ASSEMBLEIA GERAL E REUNIÕES DAS SECÇÕES DA ECATRA



AOV/RENTING

ARTIGO PARA JORNAL “DIÁRIO ECONÓMICO”

No último ano, registou-se um ligeiro crescimento da actividade, invertendo o ciclo de decréscimo que vinha ocorrendo desde 2008.

A actividade de aluguer de veículos sem condutor em regime aluguer de longo prazo operacional de veículos, também conhecida por renting, registou um ligeiro crescimento do número de contratos celebrados embora com valores de viaturas inferiores aos que existiam no passado, isto é o valor financiado é francamente menor, o que revela de forma clara os efeitos da crise económica instalada em Portugal e da necessidade das empresas adaptarem os seus padrões de utilização de viaturas aos tempos de austeridade em que vivemos.

Em 2014 parece-nos que este tipo de mercado irá ajustar-se á situação das empresas nacionais, assistindo-se consequentemente a uma redução do valor das viaturas financiadas e objecto de contratos de renting, sobretudo por duas ordens de razões:

a) Razões de natureza económica, de transparência e de rigor da gestão das empresas - Actualmente as empresas racionalizam e cortam em todos os custos em que é possível, que no sector automóvel se tem traduzido numa diminuição da dimensão das frotas e adiamento da troca de veículos.

A racionalização de custos de frota tem passado pelo cada vez maior recurso por parte das empresas á utilização de veículos apenas pelos períodos que são necessários, o que tem levado a uma diminuição dos custos com frota automóvel.

b) Razões de índole fiscal – Com a revisão do Código de IRC no ano em curso, assistiu-se a um forte aumento da tributação autónoma sobretudo no que respeita á utilização de viaturas ligeiras de passageiros e mistas por parte das empresas, que viram fortemente agravados os encargos com este tipo de viaturas (financiamento ou contrato de renting, combustivel, seguro, portagens, manutenção, etc.), pois não podemos esquecer que os 2 escalões de tributação autónoma existentes até 2014 (10% para viaturas até € 25.000,00 e 20% para viaturas acima dos € 25.000,00), foram em 2014 substituídos por 3 escalões (10% para viaturas até € 24.999,00, 27,5% para viaturas entre € 25.000,00 e € 34.999,00 e 35% para viaturas acima dos € 35.000,00).

A acrescer às taxas acima referidas existe um acréscimo de 10% em cada um dos escalões, caso a empresa em apreço tenha apresentado prejuízos fiscais no ano anterior.

Esta situação tem levado muitas empresas a repensar a sua política automóvel e a procurar as melhores soluções.

Importa referir que esta tributação pode ser transferida para a esfera do trabalhador no caso das chamadas viaturas de serviço.

Em 2013 já se assistiu a um dowgrade das frotas, situação que continuará a verificar-se em 2014 através da utilização de veículos de menor valor, apresentando também as marcas políticas promocionais e de descontos e modelos adaptados á fiscalidade nacional.

Tenderão também a aparecer produtos mais flexíveis para os clientes, os quais já estão a ser disponibilizados por empresas de aluguer de automóveis sem condutor, que alugam os veículos em qualquer regime de curta, média e longa duração.

Os produtos mais procurados serão certamente como já atrás referi os mais económicos e flexíveis em termos contratuais e de prazo.

As empresas ainda estão a avaliar o impacto do aumento das taxas de tributação autónoma nos veículos que compões as suas frotas.

Pensamos que para além de uma racionalização da utilização das viaturas em cada empresa, com recurso cada vez maior a contratos de curta e média duração, os quais já estão a ser celebrados pelas empresas de aluguer de veículos sem condutor, assistir-se-á com toda a certeza a um abaixamento do nível das viaturas, passando a titulo de exemplo a substituição dos veículos do segmento D pelos do segmento C, do segmento C pelos do segmento B e muitas das vezes o desaparecimento de veículo de serviço a que usava um veículo do segmento B.

O sector de aluguer de veículos em regime operacional de longo prazo é um sector importante para o sector automóvel, tendo representado cerca de 16% das vendas de automóveis (passageiros e ligeiros de mercadorias). Somente o rent-a-car compra mais veículos (sector que mais veículos compra em Portugal), o qual adquiriu cerca de 21% dos veículos vendidos (passageiros e ligeiros de mercadorias) em 2013.

Lisboa, 11 de Março de 2014

Joaquim Robalo de Almeida

Secretário-Geral

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