CONTRAPONTO - exaluibc
CONTRAPONTO
JORNAL ELETRÔNICO DA ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO
BENJAMIN CONSTANT
ANO 3
MARÇO DE 2008
16ªEdição
Legenda: Jornal Eletrônico da Associação dos Ex-Alunos do I B C.
Patrocinadores:
XXXX
Editoração eletrônica: Marisa Novaes
Distribuição: gratuita
CONTATOS:
Telefone: (0XX21) 2551-2833
Correspondência: Rua Marquês de Abrantes 168 Apto. 203 - Bloco A
CEP: 22230-061 Rio de Janeiro - RJ
e-mail: contraponto_jornal@.br
Site: exaluibc.
EDITOR RESPONSÁVEL: VALDENITO DE SOUZA
e-mail: contraponto_jornal@.br
EDITA E SOLICITA DIFUSÃO NA INTERNET.
SUMÁRIO:
1. EDITORIAL: ELOS DE UMA SÓ HISTÓRIA
2.A DIRETORIA EM AÇÃO: INFORMES
3.O I B C EM FOCO # PAULO ROBERTO DA COSTA:
TRIBUTO A UM COLABORADOR CULTURAL DO CASARÃO DA PRAIA VERMELHA
4.DV EM DESTAQUE# JOSÉ WALTER FIGUEREDO:
*VI CONGRESSO LATINOAMERICANO DE CEGOS
*Instituto Paradigma convida: lançamento guia de recursos - doenças genéticas e bebês de alto risco
*Lançamento do Catálogo do Espaço de Cidadania
*MESA REDONDA DE ACESSIBILIDADE
*Tv quase acessível
5.DE OLHO NA LEI #DULAVIM DE OLIVEIRA:
proposta de minuta para texto de Decreto que vai regulamentar a lei 10.753/03,
elaborada pelas partes, MOLLA-BRASIL e Editores
6.TRIBUNA EDUCA
CIONAL # SALETE SEMITELA:
UM VILÃO VIOLENTA A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO
7. GALERIA CONTRAPONTO #:
TRIBUTO A JOSÉ ÁLVARES DE AZEVEDO
8.ANTENA POLÍTICA # HERCEN HILDEBRANDT:
A QUEM DEVE PERTENCER NOSSAS ENTIDADES?!
9.ETIQUETA # RITA OLIVEIRA:
UM DIA NA PRAIA
10.PERSONA # IVONETE SANTOS:
Alexandre Braga - presidente da ADVERJ (Associação dos
deficientes visuais do estado do rio de janeiro).
11.DV-INFO # CLEVERSON CASARIN ULIANA:
Introdução rápida ao sistema Linux
12. O DV E A MÍDIA # VALDENITO DE SOUZA:
*Sexualidade dos deficientes visuais é tema de livro
*Governo disponibiliza software para o desenvolvimento de sítios(sites) acessíveis
*Livros devem ter versões para deficientes visuais
*RIR FARÁ BEM... PRA VOCÊ E PARA MUITAS CRIANÇAS
13. PANORAMA PARAOLÍMPICO # SANDRO LAINA SOARES:
História do Esporte Paraolímpico No Mundo
14.REENCONTRO # :
UM COLEGA PERGUNTA, POR ONDE ANDA: José Roberto Texeira
15.TIRANDO DE LETRA #:
*UM AMIGO E CÚMPLICE NOS TEMPOS DO CASARÃO DA PRAIA VERMELHA
* MOVIMENTO
16.BENGALA DE FOGO #:
* No táxi (contribuição do leitor)
* No ponto de ônibus (contribuição do leitor)
17. LENDO # MAURICIO ZENI:
18.SAÚDE OCULAR # HOB:
*Brasília tem novas formas de tratar o ceratocone
*Brasiliense mostra técnica de convergência nos EUA
*Férias sem óculos
*Na volta às aulas, novos hábitos para a saúde dos olhos
19.CLASSIFICADOS CONTRAPONTO #: Onde comprar material especializado para DV
20. FALE COM O CONTRAPONTO#: Cartas dos leitores
[EDITORIAL]
NOSSA OPINIÃO:
ELOS DE UMA SÓ HISTÓRIA
A história dos cegos no Brasil na caminhada rumo à cidadania
começou a ser escrita Por José Álvares de Azevedo no século XIX quando
este lutou pela criação da primeira escola de e para cegos, o atual
Instituto Benjamin Constant e, a partir de então, nós cegos adentramos
este país o mundo das letras através do braille, sistema que surgia à
época. Este foi o primeiro passo, pai de todos os outros. De lá para cá
a luta foi contínua e ininterrupta e passamos de coitadinhos a
pessoas ativas e participativas de um mercado de trabalho que, se não nos
abre as portas por vontade própria, o faz como conseqüência desta luta
empreendida por nós rumo a uma cidadania plena, com deveres e direitos
e, pudessem essas linhas chegar à Álvares de Azevedo, nos sentiríamos
orgulhosos em contar-lhe que, cumprindo o dever de seguir-lhe os passos,
nos fazemos dignos dele quando nos vemos prestes a conquistar o direito
de adquirir livros, qualquer um que seja, de forma cidadã, isto é,
comprando-o como qualquer pessoa e podendo lê-lo no formato à escolha do
comprador. Mais uma página de nossa história está sendo escrita e,
melhor ainda, poderá ser lida por qualquer de nós no sentido literal
e cidadão do termo. Parece que ouço Álvares de Azevedo dando "vivas" e
"bravos", regozijando-se em saber que sua luta não foi em vão.
[A DIRETORIA EM AÇÃO]
ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT
Informes:
1. Como anunciamos no número anterior, acabamos de conquistar a
nossa Logomarca; a partir de agora, as nossas correspondências, os
nossos materiais em geral irão com o nosso símbolo. Breve estará sendo
enviada para a nossa página, onde poderá ser descrita e visualizada.
Aproveito para manifestar a nossa gratidão à amiga Carolina, que em um
esforço intelectual, elaborou gratuitamente esse símbolo, apesar de
nossa insistência no sentido da definição do custo financeiro desse
trabalho. Destacamos aqui o papel de intermediação do nosso Diretor do
Departamento de Cultura, Chiquinho Gonçalves no contato com essa
competente profissional.
2. Estamos envidando esforços para retomar o Projeto Memória-IBC,
paralisado por fatores alheios à nossa vontade. Para tanto restabelecemos
contatos com a Direção do IBC, no sentido de viabilizarmos esse
trabalho, aparando algumas arestas de ordem técnica, já que utilizaremos
os recursos e o espaço dessa instituição, com a qual a nossa Associação
celebrou e mantém convênio para implementação desse projeto, com o
objetivo de preservar a nossa história de realizações, em uma
trajetória de dificuldades e vitórias do nosso IBC, como a mais
importante instituição educacional das pessoas cegas e de baixa visão
na América Latina, ainda hoje.
3. No campo do lazer, a nossa Associação também se fez presente, e
dessa vez em parceria com o Conselho Brasileiro para o Bem-Estar dos
Cegos, na promoção do vitorioso torneio de Dominó, realizado no dia 15
de março, quando na oportunidade, foi conferida pelas duas entidades, à dupla vencedora:
Flávio e José Carlos, premiação dupla; cem reais, e o troféu José
Álvares de Azevedo. Para esse torneio está prevista a adoção do sistema de ranking e para tanto os organizadores, o nosso Diretor do Departamento de
Desporto e Lazer da Associação, Maurício Vicente Lima e o seu colaborador, Valdenito de Souza, estabelecerão o calendário de disputas,com previsão de realização de suas etapas até ao final do ano.
Ação política
A Diretoria da Associação dos Ex-alunos do IBC, se sentiu extremamente
gratificada, quando de sua participação, juntamente com outras entidades, no Movimento pelo livro e leitura acessível no Brasil, com seu ponto alto no dia 6 de março, na concentração no pátio da Funarte, em apoio aos companheiros que
integraram o GT com a tarefa de defender uma acessibilidade mais ampla
possível do livro, inserindo-nos assim na categoria de consumidores
plenos desse produto. Parabenizamos os companheiros, Márcio Lacerda,
nosso Associado, Márcio Aguiar, representante do Conad, Marcos Pelegrine
e Naziberto, Coordenador do Mola Brasil, por suas atuações combativas
junto à Câmara Setorial do livro, enfrentando todos os interesses em
jogo dos diferentes grupos empresariais ligados à produção editorial
tentando garantir uma política monopolista, vinculada à manutenção da
nossa tutela, por parte de instituições que sempre se colocaram como as
únicas capazes de produzir tecnicamente, os nossos livros.
O evento, a despeito das dificuldades de infra-estrutura e logística, foi avaliado por todos os participantes, como bem sucedido.
A maior vitória desse acontecimento, deveu-se à participação de alguns alunos do nosso IBC, que todo o tempo empunharam as nossas faixas e vestiram as camisas do movimento.
Fiquemos atentos já que a luta continua!
Lembremos: a Associação somos todos nós, na luta e no prazer!
A Diretoria Executiva da Associação dos Ex-alunos
Vitor Alberto da Silva Marques
Presidente.
[O I B C EM FOCO]
TITULAR: PAULO ROBERTO DA COSTA
TRIBUTO A UM COLABORADOR CULTURAL DO CASARÃO DA PRAIA VERMELHA
Caros amigos leitores,
Na década de 60 realizavam-se no IBC bailes nas festas juninas, no
aniversário da casa e nas formaturas. O ápice do aniversário do casarão
era sempre o show que sempre contava com as presenças dos cantores de
ponta. Na época estava no topo a Jovem Guarda; marcavam presença
artistas como: Wanderléia, Jerry Adriani, Erasmo Carlos, Wanderley
Cardoso e muitos outros.
Toda essa movimentação festiva teve um grande padrinho que posso
afirmar sem medo de errar que é o grande responsável por hoje a gente
poder contar com músicos de expressão tais como: Julinho, Leniro (o
grande magro), Bené, Marcinho Teixeira, Paulinho de Volta Redonda,
Dimarange, que está lançando um CD instrumental por esses dias, e muitos
outros, eu poderia ficar até o ano que vem enumerando talentos saídos do
IBC, graças ao talento de cada um deles e ao grande radialista Haroldo
de Andrade.
Haroldo de Andrade não só trazia os artistas que abrilhantavam os nossos
shows como também arranjava junto à Rádio Nacional e Rádio MEC todo
o equipamento de som, já que o IBC não possuía equipamento condizente.
Lembro bem, sempre quando chegava o dia dos shows, o Haroldão,
condecorado pelo público ouvinte como o número 1 do rádio carioca, me
cobrava o tempo inteiro: "vocês precisam ter equipamentos modernos. Por
que vocês não montam um conjunto (banda nos dias de hoje)? Talentos
vocês têm de sobra".
Um dia nos juntamos e fomos fazer pressão junto à diretoria para que
comprassem os instrumentos eletrônicos. Depois de muitos nãos resolveram,
cederam à nossa pressão; fomos às lojas fazer a tomada de preços
cheios de orgulho pela responsabilidade que carregávamos e pelo fato
de ter como amigo e incentivador o grande Haroldo de Andrade, o número 1 do rádio. Compramos, e temos orgulho de tê-lo feito, as primeiras
guitarras, contrabaixo e bateria que o Instituto Benjamin Constant
possuiu.
Bom, tudo isso é para que os alunos e também os ex-alunos mais jovens tomem conhecimento dos passos anteriores da nossa casa.
Essa foi uma grande contribuição cultural que nos deu esse grande radialista.
Pois bem, esse nosso colaborador cultural, infelizmente veio a falecer
nesse dia 1 de março, dia do aniversário da cidade do Rio de Janeiro.
Por coincidência o número 1 do rádio do Rio de Janeiro faleceu no dia 1, por falência múltipla dos órgãos.
Com certeza um dia a Associação dos ex-alunos e o próprio IBC prestarão a homenagem que esse nosso padrinho cultural bem merece.
Que o seu Descanso seja em paz, grande Haroldão, muito obrigado pela amizade que você dispensou ao nosso querido IBC.
Abaixo quero colocar. após ter tido uma conversa com outro grande radialista, Sidney Rezende, seu dito e sua homenagem ao seu amigo e colega.
***
A morte de Haroldo de Andrade
Enviado por Sidney Rezende . 02.03.08
Com a morte de Haroldo de Andrade vai um pouquinho da elegância do rádio popular brasileiro. Durante anos tive a honra de trabalhar no estúdio ao
lado do dele, no mesmo horário, dividindo, por vezes, os mesmos ouvintes, mas nunca a mesma audiência. Apenas um corredor nos separava.
Mas na soma de ouvintes fiéis a cada um dos programas havia um abismo entre nós. Haroldo sempre foi o único líder, com cinco, seis vezes mais gente ouvindo-o do que a nós.
Na rádio Globo só o ombreava em importância outro craque da comunicação, Antonio Carlos. E, em seguida, José Carlos Araújo, o Garotinho, narrador esportivo.
Tranqüilo, equilibrado, dono de uma linda voz, possante, pausada,comovente, Haroldo de Andrade era único.
Para ser sincero, primeiro fiz amizade com o Helio Thys, autor do famoso Bom Dia eternizado pela voz aconchegante de Haroldo. "Minha querida, pra você, o meu...bom dia!", me lembro bem.
Thys e eu conversávamos longamente sobre tudo. Principalmente sobre o segredo desses textos que mexiam com a emoção do povo. Ele queria trabalhar na CBN, mas era estratégico para o programa Haroldo de Andrade. Assim como sua fiel equipe de produção. Sinto saudades daqueles papos.
Certa vez, Haroldo comunicou à Rádio Globo que não iria mais continuar.Fui procurado reservadamente pela direção da empresa com a proposta de substituí-lo. Honrado, disse que aceitaria o desafio, desde que ele concordasse com a indicação do meu nome. Ele aceitou. Mas no fundo não queria deixar o comando do programa Haroldo de Andrade, que durante 45 anos arrebanhava milhares de ouvintes. Ele amava o que fazia. E o fazia com primor.
Permaneceu no cargo para a felicidade de quem não perdia o seu bom dia
diariamente. Mais tarde comandou a sua própria emissora. Imagine o que viveu este homem! Empreendedor aos 70 anos de idade.
Haroldo de Andrade morreu neste sábado, dia 1º de março, de falência múltipla dos órgãos. Ele era diabético. Com ele, o rádio fica com menos garbo.
Seus ouvintes estão tristes. E eu também.
***
Paulo Roberto Costa, de frente para o otimismo e atento aos acontecimentos que envolvem ao nosso querido Instituto Benjamin Constant,IBC,para os mais íntimos!!!
Aposto: Visitem a página do Instituto, procurem saber sobre as edições da Revista
Brasileira:
Benjamin Constant
Acessem o site da Associação dos Ex-alunos do I B C::
exaluibc.
Façam parte da lista de debates da Associação dos Ex-alunos do I B C,
Contatem o moderador: Valdenito de Souza no e-mail: vpsouza@.br
Prestigiem a rádio dosvox:
Para ouvir com o Real player:
Para ouvir com Windows midia player:
PAULO ROBERTO DA COSTA(probertoO@.br)
[ DV EM DESTAQUE]
TITULAR: JOSÉ WALTER FIGUEREDO
VI CONGRESSO LATINOAMERICANO DE CEGOS
A União Brasileira de Cegos convida aos dirigentes de entidades de cegos, deficientes visuais e demais interessados na causa a participar, de 4 a 6 de maio de 2008 em Bento Gonçalves-RS, do VI Congresso Latinoamericano de Cegos.
Este é o máximo evento realizado pela ULAC a cada quatro anos para discutir assuntos relativos a atualização de informações na área da deficiência visual e a formação de dirigentes e de entidades de cegos melhorando o desempenho e a atuação destes perante governos e a sociedade como um todo.
Além do Congresso nesta semana serão realizados outros eventos como o Encontro Latinoamericano das Mulheres Cegas e a VII Assembléia Geral da ULAC.
Momentaneamente a UBC não tem aporte para financiar a participação dos dirigentes ou interessados no Congresso e por este motivo estimulamos que todos busquem apoio/patrocínio junto aos poderes públicos locais a fim de não perderem a oportunidade de estarem presentes em tão importante evento.
Com o objetivo de facilitar a participação dos brasileiros, serão disponibilizados pacotes para aquisição parcelada, inclusive para quem quiser permanecer mais tempo para lazer.
Será uma excelente oportunidade para todos os participantes em conhecer a realidade de 18 outros países, além da confraternização com outras culturas latinoamericanas.
PARTICIPE!!!
