A cultura na rádio pública portuguesa e as obrigações do ...

[Pages:81]A cultura na r?dio p?blica portuguesa e as obriga??es do servi?o p?blico

Jo?o Filipe Matos Dias Reis Torgal Relat?rio de Est?gio de Mestrado em Jornalismo

Abril de 2012

Relat?rio de Est?gio apresentado para cumprimento dos requisitos necess?rios ? obten??o do grau de Mestre em Jornalismo,

realizado sob a orienta??o cient?fica do Professor Pedro Coelho

Agradecimentos

- aos profissionais da RTP, nomeadamente ao Jorge Correia e ?s equipas da cultura, da tarde e da manh? 1, por aquilo que me ensinaram, pelo esp?rito aberto com que me receberam e pela confian?a nas minhas capacidades.

- ao meu orientador cient?fico, Pedro Coelho, pela forma dedicada e minuciosa com que leu e contribuiu para a melhoria deste relat?rio.

- aos "bravos e indom?veis" da turma de mestrado, nomeadamente ? Catarina Benedito, ? C?tia Rodrigues, ? Rita Oliveira, ? Sofia Tulha, ao Tiago Oliveira e ao Tiago Carvalho.

- ? R?dio Universidade de Coimbra (RUC), sem a qual eu nunca teria realizado este mestrado.

- aos meus colegas da Academia RTP, pela paci?ncia com que me aturaram no per?odo de escrita do relat?rio (um verdadeiro contra-rel?gio).

- a todas as pessoas mais pr?ximas, sempre importantes em todas as horas.

A cultura na r?dio p?blica portuguesa e as obriga??es do servi?o p?blico

[Culture in the Portuguese public radio and public service obligations]

Jo?o Filipe Torgal

RESUMO

[ABSTRACT]

PALAVRAS-CHAVE: Est?gio, Jornalismo, R?dio, Servi?o P?blico, Cultura, Antena 1.

No ?mbito do Mestrado em Jornalismo, este relat?rio ? uma panor?mica geral do que foram os tr?s meses de est?gio no departamento de informa??o da r?dio p?blica portuguesa. Por um lado, efectua uma descri??o do que foi esta experi?ncia, situada entre a observa??o, a progressiva integra??o nas tarefas jornal?sticas e uma ac??o mais aut?noma. Por outro, a partir da exposi??o pr?tica, parte para uma reflex?o sobre algumas problem?ticas surgidas durante o est?gio, com particular ?nfase na cobertura cultural da r?dio p?blica, analisando conte?dos, meios e m?todos e projectando o futuro.

KEYWORDS: Internship, Journalism, Radio, Public Broadcast, Culture, Antena 1.

In the framework of the Master of Journalism, this report is an overview of what was the three-month internship in information's department of portuguese public radio. On the one hand, it makes a description of what was this experience, somewhere between the observation, the progressive integration in the journalistic duties and a more autonomous action. On the other hand, from the practical exposure, it reflects on some issues that emerged during the internship, with particular emphasis on public radio's cultural coverage, analyzing content, resources and methods and projecting the future.

?NDICE

Introdu??o ........................................................................................................... 1 Cap?tulo I: A institui??o e a estrutura do est?gio ............................................... 3

I. 1. Breve hist?ria da institui??o de acolhimento ................................... 3 I. 2. A r?dio p?blica portuguesa na actualidade ........................................ 4

2.1 Os canais do servi?o p?blico de r?dio .............................................. 4 2.2 A informa??o na Antena 1 ................................................................ 5 2.3 Produ??o de conte?dos centralizada em Lisboa............................... 6 2.4 Que futuro para o servi?o p?blico?................................................... 6 I. 3. A recep??o e a estrutura geral do est?gio .......................................... 7 3.1 A prepara??o para o est?gio .............................................................. 7 3.2 O primeiro contacto com a RTP ....................................................... 8 3.3 Um est?gio tripartido......................................................................... 9 3.4 Autonomia e responsabilidade reguladas ....................................... 10 3.5 O constrangimento da aus?ncia de locu??o.................................... 10 Cap?tulo II: A cobertura cultural na r?dio p?blica ........................................... 12 II. 1. A experi?ncia na cultura ................................................................. 12 1.1 A integra??o inicial ......................................................................... 12 1.2 As tarefas aut?nomas ...................................................................... 13 1.3 A continuidade na cultura ............................................................... 14 II. 2. Os conte?dos culturais .................................................................... 16 2.1 Espa?os culturais na r?dio p?blica.................................................. 16 2.2 A diversidade de conte?dos e os crit?rios de escolha .................... 17 2.3 Cultura, servi?o p?blico e concorr?ncia ......................................... 19 II. 3. Os meios humanos da editoria de cultura ...................................... 21

