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GAYLUSSAC/20143? (Gloriosa) série do Ensino MédioProdu??o TextualProf?.: Maria AnnaUM EXEMPLO DE CARTALeia agora uma carta argumentativa baseada num tema proposto pela UEL em 2002. Preste muita aten??o ao que foi pedido no enunciado e aos textos de apoio (suprimiu-se, por quest?es de espa?o, um trecho do texto b). Note que os elementos da estrutura da carta foram respeitados pelo autor:A partir da leitura crítica dos textos de apoio, escreva uma carta dirigida a um jornal da cidade, sugerindo medidas para conter a violência em Londrina. Texto 1:A violência, quem diria, já n?o é o que mais preocupa o brasileiro. Chegamos à era da selvageria.(Marcelo Carneiro e Ronaldo Fran?a)N?o é preciso ser especialista em seguran?a pública para perceber que o crime atingiu níveis insuportáveis. Hoje, as vítimas da violência têm a sensa??o quase de alívio quando, num assalto, perdem a carteira ou o carro - e n?o a vida. Essa espiral de inseguran?a gerou uma variante ainda mais assustadora. ? o crime com crueldade. A morte trágica de Tim Lopes, o repórter da Rede Globo que realizava uma reportagem sobre tráfico de drogas e explora??o sexual de menores em um baile funk numa favela da Zona Norte do Rio de Janeiro, é apenas o exemplo mais recente de uma tragédia que se repete a toda hora. Desta vez, com uma quest?o ainda mais aguda: por que um bandido precisa brutalizar as suas vítimas???O fato de as cenas mais chocantes da brutalidade estarem quase sempre associadas a regi?es pobres das áreas metropolitanas das capitais brasileiras criou, em alguns especialistas, a ideia de que boa parte dos problemas de seguran?a poderia ser resolvida com investimentos maci?os na área social. Trata-se de um equívoco. Um levantamento do jornal O Globo mostra que, desde 1995, a prefeitura do Rio já investiu quase 2 bilh?es de reais em projetos de urbaniza??o, saneamento e lazer em favelas. Isso n?o impediu que, nos últimos dez anos, houvesse um crescimento de 41% no número de mortes de jovens entre 15 a 24 anos, na maioria moradores de áreas carentes. O aumento da criminalidade desafia qualquer lógica que vincule, de modo simplista, indicadores sociais a baixos índices de violência. Desde a década de 80, quando o tráfico de drogas passou a se estabelecer definitivamente nas principais cidades brasileiras, os números relativos à educa??o, saúde e saneamento só fazem melhorar no país. O investimento dos governos estaduais em seguran?a também é crescente. Só neste ano, o governador paulista, Geraldo Alckmin, prometeu destinar 190 milh?es de reais para o combate à criminalidade, a constru??o de três penitenciárias e a aquisi??o de novos veículos - um recorde.???? "Vincular violência somente a problemas sociais, por exemplo, é um erro. O crime organizado e a brutalidade que ele gera s?o um fen?meno internacional", diz a juíza aposentada Denise Frossard. Os códigos de crueldade das organiza??es criminosas chinesas, com mutila??es do globo ocular, ou da máfia italiana, especializada em decepar a língua dos traidores, n?o diferem em nada do "micro-ondas", cria??o dos traficantes cariocas para incinerar seus inimigos. As solu??es para tentar diminuir a espiral da brutalidade também podem ser encontradas no exterior. Criado em 1993, o projeto de Toler?ncia Zero, da prefeitura de Nova York, tinha desde o início o objetivo de combater os violentos crimes de homicídio por tráfico de drogas. Descobriu-se que o furto de veículos, um crime mais leve, tinha rela??o direta com os assassinatos. Combatendo-se o furto, caía também o número de mortes. Assim feito, ao mesmo tempo que uma faxina nas delegacias eliminou centenas de policiais corruptos. S?o medidas que, no Brasil, ainda est?o no campo da discuss?o. Quando finalmente se decidir pela a??o, talvez já seja tarde. Por enquanto, a sociedade se pergunta, perplexa, como pode uma parte dela comportar-se de modo t?o bárbaro. (Veja, jun. de 2002) Texto 2Iniciativas contra sete gatilhos da violência urbana? imprescindível discutir a violência quando ocorre um homicídio por hora só na grande S?o Paulo. A cifra prova que o poder público fracassou numa das principais obriga??es determinadas pela Constitui??o: garantir a seguran?a dos cidad?os. Este artigo apresenta iniciativas que tentam minimizar algumas causas