Universidade do Minho



Análise económico-financeira

1ª Parte

UC: Economia Bancária e Financeira

Janeiro de 2011

Grupo

Evaldo Baptista (56858) | Gerson Lemos (53899)

Miguel Carvalho (53879) | Vítor Teles (54708)

1. Introdução

Após os acontecimentos que se seguiram à crise financeira mundial, iniciada em Agosto de 2007 nos EUA, o sistema bancário português viu-se envolto num ambiente de muita desconfiança e incerteza, principalmente após o escândalo financeiro que envolveu o BPN e o BPP. Apesar de se manterem fora deste escândalo, outros bancos, como o BES e o BPI, foram certamente prejudicados pelo mesmo. Neste contexto, ambicionamos numa primeira parte do trabalho, ver qual a evolução do sector bancário e avaliar a performance do BPI face ao BES. Para isso, recorremos fundamentalmente à análise de rácios económico-financeiros para um período de 2002 a 2009 (calculados através de dados obtidos na Associação Portuguesa de Bancos) e contextualizamos esses rácios com o posicionamento estratégico observado na actividade bancária.

Na primeira secção propomo-nos a aduzir uma análise histórica da evolução do Grupo BPI. Na secção seguinte, procederemos à análise da sua posição no mercado através dos já referidos rácios, confrontando-os com os do BES e do Sector Bancário. Por último, apresentamos as nossas conclusões e perspectivas futuras em relação ao sector bancário e, em particular, ao BPI.

2. Descrição do BPI

Evolução histórica

O início do Banco Português de Investimento (matriz original do Grupo BPI) remonta a 1985, com a transformação da Sociedade Portuguesa de Investimentos (SPI)[1] e aquisição da possibilidade de captar depósitos, conceder crédito, intervir nos mercados interbancários e praticar operações cambiais. Em 1991, o já então designado BPI, adquiriu o Banco Fonsecas & Burnay assumindo uma clara liderança nas principais áreas da Banca de Investimento. Posteriormente, estabeleceram uma parceria com o Grupo Itaú e em 1995, criaram uma holding bancária, denominada BPI SGPS. Em 1996, o BPI adquiriu o Banco de Fomento e Exterior e o Banco Borges & Irmão e em 1998, através da fusão destes com o Banco Fonsecas & Burnay, previamente referido, mas também com o Banco Universo (Banco in-store) deram origem ao Banco BPI. Depois da fusão, a estrutura simplificou-se significativamente, pois o BPI SGPS passou a integrar apenas duas instituições bancárias: o Banco Português de Investimento, designado por BPI - Investimentos, e um novo Banco Comercial, o Banco BPI. No triénio de 1999 a 2001, o BPI confirmou o potencial de crescimento, modernização e reforço estrutural (conquistou quota de mercado em todas as áreas relevantes da Banca Comercial, alargou e actualizou a estrutura de distribuição, renovou a sua base tecnológica e construiu uma das marcas com maior vitalidade do sistema financeiro), como também iremos ver neste trabalho. O BPI SGPS incorporou o Banco BPI, adoptando a designação Banco BPI. Em 2004, Artur Santos Silva, fundador e líder do BPI, cessa funções executivas mantendo, no entanto, a Presidência do Conselho de Administração. Em Maio de 2007, concluiu-se sem êxito uma OPA hostil lançada sobre o Banco, ao ser aceite por apenas 3.9% do capital do BPI e ao merecer, desde logo, a rejeição unânime do Conselho de Administração do Banco, que a considerou "totalmente inaceitável".

Descrição da actividade

Actualmente, o Grupo BPI, liderado pelo Banco BPI, é um grupo financeiro, multiespecializado, centrado na actividade bancária e dotado de uma oferta completa de serviços e produtos financeiros para os Clientes empresariais, institucionais e particulares. Serve, em Portugal, cerca de 1.6 milhões de clientes particulares, empresas e institucionais através de uma rede de distribuição multicanal (696 balcões de retalho, 39 centros de investimento, 16 balcões especializados em crédito à habitação, rede de promotores externos, 47 centros dedicados aos segmentos das Empresas e 6 aos clientes, banca telefónica – BPI Directo – e serviço de homebanking – BPI Net.). Desenvolve a actividade de Banca de Investimento, Acções, Corporate Finance e Private Banking, no âmbito geográfico da Península Ibérica. Na gestão de activos, o BPI detém posições muito relevantes na gestão de fundos de investimento, fundos de pensões e seguros de vida-capitalização, que distribui através do Banco BPI e do Banco Português de Investimento.

