UNIBAN- UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO



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Universidade Bandeirante do Brasil

Licenciatura em Educação Física

Professora Marília de Campos Ferreira

Disciplina: Ginástica Geral e Olímpica- Ginástica Artística 2009

GENERALIDADES- HISTÓRICO- POSTURAS BÁSICAS – CARACTERÍSTICAS.

1-Ginástica Olímpica: nome popularizado no Brasil e oficializado junto ao Conselho Nacional de Desportos, sendo adotado pela Confederação Brasileira de Ginástica e todas as federações estaduais filiadas.

2-Ginástica Artística: denominação oficial utilizada pela Federação Internacional de Ginástica (FIG).

As siglas que caracterizam a modalidade são:

GAF = Ginástica Artística Feminina

GAM = Ginástica Artística Masculina

Ainda são encontradas outras denominações: Ginástica Desportiva / Ginástica Esportiva / Ginástica de Solo e Aparelhos / Ginástica em Aparelhos.

HISTÓRICO da GINÁSTICA ARTÍSTICA

Johann Friedch Ludwing Jahn é considerado o “Pai da Ginástica”.

A derrota dos prussianos na Batalha de Jena (1806) influenciou o Professor Jahn a preparar os soldados fisicamente para vencer a próxima batalha. Jahn inaugurou o primeiro local para a prática de ginástica em Berlin (Alemanha), hoje conhecido como parque para o povo.

TURNEN- era o local onde se praticava a ginástica, os praticantes desta modalidade pretendiam alcançar a auto-confiança, a auto-disciplina, a independência, a lealdade e a obediência. A finalidade em treinar ginástica era despertar o sentimento patriótico do homem alemão, preparando-o para a revanche.

Foi através do método de ginástica alemão que surgiu a ginástica olímpica, os aparelhos inventados por Jahn foram: as barras paralelas, a barra horizontal e o cavalo para salto e com arções para os exercícios de força.

No Brasil, a ginástica surgiu no início do século XIX, trazida por imigrantes europeus (alemães), em geral mestres de dança. As aulas de dança foram o primeiro passo para a prática de ginástica. Os homens, na mesma época, faziam ginástica no Exército, com base em princípios da ginástica sueca.

DEFINIÇÃO

“Domínio do corpo em situações inabituais, em diferentes alturas, velocidades e deslocamentos, com diversificadas experiências motoras e cognitivas”. (CARRASCO)

“Desporto em que se executam movimentos ginásticos, acrobáticos e coreográficos de difícil coordenação, em condições relativamente estáveis, com avaliação do desempenho do ginasta de acordo com regras pré-estabelecidas, com critérios de exigências de dificuldade, combinação e qualidade de execução”.

Pode ser entendida e subdividida em 2 grupos de atividade:

DIVISÕES DA GINÁSTICA ARTÍSTICA

A ginástica artística é uma modalidade esportiva que apresenta variedade de movimentos e possibilita o desenvolvimento global do ser humano, se divide em : Educativa e Esportiva.

É um esporte que possibilita formas variadas e diversificadas de movimento com deslocamentos, rotações, apoios, suspensões.

Alguns dos exercícios de ginástica surgiram da evolução natural dos movimentos do ser humano, por exemplo, dos deslocamentos simples aos giros e saltos, do rastejar e engatinhar aos apoios invertidos, do pendurar e apoiar aos balanços e giros nos aparelhos, das rotações para frente, lado e trás asa reversões e mortais.

A ginástica olímpica/artística pode ser subdividida em dois grupos de atividades:

1-Ginástica Artística como Atividade Física ou Educativa: serve de base para todos os outros esportes e pretende atingir o maior número de pessoas, pode ser praticada de forma recreativa ou com séries adaptadas, se divide em:

a) Formativa: o objetivo é estimular, educar e preparar para outras modalidades.

b) Preparação Física: pode ser geral ou específica.

c) Ao alcance de todos: como opção de lazer.

2- Ginástica Artística como Esporte ou Desportiva: atinge a elite, praticada com séries livres e obrigatórias, seguindo o código de pontuação, se divide em:

a) Iniciação: a nível escolar e em escola de esportes.

b) Intermediário: competições adaptadas.

c) Alto Nível: competições oficiais.

