Os Dez Mandamentos da Pavimentação Rígida

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Os Dez Mandamentos da Pavimenta??o R?gida

Autor: Eng? Marcos Dutra de Carvalho

A partir da experi?ncia nacional e internacional adquirida desde a execu??o do primeiro pavimento de concreto, em Bellefontaine, Ohio (EUA), em 1893, al?m da nossa vis?o espec?fica sobre o assunto, apresentam-se os princ?pios b?sicos que regem a boa t?cnica da pavimenta??o r?gida, podendo ser

despretensiosamente chamados de "Os dez mandamentos da pavimenta??o r?gida". Ilustram-se os passos necess?rios e fundamentais para que se obtenha o sucesso desejado nas obras de pavimenta??o de concreto, o que pode ser traduzido como a seq??ncia ou a lista de procedimentos

e atitudes sem os quais o bom resultado esperado sem d?vida n?o ser? alcan?ado.

ENUNCIADO DOS PRINC?PIOS B?SICOS OU MANDAMENTOS

1? Mandamento "Elaborar um bom projeto executivo de pavimenta??o, a partir de estudos detalhados de tr?fego e da funda??o"

2? Mandamento "Dosar adequadamente o concreto simples e o concreto rolado (se houver), a partir do estudo minucioso dos seus materiais constituintes".

3? Mandamento "Especificar os materiais a serem utilizados na obra"

4? Mandamento "Definir os equipamentos a serem utilizados na obra"

5? Mandamento "Definir a log?stica da obra"

6? Mandamento "Detalhar os procedimentos de execu??o e de controle da funda??o (subleito e sub-base)

7? Mandamento "Detalhar os procedimentos de execu??o e de controle do concreto simples, com foco na durabilidade (condi??o estrutural) e no conforto de rolamento (condi??o funcional) do pavimento"

8? Mandamento "Executar a obra dentro dos padr?es de qualidade exigidos"

9? Mandamento "Gerenciar a obra "

10? Mandamento "Cuidar para que as empresas envolvidas na obra comprometam-se com a excel?ncia da qualidade do produto final acabado"

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PR - 5 - OS DEZ MANDAMENTOS DA PAVIMENTA??O R?GIDA

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PAVIMENTO DE CONCRETO - PR?TICAS RECOMENDADAS

DESCRI??O SUM?RIA DOS MANDAMENTOS

1? Mandamento

"Elaborar um bom projeto executivo de pavimenta??o, a partir de estudos detalhados de tr?fego e da funda??o" O processo de execu??o de um pavimento de concreto deve estar calcado num projeto executivo de pavimenta??o. Esse projeto deve contemplar as etapas descritas a seguir.

? Estudos geot?cnicos. ? Estudos de tr?fego. ? Estudos de geometria e tra?ado da via ou ro-

dovia. ? Estudos de drenagem superficial, sub-superfi-

cial e profunda. ? Mem?ria de c?lculo do pavimento com defini-

??o dos tipos, caracter?sticas tecnol?gicas e espessuras das camadas constituintes da estrutura.

? Projeto geom?trico planialtim?trico, com todas as informa??es topogr?ficas necess?rias ? perfeita loca??o da obra.

? Projeto geom?trico de distribui??o de placas e detalhamento dos tipos de juntas: - planta, na escala 1:250 ou 1:500, com todos os dados de topografia necess?rios ? perfeita loca??o das juntas no campo; - desenhos espec?ficos com detalhes dos tipos de juntas; - se??es transversais t?picas do pavimento com indica??es de drenagem superficial, sub-superficial e profunda.

? Recomenda??es de execu??o e de controle de obra, com as especifica??es dos materiais utiliz?veis. Com rela??o ao concreto simples, s?o fundamentais os seguintes itens: - espessura das placas, definida em projeto; - resist?ncia caracter?stica ? tra??o na flex?o (fctM,k), medida aos 28 dias, definida como sendo a resist?ncia de projeto (eventualmente essa

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Figura 1 ? Projeto geom?trico de distribui??o de placas

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idade poder? ser estendida para 60 ou 90 dias, dependendo da obra) ; - par?metros de dosagem do concreto, como rela??o ?gua/cimento, abatimento, consumo m?nimo de cimento, teor m?ximo de ar incorporado, dimens?o m?xima do agregado gra?do e teor de argamassa;

- plano de controle tecnol?gico do concreto no estado fresco e endurecido, ressaltando se a? o controle do abatimento e do teor de ar (estado fresco) e o controle das resist?ncias mec?nicas e da espessura das placas.

