercial brasileira. Embora o Brasil tenha melhorado sua posição no comércio internacional de papel, a competição pelos mercados externos é grande. Assim, torna-se necessário analisar a competitividade do país neste segmento, pois estudos deste tipo podem contribuir para a elaboração de políticas para o desenvolvimento do setor. Neste sentido o objetivo do trabalho foi confrontar o desempenho das exportações brasileiras de papel com a de seus principais concorrente no mercado internacional no período de 1997 a 2006, pelo método da Constant-Market-Share (CMS). No método CMS as variações na participação das exportações de um país no comércio mundial são decompostas no efeito composição dos produtos, efeito distribuição dos mercados, efeito comércio mundial e efeito competitividade. Os dados sobre valor das exportações e quantidade exportada de celulose do Brasil e de seus principais concorrentes no mercado internacional (Alemanha, Finlândia, Suécia, EUA, Canadá, França, Itália e China) foram obtidos no banco de dados da Food and Agricutural Organization. Os resultados mostraram que o Brasil foi o país que apresentou maior crescimento das exportações de papel. O Brasil apresentou o terceiro maior efeito competitividade, depois da Itália e do Canadá. O crescimento da renda nos mercados compradores de papel do Canadá e EUA foi fator determinante do crescimento das exportações de papel desses países. O contrário ocorreu com a renda dos países de destino das exportações do Brasil, Itália, China e Canadá.

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DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

LARA DELLA LUCIA (Não Bolsista/UFV), CAMILA SOARES BRAGA (Bolsista/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), ELIAS SILVA (Orientador/UFV)

Com o surgimento do processo industrial e o crescimento das cidades, dentre outras pressões antrópicas, houve um aumento significativo na utilização dos recursos naturais e na produção de resíduos. A Educação Ambiental (EA) surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro da vida. Assim, neste trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica com o objetivo de propor uma metodologia para o ensino e, principalmente para a prática da Educação Ambiental, não sendo somente uma ação pedagógica voltada para a transmissão de conhecimentos sobre ecologia no sentido reduzido da palavra. Deste modo, definiu-se que podem ser aplicadas as seguintes estratégias de ensino: discussão em classe; mutirão de idéias; debate; questionário; reflexão; projetos; e exploração do ambiente local, como passeios em trilhas ecológicas. Por exemplo, nas comunidades florestais podem-se desenvolver temas como coleta seletiva de lixo, biodiversidade, monitoramento de solo e de microbacias, orientações sobre o Código Florestal vigente, cursos de brigadas de incêndio, palestras, trilhas temáticas, entre outras. As empresas florestais podem, ainda, desenvolver outros programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas. Nas comunidades rurais levar aos agricultores ou silvicultores conhecimentos quanto ao uso correto de agrotóxicos e suas aplicações; noções sobre atividades modificadoras do meio ambiente; técnicas agroflorestai; e a legislação pertinente. Conclui-se que um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente o desenvolvimento do conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental.

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ANÁLISE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU-VIÇOSA-MG

LEANDRO ANTONIO ROQUE (Não Bolsista/UFV), PABLO DE AZEVEDO ROCHA (Não Bolsista/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV)

A microbacia do Ribeirão São Bartolomeu (BHRSB) localiza-se no município de Viçosa-MG e está inserido na bacia do Rio Doce. A BHRSB ocupa uma área de 55,10 km², ou 18,48% do município. Com os processos degradatório ocorrentes no Ribeirão São Bartolomeu, o manejo Integrado de Bacias Hidrográficas surge como uma alternativa, que visa garantir a regularização dos cursos d`água , biodiversidade e a produção econômica.  A manutenção do Ribeirão São Bartolomeu é de suma importância nos aspectos econômicos, ambientais e   abastecimento hídrico da região. O objetivo foi levantar, analisar e diagnosticar a área da microbacia do Ribeirão São Bartolomeu a montante do Campus da Universidade Federal de Viçosa(UFV). Esta área tem importância uma vez que está  próxima da estação de tratamento de água da UFV e da ETA 1, a principal estação de tratamento de água da cidade. Como metodologia, realizou-se, trabalhos de campo a fim de caracterizar os aspectos físicos e sociais da área em estudo, revisão bibliográfica, utilização de imagens de satélite (Google Eart) e medições morfométricas da bacia  no laboratório de Fotointerpretação e Sensoriamento Remoto do Departamento de Engenharia Florestal utilizando como base cartográfica a Carta do Brasil – Viçosa-MG – ESC 1:50.000 e instrumentos como o Planímetro Analógico e o Curvimetro. Como resultados morfométrico obtidos têm-se: Perímetro: 25 Km, Comprimento dos canais (cc): 44,5 Km, Comprimento do eixo (l): 8,5 Km, Comprimento do canal principal: 9,0 Km Área: 27,346 Km² ,Ordem da bacia: Ordem 4, Densidade de Drenagem (DD): 1,63 Km/ Km² Fator de Forma (F): 0,38 , Índice de Circularidade (IC): 0,55, Razão de Elongação (RE): 0,70, Índice de Compacidade (CC): 1,349a .Com a realização do trabalho, ficou evidente o quanto a bacia é prejudicada pela urbanização, assoreamento, baixa vazão, falta de planejamento, gestão e  programas que visem  maior integração da população ao ambiente a sua volta. 

UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

POTENCIAL DO BREU PARA PRODUÇÃO DE RESINA NA AMAZÔNIA CENTRAL

LEANDRO LEAL FARIAS (Não Bolsista/UFV), PHILIPPE SCHMAL (Não Bolsista/UFV), AGOSTINHO LOPES DE SOUZA (Orientador/UFV), LUCAS ANDRÉ CORNACHIONE DE SYLOS (Não Bolsista/UFV)

O Breu, pertencente à família Burseraceae, produz uma resina aromática rica em óleo essencial, coletada por populações tradicionais da Amazônia. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies potenciais para produção de resina e correlacionar com as classes de tamanho. A área de estudo pertence à região fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme, município de Silves, Estado do Amazonas, submetida à colheita florestal de impacto reduzido em 2004. Foi realizado amostragem multinível de inclusão. O nível I compreendeu ao censo de árvores com DAP ≥ 30 cm numa área de 7.000 ha. O nível II (10 ≤ DAP < 30 cm), III (5,0 ≤ DAP < 10 cm), IV (Ht ≥ 1,5 m e DAP < 5,0 cm) e V (0,3 ≤ Ht < 1,5 m) foram feitos em parcelas de 50 x 50 m, 10 x 50 m, 5 x 10 m e 1 x 5 m, respectivamente. Foram anotados os seguintes dados: espécie, número do indivíduo, CAP e Ht. Para estudo de resinagem foram selecionadas quatro árvores por classe de DAP e classe sociológica. As árvores amostras foram resinadas pelo método de sangria, adaptado de seringueira (Hevea brasiliensis). As resinas extraídas das árvores foram pesadas (kg) após 30 dias. Os dados coletados foram processados e correlacionados. As espécies com maior potencial para o manejo sustentável da resina são: Protium hebetatum, P. apiculatum e Tetragrastis panamensis. A classe de diâmetro 17.5 – 22,5 cm apresentou maior produção, com aproximadamente 40% da produção de resina por hectare. A posição sociológica que mais contribuiu com a produção de resina foi à classe de árvores dominante (Ht ≥ 20m) com aproximadamente 51% da produção de resina por hectare. A produção foi insignificante quanto às classes de tamanho. Fundamentado neste resultado, é recomendado testar outros métodos de resinagem, bem como a variação sazonal da produção.

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UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL PARA FINS ENERGÉTICOS

LEIDIANE SANTANA SANTOS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), VALÉRIA ANTÔNIA JUSTINO RODRIGUES (Não Bolsista/UFV), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV), RODRIGO SARTO FIGUEIREDO (Não Bolsista/UFV)

As indústrias de celulose e papel geram significativa quantidade de resíduos sólidos que requer tratamento e disposição final ambientalmente adequada. Uma alternativa possível para o uso dos resíduos orgânicos é sua utilização como fonte energética. O processo de briquetagem, que consiste na aplicação de pressão em uma massa de partículas dispersas, com objetivo de torná-las um sólido geométrico compacto de alta densidade, pode ser uma opção de integração interessante nas fábricas de celulose. Através desse processo os resíduos são transformados em um produto com potencial energético agregando valor econômico aos resíduos e minimizando os impactos ambientais gerados pela sua disposição inadequada. O objetivo deste trabalho foi estudar a utilização de lodo biológico e finos de madeira, como matéria prima no processo de briquetagem e avaliação do seu potencial energético. A lignina presente nos finos serviu como material ligante na briquetagem do lodo. Foi determinada a umidade in natura dos resíduos, 85% para o lodo e 45% para os finos. Os resíduos passaram por um processo de secagem até possuírem umidade de aproximadamente 15% antes da mistura (NBR 7993/ABNT), faixa recomendável para o processo de briquetagem. O lodo foi misturado na proporção de 0%, 20%, 40%, 60%, 80% e 100% com os finos. As condições de briquetagem foram: pressões de 500 a 1000 PSI, temperaturas de 90° a 105 ºC, tempo de aquecimento e resfriamento de 5 e 10 minutos, respectivamente. O teor de lignina presente nos finos foi de 31,2 % lignina Klason (norma TAPPI T280). O poder calorífico foi de 3991 kcal/kg para o lodo biológico e 4630 kcal/kg para os finos (NBR 8633/ABNT). Pode-se concluir que os briquetes com maiores quantidades de lodo biológico necessitaram de temperaturas mais baixas de aquecimento durante a compressão, permaneceram mais compactados após o resfriamento e possuem alto potencial para produção de energia.

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TRATAMENTO DE EFLUENTES DE INDÚSTRIAS DE CELULOSE KRAFT BRANQUEADA UTILIZANDO TANINOS VEGETAIS

LEONARD DE ALMEIDA BATISTA (Não Bolsista/UFV), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV), VALÉRIA ANTÔNIA JUSTINO RODRIGUES (Não Bolsista/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Co-orientador/UFV)

O Tanino é um composto natural de organismos vegetais, encontrado em diferentes partes de árvores e com diversos usos farmacológicos e industriais. A capacidade de formar sais complexos com todos os metais e produzir precipitados e espécies hidrolisadas em dissociação no meio aquoso desestabilizando as partículas presentes na água conferem ao tanino características de um bom coagulante no processo de tratamento de água e efluentes. O objetivo deste trabalho consiste na utilização de taninos vegetais para o tratamento terciário de efluentes, após tratamento biológico, provenientes de uma indústria de celulose kraft branqueada. O tanino foi usado como agente de coagulação e floculação de partículas presentes no efluente. A solução de tanino foi obtida em diversas concentrações através da diluição de um peso previamente conhecido do pó, obtido no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira da UFV, em balões volumétricos posteriormente preenchidos com água destilada. Os parâmetros utilizados para a caracterização do efluente foram: pH, cor, turbidez, série sólidos, condutividade elétrica e DQO. O ensaio de tratabilidade do efluente foi realizado através do Teste de Jarros (Jar Test) onde, a partir do teste de malhas, foram determinados: o pH ótimo de floculação, o gradiente e o tempo ótimo da mistura rápida, o gradiente e o tempo ótimo da floculação e também a velocidade de sedimentação dos flocos. Foi verificado um bom potencial para o uso dos taninos vegetais no tratamento terciário de fábricas de celulose kraft branqueada.

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PERCEPÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO SUPERMERCADO ESCOLA ACERCA DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS CAUSADOS PELAS SACOLAS PLÁSTICAS

LEONARDO ALVES DE OLIVEIRA SILVA (Não Bolsista/UFV), CLAUDINEI HELENO DA SILVA (Não Bolsista/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), GÍNIA CEZAR BONTEMPO (Não Bolsista/UFV), FABIANO LUIZ DA SILVA (Não Bolsista/UFV)

A mídia de modo geral tem propagado os diversos problemas ambientais e apontado seus impactos no dia-dia, trazendo vários danos à sociedade. Entre estes problemas tem-se destacado a questão do aquecimento global, desmatamento da floresta amazônica, enchentes, poluição das águas, entre tantos outros que comprometem a existência humana. Entretanto, pouco se divulga acerca dos problemas causados pelas sacolas plásticas: enchentes, poluição visual, do solo, da água, etc. O Supermercado Escola reconhecendo o problema do consumo exagerado de sacolas plásticas, adotou o Projeto Sacola Legal que visa incentivar o consumidor a adotar alternativas ao uso das sacolas e com isso reduzir a sua utilização. Assim, o objetivo do trabalho visou avaliar o conhecimento e sensibilidade dos funcionários em relação aos impactos causados pelas sacolas ao meio ambiente. Para isso, foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas aos 65 funcionários em janeiro e fevereiro de 2009. Dos 65 entrevistados, 64 concordam que as sacolas causam poluição, devido ao: tempo de degradação (33), lixo (30) e poluição do solo/água/visual (19). Em relação à redução da quantidade de sacolas para embalar as compras, 23 acreditam que os clientes iriam achar bom, 22 que os clientes iriam reclamar e 18 que depende de cada cliente, porém se houvesse uma conscientização, os clientes, no geral, iriam achar bom. As sugestões dos funcionários para reduzir a quantidade de sacolas foram: estimular outras formas de embalar as compras, incentivar os clientes a trazerem sua própria sacola, realizar campanha de sensibilização dos clientes, encher mais a sacola, instruir os embaladores, investir em marketing, divulgação das sacolas ecológicas e vendê-las mais baratas. Conclui-se que os funcionários demonstraram estar a par das questões ambientais e dos impactos causados pelas sacolas plásticas, bem como adeptos a uma redução de seu uso pelo supermercado.

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

FOMENTO FLORESTAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS

LÍVIA THAÍS MOREIRA DE FIGUEIREDO (Bolsista CAPES/UFV), JULIANA REIS SAMPAIO (Bolsista CNPq/UFV), ELIAS SILVA (Orientador/UFV)

O fomento é um tema de grande importância no setor florestal, se destacando como alternativa para aumentar a inserção do produtor rural na cadeia do negócio, principalmente no que tange à geração de empregos no meio rural. O programa de Fomento Florestal se mostra eficaz também na geração de renda para produtores rurais, preservação das áreas de matas nativas, além de ser oportuno para as empresas, principalmente as de papel e celulose, que passam a investir menos em aquisição de terras para a atividade sivilcultural. Normalmente, os plantios vinculados aos programas de fomento florestal são direcionados para as áreas que já foram utilizadas para pastagens ou outras atividades, sendo fornecidos  mudas, assistência técnica e insumos aos produtores rurais. Assim, o objetivo deste trabalho é caracterizar o programa de fomento florestal no Estado de Minas Gerais e analisar os seus benefícios e o seu desempenho. O estudo foi realizado com base em revisões bibliográficas, por meio de pesquisas em artigos, dissertações, teses, sites e dados disponibilizados pelo programa de fomento do IEF/MG. Hoje, o programa atinge várias regiões do estado, como a região centro-sul e Vale do Rio Doce, atuando positivamente no IDH da região. O Fomento Florestal em Minas Gerais já abrange mais de 30 mil hectares, envolvendo aproximadamente 1,2 mil propriedades rurais em todo o Estado.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

ANÁLISE ESTRUTURAL DE ESPÉCIES DE BREU EM UMA FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DE TERRA FIRME NA AMAZÔNIA CENTRAL

LUCAS ANDRÉ CORNACHIONE DE SYLOS (Não Bolsista/UFV), PHILIPPE SCHMAL (Não Bolsista/UFV), LEANDRO LEAL FARIAS (Não Bolsista/UFV), AGOSTINHO LOPES DE SOUZA (Orientador/UFV)

O Breu, do gênero Protium, família Burseraceae, destaca-se pela riqueza de espécies. O objetivo deste trabalho foi gerar informações da análise do estrutural das espécies de Breu para a realização de plano de manejo sustentado. O local de estudo pertence à região fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme, município de Silves, Estado do Amazonas. Na área, submetida à colheita florestal de impacto reduzido em 2004, foi realizado uma amostragem multinível de inclusão. O nível I compreendeu ao censo de árvores com DAP ≥ 30 cm numa área de 7.000 ha. Para amostrar os indivíduos do nível II (10 ≤ DAP < 30 cm), foram estabelecidas num local com alto estoque de Breu, cinco parcelas de 50 x 50 m. Os indivíduos do nível III (5,0 ≤ DAP < 10 cm) foram amostrados em subparcelas de 10 x 50 m, sendo uma para cada parcela do nível II. Os indivíduos do nível IV (Ht ≥ 1,5 m e DAP < 5,0 cm) foram amostrados em subparcelas de 10 x 50 m. Os indivíduos do nível V (0,3 ≤ Ht < 1,5 m) foram amostrados, em subparcelas de 1 x 5 m. Foram anotados os seguintes dados de campo: espécie, número do indivíduo, CAP e Ht. Foram calculados os parâmetros usuais em estudos de composição florística e estrutura fitossociológica. Foram amostradas sete espécies num total de três gêneros e 141 indivíduos. As espécies Protium hebetatum e P. apiculatum foram as que apresentaram maior número de indivíduos por hectare, freqüência, área basal e valor de importância, totalizando as duas espécies obteve-se densidade absoluta de 4.648 indivíduos.ha-1, área basal de 12,763 m².ha-1 e valor de importância de 78,1%. A população de Breu apresentou distribuição diamétrica em “J-invertido”, típica de florestas inequiâneas, indicando estabilidade ecológica e potencial para manejo.

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ARQUITETURA DA COPA DE Eucalyptus sp. E Acacia mangium EM SISTEMA SILVIPASTORIL

LUIZA MÍRIAM GONÇALVES VIEIRA (Não Bolsista/UFV), DILERMANDO MIRANDA DA FONSECA (Orientador/UFV), MÁRCIA VITÓRIA SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), JACQUELINE GERALDO DE LIMA (Bolsista FAPEMIG/UFV), MATHEUS SAMPAIO CARNEIRO BARRETO (Não Bolsista/UFV), WANDERSON BRUNO DE ALMEIDA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CLAUDINEI FRANCISCO LOPES (Não Bolsista/UFV)

Objetivou-se avaliar a arquitetura de eucalipto e acácia em consórcio com forrageiras em Sistema Agrossilvipastoril. O experimento foi conduzido em pastagem degradada em Viçosa - MG. Os tratamentos consistiram do arranjo fatorial (3x2+1), correspondendo: três forrageiras (Brachiaria brizantha, cv. Xaraés; B.decumbens, cv. Basilisk e B.brizantha, cv. Piatã), em consórcio com dois arranjos de espécies arbóreas [Eucalyptus grandis x E. urophylla (eucalipto) e Acacia mangium (acácia) + eucalipto], mais testemunha (eucalipto monocultivo), distribuídos em blocos ao acaso, com três repetições. As semeaduras das forrageiras foram realizadas em plantio direto. As espécies arbóreas foram transplantadas no espaçamento 12x2 m, nas parcelas consorciadas, e o eucalipto em monocultivo no espaçamento 3x2 m, sendo o plantio realizado na mesma época das forrageiras. As mudas de acácia foram estabelecidas alternadas nas linhas, entre as plantas de eucalipto. As avaliações da área de copa e diâmetro a altura do 1,30 m (DAP) foram avaliados aos 280 e 360 dias após implantação (DAI). A área de projeção de copa e DAP não foram influenciados pelos arranjos de plantio, não sendo observadas diferenças entre os sistemas consorciados e monocultivo. Estes resultados demonstram a adaptação destas espécies quando cultivadas em consorciação e ausência de competição das forrageiras e acácia ao eucalipto durante o primeiro ano de cultivo. Constataram-se maiores valores de área de projeção de copa, tanto aos 280 como 360 DAI no monocultivo de eucalipto, evidenciando que no espaçamento 3x2 m o crescimento dos galhos plagiotrópicos pode ser maior como adaptação da planta para aproveitamento da luz incidente, que é escassa na entrelinha dos monocultivos florestais. Já a menor área de projeção de copa, observada no Sistema Silvipastoril possibilita maior entrada de luz, o que é uma característica almejada em consórcios agroflorestais que utilizam nos estratos inferiores plantas de maior exigência luminosa como as forrageiras tropicais.

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DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DE PROPRIEDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE SENHORA DOS REMÉDIOS, MG.

MARCELO OLIVEIRA SANTOS (Bolsista/UFV), MARIANA BARBOSA VILAR (Co-orientador/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV)

O diagnóstico rural define-se como uma atividade sistemática, realizada por equipe capacitada para obter informações sobre a vida de determinada comunidade. Este trabalho objetivou realizar um diagnóstico socioeconômico e ambiental em Senhora dos Remédios, localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó, identificando e qualificando os recursos naturais presentes em propriedades rurais. Foram visitadas 20 propriedades, onde aplicou-se questionários e realizou-se a caminhada transversal, a fim de conhecer a realidade local e levantar informações sobre o ambiente, seu histórico e utilização, possibilitando determinar o uso e ocupação do solo e classificar os estados de conservação das Áreas de Preservação Permanente (APP) e dos recursos hídricos. As famílias entrevistadas tinham em média 3,6 membros, totalizando 73 pessoas, sendo 61,6% homens e 38,4% mulheres. A fonte de renda mais significativa para 70% dos produtores rurais é proveniente da atividade rural. As matas ciliares, topos de morro e entorno de nascentes, foram classificadas como perturbadas em 60% dos casos, devido à presença de vegetação em estágio inicial de sucessão e exposição do solo. Os topos de morro foram considerados conservados em 20% das propriedades. O estado de conservação dos recursos hídricos foi classificado como conservado em 5% dos casos, perturbado em 70% e degradado em 25%, isto se explica pela ausência de fossa séptica em 50% das propriedades visitadas e despejo de resíduos nos corpos d’água. Conclui-se que os recursos naturais e as APPs não se encontram no estado de conservação desejável. Isto reflete as dificuldades do produtor em conciliar a atividade rural e a conservação dos recursos naturais, a falta de consciência ambiental e insipiente orientação técnica recebida por estes produtores rurais, que devem ser mais assistidos por profissionais qualificados, visando à conservação dos recursos naturais, fundamental para a construção de uma nova relação de sustentabilidade do produtor rural com o meio ambiente (CNPq, IEF, SIF, INSTITUTO XOPOTÓ).

(SIF, IEF, INSTITUTO XOPOTÓ )

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EXTRAÇÃO DE TANINOS VEGETAIS A PARTIR DE CASCAS DE ANGICO-VERMELHO E Eucalyptus grandis PARA PRODUÇÃO DE ADESIVOS PARA MADEIRA

MÁRCIA APARECIDA PINHEIRO (Bolsista CNPq/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), SIMONE FEITOSA CHAGAS (Não Bolsista/UFV), BRUNO GEIKE DE ANDRADE (Bolsista FAPEMIG/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

A necessidade de buscar adesivos provenientes de fontes renováveis que possam substituir os adesivos comerciais sintéticos, a abundância dos taninos na natureza e a sua facilidade de reação com o formaldeído motivaram o presente estudo. O trabalho teve como objetivo avaliar as a resistência ao cisalhamento e percentagem de falha na madeira em juntas coladas obtidas através da colagem de lâminas de madeira de Eucalyptus sp., utilizando o adesivo fenol-formaldeído puro, misturas de fenol-formaldeído com diferentes teores de taninos e taninos-formaldeído puro. Foi avaliada também a influência de duas gramaturas (200 e 250 g/m²) e as propriedades dos adesivos. Conclui-se que a adição de taninos ao adesivo fenol-formaldeído aumenta a viscosidade da composição, o que acarretou dificuldades de aplicação, sendo a mesma feita com espátula. O teor de sólidos das composições foi ligeiramente aumentado com a adição de taninos. Quanto à resistência ao cisalhamento, os tratamentos que continham 100, 75 e 50% de fenol-formaldeído apresentaram melhor desempenho. Em relação à falha na madeira, o desempenho do tratamento em que foi utilizado 75% de fenol-formaldeído + 25% taninos mostrou-se superior em relação ao adesivo fenólico puro, confirmando assim que é viável a combinação do adesivo tânico com o fenol-formaldeído. A gramatura não causou alterações significativas na resistência ao cisalhamento e falha na madeira das juntas coladas.

 

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ANÁLISE DA INFRA-ESTRUTURA E DO PERFIL DOS VISITANTES DO PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI E DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO BRIGADEIRO

MARIA CRISTINA MARTINS (Não Bolsista/UFV), VITOR HUGO BREDA BARBOSA (Não Bolsista/UFV), GUIDO ASSUNCAO RIBEIRO (Orientador/UFV)

A pesquisa realizada no Parque Estadual do Itacolomi (PEI) e no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB) foi de suma importância devido à crescente procura pelo ecoturismo. Os administradores de áreas protegidas precisam avaliar melhor o nível do turismo na área, para que se possa fazer um melhor planejamento de uso público, assim como a melhor forma de aplicar os programas de educação ambiental. O presente trabalho teve por objetivo analisar o perfil dos visitantes e a infra-estrutura do Parque Estadual do Itacolomi e do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro a partir da coleta de dados de campo. Os procedimentos metodológicos utilizados nos diferentes cenários foram a pesquisa bibliográfica; a pesquisa de campo, através da aplicação de questionários semi-estruturado aos turistas e gerentes dos parques. As variáveis foram tabuladas, transformadas na forma percentual para ficarem todas na mesma escala, analisadas e comparadas umas com as outras unidades de conservação a partir da estatística descritiva. O perfil dos visitantes dos parques mostrou-se um público jovem, o que ressalta a importância de programas específicos para esse público tanto de atividades turísticas como de educação ambiental. Percebe-se que a maioria dos visitantes dos parques possui um alto nível de escolaridade, favorecendo a conscientização e os trabalhos de preservação ambiental. Constatou-se também que os funcionários necessitam de maior treinamento levando-os a conhecer toda a estrutura do parque, visto que muitos não têm conhecimento dealguns aspectos como os seus limites. Os acessos aos parques também precisam ser melhorados, com mais estrutura e sinalização, muitas vezes inexistentes.

 

 

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PERCEPÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES DA PRAIA DO FUTURO QUANTO AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

MARIA CRISTINA MARTINS (Não Bolsista/UFV), VITOR HUGO BREDA BARBOSA (Não Bolsista/UFV), GUIDO ASSUNCAO RIBEIRO (Orientador/UFV)

A pesquisa foi desenvolvida na Praia do Futuro localizada no estado do Ceará, a partir das multivisões do espaço da praia pelos donos de barracas, vendedores ambulantes e usuários. O objetivo geral da pesquisa foi avaliar o processo de ordenamento do uso do solo na Praia do Futuro visando uma utilização sustentável e os aspectos relativos ao ambiente da mesma, a partir da visão de vários grupos de interesses atuantes. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, documental e de campo. A partir dos dados coletados constatou-se que a Praia do Futuro possui uma boa estrutura e uma grande diversidade de barracas, sem ordenação, mas que atende as necessidades dos usuários. Os principais resultados mostraram que a ocupação da Praia do Futuro ocorreu de forma desordenada, com a construção de casas e prédios nas dunas, causando vários problemas . Em toda sua orla constata-se a presença de várias barracas, cada uma com seu estilo, forma e tamanho. Mesmo a praia sendo própria para banho e ter uma coleta diária de lixo, a limpeza em geral é precária. Falta uma equipe de garis para uma limpeza mais elaborada, além de um maior número de vasilhames espalhados por toda a orla. O serviço de esgoto apresenta-se em condições desfavoráveis, já que nem toda a praia é saneada. Os donos de barracas acreditam que com o aumento de moradias na praia os esgotos de muitas dessas casas serão jogados nos canais existentes na beira-mar, passando uma imagem de sujeira e poluição, tornando desagradável o ambiente. Pode-se concluir, de forma geral, que há necessidade urgente de uma reurbanização do local frente aos graves problemas de saneamento, existêcia de lixo, violência, falta de sinalização, além da ausência de apoio dos governantes, dos donos de barracas e dos vendedores ambulantes.

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CARACTERIZAÇÃO DO ESTRATO DE REGENERAÇÃO NATURAL EM PASTAGEM ABANDONADA EM VIÇOSA, MG

MARIANA PIACESI BATISTA CHAVES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), SEBASTIAO VENANCIO MARTINS (Orientador/UFV), RENATA BERTHOU ALMEIDA (Não Bolsista/UFV)

Pastagens abandonadas são comuns na atual paisagem da Zona da Mata Mineira. Este estudo foi realizado em uma pastagem de Melinis minutiflora P. Beauv. localizada na Mata do Paraíso, objetivando caracterizar o estrato de regeneração natural e indicar estratégias para acelerar a sucessão secundária. Dez parcelas de 5 x 10 m foram alocadas sistematicamente a cada 10 m, partindo-se da borda da mata em direção ao interior da pastagem, nas quais todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com altura entre 0,5 e 1,5 m foram mensurados, identificados em nível de espécie e classificados quanto à categoria sucessional e síndrome de dispersão de sementes. Foram amostradas 255 plantas, distribuídas em 19 famílias, 29 gêneros e 38 espécies. As espécies com maior valor de importância (VI) foram Xylopia sericea, Eupatorium maximiliani, Siparuna guianensis, Miconia albicans e Erythroxylum pelleterianum, enquanto as famílias com maior VI foram Asteraceae, Annonaceae, Melastomataceae, Siparunaceae e Fabaceae. O índice de diversidade de Shannon foi de 2,98 e a equabilidade de Pielou igual a 0,82. Somadas, as pioneiras e secundárias iniciais totalizaram 92,1% das espécies e 98% dos indivíduos, indicando que a área ainda se encontra em um estádio inicial de sucessão. A zoocoria foi a síndrome de dispersão de sementes predominante, representando 57,9% e 64,7% do total de espécies e indivíduos, respectivamente. Para acelerar o processo de recuperação da vegetação original, é recomendável o enriquecimento com espécies secundárias tardias, na região da borda da mata; já no interior da pastagem, ainda dominado pelo capim, poderá se fazer a condução dos indivíduos arbóreos em regeneração, o plantio em ilhas de espécies pioneiras e secundárias iniciais e a instalação de poleiros artificiais. (CNPq)

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PUBLICIDADE VERDE: COMUNICAÇÃO EM MASSA COMO FERRAMENTA PARA O SETOR FLORESTAL

MARIANA RODRIGUES DA SILVA (Não Bolsista/UFV), MIGUEL MADER FERRAZ (Não Bolsista/UFV), ELIAS SILVA (Orientador/UFV)

Dentre outros motivos, a obtenção de recursos de florestas plantadas se faz necessária para amenizar a pressão sobre as florestas nativas; gerar capital para o país; promover melhor uso de terras subaproveitadas; e garantir a preservação de fragmentos florestais, que existem por lei em toda propriedade rural. Os benefícios ambientais das florestas plantadas também se mostram importantes para a sociedade em geral, com especial destaque para o sequestro de carbono. O Brasil possui vocação florestal devido ao seu clima, à qualidade de seus solos, ao regime de chuvas, às vegetações naturais, dentre outros fatores. Dada a  crescente evolução do setor florestal no Brasil e da necessidade de que haja harmonização dos aspectos econômicos, sociais e ambientais, é interessante trabalhar ferramentas que promovam o setor, seja divulgando as contribuições das atividades florestais para o país, tornando a população consciente da citada vocação, ou popularizando preceitos de ética ecológica e técnicas de gestão ambiental. Assim, com base em literatura especializada, neste trabalho foi discutido o que caracteriza a ética ecológica e quais benefícios essa, em conjunto com a gestão ambiental, pode trazer não apenas para a sociedade, como para a empresa florestal. Exemplos de gestão ambiental e os avanços obtidos através dela foram utilizados, bem como foram feitos estudos de caso. A publicidade verde, após esta base de conceitos ter sido estabelecida, é apresentada como ferramenta imprescindível para que não apenas o corpo gestor da empresa esteja inteirado do proposto, como também todos os funcionários que a compõe, assim como a população direta ou indiretamente ligada a ela. A publicidade verde propõe a divulgação do que pode ser feito em prol do meio ambiente e o que todos ganham com isso, bem como as vantagens que a empresa passa a ter no mercado, com relação a outras do ramo, quando adota uma política ambiental correta e sintonizada com os anseios da população em geral.

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ANÁLISE DAS ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A ESCORREGAMENTOS NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG, A PARTIR DE IMAGENS DO SENSOR LANDSAT – 5 TM.

MAURILIO DE AMARAL SILVA (Não Bolsista/UFV), JOSE MARINALDO GLERIANI (Orientador/UFV)

 Os movimentos de massa ou escorregamentos se tornaram alvo de muitas pesquisas, tendo em vista a sua importância como um fenômeno que apresenta sérios riscos à segurança da população. Em virtude do relevo e da grande expansão urbana presente em Viçosa-MG, boa parte dos domicílios principalmente aqueles com padrão social inferior, estão localizados em áreas de encostas íngremes, sem nenhum critério técnico ou projeto ambiental por parte dos órgãos responsáveis, apresentando alto risco à população. Dados da defesa civil e jornais locais retratam seguidas perdas materiais e até humanas, por fenômenos dessa natureza. São diversos os fatores naturais envolvidos neste processo, entretanto o uso inadequado e a ocupação desordenada se configuram como os principais agentes em áreas urbanas. Neste trabalho são utilizadas imagens Landsat 5 que, depois de adquiridas são processadas através do SPRING 4.2.2(Sistema de Informações Georreferenciadas), a fim de gerar um mapa de uso e cobertura do solo, tais produtos serão cruzados e/ou integrados com variáveis de declividade, solos e cobertura vegetal, sendo atribuído a cada item peso equivalente à sua importância dentro dos fatores que condicionam os movimentos de massa. Aliado as informações já existentes, alguns pontos que apresentam processo ativo na cidade são adicionados com uso do GPS (Global Positioning System), proporcionando maior confiabilidade aos dados. O desenvolvimento do trabalho irá permitir a visualização da expansão urbana em Viçosa-MG e assim inferir sobre o grau de risco com qual a população convive, com isso produzir um mapa de susceptibilidade para o município, e impedir o crescimento desordenado em áreas de risco, bem como em áreas de preservação, ou seja, subsidiar um melhor planejamento do espaço urbano, através do uso de imagens de satélite.

 

 

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SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE MUDAS CLONAIS DE Eucalyptus CONTENDO DIFERENTES NÚMEROS DE FOLHAS

NATÁLIA RISSO FONSECA (Bolsista CNPq/UFV), ACELINO COUTO ALFENAS (Orientador/UFV), LÚCIO MAURO DA SILVA GUIMARÃES (Bolsista CNPq/UFV), MARISÂNGELA RODRIGUES DOS SANTOS (Bolsista CNPq/UFV), EDIVAL ÂNGELO VALVERDE ZAUZA (Não Bolsista/), FABIANO BIDA (Não Bolsista/)

A muda de eucalipto de boa qualidade deve ser bem-enfolhada, possuir um sistema radicular agregado ao substrato, adequada relação raiz/parte aérea e conter radicelas brancas. Entretanto, a quantidade de folhas que uma muda deve ter quando expedida para o plantio no campo ainda é um assunto questionável. Com o objetivo de avaliar a influência da desfolha na sobrevivência e crescimento de mudas de clones de eucalipto no campo, instalou-se um experimento em delineamento do tipo blocos casualizados, com 400 mudas de cada um dos clones 6021 e 9882, distribuídas em cinco tratamentos: T1 - mudas com um par de folhas; T2 - dois pares de folhas; T3 - três pares; T4 - quatro pares e T5 - cinco pares de folhas. Cada tratamento foi composto de 20 plantas por clone, plantadas no espaçamento 3x2, com quatro repetições por tratamento, perfazendo uma área total de aproximadamente 6000 m2. Avaliaram-se a sobrevivência das mudas 30 dias após o plantio e, o crescimento aos 60, 120, 180, 210 e 280 dias, medindo-se a altura total das plantas. Apenas 25 % das mudas do T1 sobreviveram ao plantio no campo. Para os demais tratamentos a sobrevivência das mudas foi acima de 88%. A resposta de crescimento em relação ao número de pares de folha variou com o material genético. Assim, para o clone 9882 as mudas do T3 apresentaram maior crescimento em altura, enquanto que para o clone 6021 o melhor crescimento foi alcançado com as mudas do T5. A partir desses resultados, recomenda-se que o plantio no campo deve ser realizado apenas com mudas contendo três ou mais pares de folhas.

(CNPq/Suzano Papel e Celulose )

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PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EM UMA EMPRESA DO PÓLO MOVELEIRO DE UBÁ

NATHÁLIA DE LIMA LOPES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), DANIEL BRIANÉZI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), RICARDO RIBEIRO ALVES (Bolsista FAPEMIG/UFV), FABIANO LUIZ DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV)

A certificação florestal tem demonstrado grande importância no mercado internacional, uma vez que capacita a empresa a mostrar o comprometimento com a sustentabilidade de florestas bem manejadas, a rastreabilidade de seus produtos e a melhoria contínua da imagem da empresa. Em Minas Gerais, no pólo moveleiro de Ubá, ainda não existem empresas certificadas, embora algumas delas já sejam exportadoras. Assim, o presente trabalho teve como objetivo descrever as etapas da preparação de uma empresa exportadora de porte médio do pólo moveleiro de Ubá para a certificação de cadeia de custódia. Esta certificação irá garantir a rastreabilidade e que o produto veio de florestas que possuem a certificação florestal. As etapas de implantação seguiram uma ordem de acordo com os requisitos exigidos pelo FSC (Forest Stewardship Council). As etapas foram: a) escolher, dentre os funcionários, um responsável pelo processo de certificação na empresa e, para desempenhar tal função, este recebeu um treinamento específico sobre a cadeia de custódia; b) conhecer o processo de produção da empresa, com o objetivo de observar os principais pontos de controle da rastreabilidade da matéria-prima; c) definir as pessoas-chave do processo; d) confeccionar os procedimentos específicos para a cadeia de custódia, totalizando 9; e) submeter estes procedimentos para aprovação dos diretores da empresa e dos próprios executantes da tarefa; f) realizar um treinamento geral para todos os empregados (119) e um específico para os empregados considerados chave do processo (7); g) lançar a política de cadeia de custódia da empresa no dia do treinamento, onde ficou definida a responsabilidade da mesma; h) por fim, elaborar um controle da entrada de chapas certificadas e a saída em móveis certificados, de forma a garantir o controle do sistema. Conclui-se que a empresa já exerce um controle da rastreabilidade e encontra-se preparada para alcançar a certificação florestal (FAPEMIG).

