UNIVERSIDADE DO PORTO -FACULDADE DE ECONOMIA



UNIVERSIDADE DO PORTO -FACULDADE DE ECONOMIA

LICENCIATURA EM ECONOMIA - 5º ANO

ECONOMIA URBANA 1999/2000

Teste (2000-06-08)

O teste tem a duração de 2 horas. A primeira parte é sem consulta. A segunda parte com consulta. Os alunos terão que entregar a primeira parte antes de iniciarem a resolução da segunda parte. A cotação das questões está indicada entre parênteses. Bom trabalho.

Grupo I (SEM CONSULTA)

1. Alguns autores consideram que o mercado fundiário se caracteriza por apresentar sempre excesso de oferta. Comente a afirmação anterior e ilustre graficamente o seu comentário (3 vals)

2. Considere a seguinte matriz de renda oferecida por uma habitação, de um dado tipo, na cidade de URBE. Note que as famílias se distinguem pelo seu nível de rendimento e as habitações pela sua qualidade. Habitações e famílias estão ordenadas por ordem crescente de rendimento/qualidade.

|Famílias |Habitações |

|- |a |b |c |d |e |

|1 |L |L+5 |L+10 |L+15 |L+20 |

|2 |L+10 |L+16 |L+22 |L+28 |L+34 |

|3 |L+20 |L+27 |L+34 |L+41 |L+48 |

|4 |L+30 |L+38 |L+46 |L+54 |L+62 |

|5 |L+40 |L+49 |L+58 |L+67 |L+76 |

Analise o efeito sobre o padrão de equilíbrio de ocupação das habitações, sobre a renda agregada e sobre a situação de cada família / habitação, do aumento da população residente na cidade (1 nova família de tipo 3). Assuma que as famílias ocupam sempre a habitação disponível de qualidade superior. (4 vals.)

3. Em equilíbrio de localização, famílias idênticas consomem quantidades diferentes do bem espacial. Porquê? Ilustre graficamente a sua argumentação. (3 vals)

4. Na definição de “centro urbano” e na delimitação da fronteira dos centros urbanos utiliza-se frequentemente um critério de densidade populacional.

a) Justifique do ponto de vista do modelo básico de equilíbrio residencial, a utilização desse critério; (1 val.)

b) Se pretendesse utilizar um critério desse tipo para delimitar a área “urbana” com que problemas se defrontaria? (2 vals.)

5. “Cidade”, “centro urbano” e “área metropolitana”. Analise as relações entre estes conceitos, ilustrando a sua resposta com o caso português (2 vals.)

ECONOMIA URBANA 1999/2000 (2º Teste /Teste (2000-06-08)

GRUPO II (COM CONSULTA) ( (5 VALORES)

Comente uma das seguintes afirmações:

A)

“ Das profundas alterações no povoamento a que se assistiu durante o último século (em Portugal continental), sobressai claramente o processo de reforço progressivo das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, cada uma com a sua constelação de cidades, numa teia de interacções e complementaridades que definem espaços estruturados com lógicas territoriais fortes e dinâmicas de concentração que parece difícil contrariar.”

(Albergaria, H., “A Dinâmica Populacional das Cidades do Continente Português”, INE, 1999.)

B)

“QUASE 67% dos portugueses são donos das casas que habitam. De acordo com um estudo agora concluído pelo Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com a Secretaria de Estado da Habitação, foi ainda possível apurar que, de todas as famílias proprietárias das habitações onde residem, 58% já não têm nenhum encargo financeiro com as respectivas casas - ou porque se tratou de uma herança ou ainda porque os empréstimos bancários contraídos para a compra da habitação já foram totalmente liquidados”. (Expresso, 3/7/99)

“Mas a verdade é que as pessoas numa situação de desespero, em que precisam de casa, e em que encontram o crédito baixo, acabam por ser quase forçadas a comprar. Hoje há como que uma compra compulsiva de casas”. (Expresso, 27/5/2000)

C)

“Houve, de facto, uma delimitação excessiva de áreas urbanizáveis que advém, em parte, da necessidade de evitar que haja pouca oferta de terrenos para construção, caso contrário promover-se-ia a especulação devido à elevada procura. (…) “Ao não colocar grandes obstáculos à construção e à venda de habitações, os municípios não só arrecadarão mais sisa como, de igual modo, garantirão uma «renda vitalícia» sob a forma de contribuição autárquica, que será tanto maior quanto mais recente for a habitação. (…)E estas receitas são bastante significativas, em particular na AML. Incluindo as receitas do FEF, a contribuição autárquica e a sisa recebidas pelos Municípios de Cascais, Sintra, Oeiras, Amadora, Vila Franca de Xira, Sesimbra, Loures, Seixal e Setúbal são superiores a 25 por cento das receitas totais anuais. Em Cascais, por exemplo, a autarquia recebeu em 1995 mais de 4,6 milhões de contos destes impostos - 45,6 por cento das receitas municipais.(…) Temos que promover a ocupação das habitações já existentes e controlar a construção a todo o custo, mas sem que as autarquias percam financeiramente.” (Expresso, 20/11/98).

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