Aulas – Intensivão – Novo Colégio



Terceiro Mais Brasil – Colégio Nomelini – Anglo Barretos

Aula 1 – Formação de Portugal – Período Colonial – Período Joanino – Primeiro Reinado e Período Regencial

1 – Portugal, originário do Condado Portucalense. Enquanto o feudalismo era a marca política da Europa Ocidental, em Portugal mostrava-se frágil: o pequeno reino nascia unificado.

Sobre o tema e evolução posterior, assinale a opção correta:

I - O Condado Portucalense transformou-se em Estado, tendo sua independência proclamada por D. Afonso Henriques.

II - Nos finais do século XIV ocorreu uma crise dinástica: com a morte de D. Fernando extinguiu-se a dinastia de Borgonha.

III - A Revolução de Avis levou ao trono D. João, Mestre de Avis, apoiado pela burguesia de Lisboa e do Porto, além da adesão entusiástica da "arraia miúda".

IV - A dinastia de Avis repeliu a política de expansão marítima, fixando prioridades da agricultura, meio de agradar à alta nobreza lusitana.

V - Devido à política da dinastia de Avis, a expansão marítima somente ocorreria com o advento da dinastia de Bragança.

a) As opções I, II e III estão corretas.

b) Apenas a opção III está correta.

c) As opções II, III e IV estão corretas.

d) As opções III, IV e V estão corretas.

e) As opções II, IV e V estão corretas.

2 –

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Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode ser corretamente relacionado:

a) à iniciativa pioneira dos holandeses de construção dos primeiros engenhos no Nordeste.

b) à riqueza do açúcar, alvo principal do interesse dos holandeses no Nordeste.

c) à condição especial dispensada pelos holandeses aos escravos africanos.

d) ao início da exportação do açúcar para a Europa por determinação de Maurício de Nassau.

e) ao incentivo à vinda de holandeses para a constituição de pequenas propriedades rurais.

3 – Por volta da década de 1570, começou-se a substituir a mão-de-obra escrava indígena pela mão-de-obra escrava africana nos engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Aproximadamente em 1585, cerca de 75% da população escrava africana do Brasil vivia na Capitania de Pernambuco, onde o número de engenhos contabilizava mais da metade do total dos engenhos da colônia. A Capitania de São Vicente por sua vez, em 1585, quase não possuía habitantes de origem africana e o número de engenhos não passava de 3% do total da Colônia, situação bem diferente da do ano de 1549, quando cerca de 30% dos engenhos de açúcar localizavam-se naquela capitania.

Adaptado de: COUTO, Jorge. "A construção do Brasil: Ameríndios, Portugueses e Africanos, do início do povoamento a finais de Quinhentos", Lisboa: Cosmos, 1995.

A respeito da introdução da escravidão africana no Brasil e com base nas informações do texto, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A mão-de-obra africana foi incentivada em um momento em que se intensificavam as rebeliões, fugas e ataques indígenas contra engenhos e povoações portuguesas no litoral brasileiro.

b) A adoção da mão-de-obra africana foi um fator decisivo para o desenvolvimento das economias das capitanias do norte da colônia e colaborou para a diminuição da importância econômica das capitanias do sul em relação às do norte.

c) A adoção da mão-de-obra africana teve sucesso, pois atendia às necessidades lusas de imposição de um controle social mais eficaz e de fomento de uma nova atividade comercial lucrativa: o tráfico negreiro.

d) A mão-de-obra indígena, por conta do adestramento praticado pelos jesuítas e de sua passividade em relação à escravidão, era mais produtiva que a africana. Porém, foi substituída por essa em função da lucratividade do tráfico negreiro.

4 –

Observe o mapa e responda.

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a) O meridiano de Tordesilhas, enquanto esteve em vigor, obstruiu a efetiva ocupação do interior do território brasileiro.

b) As riquezas do Vice-Reinado do Rio da Prata atraíram muitos aventureiros em busca de fortuna fácil e que acabaram por se fixar na região sul do Brasil.

c) A busca por pau-brasil e terras férteis para a cana-de-açúcar impulsionou a derrubada da mata atlântica e a fixação do colonizador no sertão nordestino.

d) Apesar do aspecto extensivo da atividade, a pecuária desempenhou importante papel no processo de interiorização da ocupação.

e) O intenso povoamento da região norte causou sérios problemas para a Metrópole, que não dispunha de meios para abastecer a área.