 

 

 

 

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TRANFERENCIA DE TECNOLOGIA EM MANEJO E PRODUÇÃO DE FLORESTAS DA ZONA DA MATA MINEIRA

NATHÁLIA GRANATO LOURES (Bolsista FAPEMIG/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV), TIAGO JOSÉ FREITAS DE OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), NEY BRUNO DINIZ CAMPOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), ARTUR QUEIROZ LANA (Bolsista FAPEMIG/UFV)

O Projeto de Fomento Florestal é uma parceria da Universidade Federal de Viçosa (UFV) com o Governo do Estado de Minas Gerais, Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Sindicado Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá – MG (INTERSIND) e Sociedade de Investigações Florestais (SIF). Tem por objetivo a transferência de tecnologia em manejo e produção de florestas aos pequenos e médios produtores rurais da Zona da Mata Mineira. O trabalho foi realizado em duas fases, entre junho de 2008 e junho de 2009. A primeira envolveu a medição e confecção de croquis (utilizando-se GPS) das possíveis áreas de implantação de florestas, distribuição de cartilhas, realização de palestras e dias de campo.  Nesta etapa, os estagiários instruíram o produtor sobre tratos silviculturais na implantação e manutenção nos primeiros meses de plantio. A segunda etapa, pós-plantio, constituiu-se de avaliação dos plantios, através do desenvolvimento das mudas e procedimentos adotados no plantio. Em 56% das propriedades visitadas, os entrevistados receberam as cartilhas e apenas 24% assistiram às palestras. A conclusão deste trabalho é que a transferência de tecnologia por informações técnicas é muito importante para se aumentar a produtividade e resguardar a qualidade da madeira produzida. As cartilhas e as palestras são a melhor oportunidade de adquirir informações inovadoras e formar uma cultura florestal na região.

(SIF )

UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

USO DO GEORREFERENCIAMENTO NO FOMENTO FLORESTAL – EXPERIÊNCIA 2008/2009

NEY BRUNO DINIZ CAMPOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV), HENRIQUE NEYFFER DE SOUZA (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCOS ANTONIO DA SILVA MIRANDA (Bolsista FAPEMIG/UFV), CÁSSIUS PINHEIRO DA CUNHA (Bolsista FAPEMIG/UFV)

O projeto Fomento Florestal é desenvolvido na Zona da Mata mineira, numa parceria entre a UFV, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES-MG), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Sebrae-MG, o Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria da Região de Ubá (Intersind) e a Sociedade de Investigações Florestais (SIF). O projeto teve início em 2007 e já atendeu a mais de 2 mil produtores rurais e tem como objetivo transferir tecnologia para plantio e manejo de florestas. Na primeira etapa, que ocorre no decorrer do segundo semestre de cada ano, são realizadas visitas nas propriedades rurais, por estudantes de Engenharia Florestal, propondo recomendações técnicas sobre áreas de plantio, noções sobre legislação ambiental, além do georreferenciamento das áreas em conformidade com as especificações do programa. O chamado georreferenciamento, neste caso, consiste no uso de receptores de GPS (Global Positioning System) para levantamento dos limites da área a ser plantada e posterior transferência dos dados no computador para confecção do croqui. Tal levantamento é necessário, pois o quantitativo de mudas de eucalipto, formicida e adubo são fornecidos ao beneficiado de modo proporcional a área obtida e é, também, um modo preciso de verificar, durante a segunda etapa, se o plantio foi feito no local recomendado. O modelo de GPS usado foi o GARMIN 60CSx que permite uma precisão superior a cinco metros, e a confecção dos croquis foi possível com o uso do software GPS Trackmaker PRO. Entre o segundo semestre de 2008 e início de 2009, foram visitadas 297 propriedades, numa área individual média de 4,99 hectares, atingindo uma área total de 1.482,88 hectares, em 28 municípios. O pequeno e o médio produtor foram os mais beneficiados em função da quantidade de propriedades visitadas e da área média liberada.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

PRODUÇÃO DE CHAPAS DE AGLOMERADO COM INCLUSÃO LAMINAR

PAULO IVAN LIMA DE ANDRADE (Bolsista CNPq/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Orientador/UFV), ZAÍRA MORAIS DOS SANTOS HURTADO DE MENDOZA (Bolsista CAPES/UFV), ANDRESSA MINETE DO ROSÁRIO (Não Bolsista/UFV)

Os painéis de madeira aglomerada inicialmente foram fabricados para aproveitar resíduos de serrarias e fábricas de compensados, amenizar as variações dimensionais da madeira maciça, mantendo-se porém, algumas de suas propriedades físicas e mecânicas. São amplamente usados na produção de móveis, construção civil, embalagens, entre outros. O objetivo desta pesquisa foi produzir chapas de aglomerado com resíduos de laminação da madeira de paricá - Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke, com inclusão de lâminas (da mesma espécie) como reforço estrutural. O experimento foi conduzido no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira, Universidade Federal de Viçosa (MG), adotando-se o esquema fatorial, com dois métodos de confecção do painel (com/sem inclusão de lâminas), dois tipos de adesivos (uréia/formaldeído e silicato de sódio), dois teores de adesivo (8% e 10%), duas taxas de compactação (1,7 e 2,1) e três tipos de partícula (rolo-resto, maravalha e lâminas) com quatro repetições. Após a estabilização dos painéis, confeccionaram-se os corpos-de-prova para os ensaios físicos e mecânicos, conforme a norma ASTM D1037 (1993). Os resultados parciais indicaram que o teor de umidade e a massa específica para os painéis com e sem inclusão laminar foram respectivamente iguais a (8,70% ; 9,03%) e (0,59 g/cm³; 0,62 g/cm³). A Dureza Janka para os painéis com e sem inclusão não apresentou diferença significativa (310,00 Kgf ; 321,77 Kgf). Entretanto a resistência ao arrancamento de parafuso diferiu significativamente, sendo obtido um valor superior para o painel com inclusão (131,70 Kgf), em relação ao aglomerado (95,21 Kgf). Concluiu-se que a inclusão laminar não influenciou o teor de umidade e densidade, porém contribuiu para o aumento da resistência, principalmente no teste de arrancamento de parafuso.

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QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM ÁRVORES INDIVIDUAIS: ÁRVORE DE JUREMA-PRETA (MIMOSA SCHOMBURGKII BENTH.) NO CAMPUS DA UFV.

RAUL DUARTE SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), FERNANDO DE CASTRO NETO (Bolsista CNPq/UFV), CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES (Bolsista CNPq/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV)

O campus da Universidade Federal de Viçosa possui várias reservas, bosques e árvores individuais plantadas em suas vias. A presença das árvores, além dos aspectos paisagísticos também tem papel importante no seqüestro e fixação de carbono, contribuindo para a minimização das mudanças climáticas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo quantificar o estoque de carbono de uma das árvores da espécie Jurema-preta (Mimosa schomburgkii) do campus. O reconhecimento da espécie foi feito através de comparações com material depositado no Herbário-VIC. E para a quantificação da biomassa foi utilizado o método destrutivo. No qual a árvore foi abatida e todos os seus componentes (tronco, galhos e folhas) pesados em campo. Efetuou-se a retirada de amostras que foram levadas ao laboratório, e colocadas em estufa a 75°C até a estabilização do peso. Posteriormente, foi determinada à biomassa seca pelo método da proporcionalidade. O estoque de carbono foi estimado através da multiplicação da biomassa seca pelo fator 0,5 e a estimativa do CO2 equivalente obtida pela multiplicação desse valor por 3,67. O estoque encontrado no tronco foi de 48,97kgC , nos galhos com diâmetro maior que 5 cm foi de 98,35kgC , nos galhos inferiores a 5 cm 6,59 kgC e nas folhas de 3,93kgC, totalizando uma estocagem de 157,84kgC. Para cálculo de negociações no mercado de créditos de carbono é necessária a conversão do carbono estocado para CO2 equivalente que resultou num total de 0,579 tCO2(eq.). Ao considerar  que esse estudo foi realizado numa única árvore e que o campus como um todo, apresenta uma grande quantidade espécies arbóreas, pode-se concluir que, além de contribuir com a amenização do clima e a estética, esses indivíduos apresentam potencial fonte de geração de créditos de carbono, os quais podem ser negociados no mercado ou contabilizados para compensar as emissões de CO2 da própria UFV.

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QUANTIFICAÇÃO DE BIOMASSA DE PASTAGEM EM UMA REGIÃO DE CERRADO DE MINAS GERAIS

RAUL DUARTE SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), SABINA CERRUTO RIBEIRO (Bolsista CAPES/UFV), RICARDO DE OLIVEIRA GASPAR (Bolsista FAPEMIG/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV)

 O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) possibilita o desenvolvimento de projetos de redução de emissões ou de remoção de emissões de CO2 atmosférico (sequestro de carbono). Neste último, as únicas categorias de projeto válidas são o florestamento e reflorestamento. Na grande maioria dos casos, as pastagens degradadas apresentam-se como linha de base de projetos florestais de MDL, o que destaca a importância do desenvolvimento de estudos de quantificação dessa forma vegetacional para subsidiar estes projetos. Em vista disso, o principal objetivo deste estudo foi quantificar o estoque de carbono em uma área de pastagem na região de Cerrado, em Curvelo-MG. A quantificação de biomassa da pastagem e de sua serapilheira foi feita pelo método destrutivo através da demarcação de 10 parcelas de 1 m² cada. Após a coleta e pesagem do material no campo, amostras foram retiradas e colocadas em estufa para secagem a uma temperatura de 60 °C até a estabilização do peso. A massa seca foi obtida pelo método da proporcionalidade e o estoque de carbono estimado pelo fator 0,5. Verificou-se um estoque médio de carbono para a pastagem de 2,35 ± 0,43 tC.ha-1 e de 3,16 ± 0,71 tC.ha-1  para serapilheira. Esses valores apresentam-se acima dos encontrados em um estudo similar de pastagem, entretanto, bem abaixo da estocagem em florestas.  Assim, conclui-se que as florestas têm potencial para estocagem de carbono maior que as pastagens, podendo gerar projetos de créditos de carbono. Na contabilização dos créditos, do estoque total de carbono da floresta deve-se abater o valor encontrado em pastagem, com base em estudos de campo, gerando dados mais confiáveis e aumentando a elegibilidade dos projetos. Desta forma, ao implantar projetos de carbono florestal em áreas de pastagem serão promovidos benefícios econômicos, pela geração créditos de carbono, e ambientais, pela recuperação e conservação dos recursos florestais (FAPEMIG).  

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QUALIDADE DO CARVÃO DA MADEIRA DE Piptadenia gonoacantha(Mart.) Macbr.

RENATO AUGUSTO PEREIRA DAMASIO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCO TÚLIO CARDOSO (Bolsista FAPEMIG/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Orientador/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Co-orientador/UFV)

Dentro do setor florestal há uma demanda muito grande de madeiras para diversas utilizações, sendo a produção de carvão vegetal uma das maiores responsáveis. Sabe-se que hoje grande parte do carvão vegetal produzido é proveniente de florestas plantadas, contudo há outras fontes, como manejo de florestas nativas. Com base nisso alguns parâmetros de qualidade do carvão vegetal devem ser levados em consideração, tais como, teor de materiais voláteis, teor de cinzas, carbono fixo e rendimento em carbono fixo. O objetivo dessa pesquisa é avaliar a qualidade do carvão vegetal da madeira de Piptadenia gonoacantha(Mart.) Macbr.. Essa madeira é popularmente conhecida como pau-jacaré, da família Mimosaceae, é uma espécie pioneira, colonizadora. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira, UFV/Viçosa-MG. A carbonização foi feita em cadinho metálico com capacidade de aproximadamente 320 g, aquecido em forno elétrico, com controle de temperatura. O tempo total de carbonização foi de 4 horas, obtendo-se uma taxa de aquecimento de 1,67oC por minuto, com uma temperatura final de carbonização de 400oC. O rendimento gravimétrico foi de 37,1%, valor relativamente alto, explicado pelo fato de a carbonização ter sido realizada de forma mais branda. O teor de materiais voláteis (23,26%), teor de carbono fixo (74,35%) e teor de cinzas (2,39%) do carvão de jacaré foram superiores ao esperado, o que pode ser explicado pelo fato de que o carvão tenha sido produzido com casca, com uma maior concentração de minerais. A densidade aparente variou de 0,27g/cm3 até 0,36 g/cm3, e rendimento em carbono fixo variando de 25,41% até 26,87%. Dessa forma o carvão feito a partir da madeira de Piptadenia gonoacantha(Mart.) Macbr. apresentou características interessantes para certas utilizações, como densidade e teor de carbono fixo, tendo em vista a marcha utilizada, sendo estas características condizentes com as exigências para produção de ferro-gusa.

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CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE QUEIMA DE GASES DA CARBONIZAÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EMISSÃO DE POLUENTES

RENATO AUGUSTO PEREIRA DAMASIO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), MARCO TÚLIO CARDOSO (Bolsista FAPEMIG/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Co-orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV), ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO (Co-orientador/UFV)

O carvão vegetal é um derivado da madeira muito utilizado na siderurgia brasileira como termo-redutor, nas industrias de cerâmica, cimenteira, alimentícia e química. Apesar de o Brasil ser o maior produtor mundial desse insumo energético, a sua base produtiva ainda é bem rudimentar, necessitando da implantação de tecnologias para aprimorar o processo. Uma das suas grandes necessidades tecnológicas é a recuperação dos gases que desprendem em forma de fumaça, durante a carbonização. Esses gases são compostos orgânicos condensáveis e não condensáveis, que causam danos ao ambiente, além de serem considerados uma perda pois são ricos em substâncias de valor comercial. Diante dessa preocupação ambiental e econômica, objetivou-se com essa pesquisa a construção de um sistema de queima dos gases da carbonização, que possibilite a co-geração de energia e a diminuição da emissão de poluentes, tornando o processo mais eficiente do ponto de vista tecnológico e ambiental. A pesquisa está sendo realizada no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira, da UFV/Viçosa-MG. Para o seu desenvolvimento construiu-se um forno com queimador de gases com as mesmas propriedades dos fornos retangulares industriais, porém em escala laboratorial com capacidade de 10 st de madeira. O sistema é constituído por 3 partes designadas como: forno, câmara de combustão (queimador) e chaminé. O forno e o queimador foram construídos com 4 aberturas laterais, para controle da carbonização e queima dos gases, respectivamente. Os gases desprendidos  passam por um registro que conecta o forno a câmara de combustão, onde ocorrerá a queima dos mesmos. Logo durante a queima dos gases verificou-se visualmente, que pela chaminé não há liberação de fumaça como nos sistemas tradicionais, somente ar quente. Os testes preliminares já foram executados assegurando a continuidade da pesquisa. As próximas etapas consistirão na análise dos carvões produzidos, rendimento gravimétrico e análise dos gases.(FAPEMIG)

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CLASSIFICAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA DE POVOAMENTOS DE EUCALIPTO UTILIZANDO A FUNÇÃO HIPERBÓLICA.

RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Não Bolsista/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Bolsista CNPq/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV)

Neste estudo foi avaliada a eficiência da função hiperbólica, para geração de curvas de índices de local. As curvas de índice de local foram construídas utilizando os métodos: da curva-guia, da equação das diferenças, da predição de parâmetros, de Hammer e dos índices de local definidos preliminarmente. Para aplicação desses métodos foram utilizados dados de parcelas permanentes de povoamentos de eucalipto. A eficiência foi confirmada, sendo a função hiperbólica indicada para classificação da capacidade produtiva de povoamentos de eucalipto não submetidos a desbastes. A capacidade produtiva é o potencial produtivo de determinado lugar para produzir madeira ou outro produto para uma espécie, clone ou grupo de clones. A classificação da capacidade produtiva pode ser feita empregando métodos indiretos (textura do solo, características climáticas ou espécies indicadoras) ou métodos diretos (com base na altura ou no diâmetro de árvores dominantes). A classificação com base na altura dominante é usual em mensuração florestal e resulta em curvas de índices de local. Esses índices são determinados com base em uma idade de referência, denominada idade-índice. Historicamente têm sido empregados modelos exponenciais ou modelos sigmoidais, como as funções: Exponencial, Logística, Gompertz e Richards.  Neste trabalho, foi testada a eficiência da função hiperbólica, cuja aplicabilidade já foi comprovada para outros tipos de estudos em mensuração florestal. Empregando esta função, foram construídas curvas de índices de local para um povoamento de eucalipto mensurado nas idades de 36 a 84 meses. Uma idade-índice de 72 meses foi assumida e as curvas foram geradas pelos métodos: da curva-guia, da equação das diferenças, da predição de parâmetros, de Hammer, e dos índices de locais definidos a prióri. A eficiência da função hiperbólica foi comprovada para construção de curvas anamórficas e polimórficas, sendo, portanto, recomendada para uso em outros povoamentos de eucalipto no Brasil.

 

 

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MODELO DE AFILAMENTO DO CERNE PARA Tectona grandis

RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Não Bolsista/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), MARCO ANTONIO MONTE (Não Bolsista/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Não Bolsista/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Não Bolsista/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Não Bolsista/UFV)

Dados de 900 árvores de Tectona grandis foram empregados para ajuste de modelos de afilamento do cerne. Essas árvores, com diâmetro a 1,3 m (dap) entre 5 e 35 cm e altura total (H) entre 6 e 30 m, foram abatidas ao longo dos anos em povoamentos localizados no Estado do Mato Grosso e submetidos a desbastes seletivos. As cubagens foram feitas pelo método de Smalian, com medições dos diâmetros com casca, sem casca e do cerne nas alturas de 0,1, 1, 2, 4 e assim por diante até um limite de 4 cm de diâmetro superior. Foram testados os modelos de afilamento de: Kozak, Demaerschalk, Garay e Baldwin. A seleção do melhor modelo foi feita com base no coeficiente de correlação entre diâmetros observados e diâmetros estimados pelas equações e em análises de resíduos feitas para o diâmetro comercial (d) e altura comercial (h). Os dados foram empregados também para estimar uma relação hipsométrica, sendo testados os modelos Logístico, Gompertz, Chapman-Richards e Exponencial. Com base nas análises estatísticas, foram selecionados o modelo de afilamento de Demaerschalk e a equação hipsométrica obtida do ajuste do modelo Logístico. De posse dessas equações foram elaboradas tabelas de rendimento (madeira e cerne) para diferentes classes de diâmetro e altura. Para diâmetros variando entre 8 e 35 cm foram estimados percentuais de cerne entre cerca de 10% a cerca de 50%, em relação ao volume com casca. Para esta mesma amplitude de dap e H, a percentagem de casca variou de cerca de 30% (em árvores muito pequenas) até cerca de 10% em arvores de maior porte. Alem do baixo percentual de cerne observado nas menores árvores, o mesmo se encontra concentrado mais na base dos fustes, resultando em produtos sólidos com menor valor econômico.

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O RECURSO ÁGUA COMO INDICADOR AMBIENTAL NA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DO EUCALIPTO

ROBSON CARLOS TONELLO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV)

Este trabalho teve  por objetivo dar continuidade ao estudo do comportamento do escoamento superficial de água de chuva com e sem o uso de cordão de contorno em um plantio de de eucalipto, utilizando-se como parâmetros de avaliação o coeficiente de escoamento superficial, turbidez, condutividade e pH da água. A área de estudo localiza-se na Universidade Federal de Viçosa próximo a rodovia MG 280 que liga os municípios de Viçosa e Paula Cândido. Os dados foram obtidos ao longo de um ano, no período de fevereiro de 2008 a julho de 2009 em 12 parcelas experimentais. A precipitação em aberto foi monitorado por meio de um pluviógrafo e a precipitação efetiva em duas parcelas com seis pluviômetros cada. As parcelas de escoamento foram delimitadas por laminas de zinco com 0,30 m de largura com 31 m de comprimento,  60 m² de área. Na parte inferior das parcelas foram instalados galões de 50 litros de capacidade sendo conectados a parcela por um tubo de PVC de 100 mm. Verificou-se que, houve redução do escoamento superficial pela utilização do método, bem como uma melhora no valor de pH proveniente do escoamento superficial. O mesmo não foi observado para os parâmetros de turbidez e condutividade. Espera-se, através de cálculos estatísticos, avaliar a influência desde método no terceiro ano de desenvolvimento da cultura.

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ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DAS INDÚSTRIAS DE CELULOSE E PAPEL

RODRIGO SARTO FIGUEIREDO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA LIMA GUERRA (Não Bolsista/UFV), VALÉRIA ANTÔNIA JUSTINO RODRIGUES (Não Bolsista/UFV), ISMARLEY LAGE HORTA MORAIS (Não Bolsista/UFV), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV)

No Brasil a indústria de celulose e papel vem crescendo significativamente nos últimos anos e consequentemente vem aumentando a geração de resíduos nos seus processos industriais. Esta tipologia industrial gera resíduos que requerem tratamento e disposição final ambientalmente adequada. Estes resíduos são originados nas estações de tratamento de água e efluentes, no ciclo de recuperação química, no pátio de madeira, entre outros. Uma alternativa atrativa para o gerenciamento dos resíduos gerados é o seu  reaproveitamento como matéria-prima para outros produtos. Dentre estas alternativas pode-se citar a compostagem. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a possibilidade de misturar resíduos oriundos das indústrias de celulose Kraft branqueada, a fim de produzir um composto orgânico que possa ser aplicado na agricultura. No presente trabalho utilizou-se o lodo biológico produzido na estação de tratamento de efluentes e as cascas de eucalipto proveniente do descascamento das toras. Inicialmente foi realizado teste de lixiviação do lodo biológico, com o objetivo de classificá-lo segundo a NBR 10.004. Foram realizadas, também, análises físico-químicas das cascas, lodo biológico e composto orgânico produzido e análises microbiológicas do lodo biológico e do composto orgânico produzido. A partir do teste de lixiviação foi possível classificar o lodo biológico como resíduo não perigoso (classe II A - não inerte). Houve inativação de coliformes termotolerantes, embora sejam recomendadas outras análises microbiológicas. A relação carbono/nitrogênio ficou um pouco acima do recomendado para aplicação na agricultura, mas pode-se possivelmente diminuir estes valores aumentando o tempo de compostagem.

 

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DESRAMA ARTIFICIAL EM POVOAMENTO DE CLONE DE EUCALIPTO EM SISTEMA AGROFLORESTAL E SEUS EFEITOS SOBRE O CRESCIMENTO

RONAN SOARES DE FARIA (Bolsista CNPq/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), DIÊGO CORREA RAMOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), FREDERICO DE FREITAS ALVES (Bolsista CNPq/UFV), MARCO ANTONIO MONTE (Bolsista FAPEMIG/UFV), GUILHERME FERREIRA SIMIQUELI (Bolsista FAPEMIG/UFV)

O eucalipto estabelecido em espaçamentos amplos apresenta maior crescimento em diâmetro, porém, necessita melhoria da qualidade da madeira através da aplicação de desrama visando a produção de madeira serrada. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência de desrama artificial sobre o crescimento de povoamento de clone de eucalipto, em sistema agrissilvipastoril. O experimento foi estabelecido em povoamento no espaçamento 9,5 x 4,0 m, com o clone 58, em Vazante, MG, em Delineamento Inteiramente Casualizado e foi constituído de seis combinações de freqüência e intensidade de desrama artificial, com três repetições, até atingir 6,0 m de altura de fuste livre de galhos. Aos 60 meses de idade foi avaliado o diâmetro a 1,3 m de altura (DAP) e a altura total e obtido o volume de madeira com casca. Não houve diferença significativa (p>0,05) no crescimento, entre os tratamentos de desrama artificial. Verificou-se, também, que todos os tratamentos de desrama apresentaram distribuição diamétrica similar ao da testemunha, tendo sido observada maior freqüência de árvores nas maiores classes diamétricas. O máximo de área foliar removida com a desrama foi de 58,9% em relação ao total, na primeira intervenção de desrama sendo que, a partir da segunda intervenção, removeu-se, no máximo, 46,9% da área foliar. Este clone apresentou, também, elevada capacidade de recomposição da copa, favorecendo a manutenção do crescimento das plantas após a desrama. A aplicação de desrama artificial nas intensidades e freqüências utilizadas neste estudo não promoveu efeito negativo sobre o crescimento das plantas do clone estudado.

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ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES DE RISCO PARA MADEIRA CONTROLADA PELA FSC DE EMPRESAS FLORESTAIS BRASILEIRAS

SOPHIA LORENA PINTO VIEIRA (Não Bolsista/UFV), JAMES JACKSON GRIFFITH (Orientador/UFV), DANIEL BRIANÉZI (Bolsista FAPEMIG/UFV), FABIANO LUIZ DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV)

O padrão para avaliação de risco na compra de madeira do Forest Stewardship Council – FSC visa reduzir as possibilidades de empresas envolverem no comércio de madeira onde existe madeira extraída ilegalmente, a violação dos direitos tradicionais e civis, a madeira adquirida de áreas com alto valor de conservação, a madeira adquirida em áreas convertidas e a madeira proveniente de organismos geneticamente modificados. O objetivo deste trabalho foi analisar as avaliações de risco de quatro empresas de base florestal no Brasil, segundo os cincos critérios adotados para avaliação de risco do FSC. Estas organizações são consideradas as principais empresas brasileiras do setor, isso é devido o tamanho da área ocupada com plantios florestais. Coletaram-se as informações necessárias no website do FSC internacional e das próprias empresas. Identificou-se que para a elaboração das avaliações de risco, a maioria das empresas pesquisadas baseou-se nas fontes recomendadas pelo FSC e demais fontes e documentos locais que as mesmas julgaram importante, para cada um dos critérios adotados. Foi constatada que uma determinada empresa, de acordo com as especificações locais, adotou diferentes avaliações de risco para cada subunidade ao contrário das demais. Concluiu-se que as empresas florestais pesquisadas adotam as mesmas fontes recomendadas pelo FSC para elaboração de sua avaliação de risco para compra de madeira. Esse fato reduz o potencial da avaliação de risco como medida de prevenção da compra de madeira que desrespeite os cinco critérios da norma.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

DESENVOLVIMENTO E SOBREVIVÊNCIA DAS MUDAS DE EUCALYPTUS SPP. EM PLANTIOS DA ZONA DA MATA MINEIRA.

TASSIUS MENEZES ARAÚJO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), GUSTAVO ENDRIGO DE SÁ FONSECA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANTONIO FREIRE JARDIM (Não Bolsista/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV)

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento e a sobrevivência das mudas de Eucalyptus spp., em 28 municípios da Zona da Mata Mineira que foram assistidos pelo Projeto Fomento Florestal, oriundo de uma parceria entre órgãos como UFV, FAPEMIG, Governo de Minas Gerais (tendo o IEF como o parceiro mais atuante), SEBRAE-MG, INTERSIND e SIF. Os dados foram obtidos por meio de visitas técnicas realizadas pelos estagiários, no período de dezembro de 2008 a junho de 2009, às propriedades escolhidas como objeto do referido estudo que teve como coordenador técnico o Prof. José de Castro Silva. Observou-se que cerca de 86,7% dos povoamentos apresentaram plantios com desenvolvimento de regular a bom e apenas 14,3% foram considerados ruins. Quanto à sobrevivência das mudas, 7% das propriedades apresentaram mortalidade pouco frequente. No entanto, em mais de 15% a incidência desse mesmo fator foi bem expressiva, especificamente no município de São Geraldo, onde em 100% das propriedades foi constatado um alto índice de mortalidade. Nas demais propriedades, este índice foi irrelevante. Tais resultados evidenciam que tanto o desenvolvimento quanto a morte das mudas depende muito dos cuidados pessoais dos produtores com a área de plantio, como rigoroso controle de formigas e ervas daninhas, adubação utilizando os critérios corretos de dosagem e modo de aplicação, evitando que o adubo seja colocado junto às raízes provocando-lhes a queima e outro fator relevante a ser observado é a abertura de covas muito pequenas. Considerando a realidade regional, já que a maioria dos produtores não possui recursos financeiros para oferecer tratamentos adequados ao plantio, podemos considerar os números satisfatórios. No entanto, é evidente que muito trabalho ainda deve ser realizado para que se alcance resultados mais positivos e eficazes.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA FLORESTAL

IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E MANUTENÇÃO DE UM PROJETO TÉCNICO DE RECONSTITUIÇÃO DA FLORA COMO MEDIDA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL EM UMA EMPRESA DE MÓVEIS NA CIDADE DE UBÁ – MG

TIAGO JOSÉ FREITAS DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), VINICIUS SCHIAVON LOPES (Não Bolsista/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV)

O processo de ocupação do Brasil caracterizou-se pela falta de planejamento e conseqüente destruição dos recursos naturais, particularmente das florestas. A cobertura florestal nativa, representada pelos diferentes biomas, foi fragmentada, cedendo espaço para as culturas agrícolas, pastagens e cidades. O reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas tornam-se, cada vez mais, uma necessidade maior do ser humano, frente ao ritmo crescente da degradação ambiental que se impõe em diversos ecossistemas.  O objetivo do presente trabalho foi monitorar e orientar a implantação de um Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF), de uma empresa de móveis localizada na cidade de Ubá – MG. Este PTRF é uma medida de compensação ambiental proposta pelo Ministério Publica do Estado de Minas Gerais, visando a reconstituição da flora local, suprimida através de ações antrópicas. O reflorestamento foi realizado com espécies nativas em uma área de aproximadamente 12000 m². Foram realizadas visitas mensais à área, para acompanhar o andamento do presente trabalho, bem como o desenvolvimento das espécies nativas implantadas. Na implantação do projeto foram adotados tratos silviculturais comumente utilizados em qualquer plantio florestal, tais como limpeza da área, combate à formiga, entre outros. As espécies florestais implantadas foram escolhidas de acordo com as espécies nativas da região, favorecendo, assim seu bom desenvolvimento. Ao final da implantação do PTRF, observou um bom desenvolvimento das espécies florestais, dando sinais de uma boa recuperação da área anteriormente desmatada.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA ELÉTRICA

DESENVOLVIMENTO DE UM EQUIPAMENTO CAPAZ DE MEDIR A RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO.

ABRAÃO DE CASTRO FIDELIS (Bolsista FAPEMIG/UFV), DENILSON EDUARDO RODRIGUES (Orientador/UFV), LUCAS QUEIROZ GOMES (Não Bolsista/UFV), JULLIERME EMILIANO ALVES DIAS (Não Bolsista/UFV)

A agricultura de precisão é um método usado com o intuito de otimizar a produção agrícola, aumentar a qualidade do produto e o rendimento do cultivo. Dentre as várias técnicas, podemos citar a identificação de áreas de maior potencial produtivo. Dentre as propriedades físicas e químicas do solo, incluindo modelo digital de elevação, amostragem do solo e matéria orgânica do solo, podemos destacar a condutividade elétrica do solo. Esta apresenta um significativo papel para explicar a variabilidade da produtividade agrícola. Visando isso, o presente trabalho tem o objetivo de desenvolver um dispositivo com a finalidade de medir esta grandeza física. O princípio de funcionamento do equipamento baseia-se em injetar uma corrente elétrica conhecida no solo entre dois terminais e através de outros dois terminais medirmos a tensão sobre o terreno, através da relação entre tensão e corrente (Lei de Ohm) pode-se calcular a resistência elétrica do local. A resistividade elétrica é proporcional a resistência e a condutividade elétrica é o inverso desta. O aparelho foi construído utilizando um microcontrolador da serie 16FXXXX e componentes eletrônicos com a capacidade de controle de processos lógicos. Estes componentes são programáveis, e podem realizar as rotinas de cálculo e gerar uma corrente que é amplificada e injetada no solo. Após a construção de um protótipo do equipamento passamos á etapa de testes realizados em campo. Foram realizadas sucessivas medições em um mesmo ponto e somente depois outra série de medidas em outro ponto. A finalidade era mostrar a precisão do equipamento, ou seja, sua capacidade de repetir a medição em torno de um valor. Analisando os valores medidos pelo aparelho percebe-se um erro padrão variando na faixa de 0,07 a 0,37. O que aprova a precisão do instrumento. No entanto foi observada uma maior dificuldade do instrumento executar as medições em solos com baixa umidade.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ENGENHARIA ELÉTRICA

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE NÍVEL UTILIZANDO PIC COM COMUNICAÇÃO ETHERNET.

ALUIZIO D´AFFONSÊCA NETTO (Bolsista FAPEMIG/UFV), ANDRE GOMES TORRES (Orientador/UFV)

Processos industriais necessitam cada vez mais de um controle apurado e eficiente. A automatização das atividades antes feita por pessoas se tornou essencial, pois só assim a indústria se mostra inovada e capaz de fabricar produtos competitivos no mercado. Esse é o motivo pelo quais muitas empresas investem em automação industrial. Porém, o custo de se automatizar uma linha de produção é elevado inviabilizando controle de pequenos processos. A fim de possibilitar o controle de pequenos processos, este trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de um controle de nível caracterizado como pequeno processo através de componentes de baixo custo como microcontroladores PIC e supervisão do processo feita de maneira remota através de uma interface de comandos feita em HTML podendo ser acessada por um PC (computador pessoal) conectado a uma rede de ethernet local. O projeto consistiu no desenvolvimento de um hardware capaz de condicionar sinal do sensor de nível do reservatório em um sinal digital, para que através de um controlador PID digital programado no microcontrolador PIC possa atuar sobre uma bomba a fim de estabilizar o nível do reservatório em um valor estabelecido pela interface de comandos. Para efetuar controle do processo foram criadas rotinas de programação em C para microcontrolador com implementação da pilha TCP/IP  com suporte ao HTTP permitindo o envio e recepção dos dados do controlador, como vazão da bomba, nível do reservatório e configurações do controle PID através de um navegador para internet. Para teste do controlador e comunicação foi feita replica de um reservatório através de um aquário em que se pode verificar funcionamento do controle PID e uma eficiente comunicação com controlador elaborado através da interface.

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TRANSMISSÃO DE DADOS VIA REDE ELÉTRICA PARA APLICAÇÃO EM SISTEMAS DE TELEMEDIÇÃO

FERNANDO DE SOUZA RANAUDO (Bolsista CNPq/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Co-orientador/UFV), THIAGO NASCIMENTO (Bolsista CNPq/UFV), LEONARDO BONATO FELIX (Orientador/UFV)

A transmissão de dados via rede elétrica tem sido alvo de pesquisa de diversas empresas pelo fato de usar como meio físico de transmissão a própria rede já instalada. A rede elétrica é um meio bastante hostil para comunicações de dados e apenas com o advento das técnicas de modulação e correção de erros foi possível alcançar taxas de transmissão compatíveis com as atuais aplicações. Assim desenvolveu-se, então, a tecnologia PLC (Power Line Communication). Neste projeto foi desenvolvido um sistema composto por um modulador, responsável por tornar o sinal digital adequado à transmissão; um amplificador de potência, que dá ganho de corrente suficiente para a injeção do sinal modulado à rede elétrica; transformadores acopladores, que "somam" o sinal à tensão da rede na transmissão e extraem, o sinal da rede na recepção; por fim, o demodulador, que reconstitui o sinal digital enviado. Para tornar o sinal digital adequado para transmissão via rede elétrica é necessário fazer a modulação do sinal, neste projeto foi usada a modulação FSK (Frequency Shift Keying). Para inserir o sinal modulado à rede elétrica é utilizado um transformador acoplador, composto por: um núcleo de ferrite, um capacitor ligado à saída do modem para filtrar os sinais de baixa freqüência e os enrolamentos primário e secundário. Para demodulação do sinal foi usado circuito integrado decodificador de tom. Este dispositivo é sintonizado usando osciladores RC externos. Assim, quando o sinal de entrada no decodificador de tom está em acordo com a freqüência sintonizada, a saída vai a nível baixo, reconstituindo assim o sinal digital no receptor. Foi realizada uma série de testes para o sistema, variando-se a taxa de transmissão em 300, 1200, 2400, 4800 e 9600 bps (bits por segundo). Variou-se também a distância do transmissor e do receptor, desde 4 a 30 metros. Os resultados obtidos sugerem que o sistema desenvolvido pode ser bem aplicado para a telemedição de grandezas elétricas, com taxas de transmissão de até 1200 bps.

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UMA CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORAMENTO NA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA NA UFV

GUILHERME GOMES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), JOSE TARCISIO DE RESENDE (Orientador/UFV)

Os estudos de simulação digital de sistemas elétricos de potência, voltados para máquinas elétricas é um dos meios de alta eficiência e baixo custo para analise dos efeitos gerados e sofridos por estas durante sua operação. O objetivo deste trabalho é desenvolver uma análise sobre os efeitos gerados e sofridos por máquinas de indução trifásicas a partir de um modelo matemático linear desenvolvido por pesquisadores. Partindo-se então de medições realizadas no Restaurante Universitário da UFV, foi analisada a qualidade da energia elétrica que alimenta o local e os distúrbios gerados na rede de energia elétrica, com o programa computacional pré-existente acrescido de pequenas modificações. Nesse estudo foi considerado somente até o 7° harmônico, tendo em vista que harmônicos de ordem superiores não influenciam de forma significativa a operação de motores. Com o estudo pode-se verificar a importância da qualidade da energia elétrica, uma vez que motores de indução são os mais utilizados no mundo e que atualmente o uso de cargas não lineares como computadores aumentou significativamente. Conclui-se então que distúrbios devem ser evitados a fim de se evitar operações errôneas de cargas micro controladas amplamente utilizadas na UFV, também evitar o desgaste das máquinas de indução trifásicas existentes no local, uma vez que com as simulações observou-se que o torque dos motores fica pulsante, a velocidade oscila e conseqüentemente aumenta as perdas de energia, como por aquecimento excessivo, e analisando os dados coletados percebe-se que a qualidade fornecida está dentro do aceitável.