CONTRIBUIÇÕES DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Com a prática da ginástica artística a criança terá estímulo para desenvolvimento total da criança em diversos aspectos descritos abaixo.

I- DOMINIO PSICO-MOTOR: Desenvolvimento das habilidades motoras e capacidades físicas : Equilíbrio / Noções de espaço e tempo, / Lateralidade / Relação corpo x espaço / Flexibilidade / Força: estática, dinâmica e explosiva / Velocidade / Potência / Coordenação Motora / Postura e tônus muscular.

II- DOMINIO COGNITIVO: Consciência corporal / Controle e coordenação neuromuscular / Senso de orientação do corpo no espaço em diferentes posicionamentos / Atenção / Concentração / Percepção / Capacidade de análise / Desenvolvimento da memória.

III- DOMÍNIO-PSICO-AFETIVO SOCIAL: Os ganhos são visíveis, principalmente no que diz respeito à socialização, aumento da auto-estima e desenvolvimento de traços de personalidade tais como: Organização /Ação / Responsabilidade / Coragem / Solidariedade/

Controle da emoção / Ousadia / Integração / Determinação / Autodomínio / Auto-confiança / Espírito de luta / Perseverança / Disciplina e Respeito.

COMPETIÇÕES de GINÁSTICA ARTÍSTICA

A ginástica faz parte das Olimpíadas desde sua primeira realização em Atenas (1896), somente com a participação masculina. Desde as competições de Berlim (1936), foram criadas as categorias masculina e feminina, individual e por equipe.

Em anos pares não-olímpicos realizam-se campeonatos mundiais. Até as olimpíadas de Atlanta (1996),  eram realizadas provas com séries obrigatórias, o que não mais é realizado nos dias de hoje, sendo a competição realizada apenas com séries livres.

Um dos fatores responsáveis pela evolução técnica da ginástica olímpica é justamente a realização de competições, onde aqueles ginastas que realizassem elementos diferentes, cada vez mais difíceis, teriam seu nome imortalizado, pois o elemento criado por ele receberia seria "batizado" com seu sobrenome. Assim, os ginastas se empenham a cada olimpíada para realizarem cada vez mais elementos originais em suas séries.

Inúmeros são os regulamentos que regem as competições de ginástica. Eles devem ser adequados ao nível dos competidores e aos objetivos a serem atingidos. Os programas de competições incluem progressões de exercícios para orientar o trabalho dos treinadores, principalmente na iniciação, e incentivar uma evolução técnica contínua e segura. Para tanto, utilizam-se frequentemente séries obrigatórias.

Séries Obrigatórias são séries pré-determinadas, elaboradas pelas entidades dirigentes do esporte no país ou região em questão, com características adequadas a certas faixas etárias, nível técnico, sexo, tipo de competição (escolar, regional, nacional), entre outros.

Elas são divulgadas com antecedência aos eventos que serão utilizadas, bem como a forma que será avaliada, para que treinadores e ginastas tenham tempo hábil para se prepararem. Também a premiação deverá ser diferenciada. Por exemplo: eventos que reúnam crianças, iniciantes deveriam premiar todos os participantes, como forma de incentivo à continuidade da prática, evitando o destaque de poucos e um estrelismo prematuro. Para as categorias mais avançadas utilizam-se séries livres, conforme as regras da Federação Internacional de Ginástica (FIG), através dos Comitês Técnicos de GA masculina e GA feminino em todo o mundo.

A FIG edita a cada quatro anos, sempre no ano seguinte aos Jogos Olímpicos, os Códigos de Pontuação das diversas atividades gimnicas que dirige. Esses códigos têm a função de permitir um julgamento homogêneo e justo, procurando acompanhar e mesmo prever a evolução do esporte no ciclo olímpico que se inicia. Além disso, existem os regulamentos as diversas competições que compõem o calendário de eventos da FIG, como campeonatos mundiais, por equipes, individuais, de especialistas de aparelhos, jogos olímpicos, copas do mundo e outros. Um único ginasta pode obter os seguintes títulos de campeão: campeão por equipes, campeão individual geral e campeão em cada aparelho.

As competições oficiais como Olimpíadas seguem a seguinte divisão:

CI- Competição I- é a Competição Preliminar, ou seja, classificatória.