Em Angola, o BPI detém posições de liderança com quotas de 14% e 18% em termos de crédito e depósitos, respectivamente, e quotas próximas dos 30% nos cartões e nos terminais de pagamento, através do Banco de Fomento (BFA), que detém a 50.1%.

A actividade internacional compreende ainda a apropriação de resultados da participação de 30% detida no Banco Comercial e de Investimentos (BCI), em Moçambique.

3 Análise da performance do Banco

3.1. Rácio de cobrança duvidosa / Crédito a empresas e particulares (Clientes)

Este rácio mede o nível de protecção dos bancos face ao crédito concedido, dando sinais do grau de risco envolvido nos empréstimos. Desse modo, apesar de partirem de uma posição idêntica, podemos dizer que o BPI ao longo do período manteve uma maior estabilidade relativamente ao BES (o indicador deste último apresentou uma substancial deterioração até 2009 – uma variação global superior a 1,5 p.p.). De facto, a partir de 2007, quer o BPI, quer o BES, apresentaram um indicador de cobrança duvidosa mais elevado, em grande parte explicado pelo iniciar da crise financeira internacional que se traduziu num maior risco envolvido nos empréstimos concedidos (principalmente na área da construção e do imobiliário)[2]. Isto representa que as famílias e as empresas tiveram cada vez mais dificuldade em pagar o que devem aos bancos, em particular ao BPI e ao BES, sendo uma das causas normalmente apontadas o aumento do desemprego.[3]

3.2. Margem de negócio

Este indicador relaciona as margens brutas totais obtidas (margem financeira, de serviços bancários e de outros resultados) com os activos financeiros. Como podemos observar, não existem diferenças relevantes entre o BPI e o BES, mas minuciosamente, de 2002 a 2004, o BES tinha uma margem de negócio maior que o BPI e só em 2009 é que isto se voltou a verificar. A verdade é que os valores das margens de negócio para ambos os bancos nunca saíram dos valores entre 2.59% e 3.70%.

3.3. Margem financeira

A margem financeira relaciona o Resultado Financeiro com as aplicações geradoras deste tipo de rendimentos[4]. Pode ser interpretado como um indicador de rentabilidade financeira ou como a base do lucro das instituições de crédito.

Apesar do BPI partir de uma posição desfavorável relativamente ao BES, esta tendência é contrariada a partir de 2003. Verificamos também que estes valores são bastante superiores aos de referência, isto é, aos do sector bancário. No geral, embora em alguns anos haja uma ligeira subida da margem financeira, a tendência é descendente. Para além da crise financeira, esta tendência pode também estar relacionada com as alterações que ocorreram na regulamentação e no ambiente competitivo com a entrada de novos concorrentes, levando ao aumento da heterogeneidade dos bancos que actuam no mercado.[5]

3.4. Liquidez reduzida

A liquidez reduzida é uma medida mais severa da posição líquida da empresa. Dá a ideia clara da capacidade da empresa para, sem grandes riscos, ser capaz de solver os seus compromissos de curto prazo. Pode, no entanto, representar ineficiência ao nível da gestão de financiamento se assumir valores demasiado elevados. Dado isto, no gráfico seguinte vemos que o BPI e o BES andam a par na sua posição desde 2002 até 2006. A partir daí o BPI teve um pico e ultrapassou o BES, que apesar de também ter subido, não conseguiu acompanhar o desenvolvimento do BPI. Em relação ao sector, ambos os bancos estiveram acima do mesmo, apesar da insuficiência de dados.

3.5. Solvabilidade bruta

Este rácio analisa o peso do capital próprio relativamente ao activo líquido. Através do gráfico 5, é possível observar que a evolução do BPI, do BES e do Sector são bastante distintas. Apesar da média do sector bancário registar valores decrescentes na maioria dos anos, a solvabilidade bruta dos bancos aumentou substancialmente de 2004 para 2005. Podemos concluir que o BES apresenta a situação mais favorável, já que quanto maior a solvabilidade bruta, maior a capacidade da empresa em cumprir com os seus compromissos de M/L prazo.