? Notas de servi?o e quantitativos de pavimenta??o.

As Figuras 1 e 2 ilustram um projeto geom?trico de distribui??o de placas, mostrando os tipos de juntas.

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Figura 2 ? Detalhe do projeto geom?trico, mostrando os distintos tipos de juntas

2? Mandamento

"Dosar adequadamente o concreto simples e o concreto rolado (se houver), a partir do estudo minucioso dos seus materiais constituintes".

Os principais objetivos dessa fase dos estudos t?cnicos s?o:

a) garantir a qualidade desejada do concreto;

b) avaliar dentre as alternativas de materiais a que apresenta as melhores condi??es de: ? qualidade do produto final; ? melhores condi??es operacionais; ? menor custo por m3 de concreto.

O c?lculo do tra?o do concreto levar? em considera??o os seguintes aspectos:

? especifica??es do concreto: ? resist?ncia ? tra??o na flex?o; ? resist?ncia ? compress?o axial; ? rela??o ?gua/cimento(A/C);

? abatimento do tronco de cone; ? di?metro m?ximo do agregado; ? teor de ar incorporado; ? teor de argamassa; ? tempo de pega do cimento; ? caracteriza??o dos materiais; ? compatibilidade entre aditivo e cimento; ? equipamentos de dosagem e mistura; ? tempo de mistura; ? equipamentos de transporte e lan?amento

do concreto; ? dist?ncia e tempo de transporte; ? equipamento a ser utilizado na execu??o do

pavimento; ? espessura do pavimento; ? sistema de cura; ? condi??es clim?ticas regionais.

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Observa??es:

Estudos de laborat?rio necessitam geralmente de um tempo m?nimo de 45 dias. Altera??es de material ou de especifica??o dever?o ser sempre previamente analisadas, antes de serem implantadas na obra. Os tra?os especificados em laborat?rio necessitam de ajustes na central.

No caso do concreto simples, citam-se ainda: O concreto dever? ser dosado por m?todo racional, de modo a obter-se, com os materiais dispon?veis, uma mistura fresca, de trabalhabilidade adequada ao processo construtivo empregado, e um produto endurecido compacto, de baixa permeabilidade e que satisfa?a ?s condi??es de resist?ncia mec?nica estabelecidas no projeto do pavimento. A consist?ncia ? determinada pelo ensaio de abatimento do tronco de cone, segundo a NBR NM 67/98, com valores situados geralmente entre 20 mm e 70 mm, dependendo do equipamento a ser utilizado na obra. Teor de ar incorporado ao concreto ? determinado pelo m?todo pressom?trico, conforme a NBR NM 47/98, com valores geralmente situados entre 2% e 4%.

No caso do concreto rolado, como camada de sub-base, citam-se: O concreto a ser compactado por meio de rolos compressores (CCR) se destina ? execu??o de sub-base e dever? ser dosado por m?todo racional, de modo a obter-se, com os materiais dispon?veis, uma mistura fresca, de trabalhabilidade adequada para ser compactada com rolo, resultando num produto endurecido com grau de compacta??o e resist?ncia ? compress?o simples estabelecidas no projeto do pavimento. Dever? ser determinada, em laborat?rio, a umidade ?tima que permita obter a massa espec?fica aparente m?xima seca, considerada a energia normal de compacta??o. O consumo de cimento geralmente est? compreendido entre 80 kg/m3 e 130 kg/m3, dependendo dos materiais utilizados e da resist?ncia mec?nica especificada em projeto. O concreto rolado, depois de compactado e nivelado na cota de projeto, dever? atingir um grau de compacta??o m?nimo de 100%, considerada

a energia normal de compacta??o. O concreto rolado dever? ter seu tra?o ajustado no campo.

3? Mandamento

"Especificar os materiais a serem utilizados na obra"

Depois de realizados os estudos tecnol?gicos, os materiais a serem utilizados na obra dever?o ser claramente especificados, quais sejam: ? cimento (tipo e classe); ? agregado mi?do(areia); ? agregado gra?do(brita); ? aditivos; ? produtos de cura; ? material selante e corpo de apoio; ? pel?culas isolantes e impermeabilizantes aplicadas sobre a sub-base; ? a?o.