CII- Competição II- é a Competição Individual Geral onde ocorre a soma dos quatro aparelhos no feminino e dos seis aparelhos no masculino, onde

serão classificados os melhores ginastas- sendo dois por país.

CIII- Competição III- é a Classificação por Aparelhos, onde serão classificados os melhores ginastas por aparelho.

CIV- Competição IV- é a Classificação Final por Equipes, onde serão somadas as notas de todos os aparelhos.

COMPOSIÇÃO DAS NOTAS

Banca A: composta por 2 árbitros- define o valor da série em relação ao valor das partes de dificuldades partem de A(0.10 pontos), B(0.20), C(0.30), D(0.40), E(0.50), F(0.60), G(0.70).

Faz parte desta nota também as ligações dos elementos acrobáticos e ginásticos.

Banca B: composta por 6 árbitros- avalia a execução da série (falhas técnicas, de postura, etc...). Para chegar a nota do Painel “B” corta-se a maior nota e a menor nota, a média será efetuada com as quatro notas restantes.

A nota final será a soma da notas da banca A e mais a nota da banca B.

IDADE PARA INICIAR A PRÁTICA DA GA

Idade ideal para iniciar a prática da ginástica artística: A melhor idade para iniciar é em torno dos 5 ou 6 anos de idade, onde, de maneira recreativa, já serão desenvolvidas as habilidades básicas que são exigidas pelo esporte, preparação física, além da criança familiarizar-se com o ambiente, os aparelhos e o treinamento.

Por volta dos 7 anos que se inicia um trabalho mais voltado para o desenvolvimento da técnica. Crianças de até 12 anos são aceitas em turmas de iniciação, tendo plenas condições de desenvolver-se no esporte.

TIPO DE TREINAMENTO

O treinamento da ginástica artística pode ser voltado para a educação e para a recreação, ou para a competição.

O primeiro tipo visa o desenvolvimento principalmente das habilidades psicomotoras da criança, bem como a sua socialização. Pode ser desenvolvido nas aulas de educação física escolar ou em escolinhas de esportes, com no mínimo duas aulas por semana, utilizando-se principalmente da ginástica de solo e saltos sobre o plinto, como também algumas vivências em aparelhos oficiais ou adaptados.

O treinamento voltado para a recreação explora mais as situações inabituais divertidas, traduzidas principalmente em movimentos em duplas e pequenos grupos envolvendo rotações do corpo e saltos, fazendo uso dos movimentos básicos da ginástica de solo. É a prática da ginástica por prazer, que pode ser observada em atividades circenses ou na ginástica geral. Já o treinamento que visa a competição fundamenta-se em uma forte preparação física, que dará condições ao ginasta de progredir na técnica. Este treinamento deve começar com a criança bem pequena, sendo de grande importância que se mantenha várias horas de prática por sessão, com uma freqüência de 5 a 6 dias de treino na semana, e controle de todas as variáveis do treinamento. Para este treinamento é necessário que a criança passe por uma seleção, que será baseada inicialmente no biótipo, e depois em características psicológicas e pessoais de cada ginasta, para que se adapte ao treinamento intensivo e às competições.  

CUIDADOS ESPECIAIS

Na prática da ginástica artística, deve-se ter um cuidado especial no que diz respeito à segurança do praticante. Isto implica dizer que só se devem praticar exercícios em local adequado e sob orientação de um professor de educação física. Para se aprender exercícios acrobáticos com segurança, é necessário que a criança tenha os pré-requisitos físicos e técnicos para a realização do novo movimento, e que o professor faça ajuda direta conduzindo o movimento até que o aprendiz tenha total domínio da técnica e adequada preparação física para realizar tal elemento sozinho, fazendo uso de atividades pedagógicas de facilitação da aprendizagem. Colchões e materiais de segurança também são necessários para prevenção de acidentes. Outro cuidado é com relação à ordem de aprendizado dos exercícios: sempre do mais simples para os de coordenação mais complexa, pois um irá depender da aprendizagem do anterior.