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ANÁLISE DE ALTERAÇÕES EM REDES DE TRANSMISSÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

GUILHERME MARCELINO VIEIRA (Bolsista CNPq/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Orientador/UFV)

A crescente demanda por energia elétrica e a falta de investimentos no setor, seja por razões econômicas, ambientais ou ainda políticas, está fazendo com que sistemas elétricos de potência (SEPs) operem cada vez mais próximos do seu carregamento máximo. Em decorrência disso, problemas relacionados com a estabilidade de tensão tornaram-se pontos importantes, ou até mesmo críticos, na determinação dos limites de operação de um SEP. A estabilidade de tensão, em um sistema de potência, pode ser definida com sendo a capacidade de manter as tensões em níveis aceitáveis operando em condições normais ou em casos de ocorrência de distúrbios. Então foi implementado um algoritmo computacional com o objetivo de analisar alterações topológicas em sistemas de transmissão de energia e estimar o carregamento de barras do sistema após contingencionamento de linhas de transmissão em que este pode vir a interromper o seu funcionamento normal, analisando sua sensibilidade a perturbações. O algoritmo utilizado para a análise do problema foi o fluxo de carga, baseado em um processo iterativo solucionado pelo método de Newton-Raphson e Análise de Sensibilidade, onde a idéia é determinar a relação entre a alteração na rede e a variação no seu estado. Sua validação foi realizada através de estudo de casos já conhecidos, como, por exemplo, IEEE 14 barras, onde foram feitas análises com o contingencionamento em linhas de transmissão. Observou-se que, com o sistema operando próximo de seus limites e depois de certas contigências, o mesmo chegou a entrar em colapso e comprometer toda a rede de transmissão de energia analisada. Assim, os resultados encontrados, permitiram entender o funcionamento da rede dada algumas perturbações e contingências, além de estimar os pontos de carregamento, mesmo em pontos onde em que o processo iterativo não apresentava convergência, possibilitando, assim, fazer um melhor planejamento da rede.

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IHM AQUISIÇÃO DE DADOS VIA INTERNET PARA RACIONALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.

GUILHERME VIANNA SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), TARCISIO DE ASSUNCAO PIZZIOLO (Orientador/UFV)

O consumo racional de energia elétrica é necessário para evitar novas crises energéticas e reduzindo assim a demanda por novas fontes geradoras como hidrelétrica, termelétrica ou termonucleares. A utilização da internet para conexão de um medidor de energia elétrica e o usuário torna o monitoramento do consumo de energia rápido e versátil. O sistema de aquisição de dados (Medidor de Energia Elétrica Digital) é constituído basicamente por sensores de tensão e corrente e um microcontrolador PIC responsável em processar a informação da leitura dos sensores através de seus conversores A/D o qual realiza cerca de quatro mil amostras dos sinais de corrente e tensão por segundos para cálculo de tensão eficaz, corrente eficaz, potência, fator de potência e consumo. Os dados coletados pelo medidor são transferidos para o sistema de interface via internet que também utiliza o PIC18F4620 mais o ENC28J60 para comunicação com o usuário usando os protocolos TCP/IP em conjunto com HTTP (protocolo de transferência de hipertexto) que é utilizado pelos navegadores, como internet explore, para buscar os servidores das páginas Web apresentando os dados do medidor. A utilização do PIC18F4620 no sistema de interface medidor/internet foi viável devido à capacidade de memória interna desse microcontrolador necessária para funcionar a pilha TCP/IP fornecida pelo seu fabricante Microchip® e custos acessíveis.  No medidor, o microcontrolador trabalha com processamento de 10 MIPS, coletando várias amostras do sinal para maior precisão e contendo memória suficiente para implementação futura de memória externa do tipo SD para levantamento de relatórios. A utilização da pilha TCP/IP fornecida gratuitamente pelo Microchip tornou viável a realização do projeto devido à fácil manipulação dos códigos para desenvolvimento de aplicações específicas.

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AUTOMAÇÃO DE ENSAIOS LABORATORIAIS UTILIZANDO PLATAFORMA DE PROGRAMAÇÃO GRÁFICA

JÉSUS ANÍCIO DE OLIVEIRA NETO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MAXIMILIANO LUIS MUNFORD (Orientador/UFV)

  Neste trabalho adquiriu-se conhecimento e experiência nos métodos de automação e controle utilizando plataforma de programação gráfica afim de automatizar ensaios laboratoriais.     Foram desenvolvidas rotinas destinadas a automação de ensaios específicos e ao longo do trabalho tais rotinas passaram por um processo de reestruturação, aprimorado os vários programas que contribuem para o melhor desempenho dos ensaios experimentais destinados à caracterização e preparação de amostras no laboratório.     Estabeleceu-se diferentes métodos de comunicação básica entre computador e equipamentos, tanto via placa GPIB quanto barramento RS-232. Foi criada uma biblioteca de vários sub-programas, com rotinas de comandos básicos dos equipamentos. Esta biblioteca foi a base para a implementação de vários programas específicos.     Buscando o controle e automação dos experimentos, foi realizado contato com os usuários dos programas, levantando as necessidades e dificuldades encontradas nos ensaios em andamento no laboratório. Após este levantamento, partiu-se para a criação de rotinas específicas que viabilizassem ensaios sistemáticos com maior precisão e rapidez. As versões dos programas eram apresentadas aos usuários com a finalidade de serem avaliadas e reestruturadas. Nesta etapa de reestruturação foi iniciada a programação via acesso remoto, a fim de fazer os aprimoramentos e correções à distância, no menor intervalo de tempo, agilizando todo o processo de desenvolvimento dos programas com melhor desempenho para os usuários finais.

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CLASSIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DE FALTAS EM UM SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDUSTRIAL CONTENDO HARMÔNICOS

JÉSUS ANÍCIO DE OLIVEIRA NETO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Orientador/UFV)

    Na história da sociedade, a energia elétrica ocupa papel de destaque desde a sua descoberta até os dias atuais, afetando diretamente a qualidade de vida, o progresso econômico, a confiabilidade dos produtos e dos serviços prestados, dentre outros. Dessa forma, os Sistemas Elétricos de Potência (SEP’s) devem garantir alto grau de confiabilidade e continuidade do fornecimento de energia. Contudo, Os equipamentos que garantem a confiabilidade e proteção dos sistema elétrico de potência tais como os relés, podem operar indevidamente devido a presença de harmônicos. Já, relacionado aos classificadores e localizadores de faltas microprocessados, principalmente aqueles que utilizam de novas tecnologias, esses harmônicos podem acarretar em falta de precisão tanto na classificação quanto na localização.      Assim, este trabalho apresenta uma metodologia baseada em redes neurais artificiais (RNAs) para localização e classificação de faltas em um sistema de distribuição industrial. As características das faltas desses sistemas diferem-se dos sistemas de transmissão principalmente pela influência das altas impedâncias e pela presença de harmônicos. Nesse sentido, o trabalho aqui proposto, utiliza como ferramenta principal as RNAs. Para validar essa metodologia foram realizados diversos testes em um sistema de distribuição industrial, variando os parâmetros descritos acima. É interessante destacar que não houve a necessidade cálculos mais complexos como a teoria de ondas viajantes, apenas um tratamento inicial de dados através de simples filtragens dos sinais de corrente e tensões e, em conjunto com o teorema de Parseval, pôde-se criar um modelo que responda de maneira favorável aos locais e aos tipos de faltas considerados com apenas um tipo de tratamento de dados.

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REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA DE COMANDOS EM AMBIENTES INDUSTRIAIS POR MEIO DA LEITURA LABIAL AUTOMÁTICA

KLAUS VIEIRA DO NASCIMENTO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), KETIA SOARES MOREIRA (Orientador/UFV), ANDRE GOMES TORRES (Co-orientador/UFV)

A leitura labial é uma técnica bastante utilizada pelos portadores de deficiência auditiva e que consiste na identificação visual dos sons produzidos pelos movimentos dos lábios do interlocutor, tendo em vista que cada fonema possui uma movimentação facial específica. Esta técnica é utilizável também em ambientes ruidosos, quando o interlocutor fala articulando claramente as palavras. Este trabalho tem como objetivo implementar um sistema de reconhecimento automático de comandos que utilize técnicas de leitura labial. Para isto, analisa-se as características faciais relativas aos movimentos no processo da fala. Estas características são extraídas utilizando uma ferramenta estatística chamada Análise das Componentes Principais (PCA - Principal Component Analysis) e a classificação é feita por técnicas de Redes Neurais Artificiais (RNA’s). Neste estudo, a região de interesse é a boca, que é filmada durante a pronúncia dos comandos, utilizando uma câmera digital. Quatro pontos em torno da boca foram escolhidos para serem rastreados durante a fala e um quinto ponto no nariz foi escolhido para a compensação do movimento da cabeça.  Após o pré-processamento, extraiu-se a base PCA destas regiões. A partir desta base, o algoritmo de rastreamento automático determina a localização destes pontos em todo o vídeo. Após a aquisição dos dados feita pelo algoritmo é aplicada PCA novamente com o objetivo de reduzir os dados de entrada no treinamento da RNA. O treinamento e a validação da RNA são feitos utilizando estruturas de rede MLP (Multi Layer Perceptron), com o algoritmo de treinamento backpropagation. Após estas etapas são obtidas redes com capacidade de reconhecimento de comandos de fala com boa precisão para que em seguida sejam reproduzidos.

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CONTROLE DA EXCITAÇÃO DE UM GERADOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO, UTILIZANDO O INVERSOR DE FREQÊNCIA

LUCAS FURTADO RODRIGUES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JOSE TARCISIO DE RESENDE (Orientador/UFV)

O gerador de indução se destaca, em aplicações como fontes alternativas de energia elétrica, devido às vantagens que o mesmo apresenta frente aos geradores síncronos e geradores de corrente contínua, tais como, maior simplicidade de construção, robustez, menor custo e menor necessidade de manutenção (especialmente os de rotor em gaiola de esquilo), além de permitir grandes variações de velocidade. Por outro lado, o gerador de indução necessita de uma fonte auxiliar capaz de fornecer a potência reativa necessária para a magnetização do seu circuito magnético, uma vez que não possui enrolamentos de campo. Portanto a excitação do gerador deve ser feita por meio de uma fonte externa. Também a tensão e freqüência geradas variam em função da carga e da velocidade de rotação do eixo, o que requer um sistema de controle para essas grandezas. Partindo-se de uma modelagem matemática já desenvolvida para a máquina de indução, na qual é contemplada a saturação magnética, será feito o controle da tensão e freqüência geradas pelo gerador de indução. O controle destas grandezas será feito por meio de um inversor de freqüência. Além do controle propriamente dito o inversor de freqüência fornecerá o reativo necessário para a magnetização do gerador dispensando a utilização do banco de capacitores. Esta técnica é viável porque todo o controle do gerador, quando o mesmo estiver alimentando a carga, é feito pelo próprio inversor de freqüência. Todas as simulações foram realizadas sobre os parâmetros de geradores de indução reais.

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TRAJETÓRIA DE MANIPULADORES ROBÓTICOS- SOFTWARE

MARIÂNGELA MARTIN LINDQUIST (Bolsista CNPq/UFV), TARCISIO DE ASSUNCAO PIZZIOLO (Orientador/UFV)

Os manipuladores robóticos são usados em processos de manufatura, embalagem, seleção de materiais ou de controle da qualidade, dentre outros. Em função do alto custo e complexidade para construção de um robô, foram criados simuladores robóticos para prever seus comportamentos e aperfeiçoar mecanismos, antes do início de sua fabricação. Este trabalho tem o objetivo de desenvolver uma ferramenta didática, com baixo custo, capaz de atender requisitos de um estudo satisfatório de manipuladores robóticos. A aplicação desta ferramenta virtual possibilita estudar modelos dos principais tipos de manipuladores e o usuário pode interagir facilmente com o robô. Foram criadas ferramentas para aprimoramento do aplicativo, permitindo um estudo mais detalhado da relação do robô com o meio ao qual este está inserido realizando uma análise de seu desempenho. Através do estudo das cinemáticas direta e inversa, aplicando-se o método de Denavit-Hartenberg foi possível obter equações que indicam as coordenadas cartesianas em que se encontra o efetuador do robô em função dos ângulos de rotação e das dimensões de seus elos. Através dessas coordenadas, calcula-se a localização e ângulos de rotação do manipulador podendo-se prever uma colisão com eventuais obstáculos do meio. Realizou-se um estudo sobre trajetórias e modelagem cinemática do manipulador robótico articulado de 3 graus de liberdade com o intuito de provocar o desvio automático de obstáculos permitindo que o mesmo continue movendo-se para o destino programado. Foram obtidos resultados satisfatórios em relação ao software desenvolvido com a previsão de obter-se uma trajetória otimizada para o manipulador em seu percurso de trabalho. (PIBIC/CNPq – Projeto com apoio financeiro do CNPq).

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ANÁLISE DO CUSTO MARGINAL DE OPERAÇÃO FRENTE ÀS CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO DE UM SISTEMA HIDROTÉRMICO DE POTÊNCIA

MOISÉS GOULART DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Orientador/UFV)

Atualmente, o setor de energia elétrica é caracterizado pela livre concorrência entre os geradores, vendendo o produto, nesse caso a energia elétrica, e os setores responsáveis pela sua compra, industriais ou comercializadores. Nesse sentido, em um mercado competitivo, tanto o setor privado quanto o setor público estão interessados numa operação eficiente, caracterizada pela minimização do custo de operação. Isto em sistemas hidrotérmicos não é uma tarefa fácil devido às distintas condições hidrológicas imposta ao parque hidrelétrico. A minimização deste custo é um dos principais objetivos do planejamento de operação, que determina, de forma centralizada, a participação de usinas termelétricas e hidrelétricas ao longo do período de planejamento, garantindo o suprimento de energia ao menor custo, uma vez que é feita uma otimização global de todo o sistema. Esse trabalho visa mostrar o comportamento operativo ótimo de uma usina hidrelétrica mais uma usina térmica e as relações existentes entre este comportamento e o processo de formação do custo marginal de curto prazo.  São analisadas três situações, determinando-se o custo marginal de operação: na primeira situação estudada utiliza-se uma usina hidrelétrica à fio d’água, ou seja, ausência de reservatório de regulação; no segundo cenário, as vazões naturais afluentes são completamente regularizadas através de uma usina hidrelétrica com um reservatório infinito;  finalmente, adicionam-se restrições operativas ao modelo do reservatório. Com base nos resultados, estabeleceu-se um conjunto de regras qualitativas que determinam como o custo marginal de operação varia em função das condições de operação de um sistema hidrotérmico de potência. Estas regras resumem-se aos princípios econômicos de operação que acabam por produzir os custos praticados no mercado de curto prazo e, conseqüentemente, determinar o posicionamento dos agentes de mercado.

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ESTUDO DOS EFEITOS DA VARIAÇÃO NA CURVATURA DA CARACTERÍSTICA DE MAGNETIZAÇÃO NORMAL DA MÁQUINA, MODIFICANDO SEU NÍVEL DE SATURAÇÃO

NELSON HENRIQUE BERTOLLO SANTANA (Bolsista FAPEMIG/UFV), JOSE TARCISIO DE RESENDE (Orientador/UFV)

Este trabalho tem como objetivo analisar os efeitos da saturação magnética de máquinas de indução trifásicas sobre a rede elétrica. Estas máquinas, quando operadas na região de saturação de sua curva normal de magnetização introduzem harmônicos na rede elétrica, com grande predominância do terceiro harmônico. O estudo é feito sobre uma curva normal de magnetização de uma máquina de indução trifásica levantada em laboratório. Esta mesma curva é alterada no seu nível de saturação para verificar os efeitos de se trabalhar com o circuito magnético da máquina mais saturado ou menos saturado, ou seja, é aplicada a mesma força magnetomotriz em diferentes curvas com diferentes pontos de saturação, podendo o ponto de operação estar na região linear, no joelho da curva ou na região saturada.Desta forma, é possível conseguir uma otimização de cobre e ferro, contribuindo para uma melhor performance no seu projeto bem como medir o nível de poluição na rede elétrica. Para isso, é utilizada uma modelagem matemática previamente desenvolvida na qual é contemplada a saturação magnética e, por meio de simulações computacionais, são obtidas como respostas os níveis de terceiro harmônico e da componente fundamental, permitindo, desta forma, analisar o comportamento do seu circuito magnético e os demais efeitos provocados por ele.

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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FLUXO DE POTENCIA CONVENCIONAL VERSUS FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO

NERY WILSON CORREA FILHO (Não Bolsista/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Orientador/UFV)

O objetivo do fluxo de potência convencional (FP) é a obtenção das condições de operação (tensões, fluxos de potencia) de uma rede elétrica em função da sua topologia e dos níveis de demanda e geração de potência, através de uma modelagem estática do sistema. Já, o fluxo de potencia ótimo (FPO) tem por objetivo a otimização da operação do sistema. Otimização no sentido de maximizar ou minimizar um determinado critério (função) sujeito a algumas restrições (equações ou inequações). Por exemplo, a minimização das perdas ativas na transmissão sujeita aos limites operacionais nos módulos das tensões de linha ou fluxos de potência. Em comparação com o FP, o FPO escolhe-se, entre infinitas condições de operação, uma que otimize um critério a ser escolhido. Com o FP obtém a solução da rede elétrica para uma condição particular de operação. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é realizar um estudo comparativo entre essas ferramentas utilizadas no planejamento de sistemas de potência. Para isso, foi escolhido um pequeno sistema de potência, composto por um gerador, uma linha e uma carga, no qual se variou diversos parâmetros, tais como limites de tensão, de reativos dentre outros. Para cada um dos casos foram determinados as tensões e os fluxos de potência tanto pelo FP quanto pelo FPO, este baseado na minimização das perdas na linha de transmissão. Esse trabalho possibilitou uma análise de sensibilidade e um estudo comparativo entre FP e FPO. Os resultados mostraram satisfatórios, visto que foram os esperados de acordo com a operação do sistema. Ressalta-se que a aplicação do FPO é um tanto mais complexa que o FP visto que se utiliza de ferramentas de otimização não lineares para a obtenção do estado da rede.

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ESTUDO DOS EFEITOS DA SATURAÇÃO MAGNÉTICA DE MÁQUINAS DE INDUÇÃO TRIFÁSICAS EM COMPONENTES ELETRÔNICOS DE INVERSORES DE FREQUÊNCIA

PHELIPE ARRUDA PRADO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), JOSE TARCISIO DE RESENDE (Orientador/UFV)  

Este trabalho teve como objetivo inicial estudar os possíveis  efeitos da saturação magnética de máquinas de indução trifásicas sobre o inversor de frequência e seus componentes. As máquinas de indução são as mais utilizadas como motores nos setores industriais, comerciais e residenciais, e no seu acionamento atendendo diversas finalidades é utilizado o inversor de frequência. Porém, após uma revisão da literatura, constatou-se que os efeitos da saturação magnética das máquinas de indução sobre o inversor de frequência não são tão significativos como se imaginava. Então a pesquisa foi direcionada para a análise dinâmica da máquina quando alimentada pelo inversor de frequência. Foi estudado o comportamento da máquina (atributos físicos) e os níveis de distorções harmônicas na máquina com saturação magnética e sem saturação quando acionada a partir do inversor. A saturação magnética contribui para o aumento da distorção harmônica. Com o inversor de frequência esta distorção aumenta significativamente. Com base neste conhecimento, e sabendo  da importância do uso de inversores de frequência de um forma geral, simulou-se quatro situações distintas a fim de analisar e estudar os efeitos da saturação magnética e do uso do inversor na operação da máquina bem como no nível de distorção harmônica. São apresentados resultados de simulação destes casos que, condizentes com a literatura e com o que era esperado, comprovaram a realidade.

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ESTUDO DO PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA EM SISTEMAS HIDROTÉRMICOS DE POTÊNCIA

RICARDO DE OLIVEIRA CAMARGO SCARCELLI (Bolsista CNPq/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Orientador/UFV)

A atividade desenvolvida neste trabalho tem por objetivo realizar estudos de sensibilidade relacionados ao planejamento da operação de sistemas hidrotérmicos de potência. Para isso, foi desenvolvida uma ferramenta computacional capaz de determinar o cronograma ótimo de operação que atenda à demanda de forma confiável e a baixos custos em um determinado horizonte de planejamento, dadas as condições de operação às quais as unidades geradoras estarão sujeitas. O programa computacional aqui desenvolvido é baseado em técnicas matemáticas de tomadas de decisão, na qual opera de forma recursiva dividindo o problema em vários subproblemas em um determinado horizonte de planejamento. Todo o estudo foi realizado em um pequeno sistema hidrotérmico composto por uma usina hidrelétrica e uma térmica. Ambas pertencentes ao sistema brasileiro. Diversas situações foram analisadas, tais como: comportamento do sistema face às diversidades hidrológicas sejam períodos de cheias ou períodos secos; resposta das usinas diante a grande variação dos volumes dos reservatórios, como por exemplo volume inicial cheio e final vazio; dentre outras situações. Pôde observar a boa resposta do programa desenvolvido o qual obteve resultados condizentes com a lógica do planejamento da operação do sistema elétrico, o que foi decisivo no estudo do mesmo. Sendo assim, com o desenvolvimento dessa ferramenta passo a passo e  juntamente com os estudos de sensibilidade realizados, garantiu-se que o trabalho alcançasse o objetivo final de analisar alguns tipos de operação que um sistema hidrotérmico está sujeito, ou seja, considerando condições extremas de vazão afluente e volumes do reservatório.

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MONITORAÇÃO DE GRANDEZAS ELÉTRICAS PARA ACESSO REMOTO

THIAGO NASCIMENTO (Bolsista CNPq/UFV), LEONARDO BONATO FELIX (Orientador/UFV), MARCO AURELIO DE ALMEIDA CASTRO (Co-orientador/UFV), FERNANDO DE SOUZA RANAUDO (Bolsista CNPq/UFV)

Este resumo descreve atividades para desenvolvimento de um medidor eletrônico de grandezas elétricas - tensão eficaz, corrente eficaz, potência, consumo e fator de potência - capaz de enviar esses dados de forma serial na velocidade de 1200 bits por segundo. Para obtenção dos sinais de tensão e corrente, foram utilizados um transformador de potencial abaixador e um sensor de corrente de efeito hall da Allegro, o ACS754LCB-050-PSS, respectivamente. Foi realizada uma filtragem apropriada para o sensor de corrente, visto que este lançava muito ruído na saída dificultando as medidas. Foram amostrados esses pontos de tensão e corrente que atuam sobre a carga utilizando um conversor A/D interno de um microcontrolador da Microchip, o PIC 18F4550, que é o principal item do trabalho, responsável pela medição e cálculo das grandezas. Utilizou-se também um microcontrolador da Microchip, o PIC 16F628A, como buffer para envio dos dados. Os valores passam do 18F4550 na velocidade de 19200 bits por segundo para o 16F628A, e este, por sua vez, envia serialmente esses dados à velocidade de 1200 bits por segundo para a porta serial. O medidor foi projetado com o intuito de fornecer os dados à um modulador capaz de enviá-los pela rede elétrica, utilizando a tecnologia PLC, de forma a possibilitar a realização de um monitoramento remoto de grandezas elétricas.

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RECONHECIMENTO DE FALA DE LOCUTOR RESTRITO PARA ACIONAMENTO DE DISPOSITIVOS USANDO MODELOS OCULTOS DE MARKOV

TIAGO ZANOTELLI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), LEONARDO BONATO FELIX (Orientador/UFV)

As pesquisas no campo de reconhecimento de fala iniciaram-se na década de 50. Sua evolução só foi possível com os avanços dos sistemas digitais e técnicas de processamento de sinais. Atualmente, sistemas reconhecedores de fala são aplicados no acionamento de dispositivos, e.g cadeiras de rodas. Esse trabalho tem como objetivo implementar um sistema de reconhecimento de um locutor restrito, sendo o vocabulário pré-definido, constituído por cincos comandos. O sistema deve classificar o locutor como autorizado ou não, caso seja autorizado classificar o comando. Os dados de voz foram inicialmente adquiridos em um ambiente com a relação sinal/ruído de 25 dB e passaram por um pré-processamento (filtragem, normalização e corte). Para extração das características do sinal utilizou-se os coeficientes Mel-Cepstrais (CMCs) e Delta-Mel-Cepstrais (Delta-CMCs), que leva em conta o sistema de percepção auditiva humana, e também possibilita a diminuição dos dados sem a perda significativa da informação útil do sinal de entrada. Os CMCs foram usados como entradas para Modelos Ocultos de Markov, que são classificadores estocásticos que caracterizam muito bem um sinal variante no tempo, como a fala. O sistema obteve uma taxa de acerto de 99,53% para classificação do locutor e de 100,00% para classificação do comando. Para um ambiente com a relação sinal/ruído de 25 dB, conclui-se que o sistema reconhecedor mostrou eficiente na classificação do locutor e do comando.

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SISTEMA DE AUTOMAÇÃO APLICADO NO TRATAMENTO DE ÁGUA PARA POTABILIDADE EM COMUNIDADES RURAIS DE BAIXA RENDA

VALDEMIRO GONÇALVES DOS SANTOS (Bolsista/UFV), TARCISIO DE ASSUNCAO PIZZIOLO (Orientador/UFV), RAFAEL OLIVEIRA BATISTA (Bolsista CAPES/UFV), JOSÉ ANTÔNIO RODRIGUES DE SOUZA (Bolsista FAPEMIG/UFV)

A automação de processos iniciou-se nos anos 20 com Ford e sua produção em série. Entretanto nos últimos anos vem crescendo muito rapidamente devido ao descobrimento e aperfeiçoamento de novos componentes eletrônicos que reduzem os custos de automação. Um grande responsável por essa redução de custos é o PLC (Programmable Logic Controller). Os principais objetivos de se automatizar um processo são: aumentar a produtividade, a qualidade, a flexibilidade e a confiabilidade do mesmo. Os objetivos deste trabalho foram automatizar e aumentar a produtividade do sistema de tratamento de água. Para a automatização deste processo foram utilizados: - bóias NA e NF, como sensores; - válvulas solenóides, como atuadores e um PLC. Primeiramente analisou-se o processo de tratamento de água, que já estava em funcionamento. Este processo, inovador, utiliza um elemento floculador que é adicionado a água que será tratada no tanque 1 e agitado por 30 minutos, após isto a água passa por um filtro e vai para o tanque 2. O tanque 2 abastece uma placa de radiação solar na qual a água deve ficar exposta por 2 horas e após este tempo a água (tratada) é liberada para o tanque resfriador. Para a realização deste processo é necessário a intervenção de operadores. Após o levantamento do processo, elaborou-se um projeto, uma lógica de funcionamento e um diagrama Ladder. De posse do diagrama Ladder fez-se a programação e gravação do PLC. Após a realização de simulações do sistema proposto em laboratório, o processo apresentou resultados bem mais econômicos possibilitando o aumento da capacidade de tratamento de água, permitindo o funcionamento do mesmo sem a necessidade de operadores e com baixo custo de implantação. (Intec/Retec – Projeto com apoio financeiro da Retec).

(Retec )

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ESTUDO DA MALHA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

ALYSSON VINÍCIUS NEVES DOS SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV), LEONARDO BONATO FELIX (Orientador/UFV), JOSE GERALDO VIDAL VIEIRA (Co-orientador/UFV)

Este estudo versa sobre a viabilidade da aplicação de ferramentas de Inteligência Artificial para auxiliar o gerente de uma indústria de laticínios na tomada de decisão na área de logística de distribuição. A distribuição física é a atividade mais importante em termos de custos para as empresas, pois pode absorver até dois terços dos custos logísticos. Em se tratando de produtos lácteos, tais custos podem se elevar perante as especificidades e cuidados exigidos no transporte. Por isso, muitas empresas buscam reduzir seus custos logísticos e aperfeiçoar seus processos de distribuição, aumentando o nível de serviço ao cliente. O estudo de caso realizado numa indústria de laticínios de pequeno porte em Minas Gerais identificou que, a cada novo pedido solicitado via internet, o profissional de logística manipula ao mesmo tempo um grande número de informações e decide, com base na sua experiência, a melhor forma de distribuição desses pedidos. A técnica que se mostrou mais adequada ao problema proposto é a Lógica Fuzzy. A proposta deste trabalho é então apresentar um modelo fuzzy como uma alternativa de apoio aos métodos tradicionais de processamento de pedidos e tomada de decisão logística. Os resultados permitiram concluir que o modelo foi transcrito de forma adequada, ao apresentar as mesmas decisões tomadas pelo especialista e que, se observados os pontos fracos detectados, este modelo pode se constituir em uma importante ferramenta para a competitividade das indústrias.

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PRÍNCIPIOS GERAIS DE MEDIDAS DE TEMPERATURA:ESTUDO DA CURVA DE CALIBRAÇÃO DO TERMOPAR TIPO J E K

ANDRE LUIZ DE FREITAS COELHO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JULIO CESAR COSTA CAMPOS (Orientador/UFV)

Termopares são instrumentos destinados à medição de temperatura, formados por dois fios metálicos de natureza distinta, na forma de metais puros ou de ligas homogêneas. Os fios são soldados em um extremo ao qual se denomina de junta quente ou junta de medição. Enquanto que, a outra extremidade é conectada ao instrumento de medição de tensão, fechando um circuito elétrico por onde escoa a corrente. O ponto onde os fios que formam o termopar se conectam ao instrumento de medição é denominado de junta fria ou de referência. Se as juntas quente e de referência forem submetidas a um gradiente de temperatura é gerada uma tensão proporcional a esse gradiente entre as junções. No experimento, fixou-se o termopar a ser estudado em uma fonte de calor. Variou-se a temperatura da fonte e observou-se a tensão indicada pelo instrumento. Foi plotado um gráfico temperatura versus tensão, sendo possível determinar a curva de calibração e o coeficiente Seebeck dos termopares. Repetiu-se o experimento variando a temperatura da fonte no sentido ascendente e descendente para caracterização dos erros de histerese dos termopares analisados. Constatou-se que a relação entre a gradiente de temperatura e a tensão gerada é uma função linear, sendo o coeficiente Seebeck para o tipo J maior que o tipo K, ou seja, para um gradiente de temperatura, o tipo J gera uma tensão maior. Quanto á histerese, ficou evidenciado que por maior que seja o cuidado do operador, esse erro é impossível de ser eliminado, ou seja, é um erro aleatório. E através da análise dos gráficos plotados, verifica-se que o erro de histerese é mais perceptível no termopar tipo J

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REDES NEURAIS ARTIFICIAIS COMO ALTERNATIVA À DINÂMICA DE SISTEMAS NA MODELAGEM DA EMISSÃO DO GÁS CARBÔNICO

ANGELO LAMEU ALVES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JOSE IVO RIBEIRO JUNIOR (Orientador/UFV), RAFAEL ROSADO CRUZ (Não Bolsista/UFV)

Redes neurais artificiais (RNAs) são sistemas computacionais que imitam o comportamento do cérebro humano e tentam resolver determinados problemas através da aprendizagem e armazenamento de conhecimentos. Já dinâmica de sistemas é o estudo de como diversas variáveis atuam para influenciar determinado sistema. O objetivo deste trabalho foi a utilização das RNAs e da dinâmica de sistemas para a previsão anual da quantidade de gás carbônico emitida por Estados Unidos e Brasil, comparando esses dois métodos posteriormente. Foram coletados dados sobre a emissão anual de gás carbônico, o desenvolvimento da industrialização, aumento da população e da frota de automóveis dos dois países. Assim, com o auxílio do software Powersim e de regressões lineares, foi criada uma dinâmica de sistemas envolvendo essas variáveis e foi prevista a emissão de CO2 para cada um dos países, sendo utilizados como medidas de desempenho o erro médio quadrático, o erro percentual médio absoluto e o coeficiente U de Theil. Para a previsão feita pelas RNAs, foram utilizados somente os dados referentes à emissão de CO2, criando um banco de dados suficiente para o treinamento das diversas configurações de rede testadas. Com o auxílio do software Matlab, foi escolhida a melhor estrutura de RNA para a previsão, utilizando-se as mesmas medidas de desempenho citadas anteriormente. A previsão feita pelos dois métodos indicou que tal emissão de gás carbônico tende a crescer continuamente, e comparando os dois métodos, observou-se que as RNAs conseguem acompanhar melhor as variações do valor-alvo. Também foi concluído que não são necessárias redes muito complexas para este tipo de problema, apesar de que os dados apresentados como valor-alvo não apresentaram um comportamento bem definido.

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PLANEJAMENTO E CONTROLE ESTRATÉGICO: ESTRATÉGIA APLICADA À ROTINA

DANIEL JAQUES DE OLIVEIRA INÁCIO (Não Bolsista/UFV), ADRIANA FERREIRA DE FARIA (Orientador/UFV)

O planejamento estratégico é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Este trabalho teve por objetivo abordar o caso sobre a implantação de um processo de planejamento estratégico em uma empresa júnior, elaborado com o intuito de incorporar as definições do planejamento na rotina da empresa e monitorar o cumprimento dos objetivos e metas da organização. Com esse foco, o projeto foi formulado utilizando alguns conceitos das metodologias do Balanced Scorecard (BSC) e do Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD). O processo foi composto por quatro etapas principais: Atividades preparatórias, na qual foi formada a equipe estratégica, responsável pela elaboração e condução do processo; Formulação das estratégias, composta por uma reunião com todos os membros em que foram definidas as principais estratégias da empresa; Desdobramento e implementação das estratégias, na qual as estratégias definidas foram divididas em várias outras sob responsabilidade dos demais níveis da organização e, Controle Estratégico, etapa que se estendeu até o planejamento estratégico seguinte, teve a finalidade de verificar e revisar o cumprimento das diretrizes propostas. Verificou-se que, dentre as metas propostas, 90% foram cumpridas no prazo e, as não concluídas, puderam ter as causas do não cumprimento mapeadas a partir da análise realizada. A partir desse trabalho, pôde-se desenvolver uma visão melhor sobre a real situação da empresa e do ambiente no qual estava inserida e, assim, tomar decisões mais assertivas e com maior segurança.

(Não houve apoio financeiro )

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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO FERRO FUNDIDO VERMICULAR QUANDO SUBMETIDO A DIFERENTES CONDIÇÕES DE TRATAMENTO TÉRMICO

DANIELLE DA SILVA OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ALEXANDRE MARTINS REIS (Orientador/UFV), CHARLES LUIZ DA SILVA (Co-orientador/UFV), MARIA FERNANDA LOUSADA ANTUNES (Não Bolsista/UFV)

O ferro fundido vermicular é um material que teve um aumento da sua utilização nos últimos anos e vem substituindo outros materiais tradicionalmente empregados pela indústria graças às suas propriedades superiores de resistência mecânica, à capacidade de amortecimento e a alta ductilidade. A busca por maior aperfeiçoamento deste material motivou a realização deste projeto, que tem por objetivo submeter o ferro fundido vermicular de matriz perlítica a diferentes tipos de tratamento térmico e analisar as propriedades obtidas. Como primeiro tratamento térmico, foi escolhida a têmpera. Para a realização do experimento submeteu-se as amostras do material a uma temperatura de 800 °C durante trinta minutos, logo após fez-se um rápido resfriamento emergindo-as em dois meios distintos. Uma das amostras teve seu resfriamento feito em óleo e a outra em óleo solúvel. Depois de feita a preparação metalográfica, foi possível a visualização da microestrutura do material utilizando um microscópio óptico. A análise das imagens obtidas mostrou a alteração da matriz das amostras que passaram de perlítica para martensítica, esta alteração foi seguida de um já esperado aumento da dureza. Para as amostras onde a têmpera foi realizada em óleo, obteve-se uma média de dureza de 53 HRC, já as amostras resfriadas em óleo solúvel, a média foi de 51 HRC o que demonstra não ter uma diferença considerável desta propriedade se comparado os dois meios utilizados para resfriamento. Dando continuidade ao trabalho, outros tratamentos térmicos serão realizados para que sejam constatadas suas influências nas propriedades do ferro fundido vermicular.

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DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DE TI PARA SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE EM PEQUENAS EMPRESAS

MAÍSA NASCIMENTO SOARES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ADRIANA FERREIRA DE FARIA (Orientador/UFV), RAFAELA MOTA ZANDIM (Não Bolsista/UFV)

No mercado atual, caracterizado pela concorrência acirrada, globalização e crise econômica, percebe-se, cada vez mais, a importância das inovações organizacionais, ou tecnologias de gestão, como diferencial de produtividade e competitividade para as organizações. Dentre as tecnologias de gestão mais almejada pelas empresas está a Gestão da Qualidade. A operacionalização e manutenção dos sistemas de gestão da qualidade podem ser facilitadas com a utilização de ferramentas de tecnologia da informação (TI). Assim, esse trabalho teve como objetivo o entendimento dos requisitos da norma de sistemas de gestão da qualidade ISO 9001, o estudo das principais ferramentas de TI disponíveis no mercado que atendam a esses requisitos e a verificação da adequação dessas ferramentas às micro e pequenas empresas. Buscou-se também elaborar um modelo de um software para gestão da qualidade das micro e pequenas empresas, com os módulos considerados essenciais, como gestão de documentos, gestão de competências e treinamentos, gestão de auditoria e gestão de melhorias. Um software existente no mercado foi utilizado como uma estrutura base para a elaboração desse modelo de software. Esse trabalho será utilizado posteriormente para auxiliar no desenvolvimento de um algoritmo para o desenvolvimento de uma ferramenta de tecnologia da informação para sistemas de gestão da qualidade que seja adequada e acessível às micro e pequenas empresas.

 

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COMPARAÇÃO ENTRE AS MICROESTRUTURAS E AS DUREZAS DE AMOSTRAS DE FERRO FUNDIDO VERMICULAR E DE FERRO FUNDIDO CINZENTO

MARIA FERNANDA LOUSADA ANTUNES (Bolsista CNPq/UFV), DANIELLE DA SILVA OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), ALEXANDRE MARTINS REIS (Orientador/UFV)

O Ferro Fundido Vermicular (CGI) tem-se tornado uma alternativa interessante para a fabricação de blocos e cabeçotes de motores a diesel, em substituição aos atualmente empregados Ferros Fundidos Cinzentos. Isso se deve, principalmente, ao fato de possuírem propriedades mecânicas superiores, e propriedades térmicas e de amortecimento, semelhantes às do ferro fundido cinzento. Contudo, uma das maiores desvantagens apresentada pelo CGI e que impedem sua maior utilização é a sua baixa usinabilidade o que acaba encarecendo o processo de fabricação de peças com este material. Sabe-se que tanto as propriedades quanto as características dos materiais, estão diretamente relacionadas com a sua microestrutura. Assim, este trabalho avaliou a microestrutura destes dois materiais, através de análises metalográficas, buscando relacioná-las com suas respectivas durezas, visto que esta propriedade mecânica tem uma influência marcante na usinabilidade dos materiais. Os experimentos foram desenvolvidos no Laboratório DEP/UFV. As amostras de Ferro Fundido Vermicular e Ferro Fundido Cinzento foram cortadas, limpadas e embutidas para serem lixadas com granulações 80, 120, 180, 220, 360, 400, 600, 800, 1000 e 1200, para obter amostras lisas e planas. Após lixamento, as amostras foram polidas com aluminas de 1µm, 0.3µm e 0.05µm. Depois de preparadas, as peças foram submetidas a ataque químico com reagente Nital (solução de Ácido Nítrico a 2% em álcool etílico), durante 15 segundos, a fim de revelar a microestrutura dos materiais. No CGI verificou-se a presença de grafita vermicular, perlita fina e steadita, enquanto no Ferro Fundido Cinzento havia grafia tipo A, perlita grosseira e steadita (quantidade bem menor do que no CGI). Através de um ensaio de dureza Brinell, verificou-se que o Ferro Fundido Vermicular (232 HB) possui dureza maior do que o Ferro Fundido Cinzento (182 HB), o que era esperado devido à microestrutura dos materiais, e que justifica a baixa usinabilidade do Ferro Fundido Vermicular.

