ADRIANA BERTOLDI CARRETTO DE CASTRO

[Pages:9]X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

EMPREENDEDORISMO E STARTUPS: COMO COME?AR A EMPREENDER?

ADRIANA BERTOLDI CARRETTO DE CASTRO (FATECJAHU) adriana.castro@fatec..br

MATHEUS RIBEIRO MIRANDA (FATEC-JAHU) matheus.miranda@fatec..br

RENATO LUCAS MOTA (FATEC-JAHU) renato.mota01@fatec..br

RESUMO O intuito deste artigo ? compreender as etapas iniciais para se desenvolver uma startup e apresentar um prot?tipo de fluxograma com todas as etapas a serem atingidas pelos futuros empreendedores para iniciar seus neg?cios. A justificativa para o desenvolvimento deste prot?tipo de fluxograma ? que o mesmo pode gerar uma maior compreens?o das etapas e desafios de empreender. A metodologia adotada ? uma pesquisa qualitativa de campo explorat?ria, aplicada junto ? consultores do Sebrae-SP. Os resultados da pesquisa demonstram que alguns fatores impedem o surgimento das startups: falta de m?o-de-obra qualificada, baixo n?vel de conhecimento dos empreendedores e a burocracia. PALAVRAS-CHAVE: startups. empreendedorismo. inova??o.

A B S T R A C T The aim this article is to understand the initial steps to start a startup and present a flowchart with all the stages to be reached by future entrepreneurs when starting your business. The justification for the development this flowchart consists of ability to generate a greater understanding of stages and challenges to undertaken. The adopted methodology is qualitative exploratory field research, applied to consultants of Sebrae-SP. The results of research demonstrate that some factors avoid the emergence of startups: lack of skilled labor, low level of knowledge of entrepreneurs and bureaucracy.

Keywords: startups. entrepreneurship. innovation.

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

1. INTRODU??O

N?o existe uma defini??o ?nica para startups. Alguns autores acreditam que as startups s?o empresas que surgem de uma ideia inovadora e possuem grande potencial de crescimento (DORNELAS et al., 2010; MEIRA, 2013). Outros autores acreditam que o termo startups se refere a um est?gio de desenvolvimento das empresas (DORNELAS et al., 2010; SALAMZADEH; KIRB, 2017).

De acordo com o SEBRAE (2014) uma startup consiste num grupo de pessoas intencionadas em desenvolver um modelo de neg?cios repet?vel e escal?vel. Um modelo de neg?cios consiste em compreender como a empresa gera valor. A capacidade de o modelo de neg?cio ser repet?vel consiste na compet?ncia de entregar o mesmo produto em escala potencialmente e ilimitada, sem customiza??es ou adapta??es para cada cliente. A aptid?o de ser escal?vel consiste na sua capacidade de crescer. O ambiente das startups ? de extrema incerteza, porque empresas pequenas s?o mais suscet?veis ?s oscila??es de mercado.

Pequenas empresas s?o criadas e impulsionadas pela rentabilidade e pelo valor est?vel a um longo prazo, buscando apenas manter ou elevar sua posi??o em um mercado especifico.

Conforme dados fornecidos pela Global Entrepreneurship Monitor, a taxa de empreendedorismo total (TTE) ? formada por indiv?duos, em idade adulta (entre 18 a 64 anos de idade), que est?o desenvolvendo alguma atividade empreendedora ou visam ter seu pr?prio neg?cio (SEBRAE, 2017). De 2002 a 2017, a taxa de empreendedorismo total cresceu de 20% para 36,4%, no Brasil. A mesma pesquisa ainda explica que os empreendedores est?o cada vez mais motivados a empreender por vontade e cada vez menos por necessidade.

Esta pesquisa tamb?m indica que a taxa de empreendedorismo inicial (aquele que, nos ?ltimos 12 meses, realizam alguma a??o visando ter seu neg?cio pr?prio ou tem neg?cio pr?prio com at? 3,5 anos de opera??o) ? de 19,6% dos indiv?duos em idade adulta. Esses dados mostram que as taxas de empreendedorismo no Brasil s?o altas (SEBRAE, 2017).