Programação:
Dia 04 – Manhã – 08h às 13h
Encontro Latinoamericano das Mulheres Cegas
As mulheres que desejarem participar deste Encontro deverão colocar na Ficha de Inscrição (Observações) manifestando o interesse em participar.
Maiores informações com a Coordenadora da Comissão, Sra. Norma Toucedo pelo e-mail norma@.uy
Dia 04 – Noite – A partir das 20h
Abertura Oficial do VI Congresso Latinoamericano de Cegos com presença de autoridades, apresentação artística e Jantar de Confraternização.
Dia 05 e 06 – Das 08h às 18h
VI Congresso Latinoamericano de Cegos com Palestras, Mesas Redondas, Painéis e Oficinas. Aberto para os inscritos no Congresso.
Assuntos relativos a atualização de informações na área da deficiência visual e a formação de dirigentes e de entidades de cegos melhorando o desempenho e a atuação destes perante governos e a sociedade como um todo.
Dia 07 e 08 – Das 08h às 18h
VII Assembléia Geral da ULAC. Relatórios, prestação de contas e eleição da nova gestão para o quadriênio. A participação está aberta para todos os interessados, tendo direito a voz e voto apenas os delegados representantes de cada país. Os demais participarão como ouvintes.
***
Instituto Paradigma convida: lançamento guia de recursos - doenças genéticas e bebês de alto risco
Ecco Press Comunicação
18/03/2008
Será lançado Guia de Recursos e Serviços da Cidade de São Paulo
Lançamento do Guia de Recursos e Serviços da Cidade de São Paulo: Atenção ao bebê prematuro de alto risco e com doenças genéticas
Sou um bebê prematuro e de alto risco: cidadão, paciente, filho, morador da cidade de São Paulo e brasileiro!
Convidamos você para o lançamento do Guia de Recursos e Serviços da Cidade de São Paulo: Atenção ao bebê prematuro de alto risco e com doenças genéticas,
contendo informações educativas para a população a respeito do tema e o mapeamento dos serviços de atenção e atendimento.
Serviço:
Data: 17 de Abril de 2008 – Quinta Feira
Horário: Das 08h30 às 11h30
Local: Novotel Jaraguá
Endereço: Rua Martins Fontes, 71 - Centro
Inscrições gratuitas pelo telefone 5090-0075, com Larissa ou pelo e-mail
larissa.silva@.br
Programação:
*8h30 às 9h00 – Welcome Coffee
*9h00 às 9h30 - Abertura
Dr. Coríntio Mariani Neto - Diretor do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros
Sra. Luiza Russo - Presidente do Instituto Paradigma
Tema: Apresentação dos Objetivos do Encontro e Lançamento do Guia de Recursos e Serviços da Cidade de São Paulo: Atenção ao Bebê Prematuro de Alto Risco
e com Doenças Genéticas
*9h30 às 10h00
Dra. Marcia Tiveron – Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência
Tema: Saúde da Pessoa com Deficiência
*10h00 às 10h30
Sr. Rogério Amato - Secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social
Tema: Desenvolvimento e Inclusão Social na Cidade de São Paulo: Políticas Públicas Relacionadas à Atenção à Infância e o Papel das Redes de Apoio
*10h30 às 11h00
Deputada Estadual Célia Leão
Tema: O Papel da Sociedade Civil e dos Legisladores na Construção de Políticas Públicas Inclusivas para a Atenção à Criança em Vulnerabilidade Social
*11h30 às 12h00
Brunch e Exposição dos Materiais das ONGs e do Trabalho do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros
Apoio: Instituto Paradigma / Hospital Leonor Mendes / Aliança brasileira de genética / Instituto GESC
Daniela Beatriz Villas Bôas
Ecco Press Comunicação
.br
(11) 5543-0039
(11) 7469-4171
***
Lançamento do Catálogo do Espaço de Cidadania
Rede SACI
Belo Horizonte, 18/03/2008
Coordenadoria dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência de Belo Horizonte convida para o lançamento do novo catálogo e posterior fórum de debates
Convite
ESPAÇO DE CIDADANIA
A Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, convida para o lançamento do Catálogo do Espaço de Cidadania.
Dia 27 de março - quinta feira - às 14hs
Local: Colégio Pitágoras Cidade Jardim - rua Santa Madelena Sofía, 125 -Cidade Jardim (esquina com Prudente de Morais).
DEFICIÊNCIA EM DEBATE
A Coordenadoria de Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência convida para o Deficiência em Debate. Um fórum de discussão permanente que tem como objetivo
informar e dar visibilidade as questões realtivas aos direitos do segmento de pessoas com deficiência.
No próximo dia 16 de abril, reuniremos profissionais, famílias, pessoas com defiência e entidades representativas, de 14 às 17 no Auditório da Secretaria
Municipal de Políticas Sociais - r. Espirito Santo, 505 - 18°andar - Centro, quando discutiremos:
* Isenção de Impostos ICMS, IPI, IPVA, Financiamento de veículos e cadeiras de rodas;
* Política Municipal de Habitação.
Contamos com a participação de todos/todas nos eventos.
Gentileza divulgar!!!
Atenciosamente,
Coordenadoria dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência de Belo Horizonte
R. Espirito Santo, 505 - 8° andar - Centro - Belo Horizonte - MG
(31) 3277.4105
***
MESA REDONDA DE ACESSIBILIDADE
Porto Alegre - RS, 18/03/2008
Mesa redonda debate acessibilidade para pessoas com deficiência
Tema: Acessibilidade Universal com ênfase na Pessoa com Deficiência e/ou Mobilidade Reduzida.
Data: 25/03/08
Horário: 13:30 às 18:00
Local: Auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul
Rua Coronel Genuíno, 421, Centro - Porto Alegre
Telefone: (51)3029-6565
Público: Gestores Estaduais e Municipais; Professores Universitários dos Cursos de: Arquitetura, Engenharia Civil, Educação, Comunicação e Informática;
Dirigentes de Entidades Representativas da Pessoa com Deficiência.
Nº. Estimado de Presentes: 400 pessoas
PROGRAMAÇÃO
Cadastramento: 13h30
Abertura: 14h
Lançamento Oficial do Portal de Acessibilidade – Fernando Luís Schüler – Secretário da Justiça e do Desenvolvimento Social
Oficialização das Parcerias do Portal de Acessibilidade
* *
Mesa Redonda de Acessibilidade: 15 h
Palestrantes:
*Izabel Maria Madeira de Loureiro Maior – Médica - Coordenadora Geral da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE;
Tema: Apresentação da Agenda Social e da Legislação relativa à Acessibilidade da Pessoa com Deficiência
*Prof. José Antônio dos Santos Borges - Mestre em Informática, criador do Programa /DOS VOX (/sintetizador de voz) e /Motrix /– UFRJ;
Tema: Acessibilidade na WEB - Comunicação e Informação com Ênfase na Pessoa com Deficiência
*Prof. Marcelo Pinto Guimarães – Doutor em Design - UFMG;
Tema: Acessibilidade na perspectiva Arquitetônica e Urbanística
*Tarcízio Teixeira Cardoso - Secretário Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social – Prefeitura Municipal de Porto Alegre;
Tema: Acessibilidade, conquista consciente, com responsabilidade
*Dr. Mauro Souza – Diretor do Centro de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual.
Tema: A pessoa com deficiência e seus direitos constitucionais
Coordenador da Mesa: Representante da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social
Início dos Debates: 17 horas
Encerramento: 18 horas
Observação: Tempo estimado para cada palestrante 30 minutos
***
Tv quase acessível
Revista SENTIDOS
14/03/2008
Legenda oculta permite a surdos e pessoas com deficiência auditiva assistir programas, mas precisa melhorar sincronização ao vivo
Claudete Oliveira
O que eles estão falando? É o que desejam saber surdos e deficientes auditivos quando assistem programas de televisão que não exibem o recurso da closed caption - a legenda oculta.
Reproduzida na tela da tevê através do menu de opções ou de tecla específica do controle remoto, a legenda permite a quem não ouve saber o que está sendo noticiado em um telejornal, acompanhar não só os diálogos de personagens da novela como ter informações sobre a atmosfera da
cena, indicações de sons como portas se abrindo e música de fundo. Desenvolvido nos Estados Unidos, na década de 1970, o recurso só começou a ser utilizado no Brasil em 1997, pela Globo, e em 2001, pelo SBT. Com a edição do decreto federal 5.296 (dezembro de 2004), que regulamentou a Lei de Acessibilidade (10.098/2000), outras emissoras adotaram o closed caption.
A utilização dessa tecnologia na tevê é muito esperada por toda a comunidade surda e representa uma possibilidade de enriquecimento cultural indiscutível" afirma a assistente técnica de ensino da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, Geni Aparecida Fávero. Surda, Geni é coordenadora do grupo de trabalho que criou a norma 15.290/2005, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O texto da NBR oferece diretrizes de acessibilidade em comunicação na
tevê.
Segundo Geni, entretanto, nem todas as emissoras seguem à risca a norma. "No sistema ao vivo o texto da legenda deve ter no mínimo 98% de acerto e no pré-gravado, 100%. Portanto, num programa com legenda pré-gravada não devem ocorrer erros de grafia ou omissão de palavras como acontece." Outro ponto levantado por surdos é em relação à falta de sincronia entre fala, imagens e legenda, que normalmente ocorre em programas ao vivo. "Prefiro assistir a um programa em
que o closed caption tenha sido gravado e editado", diz a diretora administrativa da Cooperativa de Trabalho para Surdos, Hudla Perla Venturas. "Quando é ao vivo, a legenda aparece atrasada. Isso deixa a gente confusa."
No caso relatado, não há muito a fazer. Segundo Geni a legenda produzida em tempo real sempre sofrerá um pequeno atraso.
"O profissional que trabalha na produção do closed caption ao vivo precisa, primeiro, ouvir o que está sendo dito para, depois, teclar a palavra no estenotipo ou repeti--la para o software de reconhecimento de voz." De acordo com a norma pode ser tolerado um atraso máximo de 4 segundos. É preciso que as emissoras respeitem esse tempo e os telespectadores surdos estejam atentos para perceber se a norma está sendo seguida.
Apesar de preferir programas gravados, Hudla não deixa de assistir a telejornais para estar bem informada. Para ela, a legenda oculta é uma grande conquista dos surdos. Este recurso promove o acesso à informação não só de surdos, como de idosos com perda de audição e de ouvintes nas mais diferentes situações.
A tecnologia é utilizada com freqüência em bares e academias. Nesses lugares, ouvintes têm de ler a tela da tevê para acompanhar os programas.
Estudos desenvolvidos no Canadá mostram que programas educativos e culturais legendados contribuem para o aumento do vocabulário e melhoram a capacidade de leitura e compreensão de textos não só de surdos, mas de todas as crianças. "Infelizmente, muitos surdos não têm o domínio da língua escrita porque não tiveram a oportunidade de aprender na escola", diz a fonoaudióloga Helena Dale Couto, que é diretora do Centro de Produção de Legendas onde são produzidas
as legendas ocultas dos filmes nacionais exibidos no Centro Cultural Banco do Brasil e na programação da Globo. "A legenda é um estímulo à aprendizagem da leitura para esse público."
Apesar de as emissoras serem obrigadas a disponibilizar o recurso por força da lei, há poucos programas legendados. Gazeta, Bandeirantes e Rede TV ainda não adotam o recurso. De acordo com a assessoria de imprensa da TV Gazeta, a emissora planeja fazê-lo em 2008. Procuradas pela reportagem de Sentidos, a Bandeirantes e a Rede TV não se manifestaram.
O Ministério das Comunicações publicou a Portaria n° 310, em 27 de junho de 2006, que regulamentou o decreto federal 5.296, forneceu elementos técnicos e estipulou prazos para as emissoras de tevê aberta adotarem o recurso, ficando sujeitas a penalidades caso não cumpram a legislação. A implantação será gradativa.
HORAS ANUAIS DE EXIBIÇÃO COM CLOSED CAPTION A SEREM CUMPRIDAS PELAS EMISSORAS DE TELEVISÃO
* 1 hora (entre 8 e 14h) e 1 hora (entre 20 e 2h) = 2 horas em 24 meses;
* 2 horas (entre 8 e 14hs) e 2 horas (entre 18 e 2h) = 4 horas em 36 meses;
* 3 horas (entre 8 e 14h) e 3 horas (entre 18 e 2h) = 6 horas em 48 meses;
* 4 horas (entre 8 e 14h) e 4 horas (entre 18 e 2h) = 8 horas em 60 meses;
* 6 horas (entre 6 e 14h) e 6 horas (entre 18 e 2h) = 12 horas em 72 meses;
* 16 horas (entre 6 e 2h) = 16 horas em 94 meses;
* 20 horas (programação do dia) = 20 horas em 106 meses (programação do dia) = 24 horas em 132 meses;
Em um primeiro momento, as emissoras devem exibir a legenda, no mínimo, por uma hora na programação veiculada no horário compreendido entre 8 e 14 horas,
e uma hora entre 20 e 2 horas da manhã, dentro do prazo de 24 meses, contado a partir da data de publicação da portaria.
Emissoras que ainda não disponibilizam o recurso têm até 27 de junho para fazê-lo. Cabe aos órgãos competentes fiscalizar e aos telespectadores surdos cobrar pelo direito. Pela norma complementar, só teremos o total da programação diária legendada em 2019.
O novo sistema digital pode reduzir a espera. "A TV Digital possibilitará ganhos na área da acessibilidade. O CC deve ser aprimorado e a Janela de Libras - outro recurso de comunicação que, por lei, deve ser exibido em programas eleitorais e comunicados do governo - deverá se tornar também muito usada, já que a TV Digital permitirá seu acesso ou não, tornando-a visível apenas para àqueles que precisam", acredita a coordenadora geral da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), Izabel Maior.
TV Senado
* Sessão Plenário - 2a a 6a, 14h
TV Escola
* Programas destinados aos professores e alunos do Ensino Fundamental - 2a a 6a, 9h
* Programas destinados aos professores e alunos do ensino Médio - 2a a 6a, 12h
* Salto para o futuro - 2a a 6a, 19h
TV Cultura
* Roda Viva - 2a, 22h40, e domingo, 14h
* Balanço Social - 4a, 22h40, e sábado, 9h30
* Vitrine - domingo, 20h, e 3a, 20h
TV Câmara
* Primeira Página - 2a a 6a, 8h
* Câmara Hoje - 2a a 6a, 21h
* Bastidores - 2a a 5a, 13h30
TV Globo
* Jornal Nacional - 2a a sábado, 20h15
* Bom Dia Brasil - 2a a 6a, 7h15
* Jornal Hoje - 2a a 6a, 13h15
* Jornal da Globo - 2a a 6a, 00h25
* Fantástico - domingo, 20h30
* Globo Repórter - 6a, 22h10
* Programa do Jô - 2a a 6a, 00h30
* Vale a Pena Ver de Novo - 2a a 6a, 14h35
* Duas Caras (novela) - 2a a sábado, 20h55
* A Grande Família - 5a, 22h10
* Zorra Total - sábado, 22h25
* Filmes exibidos nas sessões Tela Quente, Domingo Maior, Festival de Sucessos, Supercine e Temperatura Máxima
* Séries: Lost e 24 Horas
TV Brasil
* 100% Brasil - sábado, 14h30;
* Arte Com Sérgio Britto - 3a, 22h e 6a, 1h40;
* - 2a a 6a, 18h;
* Cadernos de Cinema - domingo, 00h e sábado, 00h30;
* Conexão Roberto D'Avilla - domingo, 20h;
* Conversa afinada - 3a, 23h40; 4a a 6a, 23h30 e sábado, 17h30;
* Curta Criança - 2a a 6a, 15h15; sábado, 10h e domingo, 9h45;
* Expedições - 2a, 12h e 19h30, sábado, 14h;
* Mobilização Brasil - 2a a 6a, 7h30, e sábado, 8h;
* Notícias do Rio - 2a a 6a, 12h30;
* Observatório da Imprensa - 3a, 22h40 e 4a, 1h30;
* Revista do Cinema Brasileiro - 2a, 22h e sábado, 18h30;
* Sem Censura - 2a a 6a, 16h00, e domingo, 16h;
* Stadium - domingo, 15h;]
* Supertudo - 4a, 22h;
* Um Menino Muito Maluquinho - 2a a domingo, 11h30
TV Record
* Jornal da Record 2a a sábado, 20 horas
* Domingo Espetacular domingo, 18h30
JOSÉ WALTER FIGUEREDO (jwalter@.br)
[DE OLHO NA LEI]
TITULAR: Dulavim de Oliveira
proposta de minuta para texto de Decreto que vai regulamentar a lei 10.753/03,
elaborada pelas partes, MOLLA e Editores
São Paulo, 14 de Março de 2008.
