AVALIAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA E PROJEÇÃO …



UNIVERSIDADE DO CONTESTADO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

SIMONE GUSI

AVALIAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA E PROJEÇÃO ECONÔNICA DO MERCADO GUSI LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA - SC

CAÇADOR

2008

SIMONE GUSI

AVALIAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA E PROJEÇÃO ECONÔMICA DO MERCADO GUSI LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA - SC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para a obtenção do título de Bacharel no curso de Administração, ministrado pela Universidade do Contestado-UnC-Caçador, sob orientação do profº. Paulo Cezar de Campos.

CAÇADOR

2008

AVALIAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA E PROJEÇÃO ECONÔNICA DO MERCADO GUSI LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA – SC

SIMONE GUSI

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para a obtenção do Título de:

Bacharel em Administração

E aprovada na sua versão final em ____/____/_____, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Administração.

_____________________________________________

Paulo Cezar de Campos

BANCA EXAMINADORA:

_________________________

Paulo Cezar de Campos

_________________________

Vilmar José Zaccaron

_________________________

Genéia L. dos Santos

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus e aos meus pais pela força e apoio nos momentos difíceis.

A minha amiga e colega Keila, com a qual tive o privilégio de estudar durante alguns anos de curso, pela amizade e convívio em todos os momentos.

E a tanta gente, pelo incentivo dado e compreensão pelas horas e conversas que não pudemos ter a todos dedico esta última etapa da faculdade.

Aos professores e orientadores pela dedicação em transmitir o conhecimento, e a todos que de alguma forma contribuíram nestes longos anos de vida acadêmica.

A administração é a arte de aplicar as leis sem lesar os interesses (Honoré de Balzac)

RESUMO

O presente trabalho foi desenvolvido na empresa Mercado Gusi, tendo como objetivo, utilizar as técnicas que foram desenvolvidas durante o curso e aprimorar meus conhecimentos, para obter assim, uma melhor formação profissional. O estudo realizado teve por fim, avaliar a parte financeira e projeção da empresa, com o intuito de fornecer informações coerentes podendo assim dar um parecer geral sobre sua situação. Neste trabalho foi levantada a estrutura e composição dos custos e despesas da empresa, bem como elaborado um fluxo de caixa, seguido de um diagnóstico da situação econômica e financeira da mesma, onde foi encontrado sua margem de contribuição e seu ponto de equilíbrio. Após estar ciente da realidade da mesma, pude entender melhor seu funcionamento, buscando assim junto à empresa, as causas e soluções para seus lucros ou prejuízos, como gerar recursos para manter-se em funcionamento e cobrir suas obrigações. A análise da formação dos preços, através da definição dos custos e despesas que até então eram desconhecidas, proporcionaram ao Mercado maior vantagem competitiva. Levando-se em consideração todos os fatos apurados e a apresentação das informações referentes ao estudo de viabilidade econômica e financeira do projeto, contatou-se que o mesmo se mostrou viável, tendo um retorno rápido de seu investimento.

Palavras chaves: Finanças, Custos, Fluxo de Caixa.

RÉSUMÉ

Ce travail a été élaboré dans l'entreprise de marché GUSII, dans le but d'utiliser les techniques qui ont été développés au cours et d'améliorer ma connaissance, et à obtenir, une meilleure formation professionnelle. L'étude a été d', d'évaluer et de la projection financière de l'entreprise afin de fournir des informations cohérentes pour que vous puissiez donner une opinion générale quant à leur situation. Ce travail a été levé la structure et la composition des coûts et des dépenses de l'entreprise et a établi un flux de trésorerie, suivi d'un diagnostic de la situation économique et financière de celui-ci, où il a été constaté leur marge de contribution et de son point d'équilibre. Après avoir été au courant de la réalité de celui-ci, j'ai pu mieux comprendre leur fonctionnement, en essayant si proche de l'entreprise, les causes et les solutions pour ses bénéfices ou de pertes, la façon de générer des ressources pour rester en opération et de s'acquitter de ses obligations. L'analyze de la formation des prix, en définissant les coûts et les dépenses qui ont été jusque-là inconnue, à condition que le marché plus de l'avantage concurrentiel. En tenant compte de tous les faits établis et la présentation des informations concernant l'étude de viabilité économique et financière du projet, qui a été contacté, il a été possible, en prenant un rapide retour sur votre investissement.

Mots-clés: Finances, Les Coûts, Les Flux de Trésorerie.

LISTA DE TABELAS E QUADROS

|Tabela 01 – Formulário Diário de Vendas a Prazo e à Vista........................... |40 |

|Quadro 01 – Custos e Despesas...................................................................... |43 |

|Tabela 03 – Investimentos Iniciais................................................................... |44 |

|Tabela 04 – Planilha de cálculo do valor de depreciação................................ |44 |

|Tabela 05 – Previsão de Custos Fixos á longo prazo..................................... |45 |

|Tabela 06 – Previsão dos custos variáveis á longo prazo............................... |45 |

|Tabela 07 – Previsão das despesas administrativas á longo prazo................ |46 |

|Tabela 08 – Previsão de Fluxo de Caixa á longo prazo.................................. |46 |

|Tabela 09 – Demonstração de Resultado á longo prazo................................. |47 |

SUMÁRIO

|1 INTRODUÇÃO............................................................................................... |10 |

|APRESENTAÇÃO DO TEMA...................................................................... |10 |

|1.2 PROBLEMÁTICA........................................................................................ |11 |

|1.3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................... |12 |

|1.4 OBJETIVOS................................................................................................ |12 |

|1.4.1 Objetivo Geral.......................................................................................... |12 |

|1.4.2 Objetivos Específicos............................................................................... |13 |

|1.5 METODOLOGIA......................................................................................... |13 |

|1.5.1 Natureza da Pesquisa.............................................................................. |13 |

|1.5.2 Metodologia da Pesquisa......................................................................... |13 |

|1.5.3 Universo da Pesquisa.............................................................................. |13 |

|1.5.4 Técnica de Coleta de Dados.................................................................... |14 |

|1.5.5 Técnicas de Análise e Interpretação dos Dados..................................... |14 |

|1.6 ESTRUTURA CAPITULAR......................................................................... |14 |

|2 DESENVOLVIMENTO................................................................................... |16 |

|2.1 Referencial Teórico................................................................................. |16 |

|2.1.1 Administração Financeira........................................................................ |16 |

|2.1.2 Administração Financeira nas Empresas................................................ |17 |

|2.1.3 O Papel da Administração Financeira e o Administrador Financeiro...... |18 |

|2.1.4 Relacionamento com a Contabilidade..................................................... |18 |

|2.1.5 Planejamento e Controle Financeiro........................................................ |19 |

|2.1.6 Controle Financeiro.................................................................................. |20 |

|2.1.7 Administração de Riscos......................................................................... |20 |

|2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS................................................................. |22 |

|2.2.1 Contabilidade Gerencial........................................................................... |23 |

|2.2.2 Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira............................... |23 |

|2.3 TIPOS DE CUSTOS................................................................................... |24 |

|2.3.1 Custos Diretos......................................................................................... |24 |

|2.3.2 Custos Indiretos....................................................................................... |25 |

|2.3.3 Custos Fixos............................................................................................ |25 |

|2.3.4 Custos Variáveis...................................................................................... |26 |

|2.4 PONTO DE EQUILÍBRIO............................................................................ |26 |

|2.5 GASTOS..................................................................................................... |27 |

|2.6 DESPESAS................................................................................................. |28 |

|2.7 PERDAS..................................................................................................... |28 |

|2.8 FLUXO DE CAIXA...................................................................................... |28 |

|2.8.1 Ênfase no Fluxo de Caixa........................................................................ |30 |

|2.8.2 Distribuição de Fluxos de Caixa no Tempo............................................. |30 |

|2.8.3 Riscos de Fluxos de Caixa...................................................................... |31 |

|2.8.4 Tipos de Fluxo de Caixa.......................................................................... |31 |

|2.8.5 Fluxo de Caixa Realizado ou Histórico.................................................... |31 |

|2.8.6 Fluxo de Caixa Descontado..................................................................... |32 |

|2.8.7 Fluxo de Caixa Projetado......................................................................... |32 |

|2.8.8 A importância do Fluxo de Caixa............................................................. |32 |

|2.8.9 A Periodicidade do Fluxo de Caixa.......................................................... |33 |

|2.8.10 O Fluxo de Caixa á Longo Prazo........................................................... |34 |

|2.8.11 O Fluxo de Caixa á Curto Prazo............................................................ |34 |

|2.8.12 A Importância do Fluxo de Caixa nas Empresa..................................... |34 |

|Planejamento do Fluxo de Caixa.......................................................... |35 |

|2.9 METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS......................................... |36 |

|2.9.1 Natureza da Pesquisa.............................................................................. |37 |

|2.9.2 Metodologia da Pesquisa......................................................................... |37 |

|2.9.3 Universo da Pesquisa.............................................................................. |38 |

|2.9.4 Técnica de Coleta de Dados.................................................................... |38 |

|2.9.5 Técnicas de Análise e Interpretação dos Dados..................................... |39 |

|2.10 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.......................................... |39 |

|2.10.1 Elaboração do Controle Diário de Vendas............................................. |39 |

|2.10.2 Fluxo de Entradas e Saídas e Fluxo Real de Caixa.............................. |41 |

|2.10.3 Definição dos Custos Fixos e Variáveis da Empresa............................ |42 |

|2.10.4 Previsão de Custos Fixos á Longo Prazo.............................................. |45 |

|Previsão dos Custos Variáveis á Longo Prazo...................................... |45 |

|Previsão das Despesas Administrativas á Longo Prazo........................ |46 |

|Previsão de Fluxo de Caixa á Longo Prazo........................................... |46 |

|Demonstração de Resultados á Longo Prazo....................................... |47 |

|2.10.9 Demonstrativo dos Resultados e Retorno do Investimento................... |48 |

|3 CONCLUSÃO................................................................................................ |49 |

|REFERÊNCIAS................................................................................................ |50 |

1 INTRODUÇÃO

As empresas de um modo geral sempre necessitam de controles para um melhor andamento de seu processo produtivo. Seja ele na administração dos custos como o objetivo de controlar o patrimônio da empresa e apurar seus resultados comerciais, como para o fornecimento de informações para seus administradores.