No entanto, a mesma pesquisa ainda se preocupa com quesitos que d?o suporte ao empreendedorismo, como as atitudes, habilidades e aspira??es dos empreendedores. Considerando estes aspectos que suportam as atitudes empreendedoras, o desempenho brasileiro torna-se muito baixo. Num ranking de 137 pa?ses, o Brasil ocupa a 98? posi??o (SEBRAE, 2017).

Portanto, desenvolver as atitudes e habilidades empreendedoras ? um aspecto importante para capacitar e melhorar o desempenho dos empreendedores brasileiros. Considerando a problem?tica estabelecida, a quest?o que norteia o desenvolvimento deste trabalho ?: como come?ar a empreender e criar uma startup?

O objetivo geral deste artigo ? compreender as etapas iniciais para criar uma startup e come?ar a empreender. De maneira espec?fica pretende-se apresentar um prot?tipo de fluxograma com todas as etapas a serem atingidas pelos futuros empreendedores para iniciar seus neg?cios. A justificativa para o desenvolvimento da pesquisa est? na capacidade que este prot?tipo de fluxograma pode gerar na compreens?o das etapas e desafios de empreender.

Para a constru??o do prot?tipo de fluxograma proposto, foi efetuada uma pesquisa qualitativa e de campo explorat?ria. A pesquisa qualitativa pressup?e uma observa??o de campo com o intuito de explorar ambientes, descrever comunidades e compreender situa??es e circunst?ncias. A finalidade ? identificar problemas e definir hip?teses (MARCONI; LAKATOS, 2010). A pesquisa foi efetuada junto a 15 consultores do Sebrae-SP.

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

A primeira parte deste artigo ir? abordar uma revis?o bibliogr?fica sobre startups e empreendedorismo. Na sequ?ncia haver? a exposi??o do processo metodol?gico e a apresenta??o dos resultados obtidos na pesquisa efetuada junto aos consultores do Sebrae - SP. Tanto a revis?o bibliogr?fica quanto a pesquisa efetuada fornecer?o subs?dios para a cria??o do modelo com as etapas a serem cumpridas pelos empreendedores para iniciar o seu empreendimento. Por fim, haver? uma discuss?o sobre a adequa??o e as limita??es dos resultados obtidos.

2. EMBASAMENTO TE?RICO

O surgimento e o desenvolvimento de uma empresa dependem de uma jun??o de fatores (TERJESEN; SZERB, 2008; TABOADA; GUERREIRO, 2009; DORNELAS, 2010). Terjesen e Szerb (2008) acreditam que o surgimento e desenvolvimento de uma empresa depende de uma jun??o de fatores, sendo eles: caracter?sticas pessoais do empreendedor (demografia e contexto pessoal), caracter?sticas das firmas (demogr?ficas e estrat?gicas) e ambiente nacional.

A Figura 1 mostra como estes 5 fatores interferem no crescimento e desenvolvimento das empresas. Na figura ? poss?vel observar que no centro est? a empresa e nas extremidades est?o os demais fatores que interferem nas empresas. Por isto, existem setas em dire??o ? empresa.

Figura 1: Modelo de expectativa de crescimento das empresas

Empreendedor/demografia

Empreendedor/contexto pessoal

Empresa

Empresa/demografia

Empresa/estrat?gia

Ambiente Nacional

Fonte: Adaptado de Terjesen e Szerb (2008, p.157)

O fator empreendedor/demografia consiste na idade do empreendedor, seu n?vel educacional, g?nero, situa??o de emprego e renda familiar. O fator empreendedor/contexto pessoal refere-se ao conhecimento dos empreendedores, habilidade para iniciar uma empresa, capacidade de reconhecer oportunidades e necessidade de motiva??o. O fator empresa/estrat?gia consiste na capacidade da empresa em desenvolver produtos inovadores e orienta??o para o mercado. O fator empresa/demografia consiste no tamanho da empresa, no n?mero de propriet?rios, capital inicial, n?mero de investidores. Por fim, o fator ambiente nacional consiste no desenvolvimento econ?mico do pa?s no qual a empresa est? instalada.