Aos digníssimos representantes Sr. Elder Vieira, do Ministério da Cultura, Sra. Kátia Barbosa, do Ministério da Educação, Sr. Oscar Gonçalves, da Biblioteca Nacional, Sra. Niuzarete Lima, da CORDE e Sr. Marcio Aguiar, do CONADE.
C/C: Sr. Roberto Feith e Sra. Sonia Jardim, representantes dos Editores.
Firmes esforços que nós representantes do MOLLA e os representantes dos editores empenhamos para que uma proposta única fosse encaminhada ao governo federal.
A dedicação de nossa parte foi total, inclusive estabelecendo diversas formas de contato com os editores. Iniciando em um contato pessoal ainda dentro da reunião no Rio de janeiro, as conversações passaram para a via telefônica e também por meio da Internet. Por isso, gostaríamos muito de estarmos apresentando agora uma única proposta, com 100% dos pontos acordados e fechados. Porém, no último momento houve uma restrição por parte dos editores com relação ao Art. 19. da minuta que pretendia ser única, solicitando a nós que mudássemos sua redação no sentido de retirarmos os valores das multas que eles consideraram muito elevados para o caso de um atrito envolvendo a venda de um livro gravado em cd-room. Porém, nesse ponto não pudemos aceitar a alteração proposta, visto que sabemos que Leis que não trazem muito bem definidas suas sanções contra eventuais descumprimentos já nascem mortas em nosso País.
Outrossim, todos aqui copiados foram testemunhas dos inúmeros esforços empregados pelo NOLLA nessa árdua, desgastante, complexa, mas acima de tudo democrática negociação, pois receberam cópias das diversas correspondências trocadas entre nós e os editores. Salientamos que abrimos mão de coisas muito importantes para nossa acessibilidade plena, citando como exemplo, a questão do livro entregue em cd-rom apenas formatado para a impressão Braille. Fato este que vai obrigar muitos de nossos colegas a procurarem outros locais para conseguirem obter o resultado final do livro que precisam. Os prazos também foram discutidos com bastante dificuldade, mas sempre tivemos uma postura madura, compreensiva e cuidadosa para com os pontos que eram nevrálgicos para os editores.
Por outro lado, agradecemos aos editores a confiança em terem sempre deixado sob nosso controle a redação dos artigos, parágrafos, incisos e etc, dentro do processo de construção do texto. Imaginamos como deve ter sido difícil para eles conseguirem conciliar tantos interesses envolvidos nessa questão, mas sempre de uma maneira bastante respeitosa para com nossas preocupações também.
Todavia, apesar de todos os esforços empregados de ambos os lados, infelizmente não foi possível um acordo para fecharmos uma proposta totalmente cordata. Porém, os avanços foram substanciais se pensarmos naquela primeira minuta apresentada em Dezembro de 2007, o que vai facilitar e muito o trabalho final do governo.
Segundo comprometimento do Sr. Roberto Feith, representante dos editores, da parte deles também encaminharão a mesma proposta de minuta, porém com a ressalva ao Art. 19. que já citamos acima. Esperamos que também copiem-nos em sua correspondência como estamos fazendo na nossa.
Assim sendo, gostaríamos de comunicar a todos que estamos anexando nossa proposta particular de minuta para o texto final do Decreto que vai regulamentar a lei 10.753, de 31 de Outubro de 2003. Proposta esta que vai como Contribuição apresentada em nome do MOLLA- Movimento Pelo Livro e Leitura Acessíveis no Brasil em 14 de Março de 2008, certamente uma data histórica, um dia para se destacar na história das lutas das pessoas com deficiência no Brasil por mais inclusão, respeito, dignidade, liberda
de e cidadania.
Cordialmente,
Naziberto Lopes de Oliveira
Coordenador do MOLLA - Movimento Pelo Livro e Leitura Acessíveis no Brasil.
***
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei 10.753, de 31 de outubro de 2003, decreta:
Art. 1º - A Política Nacional do Livro e Leitura se desenvolverá mediante projetos, programas e ações nos vários ministérios e instâncias do governo federal, observadas as finalidades previstas no Art. 1º. da Lei 10.753, de 31/10/2003.
§ 1º. A Política Nacional do Livro e Leitura se consubstanciará no Plano Nacional do Livro e Leitura, elaborado pelos Ministérios da Cultura e da Educação.
§ 2º. - A cada ano, o Plano Nacional do Livro e Leitura será revisado e adequado às disponibilidades orçamentárias do exercício seguinte.
§ 3º. O Plano Nacional do Livro e Leitura abrangerá o conjunto das ações de iniciativa do Governo Federal e as desenvolvidas em parcerias com Estados, Municípios e entidades da sociedade civil, estabelecendo metas quantitativas e qualitativas a serem alcançadas a cada ano, assim como as responsabilidades pela execução de cada ação.
§ 4º. O Plano Nacional do Livro e Leitura será homologado por ato conjunto dos Ministros da Cultura e da Educação.
Art. 2º. Para efeitos deste Decreto, considera-se:
I - Livro convencional: aquele fixado em papel, em quaisquer das variações previstas na Lei 10.753, de 31 de Outubro de 2003, Art. 2º parágrafo único, Incisos I a VI;
II - Ajudas técnicas: Aquelas previstas na Lei 7.853, de 24 de Outubro de 1989, regulamentada pelo Decreto 3.298, de 20 de Dezembro de 1999, e na Lei 10.098, de 19 de Dezembro de 2000, regulamentada pelo Decreto 5.296, de 2 de Dezembro de 2004;
III - Contrafação: A reprodução não autorizada da obra;
IV - Base digital: Conteúdo integral da obra fixado em meio eletrônico digital, não necessariamente com igual diagramação e formatação adotadas para a obra fixada em papel, pelo detentor dos direitos sobre a obra ou por terceiro contratado para fazê-lo.
V - Suporte digital: Meio físico eletrônico, utilizado para a distribuição da obra;
VI - Representações gráficas: Ilustrações gráficas contidas em uma obra como, por exemplo, tabelas, gráficos, esquemas, desenhos e fotografias;
VII -Organização do livro convencional: Toda disposição e estruturação relativa ao livro convencional como por exemplo: partes, capítulos, numeração de páginas e notas de rodapé;
VIII - Dispositivos apontadores de cabeça: Mouses colocados na cabeça por pessoas com tetraplegia;
IX - Arquivo em formato digital: reprodução integral do conteúdo da obra em Arquivo eletrônico, podendo ou não contar com proteções para prevenção da contrafação, conservando a mesma organização do livro convencional, sendo seu acesso compatível com l
eitores de tela, sintetizadores de voz, dispositivos apontadores de cabeça e outras ajudas técnicas de que as pessoas com deficiência se utilizam para uso do computador.
X - Arquivo formatado para impressão braille: Arquivo eletrônico de uma obra formatada para o braile, conservando a mesma organização do livro convencional, permitindo pronta impressão em papel, em conformidade com as Normas Técnicas do Sistema Braille, respeitando a Grafia Braille para Língua Portuguesa e demais grafias e códigos adotados pela Comissão Brasileira do Braille (CBB);
XI - Arquivo formatado para audição: Arquivo que permite o acesso ao conteúdo da obra por meio da audição;
XII - Programa de conversão automática: Software de conversão de arquivos formatados para impressão braille ou formatados para audição, que permite automatização do processo, não proporcionando descrição ou narração das possíveis representações gráficas presentes na obra, requerendo mínima intervenção manual para acabamento estético na sua produção;
XIII - Técnicas especializadas de adaptação: Procedimentos para conversão de arquivos formatados para impressão braille ou formatados para audição, que agreguem ou não a utilização de software de automatização do processo, proporcionando descrição ou narração das possíveis representações gráficas presentes na obra, requerendo a intervenção de profissionais especializados para sua produção;
Art. 3º - Os livros e os demais objetos a ele equiparados, fixados em outros suportes, existentes ou a existir, assim como os materiais avulsos a ele relacionados, terão os mesmos benefícios fiscais e tributários do livro fixado em papel, e são protegidos pelo disposto no Artigo 150, inciso VI, alínea d da Constituição Federal.
Art. 4º. A fim de garantir plena acessibilidade às pessoas com deficiências que acarretem dificuldade ou impedimento de leitura do livro convencional, conforme definido nos incisos VII e VIII do artigo 2º da Lei nº. 10.753, de 31/10/2003, é obrigatório que toda obra publicada em Território Nacional seja disponibilizada pelas editoras para venda ao Consumidor interessado, por meio de versões em suporte digital, mediante solicitação prévia à editora responsável pela publicação ou às livrarias e aos representantes que comercializem ou distribuam aquela obra.
§ 1º. As obras constantes em catálogo deverão ser disponibilizadas, segundo a solicitação, nas versões em suporte digital nos seguintes formatos:
I - Arquivos em formato digital, que poderão conter dispositivos de prevenção da contrafação;
II - Arquivos formatados para impressão Braille por meio de programas de conversão automática, sem adaptações de representações gráficas;
III - Arquivos formatados para audição por meio de programas de conversão automática, sem narração descritiva de representações gráficas;
IV - Arquivos formatados para impressão braille por meio de técnicas especializadas de adaptação, incluindo descrições de representações gráficas;
V - Arquivos formatados para audição por meio de técnicas especializadas, incluindo narração descritiva de representações gráficas;
2º. Os prazos de preparação e entrega das obras previstas no parágrafo 1º serão distribuídos conforme abaixo, , contados a partir da data de sua solicitação:
I - Para os formatos previstos nos Incisos I, II e III e na primeira solicitação de cada título:
a) 07 (sete) dias para que a livraria ou o distribuidor envie a solicitação para a editora;
b) 15 (quinze) dias, após o recebimento da solicitação pela editora, para entrega final ao solicitante.
II - Para os formatos previstos nos Incisos IV e V e na primeira solicitação de cada título:
a) 07 (sete) dias para que a livraria ou o distribuidor envie a solicitação para a editora;
b) 60 (sessenta) dias, após o recebimento da solicitação pela editora, para entrega final ao solicitante.
III - Para todos os formatos previstos, da segunda solicitação em diante de cada título:
a) 07 (sete) dias para que a livraria ou o distribuidor envie a solicitação para a editora;
b) 15(quinze) dias, após o recebimento da solicitação pela editora, para entrega final ao solicitante.
IV - Para todos os formatos previstos, nos casos em que a solicitação for feita diretamente às editoras , o prazo de 07 (sete) dias previstos para as livrarias e distribuidores tornar-se-á sem efeito.
3º. Os conteúdos constantes dos Incisos II a V do parágrafo 1º terão como base para os prazos ali previstos um livro convencional com até 270 páginas; acima disto, os prazos poderão ser ampliados proporcionalmente ao acréscimo do número de páginas.
4º. Para edições anteriores a publicação deste decreto:
I - Quando produzidas em base digital, ficam mantidos os prazos previstos no § 2º;
II - Quando não produzidas em base digital, os prazos previstos no § 2º Poderão ser ampliados , até o máximo do dobro.
§ 5º. O preço do livro em suporte digital correspondente as versões previstas no parágrafo 1º, incisos I, II e III não poderá ultrapassar o valor de capa de sua edição convencional.
§ 6º. Com relação ao preço do livro em suporte digital correspondente as versões previstas no parágrafo 1º, incisos IV e V, a editora deverá apresentar ao solicitante pelo menos 03 (três) orçamentos de fontes distintas para a adaptação da obra requeri
da, por meio de técnicas especializadas, cabendo ao solicitante optar por um destes orçamentos.
§ 7º. Na hipótese de o preço das obras com os conteúdos previstos nos incisos IV e V do § 1º sofrer acréscimo em relação ao preço de capa de sua edição convencional, facultar-se-á ao consumidor interessado a escolha pela conversão destes conteúdos por meio de programa de conversão automática, caso em que, desde logo, ficará ciente de que as possíveis representações gráficas presentes nestes conteúdos não estarão adaptadas.
Art. 5º. As doações de cópias em suporte digital às instituições sem fins lucrativos permanecerão inalteradas, pois estão previstas no Art. 46 da Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.
Art. 6º. As editoras terão o prazo de 03 (três) anos para se adaptarem para o fornecimento das versões previstas no Art. 4º, parágrafo 1º, incisos IV e V.
Art. 7º. As editoras deverão oferecer a obra em quaisquer dos formatos previstos no art. 4º, § 1º, independentemente de autorização do autor, ainda que tal previsão conste em contrato firmado entre este e aquelas, de conformidade com o disposto no art. 421 e no art. 2.035, parágrafo único, ambos da Lei 10.406, de 10 de Janeiro de 2002 (Código Civil).
Art. 8º. Para o caso das obras nas versões previstas no Art. 4º, parágrafo 1º, Incisos II e III, as editoras, livrarias ou seus representantes que as publiquem ou comercializem não serão responsáveis por imperfeições ocasionadas por limitações nos programas de conversão automática, desde que utilizem para esses procedimentos softwares de primeira linha, de qualidade comprovada e com versões sempre atualizadas; cabendo, ainda, informarem ao solicitante, junto com o produto, qual software e respectiva versão que foi utilizada para aquela conversão automática.
Art. 9º. Na editoração do livro é obrigatória à adoção do Número Internacional Padronizado do Livro - ISBN, bem como a ficha de catalogação na publicação.
§ 1º. O ISBN - International Standard Book Number, é o número mencionado no caput deste artigo, e sua obtenção está sujeita às normas estabelecidas pelo Escritório Brasileiro do ISBN que determinará, também, os demais locais de sua aposição ao livro,além da quarta capa do livro impresso.
§2º. A ficha de catalogação na publicação deverá ser elaborada seguindo os padrões do Código de Catalogação Anglo-Americano, em sua versão mais atualizada.
§ 3º. Não poderão invocar os benefícios da lei os livros que não estiverem registrados no ISBN.
Art. 10. Em virtude do disposto no Art. 7º da Lei 10.753, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES estabelecerá limites e condições específicas para a constituição de linhas de crédito especiais para as editoras e demais componentes da cadeia produtiva do livro, destinadas ao desenvolvimento de projetos, aquisição e para o sistema de distribuição de livros.
§ 1º. - O sistema de distribuição de livros compreende o conjunto de atividades desenvolvidas, na promoção da livre circulação dos livros, inclusive das respectivas versões em suporte digital, referidas no § 1º do art. 4º..
§ 2º. - Para o setor livreiro se dará atenção especial nos programas de crédito preferencial específicos às pessoas que invistam na ampliação ou abertura de novas livrarias ou de filiais das que já estejam estabelecidas.
Art. 11. As pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda que exerçam as atividades de editor, distribuidor e de livreiro poderão constituir provisão para perda de estoques, calculada no último dia de cada período de apuração do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) correspondente a 1/3 (um terço) do valor do estoque existente naquela data.
Art. 12. A provisão referida no art. 11. será dedutível para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido.
Art. 13. Os registros contábeis relativos à constituição de provisão para perda de estoques, à reversão dessa provisão, à perda efetiva do estoque e a sua recuperação serão efetuadas conforme a seguir:
I - a constituição da provisão será efetuada a débito da conta de resultado e a crédito da conta redutora do estoque;
II - a reversão da provisão será efetuada a débito da conta redutora de estoque, a que se refere o item I, e a crédito da conta de resultado;
III - a perda efetiva será efetuada a débito da conta redutora do estoque, até o seu valor, e o excesso a débito da conta de resultados - custos ou despesas - e a crédito da conta de estoque;
IV - a recuperação das perdas que tenham impactado o resultado tributável, a débito da conta patrimonial e a crédito da conta de resultado.
"Art. 14. Os Ministérios da Cultura, da Educação e do Planejamento incluirão no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Orçamento Geral da União os recursos destinados, dentro do Fundo Nacional de Cultura, para a expansão dos seus respectivos sistemas de bibliotecas, com acessibilidade segundo o disposto no Decreto nº. 5.296 de 2 de Dezembro de 2004, e programas de incentivo à leitura, como rubrica específica.
Parágrafo Único - Para o cumprimento do caput, os recursos previstos deverão englobar a aquisição e a manutenção de ajudas técnicas para as bibliotecas públicas, universitárias e escolares, bem como os programas anuais para manutenção e atualização do acervo das mesmas, incluindo-se obras em suporte digital, impressas em Braille e áudio.