3.1 As limita??es da equipa da cultura ................................................. 21 3.2 Centraliza??o geogr?fica da r?dio p?blica: falta de vis?o ou de meios? .......................................................................................................... 22 3.3 Uma perspectiva mais global: desinvestimento na cultura e na informa??o local .......................................................................................... 23 II. 4. Os m?todos na cobertura cultural................................................... 26 4.1 Cobertura no local e ? dist?ncia: ambiente vs. telefone ................. 26 4.2 Antevis?o, reportagem e cr?tica ...................................................... 26 4.3 As press?es da ind?stria cultural..................................................... 28 II. 5. Jornalismo cultural na r?dio p?blica: que futuro? ......................... 30 Cap?tulo III: A restante experi?ncia na Antena 1: pr?ticas, observa??es e reflex?es ........................................................................................................... 33 III. 1. A experi?ncia no turno da tarde .................................................... 33 1.1 Os constrangimentos do tempo....................................................... 33 1.2 O poder e a qualidade do som ......................................................... 34 1.3 T?cnica vs. conte?do: a internet e o background informativo ....... 35 1.4 A import?ncia da reportagem.......................................................... 36 III. 2. A experi?ncia no turno da manh? 1 ............................................... 38 2.1 O planeamento, a falta de meios e as limita??es na recolha de sons .............................................................................................................. 38 2.2 Benef?cios e constrangimentos da pesquisa na internet ................. 40 2.3 O uso dos jornais, das r?dios concorrentes e da blogosfera enquanto ponto de partida ........................................................................................... 42 III. 3. As experi?ncias paralelas .............................................................. 43 Conclus?o.......................................................................................................... 45 Bibliografia ...................................................................................................... 49

Anexo 1 ? Listagem dos conte?dos de cultura .................................................. i Anexo 2 ? Listagem dos restantes conte?dos do portf?lio............................... iv Anexo 3 ? Esqueleto de algumas pe?as ............................................................. vi

Introdu??o

"A r?dio est? na posse n?o s? do maior est?mulo que o Homem conhece, a m?sica, a harmonia e o ritmo, como tamb?m ? capaz de oferecer uma descri??o da

realidade atrav?s de sons e com o maior e mais abstracto meio de divulga??o de que o Homem ? dono: a palavra."1

Inserido no Mestrado em Jornalismo, este relat?rio pretende fazer um balan?o descritivo do que foi o est?gio na Antena 1 e, a partir da experi?ncia pr?tica, observar, problematizar e reflectir sobre algumas quest?es te?ricas, principalmente ao n?vel do jornalismo cultural.

De acordo com o plano de estudos do mestrado, trata-se de um est?gio curricular, com dura??o de tr?s ou seis meses (dependendo do local), num meio de comunica??o ? escolha. Dada a paix?o pela r?dio, conquistada ao longo de quatro anos de experi?ncia na RUC (R?dio Universidade de Coimbra), com produ??o de conte?dos de programa??o e informa??o muito diferentes e desafiantes, a escolha desta plataforma foi ?bvia. Ali?s, s?o v?rios os casos de pessoas que, tendo passado pela RUC, enveredaram pelo mundo da comunica??o e s?o hoje jornalistas ou animadores profissionais do universo radiof?nico. A op??o pela Antena 1 derivou do prest?gio informativo (sem que isto seja uma desvaloriza??o das outras r?dios com uma ?ndole noticiosa mais forte, no caso a R?dio Renascen?a e principalmente a TSF) e da vontade de explorar mais de perto e de reflectir sobre o acompanhamento cultural prestado pelo servi?o p?blico de r?dio.

Em termos de estrutura, para al?m da conclus?o final, o relat?rio ir? conter tr?s cap?tulos.

No cap?tulo I, identificarei a institui??o de acolhimento e farei um breve registo hist?rico da r?dio p?blica, destacando a integra??o entretanto concretizada no universo mais amplo da RTP. Para al?m disto, descreverei, em tra?os gerais, a prepara??o, o acolhimento e a estrutura do est?gio.

1 Arnheim, Rudolf. Est?tica Radiof?nica. 1980: 16 [in Canavilhas, 2004, 4].

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