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GESTÃO POR PROCESSOS APLICADA EM UMA PEQUENA EMPRESA DE BASE TECNOLÓGICA PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE

PAULA MARIANA DOS SANTOS (Bolsista/UFV), ADRIANA FERREIRA DE FARIA (Orientador/UFV)

No atual cenário empresarial, o sucesso das empresas depende da evolução contínua do empreendimento, da sua competência em colocar no mercado produtos e serviços que satisfaçam e mantenham os clientes, respeitando o meio ambiente e os critérios de qualidade. Desta forma, competitividade é a palavra de ordem para as organizações. A empresa competitiva oferece os melhores produtos e serviços dentro de um custo aceitável, com critérios de qualidade, segurança e prazo definidos pelos clientes. A maior competitividade pode ser obtida com a implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), que reduz a variabilidade dos processos, que é a causa de fabricação de produtos fora das especificações. Portanto, através do SGQ é possível aumentar a produtividade das organizações e a satisfação dos clientes, consequentemente a competitividade da empresa no mercado. Para a implantação do SGQ de acordo com as normas internacionais ISO 9000, é necessária a abordagem por processos. Nesse sentido, esse trabalho objetiva relatar o estudo de caso sobre a implantação da metodologia gestão de processos, realizado em uma pequena empresa de base tecnológica, a fim de prepará-la para a implantação do SGQ. Foi feito um estudo de caso para conhecer o ambiente da empresa, seus produtos e serviços e os processos envolvidos. Em seguida, realizou-se o mapeamento dos processos-chave e posteriormente, elaborou-se os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) dos processos. Para as atividades mais complexas, realizadas com maior freqüência, foram feitas as Instruções de Trabalho (IT). Com a condução deste trabalho espera-se aumentar a produtividade da empresa através da padronização dos processos (redução da variabilidade); reduzir o tempo de execução dos mesmos, melhorar a utilização dos recursos disponíveis e aumentar a qualidade de vida no trabalho, garantindo um melhor relacionamento entre os funcionários.

(Bitec/IEL )

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ANÁLISE DO ESTOQUE COMO APOIO AO PLANEJAMENTO DE COMPRA

RAFAELA MOTA ZANDIM (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MAÍSA NASCIMENTO SOARES (Não Bolsista/UFV), JOSE IVO RIBEIRO JUNIOR (Orientador/UFV)

Em meio a processos de mudanças aceleradas, há uma exigência contínua de que as organizações tenham uma gestão estratégica eficaz e eficiente, o que pressupõe a existência de uma infra-estrutura informacional para tomada de decisões. A qualidade das decisões tomadas é de extrema importância para uma boa gestão, e está diretamente relacionada ao potencial do sistema de informação utilizado pela empresa. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo a elaboração de uma ferramenta de gestão, especificamente um Sistema de Informação Gerencial, direcionada ao setor de compras de um supermercado de pequeno porte, com base no estudo do estoque. Para tal, caracterizaram-se os processos de compra e de estocagem de um supermercado localizado no município de Viçosa (MG). Posteriormente, foram selecionados três produtos e, a partir das informações obtidas na coleta de dados, foi avaliada a qualidade do processo de compra utilizado no supermercado. Dessa forma, identificou-se que o processo de compra em um supermercado é extremamente dinâmico e, muitas vezes por esse motivo, pessoas são treinadas de forma a conhecer mais a fundo esse processo, por meio de anos de experiência. Esse fato pode ser prejudicial à organização, se as informações concentradas nas pessoas não forem oficialmente formalizadas na empresa. Isso implica que a correta adaptação e utilização dos fundamentos teóricos do processo de estocagem, é a solução mais pertinente e segura para essas empresas. Por fim, foi proposto o modelo do Sistema de Informação Gerencial, o qual permite que o responsável de compra tome decisões mais acertadas a respeito do lote de compra, reduzindo a variabilidade dos níveis de estoque e, consequentemente, otimizando o investimento em estoque.

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DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM PEQUENAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA

RODRIGO CÉSAR DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), JÚNIA ALVARENGA LIMA (Não Bolsista/UFV), ADRIANA FERREIRA DE FARIA (Orientador/UFV)

Nas universidades e ao redor delas, a criação dos chamados spinn-off’s acadêmicos, ou das Empresas Nascentes de Base Tecnológica (ENBT’s), de origem acadêmica, é um fenômeno cada vez mais comum. Para promover a criação dos spinn-off’s acadêmicos, algumas universidades vêm implementando órgãos institucionais internos como: os escritórios de transferência de tecnologia, para auxiliar na proteção dos conhecimentos gerados na academia; as incubadoras de empresas, para apoiar com infra-estrutura física e gerencial as EBT’s em seus primeiros anos de vidas; e os parques tecnológicos, para abrigar as empresas em seu lançamento de mercado. Este trabalho tem por objetivo geral propor uma metodologia para o desenvolvimento de produtos em pequenas empresas de base tecnológica. O trabalho foi conduzido a partir do estudo de caso e pesquisa-ação realizados em duas ENBT´s incubadas na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do CENTEV/UFV, onde foi realizado o EVTEC e o Desdobramento da Função Qualidade (QFD). O modelo proposto foi dividio em duas etapas de aplicação, sendo a primeira relativa aos Stage gates e a posterior onde dá-se início à produção do produto para posterior comercialização do mesmo no mercado. Verificaram-se através do trabalho as dificuldades das ENBT que são criadas sem seguirem o modelo proposto. Essas empresas ressentem da falta de um sistema de desenvolvimento de produto, o que leva em um longo tempo para disponibilizar o produto no mercado. As informações levantadas no EVTEC e no QFD foram importantes para as empresas e agilizaram o desenvolvimento de seus produtos, considerando as necessidades dos clientes, e aumentando assim sua satisfação. Dessa forma, os produtos colocados no mercado que tenham sido criados num processo de desenvolvimento de produto orientado para o cliente, tem muito mais chances de sucesso.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

FUNCIONALIZAÇÃO DE MONOTERPENOS: AGREGANDO VALOR A MATÈRIAS PRIMAS RENOVÁVEIS ATRAVÉS DE UM PROCESSO OXIDATIVO AMBIENTALMENTE FAVORÁVEL.

ALEXANDRE ALMEIDA OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCIO JOSE DA SILVA (Orientador/UFV)

A funcionalização de monoterpenos representa uma rota interessante para agregar valor a estes produtos naturais de grande abundância e baixo custo. Alguns dos derivados funcionalizados obtidos da oxidação de monoterpenos são materiais comercialmente importantes para as indústrias farmacêutica, de perfumes e de aromas além de intermediários sintéticos versáteis podendo ser usados na síntese de produtos quirais. Devido a recentes imposições legais e sociais, a indústria química tem investigado novos materiais e procedimentos que substituam os processos "clássicos" de oxidação, os quais utilizam sais à base de cromo e manganês (geradores de grande quantidade de resíduos tóxicos), por sistemas catalíticos (designados por tecnologia limpa) que reduzam os custos, a quantidade de subprodutos e conseqüentemente o impacto ambiental. Nesse sentido, sistemas que utilizam metais de transição como catalisadores e peróxido de hidrogênio como oxidante têm sido considerados como uma alternativa bastante interessante. Dessa forma, foi estudado a oxidação do β – pineno e do Canfeno por peróxido de hidrogênio em soluções de acetronitrila, catalisadas por PdCl2 , visando obter derivados oxigenados valiosos. Os testes catalíticos foram realizados em um reator de vidro tri tubulado com septo para amostragem e com agitação magnética a 60ºC. A conversão do substrato e a formação de produtos foi acompanhada por cromatografia gasosa (aparelho Shimadzu equipado com detector FID e coluna capilar DB5 30M). Os produtos foram identificados através de espectroscopia de massa acoplada à cromatografia gasosa (Shimadzu MS-QP 5050, impacto eletrônico 70 eV). Notalvemente, as oxidações do β-pineno e canfeno catalisada por PdCl2 resultaram em conversões seletivas para produtos de epoxidação e de oxidação alílica, normalmente compostos carbonílicos e álcoois, verificando-se assim que o sistema utilizado mostrou-se promissor para a oxidação destes monoterpenos nas condições de estudo.

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O EFEITO DE AGENTES SECANTES NA ESTERIFICAÇÃO DO ÁCIDO OLÉICO CATALISADA POR H3PW12O40

ANA PAULA DE FIGUEIREDO MONTEIRO (Bolsista CNPq/UFV), MARCIO JOSE DA SILVA (Orientador/UFV)

 Convencionalmente, o biodiesel é produzido via (trans)esterificação alcalina de óleos vegetais. Todavia, quando a acidez destas matérias primas é elevada, são usados processos catalisados por ácidos minerais. Ambos os sistemas, porém têm sérias desvantagens tais como provocar corrosão aos reatores e gear grande quantidade de efluentes e resíduos de neutralização. O uso de eropoliácidos como o H3PW12O40 (HPW) pode ser uma alternativa. por serem recicláveis, menos corrosivos e cataliticamente mais ativos que o H2SO4. Desta forma, o heteropoliácido H3PW12O40  tem recebido muita atenção nos últimos anos, podendo se tornar rapidamente um substituto para os convencionais catalisadores. Dentre os diversos parâmetros de reação importantes nos processos de esterificação destaca-se o teor de água no meio. Visando avaliar este efeito nas reações catalisadas por HPW avaliou-se a atividade deste na ausência e na presença de agentes secantes. A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos com agentes secantes mais comuns. Observou-se que em teores elevados de água a atividade catalítica do HPW na esterificação de ácidos graxos é reduzida. Assim foram feitas reações de esterificação do ácido oléico utilizando o HPW como catalisador na presença de 5% de água, adicionando aos meios reacionais adsorventes como o Na2SO4, MgSO4, peneira molecular 3A e sílica gel. As reações foram conduzidas sob refluxo em banho termostatizado por 4 hs e alíquotas periodicamente analisadas por  CG.  Então, podemos concluir que os testes realizados com o catalisador HPW mostraram que sua atividade catalítica é reduzida substancialmente na presença de teores elevados de água mesmo com o emprego de adsorventes no meio reacional, sendo necessário o estudo de novas metodologias que superem esse problema.

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EFEITO DE MAGNESIUM PHOSPORICUM 12C EM DODECILSULFATO DE SÓDIO POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

ANA PAULA MARQUES DE OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ELSON SANTIAGO DE ALVARENGA (Orientador/UFV), VICENTE WAGNER DIAS CASALI (Co-orientador/UFV)

Os compostos homeopáticos são preparados através de ultra-diluições de uma substância de partida normalmente em etanol 70%. Na potência 12c o número de Avogadro é superado, sendo difícil detectar a substância de partida nesta diluição. Por isso é importante empregar técnicas mais avançadas na análise química desses compostos.O objetivo desse trabalho foi empregar a espectrometria de ressonância magnética nuclear de 13C (RMN de 13C) para estudar o efeito de soluções ultradiluídas de fosfato de magnésio sobre SDS em D2O. As amostras de Magnesium phosphoricum (Mag-p) foram preparadas a partir do fosfato de magnésio por sucessivas diluições de acordo com as normas da Brazilian Homoeopathic Pharmacopoeia. Os espectros de RMN de 13C foram obtidos em equipamento Varian Mercury 300MHz.O espectro de SDS e Mag-p 12c em D20 apresentou um sinal extra em 221.41 ppm comparado com o espectro de SDS em D2O. A intensidade desse sinal foi comparável em tamanho aos outros sinais no espectro indicando que ele não é um artefato criado pela máquina. Através dos resultados pode-se concluir que o sinal extra foi induzido por uma combinação do SDS e a solução ultradiluída, pois este sinal não foi observado no espectro do SDS/D2O (amostra controle).

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

ESTUDO DO TEMPO DE VIDA DE MAGNESIUM PHOSPORICUM 12C POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR DE 13C

ANA PAULA MARQUES DE OLIVEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ELSON SANTIAGO DE ALVARENGA (Orientador/UFV), VICENTE WAGNER DIAS CASALI (Co-orientador/UFV)

As ultradiluições têm sido propostas como um método alternativo para melhorar a absorção de nutrientes pelas plantas. A homeopatia Magnesium phosphoricum (Mag-p) possui a mensagem energética dos nutrientes fósforo e magnésio que são importantes para as plantas. Estudos feitos com a Mag-p 12c em culturas de soja e feijão demonstraram um aumento na taxa fotossintética o que promoveu aceleração do crescimento.O objetivo deste trabalho foi empregar a espectrometria de ressonância magnética nuclear de 13C para determinar o tempo de vida da Mag-p 12c. As amostras de Mag-p 12c foram preparadas a partir do fosfato de magnésio por sucessivas diluições de acordo com as normas da Farmacopéia Brasileira de Homeopatia. Os espectros de RMN de 13C foram obtidos em equipamento Varian Mercury 300MHz até o completo desaparecimento do sinal induzido pela Mag-p 12c.O espectro de SDS e Mag-p 12c em D20 apresentou um sinal extra em 221 ppm comparado com o espectro de SDS em D2O. A intensidade desse sinal foi diminuindo com o tempo até desaparecer completamente em 3 horas e 25 minutos após preparo da ultradiluição. O espectro de SDS/D2O também apresentou o sinal extra após o contato por imersão com o composto homeopático. Através dos resultados pode-se concluir que o tempo de vida estimado da Mag-p 12c é de 2 horas, porque nenhum sinal extra foi observado no espectro de SDS-Mag-p-D2O após 3 horas e 25 minutos e sua intensidade diminuiu consideravelmente após 2 horas do preparo.

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ANÁLISE DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR DEFENSIVOS AGRÍCOLAS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA-MG

ANDRÉ SANTANA ANDRADE (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), VAGNER TEBALDI DE QUEIROZ (Co-orientador/), DIEGO TOLENTINO DE LIMA (Bolsista/UFV), MARIA ELIANA LOPES RIBEIRO DE QUEIROZ (Orientador/UFV), ANTONIO AUGUSTO NEVES (Co-orientador/UFV), MAYRA CAROLINA DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV)

Os municípios mineiros de Rio Paranaíba, São Gotardo e Ibiá destacam-se na produção agrícola da região do Alto Paranaíba, principalmente em relação às culturas de café, milho, soja, feijão, batata-inglesa, beterraba, cebola, cenoura, alho, trigo e cana-de-açúcar. Sistemas de produção intensiva, como os realizados nos municípios supracitados, elevam a necessidade de defensivos agrícolas para o controle de pragas. Entretanto, a utilização não criteriosa destes produtos pode comprometer a qualidade das águas subterrâneas. O objetivo deste trabalho foi analisar o risco de contaminação das águas subterrâneas pelos princípios ativos (p.a.) de maior ocorrência na região. Os produtos formulados (p.f.) mais utilizados foram identificados por meio de questionários semi-estruturados. A identificação das propriedades físico-químicas dos p.a. foi possível mediante consulta realizada em diferentes bases de dados de acesso livre. As análises de risco foram efetuadas de acordo com o índice GUS e critérios da Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA). Tais modelos avaliam a capacidade que um p.a. tem de atingir águas subterrâneas utilizando índices e intervalos matemáticos associados às características físico-químicas dos mesmos. Os resultados apontaram que dos 59 p.a. estudados, 15,25% foram potenciais contaminantes, 20,34% se encontram na faixa de transição e 61,02% foram classificados como não contaminantes pelo índice GUS. Com relação aos critérios da EPA, observou-se que 57,63% foram enquadrados como contaminantes em potencial e 38,98% como não contaminantes em potencial. Em relação a ambos os critérios (GUS e EPA), 35,59% se enquadraram como contaminantes em potencial e 38,98% como não contaminantes em potencial. Conclui-se que o risco de contaminação de águas subterrâneas na região deve ser considerado e que os p.a. com maior potencial de contaminação devem ser utilizados criteriosamente ou substituídos nas práticas agrícolas regionais.

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ANÁLISE DO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS PELOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS UTILIZADOS NA REGIÃO DO PROGRAMA DE ASSENTAMENTO DIRIGIDO DO ALTO PARANAÍBA (PADAP)

ANDRÉ SANTANA ANDRADE (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), VAGNER TEBALDI DE QUEIROZ (Co-orientador/), DIEGO TOLENTINO DE LIMA (Bolsista/UFV), MARIA ELIANA LOPES RIBEIRO DE QUEIROZ (Orientador/UFV), ANTONIO AUGUSTO NEVES (Co-orientador/UFV), LUIS CESAR DIAS DRUMOND (Co-orientador/UFV)

Inseridos no Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba, o qual permitiu a implantação de sistemas de cultivo intensivo no Cerrado mineiro, os municípios de Rio Paranaíba, São Gotardo e Ibiá se encontram localizados em uma região de nascentes que apresentam importantes afluentes para as Bacias Hidrográficas dos Rios São Francisco-Sul e Paranaíba. Apesar da existência de indicadores de contaminação nas Bacias supracitadas, até o presente momento, não existem informações disponíveis que permitam concluir se as atividades agrícolas praticadas na região corroboram, ou não, com os mesmos. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo identificar os princípios ativos (p.a.) com maior potencial de contaminação das águas superficiais da região do PADAP. O levantamento dos produtos formulados (p.f.) mais utilizados foi realizado com o auxílio de questionários semi-estruturados. Para a identificação da classificação ambiental dos p.f. e das propriedades físico-químicas dos respectivos p.a., foi efetuada consulta em banco de dados de acesso livre. A análise do risco de contaminação das águas superficiais foi realizada utilizando o método de GOSS, o qual permite a classificação dos p.a. em alto, médio ou baixo potencial de contaminação, associados ao sedimento ou dissolvidos em água. Observou-se que 70,18% dos p.f se distribuem entre as classes ambientais I/II e que, dos 59 p.a. estudados, 18,64% foram classificados em alto, 49,15% médio e 28,81% em baixo potencial de contaminação quando associado ao sedimento e, 23,73% foram classificados em alto, 55,93% médio e 16,95% em baixo potencial de contaminação quando dissolvidos em água. Considerando os dois meios de transporte, observou-se que 30,51% dos p.a. apresentaram os maiores riscos de atingirem águas superficiais. Conclui-se que o risco de contaminação de águas superficiais existe na região do PADAP e que os p.a. com maiores riscos de contaminação devem ser utilizados criteriosamente ou substituídos na região.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

EXPERIMENTOS E JOGOS EDUCATIVOS PARA O ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA E A POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA

ANTONIO EUSTÁQUIO CARNEIRO VIDIGAL (Bolsista FAPEMIG/UFV), MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER (Orientador/UFV), ANTONIO POLICARPO SOUZA CARNEIRO (Co-orientador/UFV)

A falta do componente experimental e de contextualização no ensino médio de Química pode resultar em redução significativa da aprendizagem. O projeto Ciência em Ação propõe um ensino dinâmico, através de experimentação e jogos educativos, melhorando a aprendizagem e despertando o interesse pelas Ciências. Neste trabalho descrevemos os resultados do projeto em 2008, desenvolvido com alunos do primeiro ano do EM de 4 escolas públicas de Viçosa, e das atividades junto aos alunos do terceiro ano em 2009. Foi desenvolvida, testada e avaliada uma metodologia de ensino onde grupos pequenos de alunos participam de sessões de tutoria de 2h semanais durante o ano letivo, com a realização de experimentos, resolução de exercícios e jogos educativos. A aprendizagem foi acompanhada por coleta e análise estatística das notas bimestrais nas escolas. Também se aplicou um questionário para conhecimento da situação sócio-econômica dos participantes e avaliação da metodologia. Outro questionário coletou as opiniões dos professores (estagiários do projeto). A análise estatística comparativa das notas dos participantes em relação a uma amostra aleatória de alunos não participantes de cada escola (controle) mostrou um aumento significativo no aproveitamento escolar em função da participação no projeto. Em 2008, as médias finais dos participantes (1º. Ano) das escolas 1 a 4 foram, respectivamente: 77, 75, 74 e 73, enquanto as médias dos respectivos grupos controle foram: 64, 59, 64 e 61. Em 2009, os resultados seguem a mesma tendência, pois as notas do primeiro semestre dos participantes foram superiores às dos grupos controle. O levantamento da situação sócio-econômica revelou que os alunos participantes pertencem a camadas carentes da população. O relato dos estagiários indicou que houve melhora na capacidade de observação, elaboração de hipóteses e explicações para os fenômenos estudados no decorrer do ano, e um aumento no interesse por temas científicos. (FAPEMIG).

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VERIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE HEPTANO, SYLGARD 309 E ÁGUA COMO MICROEMULSÃO FRENTE A ADIÇÃO DE NACL

BÁRBARA DARÓS DE LELIS FERREIRA (Não Bolsista/UFV), ALEXANDRE GURGEL (Orientador/UFV)

Sistemas auto-organizáveis são sistemas químicos formados a partir da agregação espôntanea de moléculas em solentes diversos. Um tipo especial são as microemulsões, misturas transparentes de água, óleo e tensoativo com ou sem aditivos, com propriedades únicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de formação de microemulsão do óleo Heptano, do tensoativo siliconado Sylgard 309 e da água destilada sem adição de sal, bem como observar o efeito da adição de NaCl, nas proporções mássicas de 0,5% e 1,5%. Os sistemas foram construídos por titulação turbidimétrica, avaliando-se a solubilidade na composição, as amostras foram pesadas em balança analítica e deixadas em repouso. Observou-se, que o domínio de existência de sistemas microemulsionados é grande. Um diferencial deste trabalho é a determinação do efeito da força ionica do meio sobre a formação desses sistemas monofásicos. Sabe-se que os eletrolitos têm o poder de alterar as interações tensoativo-solvente que se estabelecem no filme interfacial. Assim, deve-se conhecer em que condições de salinidade os sistemas são estáveis. Para isso, foram feitas titulações, substituindo a água pura pelas soluções salinas selecionadas acima. Observou-se uma melhoria na estabilização de algumas amostras, uma conclusão interessante uma vez que o tensoativo utilizado é não-ionico. Após dois meses, não houve mudanças nos sistemas, indicando que os três componentes  puros apresentam potencial de microemulsão. Quando o sal é adicionada este potencial melhora, mas, à medida que se aumenta sua concentração, a área de microemulsão diminui. Assim, estes resultados confirmam que muitos materiais imiscíveis podem ser tornar miscíveis quando adicionado um terceiro ou quarto componente, formando assim um sistema termodinamicamente estável, que pode ser aplicado com vantagens, por exemplo, em sínteses de agroquímicos, industriais petrolíferas, alimentícias, famacêuticas, dentre outras, segundo o grande potencial das microemulsões.

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COMPARAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO PENNISETUM PURPUREUM EM RELAÇÃO AO EUCALYPTUS UROGRANDIS

BIANCA MOREIRA BARBOSA (Bolsista/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV), FERNANDO JOSÉ BORGES GOMES (Bolsista outra Instituição/UFV), ROBISNÉA ADRIANA RIBEIRO (Não Bolsista/UFV)

As características edafoclimáticas brasileiras favorecem o uso de energias renováveis. O Pennisetum purpureum (capim elefante) tem sido foco para a produção de biomassa como fonte energética. Quando comparado à espécies de maior importância para produção energética no Brasil como Eucalyptus spp., o capim elefante apresenta uma alta produtividade de biomassa seca, podendo ocorrer valores de biomassa superiores aos dos plantios florestais .Esse trabalho tem como objetivo a caracterização e a comparação da composição química do capim elefante e a madeira de uma espécie hibrida de Eucalyptus, o Eucalyptus urograndis. A madeira utilizada nesse estudo foi procedente de plantios florestais de E.urograndis da região de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul e o capim elefante foi coletado na região de Viçosa, Minas Gerais. Após o preparo das amostras, foi avaliada a densidade Básica da Madeira, quantificado extrativos totais da madeira e os carboidratos por cromatografia liquida de alta eficiência. Também foram analisados lignina insolúvel em ácido, lignina solúvel, teor de cinzas e ácidos urônicos. Os resultados obtidos no estudo para o capim elefante e E. urograndis foram de,respectivamente, 200,0 kg/m3 e 516,0 kg/m3 (densidade Básica), 7,5 e 2,7  (extrativos etanol/tolueno,%),14,8 e 4,1 (extrativos totais, %),47,4 e 47,3 (celulose,%), 18,4 e 13,1 (hemicelulose,%), 1,6 e 5,9 (ácidos urônicos, %), 22,8 e 28,9 (lignina total,%), 6,1 e 0,3 (teor de cinzas, %).O capim elefante se apresenta como uma potencial fonte de carboidratos, esse número se mostra elevado devido a um maior teor de hemicelulose, notadamente de xilanas (16,8%), enquanto na madeira esse teor foi de 11,2%. Foi observado que o teor de lignina é menor no capim elefante quando comparado ao encontrado na madeira. Esses resultados mostram o possível uso do capim elefante para área de energia e de biocombustíveis e, a necessidade de mais pesquisas no sentido de aprimorar a sua potencialidade.

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ISOLAMENTO DA LIGNINA DE POLPA MARROM DE EUCALIPTO POR DOIS MÉTODOS DIFERENTES

BIANCA MOREIRA BARBOSA (Bolsista/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV), TERESA CRISTINA FONSECA DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV), FLÁVIA NATALINO OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV)

A lignina pode ser isolada pelos métodos MWL (Milled Wood Lignin) e acidólise. É sabido que a lignina gerada por acidólise gera estruturas condensadas, impedindo a caracterização real da estrutura da lignina e que pela MWL é possível manter a estrutura real da lignina. O objetivo deste trabalho é o isolamento da lignina por esses dois métodos. Para tanto, utilizou-se polpa marrom de Eucalyptus urograndis com teor seco de 92,2%. No método MWL, 300 g de polpa seca foram moídas em moinho de bolas por 10 dias. 225 g da polpa moída foram colocadas em erlenmeyers com tampa para extrair em 1800 mL de dioxano-água 95:5 e, foram deixados sob agitação por quatro dias. A solução resultante foi filtrada e, após ter sido submetida a destilação à vácuo, utilizou-se ácido acético 90% para dissolver o resíduo. A lignina foi precipitada pela adição de éter etílico e depois centrifugada e lavada com éter etílico e éter de petróleo. Pelo método da acidólise, a cada 100 g de polpa utilizou-se 3000 mL de solução 0,1 mol. L-1 de HCl em dioxano-água 82:18 sob refluxo em atmosfera de nitrogênio por duas horas na temperatura de 88ºC. A polpa foi filtrada e lavada três vezes com 300 mL de solução dioxano-água 82:18 e com água destilada até que o filtrado atingisse pH 6. Adicionou-se 2,5 L de água destilada ao filtrado e foi deixado secar em banho-maria a 40ºC até que todo dioxano evaporasse. Centrifugou-se lavando com água destilada. Os rendimentos obtidos foram de 0,30% para a lignina por MWL (utilizando 225 g de polpa moída) e 0,85% por acidólise (a partir de 40 g de polpa marrom). Os dois métodos foram eficientes no isolamento da lignina o que permite conhecer o comportamento típico desse polímero amorfo sem interferência de outras substâncias presentes na polpa.

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SÍNTESE E AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DE COMPLEXOS DE CU(II) DERIVADOS DO BIS(2-MERCAPTO-5-METILBENZIMIDAZOL)ALCANOS

CAMILA VARGAS GARCIA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ONKAR DEV DHINGRA (Co-orientador/UFV), JOSE ROBERTO DA SILVEIRA MAIA (Orientador/UFV)

Nos últimos anos têm sido sintetizados ligantes (S,N)-ambidentados baseados em sistemas de anéis aromáticos nitrogenados como 2-mercapto-5-metilbenzimidazol. Esses ligantes são interessantes do ponto de vista da química de coordenação em razão das várias possibilidades de formação de ligações químicas a centros metálicos. O objetivo desse trabalho foi sintetizar, caracterizar e avaliar o efeito antifúngico dos complexos diclorobis(2-mercapto-5-metil-benzimidazol)-metanocobre(II) (1) e diclorobis(2-mercapto-5-metilbenzimidazol)-etanocobre(II) (2). Estes compostos foram sintetizados através da reação entre os ligantes e cloreto de cobre(II) diidratado em metanol. Obteve-se sólidos de cor verde, solúveis em metanol, etanol, acetonitrila e acetona e insolúveis em éter etílico, água e hidrocarbonetos. Os compostos foram caracterizados por análise elementar (CHN), por espectroscopia no infravermelho e ponto de fusão. Os espectros vibracionais dos complexos 1 e 2 apresentaram bandas fortes na região de 1620-1580 cm-1 as quais correspondem ao estiramento ν(C=N + C=C) presentes no anel benzimidazol. Além disso, observou-se que houve um deslocamento das bandas atribuídas ao estiramento das ligações C=N e C=C, indicando uma forte interação do centro metálico com o átomo de nitrogênio do grupo benzimidazol. Na região de baixa freqüência atribuiu-se uma única banda relativa ao estiramento das ligações Cu-Cl, sugerindo a formação de complexos de isomeria trans. Nessa região não foi possível identificar a banda referente á ligação Cu-N em razão de superposição de bandas nessa região. No entanto foi possível verificar que houve um deslocamento significativo das bandas referentes à ligação N-H nos complexos em relação aos ligantes livres, indicando que o metal está, de fato, coordenando via o átomo de nitrogênio amino desses ligantes. O teste antifúngico mostrou que o complexo 1 foi inativo nas concentrações de 500 e 1000 ppm contra os fungos Bipolares sorokiniana e Aspergillus flavus. (FAPEMIG)

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TRIS(N-R-SULFONILDITIOCARBIMATO)ESTANATO(IV) DE TRIS(1,10-FENANTROLINA)FERRO(II)

CAMILA VARGAS GARCIA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCELO RIBEIRO LEITE DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), HERBERT ALEIXO (Não Bolsista/UFV), José Domingos Ardisson (Não Bolsista/)

Complexos metálicos contendo 1,10-fenantrolina (phen) ou ditiocarbimatos (RN=CS2)2- apresentam atividade biológica sendo bactericidas e fungicidas. Alguns complexos de estanho(IV) apresentam essas mesmas atividades. O objetivo desse trabalho é envolver essas classes de substâncias obtendo dois novos complexos: [Fe(phen)3][Sn(4-ClC6H4SO2N=CS2)3] (1) e [Fe(phen)3][Sn(4-BrC6H4SO2N=CS2)3] (2) para, futuramente, pesquisar sua atividade biológica. Os complexos foram obtidos reagindo SnCl2.2H2O e o ditiocarbimato de potássio apropriado em DMF, seguido da adição de uma solução aquosa contendo Fe(NH4)2(SO2)2.6H2O e phen na proporção 1:3. A mistura foi filtrada, lavada com água, etanol e éter. Obteve-se um sólido vermelho. Os novos compostos foram caracterizados por análise elementar (C,H,N) e espectroscopias: vibracional, de ressonância magnética nuclear (13C e 1H) e Mössbauer (57Fe e 119Sn ). Os resultados de análise elementar estão consistentes com as fórmulas propostas. Para o composto 2, por exemplo, foram: C 43,22(41,60); H 2,12(2,20); N 7,54(7,66)%, exp(teo).  Os espectros vibracionais dos dois complexos apresentam as bandas ν(CS2) e  ν(CN) do grupo ditiocarbimato e a banda ν(SnS) em torno 330 cm-1. Além disso, apresentaram as bandas na região de 1400-1650 cm-1,  típicas de complexos de Fe(II) com phen. Os espectros de RMN13C apresentaram sinais entre 120 e 155 ppm referentes ao íon [Fe(phen)3]2+ além dos sinais de átomos de carbono aromáticos do grupo ditiocarbimato. Os espectros de RMN1H dos complexos mostraram todos os sinais esperados para o íon [Fe(phen)3]2+ e para o grupo ditiocarbimato. Os resultados de espectroscopia Mössbauer de 57Fe mostram um desdobramento quadrupolar  em torno de  0,27 mm s-1 e um deslocamento isomérico em torno de 0,40 mm s-1 típicos da espécie [Fe(phen)3]3+. Os resultados de espectroscopia Mösbauer de 119Sn apresentaram parâmetros compatíveis com a presença de estanho(IV) hexacoordenado. Os resultados obtidos indicam a síntese de dois novos complexos mistos de Fe(II).

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OFICINAS PARA PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - ÓLEOS VEGETAIS E SUA TRANSFORMAÇÃO EM SABÕES E EM BIODIESEL.

DEYSE DE BRITO MARTHE (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANTONIO EUSTÁQUIO CARNEIRO VIDIGAL (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MATEUS RIBEIRO LAGE (Bolsista/UFV), CESAR REIS (Orientador/UFV), MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER (Co-orientador/UFV)

Para auxiliar professores na inclusão de aulas práticas de Ciências e Química nas escolas da micro-região de Viçosa-MG, foi proposto dentro do projeto “Ciência em Ação” o desenvolvimento de oficinas experimentais sobre “Óleos vegetais e sua transformação em sabões e em biodiesel”, tema de grande interesse atual. Para tanto, foi feita uma revisão bibliográfica sobre o tema, procedimentos experimentais foram planejados, testados e otimizados. Foi preparado um material impresso, contendo roteiros experimentais e abordando os seguintes temas: densidade e polaridade de óleos vegetais; síntese de biodiesel; testes de solubilidade dos produtos formados; viscosidade; fuligem resultante da queima de óleos vegetais, biodiesel e diesel; estequiometria; propriedades de sabões. Foram realizadas oficinas com duração de 4h cada, para aplicação e avaliação da qualidade do material preparado. Foram atendidos 35 professores em sete turmas, contando com a participação de estudantes voluntários da UFV sob supervisão do professor orientador e da bolsista de IC. Os experimentos foram conduzidos pelos próprios participantes. O conteúdo foi discutido em todas as turmas com o objetivo de viabilizar a sua aplicação nos laboratórios das escolas. Foram trabalhadas habilidades que enriquecem a formação do cidadão quanto às questões ambientais. Ao final, houve uma coleta de dados e avaliação dos resultados a partir de uma aplicação de questionário aos participantes e análise das respostas. Com os resultados do questionário constatou-se que 75% dos professores não dispunham de recursos didáticos sobre os assuntos abordados. E dentre aqueles que possuíam recursos, somente 27% informaram fazer uso de experimentos em suas aulas. Conclui-se que é possível conquistar avanços na melhoria da prática pedagógica através de trabalhos desse tipo com os professores em exercício. Durante a oficina os professores do Ensino Básico assumiram papéis tanto de alunos, quanto de docentes o que deve auxiliar numa futura aplicação desses experimentos em sala de aula.(FAPEMIG/PIBEX)

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INTERAÇÕES MOLECULARES EM SISTEMAS MICROEMULSIONADOS APLICADOS EM QUÍMICA AMBIENTAL: EFEITO DE ELETRÓLITOS E COTENSOATIVOS

DIEGO SATIRO DA CRUZ (Bolsista FUNARBIC/UFV), ALEXANDRE GURGEL (Orientador/UFV)

A formação de microestruturas em soluções aquosas de tensoativos é um fenômeno comum de auto-organização molecular como forma de atingir a estabilidade termodinâmica. Moléculas de tensoativos comumente se autoagregam na presença de água formando uma rica variedade de estruturas, quando são variados os parâmetros de concentração de tensoativos, presença de sal ou a temperatura. Esses agregados tornam-se mais estruturados quando um óleo ou mesmo outros componentes, como outro tensoativo ou um álcool de cadeia média, é adicionado ao sistema tensoativo-água. Dessa forma, emulsões, microemulsões e mesofases liotrópicas de diferentes geometrias podem ser geradas. O objetivo deste trabalho é preparar sistemas auto-organizáveis e promover sua caracterização físico-química em termos de mapeamento de diagramas de fases, observando-se os efeitos de alguns parâmetros selecionados sobre o tipo de fases formadas e suas propriedades. O tensoativo utilizado foi o dodecil sulfato de sódio (SDS). O butan-1-ol e o 3-metil-butan-1-ol foram utilizados como cotensoativos. Como fase oleosa utilizaram-se os hidrocarbonetos n-pentano, ciclo-hexano e n-heptano As soluções aquosas foram preparadas com água destilada com ou sem a adicão de sal. O efeito de eletrólitos sobre a força iônica do meio microemulsionado foi avaliado com o preparo de soluções aquosas de nitroprussiato de sódio (NPS) e cloreto de sódio (NaCl), a 0,5 ou 1,0% (massa/volume). Assim, construíram-se diagramas de fase triangulares pseudoternários para determinar as regiões de microemulsão para todos os sistemas, sempre compostos de um tensoativo (T), um cotensoativo (C), a uma razão C/T constante, uma fase aquosa e uma fase oleosa. Os diversos diagramas construídos permitiram avaliar os efeitos isolados ou conjuntos de concentração e tipo de cotensoativo em relação ao tensoativo utilizado (SDS), a natureza química da fase orgânica ou óleo empregado, e a incorporação de sal, observando também como seu tipo e concentração afetam o domínio de existência de microemulsões.

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AVALIAÇÃO DO EFEITO DE ELETRÓLITOS EM SISTEMAS QUÍMICOS AUTO-ORGANIZÁVEIS CONTENDO TENSOATIVO NÃO-IÔNICO SILICONADO

DIOGO LUIZ MOULIN CABRAL (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ALEXANDRE GURGEL (Orientador/UFV)

Tensoativos são compostos que, se utilizados na proporção adequada, podem promover a mistura de água e compostos lipofílicos, dando origem a diferentes tipos de agregados como microemulsões e mesofases liotrópicas, que são representadas por cristais líquidos. A formação destes agregados está intimamente relacionada com a proporção e a natureza dos componentes da mistura. Esse trabalho buscou caracterizar sistemas termodinamicamente estáveis contendo água destilada, tensoativo siliconado comercial e n-heptano, na presença de eletrólitos, através da construção de diagramas pseudoternários, visando à aplicação tecnológica desses sistemas. Notou-se que a utilização de cloreto de sódio (NaCl), assim como de nitroprussiato de sódio, reduz a proporção de água e n-heptano que podem ser misturados utilizando o tensoativo estudado, desde que seja utilizado um cotensoativo. O cotensoativo utilizado neste estudo é um álcool de cadeia curta, como o butan-1-ol ou o 3-metil-butan-1-ol. Na ausência de cotensoativos, os eletrólitos não afetaram a formação de microemulsão. Também se notou que variações na concentração dos eletrólitos não causam grandes variações na formação de microemulsões. Os resultados obtidos podem ser devidos à desidratação da cabeça polar do tensoativo promovida pelo sal, o que favorece a agregação e precipitação do tensoativo. No caso da ausência de cotensoativo, o sal não apresentou nenhum efeito aparente, pois nesse sistema a quantidade de fase aquosa, e consequentemente de sal, na microemulsão formada é pequena.