Art. 15. Os livros e os demais objetos a ele equiparados não são considerados como material permanente nas bibliotecas públicas, e seus acervos deverão ser transferidos para a conta de bens de consumo por ato de seus responsáveis administrativos nos Estados, Municípios, no Distrito Federal e nos órgãos da administração federal pública direta e indireta, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 16. As bibliotecas públicas que tiverem a função de preservação explicitarão em seus regimentos os critérios para inclusão de títulos e coleções no seu registro e os critérios para acesso ao público das obras preservadas.
Art. 17. Os sistemas de ensino, respeitando a autonomia das escolas, bem como aos princípios de acessibilidade, serão responsáveis por prestar a orientação necessária para o desenvolvimento de atividades leitoras em suas escolas, para efeito do cumprimento do Art. 13, inciso II, alínea b da Lei 10.753/2003.
Art. 18. Para capacitação de pessoal auxiliar e treinamentos dos profissionais das bibliotecas públicas, os estados e municípios poderão se qualificar para receber o apoio do Fundo de Assistência ao Trabalhador - FAT, assim como dos recursos e projetos do SEBRAE.
Art. 19. As infrações das normas estatuídas nos arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º, todos do presente decreto, ficam sujeitas à sanção de multa, prevista no inciso I do artigo 56 da Lei 8.078, de 11 de Setembro de 1990, a ser aplicada pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicada cumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
§ 1º. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica da editora, será aplicada mediante procedimento administrativo, revertendo para o Fundo Nacional de Cultura, referido no Art. 17 da Lei 10.753, de 31 de Outubro de 2003, sendo os respectivos valores, dentre outros, destinados à necessária estrutura para o acesso aos livros em suporte digital.
§ 2º. A multa será em montante não inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir) ou índice equivalente que venha a substituí-la.
Art. 20. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Dulavim de Oliveira (dulavim@jf-.br)
[TRIBUNA EDUCACIONAL]
TITULAR: SALETE SEMITELA
UM VILÃO DA LINGUA
Embora a Língua seja um fato vivo e, portanto, sujeita a
constantes mudanças, o "gerundismo" é erva daninha que, sem trégua, necessita ser arrancada da nossa comunicação.
O texto que se segue reflete muito bem a contaminação que impuseram à Língua Portuguesa em nosso país.
GERÚNDIOS ASSASSINOS
Ricardo Freire
Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o gerundismo. Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão possa estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando. Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você possa estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo. Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito.
Sinceramente: nossa paciência está a ponto de estar estourando.
O próximo "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu possa estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte em nível emocional. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos. As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia. Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais de atendimento por telemarketing.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no nível dos atendentes de telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e a estar retornando ligações. A gravidade da situação só começou a estar se evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou estar sendo invadido inapelavel-
mente pelo gerundismo. "O que cê vai tá fazendo domingo?", ou "Quando que cêvai tá viajando pra praia?", ou "Me espera, que eu vou tá te ligando assim que eu chegar em casa". Caramba! O que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas tejam entendendo o que esse negócio pode tá provocando no cérebro das novas gerações? A única solução vai estar sendo submeter o gerundismo a mesma campanha de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o "a nível de", o "enquanto", o "pra se ter uma idéia e outros menos votados. A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de ta insistindo em tá falando desse jeito?
SALETE SEMITELA(saletesemitela@.br)
[GALERIA CONTRAPONTO]
COLUNA LIVRE:
José Álvares de Azevedo: Patrono da Educação dos
cegos no Brasil.
1834 - 1854
Edison Ribeiro Lemos
Na "Galeria dos Cegos Brasileiros", um vulto tem projeção
especial: José Álvares de Azevedo, pioneiro, missionário e
idealista da Educação dos Cegos no Brasil.
Ele foi o primeiro a exercer, particularmente, na cidade do
Rio de Janeiro, a função de professor cego, após ter tido a
oportunidade de se educar em uma escola para cegos, na França.
Essa circunstância histórica de ser o primeiro professor cego
brasileiro justifica o título honorífico que se dá a José Álvares
de Azevedo, de "Patrono da Educação dos Cegos no Brasil".
O atendimento educacional às pessoas sem visão, em nossa
Terra, teve início a partir da ação pioneira desse jovem,
introdutor do Sistema Braille e idealizador da primeira escola
destinada a alunos cegos, no Brasil e na América Latina, tendo
por modelo a instituição onde havia estudado, na França.
A oportunidade que teve de educação, o habilitou a desempenhar
papel relevante, como pessoa reabilitada e integrada na
sociedade, estando o seu nome, diretamente vinculado à origem da
educação dos cegos em nosso País.
Os fatos mais expressivos de que se tem notícia sobre José
Álvares de Azevedo, durante quase vinte anos de sua existência,
vividos na condição de pessoa cega, desde o berço, podem ser
sintetizados em três fases distintas: a primeira, na infância, do
nascimento aos dez anos de idade, vivendo como criança cega, no
ambiente e no convívio familiar; a segunda, durante os seis anos
seguintes, dos dez aos dezesseis anos, afastado da família e
longe da Pátria, estudando como aluno interno, em uma escola
especializada e de ensino segregado; a terceira, os restantes
quatro anos incompletos da última fase de sua vida, após a
conclusão dos estudos, vivendo como jovem cego reabilitado pela
educação e preparado a participar da vida social.
José Álvares de Azevedo, filho de Manuel Álvares de Azevedo,
nasceu no dia 8 de abril de 1834, de uma família abastada, na
cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império.
Tendo nascido cego,todos os recursos médicos disponíveis, à
época, foram tentados, sem qualquer êxito, sendo a cegueira
inevitável durante toda a sua existência...
Como criança cega, teve a mais desvelada dedicação por parte
dos seus pais, sendo cercado de todo afeto e carinho, não só
pelos familiares, como também pelos amigos da casa e da
comunidade em geral.
Desde cedo, despertou em todos a mais profunda admiração por
sua grande vivacidade e inteligência precoce, nele reconhecidas.
Era grande e permanente a sua curiosidade em tudo conhecer,
investigar e saber sobre todas as coisas que suas mãos pudessem
alcançar.
Esse menino, tão bem dotado, estaria certamente condenado a
crescer e a viver, irremediavelmente, vítima do analfabetismo, o
que era condição natural de uma pessoa cega naquela época, no
Brasil.
Mas isso não iria acontecer ao menino Azevedo, pois pelos
desígnios imperscrutáveis do Criador, surge no caminho daquela
criança a providencial interferência de um amigo da família, Dr.
Maximiliano Antônio de Lemos, que tinha conhecimento de que
existia, na França, uma escola para atender a alunos cegos e onde
o menino poderia estudar.
Seus pais, no entanto, não admitiam a idéia de ter de se
afastar do filho cego para ir estudar tão longe, na Europa.
Após cinco anos, de relutância e negativa constante, acabaram
aceitando a idéia do afastamento, ante a insistência e o empenho
do Dr. Lemos, que já tinha providenciado a matrícula do menino na
escola.
Assim, no início de agosto do ano de 1844, quando Álvares de
Azevedo contava dez anos de idade, ele embarcou para a França a
fim de estudar no "Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris".
Onde permaneceu como aluno interno, durante seis anos
ininterruptos, dedicando-se inteiramente aos estudos, com
aproveitamento máximo e desenvolvimento pleno de todo o seu
potencial e capacidade de que era dotado.
Todo o período de sua escolaridade se deu quando o invento de
Louis Braille estava sendo experimentado, como meio de escrita e
leitura, paralelamente, ao sistema de leitura tradicional da
escola, ou seja, o sistema dos caracteres comuns, em relevo, de
autoria de Valentin Haüy, fundador da instituição "Instituto Real
dos Jovens Cegos de Paris", primeira escola criada, em 1784, para
o ensino de alunos cegos, no mundo.
Como estudante, Álvares de Azevedo deixou "a melhor das
famas", segundo afirmação de J. Pinheiro de Carvalho, também, ex-
aluno da escola de Paris e, mais tarde, professor do Instituto
Benjamin Constant.
Concluído o curso, com grande aproveitamento, o jovem Azevedo
adquiriu "educação acurada e variada instrução" que lhe assegurou
vasta e segura cultura, em sua formação intelectual.
Regressou à Pátria e ao seio da família, em 14 de dezembro de
1850, com o propósito de difundir o Sistema Braille e com o ideal
de poder criar uma escola para cegos, semelhante ao Instituto
Real dos Jovens Cegos de Paris.
Para tanto, passou a fazer palestras nas casas de família, nos
salões da Corte Imperial e na comunidade, em geral, demonstrando
como era possível escrever e ler através do Sistema Braille.
Escreveu e publicou, na imprensa, artigos sobre as
possibilidades e condições de pessoas cegas poderem estudar,
sendo ele próprio um exemplo dessa realidade.
Foi o pioneiro da introdução do Sistema Braille e no exercício
da função de professor, como pessoa cega, no Brasil, ensinando a
ler e a escrever a outras pessoas, tirando-as do analfabetismo e
nessa função teve a oportunidade de ensinar a uma moça cega,
Adélia Sigaud, filha do Dr. Francisco Xavier Sigaud, Médico da
Corte Imperial.
Foi por meio do Dr. Xavier Sigaud e do Barão do Rio Bonito,
que o jovem cego Álvares de Azevedo conseguiu ter uma entrevista
com o Imperador do Brasil, D. Pedro II para quem fez uma
demonstração de como uma pessoa cega podia escrever e ler
correntemente, pelo Sistema Braille.
O Imperador D. Pedro II, viva-mente interessado e
sensibilizado com tal demonstração, proferiu a célebre frase
histórica: "a cegueira já quase não é uma desgraça".
Nessa mesma ocasião, foi apresentada, por José Álvares de
Azevedo, a idéia e a proposta de se criar uma escola para cegos,
semelhante à escola de Paris, o que era sua grande aspiração.
Com a devida autorização do Imperador, foi iniciado o processo
para a criação dessa escola e José Álvares de Azevedo participou,
intensamente, de todas as providências iniciais e decisivas que
resultaram na fundação do "Imperial Instituto dos Meninos Cegos",
cujo ato de inauguração ocorreu no dia 17 de setembro de 1854.
A este ato não esteve presente o seu idealizador, conforme
afirmação de Xavier Sigaud ao dizer: "ato que era o incessante
objeto de seus pensamentos ou alvo de suas esperanças. Deus não
permitiu que ele gozasse de seu triunfo" pois, seis meses antes,
o jovem cego morrera, no dia 17 de março de 1854, vítima de
tuberculose, aos vinte anos de idade.
Seu grande ideal tornou-se uma realidade e o nome de José
Álvares de Azevedo, como personalidade intelectual de destaque e
pelo seu papel meritório de pioneiro, missionário e idealista,
deve ser sempre exaltado e reconhecido por todos os que lidam com
a educação dos cegos brasileiros, pois dele partiu a idéia da
criação da primeira escola para o ensino de cegos, em nossa
Pátria.
"Azevedo foi um moço excepcional, que embora pouco se
demorasse na terra, deixou de sua passagem um sulco luminoso cujo
brilho eterno é um fanal que nos guia a todos", no dizer de Aires
da Matta Machado, ex-aluno do Instituto Benjamin Constant,
eminente intelectual, filólogo e consagrado escritor das letras
brasileiras.
Os últimos anos da vida de José Álvares de Azevedo foram
dedicados, também, aos estudos para aprofundamento de sua
cultura. Com a idade de 18 anos, "entregou-se com fervor, ao
cultivo das letras, às belezas dos poetas e historiadores
portugueses".
Em poucos anos, aumentou seus conhecimentos e dedicou-se a
pesquisas, encaminhando seu espírito às indagações da História
Pátria. Valendo-se de ledores, consultou manuscritos da
Biblioteca Nacional para o domínio do conhecimento de fatos da
Historia do Brasil.
Desses seus estudos e pesquisas, deixou alguns trabalhos
escritos, conforme referência do Dr. Xavier Sigaud, em seu
discurso, quando da inauguração do "Imperial Instituto dos
Meninos Cegos", hoje, Instituto Benjamin Constant.
Por tudo que realizou, em tão pouco tempo de existência, esse jovem e
ilustre brasileiro cego, José Álvares de Azevedo é, de fato, o lídimo
"Patrono da Educação dos Cegos no Brasil" e, por isso, merecedor do nosso
eterno e comovido tributo de gratidão.
--
Fonte: seção Palavra Final da revista Benjamin Constant nº 24 - abril
2003.
Créditos: Edison Ribeiro Lemos - Mestre em Educação - Administração
Escolar, formado em História e Geografia e Livre Docência pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Pedagogia pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atuou como Docente do
Instituto Benjamin Constant por 27 anos, e por 10 anos como
Técnico de Assuntos Educacionais.
OBS.: Nesta coluna o Contraponto reverencia pessoas( cegas ou não),que
prestaram serviços relevante ao nosso segmento...
[ANTENA POLÍTICA]
TITULAR: HERCEN HILDEBRANDT
A quem devem pertencer nossas entidades?
Enquanto um pequeno grupo de cegos reunia-se no pátio do edifício
Gustavo Capanema, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro, para
apoiar nossos companheiros que participavam de reunião do GT que debatia
a regulamentação da chamada "Lei do Livro", a Polícia Federal detinha O
presidente da Federação Brasileira de Entidades de e para Cegos-FEBEC,
Carlos Ajur Cardoso Costa, e seu vice-presidente para a Região Sudeste,
Márcio José Ferreira, sob suspeita de integrarem uma quadrilha que
desviava recursos do Conselho Nacional de Assistência Social, órgão em
que representavam, respectivamente, a entidade acima citada e a União
Brasileira de Cegos-UBC.
As informações que nos chegaram até este momento são insuficientes para
que possamos emitir algum juízo de valor sobre o caso, mas o fato, em
si, permite-nos alguma reflexão.
Por um lado, alguns de nós, organizados espontaneamente, reivindicávamos
o acesso aos livros, nas mesmas condições em que o têm os videntes. Por
outro, nossos representantes oficialmente reconhecidos buscavam, junto
aos entes públicos, meios para oferecer-nos assistência social.
Parece-me intransponível a distância entre eles e nós. É muito provável
que a maioria de nós não saiba quem são eles nem suas - "nossas" -
entidades. Por sua vez, é possível que "nossos líderes", desconhecendo
nossas verdadeiras aspirações, imaginem que todos nós vivemos uma
insuperável situação de miséria, à espera de que "almas generosas"
venham amenizar nossa dor.
Faz lembrar a velha política dos "descamisados", que tanto mal já fez à
sociedade brasileira.
Felizmente, a miséria e a dependência dos cegos mais pobres de entidades
de assistência social não são irreversíveis. A ação organizada dos
próprios interessados é capaz de superá-las.
Mas, para que isso seja possível, é fundamental que estejamos
conscientes de que nossa condição de cegos não nos torna menos capazes
que os demais seres humanos e reconhecer que, se os problemas são
nossos, cabe a todos nós lutar para resolvê-los. Se necessitamos de
entidades que se dirijam aos poderes públicos em nosso nome, elas devem
ser de todos nós. E cabe a todos nós escolher nossas lideranças.
Não podemos deixar passar, aqui, a oportunidade de cumprimentar nossos
companheiros Naziberto Lopes, Márcio Aguiar e Márcio Lacerda, bem como a
professora Ana Fátima, do Instituto Benjamin Constant (vidente) pela
atuação junto ao GT do livro. Valeu, companheiros.
Hercen Hildebrandt ( hercen@.br )
[PERSONA]
TITULAR: IVONETE SANTOS
Entrevistado:
Alexandre Braga presidente da ADVERJ (Associação dos
Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro).
1. Alexandre, inicialmente, nos fale sobre a causa da sua deficiência visual.
r. Eu nasci com baixa visão e com aproximadamente 12 ou 13 anos perdi totalmente a visão em função de agravamento nos quadros de glaucoma, aliado a aniridia e catarata. Mas, além de congênitos esses problemas, os mesmos são de ordem genética. Inclusive, tenho minha mãe e uma irmã que possuem cegueira e baixa visão respectivamente. Entretanto, não param aí, as consequências da genética, haja vista que meu filho é deficiente visual de baixa visão, cujas causas são catarata congênita, hipermetropia, estagma e até o presente, graças a Deus, não possui o glaucoma.
2. Onde realizou seus estudos, em escola especial ou em instituição regular de ensino?
r. Realizei meus estudos preliminares numa escola particular e posteriormente, por dificuldades, fui encaminhado ao IBC; também estudei na oitava série numa escola municipal. O ensino médio concluí através dos provões do Estado.