Dornelas et al. (2010) apresenta uma vis?o te?rica sobre o processo de gest?o e crescimento de novos empreendimentos e as transi??es que acontecem em diferentes limites nesse processo. Segundo o autor, um empreendimento ? desenvolvido, n?o surge

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

aleatoriamente. As fases de crescimento e desenvolvimento s?o (DORNELAS et al., 2010, p. 98-99):

Fase de pesquisa e desenvolvimento: consiste no est?gio inicial, na qual um ?nico empreendedor ou uma pequena equipe realizam as primeiras pesquisas para a forma??o do novo neg?cio. Esta fase pode durar alguns meses ou poucos anos. Caso a ideia n?o se desenvolva dentro de um per?odo de 18 meses as chances de se tornar uma startup cai drasticamente;

Fase de startup: normalmente abrange os dois ou tr?s primeiros anos, mas pode demorar at? sete anos. ? de longe a fase mais perigosa, porque depende muito do empenho, esfor?o, ousadia e energia de seu l?der empreendedor, ou da equipe empreendedora. O volume de vendas pode avan?ar at? U$ 2 a 3 milh?es;

Fase de alto crescimento: caracteriza-se por uma taxa constantemente maior de crescimento ou pela inclina??o da curva de receita. O ponto exato desta transi??o de startup para empresa de alto crescimento n?o pode ser identificado por uma data no calend?rio. ? nesta fase que novos empreendimentos apresentam uma taxa de fracasso superior a 60%;

Fase de maturidade: nesta fase o ponto central j? n?o ? mais a sobreviv?ncia da empresa, mas sim a apresenta??o de um crescimento lucrativo e est?vel;

Fase de estabilidade: ? a fase na qual o empreendimento perpetua-se ao longo do tempo seguinte. O tamanho de uma startup influencia diretamente na sua performance. As empresas maiores conseguem atrair mais capital que as empresas menores, o que influencia diretamente na capacidade competitiva da firma. Empresas com maiores recursos, em seus anos iniciais de opera??o, podem investir mais na efici?ncia da sua produ??o e opera??es, o que otimiza a possibilidade de sucesso das empresas no mercado. As startups menores t?m mais dificuldade de capta??o de recursos (GALOPE, 2014). Segundo Taboada e Guerreiro (2009), a interven??o do setor p?blico ? fundamental para o desenvolvimento de novos neg?cios. As for?as naturais do mercado (oferta e a demanda) s?o ineficientes para o desenvolvimento de novos neg?cios, os fundos p?blicos superam alguns obst?culos, mas n?o todos. Assim, para o desenvolvimento de novos neg?cios ? necess?rio empreendedores qualificados e com bom n?vel de experi?ncia, projetos p?blicos de qualidade e integra??o entre os diferentes instrumentos de fomento oferecidos pelo estado (TABOADA; GUERREIRO, 2009). O crescimento das startups est? relacionado ? dois aspectos essenciais: incentivos governamentais e empreendedorismo. No que se refere aos subs?dios governamentais, nos governos europeus e americanos existe uma pol?tica de simplifica??o de regulamenta??o e aloca??o de fundos especiais de desenvolvimento (D?AVINO et al., 2015). A habilidade empreendedora de seus fundadores, no que se refere ao conhecimento, habilidades e experi?ncia s?o fundamentais para aumentar a capacidade competitiva das startups. Propriet?rios com mais conhecimento e experi?ncia s?o mais eficientes na organiza??o das empresas, no estabelecimento de rotinas, nas atividades de planejamento e mais capacitados a atrair clientes e apoio externo (empr?stimos e investimentos dentre outros) (GALOPE, 2014). O desenvolvimento das startups est? correlacionado ? sua capacidade de inova??o. A inova??o consiste em (GOFFIM; MITCHELL, 2010):

Apresentar novos produtos e servi?os ao mercado consumidor; Desenvolver novos processos (m?todos de produ??o/ log?stica);