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SINTESE E CARACTERIZAÇÃO DE DITIOCARBIMATOS DE ZINCO: UMA NOVA CLASSE DE ACELERADORES DE VULCANIZAÇÃO DA BORRACHA NATURAL

ELISA DE LEON PILO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCELO RIBEIRO LEITE DE OLIVEIRA (Orientador/UFV)

A escolha pelo estudo dos ditiocarbimatos vem da semelhança estrutural entre os ditiocarbimatos (RN=CS2)2- e os ditiocarbamatos (R2NCS2)-. Os ditiocarbamatos são compostos amplamente conhecidos e encontram várias aplicações sendo excelentes aceleradores da vulcanização da borracha. Contudo, a literatura sobre os ditiocarbimatos é escassa. Os ditiocarbimatos de zinco são espécies aniônicas. A variação do contra-íon de seus sais pode influenciar suas propriedades como, por exemplo, a solubilidade no substrato a ser vulcanizado. Este projeto tem por objetivos a síntese e a caracterização de alguns sais de bis(N-R-sulfonilditiocarbimato)zincato(II) com metiltrifenilfosfônio e com benzilexadecildimetilamônio, para posterior estudo de atividade como aceleradores da vulcanização da borracha natural. As sínteses dos complexos foram feitas em três etapas. As sulfonamidas não comerciais foram obtidas a partir da reação do cloreto de sulfonila correspondente com solução de amônia concentrada. A reação das sulfonamidas em dimetilformamida com um equivalente de dissulfeto de carbono e dois equivalentes de hidróxido de potássio, gerou os ditiocarbimatos de potássio. A reação de dois equivalentes desses sais em água com um equivalente de acetato de zinco(II) e dois equivalentes de brometo de metiltrifenilfosfônio ou dois equivalentes de cloreto de benzilexadecildimetilamônio produziu os complexos desejados. Para os compostos e seus precursores foram determinados os pontos de decomposição, realizadas análises elementares de CHN, espectros de RMN de 13C e de 1H e obtidos os espectros no infravermelho. As análises foram consistentes com as fórmulas propostas.

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DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO AMBIENTALMENTE SEGURO PARA DETERMINAÇÃO DE FENOL UTILIZANDO O SAB PEO1500+NA2SO4+H2O

ÉRITON LUIS SANTOLIN (Bolsista CNPq/UFV), LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA (Orientador/UFV), MARIA DO CARMO HESPANHOL DA SILVA (Co-orientador/UFV)

O descarte de compostos fenólicos no ambiente é regulamentado em vários países, inclusive no Brasil, através da resolução CONAMA nº 357 (17 de Março de 2005). Associado a este aspecto, existe uma grande procura por “métodos limpos”, isto é, procedimentos que estejam de acordo com os princípios da Química Verde. Assim este trabalho teve como objetivo desenvolver sistemas ambientalmente seguros para a determinação de diversos analitos, dentre eles destaca-se o fenol. Estudaram-se assim os parâmetros que influenciam a determinação de fenol, neste caso, os estudos foram feitos para um SAB constituído por PEO1500 + sal + água. O método de determinação do fenol é baseado na reação entre fenol, nitroprussiato de sódio e hidrocloreto de hidroxilamina em meio alcalino, produzindo o ânion complexo [Fe2(CN)10]10–, que se concentra na fase superior do sistema. O método apresentou as seguintes figuras de mérito: faixa linear de 0,01 a 2,00 mg kg-1, limite de detecção de 0.0283 mg kg-1 e limite de quantificação de 0.0944 mg kg-1. Obteve-se assim um método eficiente e seguro para a determinação de fenol. Além do método desenvolvido obteve-se um novo sistema aquoso bifásico (SAB) formado pelo copolímero L64 + citrato de amônio + H2O à 25 oC com o objetivo de ampliar a aplicação dos sistemas aquosos bifásicos a outros analitos.

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EFEITO DA ESTRUTURA DA XILANA ADSORVIDA NA REFINABILIDADE E PROPRIEDADES NA POLPA DE EUCALIPTO

FLÁVIA NATALINO OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV), TERESA CRISTINA FONSECA DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV), BIANCA MOREIRA BARBOSA (Bolsista/UFV)

As xilanas são as hemiceluloses mais comuns presentes em madeira de folhosas. Trata-se de polissacarídeos formados por unidades de xilose conectadas linearmente por ligações tipo éter β-O-4 e apresentam grupos de ácido 4-O-metilglicurônico conectados a cadeia principal em intervalos irregulares e são altamente acetiladas (O-acetil-4-O-metilglicuronoxilanas). Durante o processo de polpação Kraft, ocorre a conversão da estrutura das xilanas, via β-eliminação, de parte dos ácidos 4-O-metilglicurônicos (MeGlcA) em grupos de ácidos hexenurônicos (HexA’s). Parte dessas xilanas dissolvidas e/ou modificadas são readsorvidas na polpa ao final do cozimento. Os objetivos deste trabalho foram estudar 1) a influência dos grupos urônicos na adsorção das xilanas sobre polpa celulósica branqueada; 2) avaliar o comportamento da polpa modificada na refinabilidade da polpa; 3) avaliar as propriedades mecânicas da polpa modificada. A influência da temperatura, tempo e estrutura da xilana foram parâmetros estudados para avaliar efeito de adsorção. Para tanto, utilizou-se xilana de bétula (rica em MeGlcA), xilana de bétula enriquecida com HexA e xilana de bétula com baixo teor de ácidos urônicos. Os valores de temperatura e tempo variaram entre 25 e 125ºC e 60 e 240 minutos. Observou-se que a estrutura da xilana teve grande influência na adsorção, seguindo a seguinte ordem: xilana com baixo teor de ácidos urônicos > xilana enriquecida com HexA > xilana rica em MeGlcA. Em relação aos parâmetros temperatura e tempo, notou-se uma maior influência na temperatura do que no tempo de adsorção. Polpas com xilanas adsorvida foram submetidas ao refino e a testes físicos para avaliar o efeito dessas hemiceluloses nas propriedades da polpa.  Houve economia significativa de energia durante o refino, porém as propriedades físicas não foram alteradas significativamente. Para as polpas sem refino testes de WRV e hornificação indicaram variação crescente e decrescente com aumento do teor de xilana na polpa, respectivamente.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

MODELOS ATÔMICOS EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

FRANCISLENE MARIA DE PAULA (Bolsista BIC-Júnior/EEM), REGINA SIMPLICIO CARVALHO (Orientador/UFV)

Neste trabalho foram estudados os modelos atômicos de Dalton e de Thompson, e o modelo atômico atual em uma perspectiva histórica. John Dalton, viveu no final do século XVIII e início do século XIX e entre 1803 e 1808 propôs o seu modelo atômico. De acordo com Dalton todas as substâncias são formadas por átomos e os átomos de um mesmo elemento químico são iguais em todas as suas características. Os átomos dos diferentes elementos químicos são diferentes entre si. As substâncias simples são formadas por átomos de um mesmo elemento químico e as substâncias compostas são formadas por dois ou mais elementos químicos diferentes que se combinam entre si, numa mesma proporção. Os átomos não são criados nem destruídos, são esferas rígidas e indivisíveis. Quase um século depois da criação do modelo de Dalton, em 1897, Joseph John Thomson, concluiu, através de experiências com raios catódicos, que estes raios são constituídos pelo fluxo de partículas menores que o átomo e dotadas de carga elétrica negativa (elétron). Provando, portanto que o átomo não seria indivisível e que deveria ser formado por uma esfera de carga elétrica positiva, possuindo, em sua superfície, elétrons incrustados. Já o modelo atômico atual foi formulado a partir do aperfeiçoamento do modelo de Bohr, agregando contribuições de vários cientistas, demonstrando que o desenvolvimento da ciência é uma produção coletiva. O modelo atual leva em conta o princípio da dualidade de Louis de Broglie, o principio da incerteza de Werner Heisenberg e os cálculos probabilísticos de Erwin Schodinger. A região com maior probabilidade de se encontrar o elétron é denominada orbital.

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EXTRAÇÃO DE ALFA-LACTOALBUMINA E BETA-LACTOGLOBULINA UTILIZANDO SISTEMAS AQUOSOS BIFÁSICOS PEO/SAIS DE SULFATO

GABRIEL MAX DIAS FERREIRA (Bolsista CNPq/UFV), MARIA DO CARMO HESPANHOL DA SILVA (Orientador/UFV), LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA (Co-orientador/UFV), JOÃO PAULO MARTINS (Bolsista CAPES/UFV)

Sistemas aquosos bifásicos (SABs) têm se mostrado muito úteis no processo de extração e purificação de biopartículas (proteínas, células, entre outros) devido as semelhanças destes, em termos das propriedades físico-químicas, com o meio aquoso presente nos seres vivos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de partição das proteínas alfa-lactoalbumina (α-La) e beta-lactoglobulina (β-Lg) em SABs formados por Poli (óxido de etileno) de massa molar 1500 ou 6000 g mol-1 (PEO1500 ou PEO6000) + sal (Na2SO4, Li2SO4 ou MgSO4) + água. Os SABs utilizados na partição das proteínas α-La e β-Lg foram preparados em diferentes composições e com iguais quantidades de fase inferior (FI) e fase superior (FS). Adicionou-se uma quantidade fixa de proteína (α-La ou β-Lg) aos sistemas que foram então deixados em um banho termostático, a 25°C, onde ficaram até o alcance do equilíbrio termodinâmico. Utilizou-se o método de Bradford para a quantificação das proteínas em ambas as fases (FI e FS), em 595 nm, utilizando-se um espectrômetro de absorção molecular na região do UV/visível. Todas as determinações foram feitas em triplicatas. O coeficiente de partição (K) foi obtido pela razão entre as absorbâncias da FS e da FI. Os resultados de partição foram discutidos em termos do modelo de Haynes. Notou-se que a massa molar do polímero e a natureza do eletrólito formador do SAB apresentaram efeito bastante pronunciado sobre o processo de partição das duas proteínas. Observou-se que a proteína α-La apresentou maior valor de K que a proteína β-Lg em todos os casos estudados: enquanto a proteína α-La apresentou maior afinidade pela fase rica em PEO (FS), a proteína β-Lg apresentou preferência pela fase rica em sal (FI). Em virtude dos diferentes comportamentos de partição das duas proteínas, é possível separar ambas utilizando-se os sistemas aquosos bifásicos estudados, em especial o SAB formado por PEO1500 + Li2SO4 + água.

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TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DOS COLÓIDES ASSOCIATIVOS FORMADOS PELA INTERAÇÃO ENTRE POLÍMERO E SURFACTANTE

GUILHERME MAX DIAS FERREIRA (Bolsista CNPq/UFV), LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA (Orientador/UFV), MARIA DO CARMO HESPANHOL DA SILVA (Co-orientador/UFV), APARECIDA BARBOSA MAGESTE (Bolsista CNPq/UFV), IGOR JOSÉ BOGGIONE SANTOS (Bolsista FAPEMIG/UFV)

A interação entre polímeros não-iônicos e surfatantes iônicos tem sido alvo de crescente estudo nas últimas décadas devido às promissoras aplicações em produtos industriais tais como agroquímicos, cosméticos, produtos de limpeza, tintas, liberação controlada de drogas e recuperação de petróleo. Objetivou-se neste trabalho identificar os efeitos dos cosolutos iônicos sobre as forças motrizes associadas à interação polímero-surfactante. Soluções de poli(óxido de etileno) (PEO35000) 0,10 % (m/m) e de dodecilsulfato de sódio (SDS) 10 % (m/m) foram preparadas utilizando-se como solvente soluções de cada um dos cosolutos iônicos Na2SO4, Li2SO4, NaSCN, Na2[Co(NO2)6] e Na2[Fe(CN)5NO]. Cada solução de PEO foi colocada na cela de um calorímetro e titulada com alíquotas da solução de surfatante, para cada um dos diferentes cosolutos e também na ausência destes. Realizaram-se ainda medidas de espalhamento de raios-X a baixo ângulo (SAXS) de soluções constituídas por diferentes concentrações de SDS e PEO35000, utilizando-se soluções de Na2[Co(NO2)6] e Na2[Fe(CN)5NO] nas concentrações de 1,00; 10,0 e 100 mmol L-1 como solventes. Os valores de concentração de agregação crítica (cac), concentração de saturação (C2), variação de entalpia integral para a formação do agregado (ΔHagr(int)) e a energia livre padrão de adsorção da micela sobre a cadeia da macromolécula (ΔΔGagr) foram obtidos a partir das curvas de titulação calorimétrica. Na presença de cosoluto 1,00 mmol L-1 não foi observada qualquer alteração desses parâmetros quando comparado com a titulação em água pura. Porém, para outras concentrações, a presença do cosoluto diminuiu a cac e aumentou a C2. Na presença de Na2[Fe(CN)5NO] as curvas de titulação calorimétrica mudaram drasticamente mostrando uma redução na energia de interação, mas os dados de SAXS mostraram a presença de agregados adsorvidos sobre a cadeia polimérica.

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CARACTERIZAÇÃO DE ÁCIDO HÚMICO EM CUPINZEIROS DE SOLO E DE TRONCO DE ÁRVORE

JONAS OLIVEIRA VINHAL (Não Bolsista/UFV), CESAR REIS (Orientador/UFV)

As substâncias húmicas (SHs) possuem uma natureza complexa podendo variar sua massa molecular de algumas centenas a milhares de unidades atômicas, apresentam uma coloração que vai de amarela a preta responsável pela retenção de calor. Apresentam ainda a formação de complexos com argilas ou metais presentes no solo, sendo diretamente influentes no controle da erosão do solo.¹ Após as extrações dos ácidos húmicos das amostras de cupinzeiro de solo e de tronco de árvore, estes foram submetidos a uma titulação potenciométrica, além das espectroscopias de absorção na região do Visível e do IV. Os resultados obtidos foram então comparados a um padrão da Aldrich® e a um padrão de AH extraído de uma amostra de vermicomposto comercial vendido. As curvas de titulação potenciométrica não foram iguais para as amostras devido à natureza complexa dos AHs, pela diferença existente na quantidade e no tipo de grupos ionizáveis, como –OH alcoólico e fenólico, -COH, -CO2H e –NH2, o que gerou uma ampla faixa de pka, indo de pH 2 até 11. Observou-se pelos resultados obtidos o comportamento semelhante das amostras e padrão. O que difere são apenas as absorvâncias, devido ao fato das amostras terem sido preparadas em diferentes concentrações. A absorvância máxima do AH ocorre em 400nm, sendo a responsável pela coloração característica que vai de amarela a preta. O fato de os espectros obtidos do IV serem semelhantes, porém tendo bandas distintas, não é um problema. Isso se dá pelos AHs possuírem uma natureza não-específica, podendo variar de tamanho em unidades atômicas e pelos grupos funcionais, que são responsáveis pela absorção do IV. Confirmou-se então a presença de AH nas amostras de cupinzeiro de solo e de tronco de árvore.

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EXTRAÇÃO E ANÁLISE MULTIRESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM BATATA

KAMILLA DE LIMA RIBEIRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARIA ELIANA LOPES RIBEIRO DE QUEIROZ (Orientador/UFV), ANTONIO AUGUSTO NEVES (Co-orientador/UFV)

A necessidade de se analisar resíduos de agrotóxicos em alimentos, para efeito de regulamentação e controle, depara-se continuamente com problemas analíticos complexos, uma vez que grande variedade de substâncias estruturalmente diferentes deve ser determinada em produtos agrícolas ou alimentos em geral. O presente trabalho visou otimizar a técnica microextração em fase sólida (MEFS) por “headspace” para extração e análise simultânea dos princípios ativos clorpirifós, deltametrina, cipermetrina e λ-cialotrina em batatas, por cromatografia gasosa, empregando o detector por captura de elétrons. Foram realizados ensaios para estabelecer as condições adequadas para determinação desses agrotóxicos por MEFS, mantendo-se constante a temperatura do banho e a massa de batata. Foram testadas diversas variáveis como, força iônica do meio (adição ou não de solução de Na2HPO4 a 3%), concentração final de fortificação (0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0 mg g-1), volume injetado (300, 400 e 500 μL), tempo de análise (12, 13, 14 e 15 minutos) e tempo de banho (15, 30, 45, 60, 120 e 180 minutos). A partir dessas variáveis, foi possível observar que, quanto maior a concentração de fortificação, quanto maior o volume injetado e maior o tempo de banho, maior a extração dos agrotóxicos. A adição de solução salina à amostra de batata foi um fator crucial para a extração de quantidades quantificáveis dos piretróides cipermetrina e deltametrina. Estes resultados mostram a viabilidade da técnica de MEFS para estes princípios ativos, neste tipo de matriz. Futuramente, podem ser desenvolvidos novos estudos avaliando temperaturas de extração maiores, uma vez que este parâmetro pode favorecer ainda mais a extração.

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ESTADO DA ARTE: APLICAÇÕES DOS NANOTUBOS DE CARBONO EM ELETROQUÍMICA

LARISSA TORREZANI (Bolsista CNPq/UFV), ANA CAROLINA DA COSTA FULGÊNCIO (Bolsista CNPq/UFV), ROSANA MENDONÇA PEIXOTO (Bolsista CNPq/UFV), PAULO EDUARDO NEVES GOMES (Bolsista CNPq/UFV), LEONARDO LUIZ OKUMURA (Orientador/UFV)

Nanotubos de carbono (CNTs) são alótropos do carbono com uma nanoestrutura cilíndrica. As suas formas mais usuais são constituídas por uma ou múltiplas camadas cilíndricas de folhas de grafeno de diâmetro nanoescalar. Suas ligações químicas são compostas completamente por ligações sp2, mais fortes que as sp3 presentes no diamante, o que confere às suas estruturas uma força única, possuindo a maior resistência a ruptura sob tração conhecida. Adicionalmente, devido às suas características próprias como propriedades eletrônicas, óticas, e suas propriedades químicas resultantes da combinação de sua dimensionalidade, estrutura e tipologia, esses nanomateriais têm merecido destaque especial. O objetivo desde trabalho foi avaliar as aplicações dos CNTs e seu uso na Eletroquímica, por meio de uma revisão bibliográfica de diversos artigos publicados na literatura, desde sua descoberta em 1991 por Ijima. Assim, em termos de aplicações eletroanalíticas e bioeletroanalíticas, a alta condutividade elétrica e o aumento na atividade eletrocatalítica obtido pelo uso de CNTs possibilitam que esse nanomaterial seja usado como substrato para construir eletrodos ou, mesmo, modificá-los, com a habilidade de tornar as reações de transferência de elétrons mais rápidas e efetivas, com aumento significativo da resposta eletroquímica em função da concentração dos analitos estudados. Desse modo, os CNTs têm sido utilizados na modificação de várias superfícies eletródicas ou na composição de diferentes eletrodos para a análise de neurotransmissores, NADH, H2O2, ácido ascórbico, ácido úrico, DNA, sulfeto de hidrogênio, pesticidas, metais pesados, petróleo, biodiesel e etc. Os resultados obtidos evidenciam uma melhor sensibilidade, seletividade, estabilidade, precisão, resposta rápida, facilidade de uso, custo baixo, robustez, transferência de elétron facilitada e fácil interação com outras substâncias. Portanto, as propriedades excepcionais dos CNTs têm contribuído enormemente para o design de novos sensores e biosensores eletroquímicos nanoestruturados com maior desempenho analítico.

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MODIFICAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS NA ESTRUTURA DE FIBRAS POR TRATAMENTOS OXIDANTES OBJETIVANDO DESENVOLVIMENTO DE CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADAS EM POLPAS DE EUCALIPTO

LARISSE APARECIDA RIBAS BATALHA (Bolsista FAPEMIG/UFV), CAROLINA MARANGON JARDIM (Bolsista CNPq/UFV), RUBENS CHAVES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Co-orientador/UFV), JANAINA DE OLIVEIRA RESENDE (Não Bolsista/UFV)

A modificação da polpa celulósica branqueada de eucalipto ostenta considerável influência no processo produtivo do papel, podendo melhorar o desempenho das ligações fibra-fibra e fibra-água e contribuindo para a consolidação de propriedades do produto. Portanto, esse trabalho tem objetivo de modificar a natureza físico-química das fibras Kraft branqueada de eucalipto pelo uso de forte tratamento oxidante com ozônio, com o fim específico de fabricar papéis diferenciados. O tratamento foi realizado sob diferentes condições de pH (2,5 e 6,2) e dosagens (0,2, 0,5 e 1,0%) de ozônio. Em relação ao pH de reação verifica-se que o mais conveniente é o 2,5, pois apresentou menor degradação dos carboidratos que o pH 6,2. A reação de oxidação resultou em uma polpa com incremento nas propriedades de hidrofilicidade da fibra de celulose, marcada pelo acréscimo no valor do índice de retenção de água, o que pode ser uma vantagem para aplicações de papéis tissues (papéis absorventes para fins sanitários). A polpa oxidada apresentou, entretanto, elevada reversão de alvura, em função do acréscimo de grupos redutores na mesma. Percebeu-se que, como resultado da oxidação, foram acrescidos grupos redutores em detrimento a grupos carboxílicos. Adicionalmente, não foram observadas consideráveis melhorias nas propriedades físico-mecânicas das polpas oxidadas.  No entanto, foi observada economia de energia de refino apenas para os casos de oxidações mais intensas, porém com melhorias nas propriedades de índice de tração apenas para as polpas levemente oxidadas. Desta forma, a oxidação da polpa de eucalipto branqueada, utilizando o ozônio, parece não ser a melhor alternativa quando se almeja elevada estabilidade de alvura, mas o incremento em propriedades mecânicas e redução de energia de refino são relevantes e devem ser observados caso a caso de acordo com os objetivos da aplicação comercial dos papéis.

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DETERMINAÇÃO VOLTAMÉTRICA DA CAPACIDADE DE COMPLEXAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE NAS ÁGUAS DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU E DO RIO TURVO SUJO, USANDO COBRE(II) COMO METAL MODELO

LÍVIA VIEIRA LEITE (Bolsista CNPq/UFV), EFRAIM LAZARO REIS (Orientador/UFV), RITA APARECIDA DUTRA FONSECA (Não Bolsista/UFV), CESAR REIS (Co-orientador/UFV)

Baseado na importância que é a determinação de metais pesados e seus complexos no ambiente, este trabalho tem como principal objetivo determinar, em amostras de água, a capacidade da matéria orgânica em complexar metais pesados produzindo formas menos tóxicas ao ambiente. As amostras foram coletadas em pontos diferentes ao longo das sub-bacias dos Ribeirão São Bartolomeu e do Rio Turvo Sujo que ficam localizadas ao norte da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais e foram, posteriormente, filtradas e submetidas às determinações da DQO, cobre por absorção atômica, pH, temperatura, condutividade e teor de oxigênio dissolvido. Na primeira parte deste estudo, as substâncias húmicas foram caracterizadas por titulação potenciométrica, com o objetivo de distinguir diferentes grupos carboxílicos e fenólicos. Na segunda etapa, com auxílio do instrumento voltamétrico, as titulações foram feitas através de sucessivas adições de uma solução de Cu(II). Este íon foi utilizado por apresentar complexos mais estáveis com substâncias húmicas. O ponto final dessa titulação foi interpretado como uma medida da capacidade de complexação voltamétrica da matéria orgânica dissolvida existente nas amostras. Os resultados obtidos em ambas as etapas deste trabalho apresentaram resultados compatíveis com dados encontrados na literatura e, desta forma, pode-se concluir que a metodologia aplicada é útil na caracterização de substâncias húmicas e pode ser utilizada em processos de controle ambiental uma vez que, conhecendo a capacidade de complexação, pode-se estabelecer as condições ótimas de retenção de íons metálicos em águas naturais.

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INFLUÊNCIA DE COMPONENTES DO TOMATE NO EFEITO DA MATRIZ NA QUANTIFICAÇÃO DE AGROTÓXICOS POR CROMATOGRAFIA GASOSA

MARIA ANTÔNIA VIEIRA MARTINS STARLING (Bolsista CNPq/UFV), ANTONIO AUGUSTO NEVES (Orientador/UFV), GEVANY PAULINO DE PINHO (Bolsista CNPq/UFV), GEVANY PAULINO DE PINHO (Co-orientador/UFV)

 O termo efeito de matriz ou “variação da resposta cromatográfica induzida pela matriz” é usado para explicar as taxas de recuperação de analitos maiores que 100%.Esse efeito de matriz é observado na determinação de agrotóxicos por cromatografia gasosa (CG), quando a quantificação é feita por comparação com soluções padrão preparadas em solvente puro com as soluções preparadas em extratos da matriz. No desenvolvimento deste trabalho constatou-se que o efeito de matriz está relacionando com a competição entre o agrotóxico e os co-extrativos pelos sítios ativos de adsorção do sistema cromatográfico. O fenômeno foi confirmado pelo aumento da resposta cromatográfica atribuída aos agrotóxicos após a saturação do sistema com injeções sucessivas de extratos de diferentes matrizes obtidos da extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL-PBT). As matrizes mais complexas como o tomate, geraram respostas mais acentuadas que amostras mais simples,como água. Para a deltametrina a taxa de elevação da resposta cromatográfica chega á 300%. Procurando quantificar esta competição pelos sítios ativos do sistema cromatográfico, avaliou-se a interferência da quantidade dos co-extrativos do tomate na resposta cromatográfica da deltametrina. Para soluções de deltametrina a 50 µ L-¹ foram acrescentadas, no preparo da solução, diferentes quantidades do co-extrativo (0; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 mL) aferindo-se o volume final para 5,0 mL com acetonitrila. A quantidade de co-extrativos presente no extrato é suficiente para saturar quase que completamente os sítios de adsorção tendo sido observada uma tendência de estabilização do aumento de resposta, para as soluções que contém quantidades maiores de extrato.

 Agradecimentos: Ao CNPq, FAPEMIG, LAQUA e Departamento de Química - UFV

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ESTUDO DAS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES ENTRE O ÁCIDO P-SULFÔNICO CALIX[4]ARENO E ANESTÉSICOS LOCAIS POR RMN DE 1H

MILENA GALDINO TEIXEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), Lucas Micquéias Arantes (Não Bolsista/), SERGIO ANTONIO FERNANDES (Orientador/UFV)

Os calix[n]arenos vem merecendo destaque no âmbito da química supramolecular com aplicações em inúmeras áreas. A relativa facilidade com que os calix[n]arenos podem ser sintetizados e posteriormente modificados, juntamente com a grande variedade no tamanho da cavidade dos macrociclos, torna-os promissores para aplicações como sistemas de liberação controlada de moléculas bioativas. Neste trabalho, estamos particularmente interessados em empregar a RMN de 1H no estudo das interações entre o ácido p-sulfônico calix[4]areno e  dois anestésicos locais: cloridrato de tetracaína e  o cloridrato de oxibuprocaína. Foi realizada a síntese de três calixarenos: o p-tert-butilcalix[4]areno (55,5 %), o calix[4]areno (82 %) e o ácido p-sulfônico calix[4]areno (48%). O p-sulfônico calix[4]areno, solúvel em água foi utilizado como sistema de encapsulamento para os anestésicos locais. Os complexos do tipo hóspede-hospedeiro foram obtidos a partir de soluções estoque do ácido p-sulfônico calix[4]areno e dos anestésicos locais.  A estequiometria dos dois complexos foram determinadas pelo método de Job, apresentando uma razão estequiométrica de 1:1. Uma vez conhecida a estequiometria dos complexos e com o auxílio de RMN de 1H (NOESY) foi determinada as topologias dos dois complexos. Pode-se concluir que o hospedeiro molecular empregado se mostrou bastante promissor como veículo de encapsulamento dos anestésicos locais. O encapsulamento tem sido investigada em vista do seu potencial uso para a elaboração de novas formulações terapêuticas, para aumentar a biodisponibilidade e reduzir a toxicidade sistêmica do cloridrato de tetracaína e oxibuprocaína em procedimentos de anestesia.

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem à FAPEMIG e ao CNPq.

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OXIDAÇÃO DO GLICEROL CATALISADA POR COMPOSTOS DE PALÁDIO/ LIGANTES NITROGENADOSEM SISTEMA HOMOGÊNEO: AGREGANDO VALOR A UM SUB-PRODUTO DO BIODIESEL

MILENE LOPES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), MARCIO JOSE DA SILVA (Orientador/UFV)

Atualmente, a necessidade de se desenvolver novas aplicações para o glicerol tem crescido superlativamente em virtude deste estar sendo gerado em grande escala como co-produto da produção do Biodiesel. Dentre as distintas transformações que o glicerol pode sofrer, destacam-se as reações de oxidação. O grande desafio na oxidação do glicerol consiste em controlar a seletividade da reação, já que o glicerol é uma molécula altamente funcionalizada, o que permite a obtenção de vários produtos de oxidação. Entretanto, vários destes produtos de oxidação do glicerol são de grande interesse para indústrias de Química Fina, cosméticos e farmacêutica. Neste trabalho, foi investigada a eficiência do catalisador Pd(OAc)2/ piridina na obtenção dos valiosos derivados do glicerol, via oxidação catalítica com dioxigênio em soluções de acetonitrila. O dioxigênio é um reagente abundante e de baixo custo, que resulta em água como sub-produto e é por isso de mínimo impacto ambiental. A reação de oxidação do glicerol por dioxigênio catalisada por Pd(OAc)2/ iridina/ resultou na seletiva formação de dois produtos: o aldeído, e majoritariamente o dialdeído . Posteriormente, foi constatada uma minoritária formação de ácidos carboxílicos derivados de ambos aldeídos. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que o sistema utilizado Pd(OAc)2/ piridina/ CH3CN / O2 mostrou-se promissor para a oxidação do glicerol.

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DETERMINAÇÃO DE O-CRESOL EM ÁGUA SEM USO DE SOLVENTE ORGÂNICO

PAMELA DA ROCHA PATRICIO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARIA DO CARMO HESPANHOL DA SILVA (Orientador/UFV), LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA (Co-orientador/UFV)

O sistema aquoso bifásico (SAB) é uma técnica de extração líquido-líquido que se baseia nos princípios da química verde, pois o SAB é formado majoritariamente por água e os demais constituintes não são tóxicos e nem inflamáveis. Neste trabalho utilizou-se um SAB formado pelo polímero poli(óxido de etileno) com massa molar média 1500 g mol-1 (PEO1500), o sal sulfato de sódio e água como meio reacional para determinação do o-cresol. O método baseia-se na reação entre o-cresol, nitroprussiato de sódio (NP) e cloridrato de hidoxilamina (HL) em pH = 12. O produto formado nessa reação, o complexo decacianodiferrato ([Fe2(CN)10-]), concentra-se na fase superior (FS) do SAB. Uma alíquota apropriada da FS é retirada, diluída e levada ao espectrômetro de absorção molecular na região do UV/visível para quantificação de o-cresol. A partir das melhores condições obtiveram-se as seguintes figuras de mérito do método: faixa dinâmica 0,0500 a 2,0000 mg kg-1, limite de detecção 0,0301 mg kg-1, limite de quantificação 0,1007 mg kg-1 e recuperação 99,0 %. Assim, desenvolveu-se um método verde com ampla faixa dinâmica e sensível para determinação de o-cresol em amostras de água.

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EFEITO DO PARSOL E DO EUSOLEX NO CRESCIMENTO DE FUNGOS DE INTERESSE CLÍNICO

PAULA ALINE DA SILVA ABRANCHES (Bolsista CNPq/UFV), SERGIO ANTONIO FERNANDES (Orientador/UFV), ÂNGELO DE FÁTIMA (Co-orientador/)

Os “filtros solares” são compostos que absorvem ou refletem radiação ultravioleta e são utilizados em produtos cosméticos para prevenir ou minimizar os efeitos prejudiciais da radiação solar na pele. Eusolex [1-(4-isopropil-fenil)-3-fenil- propano-1,3-diona] e parsol [1-(4-tert-butil-fenil)-3-(4-metóxi-fenil)-propano-1,3-diona] são derivados do dibenzoilmetano e amplamente empregados como constituintes solúveis em óleos utilizados em protetores solares para completa absorção dos espectros dos raios ultravioletas. As habilidades acima são bem estabelecidas para o parsol e eusolex, mas não são descritas as potenciais atividades fungicidas destes compostos. Procurou-se investigar potencial atividade antifúngica do parsol e do eusolex contra fungos de interesse clínico. A avaliação do parsol e do eusolex se deram contra cinco linhagens de Candidas (C. albicans, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis, C. tropicalisI e C. dubliniensis), Cryptococcus neoformans, Sporothrix schenckii, e sete isolados de Paracoccidioides brasiliensis (MG04, MG05, 339, Pb01, Pb18, 17 e 608). A concentração inibitória mínima (CIM) foi obtida através de microdiluições das soluções testadas e o fármaco fluconazol foi empregado como controle positivo. O parsol inibiu o crescimento de seis dos quinze fungos estudados com valores de concentração inibitória mínima (CIM) que variaram de 16-64 μg/mL. Sporothrix schenckii foi o mais sensível ao parsol (16-32 μg/mL) do que o fluconazol (64 μg/mL). Similares valores de CIM foram obtidos para o parsol e o fluconazol para P. brasiliensis MG05. Eusolex apresentou boa atividade para dez dos fungos testados (8 μg/mL < CIM > 64 μg/mL). Sporothrix schenckii foi mais sensível ao eusolex (CIM = 16 μg/mL) do que ao próprio fluconazol (CIM = 64 μg/mL). Valores de CIM similares para o eusolex e fluconazol foram obtidos para P. brasiliensis 339 e MG05. Os resultados deste trabalho mostram claramente que o parsol e eusolex apresentam atividades antifúngicas contra fungos de interesse clínico. AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem à FAPEMIG, FUNARBIC e ao CNPq.

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SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE NOVOS COMPLEXOS DE ZINCO E NÍQUEL COM DITIOCARBIMATOS DERIVADOS DE SULFONAMIDAS

PAULA SEVENINI PINTO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER (Orientador/UFV), MARCELO RIBEIRO LEITE DE OLIVEIRA (Co-orientador/UFV)

O estudo de compostos derivados de ditiocarbamatos é vasto por apresentarem ampla aplicação nas áreas biológica e industrial. Os ditiocarbimatos, estruturalmente semelhantes aos ditiocarbamatos, são pouco relatados na literatura. O objetivo deste trabalho foi sintetizar e caracterizar os complexos inéditos (Ph4P)2[Ni(F3CSO2N=CS2)2] (1), (Ph4P)2[Zn(F3CSO2N=CS2)2] (2) e (Ph4P)2[Zn(4-F3CC6H4SO2N=CS2)2] (3), para avaliação de suas atividades fungicidas. A síntese dos complexos foi feita em duas etapas. Primeiro, o ditiocarbimato de potássio foi obtido a partir da reação em dimetilformamida entre a sulfonamida, um equivalente de dissulfeto de carbono e dois equivalentes de hidróxido de potássio. O ditiocarbimato de potássio assim obtido foi dissolvido em água e metanol e foram adicionados cloreto de níquel hexahidratado ou acetato de zinco diidratado, e cloreto de tetrafenilfosfônio, na proporção respectiva de 2:1:2. Os complexos obtidos foram filtrados e lavados com água destilada. A atribuição da banda de estiramento da ligação N=C, tanto nos ligantes quanto nos complexos, foi dificultada pela proximidade destas com as de νassSO2 e de νCF3. Observa-se no espectro vibracional dos complexos um deslocamento da banda νCS2 (1= 950cm-1; 2= 952cm-1; 3= 931cm-1) para menores números de onda, em comparação com os espectros dos ditiocarbimatos de potássio precursores (984 cm-1; 984 cm-1; 979 cm-1) e o aparecimento das bandas de estiramento da ligação Metal-S (1= 368cm-1 e 399cm-1; 2= 323cm-1; 3= 339 cm-1), indicando a complexação com o metal. Os complexos foram caracterizados por RMN de 13C e 1H . Por exemplo, o complexo 1 apresentou: δ=  218,7 (N=C), 120,0 (q, CF3, J = 321,1 Hz). A pureza das substâncias foi determinada por análises elementares e temperaturas de fusão. O conjunto de dados obtidos é consistente com as estruturas propostas e confirmam a obtenção dos complexos de níquel e de zinco, onde os metais se coordenam aos quatro átomos de enxofre dos dois ligantes ditiocarbimatos.

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ESTUDO DO COMPOSITO MAGNÉTICO PARA A ADSORÇÃO E REMOÇÃO DE ARSÊNIO(V) DE ÁGUAS

RAFAEL HENRIQUE DO ROSÁRIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CARLOS ROBERTO BELLATO (Orientador/UFV), THIAGO VINICIUS TOLEDO (Bolsista CNPq/UFV), LUCAS LUIZ GUSMÃO (Não Bolsista/UFV)

O arsênio é reconhecido como carcinogênico e em ambientes aquáticos pode ser encontrado nas formas inorgânicas, As(III) e As(V), e em formas orgânicas. Neste trabalho, as propriedades de adsorção da hidrotalcita foram combinadas com as propriedades magnéticas do óxido de ferro, sendo produzido o HDL-Fe que teve a sua eficiência avaliada na adsorção e dessorção de arsenato. Nos estudos de capacidade de adsorção, 100 mg de HDL-Fe foram mantidos em contato com 20,00 mL de diferentes concentrações de arsenato de sódio  (1 - 160 mg  L-1) com temperatura controlada de 25 °C, ajustadas em valores de pH iguais a 4,0 e 7,0 e por 12 horas sob agitação constante. O HDL-Fe foi removido por filtração e o arsenato (As(V)) foi determinado pelo método de Espectrometria de Absorção Atômica com Gerador de Hidretos. Estudos de cinética foram realizados variando o tempo de contato de 0,5 - 12 horas, sendo mantidas as mesmas condições descritas anteriormente. As capacidades máximas de adsorção utilizando o modelo matemático da Isoterma de Langmuir, estimada empregando regressão linear, foram de 24,09 mg g-1 e 10,19 mg g-1 em pH 4,0 e 7,0, respectivamente. Pode-se observar pelos estudos dos parâmetros de cinéticos que a adsorção de arsenato pela HT-Fe segue o modelo de pseudo-segunda ordem. Este modelo forneceu o melhor ajuste dos dados experimentais de adsorção (k = 6,7 x 103 g mg-1 min-1, qe = 11,0 mg g-1 e R2 > 0,999), permitindo evidenciar que a velocidade de adsorção é controlada por uma adsorção química, ou seja, uma quimissorção. A capacidade de adsorção da HDL-Fe após dois ciclos de dessorção do As(V) pelo eluente NaOH 3% (m/v) + NaCl 5% (m/v) apresentou cerca de 70% de eficiência, quando comparado ao adsorvente original. O HDL-Fe apresentou-se viável para ser utilizado na remoção de compostos contendo arsênio de águas.

