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MERCADO DE CAPITAIS

I) INTRODUÇÃO

O mercado de capitais constitui-se numa alternativa de capitalização às empresas. Nesse mercado pode-se captar a renda não consumida pela sociedade a custos menores que no mercado de crédito. Além disso, as empresas integrantes desse mercado diminuem o seu risco, uma vez que menores custos financeiros acabam por melhor a saúde a saúde da empresa.

Pela sua grande importância no desenvolvimento das empresas e, portanto, no desenvolvimento econômico do país, esse mercado é altamente seletivo e conta com pouquíssimas empresas, se considerarmos o montante de empreendimentos da economia.

O controle também é bastante rígido, sendo executado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, em poucos casos, também pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Recomenda-se a visita às paginas dessas duas instituições, bem como da BMFBOVESPA (fusão da Bolsa de Mercadorias e Futuros e da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo), local onde são realizadas as operações do mercado de capitais. Os sites são os seguintes:

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Os instrumentos negociados nesse marcado são chamados VALORES MOBILIÁRIOS e apresentam características diversas e serão estudados nos itens que se seguem.

II) VALORES MOBILIÁRIOS:

II.1) AÇÃO

A ação é vista como a menor parte do capital social de uma empresa de capital aberto[1], sendo o seu principal instrumento de capitalização. Ao lançar ações pela primeira vez, a empresa realiza a chamada IPO (INITIAL PUBLIC OFFER) ou OFERTA INICIAL DE AÇÕES. Nesse momento a empresa deixa de ser de capital fechado e torna-se uma S.A. de capital aberto. A partir desse momento poderá emitir ações com certa regularidade, desde que atenda a uma série de exigências e regras da CVM, órgão responsável pela manutenção do bom funcionamento desse mercado.

As ações emitidas podem ser:

• Ordinárias

• Preferenciais

As ações ordinárias são aquelas que conferem direito a voto aos seus detentores na proporção de cada um. É CONSIDERADO CONTROLADOR DA EMPRESA AQUELE QUE TIVER A MAIOR PARTE DAS AÇÕES ORDINÁRIAS.

As ações preferenciais concedem determinados direitos a quem as possui, como preferência na distribuição de dividendos. Esses direitos são previstos em lei e buscam, além de incentivar o investidor a optar pelas ações, também protegê-lo de alguma forma, uma vez que o mesmo está longe do processo decisório[2], ficando “refém” das decisões tomadas pelos acionistas ordinários.

TODAS AS AÇÕES SÃO NOMINATIVAS, ou seja, ao comprar uma ação identifica-se o seu dono. Essa decisão foi tomada pelo governo em 1990 e segue orientações de acordos internacionais que visam aumentar segurança dos mercados de capitais e impedir a “lavagem” de dinheiro proveniente do narcotráfico ou do tráfico de armas e outros ilícitos. Além disso, permite ao governo uma maior eficiência e eficácia na cobrança de impostos sobre os ganhos nesse tipo de aplicação.

As ações, ao serem emitidas, serão negociadas pelas corretoras de valores e terão seu valor repassado às empresas emissoras, de acordo com o grau de liquidez e credibilidade de cada empresa, obedecendo aos regimes de garantia abaixo:

• GARANTIA FIRME: as corretoras repassam imediatamente os recursos às empresas que são consideradas BLUE CHIPS.

• RESIDUAL OU STAND BY: as corretoras repassarão os recursos à medida que as ações forem sendo colocadas junto ao público. São ações segunda linha, chamadas SMALL CAPS.

• MELHORES ESFORÇOS: as corretoras não se responsabilizam pela colocação das ações junto ao público. Apenas prometem fazer o melhor e, caso não consigam, as ações voltam ao caixa da empresa emissora. São consideradas ações de terceira linha.

A rapidez na entrega dos recursos é fundamental para o timing das empresas. Vale a velha máxima, TEMPO É DINHEIRO!