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

Desenvolver novos modelos de neg?cios; Desenvolver novas tecnologias Explorar novos mercados; Descobrir novas formas de organiza??o para as empresas. Goffin e Mitchell (2010) explicam que a inova??o ? conduzida por direcionadores. As mudan?as tecnol?gicas, a mudan?a no perfil dos consumidores e a intensa competi??o nos mercados obriga as empresas a investirem em inova??o. Existem diferentes graus de inova??o, D?vila (2008) apresenta diversos tipos de inova??o. Em linhas gerais, a inova??o pode ser subdividida entre: Inova??es incrementais: consistem em pequenas melhorias nos produtos. As

melhorias atendem ?s necessidades do cliente. A trajet?ria tecnol?gica que definir? a inova??o ? bem delimitada; Inova??es radicais: consistem em mudan?as profundas tanto na tecnologia utilizada quanto nos produtos apresentados ao mercado. Nem as necessidades dos clientes nem a trajet?ria tecnol?gica que definir? a inova??o s?o conhecidas.

3. DESENVOLVIMENTO DA TEM?TICA

Conforme Miguel et al. (2011), a pesquisa qualitativa tem como intuito obter informa??es atrav?s da perspectiva dos indiv?duos, visando interpretar o ambiente em que a problem?tica ocorre. Marconi e Lakatos (2010) definem a pesquisa qualitativa como sendo uma observa??o de campo. Ao explorar o ambiente em que a problem?tica est? inserida, ? poss?vel descrever o fen?meno e compreender as situa??es de inser??o.

Desta forma, a pesquisa efetuada junto aos consultores do Sebrae caracteriza-se como pesquisa de campo explorat?ria, porque analisa e descreve as caracter?sticas do problema (MARCONI; LAKATOS, 2010). O intuito desta pesquisa foi identificar e compreender o processo de desenvolvimento das startups. O Sebrae-SP possui aproximadamente 150 consultores, constituindo-se assim na popula??o desta pesquisa. Foi aplicado um question?rio a uma amostra de 15 consultores. A amostra foi constitu?da aleatoriamente, atrav?s da distribui??o do question?rio para v?rias unidades do Sebrae-SP (Araraquara, Bauru, Botucatu, Ourinhos, Sorocaba e S?o Carlos).

O question?rio foi desenvolvido com base na revis?o bibliogr?fica apresentada. As perguntas foram constru?das para respostas de m?ltipla escolha (perguntas fechadas). Todos os consultores responderam as quest?es usando o Google Forms.

4. RESULTADOS E DISCUSS?O

A primeira quest?o de pesquisa aborda os fatores que influenciam no surgimento da ideia de novos empreendimentos. Segundo os consultores do Sebrae-SP, os principais fatores s?o a criatividade e a capacidade de inova??o incremental. A percep??o da dificuldade na gera??o da inova??o radical pode ser o fator que levou os consultores a identificarem a inova??o incremental como um fator mais importante que a inova??o radical. ? interessante observar que o fator experi?ncia n?o ? algo necess?rio para se formar a ideia. A Tabela 1 apresenta as respostas dos consultores.

Tabela 1 ? Principal fator para o surgimento de um empreendimento

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

Qual o principal fator para o surgimento da ideia de um novo empreendimento?

Criatividade Conhecimento t?cnico e tecnol?gico para gera??o de inova??o radical Inova??o incremental baseada em pequenos aprimoramentos de produtos e servi?os j? existentes Experi?ncias anteriores como empreendedor

Fonte: Elaborada pelos autores

Varia??o

Absoluta Relativa (%)

6

40,00

3

20,00

5

33,33

1

6,67

Foi perguntado aos consultores sobre os maiores riscos para empreender, no Brasil. A maioria dos consultores (81,3%) acredita que a falta de viabilidade do produto ou servi?o junto ao seu mercado consumidor seja o maior risco. A gera??o de endividamento tamb?m foi mencionada por alguns consultores (18,3%). Por?m, nenhum consultor acredita que o maior risco seja a perda do capital investido.