Atualmente com o processo de globalização da economia mundial, para alguns gerentes há necessidade de informações concisas, atualizadas e formatadas, acompanhando os acontecimentos e apropriando os custos, as informações podem ser úteis no sentido de detectar se a estrutura da empresa é suficiente para atender seus clientes devido à demanda desejada.

Uma empresa tem a função de servir de intermediário entre o produtor e o consumidor, adquirindo as mercadorias, onde são produzidas e distribuindo-as onde são consumidas, com a característica de compra e venda no mesmo estado em que são adquiridas.

Sendo que a economia brasileira vem mudando cada vez mais os métodos de gerenciamento, se antes a equação no gerenciamento de preços era custo+lucro= preço, agora se pode dizer que a equação inverte e muda radicalmente o modo como controlar os negócios.

É importante ressaltar que todos os problemas que porventura surgirem deverão ser estudados, analisados e resolvidos, para melhor informação da gerência.

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

Atualmente o objetivo das empresas na sociedade passa por mudanças quase que diárias, e se torna necessário definir um padrão para se adaptar a tais mudanças; uma empresa que evolui com a sociedade faz o diferencial.

O controle de compras e vendas é algo indispensável dentro de qualquer empresa que queira manter-se no mercado. Inquestionavelmente, um fluxo de caixa bem elaborado propicia informações úteis e relevantes que facilitam encontrar as respostas certas para as questões fundamentais. Toda a empresa com um enfoque constante sobre o que deve ser feito e uma informação exata de custos, pode proporcionar vantagem competitiva à empresa.

Para as empresas alcançarem seus objetivos, elas precisam aplicar adequadamente seus recursos; a acirrada concorrência dos mercados privilegia as empresas dinâmicas e põe em risco a continuidade daquelas menos ágeis. Quanto ao planejamento financeiro, percebeu-se que a maioria das micro - empresas não projetam suas finanças, estas empresas não podem determinar se terão dificuldades financeiras no futuro ou não.

1.2 PROBLEMÁTICA

É importante que as empresas adotem o Fluxo de Caixa como ferramenta para os gestores obterem eficiência na administração financeira de sua empresa. Para tanto, ressalta se a importância do planejamento financeiro, e é através do planejamento financeiro que é possível identificar as oportunidades e dificuldades de cada um de seus objetivos, bem como definir, antecipadamente estratégias para enfrentar cada situação.

Com base na idéia de que toda empresa vive pela continua busca da excelência em suas atividades e tendo por objetivo aprimorar cada vez mais seus métodos de trabalho surge a necessidade de saber se a empresa está desempenhando suas funções e procedimentos de forma mais apropriada.

A empresa encontra-se em algumas situações problemáticas com seu processo financeiro, pois não existe um controle minucioso de vendas com relação aos clientes, devido ao pula-pula dos mesmos, ocasionado pelo exagero de concorrentes.

A falta de um controle de entradas e saídas decorrentes das incertezas encontradas no fluxo de caixa, bem como a falta de um controle de custos para que se descubra um ponto de equilíbrio, são as principais dificuldades encontradas pela empresa. Diante do oposto pergunta-se:

Existe viabilidade econômica e financeira nas operações realizadas pelo Mercado Gusi?

1.3 JUSTIFICATIVA

A empresa encontra-se numa posição confortável levando-se em conta a atual conjuntura econômica. Não possui dívidas e tem uma clientela considerada boa diante de seu porte e do grande número de concorrentes. Porém, mostra certa deficiência no que diz respeito à estrutura e a composição de custos e despesas.

Contudo, o presente trabalho, justifica-se pela necessidade de um diagnóstico financeiro, tendo em vista a taxa de retorno real do mercado, para ver assim se possui ou não viabilidade para futuros investimentos, como ampliação e modernização.

A escolha da empresa deve-se a necessidade e dificuldade encontrada pelos sócios em administrá-la. Verifica-se que não existe nenhuma espécie de controle de vendas, nem um controle minucioso de custos fixos e variáveis.

Sem estes dados não há possibilidade do fluxo real e orçado de caixa, nem a demonstração dos resultados e a mensuração de seu retorno.

Este trabalho poderá ser muito útil para a empresa obter o controle de suas movimentações, bem como possibilitar uma compreensão maior dos movimentos diversos da empresa. O mesmo justifica-se pela importância que estes controles depois de implantados poderão proporcionar a empresa.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Analisar viabilidade econômica e financeira do Mercado Gusi.

1.4.2 Objetivos Específicos

- Levantar a estrutura e composição dos custos e despesas.

- Elaborar fluxo de caixa do mercado.

- Diagnosticar a situação econômica e financeira.

- Verificar a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio.

1.5 METODOLOGIA

1.5.1 Natureza da Pesquisa

A pesquisa programada apresenta-se com o procedimento metodológico da pesquisa quantitativa.

1.5.2 Metodologia da Pesquisa

Os métodos compreendidos para o desenvolvimento desta pesquisa são de caráter bibliográfico, descritivo, exploratório, documental (livros, revistas, jornais, pesquisas on-line, etc.) e prática, do qual foi feito um estudo de caso com demonstrações dos dados coletados do Mercado Gusi, para análise e melhor entendimento das operações econômica e financeira realizadas pelo mesmo.

1.5.3 Universo da Pesquisa

O estudo foi realizado no Mercado Gusi, ele consiste em disponibilizar dados para avaliação e projeção da empresa, visto que o administrador, não tem controle em suas operações, e nem informações concretas sobre o que esta acontecendo dentro da mesma.

O presente trabalho permitiu a análise de suas atividades administrativas, as quais foram utilizadas para dar um parecer de sua atual situação.

1.5.4 Técnica de Coleta de Dados

A coleta de dados foi na própria empresa, junto com o gerente; através de pesquisa de opinião, bibliográfica, descritiva, exploratória e documental. Os dados foram levantados através de formulários preenchidos pelos caixas no fim do expediente, e os demais dados foram coletados na agência que faz a contabilidade da empresa e também no departamento de compras do Mercado Gusi.

1.5.5 Técnicas de Análise e Interpretação dos Dados

Os dados selecionados para o desenvolvimento da pesquisa foram analisados e posteriormente interpretados objetivando possíveis melhorias, sugerindo ações com o desempenho seguro das atividades exercidas nas áreas estudadas.

1.6 ESTRUTURA CAPITULAR

Esta seção pretende demonstrar de forma resumida os capítulos neste trabalho de conclusão de curso, visando facilitar a localização e o entendimento primário dos mesmos.

No capítulo um, introdução será abordada a apresentação do tema, o problema, os objetivos gerais e específicos e a justificativa para a elaboração desta pesquisa. E também serão apresentados quais foram os procedimentos metodológicos utilizados para a realização desta pesquisa, bem como será demonstrado o conceito de cada um destes procedimentos.

O capítulo dois aborda as referências teóricas sob as quais este trabalho foi baseado, apresentando a visão de diversos autores sobre o assunto abordado no mesmo. Refere-se ainda a análise e interpretação dos fatos levantados por meio deste trabalho. Nesta etapa será aplicado o fluxo de caixa na empresa pesquisada e posteriormente será efetuada uma interpretação destes resultados através de um demonstrativo de resultados.

O terceiro capítulo trata da conclusão do trabalho. Nesta etapa serão apresentados os resultados da pesquisa e o que pôde concluir-se por meio dos mesmos.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Referencial Teórico

2.1.1 Administração Financeira

A função financeira compreende os esforços dependidos objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de certo grau de liquidez (ARCHER; D`AMBROSIO apud SANVICENTE, 1997).

Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupam-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos (GITMAN, 2002).

Finanças poderiam simplesmente ser definidas como os bens de valor líquido ou agregadas, porém, a área de finanças é muito mais ampla e dinâmica. É a arte e a ciência de administrarem fundos. De uma forma ou de outra, afeta diretamente a vida de todas as pessoas e organizações financeiras ou não, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Finanças podem ser definidas como os estudos de como as pessoas alocam recursos escassos ao longo do tempo (GITMAM, 1997).

Diz ainda que, há muitas áreas de estudos e um grande número de oportunidades de carreira nesse campo. Pode ser também definida como um conjunto de conceitos que ajudam a organizar o pensamento das pessoas e organizações assim como também poderá ser um conjunto de modelos quantitativos para ajudar as famílias e as empresas a tomarem decisões, avaliar alternativas e implementá-las.

Hoji (2004), diz ainda que, os proprietários das empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e caixa) adequados por longo prazo, ou melhor, indefinidamente, pois o investimento é feito em caráter permanente.

[...] o objetivo básico implícito nas decisões de administração financeira é a maior rentabilidade possível que possa proporcionar o investimento efetuado por indivíduos ou instituições caracterizados como proprietários – acionistas ordinários, no caso de uma sociedade anônima (SANVICENTE, 1997).

Sanvicente (1997) cita, entretanto, que é feita uma ressalva: a rentabilidade máxima, desde que não seja comprometida a liquidez da empresa.