3. Quais as dificuldades para realizar seus estudos?
r. Minhas dificuldades foram: Falta de material adaptado e acesso aos livros. Apesar do despreparo dos professores, havia boa vontade.
4. Nos conte como foi seu relacionamento com a sua família e os amigos durante sua infância e juventude em relação à aceitação ou não da sua cegueira.
r. Com relação à aceitação de minha família em função da deficiência, tive algumas resistências de minha mãe,uma vez que ela não tinha boa mobilidade, achando sempre que era impossível um cego conseguir se locomover sozinho. E, até hoje, não consegui fazê-la andar independente.
5. Nos fale sobre suas atividades atuais, ou seja:onde estuda e qual o curso que está fazendo, nos diga também o que levou você a optar por esta graduação?
r. No momento, estou concluindo o curso de Direito pela Escola de Ciência Jurídica da UniverCidade, tendo sido movido a essa graduação por minhas próprias dificuldades e pela percepção das dificuldades alheias do nosso segmento social. Tinha em mente alguns cursos, exemplo Psicologia, Pedagogia, Fisioterapia e o Direito, cuja manifestação é antiga. Você acredita que quando era criança pensava em ser médico ou advogado? Daí você pode imaginar nos dias de hoje que temos uma legislação vasta descumprida, isso me levou a optar então pelo Direito.
6 Com relação ao seu trabalho, gostaríamos de saber onde trabalha e se encontra dificuldades para desempenhar suas funções?
r. Estou trabalhando na UNI-RIO e no Supermercado Mundial Ltda.
Na função de ascensorista, (que exerço na Uni-Rio), as dificuldades são relacionadas com a quantidades de pessoas e a parada nos andares, visto que a UNI-RIO NÃO DISPONIBILIZOU SISTEMA DE VOZ NOS ELEVADORES. Já no Mundial não tenho grandes dificuldades, visto que desempenho algumas funções, as quais não necessitam de acessibilidade. Nos dias de audiência, vou para a Justiça do Trabalho e represento o Mundial como preposto. Preposto é o funcionário responsável por corporificar a empresa nas audiências. Pois, de um lado, está o o autor com seu advogado e outro lado está a empresa representada por seu preposto e seu advogado.
Nessa função é necessário que o funcionário saiba a respeito da vida processual da outra parte. Para isso, o advogado é fundamental orientá-lo. Sobretudo, na Justiça do Trabalho, o preposto precisa prestar depoimento pessoal e nesse sentido, aquele funcionário precisa antes da audiência conhecer a contestação. Se houver contradição entre a contestação e o depoimento,o juiz pode oficiar o MPT para devidas providências.
7. Você já observou descrédito no seu trabalho como preposto pelo fato de ser cego?
r. No período de experiência, eu apenas observava, depois comecei a fazer audiências iniciais, as quais tinham probabilidade de serem adiadas face a necessidade de instrução probatória. Atualmente já estou atuando em todas as audiências, iniciais e de prosseguimento.
Apesar disso às vezes acontecem situações interessantes que mostram ainda haver um certo descrédito.
Ao sentar-me à mesa para a audiência, o juiz solicitou que eu passasse para a cadeira do reclamante achando que eu era parte reclamante. Tive que informar que eu era o preposto e a situação foi
compreendida pelo juiz e a audiência prosseguiu normalmente
8. Qual a exigência para uma pessoa ser um preposto?
r. Não é exigida graduação, apenas a função dentro da empresa representada.
9. Nos fale sobre essa experiência como preposto e como tudo começou?
r Minha experiência como preposto vem cada vez mais me enriquecendo os conhecimentos;
Numa reunião com a sra Laura, que é Coordenadora de projetos sociais do Mundial, perguntei a respeito das vagas de emprego para deficientes em geral. Ela me falara que essa era a empresa que mais contratava pessoas com deficiência do estado do Rio de Janeiro. Então indaguei sobre a contratação de deficientes visuais. Ela disse possuir na oportunidade 15 por cento para baixa visão. Retruquei acerca da contratação de cegos. Ela me convidou a conversar e marcamos uma reunião no RH Central.
Naquele dia estive lá e falamos com o Diretor Jurídico. O qual já tinha feito estágio na Defensoria Pública, onde eu era estagiário. Ele então sugeriu uma oportunidade experimental no Jurídico Trabalhista e até hoje estou bem. Tenho bons amigos. Nosso relacionamento é extremamente profissional.
10. Em relação a ADVERJ, nos diga o que significou para você chegar a presidente de uma associação para deficientes visuais?
r. Chegar a presidência de uma associação foi muito importante para o meu crescimento social, intelectual e ampliação da minha visão política de mundo.
11. Quais são seus projetos durante esse tempo na presidência da ADVERJ?
r Toda diretoria da ADVERJ está comprometida em levar ao nosso segmento social diferentes formas de atuação. Alguns projetos são:
1. Projeto Lendo através de nós, cuja função é que ledores leiam para pessoas com deficiência visual, digitalizem livros ou gravem em mídia de áudio.;
2. Projeto Lan House acessível,
o qual visa a que as casas de informática e de jogos possam tornar acessíveis seus equipamentos de informática por meio dos leitores de tela.
3. Projeto Acessibilidade para o deficiente visual consumidor, o qual traz a possibilidade de que o deficiente visual possa ter suas contas, faturas, guias médicos, caixas eletrônicos e demais seviços acessíveis. Inclusive, para a implementação desse projeto fizemos parcerias com escritórios de advocacia.
4. Projeto A empregabilidade e o deficiente visual no mercado de trabalho privado, o que possibilita o acesso ao mercado de trabalho para os deficientes visuais , principalmente os cegos e outros.
12. Além de seu trabalho, da ADVERJ e da faculdade, nos conte o que gosta de fazer em seus momentos de lazer?
r. Nos momentos de lazer, gosto de ouvir músicas, ir a shows, ler, etc.
13. Quais são seus projetos para o futuro?
r. Pretendo fazer pós-graduação em RH, voltada para o trabalho do deficiente, também gostaria de fazer mestrado em direito de acesso de pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho. ou seja, pretendo continuar lutando pelas causas dos deficientes de modo geral.
14. Gostaria de deixar uma mensagem para nossos leitores?
r. Quero deixar a mensagem de que todos os deficientes visuais devem se unir em busca da empregabilidade privada, pois nos concursos públicos não há obste diretamente no acesso. Devemos nos qualificar em diversas árias, exemplo: recursos humanos, tecnologias financeiras, e
outras para que possamos estar preparados para ingressarmos nos quadros das empresas.
IVONETE SANTOS (ivonete@.br)
[DV-INFO]
TITULAR: CLEVERSON CASARIN ULIANA
Introdução rápida ao sistema Linux
Cleverson Casarin Uliana
Prezados,
O texto abaixo foi adaptado por mim a partir do artigo "Quem é Quem no Linux ?", escrito por José Filipe Lopes e disponível no fórum Linux Acessível:
vou esclarecer alguns conceitos sobre Linux. Para uma melhor compreensão, veja os linques da Wikipédia que vou intercalando com o texto. Um pequeno parêntese: A Wkipédia é uma das melhores, senão a melhor enciclopédia da Internet. Consultem-na em português em
Lá encontra-se tudo, sobre Portugal, Brasil, São Paulo, Porto, Santo Tirso, Software, Linux e tudo mais.
O Linux é um sistema operacional completamente diferente do Windows. Ele é open source (ou de código aberto) e totalmente gratuito. Ver:
O que é open source ou código aberto ? Para uma explicação mais detalhada ver:
aberto
A vantagem dos softwares que têm o código aberto é que podem ser modificados por qualquer um que tenha um mínimo de conhecimentos em programação. Isso facilita inclusive o desenvolvimento de soluções em acessibilidade para pessoas com deficiência, porque os softwares não são desenvolvidos restritamente por alguma empresa em específico. Cabe lembrar que já falamos diversas vezes aqui sobre o NVDA e o Monitvox, leitores de tela para Windows que têm o código aberto.
O Windows tem várias versões, por exemplo, 3.11, 95, 98, NT, XP, VISTA, etc. O Linux é ainda mais vasto: ele tem várias distribuições (também escreve-se "distro" para fins de abreviação) e cada uma delas possui um modo de funcionamento diferente, embora com
algumas coisas semelhantes ou iguais. Ver:
sendo que cada distribuição possui também as suas versões.
A razão para que existam muitas distros de Linux é que, considerando que nem todas as pessoas têm as mesmas preferências e que o sistema é livre para modificação e redistribuição, os desenvolvedores com gostos comuns começaram a formar comunidades que desenvolvem linhas de código para o Linux. Numa última análise, pode-se dizer que cada distro é um sistema operacional diferente mas com propósitos semelhantes, sendo um deles a disseminação de software gratuito e aberto de qualidade.
Algumas dessas comunidades chegaram inclusive a formar empresas comerciais que trabalham com software como serviço e não como produto. Um exemplo é a Red Hat. Ver:
A Red Hat criou a distribuição Fedora, sendo um de seus diferenciais o sistema de gestão de programas, o RPM (RedHat Package Management). Ver:
O Ubuntu é outra distro do Linux, baseado na distro Debian e patrocinado pela Canonical LTDA. Ver:
Todas as distribuições e todas as versões do Linux são gratuitas, assim como a imensa maioria dos programas que nelas rodam.
Nos próximos meses veremos formas de acesso a sistemas Linux para pessoas com deficiências. Cumprimentos e até lá.
Cleverson
CLEVERSON CASARIN ULIANA(clever92000@.br)
[O DV E A MÍDIA]
TITULAR: VALDENITO DE SOUZA
*Sexualidade dos deficientes visuais é tema de livro
A partir de um prolongado estudo sobre a forma em que os
adolescentes cegos se relacionam com os não cegos, o modo de se
paquerarem e as dificuldades que os deficientes visuais têm nesse
momento, nasceu o livro "Sexualidade de Cegos", da sexóloga e
pesquisadora Maria Alves de Toledo Bruns. Fruto de relatos de cegos
e portadores de visão, o livro "Sexualidade de Cegos" tem como
propósito facilitar e humanizar o conhecimento da sexualidade dos
deficientes visuais, ou seja, desconstruir um preconceito ainda
vigente na sociedade para dar lugar à inclusão social, afetiva
sexual e à qualidade de vida. Um dos temas abordados pela autora são
as facilidades e as dificuldades encontradas pelas famílias de
jovens cegos ao falar sobre assuntos relacionados a sexo, como
gravidez, aborto, doenças sexualmente transmissíveis e libido. "As
particularidades de cada família têm que ser respeitadas. Contudo,
os pais ainda têm dificuldades em falar sobre sexualidade com os
filhos e, quando eles são cegos, isso acentua", afirma Bruns. Outro
tema que a autora discute é a importância da escola no contexto da
inclusão social dos deficientes, visto que este espaço possibilita a
comunicação entre os cegos e não cegos, o que enriquece o
conhecimento de ambos os lados. A autora acredita ainda, que "o
preconceito está diminuindo, porque o momento atual passa pela
diversidade sexual. Com o passar dos últimos anos, eles estão
demarcando a visibilidade. Os pais saem mais com seus filhos do
jeito que eles são. O preconceito, o processo, está sendo diluindo".
Entretanto, ela chama atenção para um ponto que é discutido no
livro." Apesar de haver políticas de inclusão social, ainda falta
conscientização da sociedade como um todo para lidar com essa
realidade. A conscientização vem por meio da família, da escola e
principalmente pelos meios de comunicação, como as novelas, que têm
um poder incrível sobre os valores das pessoas. A sociedade precisa
criar mais espaços para aqueles que possuem necessidades especiais."
Maria Alves de Toledo Bruns, a autora, é Especialista em Sexualidade
Humana, Doutora em Psicologia Educacional pela Unicamp, Pós-Graduada
em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP
- Ribeirão Preto, docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia
da FFCLRP-USP e líder do Grupo de Pesquisa Sexualidade de Vida, da
USP e CNPq. A pesquisadora já escreveu 14 livros, entre eles
"Sexualidade Preconceito, Tabus, Mitos e Curiosidades", "Vivência
Transexual: o corpo desvela seu drama" e "Adolescentes: Maternidade
e Paternidade Inoportunas", que fazem parte da coleção Sexualidade &
Vida, criada em 2003 pelo Grupo de Pesquisa Sexualidade e Vida, da
Universidade de São Paulo (USP) e CNPq.
Fonte: Da Agência Anhangüera
Março de 2008
*Governo disponibiliza software para o desenvolvimento de sítios(sites) acessíveis
por Laura Tresca - Última modificação 27/12/2007 22:15
O público-alvo são desenvolvedores de portais e sítios públicos
A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento disponibilizou o Avaliador e Simulador para a Acessibilidade de Sítios (ASES).
Esse é um software para avaliar, simular e corrigir a acessibilidade de páginas, sítios e portais e é resultado de uma parceria entre a SLTI e a OSCIP Acessibilidade Brasil. O software está disponível para download no portal .br.
A acessibilidade na internet trata do oferecimento de conteúdos gráficos e sonoros alternativos, claros, compreensíveis e capazes de garantir o controle da navegação pelos usuários, independente das suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais.
O ASES contempla funcionalidades para a avaliação e desenvolvimento de sítios e portais acessíveis a pessoas cegas, com baixa visão e problemas de motricidade. Para o atendimento de internautas cegos, por exemplo, oferece recursos como a utilização de descritores de imagens.
A ferramenta incorpora o programa Silvinha, desenvolvido pela Acessibilidade Brasil para a verificação de sítios e portais, e incorpora também novas funcionalidades de outras 14 ferramentas de avaliação recomendadas pelo Wide Web Consortium (W3C): htt p://w3c.br. Além de alertar quando um portal não está acessível, o ASES também permite os procedimentos necessários para a sua correção.
O software está disponível livremente na versão em português e será comercializado pela Acessibilidade Brasil nas versões traduzidas para outras línguas. O programa utiliza as plataformas windows e linux e será distribuído sob a licença LGPL (Lesser General Public License) cujas regras são as mesmas da GPL (Licença Pública Geral), com a diferença de que os materiais sob licença LGPL podem ser incorporados a materiais proprietários.
A licença GPL garante a liberdade de executar, estudar, redistribuir e alterar o programa desde que todas as modificações realizadas permaneçam acessíveis a todos.
Para facilitar a sua utilização, no próximo ano serão fornecidos cursos on-line e presenciais e também será aberto um fórum neste portal para discussão e sugestões de melhorias no ASES. Nesse mesmo endereço, também estarão disponíveis as atualizações periódicas pelas quais passará o programa.
Essa é mais uma iniciativa do Governo Federal para facilitar a adoção da acessibilidade pelos órgãos do governo. A SLTI já disponibilizou o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico - e-MAG - que contém uma série de recomendações técnicas para a construção e adaptação de portais acessíveis a usuários portadores de deficiências auditivas e visuais.
A adoção desse documento é obrigatória para os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional desde maio desse ano. Desde o início de 2007 também estão sendo oferecidos cursos virtuais por meio do portal enapgov.br para facilitar a adoção desse padrão. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a SLTI e a Escola Nacional de Administração Pública.
No Brasil, a construção de sítios acessíveis é uma exigência do Decreto 5.296/2004 que torna obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores para o uso das portadoras de deficiência, garantindo-lhes o pleno acesso aos conteúdos disponíveis.
Algumas funcionalidades do ASES:
* Avaliador de acessibilidade (e-MAG e WCAG);
* Avaliador de CSS;
* Avaliador de HTML (4.01 e XHTML);
* Simuladores de leitor de tela (tempo) e Baixa visão (daltonismo, miopia, catarata);
* Ferramenta para selecionar o DocType, conteúdo alternativo, associador de rótulos, links redundantes, corretor de eventos e preenchimento de formulários.
ades do ASES:
* Avaliador de acessibilidade (e-MAG e WCAG);
* Avaliador de CSS;
* Avaliador de HTML (4.01 e XHTML);
* Simuladores de leitor de tela (tempo) e Baixa visão (daltonismo, miopia, catarata);
* Ferramenta para selecionar o DocType, conteúdo alternativo, associador de rótulos, links redundantes, corretor de eventos e preenchimento de formulários.
Fonte:
* Livros devem ter versões para deficientes visuais
Os membros do Grupo de Trabalho criado pela Câmara Setorial do Livro e Leitura para tentar encontrar um meio para tornar os livros mais acessíveis aos deficientes visuais estão convencidos de que estão bem próximos de uma solução. A idéia é que os livros publicados no país também sejam oferecidos, no mercado, no formato braille, digital ou algum outro que venha a surgir.