Na Tabela 2 est?o as respostas dos consultores para a indaga??o sobre a exist?ncia de um n?mero ideal de integrantes para a forma??o de uma startup. As repostas indicam que n?o existe um n?mero definido de colaboradores para se iniciar um empreendimento, mas que em linhas gerais, o ideal seria de um a dois colaboradores para que a ideia evolua sem muitos empecilhos.

Tabela 2 ? Quantidade de colaboradores para iniciar um empreendimento

Qual o n?mero ideal de integrantes para se iniciar o empreendimento de uma startup?

Varia??o Absoluta Relativa (%)

De 1 a 2 integrantes

4

26,67

De 3 a 5 integrantes

3

20,00

N?o ? poss?vel medir, depende muito do neg?cio

5

33,33

Indiferente

3

20,00

Fonte: Elaborada pelos autores

A Tabela 3 compila as respostas para tr?s quest?es diferentes, em fun??o do grau de prioridade. Sobre os fatores relevantes para a abertura de um novo empreendimento, a valida??o do produto ou servi?o junto ao planejamento s?o os fatores apontados pelos consultores como os mais relevantes. Os fatores de menor prioridade s?o os recursos financeiros e a inova??o. Para o desenvolvimento de uma startup o recurso financeiro nem sempre ? algo t?o impactante quando o produto j? est? bem validado no mercado e n?o necessite de grande investimento inicial. Contudo, considerando os demais fatores, elas t?m um peso menor.

Ainda na Tabela 3, est?o expostos os fatores que mais dificultam a abertura de um novo empreendimento. A falta de m?o-de-obra especializada e a burocracia s?o apontados como os fatores que mais dificultam a abertura de um novo empreendimento. A atua??o das empresas concorrentes e os impostos e tributos parecem n?o interferir nos empreendimentos, no seu est?gio inicial, mas que mesmo assim possuem uma prioridade elevada. Por fim, os fatores que mais impedem as ideias sa?rem do papel s?o a falta de conhecimento dos idealizadores e a falta de m?o de obra especializada. Novamente a falta de m?o de obra especializada ? apontada como elemento relevante.

Tabela 3 ? Prioridades dos fatores na idealiza??o de um empreendimento

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

Escala por prioridade

Numa escala de prioridades, enumere por grau de prioridade os fatores mais relevantes para a abertura de um novo empreendimento? Planejamento Valida??o do produto/servi?o pelo mercado Recursos financeiros Inova??o Numa escala de prioridades, enumere por grau de prioridade os fatores que mais dificultam a abertura de um novo empreendimento? Impostos e tributos Burocracia Concorr?ncia Falta de m?o de obra qualificada Numa escala de prioridades, enumere por grau de prioridade os motivos que impedem uma ideia de sair do papel? Falta de conhecimento por parte dos idealizadores Alta complexidade na elabora??o do produto final Falta de m?o de obra especializada Dificuldades na busca por investimento

Fonte: Elaborada pelos autores

Varia??o

Absoluta

Relativa (%)

4 maior prioridade; 1 menor prioridade

4 3 3 7 7 3 3 3 2 2

21 4 3 2 1 4 1 20,00 46,67 26,67 6,67 2 3 46,67 20,00 13,33 20,00 2 7 20,00 20,00 13,33 46,67 7 4 13,33 13,33 46,67 26,67

4 3 0 6 7 1 1 5 7 3

21 4 3 2 1 5 4 0,00 40,00 33,33 26,67 4 3 46,67 6,67 26,67 20,00 2 7 6,67 33,33 13,33 46,67 4 1 46,67 20,00 26,67 6,67

4 3 9 0 2 6 3 5 1 4

21 4 3 2 1 1 5 60,00 0,00 6,67 33,33 4 3 13,33 40,00 26,67 20,00 6 1 20,00 33,33 40,00 6,67 4 6 6,67 26,67 26,67 40,00

Tamb?m foi perguntado aos consultores sobre as habilidades para empreender, a grande maioria (87,5%) considera que todas as capacita??es para empreender s?o poss?veis de serem aprendidas com cursos e treinamentos.