A existência de um conflito entre esses dois objetivos, dos quais o de rentabilidade deve ter primazia sobre o de liquidez, que o condiciona e restringe, manifesta-se em termos de um dilema entre aplicar todos os fundos disponíveis (o que deve levar à maior rentabilidade total possível para uma dada empresa), e manter inativos alguns fundos para, por exemplo, proteção ou defesa contra riscos de não se poder pagar alguma divida. Parece claro, entretanto, que o dinheiro que permanece inativo, embora útil como proteção contra risco, não produz retorno algum (SANVICENTE, 1997).

2.1.2 Administração Financeira nas Empresas

A função financeira nas empresas resume-se em uma transformação dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa; avaliação da necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e; determinação de aumentos ou reduções dos financiamentos requeridos (ARTHUR, 1994).

Diz ainda que, essas funções abrangem todas as demonstrações contábeis atualmente utilizadas, porém com ênfase maior no balanço patrimonial e na demonstração de resultado do exercício. Embora a análise e o planejamento financeiro estejam fortemente vinculados a demonstrativos financeiros elaborados sob o escudo do regime de competência, seu objetivo fundamental é avaliar o fluxo de caixa da empresa e desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis para o alcance dos objetivos.

2.1.3 O Papel da Administração Financeira e o Administrador Financeiro

A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador em uma empresa, ela desempenha um papel crucial nas operações da empresa. Preocupar-se com a avaliação do desempenho financeiro é defende propostas que tenham, pelo menos em parte, méritos financeiros, para conseguir recursos da administração (ARTHUR, 1994).

A dimensão e a importância da função da administração financeira dependem do tamanho da empresa. Em pequenas empresas, a função geralmente é exercida pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, a importância da função financeira conduz, em geral, à criação de um departamento próprio, dirigido pelo vice-presidente de finanças e diretamente subordinado ao presidente ou ao executivo principal da empresa (GITMAN, 2002).

O administrador financeiro contribui consideravelmente com os conhecimentos técnicos que conduzem de forma harmônica as atividades e operações existentes em função do negócio da empresa. O mesmo apenas "contribui", visto não ser de sua competência determinar como tais atividades e operações devem ser conduzidas.

Segundo Sanvicente (1997), o administrador financeiro é um indivíduo preocupado com a obtenção de recursos monetários para que a empresa desenvolva as suas atividades correntes e expanda a sua escala de operações, se assim for desejável, e a análise da maneira (eficiência) com a qual os recursos obtidos são utilizados pelos diversos setores e nas várias áreas de atuação da empresa.

2.1.4 Relacionamento com a Contabilidade

As atividades financeiras e contábeis de uma empresa estão, geralmente, sob o comando do vice-presidente financeiro. Essas funções estão estreitamente relacionadas e em geral se superpõe; de fato, a Administração Financeira e a Contabilidade nem sempre se distinguem facilmente. Em pequenas empresas, o controller freqüentemente assume a função financeira e em grandes empresas, muitos contadores estão intimamente envolvidos em várias atividades financeiras. No entanto há duas diferenças básicas entre Finanças e Contabilidade: a ênfase no fluxo de caixa e na tomada de decisão (GITMAN, 2002).

2.1.5 Planejamento e Controle Financeiro

Ao planejar uma empresa, procura-se formular de maneira explícita as tarefas a serem cumpridas e prever a obtenção dos recursos necessários para isso, dentro de uma limitação específica de prazo. Portanto ao falarmos em termos de planos, ou seja, expressões formais das atividades da empresa e suas subunidades para um período futuro, a própria dimensão temporal já introduz uma distinção entre o planejamento á longo prazo e o planejamento á curto prazo (SANVICENTE,1997).

Em referência aos planos de desempenho, que se transformam numa etapa subseqüente em orçamentos de desempenho, é preciso levar em conta, antes de qualquer coisa, que uma das primeiras etapas do processo de planejamento, como foi indicada, aliás, na própria explanação do planejamento á longo prazo, é a fixação de objetivos. O planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições pré-estabelecidos, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados. Estes objetivos poderão ser atingidos somente com um sistema de planejamento adequadamente estruturado.

Planejamento financeiro é o processo por meio do qual se calcula quanto de financiamento é necessário para se dar continuidade às operações de uma companhia e se decide quando e como a necessidade de fundos será financiada.

Sem um procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento, uma companhia pode acabar não tendo fundos suficientes para pagar seus compromissos, como juros sobre empréstimos, duplicadas a pagar, despesas de aluguel e despesas de serviços públicos. Uma empresa fica inadimplente se não for capaz de saldar suas obrigações contratuais, como despesas de juros sobre empréstimos. Portanto, a falta de um planejamento financeiro sólido pode causar falta de liquidez e, por isso, a falência – mesmo quando os ativos totais, incluindo ativos não – líquidos, como estoque, instalações e equipamentos, forem maiores que os passivos, a administração precisa fazer um planejamento financeiro metódico para avaliar as necessidades futuras para financiamento. A época dos diferentes tipos de financiamento também é critica para o planejamento financeiro (BRAGA, 1996).

As fontes de financiamento incluem: dívidas de curto e de longo prazo, ações ordinárias e preferências, e lucros retidos. Esses que são lucros acumulados depois de impostos e dividendo, são uma fonte de financiamento especialmente desejável. A capacidade de a empresa expandir suas operações usando os lucros retidos é sinal de solvência financeira, porque tais fundos tornam uma empresa financeiramente auto-suficiente (BRAGA, 1996).

O processo de planejamento financeiro inicia-se com planos financeiros á longo prazo, ou estratégicos, que por sua vez direcionam a formulação de planos e orçamentos operacionais á curto prazo. De forma geral, é por meio desses planos e orçamentos á curto prazo que se programam os objetivos estratégicos á longo prazo da empresa (GITMAN, 2002).

2.1.6 Controle Financeiro

De acordo com Hoji (2004), o papel do controller, que é um executivo responsável pela área de controladoria, ainda não esta claramente definida em algumas empresas. A principal função do controller é dar suporte a gestão dos negócios da empresas para que esta atinja seus objetivos por meio de informações gerenciais em tempo hábil para tomada de decisões a um custo razoável.

2.1.7 Administração de Riscos

Hoje em dia, e cada vez mais, o mercado é facilmente abalado por crises avassaladoras. A celeridade de que se revestem as negociações do mercado internacional hoje, sobretudo com as facilidades criadas entre os países integrantes dos Blocos Econômicos, as grandes somas de capital que envolve as chamadas megafusões – questões mais atuais no painel financeiro mundial – facilitam em muito as crises em nível internacional (ARTHUR, 1994).

Num mercado tão predatório, empresas consideradas antes sólidas torres, podem ser derrubadas em um único dia, e grandes impérios podem ser derrotados por uma ou outra negociação errada. Hoje e doravante, o mercado demanda e demandará cada vez mais decisões rápidas. Essa celeridade, por sua vez, deve ser revestida de proteção (ARTHUR, 1994).

Por causa de diversos fatores fora do controle da administração da empresa, os retornos prometidos por um projeto de investimento estão sujeitos à incerteza: modificação de tecnologia, surgimento ou desaparecimento de novos concorrentes ou produtos complementares ou substitutos, o comportamento da economia nacional e internacional, mudanças de política governamental de controle de preços ou de custos de insumos utilizados, variações climáticas, etc (SANVICENTE, 1997).

O risco existe em todas as atividades empresariais. Tudo o que é decidido hoje visando a um resultado no futuro, esta sujeita a algum grau de risco. Somente o que já aconteceu esta livre de risco, pois é um fato consumado. Com base em condições e fatos conhecidos, podem-se estabelecer premissas e projetar os fatos que acontecerão no futuro. Esses fatos projetados poderão realmente acontecer, mas não serão "exatamente" como havíamos projetado (HOJI, 2004).

A existência de uma relação positiva entre risco e retorno nominal e esperado deve ser evidente. Depois de avaliar o risco inerente a um dado título, os investidores tendem a comprar aqueles títulos que se espera que forneçam um retorno condizente com o risco percebido. O retorno efetivo obtido nesse titulo afetará os atos desses investidores subseqüentes – se venderão, manterão ou comprarão títulos adicionais. Além disso, a maioria dos investidores procura certos tipos de títulos que forneçam uma determinada faixa de comportamento de risco e retorno (GITMAN, 2002).

Os administradores financeiros devem tentar manter receitas elevadas e custos baixos, mas devem também considerar os riscos associados a cada alternativa de investimento e de financiamento. Afinal, as decisões se apoiarão em uma análise do impacto do risco e do retorno do preço da ação.

2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Segundo Figueiredo e Caggiano (1997), a contabilidade de custos é um processo de analisar, computar, registrar o custo, a lucratividade e como esta o desempenho das operações. Ela se assemelha a um centro processador de informações, que recebem dados, acumula-os de forma organizada, para a análise e interpretação, produzindo assim informações gerenciais e fiscais.

As informações de custos auxiliam na avaliação das alternativas de curso de ação, além de demonstrar, em termos monetários, as mudanças patrimoniais decorrentes das transações de ordem econômico-financeiras.

São vários os conceitos que podem ser utilizados no tratamento das informações pela contabilidade de custos; assim, no modelo utilizado, deve ser contemplada a natureza do processo produtivo, bem como as necessidades informacionais dos gestores, tendo sempre em mente o modelo de gestão a ser objetivado (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p.37).

Bierman e Dyckman apud Leone (2000), afirmam que a Contabilidade de Custos tem função de agir como um arquivo em que à informação é guardada até que seja necessária e não só fornecer dados constantes para tomada de decisões.