Pela proposta - em torno da qual já há um certo entendimento entre representantes das editoras e dos deficientes visuais -, isso passaria a vigorar a partir da data da regulamentação da Lei do Livro, prevista para acontecer no primeiro semestre de 2008.
Segundo Galeno, só não há consenso, ainda, sobre os preços a serem cobrados por esses produtos, especialmente o braille, que tem um custo de produção bastante superior ao livro no formato convencional em papel. A próxima reunião da CSLL está marcada para os dias 6 e 7/03.
Fonte:
*RIR FARÁ BEM... PRA VOCÊ E PARA MUITAS CRIANÇAS
No dia 25 de março, a partir das 18:30, no auditório da Discoteca
Pública, sito no quarto andar da Casa de Cultura Mário Quintana,
ocorreu o lançamento do livro
PEGANDO NO PÉ DA LETRA
de Francimar Torres Maia - o Cearucho.
Numa de suas canções, Rita Lee convida seu parceiro a lhe dar o prazer
de ter prazer com ela.
Por ocasião da publicação de seu livro, cuja renda será destinada ao
Instituto do Câncer Infantil, O Cearucho convida os leitores a terem a
felicidade de ser feliz com ele, colaborando, com a aquisição do livro,
para essa bela obra de benemerência, que é o Instituto.
No livro, conta o Cearucho que, "Segundo Sidney Tobias de Souza, nos
anos 1960, "Norman Cousin, jornalista americano, curou-se de uma doença
grave através do riso. A medicina o havia desenganado, mas ele recusou-se
a se submeter ao diagnóstico médico, e resolveu adotar a terapia do riso.
Dentre as medidas que tomou para conseguir seu objetivo, proibiu qualquer
pessoa de ir visitá-lo sem uma piada para contar. Sua tenacidade e a
terapia do humor produziram efeito, pois Norman se recuperou
totalmente"".
Adquirindo e lendo o "Pegando no Pé da Letra", você não estará "rindo
à-toa"; estará, sim, contribuindo para que muitas crianças voltem a
sorrir ou não deixem de fazê-lo.
Valdenito de Souza(vpsouza@.br)
[PANORAMA PARAOLÍMPICO]
TITULAR: SANDRO LAINA SOARES
Em 11/03/2008
História do Esporte Paraolímpico
No Mundo
As raízes do esporte paraolímpico foram sistematizadas no início do século XX e, inicialmente, através de eventos isolados. Na Alemanha, em 1918, lesionados da Primeira Grande Guerra se reuniram para praticar esporte. Há registros da criação, em 1932, da Associação dos Golfistas de 1 só Braço, na Inglaterra.
A partir da Segunda Grande Guerra, o esporte paraolímpico segue 2 caminhos, paralelos, mas com objetivos definidos. Uma de enfoque médico, representada pelo Dr. Ludwig Guttmman, na Inglaterra e outra de enfoque esportivo, desenvolvida pelo Dr. Benjamin Linpton, nos Estados Unidos.
Devido aos problemas decorrentes da guerra, onde muitos soldados voltavam mutilados ou lesionados medulares, o governo inglês criou, em 1943, o hospital de Stoke Mondeville, em Aylesbury. Seu objetivo era tratar os feridos de guerra e o Dr. Ludwig Guttmann, neurocirurgião e neurologista, foi convidado para dirigí-lo.
Em 1944, Dr. Guttmann notou uma baixa expectativa de vida naqueles que eram tratados no hospital, ou por infecções secundárias ou pelo sedentarismo. Foi onde ele inseriu um aspecto particular em sua filosofia de tratamento, filosofia essa que mudou a história de muitos lesionados medulares e mutilados em todo o mundo. Utilizou o esporte como parte do tratamento e da reabilitação.
Depois de estudar o esporte como forma terapêutica e como integração social, Dr. Guttmman iniciou os eventos competitivos. O esporte se tornou então, mais uma ferramenta para a reabilitação de pessoas com deficiência.
Paralelamente, nos Estados Unidos, veteranos de guerra lesionados também utilizavam o esporte como uma das formas de reabilitação, iniciando, em 1946, as atividades de basquetebol em cadeiras de rodas, criando, o primeiro time, os “The Flying Wheels”(rodas voadoras). Este time fez diversas apresentações que tinham o objetivo de incentivar outros deficientes a praticar esportes, buscando superar dificuldades impostas pelos traumas físicos. Também, era interesse deles conscientizar a sociedade para estes traumas. Provavelmente por estas apresentações, o governo americano criou, entre 1946 e 1948, o programa de reabilitação desportiva.
Benjamim Lipton, diretor do Joseph Bulova School of Watchmaking, e Timothy Nugent, diretor de reabilitação da Universidade de Ilinois uniram-se para organizar, treinar e promover equipes de basquetebol em cadeiras de rodas. Como resultado, em 1949, foi organizado o primeiro campeonato de basquete sobre rodas nos EUA, que levou à criação da Wheelchair Basketball Association, WBA (Associação de Basquetebol em cadeiras de rodas) que se fundiu, mais tarde, a famosa National Wheelchair Athletic Association, NWAA (Associação Nacional de Atletas em cadeiras de rodas).
Nos EUA, até 1957, os esportes em cadeira de rodas eram, exclusivamente, voltados para o basquete sobre rodas.
ORIGEM DOS JOGOS PARAOLÍMPICOS
4 anos após o início do esporte como uma das formas de reabilitação de deficientes na Inglaterra, Dr Guttmman organizou os primeiros Jogos de Stoke Mondeville em julho de 1948. Participaram desses jogos os pacientes do hospital Star Garter Home for Disabled e os ex-servicemen de Richmond em Londres (hospital para ex-combatentes da guerra).
Estes primeiros jogos contaram com a presença de 16 competidores com lesão medular, disputando a modalidade de arco e flecha em cadeira de rodas. Provavelmente esta competição tornou-se o símbolo do início das disputas esportivas entre os portadores de deficiência.
Em 1949, o Dr. Guttmann, objetivando engrandecer a atividade física para estes indivíduos, anunciou, publicamente, que os Jogos de Stoke Mondeville poderiam equivaler, para homens e mulheres com deficiência, aos Jogos Olímpicos. Tal anúncio entusiasmou tanto aos profissionais quanto aos pacientes que já começaram a desenvolver as primeiras regras das disputas.
Em 1950 e nas edições seguintes, os jogos foram ganhando interesse por parte dos deficientes e das casas que cuidavam destas pessoas. Outras modalidades foram inseridas no programa dos jogos: atletismo, snooker, esgrima, tênis de mesa e basquete em cadeira de rodas. A natação só foi inserida nos jogos após a construção da piscina no centro de reabilitação do Hospital de Stoke Mondeville, em 1952.
A filosofia de trabalho do Dr. Guttmann aumentou muito a expectativa de vida dos pacientes, o que trazia muitos curiosos, médicos e responsáveis por centros de reabilitação do mundo inteiro. Um dos visitantes, foi o coronel JS Keyser, diretor médico do Centro de Reabilitação Militar de Doorn, Holanda.
Dr. Keyser estava interessado que alguns de seus pacientes que já praticavam esportes, participassem dos Jogos anuais de Stoke Mondeville.. Assim, com a participação de 4 paraplégicos holandeses, os jogos passaram a se chamar Jogos Internacionais de Stoke Mondeville.
A partir daquele ano, muitos outros países passaram a ser representados por atletas vindos de hospitais que utilizavam o esporte como uma das formas de reabilitação de deficientes.
Em 1953, países como Canadá, França, Finlândia, Israel e Noruega estiveram representados por atletas vindos dos centros de reabilitação ou de hospitais destes países. No ano seguinte, eram 14 países participantes dos jogos.
Em 1955, a organização dos jogos alcançou um grau de qualidade muito maior. Eram necessárias novas acomodações que comportassem o crescente número de participantes. Também era interessante a difusão do desporto para deficientes por países que ainda não conheciam este trabalho. Por tudo isto, Dr. Guttmann, juntamente com JC Faure, pai de um dos fisioterapeutas do hospital de Stoke Mondeville, decidiram criar o British Paraplegic Sport Endowment Fund (Fundação Inglesa de Esporte para Paraplégicos), com o objetivo de tornar os jogos uma fundação, captar fundos e garantir a continuidade do evento. A presidência da fundação foi aceita pelo cirurgião Sir Arthur Porrit, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Uma das sugestões dada por Artur foi que o COI, nos Jogos Olímpicos de Melbourne, em 1956, desse o prêmio Fearnley Cup aos Jogos de Stoke Mondeville, por mérito nas atividades e no serviço do Movimento Olímpico. Uma réplica foi então oferecida em uma cerimônia em Londres (a original está em exposição no museu do COI, em Lausanne na Suíça). Nesta solenidade, o Dr. Guttman expressou seu desejo de que atletas com lesão medular disputassem nos Jogos Olímpicos, o que não foi bem compreendido pelos que o assistiam.
Em 1958, o Dr. Guttmann levou ao Prof. Antonio Maglio, diretor do Centro de Lesão Medular do Italian Instituto Nacionale per L’Assicurazione contro gli infortuni sul Lavoro (INAIL), a possibilidade de os Jogos Internacionais de Stoke Mondeville se realizarem em Roma, cidade sede dos Jogos Olímpicos de 1960. Assim, no encontro anual da Federação Mundial de Veteranos, em maio de 1959, em Roma, o Dr. Guttmann e o Prof. Maglio levaram essa idéia para discussão em assembléia e, embora um pequeno grupo tivesse se oposto, a maioria das autoridades italianas e países membros dos Jogos de Stoke Mondeville asseguraram total apoio.
Com esta decisão, a idéia dos Jogos Olímpicos de Roma embarcarem os Jogos Internacionais de Stoke Mondeville estava sendo aceita com grande excitação.
Em 1959, os Jogos Internacionais de Stoke Mondeville tiveram um número record de participantes, sendo necessário adaptar as regras e regulamentos. Por este motivo, se criou o Comitê dos Jogos de Stoke Mondeville, constituído de cinco membros: Inglaterra, como membro permanente, Itália, Bélgica, França e Holanda.
O IPC – Internacional Paraolympic Cometee, entidade máxima dos esportes paraolímpicos no mundo, só veio a ser criado em 1987, um ano antes dos jogos de Seul, em 1988. Porém, em virtude de sua pequena estrutura, só veio a assumir a organização dos jogos paraolímpicos, a partir dos jogos de Barcelona, em 1992. O IPC foi criado pelas entidades internacionais do desporto paraolímpico daquele momento, dentre elas, a IBSA, que buscavam uma única entidade para gerir, internacionalmente, o desporto para deficientes, visando que não mais ocorresse a divisão dos jogos, como aconteceu em 1984.
O TERMO PARAOLIMPÍADA
Inicialmente, o Dr. Guttmann queria que os jogos se chamassem “The Olympics of the Paralysed”(As Olimpíadas dos Paralisados), mas já se acreditava que outras pessoas com tipos diferentes de deficiência pudessem vir a participar dos jogos e, em 1976, no Canadá, os jogos vieram a se chamar “The Olympiad for the Physical Disabled”(A Olimpíada dos Deficientes Físicos).
Contudo, estes nomes não foram aceitos muito bem pelo COI. E somente mais tarde, a proposta do Dr. Robert Jackson, então presidente do ISMG (International Stoke Mondeville Games), para a denominação “Paralympics” (Paraolimpíada) dos Jogos de 1984 foi aceito. O termo paraolimpiada foi usado, primeiramente, por uma paraplégica, Alice Hunter, paciente do Hospital de Stoke Mondeville, que escreveu um artigo contando sua vida no esporte. Por isso, o prefixo para, usado em paraolimpíada e em todas as derivações, normalmente explicado como oriundo do prefixo grego para, de paralelo, é, na verdade, para de paraplégico.
Em 1985, enfim, foi aceita a substituição de “Olympics Games for the Disabled” (Jogos Olímpicos para deficientes) por “Paralympics Games” (Jogos Paraolímpicos).
MODALIDADES PARAOLÍMPICAS
No início, ainda nos jogos de Stoke Mondeville, as modalidades praticadas eram arco e flecha e o Basquetebol em cadeiras de rodas nos Estados Unidos. Posteriormente foram sendo incluídas outras modalidades como: atletismo, esgrima, tiro ao alvo, snoker e natação.
De Roma para cá, muitas modalidades foram acrescentadas aos jogos e outras foram retiradas. Das que saíram podemos citar o snoker e, das que passaram a fazer parte, citamos o Halterofilismo e o futebol de 5 e de 7.
As modalidades paraolímpicas, em sua maioria, tem uma modalidade correspondente entre as olímpicas. O futebol recebeu suas adaptações e surgiu o futebol de 5 e o futebol de 7. Todas as modalidades paraolímpicas são, portanto, as mesmas olímpicas, com as adaptações necessárias para a prática por pessoas com deficiência.
A grande maioria das modalidades praticadas nos Jogos Paraolímpicos são desenvolvidas por vários tipos de deficiência. Alguns exemplos são o atletismo e a natação, que são praticados por todas as deficiências. O futebol só é praticado pelos deficientes visuais e os Paralisados Cerebrais. Já o Judô e o goalball são praticados somente pelos deficientes visuais. Este último, também é um exemplo das poucas modalidades que não tem seu correspondente nos jogos olímpicos.
Nos próximos jogos paraolímpicos, em Pequin, China, que acontecerão entre 06 e 17 de setembro próximo, serão disputadas 20 modalidades: Atletismo, Bocha, Basquetebol em Cadeira de Rodas, Ciclismo, Esgrima em Cadeira de Rodas, Futebol de 5, Futebol de 7, Goalball, Halterofilismo, Hipismo, Judô, Natação, Remo, Rugby, Tênis em Cadeira de Rodas, Tênis de Mesa, Tiro Esportivo, Tiro com Arco, Vela e Voleibol Sentado.
PARAOLIMPÍADA DE INVERNO
Os jogos paraolímpicos de inverno tiveram o mesmo apelo e passos dos jogos de verão. A vontade de ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial de continuarem a esquiar os levaram a realizar competições, adaptando as modalidades praticadas em neve para pessoas com deficiência. Daí, aconteceu em 1976, em Ömsköldsvik, Suécia, os primeiros jogos paraolímpicos de inverno. Participaram 250 cadeirantes, amputados e cegos, de 14 países.
Em 1992, nos jogos de Tignes-Albertville, França, os jogos Paraolímpicos passaram a ser realizados na mesmas cidade e instalações dos jogos olímpicos.
2 anos depois, os jogos Paraolímpicos de inverno, bem como os jogos olímpicos do gênero, deixaram de ser realizados no mesmo anos dos jogos de verão, passando a acontecer 2 anos depois. Em 1994, Lillehammer, Noruega, foi onde aconteceu a primeira edição dos jogos após a mudança. Participaram destes jogos, naquele ano, mais de 1000 atletas, com todas as deficiências.
As modalidades de inverno seguem a mesma dinâmica de adaptações necessárias a prática por pessoas com deficiência: são criadas regras que possibilitem a participação destes indivíduos naquele esporte.
Nos próximos jogos paraolímpicos de inverno, em Vancouver, Canadá, 2010, que acontecerão entre 10 a 21 de março, serão disputadas 4 modalidades: Esqui Alpino, Esqui Nórdico, Hóquei de Trenó sobre gelo e Curling em Cadeira de Rodas. Só a primeira delas é praticada por pessoas com deficiência visual.
ANTES DAS GUERRAS
Em 1888, em Berlim, Alemanha, há notícia da existência de clubes esportivos para pessoas surdas. Em 1922, foi fundada a Organização Mundial de Esportes para Surdos-CISS. Assim, as pessoas com este tipo de deficiência chegaram a organizar sua própria competição internacional – os Jogos Silenciosos. Hoje, os deficientes surdos praticam esporte com pessoas sem deficiência e não participam dos jogos paraolímpicos em nenhuma das modalidades.
Contudo, uma forma mais organizada e continuada da prática do esporte só aconteceu mesmo após a Segunda Guerra, principalmente, devido ao grau de destruição que esta trouxe.
Fontes:
Artigo publicado na Revista da Sobama Dezembro 2002, Vol. 7, n. 1, pp. 21-26
Site: .br
Sandro Laina Soares é atleta Paraolímpico, medalhista de ouro em Atenas pelo Futebol de 5 e medalhista de ouro no Parapan do Rio, em 2007, na mesma modalidade. O autor também está como presidente da Federação de Esporte para Cegos do Estado do Rio de Janeiro.