GINÁSTAS EM DESTAQUE

Na história dos Jogos Olímpicos, destaca-se o desempenho das ginastas femininas, como a soviética Olga Korbut (1,52 m de estatura e 38 kg), Medalha de Ouro nas Olimpíadas de Munique (1972), e a romena Nadia Comaneci (1,54m de estatura e 40 kg), em Montreal (1976). Aos 14 anos, Comaneci obtém quatro vezes a nota dez do júri, alcançando ouro nos exercícios individuais, nas paralelas assimétricas e na trave de equilíbrio. Fato inédito na memória do esporte. Mais recentemente se destacaram as russas O. Mostepanova (1,49m de estatura e 35 kg), campeã mundial em 1986 e Svetlana Boguinskaya (1,61 m de estatura e 49 kg), campeã olímpica em 1990. No Brasil, temos o caso da ginasta Luíza Parente, do Clube de Regatas Flamengo - RJ, que obteve medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Cuba, em 1991, na prova de salto sobre o cavalo e Soraya Carvalho, que teve seu brilhantismo, mas não pode participar dos jogos olímpicos devido a uma lesão. Hoje o destaque brasileiro fica por conta da ginasta do Flamengo, Daniele Hypólito, destaque nacional e internacional, que em novembro/2001 conquistou a inédita medalha de prata no torneio internacional de Ginástica Olímpica, em Marselha (França), e meses depois sagrou-se campeã mundial, num feito inédito para a ginástica do Brasil.

Os ginastas brasileiros em destaque no último ano são: Daiane dos Santos, Daniele Hipólito, Camila Comin, Caroline Molinari, Lais Silva Souza, Diego Hipólito, Mosiah Rodrigues, Michael Conceição, Vitor Rosa.

Os atuais destaques dos Jogos Pan-americanos 2007/Rio de Janeiro foram: Danielle Hypólito, Jade Barbosa, Kyuani Dias, Diego Hipólito, Mosiah Rodrigues, Luis dos Anjos, entre outros.

DESCONTOS NA PONTUAÇÃO

Estes são apenas alguns exemplos, pois cada aparelho e exercício têm também regulamentações muito específicas, que poderão condicionar a nota final se não forem cumpridas. Faltas:-Existem diversos erros que podem ser cometidos ao longo da realização de um exercício e que darão origem a deduções na pontuação final. Alguns exemplos são:

• No final da execução na chegada ao solo o ginasta dá um passo à frente para se equilibrar;

• Qualquer desequilíbrio resultante de uma má colocação das mãos no aparelho;

• Tocar nos aparelhos com qualquer parte do corpo durante a execução de um elemento ou de uma saída, exceto quando isso é necessário - muitas vezes estes erros devem-se a faltas de balanço ou cálculos das distâncias errados;

• Falta de altura na execução de um elemento;

• Queda de um aparelho durante a execução de um exercício..

ORDEM OLÍMPICA DOS APARELHOS

Em uma competição a ordem olímpica dos aparelhos femininos e masculinos é:

Aparelhos Femininos:

1-Salto

2-Paralelas Assimétricas

3-Trave de Equilíbrio

4-Solo.

Aparelhos Masculinos:

1-Solo

2-Cavalo com alças

3-Argolas

4-Salto

5-Paralelas Simétricas

6-Barra Fixa.

CARACTERÍSTICAS POR APARELHOS

Aparelhos Femininos: A ginástica feminina envolve exercícios no salto, barras assimétricas, trave de equilíbrio e solo.

Salto: -Mesa: 1,25 metros. Trampolim : 20 cm de altura / 1,20 m. de comprimento / 60 cm de largura. O salto sobre a mesa se caracteriza por uma corrida de aproximação e um impulso sobre as duas pernas unidas sobre um trampolim, segue um rápido impulso das duas mãos sobre a mesa. Pode conter rotações simples ou múltiplas em torno dos eixos corporais. Terminando com aterrissagem(com os dois pés) de frente ou de costas para o aparelho. Todos os saltos devem ser realizados com repulsão de ambas as mãos sobre o cavalo. A distância da corrida pode ser determinada individualmente. No limite máximo de 25 mts. A chegada no trampolim deve ser com os dois pés e pode ser:da corrida de aproximação ou de um elemento. São permitidas 3 ( três ) corridas de aproximação, desde que a ginasta não tenha tocado o trampolim e ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida. Os saltos encontram-se classificados em quatro grandes grupos, onde os valores variam. No entanto, isso significa que deverão cumprir as regras específicas de cada um deles quanto ao número de elementos executados e quanto à sua correção. As fases do salto são: corrida, abordagem ao trampolim, 1º vôo, apoio/repulsão, 2º vôo e aterrissagem.