A Contabilidade de Custos obtém dados monetários e não monetários, mas também quantitativos. Hoje, a Contabilidade de Custos está cada vez mais utilizando dados quantitativos não monetários, organizando-os, trabalhando-os, combinando-os e produzindo informações gerenciais, fundamentado nesses dados.

A Contabilidade de Custos é muito útil para os empresários hoje em dia, pois:

Projeta e opera sistemas de custos, determina os custos por departamentos, por função, por centros de responsabilidades, por atividades, por produtos, por territórios, por períodos e por outros segmentos, faz a estimação de custos, estabelece padrões, manipula custos históricos, compara custos de diferentes períodos, compara custos reais com custos calculados, determina custos de alternativas, interpreta e apresenta informações de custos como um auxílio à gerência no controle de operações correntes e futuras (LEONE, 2000, p.47).

2.2.1 Contabilidade Gerencial

A contabilidade gerencial, segundo Iudícibus (1998), para auxiliar os gerentes de entidades em seu processo decisório pode ser caracterizada, em especial conferido a procedimentos contábeis e técnicas já conhecidas na análise financeira e de balanços, na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, etc. Isto tudo visto em uma visão superficial. Procurando informações que de maneira válida e efetiva no modo decisório do administrador, a contabilidade gerencial num sentido mais profundo, está voltada exclusivamente para a administração da empresa. No modelo decisório do administrador é considerado em conta informe sobre situações passadas ou presentes, mas somente serão insumos de valor para o modelo decisório à medida que o passado e o presente sejam estimadores válidos daquilo que poderá acontecer no futuro, em situações comparáveis às já ocorridas.

Conforme Iudícibus (1998, p.21), "[...] a Contabilidade Gerencial em suas aplicações, aproveita conceitos da administração da produção, da estrutura organizacional, bem como da administração financeira, onde toda a contabilidade empresarial se baseia".

Portanto, Iudícibus (1998), afirma que todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feito "sob medida" para que a administração os utilize na avaliação de desempenho ou na tomada de decisões entre alternativas contraditórias, reincide na contabilidade gerencial.

2.2.2 Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira

Para não confundir contabilidade gerencial com contabilidade financeira Iudícibus (1998), diz que:

Na verdade devemos saber onde termina a Contabilidade Financeira e onde se inicia a contabilidade Gerencial. O ponto de ruptura entre ambos não é tão fácil de ser distinguir. Certos relatórios, tais como o balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados e a Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido, representam, de certa forma, a fronteira entre contabilidade financeira e gerencial (IUDÍCIBUS, 1998, p.22).

Um exemplo bem claro é na análise de balanços e as financeiras, tanto podem servir para o financiamento como para a gerência na avaliação de tendência da empresa ou emprestador de capital na avaliação da segurança do retorno de um empréstimo. É provável que ambos, utilizarão índices calculados da mesma forma, com ênfases distintas, nos afirma (IUDÍCIBUS, 1998).

A Contabilidade de custos, por sua vez, e todos os procedimentos contábeis e financeiros ligados aos fundos empresariais, a planejamento empresarial, a fornecimento de informes contábeis para decisão entre cursos de ações alternativas recaem, sem sombra de dúvida, no campo da contabilidade gerencial. Decisões, como fabricar ou comprar, expansão de planta, redução ou aumento de volume, combinações de produtos etc. requerem informações contábeis além é claro das outras disciplinas que não são facilmente encontradas nos registros da contabilidade financeira.

2.3 TIPOS DE CUSTOS

Existem vários tipos de custos, tantos quantos forem às necessidades gerenciais. O contador de custos estabelece e prepara tipos de custos diferentes que vão atender às diferentes finalidades da administração. Alguns tipos de custos são conhecidos e sua determinação pela Contabilidade é uma atividade repetitiva, corrente. Outros tipos somente são levantados ou estabelecidos à medida que a Administração necessita deles (LEONE, 2000, p.55).

2.3.1 Custos Diretos

Conforme Leone (2000), o custo só é direto quando, para o trabalho de sua

identificação ao objeto do custeio, não é necessário o emprego de nenhum recurso, de nenhuma medida de consumo e de nenhum parâmetro.

Que Custos diretos são os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mão-de-obra ou de máquina, quantidade de força consumida etc.). Em geral, identificam-se com os produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida. São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação (CREPALDI, 1998, p.59).

2.3.2 Custos Indiretos

Custo indireto é todo o custo que precisa de um parâmetro para ser identificado e debitado ao produto ou objeto do custeio, precisa de um critério de rateio para sua identificação ao produto ou objeto cujo custeio é desejado (LEONE (2000).

De acordo com Neves e Viceconti (1998, p. 18), “Custos indiretos são os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, portanto, são custos apropriados indiretamente aos produtos”.

Exemplos:

• Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto;

• Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção;

• Aluguel da fábrica;

• Gastos com limpeza da fábrica;

• Energia elétrica que não pode ser associada ao produto.

2.3.3 Custos Fixos

Segundo Crepaldi (1998), são aqueles que cujo total não variam com a quantidade produzida, isto é, que não importa a quantidade que foi produzida, pois o custo será o mesmo. Os custos fixos são fixos dentro de determinada faixa de produção e, em geral, não são sempre fixos, podendo variar em função de grandes variações no volume de produção.

Os custos fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos: imposto predial, depreciação dos equipamentos (pelo método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmio de seguros etc (CREPALDI 1998, p.60).

2.3.4 Custos Variáveis

São aqueles que variam proporcionalmente a quantidade produzida, isto é, conforme a produção for aumentando o custo sucessivamente também aumenta. Há também os Custos semi-variáveis que variam com o nível de produção, mas que, entretanto, têm uma parcela fixa que existe mesmo que não haja produção. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do número de quilowatts consumidos e, portanto do volume de produção da empresa (CREPALDI, 1998).

2.4 PONTO DE EQUILÍBRIO

“A análise do ponto de equilíbrio permite compreender como o lucro pode ser afetado pelas variações nos elementos que integram as receitas de vendas e os custos e despesas totais” (BRAGA, 1995, p.179).

O ponto de equilíbrio corresponde a certo nível de atividade onde o lucro será nulo, ou seja, é denominado o ponto em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida se iguala aos custos e despesas fixas.

Assim o ponto de equilíbrio calcula os parâmetros que mostra a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo.

O ponto de equilíbrio é também denominado de ponto de ruptura.

A maneira para se achar o ponto de equilíbrio é ter o custo fixo e dividi-lo pelo total obtido entre o preço de venda unitário menos o custo variável unitário.

Santos (2000) revela que, a análise do equilíbrio entre receitas de vendas e custos é de grande valia como instrumento para decidir-se gerencialmente. Classificando de forma adequada seus custos estruturais fixos, a empresa está praticamente determinando o ponto de equilíbrio.

Santos relaciona o ponto de equilíbrio como um dos fatores de sucesso financeiro da empresa:

O sucesso financeiro de qualquer empreendimento empresarial está condicionado à existência da melhor informação gerencial. No rol das informações mínimas e indispensáveis para a decisão, está a "análise do ponto de equilíbrio". O ponto de equilíbrio será obtido quando o total dos ganhos marginais, que é a somatória de todos os produtos comercializados, equivalerem ao custo estrutural fixo do mesmo período de tempo objeto da análise. A informação, também conhecida como a do faturamento mínimo que uma empresa precisa obter para não incorrer em prejuízo, é de importância vital para o gerenciamento de um negócio (SANTOS, 2000, p.166).

Onde, PE é o ponto de equilíbrio, CF é o custo fixo e MC é à margem de contribuição. Como observamos a margem de contribuição substituiu o preço de venda (PV), junto com o custo variável (CV).

2.5 GASTOS

É o sacrifício financeiro, com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega do ativo.

O gasto se concretiza quando os bens ou serviços são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa, normalmente implica em pagamentos à vista ou a prazo, embora este possa estar deferido no tempo em relação ao gasto (VICECONTI, 2000, p.11).

O conceito é extremamente amplo e se aplicam á todos os bens e serviços recebidos.

Exemplo de gastos: compra de mercadoria para revenda, mão-de-obra, aluguel entre outros.

2.6 DESPESAS

Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas, quando da entrada dos bens ou serviços a que se refere. Muitos gastos são mecanicamente transformados em despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda passam por investimento, em seguida custos e despesa.

“[...] todos os gastos realizados com o produto até que esteja pronto, são custos; a partir daí, são despesas” (VICECONTI, 2000, p.13).

São exemplos de despesas: telefone, combustível, frete, manutenção de veículos, salários e encargos de administração, entre outros.

2.7 PERDAS

É o bem ou serviço consumido de modo involuntário, de forma anormal.

Não se confunde com a despesa, muito menos com os custos, exatamente pela sua característica de anormalidade e involuntariedade. Não é um sacrifício feito com a intenção de obtenção de receitas,

“[...] é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva anormal da empresa” (VICECONTI, 2000, p.13).

Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor, são na prática, considerada dentro dos custos ou das despesas sem sua separação, isso é permitido devido à irrelevância do valor envolvido.

2.8 FLUXO DE CAIXA

Subentende-se que o Fluxo de Caixa, é o planejamento financeiro para a tomada de decisões e uma visão para honrar compromissos assumidos.

Denomina-se por Fluxo de Caixa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período projetado. O Fluxo de Caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo (ZDANOWICZ, 2000, p.40).

Como se sabe, as empresas normalmente efetuam operações de compras, industrialização e vendas dos mais diversos produtos, e certamente há períodos em que as mesmas têm seu caixa com valor disponível e outras vezes com falta de disponibilidades. Visando honrar seus compromissos em seus respectivos vencimentos, a empresa necessita de um planejamento financeiro.