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OFICINAS DE QUÍMICA PARA PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – MATERIAIS ALTERNATIVOS E DO COTIDIANO

RAFAEL MARTINS PEREIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), CESAR REIS (Orientador/UFV), ELAINE MARTINS DE OLIVEIRA (Bolsista/UFV), MATEUS RIBEIRO LAGE (Não Bolsista/UFV)

          Durante sua prática docente, professores de Ciências e Química de escolas públicas geralmente se deparam com um desafio: a falta de estrutura para a realização de aulas práticas. Para minimizar esse problema, vários autores propõem o uso de experimentos com materiais alternativos, que além de serem facilmente encontrados e terem custo reduzido, possibilitam ao aluno um melhor entendimento da Química aplicada ao seu ambiente sócio-cultural. Nesse sentido, dentro do Programa Ciência em Ação desenvolve-se o projeto Ensinando com Ciência (FAPEMIG, MEC-PROEXT) que tem como objetivos coletar na literatura e elaborar experimentos com materiais alternativos e do cotidiano, testar os experimentos para comprovar sua aplicabilidade, organizar oficinas para professores de Viçosa e microrregião (Guaraciaba, Porto Firme, Canaã, Paula Cândido, Guiricema e Ervália), e monitorar as preferências dos professores bem como a aplicação dos conhecimentos adquiridos nas oficinas. Em novembro de 2008 foram realizadas as primeiras oficinas sobre experimentos de baixo custo, com sessões divididas em “temas para o Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio” e “temas para 2º e 3º anos do Ensino Médio”. Nessas oficinas abordamos experimentos como cromatografia, teste de chama e cinética química, com materiais de fácil aquisição. Verificamos, através de questionários, que os professores gostaram da iniciativa e pretendiam aplicar nas escolas. Posteriormente foi constatado que pelo menos um professor de Ciências (Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, Viçosa) aplicou em sala de aula um dos experimentos trabalhados nas oficinas e que os alunos gostaram da atividade. O contato com outros professores em oficinas subseqüentes indicou que esta situação deve se repetir em outras escolas. Em 2009 ainda será oferecida mais uma oficina, após a qual será feito um levantamento nas escolas de quais experimentos foram aplicados pelos professores e os resultados em termos de aprendizagem dos alunos.

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O USO DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS/QUÍMICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

RAPHAEL CAMPOS CUSATI (Não Bolsista/UFV), MARIA STELA DA COSTA GONDIM (Orientador/UFV)

                Este trabalho se deve inicialmente a uma curiosidade sobre o papel da experimentação no ensino de Ciências/Química, uma vez que atuo tanto como professor quanto como pesquisador, estando em contato com a sala de aula e com o meio científico, assim despertou o interesse para verificar na literatura o pensamento que pesquisadores e professores da educação básica possuem sobre o tema. Realizou-se uma pesquisa na Internet sobre artigos científicos publicados nos últimos dez anos sobre o tema, utilizando várias palavras-chave que circundam o assunto. Assim, os artigos que tratavam do tema foram selecionados para serem lidos na íntegra. Após serem lidos todos os artigos, alguns deles, considerados os mais relevantes para a discussão, foram selecionados para comporem o trabalho, que é uma revisão de literatura sobre o uso da experimentação no ensino de Ciências/Química. Como se trata de um tema muito amplo, foi proposta uma categorização por temáticas, sendo escolhidas abordagens que eram mais freqüentes na visão de pesquisadores e professores. As temáticas referem-se a: dificuldades dos professores da educação básica em realizar a experimentação devido a falta de tempo dos mesmos em preparar o material e a falta de infra-estrutura nas escolas (como falta de material, reagentes, espaço físico para a realização do trabalho); abordagem dada para a experimentação pelos professores da educação básica quando essa é realizada, normalmente voltada apenas para a verificação pelos alunos do que está escrito nas apostilas e nos roteiros de aulas práticas, sem levá-los ao exercício da investigação e, por último, a visão dos pesquisadores de que a experimentação é um facilitador no processo de aprendizagem, fazendo com que o aluno construa um senso crítico, sendo capaz de investigar o experimento e utilizando essas habilidades adquiridas em sala de aula no seu cotidiano, ajudando-o na sua formação enquanto cidadão, que é o verdadeiro papel da escola.

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EFEITO DO ÁCIDO PERACÉTICO (PAA) NA BRANQUEABILIDADE DE POLPAS DE CELULOSE KRAFT DE EUCALIPTO VARIANDO-SE O TEMPO DE REAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DO PAA

ROBISNÉA ADRIANA RIBEIRO (Não Bolsista/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV), VANESSA LOPES SILVA (Bolsista outra Instituição/UFV), BIANCA MOREIRA BARBOSA (Bolsista/UFV)

O ácido peracético (Paa) desde a década de 40 vem sendo investigado como reagente de branqueamento e deslignificação da polpa química. Os compostos à base de cloro apresentam alguns problemas ambientais devido resultarem efluentes contendo compostos organoclorados. Devido ao elevado poder oxidante do Paa, este, passou a ser considerado como um dos potenciais substitutos. Este estudo teve como objetivo, avaliar o branqueamento de polpa kraft de eucalipto com Paa . Para este fim, inicialmente utilizou-se uma polpa semibranqueada com sequência D(EP)D de alvura 85,5% ISO. Como último estágio utilizou-se o Paa para alcançar a alvura final de 90% ISO. O Paa foi preparado a uma concentração de 13,5% e contendo em torno 2,21% de peróxido de hidrogênio. Ele foi aplicado na polpa em diferentes quantidades (1; 2,5; 3,5 e 5 Kg/tas) de Paa, variando-se o tempo de reação (30, 60, 90 e 120 min). Analisou-se o consumo de Paa na reação, viscosidade, alvura e reversão de alvura da polpa. A alvura tende a crescer com o aumento do tempo de reação e dosagem de Paa, o oposto é verificado para a viscosidade da polpa. Observou-se também um efeito significativo na reversão de alvura da polpa. A perda da viscosidade é atribuída à radicais livres derivado da decomposição de  peróxido de hidrogênio presente como contaminante (2,21%) na solução do Paa. Portanto, o uso de Paa como estágio final de branqueamento para a seqüência D(EP)DPaa resultou em diminuição da viscosidade da polpa e não teve efeito positivo na estabilidade de alvura, sendo assim necessários mais estudos para avaliar outras seqüências de branqueamento em que sejam mais viáveis a utilização de Paa.

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HIDRÓXIDOS DUPLOS LAMELARES COMO CATALISADORES HETEROGÊNEOS PARA SÍNTESE DE BIODIESEL A PARTIR DE MATÉRIAS-PRIMAS ALTERNATIVAS

RONALDO MATIAS REIS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LUAN MILLER GALVÃO (Bolsista FAPEMIG/UFV), JUNIA APARECIDA LOPES (Não Bolsista/UFV), JAIRO TRONTO (Orientador/UFV)

Nos últimos anos, a procura por biocombustíveis para a utilização em transportes tem sido objeto de intensa investigação. A transesterificação de óleos vegetais e gorduras animais têm demonstrado uma excelente via para a produção de biodiesel. Neste sentido, os Hidróxidos Duplos Lamelares (HDLs), também conhecidos como compostos do tipo da hidrotalcita, vêm sendo estudados como catalisadores heterogêneos na reação de transesterificação do biodiesel. Este projeto tem como principal objetivo avaliar o potencial dos HDLs de Magnésio/Alumínio e Zinco/Alumínio intercalados com íons carbonato, como catalisadores heterogêneos para obtenção de biodiesel a partir de matérias-primas alternativas. Dois diferentes métodos de síntese são utilizados para produção dos catalisadores, o método de coprecipitação a pH constante e o método de coprecipitação a pH variável. Nas reações de transesterificação são utilizados, além do catalisador, o óleo da polpa do coco da macaúba e o álcool etílico anídrico. Durante as reações de transesterificação são testadas variáveis, como o tipo de catalisador, o tempo de reação e a temperatura de síntese. A caracterização dos catalisadores é realizada por difração de raios X no pó (DRXP), espectrofotometria de absorção na região do infravermelho (IV-TF) e análise termogravimétrica acoplada a calorimetria diferencial de varredura e a espectrometria de massas (ATG-DCS-MS). Os resultados de DRXP mostram que os catalisadores produzidos apresentam uma boa organização estrutural e pureza de fase, com um espaçamento basal característico da intercalação de íons carbonato. Os espectros de IV-TF apresentam bandas referentes aos íons carbonato intercalados. As análises de ATG-DCS-MS demonstram as varias etapas de decomposição térmica com a liberação de água e dióxido de carbono, através destas análises também é possível estimar a temperatura de obtenção de catalisadores calcinados. As análises dos materiais resultantes da reação de transesterificação estão sendo realizadas.

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SÍNTESE DE NOVAS LACTONAS SESQUITERPÊNICAS

SIMONE AUGUSTO SILVA (Bolsista CNPq/UFV), ELSON SANTIAGO DE ALVARENGA (Orientador/UFV), ANTONIO JACINTO DEMUNER (Co-orientador/UFV), LUIZ CLAUDIO DE ALMEIDA BARBOSA (Co-orientador/UFV), ANTONIO ALBERTO DA SILVA (Co-orientador/UFV)

Introdução: Lactonas sesquiterpênicas são compostos amplamente encontrados na natureza possuindo atividades biológicas diversas, dentre as quais, atividade herbicida. A a-santonina, uma lactona sesquiterpênica encontrada em plantas do gênero Artemísia, já teve sua atividade herbicida testada e comprovada, julgando-se relevante a síntese de novos derivados desse composto. Objetivo: Sintetizar derivados da α-santonina por meio de reações fotoquímicas e efetuar reações de halogenação desses compostos para produzir derivados halogenados. Metodologia: Utilizando-se reatores de borossilicato ou quartzo e modificando-se o solvente, a α-santonina foi irradiada com lâmpadas de vapor de mercúrio de alta ou baixa pressão. Também foram efetuadas reações de halogenação com bromo e cloro gasoso. Resultados: A reação fotoquímica da α-santonina em uma mistura de ácido acético e água resultou na formação do ácido fotossantônico e da lactona isofotossantônica em 40 e 32% de rendimento respectivamente. Em acetonitrila, a irradiação da α-santonina produziu a lumissantonina com 80% de rendimento. Efetuando-se reações de bromação e cloração, produziu-se o ácido diclorofotossantônico e ácido dibromofotossantônico com 76% e 60% de rendimento, respectivamente. A lumissantonina foi clorada formando a diclorolumissantonina em 76% de rendimento e a lactona isofotossantônica foi reduzida com boroidreto de sódio em metanol, obtendo-se o produto da redução em 85% de rendimento. Conclusão: Neste trabalho foram sintetizados seis lactonas sesquiterpênicas cuja atividade herbicida será posteriormente avaliada.

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COMPLEXAÇÃO ENTRE BENZOCAÍNA E ÁCIDO P-SULFÔNICO CALIX[4 E 6]ARENO AVALIADA POR RMN DE 1H

SIMONE ZINATO MAIRINK (Não Bolsista/UFV), LUCAS MICQUÉIAS ARANTES (Não Bolsista/), ENEIDA DE PAULA (Não Bolsista/), SERGIO ANTONIO FERNANDES (Orientador/UFV)

Anestésicos locais (ALs) são os fármacos mais utilizados no controle da dor aguda ou crônica. A utilização de ALs em cirurgias e no controle de dores agudas ou crônicas se desenvolve ao longo dos anos. Entretanto, um desafio é o aumento da potência desses fármacos sem o aumento proporcional da sua toxicidade. Neste sentido, a administração regional de ALs pode ser melhorada desenvolvendo-se sistemas de liberação controlada de fármacos visando prolongar a duração da ação anestésica, e também o índice terapêutico destes. Entre os vários sistemas de liberação controlada de fármacos, a complexação com calix[n]arenos pode ser uma alternativa. Os calix[n]arenos vêm merecendo destaque pelo seu grande potencial como transportadores de fármacos, pela habilidade em formar complexos de inclusão não-covalentes e reversíveis com vários fármacos de tamanhos e polaridades apropriados, melhorando suas propriedades. O principal objetivo desta investigação é a análise da complexação entre benzocaína (BZC) e os ácidos p-sulfônico calix[4 e 6]areno (CX4 e CX6) em meio aquoso. Para tanto empregamos técnicas de RMN de 1H para obter informações detalhadas sobre as interações entre BZC e CX4 e BZC e CX6. Análises preliminares revelaram que os hidrogênios da BZC sofreram grandes variações nos deslocamentos químicos na presença dos hospedeiros. Estes resultados nos dão indícios de que a porção alquil éster e a porção aromática estão incluídas na cavidade dos hospedeiros. As estequiometrias dos complexos BZC/CX4 e BZC/CX6 são de 1:1, sendo determinadas pelo método de Job e confirmadas pelos experimentos de NOESY onde observou-se incrementos de nOe entre os hidrogênios dos grupos, éster e aromático, da BZC com os hidrogênios do CX4 e CX6. A formação dos complexos BZC/CX4 e BZC/CX6 abre perspectivas para o potencial uso dos calix[n]arenos em novas formulações terapêuticas de ALs, destinadas a aumentar a biodisponibilidade e/ou diminuir a toxicidade sistêmica em procedimentos anestésicos.

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem à FAPEMIG e ao CNPq.

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SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E ESTUDO DA ATIVIDADE FUNGICIDA DE (1R,5R,6R)-6-(2-CICLOEXILETIL)-4-METILIDENO-2,7-DIOXABICICLO[3.3.0]OCTANO-3,8-DIONA

THAYANE CARPANEDO DE MORAIS NEPEL (Bolsista CNPq/UFV), MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER (Orientador/UFV), LAERCIO ZAMBOLIM (Co-orientador/UFV)

O avenaciolídeo, uma bis-g-lactona produzida pelo fungo Aspergillus avenaceus, apresenta propriedades antifúngicas que garantem um amplo espectro de ação. Sínteses de outras moléculas análogas a este composto são relatadas na literatura verificando-se que a variação da cadeia lateral da bis-g-lactona possibilita uma diversificação  na atividade biológica dessas moléculas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi a síntese, caracterização e estudo da atividade fungicida de (1R,5R,6R)-6-(2-cicloexiletil)-4-metilideno-2,7-dioxabiciclo[3.3.0]octano-3,8-diona, um análogo do avenaciolídeo, que apresenta como cadeia lateral o grupo 2-cicloexiletila que possui o mesmo número de átomos de carbono do grupo octila do avenaciolídeo, com a finalidade de  verificar a influência da geometria e conformação da cadeia lateral na atividade biológica das bis-g-lactonas. A rota sintética foi constituída de 12 etapas partindo da D-glicose. O composto final, assim como os 5 últimos intermediários, são inéditos. Os intermediários não inéditos foram identificados por espectroscopia no infravermelho e cromatografia em camada delgada, confirmando, por comparação com a literatura, a formação dos compostos esperados. Os compostos inéditos foram caracterizados, ainda, por ressonância magnética nuclear de 1H e 13C,espectrometria de massas, rotações específicas e sua pureza confirmada pela faixa de temperatura de fusão e por análises elementares de C e H. No espectro no infravermelho do análogo final observa-se uma banda em 1664 cm-1 de n (C=C), confirmando a presença da dupla exocíclica, e uma banda larga de carbonila de g-lactona em 1782 cm-1. Os sinais das carbonilas foram observados em δ 169,9 e 167,7 no seu espectro de RMN de 13C. Para o produto final obteve-se ainda o índice de Kovats por cromatografia gasosa (2399). Os ensaios biológicos realizados com o fungo Fusarium solani indicaram que o composto sintetizado neste trabalho possui uma atividade 15,8% maior que a do avenaciolídeo.

(CNPq/FAPEMIG )

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SISTEMAS MICROEMULSIONADOS FORMADOS A PARTIR DE ÁGUA E CICLOHEXANO: OTIMIZAÇÃO COM EMPREGOS E VARIAÇÕES DE ELETRÓLITOS, COTENSOATIVOS E TENSOATIVOS CATIÔNICOS

TIAGO HIROYUKI AKATSUKA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ALEXANDRE GURGEL (Orientador/UFV)

Microemulsões são sistemas auto-organizáveis formados pela mistura de água, óleo e compostos anfifílicos, resultando numa solução líquida isotrópica, de baixa viscosidade e termodinamicamente estável. São caracterizados por microestruturas dispersas num meio contínuo, ou apresentar domínios bicontínuos, sendo os compostos anfifílicos ou tensoativos, responsáveis por essa mistura, diminuindo a tensão interfacial entre água e óleo. A presença de eletrólitos, em alguns casos, também auxilia na formação da microemulsão. Objetivou-se neste trabalho, propor e otimizar novos sistemas microemulsionados formados por dois tensoativos catiônicos: brometo de dodecil-trimetil-amônio (DTAB) e brometo de hexadecil-trimetil-amônio (CTAB). Investigaram-se ainda o emprego de dois cotensoativos (butan-1-ol e 3-metil-butan1-ol) e o emprego de eletrólitos (NaCl e nitroprussiato de sódio) com diferentes concentrações em um sistema contendo água e ciclohexano. A relação mássica Cotensoativo/Tensoativo (C/T) empregada foi igual a 1,0 (um) em todos os sistemas. Para cada sistema, amostras com diferentes composições relativas (% massa) foram preparadas em tubos de ensaio, e analisadas visualmente, com relação a estabilidade, transparência e viscosidade. Assim, os resultados foram organizados em diagramas pseudoternários (diagramas de fases), em que as linhas de inversão de fases foram delimitadas. Verificou-se que os compostos anfifílicos utilizados, tensoativos e cotensoativos, de menor cadeia carbônica e linear, geram uma maior região de microemulsões no diagrama de fases. Este resultado é consequência de empacotamentos mais estáveis desses compostos para formação das microemulsões. Utilizando o 3-metil-butan-1-ol, verificou-se, também, formações de estruturas líquido-cristalinas, bem como sua influência na diminuição da hidrofilicidade do DTAB. Analisando o emprego de eletrólitos, variações em sua concentração e natureza exercem pouca influência sobre a formação de microestruturas, mas evidenciou-se sua capacidade de quebra das estruturas cristalinas. Pela comparação dos diagramas de fases pseudoternários construídos, tem-se uma boa indicação do domínio de existência dos sistemas microemulsionados obtidos com esses compostos, permitindo selecionar os sistemas com melhor potencial de aplicações.

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SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE (3AR,4R,6AR)-3-METILIDENO-4-(4-METILPENTIL)-DIHIDROFURO[3,4-B]FURAN-2,6(3H,6AH)-DIONA

TIAGO PASCHOALIN LEÃO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER (Orientador/UFV)

A manutenção de lavouras exige não apenas um cuidado em relação ao solo e a água, mas também ao controle de pragas que afetam as culturas, reduzindo a produção. Visando maior rendimento por hectare tem sido usados compostos agroquímicos que ajudam no crescimento das plantas e no combate a pragas. Muitos deles são aperfeiçoamentos de substâncias isoladas de seres vivos, produtos de metabolismo secundário de plantas, fungos ou bactérias. O avenaciolídeo é uma bis-lactona isolada de Aspergillus avenaceus com propriedades antifúngicas. Este trabalho se insere em um estudo de sua atividade biológica e descreve a síntese de um análogo, onde o grupo octila do avenaciolídeo foi substituído pelo grupo 4-metilpentila. A síntese completa do análogo envolveu 12 etapas a partir de D-glicose, que originaram, ainda, 5 intermediários inéditos. Ao longo da rota, a obtenção dos intermediários não inéditos foi confirmada por cromatografia em camada delgada (CCD) e espectroscopia no infravermelho (IV). A obtenção dos intermediários inéditos e do produto final foi confirmada por CCD, IV e por ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C. Para os compostos quirais puros, incluindo o análogo final que tem a mesma configuração relativa do produto natural, obteve-se a rotação específica. O espectro no IV do análogo apresentou bandas de estiramento (C=O) de gama-lactonas em 1783 e 1736 cm-1. O menor número de onda desta última e uma banda em 1664cm-1 de estiramento (C=C) confirmaram a formação da dupla exocíclica em um dos anéis do biciclo. O espectro de RMN de 13C do análogo apresentou os sinais dessas carbonilas respectivamente em 169 e 164 ppm e da C=C em 134 e 127 ppm. Os sinais dos hidrogênios metilidênicos foram observados em 5,9 e 6,5 ppm no espectro de RMN de 1H. Os demais dados obtidos também confirmam a obtenção do análogo ao avenaciolídeo (3aR,4R,6aR)-3-metilideno-4-(4-metilpentil)-dihidrofuro[3,4-b]furan-2,6(3H,6aH)-diona.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

COMPLEXOS DE ESTANHO(IV) COM DITIOCARBIMATOS

ULISSES FERNANDO DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCELO RIBEIRO LEITE DE OLIVEIRA (Orientador/UFV)

Sabe-se que os ditiocarbamatos [RR’NC(=S)S-] possuem muitas aplicações, sendo utilizados como fungicidas, bactericidas e aceleradores da vulcanização da borracha. Por esse motivo este trabalho propôs o estudo dos ditiocarbimatos [RN=CS2]2-, os quais são compostos estruturalmente parecidos com os ditiocarbamatos. Foram sintetizados cinco sais inéditos de ditiocarbimatos de estanho contendo o cátion benzildodecilmetilamônio (A): A2[Sn(RN=CS2)3] (R = C6H5SO2, FC6H4SO2, BrC6H4SO2, ClC6H4SO2, IC6H4SO2). O contraíon (A) foi utilizado devido às suas propriedades fungicidas que poderão se importantes em uma futura aplicação desses compostos. Para a síntese foram utilizadas sulfonamidas (RSO2NH2) adquiridas comercialmente. A reação em N,N-dimetilformamida das sulfonamidas com um equivalente de dissulfeto de carbono e dois equivalentes de hidróxido de potássio levou à formação dos R-sulfonilditiocarbimatos de potássio. Em seguida, três equivalentes desses sais reagiram com um equivalente de cloreto de estanho diidratado e dois equivalentes de cloreto de benzildodecilmetilamônio. Os dados a seguir são para tris(fenilsulfonilditiocarbimato)estanato(IV) de benzildodecilmetilamônio. A banda de estiramento C=N em 1414 cm-1 no espectro vibracional do complexo está deslocada para maior número de onda que a mesma banda no espectro do ditiocarbimato precursor (em 1256 cm-1), já com o estiramento da ligação CS2 acontece o contrario, há um deslocamento da banda no espectro do ligante livre de 972 cm-1 para um menor número de onda no espectro do complexo (941 cm-1). O espectro RMN de 13C mostra uma diminuição no deslocamento químico para o carbono do complexo ligado ao nitrogênio, passado de d=223 para d=195. Os dados do IV e RMN indicam a coordenação do átomo de estanho aos átomos de enxofre do grupo ditiocarbimato. Os valores esperados para as análises de CHN desse mesmo composto são: 55,59% C, 7,03% H, 4,57% N. Os valores obtidos experimentalmente foram: 58,58% C, 7,25 % H, 4,85 % N. Os dados espectroscópicos e de análises elementares dos demais compostos também são consistentes com as fórmulas propostas.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

OS MODELOS ATÔMICOS DE RUTHERFORD E BOHR EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Vinicius Viana Marto (Bolsista BIC-Júnior/EEM), REGINA SIMPLICIO CARVALHO (Orientador/UFV)

Em uma época de grande efervescência científica, Rutherford elaborou e executou um experimento, chegando a resultados que não poderia ser explicado pelo modelo de Thompson, seu antecessor.  Neste experimento, foi bombardeada uma finíssima folha de ouro com partículas alfa. Em volta da folha de ouro foi colocado papel fotográfico para que quando as partículas atravessassem a folha de ouro, se chocassem com o papel. Algumas partículas foram repelidas, outras atravessaram a folha e sofreram desvios e outras atravessaram sem sofrer desvio algum. Isso permitiu Rutherford à descoberta do núcleo atômico e da eletrosfera. No entanto ainda era necessário explicar a estabilidade do átomo, pois como os elétrons, portadores de carga,  estavam girando ao redor do núcleo sob efeito da força e da aceleração centrípeta, quando acelerados deveriam emitir radiação e perderiam energia. De acordo com a mecânica clássica e com o eletromagnetismo, os elétrons se moveriam em espiral ate atingir o núcleo e a matéria desapareceria, o que evidentemente não acontecia. Em 1913, Bohr propôs um novo modelo no qual introduziu a quantização de Max Planck, que considerava que a matéria ao ser aquecida ou resfriada, absorve ou emite energia térmica, de forma descontínua (em pacotes). Bohr considerou que os elétrons girariam em torno do núcleo em órbitas circulares, sem absorver ou emitir energia, o que iria impedir o continuo movimento em espiral que acarretaria o choque dos elétrons com o núcleo. Colocou estas considerações em postulados e acrescentou a estes postulados que o elétron ao saltar de uma órbita para outra emite ou absorve energia.  O seu modelo veio a ser posteriormente  superado  pelo modelo atômico atual. A sua contribuição como físico é como ser humano foi marcante para o progresso da ciência.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / QUÍMICA

ESTERIFICAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS COM DIFERENTES ÁLCOOIS CATALISADA PELO HETEROPOLIÁCIDO H3PW12O4

VINICIUS WILKER DE GODOI SILVA (Bolsista FUNARBIC/UFV), MARCIO JOSE DA SILVA (Orientador/UFV), RONAN VALVERDE MEDEIROS (Bolsista CNPq/UFV), ABINEY LEMOS CARDOSO (Bolsista CNPq/UFV)

O biodiesel, mistura de ésteres de ácidos graxos obtidos por alcoólise de óleos vegetais, tem atualmente atraído atenção mundial por ser um combustível alternativo não fóssil, biodegradável e renovável [1]. Entretanto, sua produção na presença de catalisadores alcalinos, tem sérios inconvenientes tecnológicos, pois nessas condições ocorrem reações competitivas (saponificação), que diminuem o rendimento do processo e provocam problemas relacionados com separação de fases. Diante deste panorama, a utilização de catalisadores ácidos parece ser uma alternativa viável. O emprego de heteropoliácidos (HPAs), especialmente os da série de Keggin, como catalisadores ácidos nas reações de esterificação pode permitir bons resultados [2]. Neste trabalho foi estudada a atividade catalítica do heteropoliácido H3PW12O40 em reações de esterificação de ácidos graxos com diferentes álcoois, sob condições brandas. As reações de esterificação foram conduzidas em um reator de vidro tritubulado de 50 mL, com agitação magnética e em banho termostatizado à 60°C. Os álcoois utilizados foram o metanol, etanol, 1-propanol, 2-propanol e 1-butanol. Os ácidos graxos utilizados foram o ácido esteárico e o ácido linolênico. O estudo da atividade catalítica do H3PW12O40 nas reações de esterificação de diferentes álcoois mostrou que as reações atingiram bons rendimentos para o metanol sendo melhores que os resultados obtidos para o etanol, porém os rendimentos para as reações com o 1-propanol, 2-propanol, 1-butanol, não apresentaram bons resultados. O impedimento estereoquímico explica o fato da diminuição na conversão em ésteres quando há um aumento do tamanho das cadeias dos álcoois. Além disso, o tipo da cadeia (saturada ou insaturada) do ácido graxo afetou o rendimento da reação de esterificação. Com os resultados experimentais obtidos neste trabalho, pode-se constatar que o heteropoliácido H3PW12O40 é um eficiente catalisador para as reações de esterificação de ácidos graxos, propiciando a obtenção de ésteres em condições brandas de reação.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA RURAL

CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E A DIALÉTICA DA INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL E FORMAÇÃO DA CIDADANIA

ÂNGELA MARIA ADRIANO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCELO MINA DIAS (Orientador/UFV)

As transformações sociais recentes promovidas pelo desenvolvimento econômico e tecnológico, associadas à ausência de políticas sociais, à falta de acesso e exercício de direitos sociais e a seletividade dos mercados de trabalho, ocasionam processos de exclusão social. Esta pesquisa parte da hipótese de que os catadores de materiais recicláveis são grupos sociais que, na maioria das vezes, se encontram nestas condições de exclusão e fragilidade econômica. Por não terem melhores alternativas para manter sua reprodução socioeconômica, acabam procurando no lixo e na atividade de cata, seleção e comercialização a sua renda. Este trabalho está sendo desenvolvido com o objetivo de compreender como pode ocorrer, a partir do exercício da atividade, a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis, quando a mesma é relacionada aos benefícios e dificuldades em se trabalhar de forma organizada, participando de associações. Também busca-se identificar como se institui a percepção sobre direitos de cidadania nos grupos pesquisados. A pesquisa é  realizada com os catadores de materiais recicláveis de duas associações da cidade de Viçosa-MG, a ACAMARE e a ACAT. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os catadores, objetivando entender como estes trabalhadores se vêem, enquanto catadores, que imagens eles possuem do trabalho e quais são suas percepções sobre seus direitos.. As entrevistas foram complementadas com acompanhamento, com observação sistemática, de atividades cotidianas dos grupos e de suas associações. Até o momento, o trabalho possui condições de apresentar apenas resultados parciais. Os dados obtidos permitem inferir que os catadores de materiais recicláveis de Viçosa sentem que seu trabalho é desvalorizado pela sociedade, sobre discriminação social e a maioria acredita que a renda não melhorou ao trabalhar em uma associação e, por isso, almejam deixar o atual trabalho e se inserir em outros mercados de trabalho. Por outro lado, têm percebido o trabalho como fonte geradora de autonomia, principalmente quando o comparam às relações de trabalho que vivenciaram antes da atividade de catação de materiais recicláveis.

 

 

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA RURAL

A COMPETITIVIDADE BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL DE AÇÚCAR E ÁLCOOL

CAMILA MARIA SOARES BATALHA (Bolsista/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Orientador/UFV)

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e álcool. Na safra 2007/08 produziu, respectivamente, cerca de 30,7 milhões de toneladas e 22,5 milhões de metros cúbicos. Além disso, apresenta um dos menores custos de produção do mundo e possui localização geográfica e condições edafoclimáticas excelentes para o cultivo da cana-de-açúcar. Considerando a importância da inserção internacional na competitividade deste setor e as contribuições econômicas advindas das vendas externas de açúcar e álcool, o objetivo deste trabalho foi analisar a inserção do Brasil no mercado internacional de açúcar e álcool (tanto em termos de evolução quanto de competitividade). A metodologia utilizada baseou-se na construção de indicadores de desempenho, considerando o período compreendido entre os anos de 1996 e 2007. Os indicadores selecionados foram o Indicador do Esforço Exportador, Grau de Abertura da Economia e Taxa de Cobertura. De acordo com a análise dos resultados dos indicadores pode-se inferir, dentro do período estudado, que o Brasil sempre destinou grande parte de sua produção, tanto de açúcar quanto de álcool, para o mercado externo, possuindo grande intensidade de comércio com o resto do mundo. As relações se tornaram mais intensas a partir de 2003 (para os dois produtos), quando se deu o aumento da área plantada, bem como o aumento da rentabilidade do setor, proporcionando o aumento da produção. Com o aumento da busca de fontes alternativas de energia menos agressivas ao meio ambiente, estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto (2005), os países se viram na necessidade de adotar medidas sustentáveis, contribuindo, assim, para o aumento das exportações brasileiras de etanol. No caso do açúcar, o aumento do comércio internacional do açúcar e dos ganhos competitivos se deu principalmente devido à diminuição da produção da Índia, que até então era um dos maiores produtores desse produto.

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OS BENEFICIÁRIOS DA REFORMA AGRÁRIA: UM PERFIL DOS TRABALHADORES ASSENTADOS NO SUL DO ESPÍRITO SANTO.

CARLA TOLEDO (Não Bolsista/UFV), MICHELI FONTES FIALHO (Não Bolsista/UFV), ÂNGELA MARIA ADRIANO (Não Bolsista/UFV), ROSENI APARECIDA DE MOURA (Bolsista CAPES/UFV), JOSE AMBROSIO FERREIRA NETO (Orientador/UFV)

Este trabalho tem como objetivo traçar o perfil de famílias em assentamentos rurais no Sul do Espírito Santo, com base em dados da pesquisa: “Reforma agrária e a dinâmica socioeconômica dos assentamentos rurais no Sul do Espírito Santo”. Os dados foram coletados pela aplicação de questionários a 25% de famílias em 12 projetos, no período de dezembro de 2008 a abril de 2009, sendo visitados 7 municípios capixabas. O trabalho apresenta alguns elementos que traçam o perfil dos assentados, como faixa etária, grau de escolaridade, origens etc. Observa-se que a faixa etária da população assentada está assim distribuída: 35,83% de 0 a 15 anos; 36,69% de 16 a 30 anos; 25,18% de 31 a 50 anos; 18,94% com mais de 50 anos. Os dados demonstram que a população assentada é jovem, significado que a reforma agrária, pode ser vista como uma alternativa de trabalho e renda para esse público. Percebe-se também que, em média 46%, dos assentados são do próprio município onde estão localizados os projetos e 40% são de outros municípios do Espírito Santo, sendo 13% de outros estados, principalmente de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apenas 7,25 % da população assentada recebem aposentadoria, apesar do percentual de pessoas com mais de 65 anos nos projetos, isso com idade mínima para se aposentar, ser de 26,34%. Esta situação demanda um esforço de inclusão social dessa população com idade mais avançada, bem como políticas adicionais de saúde pública.  Em relação ao grau de escolaridade, observa-se uma maior concentração de pessoas com o ensino fundamental incompleto, 23,80%, sendo que outros 18,20% possuem apenas o ensino básico incompleto. O que demonstra a necessidade de maiores investimentos em educação de jovens e adultos nos  assentamentos rurais e o fortalecimento das ações do PRONERA – Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária.

Agradecemos a CAPES, ao INCRA-ES e ao Grupo de Pesquisa Assentamentos

 

 

(INCRA ES )

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O BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DE LEITE EM PÓ: PADRÃO, CRIAÇÃO E DESVIO DE COMÉRCIO NO MERCOSUL

CLAUDIA MARA OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), BÁRBARA FRANÇOISE CARDOSO (Não Bolsista/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Orientador/UFV), ANTONIO CARLOS MIRANDA (Não Bolsista/UFV)

A busca da integração com o estratégia de ampliação e mercados não é nova para os países. Na América Latina, após tentativas frustradas de integração, na década de 1990 surge o MERCOSUL, tendo como princício a ampliação de mercados para os parceiros. Apesar das dificuldades, alguns produtos, sobretudo os agroindustriais, destacam-se na pauta das transações Brasil-MERCOSUL. É justamente nesse espaço que se insere a presente pesquisa. Uma análise, mesmo que rápida, das pautas comerciais indicam que o agronegócio tem peso importante no comércio entre o Brasil e o MERCOSUL. A metodologia escolhida, permitiu analisar a criação e o desvio de comércio - para leite em pó - e a existência de comércio intra e inter-industrial. Além disso, a série histórica foi separada em períodos para melhor análise da influência ou não da criação do MERCOSUL. De acordo com os resultados, observou-se que o período de 1999/2000 foi o período de inflexão no padrão de inserção do Brasil no mercado externo. Em geral, a característica que predominou foi o desvio de comércio extra-bloco. Entretanto, analisando os demais índices, observa-se desvio de comércio extra-zona e criação de comércio intra-zona nos três primeiros períodos e no último período observa-se criação de comércio extra-bloco e desvio de comércio intra-bloco.

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SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DA AGROINDUSTRIALIZAÇÃO NA PROPRIEDADE RURAL FAMILIAR ASSOCIAÇÃO DONA JUDITH NO MUNICÍPIO DE CANAÃ, MINAS GERAIS

FABIANA APARECIDA DE PAULA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Orientador/UFV), FRANCYLARA MIRANDA CASTRO (Não Bolsista/UFV)

A Agricultura Familiar no Brasil é responsável por 38% do Valor Bruto da Agropecuária Nacional e representa cerca de 85% de propriedades rurais. Segundo o Ministério da Agricultura aproximadamente 70% dos produtos da cesta básica são produzidos pela Agricultura Familiar. Tais dados ressaltam a relevância da Agricultura Familiar para a agropecuária nacional. Levando em consideração a importância social e econômica da Agricultura Familiar e as consequências sociais de inviabilização da produção com o abandono da propriedade rural e migração para centros urbanos, a agroindustrialização da produção é uma possível alternativa para o aumento da renda da propriedade familiar. O objetivo geral do trabalho foi avaliar a viabilidade econômica da agroindustrialização em uma propriedade agrícola familiar. O projeto teve como referência um estudo de caso, sendo selecionada uma propriedade rural familiar, “Associação Dona Judith,” no Município de Canaã, Minas Gerais. Foi analisada a viabilidade de instalação de uma fábrica de processamento de café na propriedade. Três metodologias foram utilizadas para atingir o objetivo do trabalho: o Método de Análise Rápida (Rapid Appraisal), cálculo de indicadores econômico-financeiros propostos pela metodologia clássica de avaliação de projetos e a Dinâmica de Sistemas. As etapas do processamento do café foram descritas, os equipamentos e construções necessárias para instalação da fábrica foram identificados e os dados referentes ao café e à propriedade, necessários para o cálculo dos indicadores, foram coletados com base no trabalho de Abreu et al (2009). Na montagem do modelo de Dinâmica de Sistema foram identificadas as variáveis chaves que se relacionam. Conclui-se que há muitos pontos favoráveis a agroindustrialização da produção na propriedade familiar, como aumento da renda, tornando uma alternativa viável para o agricultor familiar. A sustentabilidade do empreendimento será analisada com base no modelo de Dinâmica de Sistema, o qual se encontra em elaboração.