Paralelas Assimétricas: Altura do barrote inferior: 1,48 metros com variação de mais de 3 cm. Altura do barrote superior: 2,28 metros com variação de mais de 3 cm. Diferença entre o barrote superior e inferior: 80 cm com variação de mais de 1 cm. As alturas são tomadas a partir do colchão de proteção de 20cm. As barras assimétricas são paralelas e colocadas sobre suportes. A largura de ambas as barras é semelhante, com 2,40m. A barra menor é ajustável e pode ficar de 1,4m a 1,6m do solo. A outra tem altura de 2,20m a 2,30m. Elas devem estar afastadas uma da outra em pelo menos 1,00m. Neste aparelho predominam exercícios de suspensão e vôo e são utilizados como posição passageira os movimentos de apoio. A ginasta deve trocar de barras, girando e executando movimentos elegantes e harmônicos. Os exercícios nas barras assimétricas se caracterizam por elementos de impulsos, balanços, giros, vôos, sem pausa, sem balanços intermediários, observando-se a continuidade e a fluência. A execução desta prova deve incluir uma passagem freqüente entre as duas barras, rotações, mudanças de direção e saltos. É necessário que nunca se pare entre os exercícios executados, não sendo também permitido suporte de mãos ou pés adicionais assim como balanços que não façam parte dos elementos ou da sua preparação. O exercício deve ser composto de elementos de diferentes grupos. As partes de dificuldade A - B - C - D - E e super E, devem representar uma variedade dos seguintes grupos de elementos: dos grupos estruturais devem ser executados elementos com giros sobre o eixo longitudinal (piruetas) e transversal (mortais), trocas de tomadas e elementos com vôo.

Trave: A atleta pode iniciar os exercícios na trave de equilíbrio, parada ou correndo. A trave é de madeira forrada com espuma e coberta com couro ou vinil.

Tem 5metros de comprimento por 10cm de largura e fica a 1,2m do solo.

A altura é medida a partir do colchão de proteção de 20 cm.

A apresentação pode durar de 70 a 90 segundos e deve incluir movimentos em toda a extensão do aparelho.

A série deve ser composta por elementos dos diferentes grupos:

➢ Elementos Acrobáticos: com ou sem vôo em movimentação para a frente, lado ou trás.

➢ Elementos da Dança, giros, saltos, combinação de passos e corridas, elementos de equilíbrio, posição sentada, deitada e ondas corporais.

➢ Características da série: a série se caracteriza por combinações de elementos acrobáticos, elementos de dança e coreográficos, apresentando um trabalho artístico, executado com feminilidade, beleza e elegância, expressão e estilo pessoal em equilíbrio:

1- Equilíbrio estático - movimentos que demonstram o domínio das posições específicas do aparelho.

2- Equilíbrio Dinâmico - elementos acrobáticos saltos e giros da dança.

3- Equilíbrio Recuperado - finalização e manutenção do equilíbrio nos elementos acrobáticos, saltos da dança e saída.

A avaliação do exercício começa com a impulsão no trampolim até a saída nos colchões. Existem 6 elementos obrigatórios que devem ser executados ao longo do exercício, mas é importante também que se mantenha o ritmo e a harmonia dos elementos. A execução da ginasta deve ser tão segura e confiante quanto se ela estivesse realizando estes movimentos no solo. Durante o exercício devem ser criados pontos altos e dinâmicos com: Elementos acrobáticos e ginásticos de diferentes grupos.

Variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos, para frente, lado e para trás. Mudança do trabalho próximo e afastado da trave.

Solo: No solo é utilizado um tablado com molas recoberto por esteira com área de 12 X 12metros. Ultrapassar a área de solo com qualquer parte do corpo tocando o solo fora da linha limítrofe, resultará em dedução de 0,10 pontos. A série deve conter uma variedade de combinações e elementos acrobáticos, elementos da dança e coreográficos em harmonia com a música; apresentando um trabalho artístico com feminilidade, beleza, elegância, expressão e estilo pessoal.