Sandro Laina Soares( slsoares@.br )
[ETIQUETA]
TITULAR: RITA OLIVEIRA
UM DIA NA PRAIA
Toda vez que temos um feriado prolongado muita gente aproveita para descansar pegando uma praia. Será que até para isso existem alguma regras de etiqueta, bom comportamento e educação? Existem, sim! E vale a pena conhecê-las e praticá-las, pois vão fazer com que todos se sintam melhores neste tipo de ambiente. Vamos ver algumas?
Dependendo da praia a que você vá, a disputa por um palmo de areia pode se tornar mais ou menos acirrada, o que aumenta exponencialmente as chances de termos problemas de convivência com nossos vizinhos de guarda-sol. Procure ser discreto ao tomar um espaço. Não vá espalhando cadeiras e mais cadeiras, esteiras, isopor, guarda-sol e tudo mais, deixando pouco espaço para os outros. Divida fraternalmente o espaço que ainda houver disponível.
A praia não é local para piqueniques. Esqueça de levar grandes isopores, mesinhas, frango, farofa, etc. Se quiser, leve alguma fruta, um sanduiche pequeno para quando a fome apertar mesmo ou houver crianças. Um saquinho para se colocar o lixo, neste caso, é fundamental. Se preferir (o que é sempre melhor), coma em um barzinho ou restaurante das proximidades. É uma boa oportunidade para saborear pratos que têm um tempero especial da região. Neste caso, homens e mulheres devem estar vestidos com uma camiseta cobrindo o tronco. Leve também sua sandália de praia. Não vá descalço (a).
A prática de esportes é sempre saudável, mas procure estar vestido (principalmente as mulheres) adequadamente para não dar nenhum vexame. Corridas na praia de biquíni, por exemplo, só vão ficar bem para quem não está com quilos a mais. Se não for o seu caso, coloque uma regata por cima. Basta.
O totó deve ficar aguardando por seus donos em casa. Nada de levar cachorros à praia. É totalmente anti-higiênico, por mais que o seu possa parecer limpinho. Poucos vão resistir e vão acabar por fazer suas necessidades na areia, o que transmite aquele vermezinho conhecido como "bicho geográfico", que provoca uma coceira infernal! Para o animal também existe o perigo de se contaminar com o chamado "verme do coração", transmitido por alguns mosquitos que freqüentam o litoral. É uma doença grave para o seu animalzinho e você não vai querer vê-lo sofrer, certo?
Croquete na areia? Nem pensar!! Dormir, ou melhor, desmaiar na praia? Se o sono bater, seja discreto (a): recline sua cadeira, coloque seus óculos escuros e tire sua sonequinha. Se quiser, deite de bruços numa esteira. Não vale usar a esteira ou canga para namorar, deitando-se ao lado da namorada em atitudes mais "calientes".
Para cumprimentar os amigos na praia, basta um aperto de mão. Ninguém gosta de beijos com gosto de bronzeador ou (pior!) com areia e água do mar!
Ensine as crianças que não devem jogar areia nos outros, fazer guerra de areia molhada ou jogar bola perto das barracas. É de pequeno que se aprende os bons modos.
Bem, acho que, se lembrarem de pelo menos estas dicas, o feriadão tem tudo para ser ainda mais gostoso. Aproveitem!
--
Autora: Ligia Marques
RITA OLIVEIRA(rita.oliveira@br.
[REENCONTRO]
COLUNA LIVRE
Nome:José Roberto Texeira
Formação:não sei agora, mas acabou o primeiro grau
Estado civil:Solteiro acho
Profissão:Ignorada.
Período em que esteve no I B C.Entre 1969 e 1977
Breve comentário sobre este período:
Foi o período em que o Grêmio voltou, depois de muitos anos suspenso.
Residência Atual:Ignorada.
Objetivos neste Reencontro:Saber deste colega. .
Contatos: (fones e/ou e-mails)
fone 3890-5925 Hollandahr@.br
Ps. Jorge Luiz Hollanda deseja informações sobre este companheiro.
[TIRANDO DE LETRA]
COLUNA LIVRE
*UM AMIGO E CÚMPLICE NOS TEMPOS DO CASARÃO DA PRAIA VERMELHA
Dentre tantos amigos do meu tempo de Benjamim Constant, Nilo Rosa,
certamente, foi o colega com quem mais me identifiquei ...
Carioca do subuúbio,ambliope (visao subnormal), dois anos mais jovem
que eu, iniciamos juntos o primeiro grau,onde costuramos uma consistente amizade.
Medimos forca no judô, afinamos e desafinamos no canto orfeônico,ainda fizemos uma dupla de respeito no curso de massoterapia, onde Nilo se destacou como um "talento" naquela atividade nipônica.
Figura simpática, com bom trânsito entre as garotas da época,o mulato Nilo Rosa sempre gozou da afeição dos demais colegas.
Andávamos sempre juntos, mesmo quando deixei-o para trás,numa das séries do ginásio; éramos vizinhos de cama no dormitório do colégio;no refeitório, geralmente,sentvamos sempre juntos, enfim, um era sombra do outro, de tal forma, que os demais colegas do colégio, a nível de gozação, nos chamavam de a
"dupla dinâmica", aludindo a um seriado da TV.
Em nossas conversas, confrontávamos sonhos, alimentávamos ideais,burilávamos fantasias, tudo isto, com o ardor dos anos de então.
Um dia, ao final da aula, quando caminhávamos para o refeitório, Nilo virou-se para mim e falou:
- "Amigo Valdenito, estou vivendo os dias mais felizes da minha vida; depois que a Cida (aluna do colégio), entrou em minha vida; sou hoje o aluno mais feliz do I.B.C.!!!".
A _Cida (uma escurinha risonha), que, estava por perto, riu muito, e,nós, rimos mais ainda, juntos, entrelaçados num abraço.
O Nilo, um cara determinado, arranjou um emprego numa empresa de ônibus, onde era o arrecadador do dinheiro das viagens do dia, passou a estudar de manhã no I.B.C. e trabalhar a tarde.
Tive a honra da presença do meu grande amigo, na minha mesa do jantar de gala, no dia da minha formatura.
Virei bolsista, Nilo abandonou o Instituto e, posteriormente, casou-se com sua _Cida.
Nossa amizade, forjada na cumplicidade de dois garotos, consolidou-se,e, certamente, se nao fosse a "mão fatidica" do destino, duraria o tempo das verdadeiras amizades.
Nossos contatos ficaram raros; até que um dia, ao chegar à noite do Infante dom Henrique(colégio onde fazia o segundo grau),aproximou-se o Jader, um amigo comum, e a queima-roupa me bateu esta:
- "... soubeste o que aconteceu com o Nilo???";
a pergunta arrepiou-me, senti no ar a presenca fria de uma má notícia.
- "Ele morreu num acidente, estava na bicicleta com sua filhinha de um ano, foi fechado por um ônibus,bateu com a cabeça no asfalto,levaram-no para o hospital,
acabou não resistindo.".
A notícia me pegou de jeito,posteriormente, vim saber que meu grande amigo fraturara o cérebro na queda, e sua filhinha nada sofrera.
Ao cair, tivera o cuidado de protegê-la, certamente num daqueles seus abraços, bem forte e terno...
--
Valdenito de Souza (RJ - agosto 1998)
* MOVIMENTO
Movimentam-se meus dedos na esperança de encontrar as palavras, se
não exatas mas que traduzam de alguma forma o movimento que minhas mãos
fazem em sentido contrário (uma da outra, naturalmente!!!)que culmina no encontro de ambas que vão e voltam, vão e voltam vão e voltam em movimentos contínuos que aos ouvidos de quem ouve e aos olhos de quem vê se traduz como aplauso e que assim seja também aos sentidos de quem me lê.
E a razão dos ditos são os benditos movimentos, todos!!! que movimento gera vida. Ou alguém sabe de alguma que tenha sido gerada sem movimento, ainda que tenha sido um movimentozinho apenas??? (E isso é assim desde os tempos do Big-Bang ou de Adão e Eva, conforme a preferência do leitor.
Movimento a favor, movimento contra,movimento muito pelo contrário mas, movimento, movimento, movimento,sempre movimento!!!
Por conta dessa minha torcida, vai aí um soneto, ao menos
pretensamente, mas que, torço, seja mais um acordeto, quer dizer, um
viva aos movimentos, todos.
Há no meu peito algo que se move
e na cabeça algo destrambelha
não fez efeito o raio do Engov
aquela droga acho que estava velha!!!
mas, vou em frente no meu movimento,
de aplaudir o movimento alheio
espectador, serei o mais atento,
que sem platéia um movimento, creio,
é flerte aberto com o esquecimento
é punição ao nível cem por cento
pra quem com atos quer fazer história.
como um casal que sai para um chopinho
e ele ao fim, na mão, fica sozinho,
numa atitude assim: masturbatória.
Leniro Alves (RJ, março de 2008)
OBS.: Nesta coluna, editamos escritos(prosa/verso) de companheiros (ex- alunos/alunos) do IBC
Para participar: mande o "escrito" de sua lavra para a redação
(contraponto_jornal@.br)...
[BENGALA DE FOGO]
COLUNA LIVRE
Atenção: ... cuidado no que você fala, pense bem no que vai pensar, fareje bem para os lados antes
de qualquer gesto, pois, a bengala de fogo (paladina moral do mundo cegal), tem:
"olhar de águia", " faro de doberman", " memória de tia solteirona", " ouvido de cego de
nascença"...
Tome cuidado, muito cuidado, a sociedade espreita, preserve nossa imagem..
. 1. No táxi (contribuição do leitor)
(Motorista lusitano)
-- A senhora toca acordeão?
-- Não senhor.
(longa pausa)
-- A senhora toca piano?
-- Não senhor.
-- E violão?
-- Também não.
(Pausa mais longa e depois com convicção:)
-- Mas vassoura a senhora faz, não é?
2. No ponto de ônibus (contribuição do leitor)
Proximidades do Maracanã, duas da tarde, 40 graus à sombra, rua
deserta.Percebo um botequim, chego à porta e um português pergunta:
-- O que queres, ceguinha?
-- Por favor, pode me avisar quando passa o ônibus para Urca...
40 minutos depois, suada, atrasada, nervosa, o luso bate em meu ombro e
diz:
Ó ceguinha, o Urca acabou de passar.
OBS.: se você tem histórias, causos, experiências próprias, do gênero, mande para nossa redação,
sua privacidade será rigorosamente preservada.
PS. Os fatos, por uma questão, meramente didática/pedagógica/cultural, foram
tornados públicos...
[LENDO]
TITULAR: MAURICIO ZENI
(o colunista não enviou sua matéria)
OBS.: Esta coluna está aberta a quem quiser participar. Seu objetivo é o de colocar à disposição dos leitores análises de livros e artigos acerca dos cegos, da cegueira e afins. Embora não se pretenda um espaço de exposição muito erudita, pois estamos em presença de um jornal, os comentários serão fundamentados e deverão trazer indicação de fontes. Este será um espaço democrático, onde as considerações divergentes terão cabida, daí um artigo ou livro poder ser comentado por mais de uma pessoa. Esta coluna não estará necessariamente limitada a um comentário por mês. Quem tiver interesse em participar, contatem-me em privado.
Opiniões sobre esta coluna ficam para a lista de discussão.
MAURICIO ZENI(m1zeni@.br)
[SAÚDE OCULAR]
TITULAR: HOB (Hospital Oftalmológico de Brasília)
HOB- Hospital Oftalmológico de Brasília( atfdf@.br)
Site:
*Brasília tem novas formas de tratar o ceratocone
Brasília, 18/9/07 - Desordem ocular que afeta a forma da córnea na porção mais central e provoca a percepção de imagens distorcidas, o ceratocone é uma das irregularidades mais incômodas entre as que afetam a visão de seus portadores. Uma das principais razões está na dificuldade para usar lentes de contato e adequar outros tratamentos. O ceratocone que pode aparecer na forma frusta, ou seja, difícil de ser detectado, quando não tratado, evolui para distorções refrativas como o astigmatismo. Atualmente, há levantamentos indicando que cinco em cada 10.000 pessoas são portadoras de ceratocone. A desordem começa a se manifestar entre 15 e 40 anos de idade.
As novas formas de tratamento do ceratocone foram apresentadas recentemente em Brasília, durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Oftalmologia pelo médico do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Mario Jampaulo de Andrade, especialista no tema. O
oftalmologista apresentou um estudo que desenvolveu, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), para identificar a forma frusta do ceratocone. Trata-se de situações em que o ceratocone não é manifesto e ao ser detectado impede o paciente de se submeter à cirurgia de correção mesmo quando está em fase inicial, para preservá-lo de complicações futuras.
Mário Jampaulo realizou este estudo entre junho de 2006 a julho de 2007 com o acompanhamento dos professores da UCLA, Rex Hamilton, Keven Miller e Robert Maloney.
Fórmula - Depois de análises, coleta de dados e estatísticas junto ao um grupo de matemáticos, a equipe criou uma fórmula, ainda desconhecida por alguns médicos, para identificar uma córnea com ceratocone não manifesto. Para descobrir esta presença é
feito um exame antes da intervenção cirúrgica refrativa, o que evita o retorno do paciente operado ao consultório. "Descoberta a forma frusta, as condutas com o paciente mudam e deve-se proceder com o tratamento menos invasivo possível", defende o oftalmologista.
Boa notícia - Os pacientes que já fizeram a cirurgia refrativa, mas reclamam que pouco melhorou sua visão ou até piorou no pró-operatório, provavelmente tinham ceratocone na forma frusta, mas até o momento não havia tecnologia ou forma de detectá-lo, explica Jampaulo. A boa noticia é que agora, com a possibilidade de personalizar as cirurgias refrativas, muitos casos já se enquadram entre os perfis aptos ao tratamento reparador. A recomendação, segundo Jampaulo, é fazer o exame antes de qualquer intervenção, evitando um retorno indesejável ao médico.
Mais informações
Assessoria de Comunicação do Hospital Oftalmológico de Brasília
Contato: Teresa Cristina Machado
Fone: (61) 3225-1452 / 9983-9395
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*Encontro anual da Academia Americana de Oftalmologia
Brasiliense mostra técnica de convergência nos EUA
Brasília, 12/11/07 - Com destaque à convergência das cirurgias para correção de catarata, miopia e astigmatismo, o Encontro Anual da Academia Americana de Oftalmologia, este ano, tem uma pauta extensa e controversa em discussão com seus integrantes de
sde sábado (10 /11) em Nova Orleans (EUA).
O tema, que gira em torno da possibilidade de corrigir em apenas um procedimento as diferentes irregularidades que afetam a qualidade da visão, contará com a participação do oftalmologista brasiliense Leonardo Akaishi, do HOB (Hospital Oftalmológico de Brasília).
Especialista no tratamento da catarata, Akaishi tem valorizado a personalização do planejamento cirúrgico e a adequação de diferentes lentes intra-oculares nos quase dois mil implantes de lentes intra-oculares multifocais que já realizou, desde que essa possibilidade existe no Brasil. Com essa técnica tem praticado a convergência em pacientes com mais de 50 anos de idade, resolvendo, na cirurgia de catarata, também as dificuldades refrativas dos mesmos pacientes.
Essa técnica, que o brasiliense considera o maior desafio dos oftalmologistas para tratar a catarata de forma personalizada, é o foco de outra participação do médico no encontro de Nova Orleans, no simpósio "A volta ao mundo em 80 minutos". Esse espaço é destinado à apresentação de técnicas adotadas por oftalmologistas em diferentes países para tratar as dificuldades de visão sob condições nem sempre ideais.
Mais informações
Assessoria de comunicação do HOB
Contato: Teresa Cristina Machado
Tel.: (61) 3225 1452/ 9983 9395
*Férias sem óculos
Brasília, 04/01/08 - Mais de duas mil pessoas vão deixar os óculos em casa nestas férias, no Distrito Federal, depois de anos de dependência. São ex-usuários, pacientes do Hospital Oftalmológico de Brasília, que em 2007 decidiram viajar, jogar, dançar, mergulhar e se divertir com liberdade a partir da correção cirúrgica da miopia, do astigmatismo e da hipermetropia.
São dois os processos cirúrgicos para a correção das dificuldades refrativas da visão: o Lasik e o PRK que estão em constante evolução, expandindo o perfil dos pacientes aptos ao tratamento de acordo com as condições da córnea dos candidatos.