? importante ressaltar que qualquer mudan?a dos materiais no decorrer da obra dever? ser notificada ? empresa gerenciadora, de modo que provid?ncias possam ser tomadas no sentido de garantir a qualidade do produto final acabado. Caso seja necess?rio, tanto o concreto simples quanto o concreto rolado (se houver) dever?o ter seus tra?os ajustados, tendo em vista eventuais mudan?as no fornecimento dos materiais.

4? Mandamento

"Definir os equipamentos a serem utilizados na obra"

Os equipamentos a serem utilizados na execu??o do pavimento de concreto simples dever?o ser capazes de produzir um produto final acabado de alta qualidade, com a produtividade esperada. Os equipamentos podem ser classificados em equipamentos de grande, m?dio e de pequeno porte, em fun??o da sua produtividade. Os equipamentos de grande porte s?o as vibroacabadoras de f?rmas deslizantes, com produtividade maior ou igual a 400 m2/hora, acompanhadas de usinas dosadoras e misturadoras de concreto, necess?rias para garantir o fornecimento de material ? frente da vibroacabadora; tamb?m, ? comum o emprego de texturizadoras e aplicadoras autom?ticas de produtos de cura.

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As vibroacabadoras podem executar pavimentos com larguras de 2,0 m at? 16,0 m, em uma ?nica passada, dependendo do modelo. Os equipamentos de m?dio porte operam sobre f?rmas fixas, com dispositivos de adensamento e acabamento superficial constitu?dos de cilindros girat?rios; necessitam de adensamento manual complementar do concreto, com vibradores de imers?o, ? frente do equipamento. O emprego de desempenadeiras manuais met?licas (floats) e vassouras de pia?ava para a texturiza??o superficial ? cl?ssico. T?m produtividade t?pica variando entre 100 m2/hora e 150 m2/hora. Os equipamentos de pequeno porte s?o constitu?dos de r?guas vibrat?rias, treli?adas ou n?o, operando sobre f?rmas fixas, sendo necess?rio tamb?m o emprego de vibradores de imers?o para o adequado adensamento do concreto. Tamb?m ? cl?ssico o emprego de desempenadeiras manuais met?licas (floats) para o acabamento superficial e de vassouras de pia?ava para a texturiza??o do concreto. A produtividade t?pica desse de equipamento varia entre 40 m2/hora e 50 m2/hora. As Figuras 3 a 10 mostram equipamentos t?picos para obras de pavimenta??o r?gida.

Figura 5 ? Usina de concreto transport?vel, dosadora e misturadora (ARCMOV 100)

Figura 6 ? R?gua vibrat?ria

Figura 3 ? Usina de concreto transport?vel, dosadora e misturadora (Schwing M2)

Figura 7 ? BID-WELL - acabadora operando sobre f?rmas fixas

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Figura 4 ? Usina de concreto transport?vel, dosadora e misturadora (Erie Strayer MG 11C)

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Figura 8 ? Gomaco 2600 (4 esteiras)- vibroacabadora de f?rmas deslizantes

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Figura 9 ? CMI - 3004 F (4 esteiras) - vibroacabadora de f?rmas deslizantes

Figura 10 ? Wirtgen SP 500 - vibroacabadora de f?rmas deslizantes

5? Mandamento "Definir a log?sitica da obra" A defini??o da log?stica da obra ? fundamental para o sucesso da empreitada, compreendendo desde a instala??o do canteiro de obras e da usina de concreto at? o transporte e a descarga do concreto ? frente do equipamento. O planejamento da instala??o do canteiro de obras deve ser realizado com base em informa??es espec?ficas fornecidas pelo cliente e pelo projetista. A t?tulo de exemplo, citam-se as informa??es b?sicas para a implanta??o do canteiro de uma usina dosadora e misturadora de concreto, quais sejam: a) extens?o do trecho; b) locais poss?veis de instala??o do equipamento:

? plantas do trecho, com acessos; ? inspe??o pr?via dos locais; c) facilidades poss?veis de fornecimento dos seguintes itens: ? energia el?trica; ? ?gua

? alojamento; ? refei??es; ? ?leo diesel; ? equipamentos para preparo do local; ? materiais de suporte, para instala??o: cimen-

to, areia, brita, concreto etc.; d) volume m?nimo a ser executado diariamente; e) datas limites do cronograma para instala??o e

in?cio das atividades.

Escolha do Terreno para o Canteiro

A escolha do terreno para a instala??o do conjunto para produ??o e controle tecnol?gico de concreto deve observar as seguintes prioridades:

a) fluxo de recebimento dos materiais a serem utilizados;

b) fluxo de sa?da dos caminh?es para a frente de servi?o;

c) planta planialtim?trica do terreno.