Conteúdo do Exercício: as partes de valor A, B, C, D, E e super E, devem vir dos seguintes grupos de elementos:

1- Elementos Acrobáticos: com e sem vôo, em movimentação para frente e para trás.

2- Elementos da Dança: giros, saltos, combinações de passos e corridas e ondas corporais.

A avaliação do exercício começa com o primeiro ginástico ou acrobático da

ginasta. A duração do exercício de solo não pode ser menor que 1 minuto e 10 segundos nem maior que 1 minuto e trinta segundos. O acompanhamento musical pode ser orquestrado, piano ou outro instrumento sem canto. Os exercícios no solo devem ser coreografados recorrendo ao uso de música . A ginasta deve executar uma combinação de elementos de ginástica e de acrobacia, conjugando-os com diversos saltos. Esta é a prova que exige grande harmonia e esforço. Ultrapassar a área de solo ( 12 m x 12 m ) significa tocar o solo com qualquer parte do corpo, fora da linha demarcatória, a cada ultrapassagem existe uma dedução. As partes de valor ( dificuldade ) A - B - C – D- E e super E, devem pertencer aos seguintes grupos de elementos: Elementos acrobáticos com ou sem fase de vôo para frente ou para o lado e para trás. Elementos ginásticos, tais como: giros, saltos, combinações de passos e corridas e ondas corporais.

Aparelhos Masculinos: A ginástica masculina inclui o exercício de solo, barra fixa, barras paralelas, cavalo com alça, salto e argolas.

Solo: Na ginástica de solo, os exercícios são executados em uma área quadrada, recoberta por um tatame quadrado de 12m x 12m, com mais 01 metro de faixa de segurança, em feltro ou outro material semelhante. A apresentação da série deve durar entre 50 e 70 segundos. Os exercícios exploram velocidade, flexibilidade, força e equilíbrio na execução de saltos, giros e provas de elasticidade. A superfície do solo deve ser totalmente utilizada durante a execução desta prova. Existe também um conjunto de elementos obrigatórios, sendo mais uma vez importante a harmonia e o ritmo do ginasta. A essência da série são os elementos acrobáticos que deverão ser combinados com os elementos ginásticos, tais como parada de mãos, elementos de flexibilidade, força e equilíbrio, compondo uma série rítmica e harmônica.

Cavalo com alças: O cavalo com alças é um aparelho coberto de couro, com 1,60m de comprimento, 35cm a 37cm de largura e 1,10 de altura, com duas alças de madeira de 12cm de altura colocadas a uma distância de 40cm a 45cm uma da outra. O ginasta, seguro nas alças, faz movimentos contínuos de balanços circulares, de tesoura e com as pernas juntas (volteio). O ginasta deve utilizar as três porções do cavalo na execução do seu exercício. O ginasta deve executar continuamente movimentos circulares, exceto durante a realização das tesouras. A única parte do corpo que deve tocar no cavalo ou nas alças são as mãos, o que dificulta bastante a realização dos elementos característicos deste aparelho. A série do cavalo com alças caracteriza-se por impulsos circulares e pendulares em diversas posições de apoio e sobre todas as partes do cavalo. Devem predominar os volteios com pernas unidas. Impulsos passando pela parada de mãos com ou sem câmbios (giros, piruetas) são permitidos. Os elementos dos diferentes grupos estruturais deverão ser executados com impulso e sem interrupção do movimento. ELEMENTOS DE FORÇA NÃO SÃO PERMITIDOS.

Argolas: As argolas são aros de madeira ou de fibra de vidro, com 18cm de diâmetro externo, suspensas por correias de uma altura de 5,5m, elas mesmas a 2,5m do solo, e 50cm de distância entre si. A prova combina movimentos de impulso, força e flexibilidade. Um ginasta deve conseguir executar vários tipos de exercícios incluindo rotações e elementos de força. Estes implicam que o ginasta deve estar parado pelo menos dois segundos numa posição vertical ou horizontal em relação ao solo. Esta é uma prova que exige um controle absoluto, pois as argolas devem estar sempre paradas e os braços e mãos não devem tremer ou mover-se. A série deverá ser composta por elementos de impulso, de força e estáticos em iguais proporções. Estas ligações deverão ser executadas pela suspensão, para ou através da suspensão, pela parada de mãos, pelo apoio e para tal deve predominar a execução com os braços estendidos. Na ginástica atual ligação de impulso à força e vice-versa, deve compor as séries. Os balanços dos cabos nas partes estáticas são penalizados como erro.