da violência como as detalhadas no quadro abaixo. Elas atuam sobre sete fatores que influem na criminalidade: desemprego, narcotráfico, urbaniza??o, cidadania, qualidade de vida, identidade e família. Vigário GeralNome: Grupo Cultural Afro Reggae?rea de atua??o: combate ao narcotráfico e ao subempregoComunidades atendidas: Vigário geral, Cidade de Deus, Cantagalo e Parada de Lucas, Rio? de Janeiro (RJ) Popula??o atendida: 744 jovens e adultos (números atuais)Quando come?ou: 21 de janeiro de 1993Quem financia: Funda??o Ford (apoio institucional)?Mais informa??es: site...Jardim ?ngelaNome: Base Comunitária da Polícia Militar?rea de atua??o: policiamento e atendimento socialComunidades atendidas: Jardim ?ngelaPopula??o atendida: 260 mil habitantesQuando come?ou: 1998Quem financia: Governo do Estado de S?o PauloMais informa??es: fone...(...) Exemplo de cartaLondrina, 10 de setembro de 2002Prezado editor,O senhor e eu podemos afirmar com seguran?a que a violência em Londrina atingiu propor??es caóticas. Para chegar a tal conclus?o, n?o é necessário recorrer a estatísticas. Basta sairmos às ruas (a pé ou de carro) num dia de "sorte" para constatarmos pessoalmente a gravidade da situa??o. Mas n?o acredito que esse quadro seja irremediável. Se as nossas autoridades seguirem alguns exemplos nacionais e internacionais, tenho a certeza de que poderemos ter mais tranquilidade na terceira cidade mais importante do Sul do país. Um bom modelo de a??o a ser considerado é o adotado em Vigário Geral, no Rio de Janeiro, onde foi criado, no início de 1993, o Grupo cultural Afro Reggae. A iniciativa, cujos principais alvos s?o o tráfico de drogas e o subemprego, tem beneficiado cerca de 750 jovens. Além de Vigário Geral, s?o atendidas pelo grupo as comunidades de Cidade de Deus, Cantagalo e Parada de Lucas.Mas combater somente o narcotráfico e o problema do desemprego n?o basta, como nos demonstra um paradigma do exterior. Foi muito divulgado pela mídia - inclusive pelo seu jornal, a Folha de Londrina - o projeto de Toler?ncia Zero, adotado pela prefeitura nova-iorquina há cerca de dez anos. Por meio desse plano, foi descoberto que, além de reprimir os homicídios relacionados ao narcotráfico (inten??o inicial), seria mister combater outros crimes, n?o t?o graves, mas que também tinham rela??o direta com a incidência de assassinatos. A diminui??o do número de casos de furtos de veículos, por exemplo, teve repercuss?o positiva na redu??o de homicídios. Convenhamos, senhor editor: faltam vontade e a??o políticas. Já n?o é tempo de as nossas autoridades se espelharem em bons modelos? As iniciativas mencionadas foram somente duas de várias outras, em nosso e em outros países, que poderiam sanar ou, pelo menos, mitigar o problema da violência em Londrina, que tem assustado a todos. Espero que o senhor publique esta carta como forma de exteriorizar o protesto e as propostas deste leitor, que, como todos os londrinenses, deseja viver tranquilamente em nossa cidade.Atenciosamente,?M.Percebeu como a estrutura da carta é dissertativa? No primeiro parágrafo – releia e confira – é apresentada a tese a ser defendida (a de que a situa??o da violência é grave, mas n?o irremediável); nos dois parágrafos subsequentes (o desenvolvimento), s?o apresentadas, obedecendo ao que se pediu no enunciado, propostas para combater a violência na cidade de Londrina; e no último parágrafo, a conclus?o, prop?e-se que as autoridades sigam exemplos como os citados no desenvolvimento. O leitor, o editor do jornal, “apareceu” no texto, o que é muito positivo em se tratando de uma carta. E, como n?o poderia deixar de ser, foram respeitados os elementos pré-textuais (cabe?alho e vocativo) e pós-textuais (express?o introdutora de assinatura e assinatura)Propostas de produ??o de carta argumentativaUERJ 1998O Projeto de Lei da Senadora Benedita da Silva (PT/RJ) qualifica como crime o assédio sexual. Três diferentes pontos de vista sobre o assunto s?o apresentados na "Se??o de Depoimentos". Escolha seu interlocutor, ou seja, a pessoa a quem sua carta vai estar dirigida, entre os autores desses depoimentos.Sua tarefa é redigir um texto que conven?a seu interlocutor de que ele está equivocado quanto às ideias expressas no depoimento dele.Se??o de DepoimentosGabriela Castro - SociólogaHá muitas formas de violência, desde