A operação acima ocorre entre EMPRESA e INVESTIDOR, por intermédio da CORRETORA. Nesse caso, é considerada uma operação realizada no MERCADO PRIMÁRIO DE AÇÕES.

Quando, porém, a operação ocorre ENTRE INVESTIDORES, por intermédio da CORRETORA DE VALORES, temos uma negociação no MERCADO SECUNDÁRIO DE AÇÕES.

II.2) CARTEIRA DE AÇÕES:

Ao investir em ações, deve-se considerar o risco que as envolve para que se defina o prêmio que se deseja receber. Esse risco é dado pelo beta (β) e significa o quanto uma ação é mais arriscada do que a maior carteira que pode existir, ou seja, o mercado. Assim, se o mercado paga um prêmio de 5% pelo risco, e uma ação apresenta um β = 1,5, ou seja, um risco superior em 50% ao risco do mercado, o prêmio por investir nessa ação também deverá ser 50% maior, ou seja, de 7,5%.

Lembrando da administração financeira, a taxa requerida de retorno para um dado nível de risco é dada por:

K = Kf + (Km – Kf)∙β, onde

II.3) AVALIANDO O RISCO E O POTENCIAL DE AÇÕES:

Diversos instrumentos podem ser utilizados com a finalidade se avaliar o risco e o potencial de ganho das ações, no entanto duas escolas são notadamente utilizadas: a ESCOLA TÉCNICA e a ESCOLA FUNDAMENTALISTA.

Para a Escola Técnica, tudo o que acontece no mercado de ações influencia o preço das mesmas. Portanto, a análise matemático-estatística dos mesmos seria suficiente para traçar uma reta de tendência do comportamento dos preços ao longo do tempo e projetá-los a um momento futuro, indicando, dessa forma, as possibilidades de ganhos ou perdas do investidor.

Para a Escola Fundamentalista, a análise dos fundamentos da empresa, dos seus índices econômico-financeiros, dizem muito com relação ao comportamento dos preços atual e futuro. Ao se analisar, dentre outros tantos indicadores, a evolução do lucro líquido dessa empresa, e projetá-lo para momentos futuros, pode-se ter uma idéia do retorno do capital próprio, do retorno do ativo, do lucro por ação, etc. conferindo base para a tomada de decisões por parte do investidor. A análise da composição do capital da empresa no tempo, em comparação com a distribuição de seu Ativo, pode dar uma idéia acerca do seu grau de endividamento e capacidade de solvência no curto e no longo prazo. Esses são apenas alguns exemplos da importância da análise fundamentalista para a tomada de decisões.

Não devemos esquecer que os fatores externos á empresa, muitas vezes difíceis de serem mensurados, também devem ser levados em consideração. Quadros de instabilidade política, social e econômica podem influenciar negativamente os preços das ações, uma vez que situações como essas geralmente não contribuem para o sucesso das empresas.

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[1] Como empresa de capital aberto considera-se aquela que está habilitada a negociar suas ações no mercado de capitais.

[2] Em alguns poucos casos acionistas preferenciais têm sido convidados a participarem das Assembléias Gerais Ordinárias, local onde se reúnem os acionistas ordinários para decidirem 5AA ` h z × á %

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sobre o futuro da empresa. Apesar de ser uma prática ainda muito restrita no Brasil, é interessante para as empresas, uma vez que as mesmas concorrem pelos recursos desse investidor. Assim, tornando-o parte do processo decisório, mesmo que como expectador, uma empresa poderá fidelizá-lo.

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K = retorno requerido; Km = taxa de mercado;

Kf = taxa livre de risco; (Km – Kf) = prêmio pelo risco

(1)1+1,1/1G1H1]1^1z1{11€126f6h6j6l6÷ó÷óèÜèÜèÜèÜèÚèÖóÏβ = risco específico (ajusta o prêmio de mercado)

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