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3.6. Taxa média das aplicações

Este indicador indica a taxa média de remuneração dos activos financeiros. Na nossa análise, constatamos que o BPI tem uma taxa superior ao BES e ao sector em todos os períodos. Em 2008 há um pico, dos dois bancos e do sector, mas o BPI mantém-se sempre com taxas mais elevadas. As taxas para este período, foram de 8.47% para o BPI, 6.98% para o BES e 7.37% para o sector. Também é de realçar o facto do BES ter tido taxas mais baixas que o sector desde 2005 até 2009.

3.7. Taxa média dos recursos

Indica-nos o custo médio dos recursos. Trata-se de um indicador fortemente influenciado pela estrutura de custos.

Através deste indicador verificamos que o BPI está claramente superior em relação à média do sector bancário. A trajectória é semelhante para os bancos e para a média do sector. É importante realçar que em 2008, os três apresentam o pior registo do período, muito provavelmente influenciado pela crise actual. No entanto, no último ano da análise, inverteram a tendência e registaram valores mais positivos (estes foram mesmo inferiores aos do ano de 2002), evidenciando uma clara redução dos custos médios dos recursos.

3.8. Serviços Bancários

Este indicador relaciona os Outros Resultados Correntes com o activo financeiro. Por norma, os Outros Resultados Correntes derivam do comissionamento dos serviços financeiros prestados bem como de resultados obtidos na intervenção em mercados de capitais e cambiais.

Neste indicador não temos muito a concluir, excepto que os bancos acompanharam de muito próximo os valores médios do sector bancário mesmo aquando a queda do indicador em 2004. No restante período, as oscilações foram praticamente insignificantes.

3.9.1. Evolução da quota de mercado no que respeita ao crédito sobre clientes

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Podemos constatar, pela análise deste gráfico, que a evolução da quota de mercado quer do BPI, quer do BES, foi pouco oscilante. No entanto, durante este período o BES teve uma prestação francamente melhor, aumentando a sua quota de mercado 2,54 p.p.. Já no BPI, o seu crescimento foi mais moderado, não chegando a atingir 1 p.p.. De qualquer forma, devemos referir que o BPI apenas está inserido no mercado à 26 anos como instituição bancária pelo que a sua quota de mercado já é bastante significativa, enquanto que o BES apresenta uma quota pouco superior estando já no mercado há cerca de 140 anos.

3.9.2. Evolução da quota de mercado no que respeita aos recursos de clientes e outros empréstimos

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Neste gráfico, salientamos o registo ascendente do BPI entre 2004 e 2008, traduzindo-se num crescimento de cerca de 5,53 p.p.. Isto significa que há uma maior parte de clientes que aplicam os seus recursos no BPI através de, por exemplo, depósitos de poupança. No caso do BES, embora com ligeiras oscilações, terminou o período com um valor inferior ao de 2002. Podemos concluir então que o BPI está a apresentar um desempenho bastante melhor que o seu concorrente directo.

3.10. Relevância dos custos com o pessoal

Este indicador mede o peso dos Custos com o Pessoal nos Custos Administrativos, fornecendo simultaneamente uma ideia da eventual rigidez dos custos de funcionamento, dado o enquadramento legal existente em Portugal quanto ao factor trabalho.

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Através da análise do gráfico, concluímos que o BPI apresenta um maior peso dos custos com o Pessoal nos Custos administrativos, sendo que a sua tendência até 2006 foi uma aproximação aos níveis do sector e do BES, totalizando uma descida em cerca de 6 p.p.. Especificamente no ano de 2007, com o início da crise financeira registou-se um decréscimo do peso dos custos com o pessoal (possivelmente por uma redução do número de trabalhadores ou melhor racionalização dos recursos humanos).

3.11. Cost to Income

Mede a parte da riqueza gerada que é absorvida pelos custos de funcionamento, traduzindo a relevância dos custos no produto.

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Este gráfico é um dos que apresenta maior volatilidade. Verificamos que houve uma redução global no indicador do BPI, durante o período analisado, de cerca de 8,3 p.p. ou seja, uma menor parte da riqueza gerada pelo BPI é absorvida pelos custos de funcionamento. Relativamente à média do sector, no que diz respeito ao mesmo período, a redução não atingiu sequer os 3 p.p..

3.12. Financiamento do activo financeiro

Este rácio mede o nível de financiamento do activo financeiro pelos passivos de idêntica natureza. Se for superior a 100% significa que o sector está a financiar activos não aportadores de juros, logo com implicações na redução da margem (MF/AF). Caso os activos diferenciais não sejam aportadores de rendimentos, indicia uma redução da margem de negócio (PB/AF) e eventualmente da rendibilidade.