Na maioria das vezes as empresas só dão a devida importância ao Fluxo de Caixa, quando se encontram em situação desagradável financeiramente, onde sua liquidez já não esta em índices desejáveis, podendo comparar tal situação a um indivíduo que nunca deu importância a sua saúde, e quando se encontra doente recorre a remédios pensando que estes serão a salvação de tudo.

[...] parece que a empresa em situação de normalidade e grande perspectiva de viver os princípios contábeis da continuidade se preocupam fundamentalmente com o enfoque econômico dos resultados. Resultado nesse caso significa gerar lucro, dentro dos melhores e mais adequados conceitos que a contabilidade possa e pode dispor. Entretanto, nos casos limites, na crise, na fase terminal, o resultado importante é o financeiro, o caixa disponível ou a ser disponível em dado horizonte de tempo (FREZATTI, 1991, p.24).

Convém-se assim afirmar, que a empresa deve basear-se sempre no Fluxo de Caixa, pois o mesmo apresenta a real situação financeira, apresentando os períodos bons e maus para a correta tomada de decisão.

Com um perfeito acompanhamento e planejamento em conformidade com o Fluxo de Caixa, a empresa reduz substancialmente as surpresas financeiras desagradáveis, como o vencimento de um empréstimo em época sem recursos disponíveis, o que geraria mais um custo em encargos financeiros para honrar este compromisso.

O Fluxo de Caixa é uma ferramenta que auxilia na programação de pagamentos e ingressos futuros, e demonstrando qual o período que haverá deficiência ou disponibilidades de caixa.

Assim sendo, pode-se afirmar que o Fluxo de Caixa, é uma ferramenta indispensável para o bom andamento, planejamento e continuidade de uma empresa.

2.8.1 Ênfase no Fluxo de Caixa

A principal função do contador é desenvolver e fornecer dados para medir o desempenho da empresa, avaliar sua posição financeira e pagarem impostos. Baseando-se em certos princípios padronizados e geralmente aceitos, o contador prepara as demonstrações financeiras, que reconhecem as receitas no momento da venda e as despesas, quando incorridas. Essa abordagem é comumente conhecida como regime da competência (GITMAN, 2002).

Diz ainda que, o administrador financeiro, por outro lado, enfatiza o fluxo de caixa, ou seja, entradas e saídas de caixa. Ele mantém o a solvência da empresa, analisando e planejando o fluxo de caixa para satisfazer as obrigações e adquirir os ativos necessários ao cumprimento das obrigações e dos objetivos da empresa. O administrador financeiro adota o regime de caixa para reconhecer as receitas e despesas que efetivamente representam entradas e saídas de caixa.

O fluxo de fundos (ou fluxo de recursos) tem conceito mais abrangente do que fluxo de caixa. Enquanto o fluxo de caixa refere-se à movimentação de dinheiro, o fluxo de fundos refere-se à movimentação do capital de giro (HOJI, 2004).

2.8.2 Distribuição de Fluxos de Caixa no Tempo

O valor de um investimento feito pela empresa depende do momento do que ocorrem os fluxos de caixa. Uma das premissas mais importantes em finanças é a de que os indivíduos preferem receber o fluxo de caixa mais cedo. Um dólar recebido hoje vale mais de que um dólar recebido daqui a um ano. Essa preferência temporal desempenha um papel importante na formação de preços de ações e obrigações (JAFFE, 2002).

2.8.3 Riscos de Fluxos de Caixa

A empresa precisa considerar o fator risco. O volume e a distribuição dos fluxos de caixa no tempo geralmente não são conhecidos com certeza. A maioria dos investidores possui aversão a risco (JAFFE, 2002).

2.8.4 Tipos de Fluxo de Caixa

“A construção do relatório de fluxo de caixa deverá ser feita através do retrabalho dos dados das três demonstrações contábeis” (PADOVEZE, 2000, p. 71).

Para a elaboração do Fluxo de Caixa, a pessoa mais indicada é o administrador financeiro, que vive o dia a dia da empresa, com o qual contribui Padoveze (2000, p.72), "[...] raramente vemos o fluxo de caixa ser elaborado pelo setor de contabilidade. É considerado, inclusive peça-chave na administração financeira”.

2.8.5 Fluxo de Caixa Realizado ou Histórico

O Fluxo de Caixa Realizado ao Histórico coloca-se como instrumento complementar às demais demonstrações contábeis, como coloca Padoveze (2000, p.72), "Fluxo de caixa versus origens e aplicações de recursos são demonstrativos complementares. Concordamos que o fluxo de caixa é mais fácil de ser assimilado pelos usuários não muito afeitos a técnica contábil".

Sendo assim o mesmo estabelecendo o rastreamento da atividade passada, com a possibilidade de sanar pontos críticos no desempenho financeiro da empresa, sua análise permite avaliar a forma de como vinham sendo aplicados os recursos da empresa visando um crescimento da mesma.

2.8.6 Fluxo de Caixa Descontado

Conforme Znadowicz (2000, p.294) "Uma forma prática de analisar as alternativas de investimento de uma empresa, é através do fluxo de caixa descontado, também denominado de fluxo de caixa liquido".

O fluxo de caixa descontado pode ser chamado de fluxo de caixa líquido, pois apresenta a real disponibilidade ou necessidade de captação de recursos, podendo assim o administrador financeiro, analisar e decidir antecipadamente sobre os fluxos de investimentos e políticas de prazos, antes deles acontecerem.

2.8.7 Fluxo de Caixa Projetado

Já o Fluxo de Caixa Projetado, antecipa desembolsos futuros, prevendo períodos críticos que poderão ser tratados antecipadamente, ou situações de excesso com ingressos futuros, que podem ser analisados previamente, para direcioná-los da melhor forma possível, o que condiz com Berti (1999, p.38) "O fluxo de caixa fornece informações de quais são os dias de estrangulamento ou de excedentes de recursos, possibilitando uma melhor administração do fluxo financeiro", porém como a maioria dos dados futuros é projetada, estes não estão isentos de possíveis oscilações, devido à observação do principio da prudência na ocasião de sua elaboração.

2.8.8 A importância do Fluxo de Caixa

É de suma importância o Fluxo de Caixa em uma empresa, pois é através dele que o administrador financeiro, vê antecipadamente a necessidade de recursos para honrar seus compromissos em seus respectivos vencimentos ou seus excessos de disponibilidade para a escolha da melhor forma de aplicação. Outra função importante é que pelas informações demonstradas no Fluxo de Caixa, pode-se evitar a programação de desembolsos desnecessários em períodos de baixo ou nenhum ingresso, ou seja, programar os desembolsos conforme o grau de sua importância.

Com base nos registros dos recebimentos e pagamentos de caixa, a empresa poderá programar as suas necessidades financeiras, bem como aplicar os possíveis excedentes de forma segura e rentável. O fluxo de caixa é o instrumento que permite demonstrar as operações financeiras que serão realizadas pela empresa, facilitando a análise e decisão, de comprometer os recursos financeiros, de selecionar o uso das linhas de crédito menos onerosas, de determinar o quanto a organização dispõe de capitais próprios, bem como utilizar as disponibilidades da melhor forma possível (ZDANOWICZ, 2000, p.33).

Deduz-se assim que o Fluxo de Caixa é de vital importância para a continuidade da empresa.

2.8.9 A Periodicidade do Fluxo de Caixa

A periodicidade para a elaboração do Fluxo de Caixa varia muito com o tamanho e o ramo de atividade da empresa, empresas com atividades de grandes oscilações tem a tendência de optarem por períodos curtos, já as que têm uma atividade mais estável preferem períodos longos.

Discutir horizonte implica na definição do período pelo qual a empresa se preocupa e mobiliza para obter resultados de caixa. Pode fazê-lo para 30 dias, 90, 360, enfim, o horizonte que trouxer benefício ao processo decisório da empresa. O critério para se definir horizonte não é o critério de "gosto", pelo simples fato de querer tê-lo. O critério correto consiste em usar o horizonte que tenha utilidade em termos de decisão para a empresa (FREZATTI, 1991, p.10).

Assim deduz-se que a periodicidade de um Fluxo de Caixa deve ser a que melhor se adapte a empresa em questão, e não algo pré-definido, segue-se o Fluxo de caixa á longo prazo e á curto prazo.

2.8.10 O Fluxo de Caixa á Longo Prazo

O Fluxo de Caixa á longo prazo dispensa muitos detalhes, pois sua função é demonstrar apenas as situações significativas, para se traçar planos de ação a serem tomados pela alta direção da empresa.

Este tipo de Fluxo de Caixa deve indicar a época em que os recursos serão insuficientes para honrar compromissos, para que o administrador financeiro possa planejar e buscar caminhos para saldar os mesmos.

2.8.11 O Fluxo de Caixa á Curto Prazo

O Fluxo de Caixa de curto prazo pode ser diário, semanal ou mensal, é utilizado onde existem grandes oscilações, para assim ter-se um acompanhamento mais próximo e evitar surpresas, ainda se a empresa pratica investimentos de forma intensiva, o curto prazo da demonstração do Fluxo de Caixa, é muito importante.

É importante a empresa trabalhar com um planejamento mínimo para três meses. O fluxo de caixa mensal deverá, posteriormente, transformar-se em semanal e este em diário. O modelo diário fornece a posição dos recursos em função dos ingressos e desembolsos de caixa, constituindo-se em poderoso instrumento de planejamento e controle financeiros para a empresa (ZDANOWICZ, 2000, p.128).

Nestes termos, o Fluxo de Caixa á Curto Prazo, para atingir seus objetivos, também deve partir de um prazo mais alongado para compreender todas as suas estimativas.