De acordo com o oftalmologista Canrobert Oliveira, reconhecido internacionalmente, pelo desenvolvimento da técnica de tratamento da miopia denominada c-proccedure e pelo processo de córneo-escultura, "a cirurgia para corrigir miopia, hipermetropia e astigmatismo atualmente já é uma realidade para mais pessoas. Porém, nem todos que são aptos ao PRK podem optar pelo lasik". O avanço da tecnologia na área oftalmológica foi grande e permitiu o benefício da cirurgia para alguns pacientes que, anteriormente, não tinham solução para se desfazer dos óculos, pois os equipamentos existentes impediam o tratamento completo em alguns casos.
Novidade - A novidade neste campo chama-se excimer laser Visx Star S4 IR. O equipamento, considerado o que há de mais moderno no mundo em estrutura para cirurgia de correção refrativa a laser, foi adquirido este ano pelo HOB e já mostra resultados Pacientes que, até o momento, precisavam considerar satisfatório determinados resultados os quais não os agradavam totalmente "agora, estão aptos a fazer uma correção visual completamente personalizada, programada sob medida para cada córnea do paciente
inclusive, porque os novos recursos detectam as imperfeições e as eliminam", salienta Canrobert.
O médico lista entre alguns "novos beneficiados", aqueles pacientes que se submeteram ao transplante de córnea ou operados de catarata que ficaram com algum resíduo de refração, além dos usuários de óculos que desejam ficar livres deste apoio para enxergar bem.
Livres para passear
Esmeralda Matos da Silva Machado usou óculos desde a adolescência, por mais de 20 anos, aumentando o grau para corrigir a miopia e o astigmatismo. Com 4,5 graus, em agosto, decidiu fazer a cirurgia. Fez PRK nos dois olhos. Passados cinco meses, a técnica de enfermagem já planeja férias na praia e espera a hora de entrar no mar sem os óculos e conseguir ver a beleza do lugar. "Cansei dos óculos. Quando ia a uma festa sem óculos, as pessoas me cobravam porque eu não as enxergava, nunca me adaptei às lentes", conta.
Esmeralda relata que, logo depois da cirurgia, enxergava com algumas dificuldades, mas "quando completou um mês, ficou tudo claro, sem forçar, independência total, e eu só pensava que vivi tanto tempo com um problema que poderia ter resolvido antes".
Ir às festas e não enxergar os amigos também era um incômodo para Maria Goretti Moreira de Menezes que é secretária e depende da visão para realizar seu trabalho. Míope, com 2 e 3 graus, fez a cirurgia personalizada no HOB em agosto e celebra até hoje o investimento consigo mesma. "Foi o melhor que fiz para mim. Até para fazer as refeições sem óculos era desconfortável, isso me deixava nervosa", descreve ao lembrar que a cirurgia foi feita em um dia e, no outro, ela já foi para a revisão dirigindo e sem óculos. "Tive a sensação de que a cirurgia foi muito rápida e me senti segura", relata.
Mergulho - Quando chegar em Florianópolis (SC) neste verão, Alexandra Paiani Pondulo vai estar completando dois meses de realização da cirurgia que lhe tirou os óculos depois de 11 anos de dependência em função da miopia. "Só não usava óculos para ler , dormir e tomar banho", brinca para dar a dimensão de sua satisfação.
Envolvida diariamente com funções burocráticas e relacionamento dentro da empresa, alternava a leitura, o computador e o atendimento a quem entrava na sala. Então era um tira e bota óculos, porque para ler não preciso, mas não enxergava quem estava na porta falando comigo e, em reuniões, não via com quem eu estava falando do outro lado da mesa, descreve. "É outra vida", exclama ao contar que ainda se surpreende quando se dá conta de que, na rua, agora enxerga detalhes que não conseguia ver nem de óculos.
Acredito que além do trabalho do médico, meu organismo também reagiu bem, pois não senti nenhuma das reações as quais fui alertada que poderiam ser percebidas, observa. "Estou usando os colírios, afastei-me do trabalho por uma semana, uso óculos escuros sempre para proteger os olhos da luminosidade, mas vou sair em férias neste verão sem óculos de grau", comemora. Orientada pelo médico, Alexandra já programa a mala, onde não vão faltar os óculos de mergulho, pois mesmo liberada pelo médico para praticar o esporte, não vai dispensar as formas de proteção para garantir total recuperação.
O que é Lasik e PRK ?
Lasik - O processo Lasik é empregado para a correção de miopia e hipermetropia. Exige córneas mais espessas e é indicado conforme a quantidade de graus a ser corrigida. A maior vantagem deste processo é a rapidez da recuperação do paciente.
PRK - O processo PRK é empregado para correção de miopia e astigmatismo. Os candidatos a fazer Lasik também podem fazer PRK, mas o procedimento inverso nem sempre é possível. Quando o paciente é portador de córnea mais fina, o PRK é o tratamento indicado e o Lasik descartado porque, em alguns casos, não permite a correção total.
Mais informações
Assessoria de Comunicação do HOB
ATF Comunicação Empresarial
Contato: Teresa Cristina Machado
Tel.: (61)9983 9395 / 3225 1452
*Na volta às aulas, novos hábitos para a saúde dos olhos
Oftalmologista alerta estudantes sobre as condições ideais do ambiente e dá dicas de novos hábitos para quem passa horas concentrado nos livros e computadores
Brasília, 17/01/2008 - Aproxima-se a volta às aulas e faz-se importante observar alguns cuidados com a visão para garantir o aprendizado, a saúde dos olhos e a qualidade da visão.
Para os pequeninos que se preparam para ir à escola pela primeira vez, é conveniente lembrar aos pais que mesmo os bebês, a partir de um ano de vida, devem fazer uma visita ao oftalmologista, pelo menos uma vez por ano. Quem alerta é o oftalmologista
Canrobert Oliveira do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).
Quanto mais cedo for detectada uma deficiência visual, maiores são as chances de cura, uma vez que o olho humano adquire sua forma definitiva aos sete anos de idade e, a partir daí, algumas dificuldades não corrigidas se perpetuam e acompanham a pessoa para sempre, adverte o médico. A ambliopia ou olho preguiçoso, o estrabismo e a insuficiência de convergência também rondam o universo infantil e podem ser responsáveis por baixa qualidade de visão irreversível se não tratados em tempo, adverte.
Canrobert destaca que, em qualquer idade, a hora de estudar requer cuidados com a visão e repassa algumas dicas. "É mais saudável e confortável aprender com boas condições de luminosidade e incorporar alguns hábitos à rotina", atenta ao aconselhar que a lâmpada de leitura deve estar a uns 40 ou 50 centímetros acima da cabeça do estudante.
De acordo com o médico, "a luz deve incidir pelo lado contra-lateral à mão que escreve. Com essa posição, 60 watts de potência na lâmpada são suficientes para iluminar o ambiente de leitura".
Outra orientação para quem está decidido a iniciar o ano com dedicação aos estudos está na observação de que passar horas ininterruptas diante dos livros, cadernos e computador, não é uma boa prática. "É importante fazer uma pausa a cada 50 minutos de leitura e olhar para longe". Se a leitura for realizada em frente a uma tela de computador, o estudante deve lembrar que piscar é muito importante, frisa Canrobert.
Prejuízo - Não observar essas orientações pode trazer como prejuízo a miopia, alerta o oftalmologista brasiliense especializado em cirurgias refrativas, área em que se enquadram os problemas de miopia, astigmatismo e hipermetropia.
Mais informações
Assessoria de Comunicação do Hospital Oftalmológico de Brasília
Contato: Teresa Cristina Machado
Fone: (61) 3225-1452 / 9983-9395
[CLASSIFICADOS CONTRAPONTO]
COLUNA LIVRE
MATERIAL ESPECIALIZADO
Amigos,
Disponho de material especializado para deficientes visuais e desejo divulgar a lista do mesmo para os interessados.
1 -- Agulha de fundo falso para costura, pacote com 12 agulhas: R$10,00
2 -- Baralho adaptado, 2 jogos: R$12,00
3 -- Bengala dobrável em alumínio, com 5 gomos (diferentes tamanhos): R$35,00
4 -- Bengala dobrável em alumínio, com 7 gomos (diferentes tamanhos): R$40,00
5 -- Bolsa com 4 divisórias para separar cédulas, unisex, na cor preta: R$5,00
6 -- Calculadora de bolso, com tampa, voz, (em espanhol): R$60,00
7 -- Elástico roliço, no. 5 para bengala (2 m): R$ 2,00
8 -- Estojo com bloco em espiral, para reglete de bolso: R$8,00
9 -- Etiqueta adesiva, para escrita braille, pacote com 10 unidades: R$1,00
10 -- Fita métrica adaptada: R$6,00
11 -- Guia para assinatura em alumínio: R$3,00
12 -- Papel para escrita braille, gramatura 150, pacote com 100 folhas: R$8,00
13 -- Ponteira completa para bengala (ponteira e protetor): R$3,00
14 -- Protetor para ponteira de bengala em borracha, pacote com 10 unidades: R$5,00
15 -- Protetor para ponteira de bengala em plástico, pacote com 10 unidades: R$5,00
16 -- Punção em madeira: R$5,00
17 -- Punção em plástico, modelo anatômico: R$5,00
18 -- Punção em plástico, modelo sextavado: R$5,00
19 -- Reglete com base em madeira e régua em alumínio, com 4 linhas e 27 celas: R$45,00
20 -- Reglete de bolso em alumínio, com 4 linhas e 15 celas: R$30,00
21 -- Reglete de bolso em alumínio, com 4 linhas e 20 celas: R$35,00
22 -- Reglete de mesa em plástico, com 29 linhas e 33 celas: R$25,00
23 -- Régua plana para leitura (visão reduzida): R$25,00
24 -- Relógio de pulso com fala em português: R$35,00
25 -- Relógio despertador de mesa com fala em português: R$50,00
As encomendas deverão ser feitas para:
Carmen Coube
Rua das Laranjeiras, 136, apto. 1306
bairro Laranjeiras, Rio de Janeiro RJ
CEP: 22240-000
pelo e-mail:
carmencoube@.br
ou ainda pelos telefones:
(0xx 21) 22-65-48-57 e(0xx 21) 98-72-36-74
PS. Anuncie aqui: materiais, equipamentos, prestação de serviços...
Para isto, contacte a redação...
[FALE COM O CONTRAPONTO]
CARTAS DOS LEITORES:
PERGUNTA DO JORNAL CONTRAPONTO
Publicação dirigida aos alunos e ex-alunos do Instituto Beijamin Constant (RJ)
1) Fiz uma cirurgia de descolamento de retina no olho direito e mesmo assim perdi a visão. Só que bem no cantinho esquerdo do meu olho direito quando eu fecho o olho esquerdo tem uma pequena luz bem fraca que me dificulta um pouco e visão do olho esquerdo como se o meu rosto estivesse inchado e tipo um comando do cérebro. De vez em quando eu coloco um pedaço de esparadrapo ai melhora a visão. Gostaria de saber se tem alguma lente de contato sem grau que pudesse tampar o meu olho direito totalmente
Eu uso óculos multifocais. .
Caro Ademir,
Existe, sim, a possibilidade de uma lente de contato que bloqueie a transmissão de luz para o seu olho, conforme seu questionamento ao jornal Contraponto. É identificada como "lente cosmética" e consiste em uma lente de contato feita sob medida para imitar a cor e as característica do olho do usuário. No seu caso, imitando o olho esquerdo. Esta lente é recomendada nos casos em que pode não restar visão ao paciente, mas ele deseja uma melhora estética, o que não é exatamente o que ocorre com você, pois como relata, seu olho não tem problema estético, contudo é uma alternativa para chegar à solução esperada.
A confecção destas lentes é realizada por profissionais especializados. Minha sugestão é que você procure uma empresa especializada em próteses oculares e solicite um teste com uma lente cosmética. Se você se sentir bem e alcançar a expectativa almejada, estude a possibilidade de confeccionar uma lente personalizada.
Resposta do dr. Edenilson Carvalho, oftalmologista especializado em retina, no Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).
--
Teresa Cristina Machado
ATF Comunicação Empresarial
Tel.: (61) 3225 1452 / 9983 9395
.br
*oi pessoal do contraponto!!
tudo bem???
Gostaria de saber, o motivo de não chegar mais, desde de novembro ou dezembro, não me lembro agora, não chega mais o e-mail com o jornal, sou leitor assíduo....
espero respostas!!
obrigado#
//
Problema resolvido.
*olá Valdenito!!
obrigado por me responder!! vou aguardar....obrigado.....
gostaria que adicionasse por favor mais gente:
erikaalves2007@.br
leonardo_leao3@
novosocialismo@.br
paty_f@.br
macileiavix@.br
oigeno@.br
mirian.cristina@.br
adrianealinebg@
anaalicefarias@
J. Albuquerque
//
J.Albuquerque
Para o Contraponto é uma honra tê-los em nosso cadastro...
Valdenito de Souza
*A melhor forma de se fazer a inclusão ou de se acabar com uma "farsa" de
inclusão é justamente cobrar do poder público aquilo que ele promete
através de leis. O que não dá é para ficarmos discutindo na lista, sem
fazer nada para mudar tal situação.
Grande abraço
Alessandro Câmara de Souza
Em tempo: Não precisamos entrar com ações, podemos sim denunciar aos órgãos que se dizem competentes.
Alessandro
* OLÁ GRANDE ALESSANDRO
Tivesse eu possibilidade, fosse profissional, fosse financeira, não
tenha dúvida que eu entraria de corpo e alma na discussão pública deste
tema. Como não tenho nenhuma das duas, a primeira por minha exclusiva
culpa, e a segunda provavelmente como conseqüência da primeira, valho-me
desta lista onde sei que há notáveis profissionais que podem, quem
sabe?, adotar a opinião que defendo e que, tenho certeza, é a de muitos
aqui. Ao entrar para esta lista, acreditei estar descobrindo um solo
fértil onde toda semente boa para a causa dos cegos possa germinar,
florescer e frutificar. Se alguém sugerir que minha crença é equivocada,
a minha decepção será imensa e eu não mais entenderei a razão de
continuar participando dela. Vários assuntos, todos de interesse do
grupo, ainda que com diferentes opiniões como é lícito a uma democracia,
têm sido colocados nesta lista. Assim sendo, não entendo que qualquer
mensagem postada por qualquer membro na lista, discutindo assunto de
interesse comum, seja vã. Verifique a minha mensagem com mais calma,
e verá que há nela propostas que visam a melhoria das condições para a
totalidade dos cegos em nosso país, e não apenas para um grupo que tenha
condições mais favoráveis. Alimento a crença de que um dia muita coisa
vai mudar e haverá mais solidariedade, não havendo mais satisfação com
conquistas meramente pessoais. Esteja certo de que a minha estima por
todos os membros da lista, mesmo por aqueles que dela não fazem questão,
é sincera. Isto, todavia, não me dá o direito de não ser coerente comigo
mesmo, deixando de fazer as colocações que considero corretas. Creio, e
perdoe-me se eu estiver errado, que discutir uma causa também é fazer
algo por ela, já que deixá-la no esquecimento ou sob exclusiva ação dos
contrários, é bem pior. Quando falamos, criamos possibilidade para que,
caso alguém ache interessante nossa idéia, adote-a e encontre nela nova
motivação para a luta. Quando nos calamos, fazemos do silêncio covarde
a sepultura da idéia. Lembremo-nos sempre de que a palavra está sujeita a 3 condições
para ser válida ou não: Boca que a diga, ouvidos que a ouçam, e mentes que a avalie.
Receba meu abraço cordial e fraterno.
Ary Rodrigues da Silva
--
* Cadastro de Leitores: Se você deseja ser um leitor assíduo de nosso jornal, envie uma mensagem (solicitando inscrição no cadastro de leitores), para: contraponto_jornal@.br
* Todas as edições do Contraponto, estão disponibilizadas, no site da Associação dos Ex-alunos do
IBC (exaluibc.), -- entre no link contraponto...
* Participe (com criticas e sugestões), ajude-nos aprimorá-lo, para que se transforme realmente num canal consistente do nosso segmento...
* Venha fazer parte da nossa entidade: ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT(existem vários desafios esperando por todos nós)...
Lutamos pela difusão e socialização ampliada de atividades, eventos e ações voltadas para DEFESA dos DIREITOS dos deficientes visuais.
* Solicitamos a difusão deste material na INTERNET, pode vir a ser útil, para pessoas, que você sequer conhece...
*REDATOR CHEFE:
Valdenito de Souza, o nacionalista místico
Rio de Janeiro/RJ
--
"Enquanto houver uma pessoa discriminada, todos seremos discriminados",
porque "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito".
ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO I B C
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