Salto: O salto é realizado sobre o aparelho chamado “Mesa”, apresenta-se um trampolim ou uma cama elástica diante da mesa, onde apóia as mãos para saltar e terminar em posição firme sobre um colchão posto a frente deste. O salto se inicia com as pernas unidas, e termina com uma aterrissagem em posição em pé com as pernas unidas, de costas ou de frente para a mesa, atrás do aparelho. Todos os saltos devem ser realizados com repulsão de ambas as mãos sobre o cavalo. A distância da corrida pode ser determinada individualmente. No limite máximo de 25 mts. A chegada no trampolim deve ser com os dois pés e pode ser da corrida de aproximação ou de um elemento. São permitidas 3 ( três ) corridas de aproximação, desde que a ginasta não tenha tocado o trampolim e ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida. Os saltos encontram-se classificados em quatro grandes grupos, isso significa que deverão cumprir as regras específicas de cada um deles quanto ao número de elementos executados e quanto à sua correção. As fases do salto são: corrida, abordagem ao trampolim, 1º vôo, apoio/repulsão, 2º vôo e aterrissagem.

Paralelas Simétricas: As barras paralelas simétrica são duas barras de madeira (ou fibra) com 3,50m de comprimento, colocados a uma distância que varia de 42 cm a 52cm uma da outra, a uma altura de 1,95m. Os exercícios nas paralelas combinam diversos movimentos, mas principalmente largadas e balanços. Este exercício é constituído por elementos de rotação, mudança de braços e de força, embora os dois primeiros sejam mais freqüentes. É também necessário executar um movimento em que ambas as mãos do ginasta não estejam em contacto com o aparelho. A série deve ser composta por :elementos de impulso e vôo, elementos de diferentes grupos estruturais, elementos executados de forma contínua entre a suspensão e o apoio. Não deve ter balanços intermediários e pausas entre os elementos.

Barra Fixa: A barra fixa é feito com aço polido, tem 2,4m de comprimento por 2,8cm de diâmetro e fica a 2,5m de altura em relação ao solo. Diferentes exercícios são feitos de forma contínua nesse aparelho principalmente à base de balanço (oscilação) e retomadas. O ginasta deve estar sempre em movimento quando executa esta prova, incluindo elementos de rotação, saltos e movimentos de largada e retomada da barra. Exercícios mais complexos com rotações e saltos podem valer pontos de bonificação importantes. Esta condição varia muito de acordo com o nível de cada competição (categorias dos atletas); porém em geral, em cada prova se realizam dois conjuntos de exercícios: um chamado de obrigatório, que é igual para todos os competidores e definido pelo órgão responsável pela competição; e outro criado pelo atleta, chamado de livre, composto por pelo menos onze partes.

A composição da série, sem exceção, de elementos de impulso que devem ser executados sem interrupção e com diferentes empunhaduras ( dorsal, palmar e cubital). A série deve conter: giros gigantes, elementos com rotação ao longo do eixo longitudinal, elementos de vôo.

O primeiro conjunto é julgado exclusivamente do ponto de vista de sua execução, ou seja, a figura do ginasta, a fluência do desempenho e a harmonia entre as partes dos exercícios. No segundo conjunto, avalia-se o grau de dificuldade dos movimentos, bem como a originalidade e a beleza da composição. Cada modalidade de exercício tem regras e regulamentos próprios para a contagem dos pontos, que são distribuídos entre as notas de Dificuldade, Combinações/Ligações, Execução e Originalidade.

O ginasta comete falta ao cair do aparelho, perder o equilíbrio, manter as pernas e/ou os braços encurvados, executar movimentos com pouca extensão ou desenvoltura, fazer uma manobra extra para se equilibrar ou concluir subitamente um movimento.

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Formativa

Ao alcance de todos

todos

Atividade Física

Preparação

Física

Iniciação

Nível intermediário

Alto nível

Esporte

GINÁSTICA ARTÍSTICA

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