2.8.12 A Importância do Fluxo de Caixa nas Empresas

O motivo pelo qual se projeta um Fluxo de Caixa á longo prazo, vem da importância do controle de possíveis necessidades de caixa, a prática de buscar recursos depois de ter surgido à necessidade, denota a falta de planejamento e controle financeiros da empresa.

Normalmente, o Fluxo de Caixa á longo prazo, é planejado de dois a cinco anos, incluindo os projetos de expansão, modernização, recolocação ou novas instalações da empresa.

2.8.13 Planejamento do Fluxo de Caixa

Um Fluxo de Caixa deve ser bem planejado, para trazer as informações úteis, práticas e seguras, pois o mesmo é um instrumento de grande importância nas tomadas de decisões pelos administradores da empresa.

O processo de planejamento do fluxo de caixa da empresa consiste em implantar uma estrutura de informações útil, prática e econômica. A proposta é dispor de um mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e desembolsos de caixa na empresa [...], o fluxo de caixa é um dos instrumentos mais eficientes de planejamento e controle financeiros, o qual poderá ser elaborado de diferentes maneiras, conforme as necessidades ou conveniências de cada empresa, a fim de permitir que se visualizem os futuros ingressos de recursos e os respectivos desembolsos (ZDANOWICZ, 2000, p.125).

O administrador financeiro deve fazer o seu planejamento focando-se a redução de custos e ganhos financeiros para a empresa, como por exemplo, caso um fornecedor lhe conceda um desconto atrativo para o pagamento de um titulo antecipadamente, mesmo não tendo outro interesse, mas já o ganho deste desconto lhe traga um bom retorno financeiro, o mesmo deve ser aproveitado.

Como é de conhecimento, enumeras empresas tem fracassado em sua continuidade, por uma falta de planejamento e controle financeiro, não se pode afirmar que todos estes fracassos foram devido ao planejamento financeiro, mas com certeza a grande maioria.

[...] será fundamental para a empresa estabelecer um equilíbrio financeiro entre as receitas e os custos projetados, no sentido de estimar, antecipadamente, o saldo necessário entre entradas e saídas financeiras, evitando assim possíveis embaraços na hora de cumprir os futuros compromissos da empresa (ZDANOWICZ, 2001, p.91).

Em conseqüência destes fatos, é imprescindível se manter um nível aceitável de planejamento, manter um saldo de caixa para honrar seus compromissos assumidos, e caso tiver um período de falta de caixa, através do planejamento pode-se antecipar as fontes de recursos menos onerosas a empresa.

Grande parte das informações necessárias para um planejamento financeiro já está na empresa, apenas devem ser trabalhadas e transformadas em Fluxo de Caixa, é lógico que para isto deve-se esta coordenação a um bom administrador financeiro.

É imprescindível considerar na elaboração do Fluxo de Caixa, as oscilações de mercado, que possam vir a afetar as projeções efetuadas, pelo qual deverão ser observados os índices econômicos que influem em tais projeções.

Deve-se também buscar informações em outras áreas e departamentos da empresa, que possam ajudar a compor corretamente o Fluxo de Caixa.

Segundo Zdanowicz (2000) para que a empresa alcance os seus objetivos financeiros, fazem-se necessários seguir alguns requisitos:

• Buscando sempre ao Lucro, dentro dos padrões da empresa;

• Assegurar a conta caixa, um valor mínimo desejável;

• Estipular saldos mínimos, baseados em um histórico com a possibilidade de eventuais correções;

• Obter a maior rentabilidade nas aplicações financeiras oriundas dos excessos.

Como podemos observar um Fluxo de Caixa bem elaborado em conjunto as demais demonstrações financeiras, ajuda em muito os administradores da empresa na análise e tomada de decisões.

2.9 METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS

Neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos utilizados para a realização desta pesquisa.

2.9.1 Natureza da Pesquisa

Quanto à natureza, a pesquisa pode constituir-se em um trabalho científico original ou em um resumo de assunto. Segundo Andrade (1995), o trabalho científico é aquele realizado pela primeira vez, normalmente por cientistas e especialistas contribuindo para a evolução do conhecimento científico. Enquanto que o resumo de assunto é um tipo de pesquisa que dispensa a originalidade, mas não o rigor científico. Este tipo de pesquisa é fundamentado em trabalhos anteriormente publicados, porém não se limita a cópias, mas sim a análise e interpretação das idéias dos autores. As pesquisas com esta natureza são normalmente utilizadas em trabalhos acadêmicos. Portanto para a realização deste trabalho acadêmico a pesquisa realizada terá a natureza de resumo de assunto com caráter quantitativa.:

O método de pesquisa quantitativa, segundo Roesch (1999 apud FISCHER, 2001, p.10), “[...] enfatiza a utilização de dados padronizados que permitem ao pesquisador elaborar sumários, comparações e generalizações [...].“

2.9.2 Metodologia da Pesquisa

O método utilizado para a execução deste trabalho foi através de pesquisa bibliográfica e de pesquisa descritiva, sendo que na descritiva tiveram abrangência os estudos exploratórios, estudos descritivos e estudo de caso.

Segundo Cervo e Bervian (1983 apud FISCHER, 2001, p. 8), a pesquisa bibliográfica “[...] pode ser realizada independente ou como parte da pesquisa descritiva ou da pesquisa experimental.”

A pesquisa descritiva tem o objetivo de descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou então estabelecer relações entre variáveis. Tem o objetivo de estudar as características de um grupo (GIL, 1996).

Os estudos exploratórios, conforme é comentado por Fischer (2001) tem como objetivo a familiarização com fenômenos ou a obtenção de nova percepção e o descobrimento de novas idéias, busca maiores informações sobre determinado assunto, realiza descrições precisas da situação e tenta descobrir as relações existentes entre os elementos que a compõem.

O estudo de caso para Gil (1996), é caracterizado por um estudo profundo de um ou poucos objetos, para permitir o seu amplo detalhamento e conhecimento, e atualmente este estudo é adotado na investigação de fenômenos das mais diversas áreas do conhecimento.

2.9.3 Universo da Pesquisa

De acordo com Oliveira (1997), o espaço onde a pesquisa é focalizada é chamado de universo ou de população da pesquisa. Este universo é constituído por seres e elementos diversos, sendo por isso necessário que durante a realização da pesquisa o mesmo seja delimitado.

A pesquisa do presente trabalho foi realizada no Mercado Gusi localizado município de Videira.

2.9.4 Técnicas de Coleta de Dados

A coleta de dados é a etapa em que se inicia a aplicação dos instrumentos e das técnicas selecionadas para efetuar de fato a pesquisa. De acordo com Marconi e Lakatos (1999), o processo de coleta de dados é cansativo e demorado, exigindo muita paciência, perseverança e esforço pessoal.

A técnica de coleta de dados utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa foi através foi na própria empresa, junto com o gerente. Os dados foram levantados através de formulários preenchidos pelos caixas no fim do expediente, e os demais dados foram coletados na agência que faz a contabilidade da empresa e também no departamento de compras do Mercado Gusi.

Observa-se ainda que de modo geral será realizada uma pesquisa bibliográfica, tendo como base diversas fontes publicadas em livros, monografias, entre outros. A coleta bibliográfica terá a finalidade de colocar o pesquisador em contato direto com tudo que foi escrito, dito ou filmado sobre o tema escolhido.

2.9.5 Técnicas de Análise e Interpretação de Dados

Depois da obtenção dos dados e os resultados obtidos, o próximo passo é a análise e interpretação dos dados, as quais são duas atividades distintas, mas estreitamente relacionadas (MARCONI; LAKATOS, 1999).

Depois da coleta da pesquisa e dos dados analisados, esses dados foram tabulados em planilhas eletrônicas do excel, originando tabelas.

2.10 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

2.10.1 Elaboração do Controle Diário de Vendas

Não é tão fácil assim observar os fluxos de caixa diretamente. Grande parte das informações que obtemos provém de demonstrações financeiras, e boa parte do trabalho de análise financeira consiste em extrair informações sob a forma de fluxo de caixa das demonstrações financeiras disponíveis (JAFFE, 2002).

Para se saber o que a empresa fatura em um determinado espaço de tempo, neste caso em um mês, é necessário à elaboração de um método claro e eficaz de controle de vendas realizadas pela empresa, sejam elas a prazo ou à vista.

Como nesta empresa não havia nenhum sistema de controle de vendas, inicialmente pesquisou-se como eram realizadas as vendas, onde se constatou que as vendas a prazo eram anotadas em fichas, não sendo levado em consideração seu montante ao final do expediente.

Para as vendas á vista, simplesmente era contado o montante em dinheiro que estava nos caixas, subtraindo os recebimentos chegando-se supostamente ao valor das vendas à vista, sem considerar o montante relativo ao troco entregue no início de expediente para os caixas.

Para solucionar este problema e tornar o controle diário de vendas eficiente e preciso, sugerimos inicialmente que fosse disponibilizado aos caixas sempre o mesmo montante destinado ao troco das vendas e recebimentos, sugere que esse valor fosse fixo.

Elaborou-se uma planilha para o controle diário com o somatório das vendas a prazo e vendas à vista, bem como as contas recebidas para se ter o controle mensal das vendas e das entradas de numerários, neste caso, vendas à vista e recebimento de vendas a prazo.

A partir da criação desta planilha, passou-se a anotar diariamente os valores auferidos, e sugerimos o preenchimento de uma planilha ao final do expediente onde consta o código do cliente e o valor da venda a prazo, o valor do recebimento de contas, e a venda à vista (dinheiro e cheques).