Sempre que poss?vel, a op??o deve ser por terrenos planos, preferencialmente com geometria retangular, de forma a permitir no m?nimo dois acessos distintos. Na impossibilidade de loca??o em ?rea plana, a melhor op??o ? a de ?rea constitu?da por at? tr?s plat?s, de forma a possibilitar a instala??o por conjuntos ou blocos operacionais.

Loca??o dos Equipamentos no Canteiro

Recomenda-se considerar a loca??o dos blocos operacionais em ?reas que permitam livre circula??o de ve?culos, tendo em vista a necessidade de opera??o independente e constante das linhas de transporte de agregados, cimento, ?gua, aditivos e concreto, incluindo a passagem deste pelo laborat?rio de controle tecnol?gico. A casa de comando da central deve ser locada de forma a permitir:

? f?cil acesso; ? ampla vis?o do carregamento de concreto; ? vis?o do p?tio de agregados. Finalmente, ? importante cuidar da log?stica do transporte do concreto da usina at? a frente de servi?o, de modo a minimizar percursos e tempo de viagem, bem como aquele de manobra e descarga do concreto ? frente do equipamento vibroacabador.

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A Figura 11 ilustra essa fase.

Figura 11 ? Vista geral de um canteiro de obras

6? Mandamento "Detalhar os procedimentos de execu??o e de controle da funda??o (subleito e subbase)" Deve-se cuidar para que a funda??o do pavimento seja bem executada e controlada, conforme as especifica??es de projeto. Nessa fase, deve-se cuidar para que o sistema de drenagem sub-superficial e profunda (se houver) seja executado adequadamente, de acordo com o projeto executivo de engenharia e atendendo ?s normas e especifica??es dos organismos oficiais, como o DNIT, por exemplo. S?o consideradas opera??es de preparo da funda??o as corre??es da camada superficial do subleito e os acertos do leito resultantes das opera??es de terraplenagem. Consistir?o na substitui??o de solos inadequados e na remo??o de blocos de pedra ou ra?zes, peda?os de madeira ou quaisquer outros materiais putresc?veis, bem como raspagens e aterros que visem colocar o leito de acordo com o greide e o perfil longitudinal projetado. Caso conste sub-base no projeto, esta ser? excutada de acordo com prescri??es especiais nele fornecidas. Em qualquer caso, dever? ser infensa aos fen?menos de expansibilidade e de bombeamento, entendido este como a expuls?o, sob a forma de lama fluida, e de baixo para cima, de solos finos pl?sticos porventura existentes no subleito do pavimento de concreto. As sub-bases podem ser granulares ou tratadas com ligantes hidr?ulicos e betuminosos. S?o os seguintes os tipos mais usuais de sub-bases utilizadas na pavimenta??o r?gida:

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? sub-base de brita graduada simples (BGS); ? sub-base de brita graduada tratada com

cimento (BGTC); ? sub-base de solo-cimento (SC); ? sub-base de solo melhorado com cimento

(SMC); ? sub-base de concreto rolado (CR). De qualquer forma, tanto os procedimentos de regulariza??o e conforma??o do subleito quanto aqueles de execu??o e controle da sub-base dever?o estar de acordo com as normas brasileiras vigentes, atendendo sempre ?s especifica??es de projeto.

7? Mandamento

"Detalhar os procedimentos de execu??o e de controle do concreto simples, com foco na durabilidade (condi??o estrutural) e no conforto de rolamento (condi??o funcional) do pavimento"

Dever?o ser detalhados os procedimentos de execu??o e de controle de obra, de acordo com o tipo de equipamento a ser utilizado. No caso geral das obras de grande porte, como as pavimenta??es rodovi?rias por exemplo, os equipamentos recomendados s?o as vibroacabadoras de f?rmas deslizantes, abastecidas por usinas dosadoras e misturadoras de concreto, transport?veis, com capacidade nominal m?nima compat?vel com a produtividade desejada (no m?nimo 120 m3 por hora). O emprego de distribuidoras de concreto ? frente da vibroacabadora pode ser considerado como um recurso para agilizar a execu??o, aumentando a produtividade do conjunto. O objetivo do detalhamento minucioso dos procedimentos de execu??o e de controle de obra ? garantir a excel?ncia da condi??o estrutural e funcional do pavimento. Com rela??o ? condi??o estrutural, ou seja, ? capacidade do pavimento suportar as cargas solicitantes ao longo do per?odo de projeto, ? primordial o controle da resist?ncia ? tra??o na flex?o do concreto no estado endurecido, bem como da consist?ncia e do teor de ar incorporado do concreto no estado pl?stico. Tamb?m, o controle da espessura do concreto simples definida no projeto ? crucial para a manuten??o da desejada condi??o estrutural do pavimento ao longo do per?odo de utiliza??o. Finalmente, deve-