as mais brandas (...) até as que deixam a sociedade estarrecida. O Projeto de Lei que transforma em crime o assédio sexual é um avan?o considerável para coibir o primeiro tipo de violência. Sabemos que o assédio pode se transformar num problema mais grave (...) e que se manifesta mais claramente nas rela??es de trabalho. Mas n?o só. [O Projeto ataca] necessidades muito menos evidentes que as que se manifestam quando há uma rela??o hierárquica entre assediado e assediador. A legisla??o deve refletir a realidade cultural da sociedade na qual será aplicada, sem, contudo, aceitar a injusti?a em nome dela. (...) Refiro-me às humilha??es a que um número imenso de mulheres tem que se submeter, diariamente, nos transportes coletivos (...) ou simplesmente andando na rua. Refiro-me ao constrangimento de ver um desconhecido fazer gestos obscenos, sem que se possa fazer nada. (...) O Projeto da Senadora Benedita da Silva, tal como está, configura-se n?o como uma a??o jurídica, mas como uma a??o pedagógica, que obrigará a sociedade brasileira a redimensionar seus conceitos de liberdade e de respeito.Marta Suplicy -Sexóloga e Deputada FederalReconhecemos a existência de abusos sexuais dentro de casa e fora dela, do molestamento ao incesto, com abuso de autoridade e de confian?a (...). Sabemos dos agravos no mercado de trabalho e nas rela??es de docência, cujo uso da autoridade cerceia a liberdade sexual e deixa mulheres — e testemunhas desses crimes — à mercê do poder de quem os pratica ou da conivência da sociedade com eles. Falo aqui do assédio sexual, uma tipifica??o atual, justificada pela manuten??o da cultura machista, aliada à presen?a das mulheres no mundo do trabalho. (...) O assédio sexual ainda é tratado no Brasil de maneira leviana e inconsequente. Geralmente os assediadores têm maior poder econ?mico do que os assediados, por isso as vítimas nunca conseguem ser ressarcidas na justi?a. (...) Tenho lutado pela mudan?a do Código Penal, refletindo a luta de muitas mulheres brasileiras. Apresentei um projeto de lei que tipifica o assédio sexual e sugere a defini??o de políticas de preven??o, dentro dos locais de trabalho. (...) O assédio sexual só acontece quando há rela??es poder entre as partes, nas quais a vítima é subordinada a quem a assedia. Caso contrário, acabaremos enquadrando a paquera, a cantada, que já s?o outras coisas. O outro projeto [o da Senadora Benedita da Silva] é muito abrangente nesse sentido.Alexandre Moreira Souza - EngenheiroAos 34 anos, penso que n?o é possível tratar uma legisla??o fora do contexto social em que será aplicada. A cultura brasileira tem na imagem do “amante latino”, daquele que vê na conquista a prova da sua masculinidade, um tra?o característico. Como dissociar “sensualidade” e tudo o que gira em torno dela de um padr?o de comportamento que já está incorporado às rela??es entre homens e mulheres brasileiros? Aqui a conota??o de desrespeito se perde diante da toler?ncia com que as mulheres sempre reagiram a cantadas e paqueras, o que, na verdade, já faz parte do comportamento que se espera dos homens. Com essa base cultural, fica muito difícil distinguir “paquera”, “cantada” e “assédio”. Para situa??es mais violentas, os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor já est?o previstos em lei. Por isso, considerar o que se chama de “assédio sexual” como crime é uma violência contra a própria cultura do país.A Colet?nea de Textos que apresentamos a seguir vai ajudá-lo a fundamentar sua carta.No cumprimento dessa tarefa, você deverá usar pelo menos 2 dos textos que a comp?em .UERJ 2007PARA ELABORAR SUA REDA??O, AL?M DOS TEXTOS ANTERIORES, CONSIDERE O QUE SE SEGUE,COM UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O TEMA PRODU??O E DESTRUI??O.Em Quarto de Badulaques (XIV) , o autor estabelece um paralelo entre a vida dos homens e a do planeta em que vivemos, fazendo uma apologia à preserva??o do meio ambiente frente ao poder de destrui??o do capitalismo.Quarto de badulaques (XIV)Terminando a minha cr?nica do último domingo eu me referi a Ravel que, ao final da vida, dizia, como um lamento: “Mas há tantas músicas esperando ser escritas!” E acrescentei um comentário meu: “Com certeza o tempo n?o se detém para esperar que a beleza aconte?a...” (...) A vida é como a vela: para iluminar é preciso queimar. A vela