5 – Assinale a alternativa correta sobre a exploração de metais preciosos no Brasil Colonial.

a) A Metrópole portuguesa permitiu o livre acesso de ordens religiosas e a construção de templos católicos na região das minas.

b) A busca pelo ouro intensificou a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre e provocou a diminuição do preço do escravo africano no Brasil.

c) A arrecadação de tributos possibilitou à Coroa Portuguesa reduzir a entrada de escravos na Colônia e a investir na lavoura açucareira no Nordeste brasileiro.

d) A exploração de diamantes democratizou, aos setores pobres da população colonial, o acesso às riquezas e diminuiu a importação de escravos africanos em Portugal.

e) As atividades mineradoras promoveram uma grande imigração de Portugal para o Brasil e intensificaram o recolhimento de tributos por parte da Coroa Portuguesa.

6 – "Atrás de portas fechadas,

à luz de velas acesas,

entre sigilo e espionagem

acontece a Inconfidência."

(Cecília Meireles. ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA)

Explique

a) Por que a Inconfidência, acima evocada, não obteve êxito?

b) Por que, não obstante seu fracasso, tornou-se o movimento emancipacionista mais conhecido da história brasileira?

7 – Durante as últimas décadas do século XVIII, a colônia portuguesa na América foi palco de movimentos como a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração do Rio de Janeiro (1794) e a Conjuração Baiana (1798). A respeito desses movimentos pode-se afirmar que:

a) demonstravam a intenção das classes proprietárias, adeptas das idéias liberais de seguirem o exemplo da Revolução Americana (1776) e proclamarem a independência, construindo uma sociedade democrática em que todos os homens seriam livres e iguais.

b) expressavam a crise do Antigo Sistema Colonial através da tomada de consciência, por parte de diferentes setores da sociedade colonial, de que a exploração exercida pela Metrópole era contrária aos seus interesses e responsável pelo empobrecimento da Colônia.

c) denunciavam a total adesão dos colonos às pressões da burguesia industrial britânica a favor da independência e da abolição do tráfico negreiro para se constituir, no Brasil, um mercado de consumo para os manufaturados.

d) representavam uma forma de resistência dos colonos às tentativas de recolonização empreendidas, depois da Revolução do Porto, pelas Cortes de Lisboa, liberais em Portugal, que queriam reaver o monopólio do comércio com o Brasil.

e) tinham cunho separatista e uma ideologia marcadamente nacionalista, visando à libertação da Colônia da Metrópole e à formação de um Império no Brasil através da união das várias regiões até então desunidas.

8 – "Congregando segmentos variados da população pobre ou dirigindo-se às áreas de mineração, onde se concentravam enormes contingentes de escravos, as vendeiras e negras de tabuleiro seriam constantemente acusadas de responsabilidade direta no desvio de jornais, contrabando de ouro e diamantes, prática de prostituição e ligação com os quilombos."

FIGUEIREDO, Luciano. "O avesso da memória": cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais no século XVIII. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.

A partir da leitura e análise desse trecho, é CORRETO afirmar que a escravidão nas Minas Gerais se caracterizava por:

a) um perfil rural e patriarcal, o que fazia com que as cativas e as forras ficassem reclusas, em casa, sob controle masculino.

b) uma comunidade igualitária, o que se expressava na liberdade com que os negros circulavam pelas ruas.

c) uma grande diversidade de formas de exploração do trabalho escravo, situação característica de um contexto mais urbano.

d) uma relativa flexibilidade, o que se expressava no livre trânsito dos comerciantes entre as cidades e os quilombos.

9 – A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma vez que:

a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.

b) Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era insuficiente.

c) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.

d) O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo da monarquia britânica.

e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vista antigas afinidades socioculturais com os ibéricos.

10 – A transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808 causou intensa movimentação no panorama da colônia. Estima-se que mais de 10.000 pessoas aportaram no Rio de Janeiro. Sobre tal contexto, é CORRETO afirmar:

a) A ruptura do pacto colonial e o processo de independência são dois acontecimentos estreitamente relacionados com o estabelecimento da corte portuguesa no Brasil.

b) D. João VI transferiu-se de Portugal para o Brasil em função do intenso progresso econômico da colônia, garantido pela exploração aurífera.

c) A chegada da família real trouxe como resultado uma repressão sistemática ao comércio de escravos e, ao mesmo tempo, o incentivo à exportação de produtos manufaturados para a Europa.

d) A reciprocidade de interesses entre a Coroa portuguesa e as elites locais pode ser percebida no esforço conjunto para escapar da influência econômica inglesa.