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Nesta situação, o BPI está claramente numa posição mais favorável, tendo uma performance claramente superior à média do sector, sempre abaixo dos 100%, com destaque para o ano de 2005 em que atingiu um valor de 86%. Contrariamente, o BES e o sector bancário apresentam alguns registos negativos superiores a 100%, indiciando implicações na redução da margem de negócio e eventualmente da rendibilidade.

3.13. Rendibilidade do activo

As maiores facilidades na concessão de crédito em virtude de um contexto de baixos juros após a entrada de Portugal na moeda única levaram um maior número de pessoas a recorrer a instituições bancárias para aceder a financiamento.

Óptica da empresa

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Óptica do investidor

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Nesta situação, há uma tendência de crescimento do indicador até 2007 para o BES, BPI e também para o sector. Isto representa que os seus activos tiveram uma maior capacidade para gerarem retorno financeiro, com destaque para o BPI. Este resultado depende em simultâneo da margem líquida sobre as vendas e da eficiência na utilização dos activos. Contudo, em 2008 houve uma deterioração do indicador para todos os elementos da análise, que foi contrariada pelo BPI e pelo BES a partir desse ano.

3.14. Rendibilidade dos capitais próprios

A rendibilidade dos capitais próprios dá-nos o resultado obtido pela empresa quando ela não usa outros recursos que não os seus. Mede o rendimento obtido por cada unidade de capital próprio. Tem duas acepções: uma ligada à perspectiva da empresa e outra à do accionista, diferindo tais perspectivas na expectativa de distribuição ou não de resultados. Assim, enquanto aos accionistas interessa a vertente dos resultados líquidos (RL/KP), visto ser a partir destes que se processa a distribuição de dividendos, à empresa interessará considerar os resultados que consegue gerar.

Óptica da empresa

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Óptica do investidor

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Na óptica do investidor, quanto mais elevado for este rácio, mais atraente será a empresa para os potenciais investidores e maiores as possibilidades de a empresa desenvolver a sua actividade futura com o recurso ao autofinanciamento. Desse modo, o BPI apresenta uma clara vantagem até 2007, face ao concorrente e à média do sector bancário. Contudo, a partir desse ano, e devido às dificuldades dos mercados financeiros no seguimento do eclodir da crise financeira internacional, há um claro decréscimo de cerca de 11 p.p. para 2008.

4 Conclusão

De uma forma geral, as instituições bancárias alocam recursos que trabalham com o intuito de maximizar activos e ampliar os seus retornos. Para que estejam na fronteira eficiente, estas instituições procuram recolher o máximo desses recursos através de incentivos que levam os clientes a confiar nestes as suas poupanças que por sua vez, serão investidos com a perspectiva de obter lucros.

Os bancos em análise são dois bancos de referência a nível nacional, tendo na maioria dos casos, um desempenho mais favorável que a média do sector. Através deste trabalho, concluímos que o BPI tem uma margem financeira em grande parte do período superior ao BES. Outro rácio de referência é o da liquidez reduzida, sendo que neste o BPI está numa posição claramente superior à média. De igual forma, no rácio relativo ao financiamento do activo financeiro, constatamos que o BPI está claramente em vantagem não só em relação ao seu directo adversário, neste caso o BES, mas também em relação à média do sector bancário. Contudo, no que diz respeito à sua capacidade de honrar compromissos no M/L prazo, apresenta uma situação mais preocupante. Esta contrasta com o aumento da rendibilidade dos capitais próprios (de acordo com este indicador pela óptica do investidor, o BPI tornou-se mais atraente para potenciais investidores até 2007).

5. Bibliografia





Costa, José Manuel (1998). Margem financeira sustentável em Portugal.

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[1] O projecto da SPI baseava-se essencialmente no financiamento de projectos de investimento do sector privado, no relançamento do mercado de capitais e na modernização das estruturas empresariais portuguesas.

[2] Veja-se

[3]

[4] É a diferença entre os juros que cobram por financiamentos, determinados pelas taxas de juro activas, e os juros com que remuneram os depósitos, determinados pelas taxas de juro passivas.

[5] Veja-se Costa (1998) para maior detalhe.

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Gráfico 1

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 2

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 3

Gráfico 4

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 5

Gráfico 6

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 7

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 8

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 9

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 10

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 11

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 12

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 13

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 14

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 15

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 16

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

Gráfico 17

Fonte: Cálculo dos autores. Base de dados da Associação Portuguesa de Bancos.

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