Assim que a ideia de um empreendimento surge ? necess?rio filtrar as melhores ideias. Os consultores acreditam que a melhor forma de realizar a filtragem n?o ? considerando a opini?o de outros colaboradores do empreendimento, nem usando a intui??o do empreendedor. A melhor maneira de filtrar as melhores ideias ? realizando uma pesquisa junto aos clientes.

A revis?o bibliogr?fica efetuada e a pesquisa junto aos consultores permitiram produzir um fluxograma apresentado na Figura 2. A ideia do fluxograma ? indicar os passos para que se possa come?ar a empreender. O in?cio do processo de gera??o de ideias para empreender precisa considerar dois aspectos essenciais: criatividade e capacidade de gera??o de inova??o, principalmente a inova??o incremental. O processo de filtragem consiste em aproveitar as ideias que s?o mais ?teis e descartar as in?teis. A melhor maneira de filtrar as ideias ? realizando uma pesquisa junto aos clientes. A valida??o do produto ou servi?o junto ao seu mercado consumidor ? importante. Por fim, a principal barreira para empreender consistem na falta de conhecimento espec?fico dos empreendedores.

Figura 2: Como come?ar a empreender?

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

X FATECLOG

LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL

31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019 ISSN 2357-9684

Empreender

Ideias

Fonte: Elaborada pelos autores

Filtros

Barreiras a serem quebradas

5. CONSIDERA??ES FINAIS

O intuito central deste artigo foi compreender as etapas iniciais para criar uma startup e come?ar a empreender. O objetivo espec?fico foi apresentar um prot?tipo de fluxograma com todas as etapas a serem atingidas pelos futuros empreendedores para iniciar seus neg?cios.

O embasamento te?rico, apresentado neste artigo, exp?s alguns fatores essenciais para iniciar uma startup. As caracter?sticas pessoais do empreendedor (n?vel de conhecimento, estrutura familiar, renda e idade) s?o fatores que influenciam no ato de empreender. O ambiente em que o empreendedor pretende iniciar o seu empreendimento tamb?m consisti num fator influenciador. Assim, iniciar um empreendimento com uma fase de pesquisa, seguida de valida??o e desenvolvimento da ideia s?o importantes, at? que a empresa consiga come?ar as suas atividades. Embora n?o exista um consenso sobre a defini??o de startups, existe a cren?a que ela pode ser uma fase embrion?ria que corresponde ao est?gio inicial do desenvolvimento do produto ou servi?o.

A pesquisa realizada junto aos consultores do Sebrae-SP constatou que os fatores que mais atrapalham ou impedem o surgimento de uma startup consistem na burocracia, a falta de m?o de obra qualificada e falta de conhecimento dos empreendedores. A burocracia consiste no excesso de regras, leis e prazos que acabam por atrapalhar quem anseia empreender um novo neg?cio. A falta de m?o-de-obra qualificada aliada ? falta de conhecimento dos idealizadores do projeto podem ser resolvidos com treinamentos, cursos e capacita??es voltadas para a ?rea de atua??o do segmento ou fun??o.

A pesquisa permitiu concluir que a criatividade e a inova??o incremental s?o fundamentais para gerar ideias e novos neg?cios. No entanto, as ideias precisam ser selecionadas atrav?s de um processo de filtragem. Os principais empecilhos para os empreendedores s?o a falta de recursos financeiros.

REFER?NCIAS

COLLIS, J; HUSSEY, R. Pesquisa em Administra??o: um guia pr?tico para alunos de gradua??o e p?s-gradua??o. Porto Alegre, Bookman, 2006.

D?VILA, Tony; EPSTEIN, Marc J.; SHELTON, Robert. As regras da inova??o. Porto Alegre, Bookman, 2008.

D'AVINO, M., SIMONE, V. M., IANNUCCI, M., SCHIRALDI, M. M. Guidelines for eStartup Promotion Strategy. Journal of technology management & innovation, v. 10, n. 1, p. 1?16, 2015.

X FATECLOG - LOG?STICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

FATEC GUARULHOS ? GUARULHOS/SP - BRASIL 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019

ISSN 2357-9684

................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download