Com essas implementações a empresa passou a ter os dados corretos sobre suas vendas, como é mostrado na tabela abaixo:

| | | | |Receita = |

|Dias |Data |Totais |Recebimentos de contas a prazo |Venda a vista + |

|da | |de | |recebimento de contas à prazo |

|semana | |vendas a vista | |(Continua) |

|SEGUNDA |1/set |1944,86 |228,85 |2173,71 |

|TERÇA |2/set |1615,42 | |1615,42 |

|QUARTA |3/set |1480,67 | |1480,67 |

|QUINTA |4/set |2140,88 |3949,82 |6090,70 |

|SEXTA |5/set |1909,14 |4326,75 |6235,89 |

|SABADO |6/set |815,35 | |815,35 |

|DOMINGO |7/set |1480,43 | |1480,43 |

|SEGUNDA |8/set |1324,07 | |1324,07 |

|TERÇA |9/set |1280,95 | |1280,95 |

|QUARTA |10/set |937,12 | |937,12 |

|QUINTA |11/set |797,56 |425,14 |1222,70 |

|SEXTA |12/set |1064,45 | |1064,45 |

|SABADO |13/set |785,89 | |785,89 |

| | | | |Receita = |

|Dias |Data |Totais |Recebimentos de contas a prazo |Venda a vista + |

|da | |de | |recebimento de contas à prazo |

|semana | |vendas a vista | |(Conclusão) |

|DOMINGO |14/set |625,73 | |625,73 |

|SEGUNDA |15/set |413,19 | |413,19 |

|TERÇA |16/set |421,63 | |421,63 |

|QUARTA |17/set |815,93 | |815,93 |

|QUINTA |18/set |784,71 |2217,62 |3002,33 |

|SEXTA |19/set |1985,06 |1323,04 |3308,10 |

|SABADO |20/set |944,62 | |944,62 |

|DOMINGO |21/set |941,78 | |941,78 |

|SEGUNDA |22/set |891,30 |227,83 |1119,13 |

|TERÇA |23/set |979,75 | |979,75 |

|QUARTA |24/set |820,95 | |820,95 |

|QUINTA |25/set |630,40 | |630,40 |

|SEXTA |26/set |1985,84 | |1985,84 |

|SABADO |27/set |425,65 | |425,65 |

|DOMINGO |28/set |947,25 | |947,25 |

|SEGUNDA |29/set |639,80 |1294,15 |1933,95 |

|TERÇA |30/set |1860,01 |2400,22 |4260,23 |

|TOTAL | |33690,25 |16392,52 |50083,81 |

Tablela 01 - Formulário Diário de Vendas a Prazo e à Vista

Fonte: MERCADO GUSI valores em R$

2.10.2 Fluxo de Entradas e Saídas e Fluxo Real de Caixa

O fluxo de caixa teve início no dia 01 de setembro de 2008, quando se iniciou o presente trabalho, e foi quando observamos que na empresa não tinha controle de entradas bem como de saídas, sendo que estas muitas vezes traziam constrangimentos por parte do empresário e seus fornecedores. Pois na empresa, era utilizado o método de todo o montante do final do dia era levado ao banco no dia seguinte pago as duplicatas do dia e o restante simplesmente depositado, não se tendo noção nenhuma que a empresa possuía alguns de seus pagamentos. Também eram feitos através de cheques sendo que em muitas vezes recorria-se à instituição financeira para suprir as faltas de numerários, devido ao não planejamento financeiro.

A criação da planilha de controle diário com o somatório das vendas a prazo e vendas à vista e das contas recebidas foi a melhor alternativa, pois através deste percebeu-se quais os dias que teriam maior número de contas a pagar e maior número de contas a receber.

Sendo assim foi possível organizar a empresa suas entradas e saídas para que não ocorresse à falta de recursos para liquidação de suas obrigações, também foi visualizado o melhor dia para compras conforme a necessidade e disponibilidade de numerário da empresa, que é a partir da segunda quinzena do mês, conseguindo assim melhores preços e prazos, adaptando suas despesas aos seus recebimentos.

O controle das entradas teve como objetivo a obtenção da maior liquidez possível, sem provocar a inatividade de recursos excessivos, a meio de aumentar as entradas por unidade de tempo, já o controle de saídas obteve a prevenção do nível de liquidez, para que não houvesse prejuízo por manutenção de saldos excessivos.

Para controlar é preciso registrar os resultados que vão ocorrendo durante a execução dos planos e orçamentos. Esse é, fundamentalmente, o papel a ser desempenhado pela contabilidade (SANVICENTE, 1997).

2.10.3 Definição dos Custos Fixos e Variáveis da Empresa

O custo é o gasto relacionado com o bem ou serviço empregado, neste caso nas operações de venda de mercadorias, tendo como principal função à informação de dados necessários a manutenção e direcionamento da empresa sendo divididos em fixos e variáveis.

Na empresa ainda não haviam sido definidos os custos, tudo era simplesmente somado e lançado como uma despesa única.

Realizou-se uma divisão nos custos, definindo os custos fixos e variáveis.

Foram então relacionados como custos fixos aqueles que não variam conforme o volume de venda, ou seja, independente das vendas a empresa terá estes custos todo mês sendo eles:

• Honorários contábeis;

• Despesas com propagandas;

• Encargo sobre salários;

• Taxas anuais;

• Pró – Labore;

• Salários;

Em seguida foram encontrados os custos variáveis:

• Aquisição de mercadorias;

• Energia elétrica;

• Despesas bancárias;

• Material de expediente;

• Despesas telefônicas;

• Água / esgoto;

• Material de limpeza;

• Combustível e lubrificantes;

• Embalagens;

Para aperfeiçoar o processo de conhecimento da realidade de um estabelecimento varejista, elaborou-se um demonstrativo de resultados do exercício na realidade estrutural do estabelecimento, como já previsto no projeto.

Passamos a seguir ao demonstrativo de resultado do exercício apresentado no quadro 01:

| DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (continua) |

|CUSTOS FIXOS |Valores R$ |

|Honorários contábeis |135,00 |

|Pró - labore |750,00 |

|Despesas com propagandas |100,00 |

|Encargo sobre salários |600,00 |

|Salários |2.000,00 |

|Taxas anuais |120,00 |

|TOTAL |3.705,00 |

| |

|CUSTOS VARIÁVEIS |Valores R$ |

|Aquisição de mercadorias |38.950,00 |

|Energia elétrica |765,46 |

|Despesas bancárias |25,66 |

|Material de expediente |58,00 |

|Despesas telefônicas |126,37 |

|Água / esgoto |56,38 |

|Combustível e lubrificantes |231,00 |

|Embalagens |238,75 |

|Material de limpeza |95,80 |

|TOTAL |40.547,42 |

| |

| DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (conclusão) |

|TOTAL CUSTO FIXO E VARIAVEIS |44.252,42 |

|Receita total de vendas |50.083,81 |

|Vendas à vista |67.26 % |

|Vendas a prazo |32,74 % |

Quadro 01 – Custos e Despesas

Fonte Mercado Gusi

No quadro acima apresentamos os dados dos custos fixos e variáveis, bem como a receita total de vendas do mês de setembro de 2008 para um melhor entendimento da classificação apresentada neste item.

|Descrição |Valor R$ |

|Aparelho de fax |390,00 |

|Sala comercial |45.000,00 |

|Máquinas calculadoras |380,00 |

|Computadores |3.600,00 |

|Balcões de caixa |1.100,00 |

|Freezer |3.900,00 |

|Ilha |2.800,00 |

|Câmara fria |2.300,00 |

|Balcão refrigerado para bebidas |2.800,00 |

|Balcão para pão |800,00 |

|Expositor para produtos confeitaria |1.400,00 |

|Prateleiras |11.500,00 |

|Auto Fiorino |10.000,00 |

|Capital de giro |5.000,00 |

|Balcão expositor para laticínios |2.400,00 |

|Utensílios para escritório |220,00 |

|Linha telefônica |36,00 |

|Compra de estoque inicial |60.000,00 |

|Total |153.626,00 |

Tabela 03 - Investimentos Iniciais

Fonte: Mercado Gusi

Na tabela acima apresentamos os investimentos iniciais que a empresa obteve, seguindo na tabela abaixo o demonstrativo de todos os custos com a depreciação de todos os bens, o custo anual e mensal de cada um.

|Descrição |Vida útil |Dep. Mês / R$ | Dep. Anual / R$ (continua) |

|Aparelho de fax |5 |6,50 |78,00 |

|Sala comercial |25 |150,00 |1.800,00 |

|Máquinas calculadoras |5 |6,33 |76,00 |

|Computadores |5 |60,00 |720,00 |

|Balcões de caixa |10 |9,17 |110,00 |

|Freezer |5 |65,00 |780,00 |

|Ilha |5 |46,67 |560,00 |

|Câmera fria |5 |38,33 |460,00 |

|Balcão refrigerado para bebidas |5 |46,67 |560,00 |

|Balcão para pão |5 |46,67 |560,00 |

|Expositor para produtos confeitaria |5 |13,33 |160,00 |

|Descrição |Vida útil |Dep. Mês / R$ | Dep. Anual / R$ (conclusão) |

|Prateleiras |10 |11,67 |140,00 |

|Auto Fiorino |5 |191,67 |2.300,00 |

|Balcão expositor para laticínios |5 |40,00 |480,00 |

|Total |- |732,01 |8.784,00 |

Tabela 04 - Planilha de cálculo do valor de depreciação

Fonte Mercado Gusi

2.10.4 Previsão de Custos Fixos á Longo Prazo

|Descrição |Ano 1 |Ano 2 |Ano 3 |Ano 4 |Ano 5 |

|Honorários contábeis |1.620,00 |1.701,00 |1.786,05 |1.875,35 |1.969,12 |

|Pró – labore |9.000,00 |9.450,00 |9.922,50 |10.418,62 |10.939,55 |

|Despesas com propagandas |1.200,00 |1.260,00 |1.323,00 |1.389,15 |1.458,60 |

|Encargo sobre salários |7.200,00 |7.560,00 |7.938,00 |8.334,90 |8.751,64 |

|Salários |24.000,00 |25.200,00 |26.460,00 |27.783,00 |29.172,15 |

|Taxas anuais |1.440,00 |1.512,00 |1.587,60 |1.666,98 |1.750,32 |

|Depreciação |8.784,00 |8.784,00 |8.784,00 |8.784,00 |8.784,00 |

|Total |53.244,00 |55.467,00 |57.801,00 |60.252,00 |62.825,00 |

Tabela 05 - Previsão de Custos Fixos á longo prazo

Fonte Mercado Gusi

Na tabela acima está demonstrada a Previsão de Custos Fixos á longo prazo, a qual tem uma estimativa de aumento de 5% aa., com base nos anos anteriores e como esta se comportando a inflação, bem como os custos dos salários e encargos sociais.