que ilumina é uma vela alegre. A luz é alegre. Mas a vela que ilumina é uma vela que morre. ? preciso morrer para iluminar. Há uma tristeza na luz da vela. Raz?o por que ela, a vela, ao iluminar, chora. Chora lágrimas quentes que escorrem da sua chama. Há velas felizes cuja chama só se apaga quando toda a cera foi derretida. Mas há velas cuja chama é subitamente apagada por um golpe de vento... (...)Mais que a minha própria morte e a morte das pessoas que amo, o que me dói é a possibilidade da morte prematura da nossa terra. Porque é certo que ela vai morrer. Tudo o que nasce, morre. O trágico será se ela morrer antes da hora, assassinada por nós mesmos, os seus filhos. (...) Entrei no livro O universo: seu início e seu fim (...) e comecei a viajar pelo tempo. O livro me levou para 15 bilh?es de anos atrás. A temperatura era da ordem de um bilh?o de graus. Foi ent?o que aconteceu a grande explos?o, o Big Bang, com a qual o universo se iniciou. E pensando sobre esse evento fantástico enquanto caminhava – é preciso cuidar do cora??o – meus pensamentos foram interrompidos pelas sibipirunas floridas, o amarelo contra o verde das folhas e o azul do céu... E me assombrei de que coisas t?o lindas e mansas tivessem nascido de uma explos?o há 15 bilh?es de anos... Do caos nasceram ordem, vida e beleza, da mesma forma como uma bolha de sab?o sai, perfeita, do canudinho que o menino sopra... Aí fiquei com medo que a bolha estourasse antes da hora. Porque é isso, precisamente, que essa coisa a que damos o nome de progresso está fazendo. Todos os candidatos a presidente, todos, indistintamente, de direita e de esquerda, prometem “progresso”. Mas nenhum deles promete preservar a natureza. Qualquer menino sabe que a bolha de sab?o é frágil. N?o pode crescer sempre. Se crescer além do limite ela estoura. E nossa terra é precisamente uma bolha frágil que navega pelos espa?os vazios, bolha onde apareceram, miraculosamente, as condi??es para que a vida viesse a existir. Mas, se essas condi??es desaparecerem, a vida deixará de existir. Muitas críticas justas já se fizeram ao capitalismo, de um ponto de vista ético, em virtude de sua tendência de produzir pobreza e concentrar riqueza. Mas raramente se fala sobre o capitalismo como um sistema autodestrutivo que, para existir e gozar saúde, tem de estar num processo de crescimento constante: mais empregos, mais trabalho, mais devasta??o da natureza, mais monóxido de carbono no ar, mais lixo – seis bilh?es de quilos por dia! –, mais explora??o dos recursos naturais, mais florestas cortadas, mais polui??o dos mananciais... Até quando a frágil bolha suportará?...Rubem Alves(.br)Em entrevista ao Terramérica, o escritor português José Saramago afirmou:“As tragédias ecológicas s?o importantíssimas, mas as humanas talvez sejam mais. Uma árvore pode, mais ou menos, ressuscitar, uma floresta, um bosque, se cuidarmos deles. Mas os mortos n?o ressuscitam, n?o há maneira de devolvê-los à vida. Se é verdade que devemos nos preocupar com a catástrofe ecológica, n?o é menos certo que se deve pensar, sobretudo, na catástrofe que será a morte de uma quantidade de seres humanos, que nem podemos imaginar. (...) O meio ambiente é muito importante, mas vamos nos preocupar com algo mais. Tenho um jardim e cuido muito de minhas árvores. Entretanto, estou mais preocupado com as pessoas que vivem dentro de minha casa.”()Todos os textos desta prova problematizam dois focos de explora??o do sistema capitalista:o homem e a natureza.Lembre-se, porém, de que o objetivo da apresenta??o desses textos é oferecer a você subsídios para odesenvolvimento de suas idéias. Sua reda??o, portanto, ddeverá demonstrar elabora??o própria.Redija uma carta a José Saramago ou a Rubem Alves, desenvolvendo com clareza, argumentos que:- no caso de José Saramago, procurem convencê-lo de que a vida do planeta é mais importante do que a vida humana;- no caso de Rubem Alves, busquem convencê-lo de que nada se compara à vida humana, nem mesmo a preserva??o do planeta.Para o cumprimento dessa tarefa, seu texto de, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas deve:ter estrutura argumentativa completa;seguir o padr?o de carta;ser redigido em língua culta padr?o;ser assinado por você como: um (uma) estudante ................
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