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se garantir que o equipamento vibroacabador promova o completo adensamento do concreto, sem a ocorr?ncia de "ninhos" ou "brocas" no pavimento. Com rela??o ? condi??o funcional, que traduz o conforto de rolamento proporcionado pela superf?cie do pavimento acabado, esta ? diretamente afetada, de forma negativa, pelos fatores descritos a seguir, no caso da execu??o com vibroacabadoras de f?rmas deslizantes: ? paradas do equipamento vibroacabador; ? irregularidade da sub-base; ? desalinhamento ou caten?rias nas linhas

sensoras; ? excesso de concreto ? frente da vibroacaba-

dora; ? grandes varia??es na consist?ncia do concreto

(abatimento); ? varia??es nas caracter?sticas tecnol?gicas do

concreto; ? desuniformidade nos procedimentos de mistu-

ra, transporte e lan?amento, adensamento e acabamento do concreto; ? desuniformidade no avan?o do equipamento; ? equipamento sujo e sem manuten??o; ? equipe n?o treinada, desmotivada e sem compromisso com a qualidade do pavimento acabado. Em resumo, pode-se dizer que a palavra chave para a obten??o de um pavimento de concreto confort?vel ? a UNIFORMIDADE em todas as etapas da execu??o.

8? Mandamento

"Executar a obra dentro dos padr?es de qualidade exigidos"

Mostram-se, a t?tulo de exemplo, os passos necess?rios ? boa execu??o de um pavimento de concreto com vibroacabadoras de f?rmas deslizantes. ? Para garantia da produtividade ? necess?rio que

haja frente de servi?o, com camada de sub-base acabada, curada (quando cimentada) e nivelada na cota de projeto. N?o deve haver obst?culos laterais e limitadores de altura no curso da vibroacabadora.

? O concreto dever? ser produzido em usinas dosadoras e misturadoras, de grande capacidade, transport?veis e instaladas estrategica-

mente no canteiro de obras; essas usinas dever?o dispor de dispositivos eletr?nicos para controle da dosagem e pesagem dos materiais, incluindo os aditivos, capazes de produzir concretos homog?neos e com as caracter?sticas especificadas em projeto.

? ? recomend?vel que a vibroacabadora opere a uma velocidade m?nima de 1,0 m/min, evitando ao m?ximo que o processo seja interrompido, sob pena de afetar o conforto de rolamento do pavimento. Deve-se dispor de uma quantidade de caminh?es basculantes suficiente para a alimenta??o da vibroacabadora sem que haja interrup??o na execu??o do pavimento. Os dispositivos de transfer?ncia de carga devem ser colocados com agilidade, atendendo ao posicionamento definido em projeto.

? Para a garantia da qualidade da superf?cie acabada e do conforto de rolamento, os fios?guias, respons?veis pelo controle planialtim?trico da vibroacabadora, devem estar perfeitamente alinhados atrav?s de controle topogr?fico, evitando-se a ocorr?ncia de caten?rias. A vibroacabadora dever? estar perfeitamente ajustada e calibrada e os oper?rios orientados para evitar o deslocamento dos fios-guias pr?-posicionados.

? ? importante que se tenha um controle r?gido das cotas de projeto (sub-base e placas de concreto do pavimento), de modo a evitar que a camada final do pavimento tenha espessura menor ou maior que a projetada. Se a espessura de concreto aplicada for menor que a especificada em projeto a estrutura fica comprometida, gerando custos elevados de repara??o desses trechos. Por outro lado, se a espessura de concreto aplicada for maior que a especificada em projeto, ocorrer? desperd?cio de concreto, com conseq?ente eleva??o dos custos de execu??o do pavimento.

? O concreto deve ser lan?ado de maneira uniforme pelo caminh?o basculante, evitando a forma??o de pilhas de concreto muitos altas. Nessa fase deve-se evitar que o pr?prio concreto ou o caminh?o basculante desloquem as barras de transfer?ncia pr?-colocadas. ? importante que se garanta a const?ncia do abastecimento de concreto ? frente a vibroacabadora.

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