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VIABILIDADE ECONÔMICA DA SOJA PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL NO ESTADO DE MATO GROSSO.

FABIANA MONJARDIM DE CARVALHO (Bolsista CNPq/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Orientador/UFV)

A produção de biodiesel tem sido estimulada cada vez mais, seja por questões ambientais, seja pelas vantagens econômico-sociais do processo. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivos analisar a estrutura de custos e a viabilidade econômica da produção de biocombustível proveniente da soja no estado de Mato Grosso tendo como objetivos específicos: a Compreensão da estrutura da produção de soja para biodiesel em Mato Grosso; Estruturação da distribuição dos custos. A Metodologia de Cálculo de Custo de Produção foi utilizada, incluindo o Custo operacional efetivo (COE), Custo operacional total (COT) e Custo Total (CT). Através destes montou-se o Fluxo de caixa utilizou-se os indicadores de viabilidade de projetos: Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR) e Pay Back Descontado e Relação Custo Benefício. Como principal resultado, percebeu-se que o projeto é viável, pois o VPL é positivo, a TIR é superior à taxa Selic (porém, o seu valor fica muito próximo desta taxa tida como referência); o Pay Back Descontado demonstra que o empresário rural deverá gastar sete anos e cinco meses para recuperar o valor do capital inicial investido. Para finalizar, tem-se o indicador Razão Benefício – Custo (neste projeto, os benefícios são superiores aos custos apenas em 0,11). Portanto, pode-se concluir que o projeto é viável, sem que sejam observadas vantagens muito amplas em relação aos parâmetros considerados. 

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ANÁLISE DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO DA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS HASKELL LTDA.

FABIANA MONJARDIM DE CARVALHO (Não Bolsista/UFV), LORENA VIEIRA COSTA (Não Bolsista/UFV), CAMILA MARIA SOARES BATALHA (Não Bolsista/UFV), ALTAIR DIAS DE MOURA (Orientador/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Co-orientador/UFV)

O processo de planejamento está relacionado à preparação para o futuro, olhar para frente, visualizar o que deve ser feito e elaborar bons planos, e ajudar as pessoas a fazer hoje as ações necessárias para melhor enfrentar os desafios de amanhã. Dentro dessa concepção, o planejamento estratégico é o processo de desenvolver e manter o ajuste entre as metas e capacidades da organização e suas oportunidades. Esse processo deve seguir as características próprias de cada organização dado que sua natureza, porte, estilo de gestão, cultura e clima organizacionais exercerão forte influência nas atividades de planejamento. Por este fato o objetivo principal proposto neste trabalho é analisar o processo de planejamento estratégico com base num roteiro previamente estabelecido (com perguntas abertas e fechadas) e com a aplicação de questionários (com perguntas abertas e fechadas) à gerência da empresa (sediada em Viçosa, interior de Minas Gerais); e objetivos específicos: Verificar os parâmetros utilizados pela Haskell (empresa sediada em Viçosa - MG) no planejamento estratégico; Identificar a dimensão da estratégia utilizada pela empresa; Propor, se necessário, sugestões relacionadas ao planejamento estratégico. A metodologia utilizada foi mediante a aplicação de questionário ao cargo de alta gerência, mais precisamente no setor responsável pela área de Recursos Humanos (RH), visto que a empresa não apresenta ninguém responsável pelo planejamento estratégico. Notou-se, portanto que a Cosméticos Haskell Ltda apesar de não apresentar um planejamento estratégico formal, a empresa vem se destacando no ramo de cosméticos cada vez mais e atualmente os seus produtos se expandiram e já é possível encontrar os mesmos em todo o território nacional.

 

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COMPETITIVIDADE DA FRUTICULTURA BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL

FELIPHE HOMEM BORGES DA COSTA (Bolsista CNPq/UFV), SONIA MARIA LEITE RIBEIRO DO VALE (Orientador/UFV)

As novas oportunidades comerciais para os produtos brasileiros no mercado internacional requerem preparo do país para atender a realidade e as exigências dos consumidores. Neste contexto é que se insere a presente pesquisa onde se pretendeu avaliar vários aspectos da inserção da fruticultura brasileira no mercado internacional. A competitividade foi o fator delimitador do estudo para confrontar o comércio de frutas in natura e seus respectivos processados. Inicialmente, procurou-se identificar as principais frutas exportadas pelo Brasil e, em seguida, foram estimados diversos índices de vantagem competitiva que pudessem dar suporte às análises segundo o diamante de Porter. As frutas que foram identificadas como importantes para o comércio internacional brasileiro foram a maçã, o abacaxi, a uva e a laranja. De acordo com os índices de vantagem competitiva revelada, as exportações da fruta in natura da uva e do abacaxi foram mais competitivas do que seus processados e, no caso da laranja e da maçã, foram mais competitivas as exportações de processados . O Diamante de Porter foi então definido, tendo-se identificado, dentre outros aspectos, que o Governo Brasileiro vem dando suporte aos empresários do setor de frutas para que comecem a criar a cultura exportadora e, verificou-se, também, que existem vários países que competem com o Brasil no mercado internacional, sendo que alguns só atuam no mercado como trianguladores das exportações, como Holanda e Bélgica, considerados grandes distribuidores para os principais países consumidores das frutas brasileiras. Concluiu-se que a demanda mundial por frutas tem aumentado e que a tendência mundial de aumento de consumo está em outros países fora da União Européia, como os asiáticos e o Oriente Médio e que o Brasil é mais competitivo frente ao mercado internacional em algumas frutas na forma de exportações de in natura e em outras como processados, não existindo, portanto, uma única realidade para o comércio internacional de frutas brasileiras.

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INFLUÊNCIA DA TAXA DE CÂMBIO E DO PREÇO INTERNACIONAL NOS PREÇOS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS COMERCIALIZÁVEIS NO BRASIL ENTRE 1990 E 2007.

FERNANDA APARECIDA SILVA (Bolsista/UFV), MARILIA FERNANDES MACIEL GOMES (Orientador/UFV), ALEXANDRA PEREIRA MARTINS (Não Bolsista/UFV), FERNANDA MARIA DE ALMEIDA (Não Bolsista/UFV)

Os preços recebidos pelo produtor agrícola dependem de fatores como variações na taxa de câmbio real, mudanças nos preços do mercado internacional e políticas domésticas voltadas para esse setor. Buscou-se, neste trabalho, analisar os efeitos das variações cambiais, dos preços internacionais e da variação residual (intervenção governamental) sobre os preços de produtos agrícolas (café, milho, soja, arroz, trigo e algodão) comercializáveis no Brasil, no período de 1990 a 2007. A análise contemplou quatro períodos, 1990 a 1994 (período anterior à implantação do Plano Real e posterior à abertura comercial); 1995 a 1999 (período pós a implantação do Plano Real e que a taxa de câmbio era fixa); e 2000 a 2007 (período em que a taxa de câmbio passa a ser flexível até anos recentes) e o período total, 1990 a 2007. O procedimento de análise utilizado foi o modelo shift-share. Os resultados encontrados indicam que, em geral, os preços recebidos pelos produtores dos produtos analisados apresentaram tendência de queda em quase todos os períodos, exceto o período de 1990 a 1994, para café e algodão; 1995 a 1999, para milho, soja e arroz; e 2000 a 2007, para trigo.  Conclui-se que o efeito preço internacional, elevado e positivo, nos períodos de 1990 a 2007 e 2000 a 2007 não foi suficiente para segurar as quedas dos preços domésticos, impulsionados pelo efeito residual e pelo efeito taxa de câmbio. Nos demais períodos, ora se tem a influência negativa do preço internacional e taxa de câmbio, ora a influência do preço internacional.

 

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ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE RENDA PARA AS APANHADORAS DE CAFÉ: A AMPLIAÇÃO DO CAMPO DE POSSIBILIDADES DE PERMANÊNCIA NO MEIO RURAL DAS JOVENS DE SÃO MIGUEL DO ANTA - MG

FLÁVIA LEÃO ALMEIDA SILVA (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), VANESSA APARECIDA MOREIRA DE BARROS (Bolsista/UFV), TAMARA DE BARROS VIEIRA (Não Bolsista/UFV), PATRÍCIA FERRAZ DO NASCIMENTO (Bolsista/UFV), ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA (Orientador/UFV), Janaina Marques de Miranda Lisboa (Não Bolsista/), Cormarie Alecreche de Almeida (Não Bolsista/)

A alternativa do artesanato de materiais reciclados e nativos foi pensada, juntamente com as jovens e mulheres apanhadoras de café da comunidade da Capivara em São Miguel do Anta, como forma de estimular a renda da unidade produtiva, nos meses do ano em que as alternativas de renda diminuem. O café, e, mais especificamente, o período da colheita, tem grande importância para a economia de Viçosa e de cidades circunvizinhas. A composição da mão de obra que realiza a colheita de café é composta majoritariamente por mulheres e moças. É comum encontrar trabalhadoras que consigam retirar de dois a três salários mínimos, por mês, nessa região. Contudo, esse salário tem caráter sazonal, visto que a colheita, geralmente, começa em abril e vai até julho. O objetivo geral deste trabalho foi construir uma prática de intervenção de caráter interativo que permitisse fomentar práticas auto-organizativas e não apenas a geração de renda complementar. A pesquisa participante buscou comparar o nível de organização e autonomia do grupo antes e depois da realização das práticas interativas junto às mulheres. O grupo trabalhado constou de 52 famílias e os dados foram coletados através de reuniões, palestras e questionários realizados pelos alunos e professores envolvidos no projeto. Como resultado desta pesquisa-participante encontramos: aumento do Capital Social Includente, ou seja, a ampliação de redes entre as mulheres para além da família e a Construção coletiva de objetivos e estratégias de ação comuns.

(PIC/CAIXA )

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RECOMENDAÇÃO DE FERTILIZANTES PARA A AGRICULTURA FAMILIAR COM BASE NA LEI DO RETORNO DECRESCENTE

GEICIMARA GUIMARÃES (Bolsista CNPq/UFV), ROGERIO DE PAULA LANA (Orientador/UFV), MARIA REGINA DE MIRANDA SOUZA (Bolsista FAPEMIG/UFV), JOSE HORTA VALADARES (Não Bolsista/UFV), GUSTAVO LEONARDO SIMÃO (Bolsista CNPq/UFV), JOSÉ ANTONIO MACHADO (Não Bolsista/UFV)

A agricultura familiar é constituída por pequenos e médios produtores e representa a maioria dos produtores rurais no Brasil. O uso de fertilizantes representa em torno de 42% dos custos de produção, o aumento marginal no crescimento da planta reduz pelo aumento da fertilização, conforme a lei do retorno decrescente, e o aumento na fertilização levam à poluição do solo e da água e desperdício de recursos naturais não renováveis. O objetivo foi demonstrar a viabilidade de se fazer recomendações de fertilizantes no plantio do milho em propriedades de agricultura familiar, baseadas em modelos de saturação cinética, seguindo a lei do retorno decrescente, com vistas a reduzir os custos de produção e evitar o uso excessivo dos recursos naturais não renováveis. Foram utilizados níveis crescentes de nutrientes com base no uso do fertilizante 4-14-8 (NPK) no plantio e mesmas quantidades de sulfato de amônio, 34 dias após o plantio de milho. Os níveis de fertilizantes foram de 0,0; 0,25; 0,5; 1; 2; 4; 8; 16 e 32 g/cova. Foi utilizado um grão de milho por cova em espaçamento de 20 cm entre covas dentro da linha e 70 cm entre linhas, proporcionando uma densidade populacional de 71.429 plantas/hectare. Foram utilizadas oito repetições para cada nível, totalizando 72 plantas na área experimental. O estímulo ao aumento no crescimento da planta de milho pela fertilização foi evidenciado aos 62 dias pós-plantio e permitiram explicar os valores de desempenho observados. A resposta do milho à fertilização seguiu a lei dos retornos decrescentes, onde 4 a 8 g de fertilizante por cova permitiram obter boa parte da resposta produtiva, com alta eficiência de uso dos fertilizantes seguindo a lei dos rendimentos decrescentes. O emprego de nível moderado de fertilização proporciona uma agricultura mais sustentável e economicamente mais viável ao agricultor familiar. (CNPq)

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ANÁLISE ECONÔMICA E SOCIAL DE PRODUTORES DE LEITE DA COOPERATIVA DE RIO BONITO

GEICIMARA GUIMARÃES (Bolsista CNPq/UFV), ROGERIO DE PAULA LANA (Orientador/UFV), JOSE HORTA VALADARES (Não Bolsista/UFV), GUSTAVO LEONARDO SIMÃO (Bolsista CNPq/UFV), CAMILA VIEIRA DE PAULA (Não Bolsista/UFV), CLEBIO JOSÉ LOPES (Não Bolsista/UFV)

A cadeia produtiva do leite é de grande importância no agronegócio brasileiro, tanto no aspecto social como no econômico. O ambiente competitivo e o processo de mudanças decorrentes da globalização da economia mundial leva à necessidade do pequeno produtor em se associar às cooperativas, favorecendo a aquisição de insumos e comercialização da produção. A viabilização econômica da produção de leite é de vital importância para a satisfação dos cooperados, havendo necessidade de estudos que possam melhorá-la. São 50 produtores de leite associados a cooperativa Rio Bonito, que responderam um questionário da produção diária de leite, área total da propriedade, área para o rebanho leiteiro, vacas em lactação e vacas totais do rebanho, modo de resfriamento, tipo e número de ordenhas, raças e melhoramento genético. A produção diária variou de 60 a 4000 kg de leite, sendo os produtores classificados em função do estrato de produção (até 150, 151-300, 301-600, 601-1200, 1201-2400 e 2401-4800 kg de leite/produtor rural/dia. O aumento da produção de leite ocorre principalmente pelo aumento do número de animais (correlação-r = 0,94), vacas em lactação (r=0,93) e área destinada ao rebanho (r=0,67). Há baixa correlação entre produtividade animal e produção de leite pelo produtor rural, mostrando serem os índices de produtividade de pouca importância para elevar a produção de leite na prática. Verifica-se que 78,6% dos menores produtores participam com 50% do volume total de leite coletado e os 21,4% dos maiores produtores produzem os outros 50% do volume total de leite. O aumento da produção de leite depende do aumento do número de animais, de vacas em lactação e da área destinada ao rebanho. Há baixa correlação entre produtividade animal e produção de leite pelo produtor rural. Há grande participação dos pequenos produtores cooperados no volume total recolhido pela cooperativa.(CNPq)

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COMPONENTES DOS CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO FOB DE CAFÉ, DA REGIÃO SUL DE MINAS PARA O PORTO DE SANTOS

GIOVANI COSTA DE OLIVEIRA (Bolsista CNPq/UFV), ERLY CARDOSO TEIXEIRA (Orientador/UFV), MAYCON HUGO BARREIROS DE CASTRO (Não Bolsista/UFV)

A diferença de preços entre duas regiões, segundo a teoria da Lei do Preço Único, é dada pela existência dos custos de transporte e comercialização. Essa diferença de preços diminui os ganhos tanto do produtor, na região exportadora, quanto do consumidor, na região importadora. Poucos são os trabalhos, na literatura, que buscam conhecer os componentes desses custos, na exportação de café. Este estudo objetivou determinar os principais componentes dos custos de comercialização e transporte e, especificamente, estimar a diferença de preços entre a região Sul de Minas Gerais (RSM) e Nova Iorque. O coeficiente de correlação entre os preços de Nova Iorque e a RSM é de 98,07%, o que demonstra que existe alto grau de relacionamento entre as duas variáveis. A diferença entre os preços cotados em Nova Iorque e na RSM (FOB) foi definida pelos custos ocorridos no porto de destino, pelos custos de frete e de seguro internacionais, pagos pelo importador, e pelas leis de mercado. O processo de formação do custo de exportação é dado pela soma dos custos de logística e de comercialização, e margens de comercialização. Este estudo concentrou-se na determinação das variáveis de custo FOB, ou seja, as que são gereadas do ponto de venda até o proto de embarque. Os princiapais custos de comercialização, da RSM (FOB) para o porto de Santos, foram Outras Despesas, Transporte e Armazenagem. Os resultados demonstram que a diferença média de preços, entre as regiões analisadas, é de US$ 32,03. Os principais custos de comercialização estimados, da RSM para o porto de  Santos (US$ 13,20), respondem por, aproxidamente, 10% de preço de venda FOB, US$ 132,00.

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IMPLICAÇÕES DE CURTO E LONGO PRAZO DA INCORPORAÇÃO DE RESTRIÇÕES AMBIENTAIS À ANÁLISE MACROECONÔMICA

GREIGIANO JOSÉ ALVES (Bolsista CNPq/UFV), WILSON DA CRUZ VIEIRA (Orientador/UFV)

O meio ambiente e os recursos naturais têm ganhado cada vez mais espaço nos debates econômicos tanto em nível internacional quanto em nível nacional e regional. O crescimento econômico dos países afeta diretamente o meio ambiente seja na utilização dos seus recursos ou na eliminação de rejeitos provenientes da utilização destes. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a incorporação de restrições ambientais ao modelo IS-LM tradicional (Parte I) e a incorporação do capital natural renovável ao modelo de crescimento neoclássico (Parte II). Na primeira parte do trabalho, adaptou-se o modelo IS-LM com a substituição da curva LM tradicional por uma curva que leva em consideração metas do Banco Central e com a inclusão de uma curva de equilíbrio ambiental (EE). Na segunda parte, incorporou-se ao modelo neoclássico de crescimento o capital natural renovável. Através dos resultados obtidos na primeira parte do trabalho, verificou-se que uma política fiscal expansionista causa um impacto no meio ambiente maior do que a sua capacidade de regeneração e uma política monetária expansionista também fará com que o país produza a um nível de renda maior do que o suportado pela regeneração do capital natural. Porém, devido à incorporação de metas na curva LM, o Banco Central pode interferir no equilíbrio macroeconômico de forma variada, revisando suas metas. Através dos resultados obtidos na segunda parte do trabalho, verificou-se que há uma condição que deve ser satisfeita para que o sistema seja estável. Sendo assim, satisfazendo a condição necessária, o sistema convergirá para um equilíbrio, maximizando a utilidade da população; caso contrário, o sistema se tornará instável.

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UMA ANÁLISE DA COOPERAÇÃO ENTRE AS EMPRESAS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE NOVA SERRANA/MG

GUSTAVO LEONARDO SIMÃO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), NORA BEATRIZ PRESNO AMODEO (Orientador/UFV), JOSE HORTA VALADARES (Co-orientador/UFV), GEICIMARA GUIMARÃES (Bolsista CNPq/UFV)

Um arranjo produtivo local está sendo implantado em Nova Serrana/MG tentando agregar umas 12 cidades circunvizinhas e suas aproximadamente 854 empresas que geram mais de 32 mil empregos diretos. O trabalho buscou identificar através de entrevistas, realizadas entre os dias 20 e 28 de julho de 2009, com 22 empresários donos de empresas produtoras de calçado sediadas no município de Nova Serrana, a existência de atuações conjuntas entre empreendimentos. Com relação ao perfil das empresas entrevistadas 72,8% são consideradas empresas de médio porte que, para fins desse estudo, são as que produzem entre 500 e 1000 pares/dia, 18,2% grandes indústrias (mais de 1000 pares/dia) e 9% micro e pequenas empresas com produção igual ou inferior a 500 pares/dia. Os resultados mostram que 90,9 % das empresas pesquisadas não possuem qualquer tipo de atuação conjunta com outro empresário do pólo, embora todos os entrevistados coincidiram em afirmar a necessidade de uma convergência para a cooperação. A única instância de atuação conjunta identificada foi a cooperativa de crédito. Os entrevistados apontaram como principais benefícios da cooperação entre empreendimentos uma melhoria na competição com outros pólos calçadistas brasileiros e a troca de informações entre si (45,6%), menores preços de insumos através da compra conjunta (27,2%) e maior preparação ao enfrentamento de crises econômicas (27,2%). Conclui-se que, apesar da atual situação de individualismo entre os empresários entrevistados do aglomerado calçadista de Nova Serrana/MG, existe um consenso sobre a necessidade da cooperação, fato que evidencia a potencialidade de êxito na criação do arranjo calçadista (APL) na região.

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O COOPERATIVISMO DE CRÉDITO E A INDÚSTRIA CALÇADISTA DE NOVA SERRANA/MG

GUSTAVO LEONARDO SIMÃO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), NORA BEATRIZ PRESNO AMODEO (Orientador/UFV), JOSE HORTA VALADARES (Co-orientador/UFV), GEICIMARA GUIMARÃES (Bolsista CNPq/UFV)

Nova Serrana/MG destaca-se nacionalmente por apresentar grande quantidade de empresas calçadistas, produzindo aproximadamente 80 milhões de pares/ano, com grande influência na economia da região. Este estudo buscou analisar a cooperativa de crédito local (Credinova) e seu impacto na indústria; utilizou-se de entrevistas semi-estruturadas com uma amostra de 22 cooperados todos empresários do ramo calçadista, onde se objetivou identificar quais as atividades por eles desenvolvidas na organização da qual são sócio-proprietários.  Buscou-se também analisar, sob o prisma do cooperado, as possíveis vantagens que o cooperativismo de crédito oferecia às empresas calçadistas e também a participação dos associados nas reuniões e assembléias. De acordo com os resultados obtidos, todos os associados realizam atividade econômica com a cooperativa, 71,42% dos entrevistados utilizam a cooperativa para realizar descontos de títulos (cheques/duplicatas), 55,3% utilizam-na como principal agente financeiro por obterem menores taxas de juros e retorno de sobras no final do exercício financeiro. 68,1% dos entrevistados declararam não freqüentar qualquer tipo de reunião da cooperativa, nem conhecer seus dirigentes. A pesquisa permitiu detectar que a maioria dos empresários entrevistados utilizam a organização cooperativa com a finalidade de antecipação de recursos ao seu capital de giro, principalmente, no caso das empresas de pequeno porte (produção menor que 500 pares/dia). Ressalta-se também a necessidade de práticas de educação cooperativista que incentivem uma maior atuação dos membros na cooperativa, visto o elevado número de respostas negativas nesse sentido. 

 

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA RURAL

EVOLUÇÃO DO PREÇO DE TERRAS EM MINAS GERAIS

ISABELA SILVA CONSÊLHO (Não Bolsista/UFV), LEONARDO BORNACKI DE MATTOS (Orientador/UFV), ALINE DE FREITAS VELOSO (Não Bolsista/UFV), PIERRE SANTOS VILELA (Não Bolsista/UFV)

A terra agrícola tem seu preço determinado pela possibilidade de auferir rendas futuras, obtidas com a produção agrossilvipastoril ou extrativista, e pela especulação, quando a terra é usada como reserva de valor. Outros fatores determinantes são a dinâmica de oferta e procura no mercado, que reflete as expectativas dos agentes que atuam no preço, e a situação de sua estrutura de mercado, determinada pela conjuntura socioeconômica e política. Considerando dois tipos de atividades agropecuárias e suas relações com a terra, têm-se: as atividades que têm a terra como base do processo produtivo, como a produção agrícola e a pecuária bovina, e as que têm a terra como suporte, não participando do processo produtivo, como suinocultura e avicultura intensiva. Entre 2002 e 2008, foram registrados vários fatores que interferiram, em maior ou menor grau, no desempenho do agronegócio brasileiro: as condições climáticas desfavoráveis, a crise dos alimentos que foi reflexo da combinação de vários fatores que atuaram sobre a produção e o mercado das principais commodities alimentares, e a crise financeira mundial. O objetivo dessa pesquisa foi elaborar um índice capaz de calcular a variação do preço de terras ao longo de um determinado período, considerando a utilização da terra para atividades agrícolas, pecuárias, reflorestamento ou preservação, nomeado Índice de Preços de Terra em Minas Gerais (IPT-MG).  Para sua elaboração, foram utilizados os preços de terras publicados no Anuário da Agricultura Brasileira (Agrianual), publicado pelo Instituto FNP. Para ponderação do índice entre as regiões do Estado e os diversos tipos de utilização de terras, foram usados os dados referentes à área dos estabelecimentos, por uso das terras, nas várias regiões, que foram obtidos a partir do Censo Agropecuário 1995/1996 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O preço de terras do Estado acumulou alta comparativamente a inflação oficial do período.

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ESTRATÉGIAS PARA GESTÃO DOS RECURSOS DE PROPRIEDADE COMUM: UMA ABORDAGEM COM AGENT BASED MODEL (ABM)

ISIS DE CASTRO AMARAL (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCELO JOSE BRAGA (Orientador/UFV)

Considerando o problema de apropriação de um recurso de propriedade comum (livre acesso), objetivou-se analisar o dilema da ação coletiva, levando em conta a heterogeneidade dos agentes por meio da construção de um programa de simulação computacional de interações estratégicas entre agentes que diferem entre si quanto (1) ao modo como valorizam o benefício individual, frente ao benefício coletivo, (2) ao cumprimento ou desvio de comportamento em relação a uma dada norma social de apropriação do recurso e, (3) disposição para incorrer em custo individual (taxa) a fim de aplicar penalidade sobre infratores da norma. A metodologia do trabalho está baseada em teoria dos jogos, Agent Based Model (ABM) e linguagem de programação orientada a objetos. Quanto aos resultados, o programa desenvolvido foi capaz de corresponder às fontes utilizadas, comprovando sua consistência interna e respondendo segundo as previsões teóricas, o que possibilitará avançar na pesquisa, na criação de novos perfis de agentes, inserção de outras estratégias de deliberação, e expansão do número de agentes. Com parâmetros definidos apenas para agentes do tipo egoístas e altruístas e rodando simulações com os mesmo e entre os mesmos, é que se constatou a eficácia do programa em comprovar as previsões de que, agentes altruístas convergiriam para o ótimo coletivo, extinguindo a possibilidade de auferirem penalidades, ao contrário dos egoístas que convergiriam para a tentativa de maximização de seus ganhos individuais, incorrendo em grandes perdas coletivas e conseqüentemente individuais. A interação entre este dois tipos de agentes levou os altruísta a responderem as ações dos agentes egoístas, sejam penalizando-os ou apresentando pequenos desvios em relação a norma social que levaria ao ótimo coletivo.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA RURAL

PLANTIO DE FEIJÃO PARA AGRICULTURA FAMILIAR SEGUINDO A LEI DO RETORNO DECRESCENTE

JOSÉ ANTONIO MACHADO (Não Bolsista/UFV), ROGERIO DE PAULA LANA (Orientador/UFV), GEICIMARA GUIMARÃES (Bolsista CNPq/UFV)

Na época em que vivemos, com toda crise e escassez dos recursos naturais, o desemprego e falta de trabalho nas metrópoles e as formas de trabalhar mudaram na sociedade contemporânea e nem sempre o trabalho que um indivíduo exerce implica em um emprego, com todas as garantias e direitos. No Brasil são cultivados dois feijões em maior escala: o feijão comum (carioca, preto), Phaseolus vulgaris, e o feijão de corda ou macassar, Vigna sinensis. O último é mais cultivado no Norte e no Nordeste. Embora o feijão seja a principal fonte de proteína vegetal para o brasileiro, não é muito rica a literatura nacional em termos de ensaios de calagem e de adubação. Os poucos dados disponíveis, entretanto, são suficientes para mostrar que o feijoeiro agradece aos cuidados da adubação.  O objetivo foi demonstrar o uso eficiente de fertilizantes e reduzir o custo de produção do feijão de acordo com a lei do retorno decrescente. Foram utilizados níveis de 0,0; 0,25; 0,50; 1; 2; 4; 8; 16 e 32 g de NPK (4-14-8)/cova no plantio, dois grãos de feijão por cova em espaçamento de 20 cm entre covas e 50 cm entre linhas, e oito linhas (repetições), totalizando 144 plantas. A resposta ao baixo nível de fertilizante se evidenciou aos 34 dias pós-plantio, seguindo o modelo de saturação de Michaelis-Menten. As maiores respostas produtivas acontece com baixo nível de fertilização, onde 6,25% das 32 gramas por cova foram suficientes para se obter mais de 90% da resposta máxima. A resposta na produção do feijão segue a lei dos rendimentos decrescentes. O aumento na produção pelo aumento na fertilização leva ao desperdício de fertilizantes, que são recursos naturais não renováveis. O emprego de nível moderado de fertilização proporciona uma agricultura mais sustentável e economicamente mais viável ao agricultor familiar.

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O TRABALHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA - MG: PERFIL, CONDICIONANTES E AÇÕES INSTITUCIONAIS.

KARINE DE ALMEIDA PAULA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Orientador/UFV), RONAN EUSTÁQUIO BORGES (Co-orientador/)

O trabalho infantil caracteriza-se, atualmente, como um desafio tanto para o Estado quanto para a sociedade brasileira. Os dados são muito expressivos, chegando a envolver cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 17 anos (PNAD, 2007). Naturalmente, não foram poucos os esforços para minimizar esta estrutura e, com o intuito de reduzir e, ou, erradicar o trabalho infantil e oferecer novas oportunidades a diversas crianças e adolescentes, foi criado pelo Governo Federal, em 1996, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Em Viçosa, este Programa passou a vigorar no ano de 2001, através de uma parceria com a Secretaria de Assistência Social. A idéia fundamental do projeto é que a criança (ou adolescente) ao entrar no Programa, seja retirada do mercado de trabalho, passando a receber uma ajuda de custo, participando, assim, de atividades extracurriculares. Nessa perspectiva, realizou-se uma pesquisa objetivando compreender o perfil e os condicionantes do trabalho infantil, bem como a ação institucional, em Viçosa - MG. Os procedimentos metodológicos consistiram em revisão bibliográfica, realização de entrevistas com 63 participantes do PETI-Viçosa (e também com algumas famílias desses participantes), realização de duas dinâmicas grupais e entrevistas com monitores que trabalham diretamente com o PETI-Viçosa. Os resultados da pesquisa mostraram que o trabalho infantil concentra-se nas periferias carentes de Viçosa, com maior agrupamento nas áreas urbanas. Também se pôde visualizar que o sexo do chefe da família, a escolaridade dos pais (sobretudo da mãe), a renda familiar, a idade em que os pais começaram a trabalhar e o local de residência, foram algumas das causas destacadas pela pesquisa que podem influenciar significativamente o trabalho infantil no município de Viçosa (MG).

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IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS GERENCIAIS EM UMA ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO DE CASO DA AVIZOM – ASSOCIAÇÃO DOS AVICULTORES DA ZONA DA MATA

KARINE DINIZ XAVIER (Não Bolsista/UFV), HELCIO FERREIRA LOPES (Orientador/UFV), THAÍS FURTADO MENDES (Não Bolsista/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Co-orientador/UFV)

Criada em julho de 1983, a AVIZOM foi criada com o intuito de defender os interesses de seus avicultores perante a forte alavancagem que o setor avícola vinha recebendo na região devido à rápida expansão da integradora Pif Paf Alimentos. Hoje, a Associação conta com 559 associados, que buscam apoio gerencial e técnico em todo o processo da cadeia produtiva. O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da aplicação das ferramentas gerenciais planejamento, implementação e controle em entidades do Terceiro Setor visando o aumento da eficiência da organização na defesa de seus interesses.  Em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, deu-se início a um processo de reestruturação gerencial da Associação. A metodologia utilizada foi o diagnóstico organizacional o qual foi dividido em três fases. Na primeira fase destaca-se a reestruturação dos departamentos, antes não definidos claramente, sendo deliberados os departamentos de Administração, Meio Ambiente, Extensão Rural, Marketing e Finanças. Na segunda fase, implementou-se um Programa de Qualidade Total iniciado pelo Programa 5S, cujo foco era a conscientização de todos os colaboradores para a importância dos princípios da qualidade na otimização do desempenho de suas funções. No intuito de definir os objetivos a serem alcançados e criar métodos para atingi-los, utilizou-se a ferramenta 5W2H na última fase do trabalho. Esta é um tipo de checklist utilizado para garantir que a operação seja conduzida claramente pelos membros da equipe para elaboração do planejamento operacional da entidade. Por fim, promoveu-se a reorganização da equipe interna da associação, sendo os colaboradores alocados mediante habilidades demonstradas nas etapas anteriores. Como resultados, observou-se o aumento na eficiência e agilidade no atendimento aos associados bem como a melhor compreensão de todo o processo de integração. Com isso, gerou-se maior profissionalismo nas negociações com a integradora o que proporciona impactos positivos de curto, médio e longo prazo.

 

 

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UTILIZAÇÃO DO MARKETING COMO ESTRATÉGIA DE VALORIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO PRODUTOR RURAL EM UMA ASSOCIAÇÃO DE AVICULTORES

KARINE DINIZ XAVIER (Não Bolsista/UFV), HELCIO FERREIRA LOPES (Orientador/UFV), RENATA AMARAL FONSECA (Não Bolsista/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Co-orientador/UFV)

O Brasil nos últimos anos lidera o ranking dos maiores exportadores de carne de frango do mundo. A avicultura é considerada por muitos como a atividade mais dinâmica dentro do setor pecuário, o que justifica sua grande importância no desenvolvimento econômico do país. Todavia, apesar da grande importância do setor, muito se deixa a desejar quando se faz um desmembramento dos elos da cadeia, principalmente a jusante, no qual está inserido o avicultor, alicerce de toda a estrutura produtiva. A Associação dos Avicultores da Zona da Mata – AVIZOM reúne hoje mais de 550 integrados distribuídos em 33 cidades da Zona da Mata Mineira. A Associação faz vínculo entre a empresa integradora, Pif Paf Alimentos, e seus integrados intermediando negociações entre os dois grandes agentes da cadeia. O objetivo deste trabalho é expor a grande importância do produtor rural no setor avícola através de estratégias de marketing já que muitos negligenciam seu imensurável valor dentro do processo produtivo. A metodologia utilizada foi o diagnóstico ambiental de toda a região produtora enfatizando a motivação dos avicultores em relação à atividade. Primeiramente foi realizada uma minuciosa análise dos ambientes interno e externo do setor avícola da região para a realização da Análise SWOT evidenciando seus pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. Posteriormente, foi criada uma logomarca acompanhada do slogan “AVIZOM, A força do avicultor” enfatizando o apoio e representatividade que a Associação proporcionava ao associado. Posteriormente, definiram-se os 4P’s enfatizando a Promoção para estimular e valorizar o produtor. Foram produzidos diversos acessórios com a logomarca além de outdoors instalados nas principais regionais produtoras com frases de cunho motivacional. Como resultado observou-se o melhor desempenho e fidelização do produtor para com a Associação devido ao reconhecimento e valorização de seu fundamental trabalho dentro atividade avícola.

 

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COMPETITIVIDADE E PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÃO DO FLUXO INDUSTRIAL DE COMÉRCIO EXTERIOR DO PARANÁ, 1995 A 2005

LORENA VIEIRA COSTA (Bolsista CNPq/UFV), MARILIA FERNANDES MACIEL GOMES (Orientador/UFV)

Considerando a dimensão territorial brasileira e, ainda, a heterogeneidade produtiva nas suas diferentes regiões, espera-se que os efeitos do comércio internacional não se propaguem igualmente entre as regiões. Nesse contexto, o estudo das vantagens comparativas permite uma análise do aproveitamento dessas vantagens em beneficio da região em relação ao comércio internacional. Neste trabalho, analisaram-se o comportamento e a estrutura do fluxo comercial externo de produtos industriais do Paraná no período de 1995 a 2005, objetivando identificar os produtos com vantagens comparativas, bem como verificar o tipo de comércio exterior praticado pelo referido Estado. Para tanto, o trabalho pautou-se no cálculo de indicadores de vantagem comparativa e de comércio intraindústria. Os dados utilizados foram obtidos do sistema ALICEWEB, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os resultados revelaram, através do cálculo dos índices de vantagem comparativa revelada e simétrica, que apenas dois setores da indústria paranaense obtiveram vantagem comparativa em todo o período analisado: os produtos das indústrias alimentares, bebidas, fumos e seus sucedâneos e o setor que abrange madeiras, carvão vegetal, cortiças e suas obras. Já o Índice de Comércio Intraindústria evidenciou que o comércio internacional paranaense é basicamente interindustrial, ou seja, predomina o fluxo de bens entre diferentes setores de atividades, refletindo as vantagens comparativas em relação à dotação de fatores de produção entre as regiões. Conclui-se, então, que a economia paranaense possui vantagem comparativa em poucos setores e o tipo de comércio que predomina é o da interindústria.

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COMUNICAÇÃO E SITUAÇÕES DE CRISE

MARCELA ACHAREZZI ROSSETTO (Não Bolsista/UFV), DANILO DE OLIVEIRA SAMPAIO (Orientador/UFV), THATIANA DE ANDRADE FIGUEIRA (Co-orientador/UFV), GIANA ASSI (Não Bolsista/UFV), RENATA CARLA COSTA (Não Bolsista/UFV), ERIKA BECARI CAL DE SOUZA (Não Bolsista/UFV), KÉLLEN XAVIER SOARES DE FREITAS (Não Bolsista/UFV), PAULA RESENDE CHAVES (Não Bolsista/UFV)

A todo o momento as empresas passam por situações de crise.  Em um cenário como este, onde a dificuldade existe, além das alternativas para a superação das causas que as levaram a tal situação algumas providências, via de regra, são tomadas para que a imagem da organização não seja prejudicada. Dentro desta perspectiva, o trabalho aborda as melhores maneiras do uso da comunicação em situações de crise, bem como a importância de um bom plano de comunicação de crise e do comitê de crise, para que a organização possa se posicionar clara e objetivamente perante seus diferentes públicos. O objetivo geral é analisar as situações de crise dentro de uma organização e apresentar a melhor alternativa para tanto através de um plano de comunicação, do repasse de informações para a mídia e da formação de um comitê prévio ao acontecimento de crises. Primeiramente, fez-se uma pesquisa metodológica descritiva e explicativa, com análise documental, para a correspondência do seu conteúdo com os fatos. Posteriormente, apresentam-se dois mini-casos que exemplificam situações de crises diferentes no ambiente organizacional. A partir da revisão da literatura, compreendem-se melhor como as empresas devem agir nesses casos, a importância do departamento de comunicação, e a criação de um comitê de crise. O fato da empresa não estar preparada para o enfrentamento das crises, pode fazer com que elas sejam ainda piores, mais graves e mais longas. A proposta é expor de maneira eficaz como elaborar um plano de comunicação de crises; descrever de maneira sucinta como a mídia age durante a crise; e o que a imprensa quer saber da organização; e explicitar os benefícios da prevenção, a partir do desenvolvimento de um comitê de crises antes mesmo de qualquer ocorrência.

