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Morte de mulheres negras avan?a 54% em 10 anosDisponível em: Estad?o, por Luísa Martins – Acesso em 9/11/2015. um ano, morreram assassinadas 66,7% mais mulheres negras do que brancas no Brasil. Essa é uma das conclus?es do Mapa da Violência 2015, que será divulgado nesta segunda-feira, 9, pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), e que, nesta edi??o, foca na violência de gênero no País.O estudo foi considerado inovador pela representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, ao revelar a “combina??o cruel” que se estabelece entre racismo e sexismo: em uma década (a pesquisa abarca o período de 2003 a 2013), os feminicídios contra negras aumentaram 54%, ao passo que o índice de mortes violentas de mulheres brancas diminuiu 9,8%.No total, em 2013, 4.762 mulheres foram assassinadas no País, posicionando-o no quinto lugar no mundo – só está melhor que El Salvador, Col?mbia, Guatemala e Federa??o Russa. Foram 13 homicídios femininos por dia: uma mulher morta a cada 1h50min. ? o equivalente a exterminar todas as mulheres em 12 municípios do porte de Borá (SP) ou Serra da Saudade (MG), que têm menos de 400 habitantes do sexo feminino.“As mulheres negras est?o expostas à violência direta, que lhes vitima fatalmente nas rela??es afetivas, e indireta, àquela que atinge seus filhos e pessoas próximas. ? uma realidade diária, marcada por trajetórias e situa??es muito duras e que elas enfrentam, na maioria das vezes, sozinhas”, diz Nadine.Os dados, julga ela, denunciam uma “bárbara faceta do racismo”, sendo urgente acelerar respostas institucionais concretas em favor das mulheres negras. O Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20, motivou a escolha do mês de lan?amento da pesquisa.O Mapa da Violência conclui que a popula??o negra é vítima prioritária da violência homicida no Brasil, enquanto as taxas de feminicídio contra a popula??o branca tendem, historicamente, a cair. Em uma década, o índice de vitimiza??o das negras – cálculo que resulta da rela??o entre as taxas de mortalidade de ambas as ra?as – cresceu 190,9% em todo o País, número que ultrapassa os 300% em alguns Estados, como Amapá, Pará e Pernambuco. Diferen?as entre EstadosOs Estados com maiores taxas de feminicídio de negras s?o Espírito Santo, Acre e Goiás. O número de mulheres negras assassinadas só diminuiu em Rond?nia e em S?o Paulo. Nem a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006, foi capaz de encolher a estatística. Depois da promulga??o da lei, apenas cinco Estados registraram queda nas taxas.A vitimiza??o das mulheres negras veio em uma escalada íngreme entre 2003 e 2012, mas sofreu queda em 2013. Ainda é cedo para comemorar, no entanto. Conforme os procedimentos metodológicos do Mapa da Violência, esse aspecto só se configura como real tendência se houver três anos consecutivos de diminui??o.Servidora pública e membro do coletivo Pretas Candangas, de Brasília, Daniela Luciana ressalta que há um tipo de violência contra a mulher negra que n?o pode ser mensurada em números: a simbólica.“Somos violentadas desde a hora em que acordamos até a hora de dormir, por conta do estereótipo, da invisibilidade e da pouca presen?a em espa?os de poder”, afirma Daniela. O grupo organiza para o dia 18, na capital federal, a Marcha das Mulheres Negras, pelo fim da violência contra a mulher.PRINCIPAL AGRESSOR:Das meninas até 11 anos: M?e (42,4%).Das de 12 a 17 anos: Pais (26,5%) e parceiros ou ex-parceiros (23,2%).De 18 a 59 anos: Parceiros ou ex-parceiros (50%).Das idosas: Filhos (34,9%).Em todas as faixas: Parentes, parceiros e ex (67,2%).- - - - - - - ................
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