11 – (...) era o Leonardo Pataca. Chamavam assim a uma rotunda e gordíssima personagem de cabelos brancos e carão avermelhado, que era o decano da corporação, o mais antigo dos meirinhos(*) que viviam nesse tempo. (...) Fora Leonardo algibebe(**) em Lisboa, sua pátria; aborreceu-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos.

( *) meirinho = funcionário da justiça.

(**) algibebe = vendedor de roupas baratas; mascate.

(Manuel Antonio de Almeida. "Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978, p. 6)

Leonardo Pataca é uma personagem que viveu "nos tempos do rei" e obteve emprego por meio da proteção de alguém, prática que integra a política exercida por D. João VI após 1808. São medidas tomadas durante a administração joanina:

a) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarve e a decretação de Guerra ao Paraguai.

b) a Abertura dos Portos e o Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.

c) a extinção do tráfico negreiro, imposta pela Inglaterra em 1810, e a criação do Banco do Brasil.

d) a modernização da capital e o Golpe da Maioridade, que garantiu a sucessão de D. Pedro I ao trono.

e) o saneamento dos gastos da Corte e o crescimento das exportações e do setor industrial.

12 – Foi outorgada, definia a religião católica como oficial, estabeleceu o voto censitário, além da liberdade econômica e de iniciativa. O contexto histórico da Constituição Brasileira que tinha estas características está na opção:

a) o período da Inconfidência Mineira que adotou como constituição provisória a dos Estados Unidos

b) a fase da administração pombalina que elevou o Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, por conseguinte, elaborando a primeira Carta Magna do Brasil

c) o processo de organização do Estado Brasileiro, coincidindo com o Primeiro Reinado

d) momento que foi antecedido com a Proclamação da República e que culminou com a Constituição Republicana do Brasil

e) a implantação do Estado Novo com Getúlio Vargas que impunha para o povo brasileiro uma nova Constituição, a fim de regularizar e ratificar as suas ações e rumos que estava dando para o Brasil.

13 – No início dos trabalhos da primeira Assembleia Constituinte da história do Brasil, o imperador afirmou "esperar da Assembleia uma constituição digna dele e do Brasil". Na sua resposta, a Assembleia declara "que fará uma constituição digna da nação brasileira, de si e do Imperador."

Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refletia

a) a oposição dos proprietários rurais do nordeste ao poder político instalado no Rio de Janeiro.

b) a tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros.

c) o clima político de insegurança provocado pelo retorno da família real portuguesa à Lisboa.

d) uma indisposição da Assembléia para com os princípios políticos liberais.

e) uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos no novo Estado.

14 – O texto a seguir refere-se ao período da política regencial no Brasil.

A Câmara que se reunia em 1834 trazia poderes constituintes para realizar a reforma constitucional prevista na lei de 12 de outubro de 1832. De seu trabalho resultou o Ato Adicional publicado a 12 de agosto de 1834 (...) O programa de reformas já fora estabelecido na lei de 12 de outubro, o Senado já manifestara sua concordância em relação ao mesmo e só havia em aberto, questões de pormenor. No decorrer das discussões poder-se-ia fixar o grau maior ou menor das autonomias provinciais, mas já havia ficado decidido que não se adotaria a monarquia federativa, o que marcava como que um teto à ousadia dos constituintes.

CASTRO, P. P. de. A experiência republicana, 1831-1840. In: HOLANDA, S. B. de. "História Geral da Civilização Brasileira." v. 4. São Paulo: Difel, 1985, p. 37.

a) Cite duas reformas instituídas pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834.

b) Aponte a razão pela qual se costuma dizer que a Regência correspondeu a uma "experiência republicana".

15 – Sobre as revoltas do Período Regencial (1831-1840), é correto afirmar que

a) indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional.

b) algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas elites locais e não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos.

c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder militar da Independência do país até o início do Segundo Reinado.

d) a Revolta dos Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as únicas que colocaram em risco a ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias.

e) expressavam o grau de instabilidade política que se seguiu à abdicação, o fortalecimento das tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais.

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