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UM ESTUDO COMPARATIVO DA VIABILIDADE E RISCO DO CULTIVO DE OLEAGINOSAS GIRASSOL, MAMONA E SOJA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES

MÁRCIO BALDUINO SARAIVA (Bolsista CNPq/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Orientador/UFV), TIAGO SILVEIRA GONTIJO (Não Bolsista/UFV), RONALDO PEREZ (Co-orientador/UFV)

Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), com obrigatoriedade de adição de 4% de biodiesel no diesel mineral, criou demanda adicional de 1,6 milhões de toneladas de óleo vegetal e gordura animal.  Este mercado cativo pode criar oportunidades para o setor agrícola. Portanto, o objetivo deste trabalho foi quantificar o retorno e o risco de preço no cultivo de soja, girassol e mamona nos principais estados produtores sob condições determinísticas e de risco. Foram construídos os fluxos de caixa e obtidos indicadores: Benefício/Custo (B/C), Valor Presente Líquido (VPL), e Taxa Interna de Retorno (TIR). Os custos de produção e o preço foram obtidos no AGRIANUAL (2009). Na análise de risco foi utilizado o método de simulação Monte Carlo no software @Risk. Utilizando-se uma taxa de desconto de 7,9% ao ano, foram obtidos VPL de R$ -100,55 para a soja, R$ -442,44 para o girassol, e de R$ -506,55 para a mamona, ou seja, todos os 3 cultivos não conseguem pagar a taxa mínima de atratividade, a preços de 2008. Foi realizado a análise de sensibilidade e probabilística, utilizando-se séries históricas. Neste caso, a probabilidade do produtor obter resultados positivos da VPL foi de 95% para a soja, 70% para o girassol e de 35% para a mamona.  A diferença nos resultados para soja e girassol: desfavoráveis em condições determinísticas e favoráveis sob condição de risco, demonstra a importância de análises detalhadas do comportamento e expectativas de preços em decisões de investimento.

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ANÁLISE DA VIABILIDADE E DO RISCO ASSOCIADO À EXPANSÃO SUTENTÁVEL DO DENDÊ NA BAHIA

MÁRCIO BALDUINO SARAIVA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Orientador/UFV), TIAGO SILVEIRA GONTIJO (Não Bolsista/UFV), RONALDO PEREZ (Co-orientador/UFV)

A dendeicultura na Bahia caracteriza-se por ser proveniente de cultivos subespontâneos e apresentar baixa produtividade, sendo necessário um estudo para determinar a competitividade da implantação de novos cultivos. Assim, este trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade econômica da expansão do cultivo de dendê no referido estado, considerando ou não condições de risco para auxiliar na tomada de decisão. Foram calculados os indicadores de viabilidade econômica: Razão Benefício-Custo (B/C), Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM); a análise de sensibilidade e posteriormente análise de risco pelo método de Monte Carlo. Os resultados obtidos demonstram a viabilidade econômica do projeto. A partir da análise de sensibilidade constatou-se que as variáveis mais impactantes no risco são: preço e produtividade do dendê. A analise sob a ótica do risco, mostra que há chances de insucesso na produção de dendê, com probabi¬lidade acumulada de 33% para o B/C < 1, ou seja, de o investimento resultar em prejuízo; 52% de probabilidade de obter VPL negativo, ou seja, do retorno monetário do investimento ser inferior à taxa mínima de atratividade; e 28% de probabilidade da TIR ser inferior a 7,9% a.a.. De acordo com os resultados, conclui-se que a implantação de novos projetos é economicamente viável, entretanto apresenta baixa rentabilidade e alto grau de risco.

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MICROFINANÇAS: FUNDAMENTOS, CONCEITOS E IMPORTÂNCIA

MATEUS DE CARVALHO REIS NEVES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ISIS DE CASTRO AMARAL (Bolsista CAPES/UFV), MARCELO JOSE BRAGA (Orientador/UFV)

O sistema financeiro brasileiro é marcadamente dominado por grandes bancos que, via de regra, tem seus serviços voltados para uma pequena parcela da população que possui rendimentos médios entre 5 e 20 salários mínimos mensais, enquanto parte considerável da população ocupada encontra-se desassistida de alguma forma de serviços financeiros, mesmo possuindo renda compatível com o mercado de microfinanças. O objetivo deste trabalho é analisar conceitos sobre o tema, desmistificando algumas considerações e demonstrando sua importância enquanto instrumento de inclusão social. O presente trabalho classifica-se como uma Pesquisa Exploratória, visto que o que se busca é proporcionar maior familiaridade com o assunto estudado, visando torná-lo mais explicito. Trata-se de Pesquisa Documental, uma vez que os dados aqui expostos foram obtidos, em sua maioria, analisando-se relatórios e estatísticas fornecidos pelo Banco Central do Brasil. Também apresenta cunho Bibliográfico, uma vez que investiga obras de especialistas no tema. O estudo da questão possibilitou diferenciar conceitos como microcrédito e microfinanças, usualmente confundidos. Percebeu-se progresso nas ações do Governo no sentido de tornar os serviços financeiros mais acessíveis à população de menor renda, mesmo que ainda haja muito a avançar, não só por parte do Estado, mas também dos bancos privados e das cooperativas de crédito, que já possuem alguns casos de êxito no âmbito do microcrédito. Conclui-se, com este trabalho, que há necessidade de aumento dos tipos de serviços prestados para a efetiva inclusão da população de baixa renda no sistema financeiro, associando o crédito a outros serviços bancários, uma vez que se percebe microfinanças mais como uma forma de “expansão da fronteira financeira” (Von Pischke, 1991), do que simplesmente como fornecedora de crédito à baixo custo.

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ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE INTENSIVO A PASTO EM UMA PROPRIEDADE DA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA-MG

MATEUS DE CARVALHO REIS NEVES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), TATIANE BARBOSA COITINHO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCELO JOSE BRAGA (Orientador/UFV)

A produção de leite brasileira caracteriza-se por utilizar grandes extensões de terra, porém, com baixa produtividade por hectare. Em contraposição, o Sistema de Produção Intensivo a Pasto possibilita uma melhor utilização da terra, por permitir maior número de animais por hectare, e por vezes, aumento na produtividade média, que tem como consequência, aumento da produtividade da mão-de-obra e do capital. O presente trabalho visa analisar a viabilidade econômica da implantação desse sistema em uma pequena propriedade da microrregião de Viçosa-MG. A metodologia empregada baseou-se na utilização de diversos coeficientes zootécnicos no cálculo da evolução do rebanho, tais como número de partos por ano, intervalo entre partos, taxa de natalidade de fêmeas, taxa de mortalidade, idade ao primeiro parto, período de lactação e descarte de animais. Para análise econômica, foram utilizados os indicadores: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Taxa Mínima de Atratividade (TMA) e Período de Retorno do Capital (Payback). Identificou-se as receitas obtidas com a venda do leite in natura, a venda de bezerros (machos) e a venda de vacas a partir do sexto ano após a implantação do projeto. Como resultado, observou-se a necessidade de sete anos para a estabilização do rebanho, com trinta e quatro vacas em lactação, produzindo, em média, quinze Litros/dia. O fluxo de caixa do projeto demonstra melhor rentabilidade para o produtor a partir do quinto ano. Os indicadores financeiros evidenciam que o projeto é viável no longo prazo. Conclui-se com este trabalho que a busca por aumento da produtividade, bem como a melhor utilização da terra, são fatores-chave para a melhor rentabilidade do pequeno produtor rural. A atividade leiteira demanda escala razoável de produção e acompanhamento técnico adequado para se tornar minimamente viável e constituir fonte de renda para o produtor ao longo do ano.          

 

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O MUNICÍPIO DE BURITIS E OS ASSENTAMENTOS RURAIS: NOVOS ATORES DO DESENVOLVIMENTO LOCAL

NATHÁLIA THAÍS COSMO DA SILVA (Não Bolsista/UFV), JOSE AMBROSIO FERREIRA NETO (Orientador/UFV), DIEGO NEVES DE SOUSA (Bolsista FAPEMIG/UFV), POLIANA OLIVEIRA CARDOSO (Não Bolsista/UFV)

Este trabalho é resultado de uma pesquisa que se dedicou a investigar o processo de criação de assentamentos rurais e sua relação com o desenvolvimento socioeconômico no Noroeste de Minas Gerais, utilizando como estudo de caso o município de Buritis. A pesquisa se iniciou com revisão bibliográfica na qual se explorou a questão da Reforma Agrária no Brasil, assentamentos rurais e as especificidades da Região Noroeste, pela reconstituição histórica dos conflitos de terra e da dinâmica de instalação dos assentamentos. Em seguida, se deu a análise de dados secundários, observando indicadores como evolução da população, evolução da arrecadação do município, evolução do IDH, índice de analfabetismo e número de alunos matriculados, renda per capta, PIB per capta etc. Por fim, houve a pesquisa de campo, quando se analisou, pelo discurso dos atores locais, os impactos dos assentamentos no município. A centralidade da pesquisa reside na constatação de que o processo de implementação de assentamentos rurais, neste município, teve uma ligação direta com a dinâmica socioeconômica local. Os indicadores socioeconômicos aliados as verificações obtidas na pesquisa de campo revelam que a instalação dos assentamentos acarretou alteração da estrutura fundiária, propiciou desenvolvimento econômico e social, um novo arranjo de relações locais de poder e influenciou nas questões referentes à sociabilidade. As características do município, como baixo número de habitantes e economia voltada para a produção agrícola, contribuíram para que os assentamentos rurais influenciassem de maneira mais intensa na dinâmica socioeconômica local.

Agradecemos a Fapemig e ao Grupo de Pesquisa Assentamentos

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OS ASSENTAMENTOS RURAIS NA PERCEPÇÃO DAS INSTITUIÇÕES LOCAIS

POLIANA OLIVEIRA CARDOSO (Não Bolsista/UFV), JOSE AMBROSIO FERREIRA NETO (Orientador/UFV), DIEGO NEVES DE SOUSA (Não Bolsista/UFV), NATHÁLIA THAÍS COSMO DA SILVA (Não Bolsista/UFV)

O trabalho aborda a percepção de representantes de instituições locais acerca dos assentamentos rurais no noroeste mineiro. Este recorte faz parte da pesquisa Assentamentos Rurais: Uma análise do Noroeste de Minas Gerais, do qual foram realizadas 74 entrevistas em 8 municípios do noroeste mineiro no período de março a dezembro de 2008. A metodologia utiliza se baseou em entrevistas com informantes chave tais como: ocupantes de cargos públicos, diretores e supervisores escolares, funcionários da prefeitura, técnicos de extensão rural, vereadores, religiosos, representantes de sindicatos e associações. No que se refere aos pontos positivos apontados pelos entrevistados observou-se que na maioria dos municípios do Noroeste Mineiro, as instituições reconhecem a importância dos créditos decorrentes da reforma agrária e a circulação dos mesmos na economia local dos municípios. Cooperativas agropecuárias da região reconhecem a importância dos assentamentos em alguns municípios, onde os assentados se constituem nos principais fornecedores de leite para as mesmas. Para esses representantes das instituições locais as famílias assentadas incrementam o comércio dos municípios fornecendo produtos para armazéns, feirinhas e açougues. É ressaltada também a importância da volta do homem ao meio rural, e o fomento da produção devido aos processos produtivos realizados pelas famílias assentadas. Nos municípios menores as instituições locais argumentam que os assentamentos são os principais vetores para o desenvolvimento local. Apesar de os indicadores econômicos e das entrevistas feitas ao longo deste trabalho, apontarem para uma melhora da condição econômica das famílias e dos municípios estudados, no que se refere aos pontos negativos da criação dos assentamentos existem entraves pontuados pelos informantes. Esses pontos negativos associados ao processo de criação dos assentamentos estão relacionados principalmente com demandas de infra-estrutura surgidas nos projetos, a falta de assistência técnica e a baixa capacidade de produção agropecuária, que segundo os informantes, impedem o maior desenvolvimento que poderia ser proporcionado pela reforma agrária.

 Agradecemos a FAPEMIG e ao Grupo  de estudo Assentamentos

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O RURAL NAS TELAS: IDENTIFICAÇÃO OU REPULSA? - ESTUDO SOBRE A RECEPÇÃO DO PÚBLICO BRASILEIRO AOS FILMES NACIONAIS QUE RETRATAM O RURAL

SABRINA AREIAS TEIXEIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), SHEILA MARIA DOULA (Orientador/UFV)

Este projeto surgiu diante da constatação de que os filmes brasileiros que apresentam como cenário o meio rural têm uma popularidade ainda insatisfatória. Com o intuito de pesquisar o motivo desse problema, procuramos investigar fatores sócio-culturais que ajudem a explicar a relação de resistência do público diante da produção cinematográfica nacional contemporânea que retrata a realidade rural do país, bem como, analisar os símbolos associados ao mundo rural nos filmes brasileiros e verificar se o público espectador afirma ou nega esses símbolos. Para a realização da pesquisa foram utilizados três instrumentos de coleta de dados: a revisão bibliográfica, a aplicação de questionários e os próprios filmes que retratam o meio rural. A pesquisa bibliográfica abrangeu as áreas de comunicação e da antropologia. Os questionários foram aplicados em três momentos: primeiramente, na mostra “O rural nas telas”, realizada no Cine Carcará, da Universidade Federal de Viçosa, na Semana do Fazendeiro, e, posteriormente, em uma mostra entre os dias 18 a 22 de agosto de 2008, no mesmo local, a fim de se atingir professores e universitários. O terceiro momento contou com aplicação de questionários em locadoras. Nas mostras foram respondidos 158 questionários, sendo que 143 pessoas responderam que os filmes apresentados eram bons e 110 identificaram-se com eles. Foi possível notar que grande parte do público desconhecia os filmes exibidos na mostra e quando os assistiam havia uma recepção satisfatória. A maioria dos espectadores concordou com a forma como o rural foi retratado nas telas e suas respostas frisavam que as produções cinematográficas brasileiras chegaram a retratar o rural de maneira fiel por tê-lo simbolizado como um local bucólico, onde determinados valores morais permanecem e ainda há a preservação da cultura popular, do folclore, da tradição e da família. Embora a maioria das pessoas tenha dito que gosta de assistir as produções nacionais, 43 pessoas não souberam citar nenhum filme brasileiro que retratasse o rural. Quanto aos questionários das locadoras, 100 pessoas os responderam, sendo que 35 delas não souberam citar nenhum filme brasileiro que retratasse o rural e as outras se lembraram, em maior número, de Dois Filhos de Francisco, O Auto da Compadecida e filmes de Mazzaropi.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA RURAL

ANÁLISE DOS FATORES DETERMINANTES DA INADIMPLÊNCIA NO CRÉDITO RURAL

THAÍS FURTADO MENDES (Não Bolsista/UFV), HELCIO FERREIRA LOPES (Orientador/UFV), KARINE DINIZ XAVIER (Não Bolsista/UFV), VIVIANI SILVA LIRIO (Co-orientador/UFV)

Nas concessões de crédito empresarial, existe sempre o risco associado ao não pagamento dos recursos tomados pelos seus diversos tomadores. De fato, é difícil conceber ferramentas capazes de eliminar completamente o risco, o que gera a necessidade das instituições estimarem constantemente o risco de perda esperada e exigir prêmios pelo risco. Para identificá-lo, é necessário verificar o processo decisório que incorpora a obtenção de um grande número de informações dos clientes. Essas informações podem ser obtidas através de documentação oficial, de visitas as empresas rurais e através de informações obtidas junto a terceiros. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar questões ligadas ao processo de contratação do crédito rural que irão interferir diretamente na concessão do crédito pelas Instituições Financeiras e na manutenção da adimplência dos credores. Para tal, desenvolveu-se pesquisa exploratória com coleta de dados secundários e primários, através de pesquisa de levantamento e embasamento teórico com a metodologia de análise e concessão do crédito, o Parecer 5’C. Identificou-se que mesmo sendo baixos os níveis de inadimplência - menos de 2% -, observou-se que a má administração dos recursos contratados, a falta de planejamento das decisões a serem tomadas na atividade, a viabilidade do investimento e o mau emprego dos recursos, são as maiores causas de inadimplência dos produtores junto aos financiamentos agrícolas. Nesse sentido, faz-se necessária a orientação aos produtores por parte de assistência técnica capacitada sobre a correta aplicação dos recursos. Conclui-se portanto, que o emprego inadequado dos recursos, para outras finalidades que não as projetadas, comprometem a capacidade de pagamento do produtor, além de gerar menos credibilidade deste perante a Instituição Financeira. É necessário, portanto, conscientizar os produtores a agir corretamente, para que sempre contem com a assistência creditícia.

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / ECONOMIA RURAL

ANÁLISE DA CONTRATAÇÃO DE CRÉDITO DO PRONAF NA JURISPRUDÊNCIA DO BANCO DO BRASIL DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA – MG

THAÍS FURTADO MENDES (Não Bolsista/UFV), HELCIO FERREIRA LOPES (Orientador/UFV), Carlos Antônio Balbino de Sousa (Não Bolsista/), VIVIANI SILVA LIRIO (Co-orientador/UFV)

A criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), em 1995, pelo Governo Federal, objetivou estimular o desenvolvimento rural fundamentado no fortalecimento do setor como segmento gerador de emprego e renda, por meio de crédito rural. Visou também, o desenvolvimento rural, ainda que de forma indireta, da região de influência dos produtores que participam do Programa. Desde sua criação, os valores destinados pelo governo vêm aumentando ano após ano, sendo que na safra 2008/2009, foram destinados R$13 bilhões nas modalidades de custeios e investimentos. O objetivo deste trabalho é analisar o perfil e o montante de recursos do PRONAF disponibilizado pela agência do Banco do Brasil de Viçosa-MG, que atende a sete municípios da Zona da Mata Mineira, região de 2º menor IDH do Estado, bem como as atividades que são mais freqüentemente financiadas. Para execução do mesmo, utilizou-se de pesquisa exploratória, com coleta de dados primários. Dos recursos disponibilizados, no ano agrícola passado, o total de R$15.358.345,00 foram distribuídos em 2.299 contratos sendo que 86,6% para custeio e 13,4% para investimento. Analisando as atividades foco do programa, constatou-se que 63% do montante foi empregado na atividade cafeeira, seguido pelo plantio de milho que absorveu 15,25% destes recursos e em valores menos expressivos pela bovinocultura mista e de leite que juntas somaram menos de 5% dos recursos. As demais atividades somam 17% dos recursos. Considerando que cada propriedade tem um contrato, aproximadamente 50% das 4.304 propriedades de agricultura familiar destes municípios se beneficiam do programa; todavia, este fato não ocorre, pois é comum encontrar propriedades com mais de 2 contratos. Conclui-se portanto, que apesar de o crédito do PRONAF ser muito importante para o desenvolvimento socioeconômico da região, ele ainda não contempla todos os produtores que poderia, sendo necessário criar mecanismos que melhorem a eficácia do Programa.

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DIVERGÊNCIAS EM RESULTADOS DE SOFTWARES ECONOMÉTRICOS EM TESTES DE CHOQUES DE VOLATILIDADE DE PREÇOS.

TIAGO SILVEIRA GONTIJO (Não Bolsista/UFV), MÁRCIO BALDUINO SARAIVA (Não Bolsista/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Orientador/UFV)

O presente trabalho teve por objetivo apresentar incoêrencias de resultados obtidos por meio de softwares econométricos. A análise empírica consistiu em realizar um estudo de séries de preços, coletadas junto ao banco de dados do FMI no período de 01/1980 a 08/2008 para oleaginosas. De acordo com o teste de raiz unitária Augmented Dickey-Fuller (ADF) e Phillips-Perron constatou-se que as séries são estacionárias em primeira diferença. Foram detectados e corrigidos os processos de heterocedasticidade e auto-correlação serial. Com as séries estacionária estimou-se os seguintes modelos de heterocedasticidade condicional auto-regressiva: ARCH e GARCH, para descrever o comportamento de choques na volatilidade de preços. Para o processo de estimação utilizou-se o principal software econométrico – Eviews®, nas versões 4.1 e 6.0. Os resultados foram divergentes. Tal resultado ocorreu em virtude do algoritmo de cálculo do Eviews 4.1, que utiliza o método de Marquardt como forma de otimização ser relativamente fraco para os processos de estimação do referido estudo. Tal processo, nada mais é do que uma variação do método Gauss-Newton (diferencia-se pela adição de uma matriz de correção ao Hessiano). Os resultados da versão 6.0 do Eviews foram mais robustos. Os resultados obtidos sinalizam a necessidade de uso de metodologias novas no campo da econometria computacional, como o software livre R®. Tal ferramenta está em um processo de atualização contínua, tornando-se uma ferramenta estatística dinâmica.

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ANÁLISE DA VOLATILIDADE DO RETORNO MENSAL DE OLEAGINOSAS: 1980-2008

TIAGO SILVEIRA GONTIJO (Não Bolsista/UFV), AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR (Orientador/UFV), MÁRCIO BALDUINO SARAIVA (Não Bolsista/UFV), RONALDO PEREZ (Co-orientador/UFV)

O Brasil destaca-se na produção e uso de fontes renováveis de energia, com 46% das fontes energéticas oriundas de energias renováveis (MME, 2008). Em 2004, o governo brasileiro retomou os esforços na produção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais e criou o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Em contraste com o Proálcool, o PNPB prioriza a inclusão social e no desenvolvimento regional através da inserção da agricultura familiar. Nesse cenário, a análise da variação de preços agrícolas torna-se imprescindível na formulação de políticas públicas e decisões empresariais. Considerando a importância estratégica dos biocombustíveis para a economia brasileira e os objetivos sociais do programa do biodiesel para a agricultura familiar, o presente estudo tem o objetivo de quantificar volatilidade e a reação dos preços das oleaginosa dendê, colza e girassol frente a choques de aumento e diminuição dos preços, a partir dos modelos ARCH e GARCH. A análise empírica consistiu em realizar um estudo da série de preço, coletada junto ao banco de dados do FMI no período de 01/1980 à 08/2008. De acordo com o teste de raiz unitária Augmented Dickey-Fuller (ADF) e Phillips-Perron constatou-se que as séries são estacionárias em primeira diferença. Foram detectados e corrigidos os processos de heterocedasticidade e auto-correlação serial. Com as séries estacionárias estimaram-se os seguintes modelos de heterocedasticidade condicional auto-regressiva: ARCH e GARCH, para descrever o comportamento de choques na volatilidade de preços. Os resultados obtidos para os preços da colza, dendê e girassol, mostram que choques de volatilidade perduram por períodos prolongados de tempo, aumentando o risco para produtores rurais. Uma solução para este problema é a elaboração e implementação de políticas com foco na estabilidade de preços, gerando mais segurança ao mercado, como o mecanismo de preços futuros.

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CONTRIBUIÇÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA AS RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA

ALFREDO BRUNO ELIAS MENDES (Outros/UFV), HENRIQUE CASTANHEIRA DE FREITAS (Outros/UFV), PAULO ROBERTO DOS SANTOS AMORIM (Orientador/UFV)

Introdução: A American Heart Association (AHA) recomenda (RAF) que crianças e adolescentes participem de no mínimo 60 min.dia de atividade física (AF), de moderada a alta intensidade. As aulas de Educação Física (AEF) podem contribuir nesta meta. Objetivo: Objetivou-se avaliar a intensidade das AF nas AEF em adolescentes de uma escola pública e a contribuição destas para as recomendações diárias de AF. Metodologia: A amostra foi composta por 29 escolares, do gênero masculino, na faixa etária de 15 a 17 anos ( = 16,1 ± 0,7). Foram monitoradas as freqüências cardíacas (FC) de duas aulas utilizando-se o Polar Team System e o Polar ProTrainner 5, além de posterior cálculo do IMC. Para análise das intensidades adotou-se duas classificações: a) ARMSTRONG (1998), que define AF moderada com uma FC ≥ 140 bpm e AF intensa com uma FC ≥ 160 bpm, e b) ACSM (2000). Foi utilizada a equação de Tanaka (2001) para estimar a FC máxima. O tratamento utilizado foi a estatística descritiva, o Teste T pareado entre os resultados médios das FC das aulas e correlação de Pearson entre o IMC e as faixas de FC (p≤0,05). Resultados: Verificou-se não haver diferenças estatisticamente significativas no tempo de permanência nas faixas de FC 140 a 159 (4,8 ± 3,4) e FC ≥ 140 (17,2 ± 11,5). Por outro lado, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas faixas de FC < 140 (14,7 ± 12,4) e FC ≥ 160 (12,3 ± 9,9). Verificaram-se baixas correlações entre IMC (21,83 ± 4,85) e as faixas de FC. Conclusão: Concluiu-se que as AEF contribuíram em 28,6% (17,2 minutos) da RAF. Considerando-se a classificação das intensidades do ACSM (2000) verificamos que 86,1% dos alunos mantiveram-se numa faixa de intensidade moderada a intensa.

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ESTUDO DA CAPACIDADE AERÓBIA EM MULHERES ATIVAS INSERIDAS NO PROJETO SAÚDE E VIDA A PARTIR DO TESTE SUBMÁXIMO DE 1600 METROS

ARIANNA TEREZINHA DE SOUZA (Não Bolsista/UFV), NAYANE CECÍLIA CALDEIRA (Não Bolsista/UFV), GUSTAVO ZANDONADE ALTOÉ (Não Bolsista/UFV), RENATA CORRÊA ARRUDA (Bolsista/UFV), OSVALDO COSTA MOREIRA (Não Bolsista/UFV), LEONICE APARECIDA DOIMO (Co-orientador/UFV), CLAUDIA ELIZA PATROCINIO DE OLIVEIRA (Orientador/UFV)

Algumas mudanças fisiológicas são decorrentes do processo de envelhecimento, dentre elas, tem-se o declínio do VO2máx entre 0,4 a 0,5 ml/Kg a cada ano. Segundo McArdle (2003) o ritmo do declínio no VO2máx com a idade avançada em homens e mulheres é quase duas vezes maior em pessoas sedentárias do que nos indivíduos que mantém exercícios intensos durante toda a vida. O teste de esforço quantifica algumas variáveis importantes para análise da condição respiratória do indivíduo, que serão úteis para a prescrição do exercício.  O objetivo deste foi verificar o condicionamento aeróbico de mulheres inseridas no projeto “Saúde e Vida” através do teste de caminhada de 1600 metros. Foram avaliadas 26 mulheres praticantes de atividade física regular, com faixa etária entre 40 e 75 anos (média de 55,23±7,29 anos). A estimativa do condicionamento aeróbico foi realizada através do teste de caminhada de 1600 metros proposto pelo Canadian Aerobic Fitness Test (KLINE et al.,1987).  Este teste consiste num protocolo de caminhada, em que o avaliado deve percorrer a distância de 1600 metros no menor tempo possível. Os resultados alcançados foram classificados de acordo com a tabela proposta por Cooper (POLLOCK e WILMORE, 1993). Após a realização do teste de caminhada de 1600 metros, 30,76% das mulheres obtiveram o conceito de “muito bom” para classificação de seu condicionamento aeróbico; 38,46% conseguiram o conceito de “bom”; 15,38% alcançaram o conceito de “regular”; e 7,69% tiveram o conceito de “fraco” e “muito fraco”. De acordo com os resultados pode-se dizer que o condicionamento aeróbico das mulheres inseridas no projeto “Saúde e Vida”, de modo geral, apresentou-se como satisfatório, visto que mais da metade das avaliadas obtiveram  conceitos favoráveis. Isto pode indicar que as atividades desenvolvidas no projeto estão impactando de forma positiva a capacidade aeróbica dessas mulheres.

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ANALISE COMPARATIVA ENTRE O TESTE DE SENTAR-ALCANÇAR E O INDICE DE MASSA COPORAL.

AURORA CORRÊA RODRIGUES (Não Bolsista/UFV), JUSCÉLIA CRISTINA PEREIRA (Bolsista/UFV), EDIANE GUIMARÃES COSTA (Não Bolsista/UFV), RENATA APARECIDA RODRIGUES DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), JOAO CARLOS BOUZAS MARINS (Orientador/UFV)

INTRODUÇÃO: A flexibilidade é uma capacidade física responsável pela realização de movimento delimitando sua amplitude. Essa valência física fundamental auxilia na realização das atividades diárias. O Índice de massa corporal é um parâmetro indicador do estado nutricional, pois estima graus de sobrepeso/obesidade e tem pouca correlação com a altura e alta correlação com a proporção de tecido adiposo na massa corporal. OBJETIVO: Analisar a correlação entre o IMC e a flexibilidade dos participantes do projeto “Super Ação” da Universidade Federal de Viçosa. METODOLOGIA: Foram avaliados 62 participantes do Projeto Super Ação da UFV, com média de idade 46,16 ± 11 anos, sendo 20 mulheres ( 43,55 ± 2,10 anos) e 42 homens (47,40±6,7 anos). O IMC foi calculado pela fórmula (peso/estatura²) e a flexibilidade foi medida pelo teste sentar-alcançar (AAPHERD, 1980). Utilizando o banco de Wells o avaliado sentou-se em frente ao aparelho, mantendo os joelhos estendidos e pés apoiados no banco. Estendeu os braços flexionando o tronco à frente procurando alcançar a maior distância. O melhor desempenho, entre três tentativas, representou o escore final para cada ação. O método estatístico utilizado foi à correlação de Pearson realizado no SPSS® 2.0, com nível de significância de 5% (P 160, porém não foram verificadas diferenças para FC < 140, entre 140 a 159 e ≥ 140. Nos dois dias de aulas de EF o percentual de alunos classificados na faixa de intensidade elevada foi de 66,6% e 70,3%. Ao considerar-se a média dos dois dias 77,7% atingiram a mesma classificação, enquanto os demais alunos foram classificados na intensidade moderada. Conclusão: Se levarmos em consideração o tempo de permanência em cada zona de FC recomendada observamos uma contribuição de 30% das aulas de EF ao alcance das recomendações de AF com intensidade moderada a intensa (FC > 140). As aulas de EF contribuíram com 30% (18,8 minutos) das RAF.

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ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

ISABELLA TOLÊDO CAETANO (Não Bolsista/UFV), JAQUELINE CARDOSO ZEFERINO (Orientador/UFV), PATRÍCIA MATIAS DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV)

O presente resumo é parte de um projeto de pesquisa intitulado Atividade Física na Terceira Idade, que ocorreu na cidade de Viçosa, MG no período de Junho de 2008 a Junho de 2009. Teve como objetivo geral identificar a razão da procura do idoso pela hidroginástica e específico mapear todas as academias que ofereçam hidroginástica para esse público e compreender os sentidos e significados dessa prática para eles. Realizou-se uma pesquisa qualitativa de viés descritivo exploratório. A amostra foi composta por 24 idosos, sendo 20 mulheres e 4 homens, com idade média de 66 anos e 6 meses que praticam hidroginástica nas Academias Centro Aquático e Academia Ação e Água. A escolha desses locais é devido às demais academias da cidade não oferecerem piscinas para esta prática e os projetos sociais que há na cidade já tem como pré-requisito (motivo) para os idosos participarem a recomendação médica. Tivemos uma amostra pequena, devido à maioria dos locais que oferece hidroginástica geralmente não possuem turmas específicas para este público. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada entrevista semi-estruturada. Os resultados encontrados sobre os motivos da prática da hidroginástica na terceira idade foram: 29,16% praticam por lazer, gostar de atividade física, amizade e ocupação do tempo livre; 37,5% por recomendação médica; 12,5% por recomendação médica e lazer; 8,3% por vontade própria; 8,3% recomendação dos filhos e 4,16% diminuição do peso corporal. Em relação os sentidos e significados dessa prática 33,3% alegaram alivio das dores e depressão; e 66,6% disseram lazer, prazer, maior tranqüilidade, sente-se bem, melhora da mente e do corpo, socialização, diversão e ânimo. Pode-se concluir que os principais motivos que levaram os idosos a praticar hidroginástica foram: lazer (29,16%); recomendação médica (37,5%) e ambos os motivos (12,5%).

 

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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE PREENSÃO MANUAL DOS ATLETAS MASCULINOS DE JUDÔ DA LUVE/UFV.

JOÃO PAULO FIGUEIREDO FREITAS (Não Bolsista/UFV), MICHELLI COUTINHO DEVENS (Não Bolsista/UFV), NEWTON SANCHES MILANI (Orientador/UFV)

Introdução: O Judô, criado por Jigoro Kano partir da adaptação de uma antiga arte marcial denominada Ju-Jitsu é um esporte em que a preparação física e tecnica é fundamental para a melhor performance do atleta. Nesta modalidade a força de preensão manual é extremamente importante numa luta, pois ela está relacionada à capacidade de realizar a pegada. O objetivo deste trabalho foi verificar a força de preensão máxima dos atletas masculinos da equipe de competição de judô da UFV. Método: O grupo amostral foi composto de 28 judocas (idade média de 22,78 ± 3,29).  Utilizou-se o teste de preensão manual para aferir a força muscular desta região. Após a coleta de dados foi calculada a média da amostra e o desvio padrão, sendo esta comparada com a tabela de classificação. Resultados: Para análise dos resultados obtidos foi utilizada a tabela de Corbin e colaboradores (1978) para a classificação da força de preensão manual e estatística descritiva (média e desvio padrão). Para a mão direita os atletas apresentaram uma média de 54,4 kg ±9,44kg e para a mão esquerda apresentaram uma média de 51,85 kg ±8,63kg classificando-se com um nível regular e bom para ambas (considerando o intervalo de confiança). Conclusão: Com base nos resultados conclui-se que os atletas de judô masculino da equipe de competição da UFV apresentam um nível satisfatório de preensão manual para uma população normal, contudo visando seu melhor desempenho esses atletas deveriam apresentar resultados muito mais elevados, visto que as mãos são utilizadas neste esporte com movimentos de alto grau de habilidade, força e resistência muscular, que juntos, permitem a obtenção de uma boa performance. Neste sentido, é de suma importância que mais estudos sistematizados sejam feitos neste âmbito, fornecendo aos judocas maiores subsídios para seus treinamentos bem como para seu desempenho.

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CONTRATILIDADE DE CARDIOMIÓCITOS DE RATOS DE ALTO E BAIXO DESEMPENHO PARA O EXERCÍCIO FÍSICO

JUDSON FONSECA QUINTÃO JÚNIOR (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANTONIO JOSE NATALI (Orientador/UFV), MIGUEL ARAUJO CARNEIRO JÚNIOR (Não Bolsista/UFV), MATHEUS ORNELAS DE SOUZA (Não Bolsista/UFV), CYNTHIA APARECIDA DE CASTRO (Não Bolsista/UFV), KARINA ANA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), LUCAS RIOS DRUMMOND (Bolsista FAPEMIG/UFV), VICTOR NEIVA LAVORATO (Bolsista FAPEMIG/UFV), NATÁLIA PEREIRA SANTOS (Bolsista/UFV), REGIANE MARIA SOARES RAMOS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV)

A capacidade aeróbica é uma característica complexa que envolve múltiplos sistemas fisiológicos sendo influenciado por fatores genéticos e ambientais. Uma melhor capacidade aeróbica é benéfica para o sistema cardiovascular, porem, os mecanismos celulares intrínsecos não são totalmente compreendidos. Objetivo: Comparar a contratilidade de cardiomiócitos isolados de ratos com alto desempenho e baixo desempenho para o exercício físico. Metodologia: Ratos Wistar, com 10 semanas de idade, foram submetidos a um protocolo de corrida em esteira até a fadiga, sendo divididos em dois grupos: alto desempenho (AD) e baixo desempenho (BD). Os animais foram sacrificados, o coração foi removido rapidamente e, por meio de dissociação enzimática, os cardiomiócitos do ventrículo esquerdo foram isolados. A largura e o comprimento celular e do sarcômero, dos miócitos, foram medidos usando-se o sistema de detecção de bordas (Ionopix, Milton, MA-EUA). O volume celular foi calculado usando-se a fórmula proposta por Satoh et al. (1996). A contração celular foi medida através da técnica de alteração do comprimento do miócito usando-se o sistema de detecção de bordas montado num microscópio invertido (Ionoptix, EUA). Resultados: Não houve diferença entre os grupos AD e BD para o peso corporal, do coração e do ventrículo e peso relativo do coração. Observou-se que os valores do comprimento e volume dos cardiomiócitos do grupo AD foram maiores que os do grupo BD. Para os parâmetros de contratilidade dos cardiomiócitos os resultados mostram que, quando estimulados a 3 Hz, o tempo para o pico de contração e o tempo para relaxamento total, foram menores nos cardiomiócitos do grupo AD. Conclusão: Os animais AD apresentaram as dimensões comprimento e volume dos cardiomiócitos maiores que os animais BD, e contração e relaxamento mais rápidos.

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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL EM UM TESTE SUBMÁXIMO DE ESTEIRA.

JUSCÉLIA CRISTINA PEREIRA (Bolsista/UFV), KARINA LÚCIA RIBEIRO CANABRAVA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), FERNANDA ROCHA DE FARIA (Bolsista FAPEMIG/UFV), MAYRA EUGENIO RODRIGUES (Não Bolsista/UFV), MATHEUS SANTOS CERQUEIRA (Não Bolsista/UFV), JOAO CARLOS BOUZAS MARINS (Orientador/UFV)

Introdução: O estudo do comportamento da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) é variável em função do estímulo de exercício. Durante um teste físico aporta informações importantes quanto a saúde cardiovascular e consequentemente a segurança do avaliado na hora de fazer atividades físicas não monitorizadas. Os testes submáximos permitem assim uma boa análise sobre a resposta inotrópica. Objetivo: Analisar o comportamento da PAS e PAD em um teste submáximo de esteira em homens e mulheres. Material e Métodos: Foram avaliados 72 (45 ± 11 anos) servidores da Universidade Federal de Viçosa, sendo 33 mulheres e 39 homens pareados por idade (42,46±10,43 vs. 47,15±11,14 anos, p=0,07, respectivamente) e IMC (24,32±3,76 vs. 25,47±2,63 kg/m², p=0,13), respectivamente. Foram submetidos ao teste de esteira submáximo proposto por Ebbeling et al. (1991), realizado com três minutos de aquecimento com aumento progressivo de carga e inclinação; um estágio único de quatro minutos com carga e inclinação constante; e três minutos de recuperação com decréscimo progressivo de inclinação e velocidade. As aferições de (PAS) e  (PAD), foram realizadas no terceiro minuto de aquecimento (Aq), no segundo minuto de teste (T2), no quarto minuto de teste (T4) e no terceiro minuto de recuperação (REC). Os resultados entre os sexos foram submetidos ao teste t, aceitando-se como significante um p ................
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