2.10.5 Previsão dos Custos Variáveis á Longo Prazo

|Descrição |Ano 1 |Ano 2 |Ano 3 |Ano 4 |Ano 5 |

| | | | | |(continua) |

|Aquisição mercadorias |467.400,00 |490.770,00 |515.308,50 |541.073,92 |568.127,61 |

|Energia elétrica |9.185,52 |9.644,79 |10.127,03 |10.633,38 |11.165,05 |

|Despesa bancárias |307,92 |323,31 |339,48 |356,45 |374,27 |

|Material de expediente |696,00 |730,80 |767,34 |805,70 |845,99 |

|Despesas telefônicas |1.516,44 |1.592,26 |1.671,87 |1.755,46 |1.843,24 |

|Descrição |Ano 1 |Ano 2 |Ano 3 |Ano 4 |Ano 5 |

| | | | | |(conclusão) |

|Água |676,56 |710,38 |745,90 |783,20 |822,36 |

|Combustível |2.772,00 |2.910,60 |3.056,13 |3.208,93 |3.369,38 |

|Embalagens |2.865,00 |3.008,25 |3.158,66 |3.316,59 |3.482,42 |

|Material de limpeza |1.149,60 |1.207,08 |1.267,43 |1.330,80 |1.397,34 |

|Total |486.569,04 |510.897,47 |536.442,34 |563.264,40 |591.427,66 |

Tabela 06 - Previsão dos custos variáveis á longo prazo

Fonte Mercado Gusi

Na tabela acima está demonstrada a Previsão dos custos variáveis á longo prazo, a qual também teve estimativa de aumento de 5% aa. com base nos anos anteriores e como está se comportando a inflação.

2.10.6 Previsão das Despesas Administrativas á Longo Prazo

|Descrição |Ano 1 |Ano 2 |Ano 3 |Ano 4 |Ano 5 |

|Pró – labore |9.000,00 |9.450,00 |9.922,50 |10.418,62 |10.939,55 |

|Despesas bancárias |307,92 |323,31 |339,48 |356,45 |374,27 |

|Honorários contábeis |1.620,00 |1.701,00 |1.786,05 |1.875,35 |1.969,12 |

|Taxas anuais |1.440,00 |1.512,00 |1.587,60 |1.666,98 |1.750,32 |

|Total |12.367,92 |12.986,31 |13.635,63 |14.317,40 |15.033,26 |

Tabela 07 - Previsão das despesas administrativas á longo prazo

Fonte Mercado Gusi

Na tabela acima estão relacionadas todas as despesas administrativas envolvidas nas operações com uma estimativa de aumento de 5% aa. com base nos anos anteriores e como esta se comportando a inflação.

2.10.7 Previsão de Fluxo de Caixa á Longo Prazo

|Descrição | Ano 1 | Ano 2 | Ano 3 | Ano 4 | Ano 5 |

| | | | | |(continua) |

|Saldo Inicial | 5.000,00 |135.021,80 | 271.105,49 | 413.554,16 |562.686,07 |

|Descrição | Ano 1 | Ano 2 | Ano 3 | Ano 4 | Ano 5 |

| | | | | |(conclusão) |

|Recebimentos | 601.005,72 |631.056,00 |662.608,80 |695.739,24 |730.526,20 |

|Vendas de produtos | 601.005,72 |631.056,00 |662.608,80 |695.739,24 |730.526,20 |

|Pagamentos | 479.767,92 |503.756,31 |528.944,13 |555.391,33 |583.160,88 |

|Custos Diretos das Mercadorias | 467.400,00 | 490.770,00 | 515.308,50 | 541.073,93 | 568.127,62 |

|Despesas Administrativas |12.367,92 |12.986,31 |13.635,63 |14.317,40 |15.033,26 |

|(-) Depreciação |(8.784,00) |(8.784,00) |(8.784,00) |(8.784,00) |(8.784,00) |

|Saldo Final de Caixa |135.021,80 | 271.105,49 | 413.554,16 |562.686,07 |718.835,39 |

|Resultado de Caixa (período) |130.021,80 |136.083,69 |142.448,67 |149.131,91 |156.149,32 |

Tabela 08 – Previsão de Fluxo de Caixa á longo prazo

Fonte Mercado Gusi

Na tabela acima foi elaborado uma previsão para o fluxo de caixa á longo prazo da empresa para os próximos cinco anos.

2.10.8 Demonstração de Resultados á Longo Prazo

|Descrição |Ano 1 |Ano 2 |Ano 3 |Ano 4 |Ano 5 |

|Receita Bruta com Vendas | 601.005,72 |631.056,00 |662.608,80 |695.739,24 |730.526,20 |

|(-) Despesas com Vendas |4.761,00 |4.999,05 |5.249,00 |5.511,45 |5.787,02 |

|Receita Líquida com Vendas |596.244,72 |626.056,95 |657.359,80 |690.227,79 |724.739,18 |

|(-) Custo dos Produtos Vendidos | 467.400,00 | 490.770,00 | 515.308,50 | 541.073,93 | 568.127,62 |

|Resultado Bruto Operacional |128.844,72 |135.286,95 |142.051,30 |149.153,86 |156.611,56 |

|(-) Despesas admistrativas |12.367,92 |12.986,31 |13.635,63 |14.317,40 |15.033,26 |

|Resultado Operacional Líquido |116.476,80 |122.300,64 |128.415,67 |134.836,46 |141.578,30 |

|Resultado Líquido |116.476,80 |122.300,64 |128.415,67 |134.836,46 |141.578,30 |

Tabela 09 - Demonstração de Resultado á longo prazo

Fonte Mercado Gusi

Na tabela acima foi apresentado à demonstração dos resultados á longo prazo para a empresa nos próximos cinco anos.

2.10.9 Demonstrativo dos Resultados e Retorno do Investimento

Tendo em vista que a empresa não tinha nenhum controle em suas vendas com relação ao seu custo, houve a necessidade de achar seu ponto de equilíbrio, onde se demonstraria qual o valor a ser vendido para que cubra os valores dos custos e despesas.

Esta análise auxilia a gestão de curto prazo da empresa, porque se tem a intenção de mostrar o ponto mínimo em que a empresa deve operar, onde seu lucro é zero. No ponto de nivelamento de capacidade de operação, a empresa consegue cobrir os custos variáveis de unidades vendidas e também cobrir todos os custos de capacidade fixa.

Como a empresa trabalha com aproximadamente mil itens, sem contar a variação de marcas é importante ressaltar que foi preciso usar a fórmula do ponto de equilíbrio (PE) para determinar o valor mínimo que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo.

Para encontrar o Ponto de Equilíbrio foi usado o Valor total das despesas fixas, dividido pela % da margem de contribuição. Sendo que para encontrar a margem de contribuição foi usada a seguinte fórmula:

MC= Resultado líquido

Receita bruta com vendas

MC= 116,476.80 = 19,38%

601,005.72

PE= CF

MC

PE= 53.244,00 = 274.736,84

19,38%

Constatou-se que a empresa, para obter suas vendas igualadas aos custos, deverá vender em média R$ 274.736,84 por ano.

3 CONCLUSÃO

O controle e o planejamento são ferramentas essenciais para o desenvolvimento de um empreendimento, pois tudo que for planejado e controlado certamente apresentará o desenvolvimento e o retorno esperado.

A realização deste trabalho foi de extrema importância, para mim e principalmente para a empresa, pois foi através dele que os administradores da empresa obtiveram os dados necessários e vitais para o planejamento e desenvolvimento futuro do empreendimento.

O projeto possibilitará a partir de agora aos administradores, o planejamento financeiro da empresa, até então precário e ineficiente, onde muitas vezes eram evidentes as discordâncias entre as entradas e as saídas de numerários, o que prejudicava em muito o desenvolvimento da empresa, pois devido a esta falta de planejamento, muitas vezes surgiam despesas desnecessárias à empresa.

Contudo, sugerimos a empresa um cadastro completo dos clientes visando à manutenção da fidelidade dos mesmos, bem como a informatização completa da mesma, com softwares de controle de estoque, de contas a pagar e a receber, bem como a aquisição de equipamentos e softwares atualizados para a área fiscal.

Finalmente, os objetivos foram alçados, a falta dos controles financeiros da empresa foram resolvidos e o trabalho mostrou-se viável. A realização deste do mesmo proporcionou-me a demonstração das falhas que vínhamos cometendo dentro da empresa que só foram possíveis visualizar graças aos conhecimentos adquiridos durante o curso de administração de empresas.

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