ESTUDO DE CASO CLÍNICO: PSICOTERAPIA DE ... - psicologia

Psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento publicado em 15.01.2017

ESTUDO DE CASO CL?NICO: PSICOTERAPIA DE ORIENTA??O ANAL?TICA,

TENDO COMO BASE A TERAPIA DE APOIO

2015

Emanuely Zelir Pereira da Silva

Mestranda em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2017) e especializanda em Terapias Cognitivas pela ICTC. Possui gradua??o em Psicologia pela Faculdade Guilherme Gimbala (2015). Realiza

estudos na ?rea de Psicologia social e cl?nica. emanuelypsicologa@

Fabricia Pereira

Psic?loga. Possui gradua??o em Psicologia pela Faculdade Guilherme Gimbala (2016). fabricia.pe.psico@

Kelin Bogo de Siqueira

Psic?loga. Possui gradua??o em Psicologia pela Faculdade Guilherme Gimbala (2015). kelin.bogo@

Larissa Coutinho de Farias Mayorca

Psic?loga. Possui gradua??o em Psicologia pela Faculdade Guilherme Gimbala (2016). lari.mayorca@

Luisa Cristine Dias

Possui gradua??o em Psicologia pela Faculdade Guilherme Guimbala (2015). Atua na ?rea de Psicologia organizacional, com ?nfase em Avalia??o Psicol?gica. luisadias.psi@

Vanesssa Schneider

Psic?loga. Possui gradua??o em Psicologia pela Faculdade Guilherme Gimbala (2016). vanessa.schneider@

RESUMO Paciente vitima de um "AVC", procura psicoterapia para conseguir mais autonomia, melhorando quest?es de mem?ria, facilitando assim seu dia-a-dia. "A" teve um "AVC" no ano de 2010, comprometendo parte do c?rebro, afetando linguagem e mem?ria. Apresentou dificuldade no processo de luto, apresentando sintomas ansiedade acentuada, inseguran?a e superego r?gido. O

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presente artigo constar? relatos relevantes das sess?es do paciente, no qual foram observados ao longo do tratamento psicoter?pico, bem como an?lise te?rica a respeito desses conte?dos. Para que pud?ssemos descrever este caso cl?nico, por quest?es ?ticas mantivemos em sigilo seu nome, usando ent?o um nome fict?cio. A abordagem utilizada na execu??o das sess?es psicoter?picas, corresponde a Te?ricos e T?cnicos da Psicoterapia de Orienta??o Anal?tica, tendo como base a Terapia de Apoio.

Palavras-chave: Estudo de caso cl?nico, psicoterapia anal?tica, psicoterapia de apoio

Copyright ? 2017. This work is licensed under the Creative Commons Attribution International License 4.0.

1. INTRODU??O

Este artigo tem por objetivo relatar o est?gio curricular realizado na ?rea de Psicologia Cl?nica Adulto, como pr?- requisito para a conclus?o do curso de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala ? ACE, localizada em Joinville.

O paciente escolhido em comum acordo pelo grupo, tem anos 59 e reside em Joinville. Foi encaminhado pela cl?nica escola da faculdade acima citada, para o tratamento psicoter?pico, o motivo da procura foi para conseguir mais autonomia, melhorando quest?es de mem?ria, facilitando assim seu dia-a-dia. "A" teve um "AVC" no ano de 2010, comprometendo parte do c?rebro, afetando linguagem e mem?ria. Ap?s realizado a triagem , iniciou-se os atendimentos. As sess?es de psicoterapia, eram supervisionadas por um profissional da ?rea de Psicologia, a estagi?ria semanalmente trazia quest?es sobre a sess?o correspondente a semana. Para an?lise do presente caso e elabora??o deste relat?rio, o caso foi avaliado e acompanhado indiretamente, pela equipe inteira de estagi?rios, num total de seis integrantes.

A abordagem utilizada na execu??o das sess?es psicoter?picas, corresponde a Te?ricos e T?cnicos da Psicoterapia de Orienta??o Anal?tica, tendo como base a Terapia de Apoio. Segundo autor Dewald (1989, p. 231),

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Na terapia de Apoio, a intera??o terapeuta-paciente representa de maneira crescente uma rela??o positiva de pais-e-filhos, o terapeuta est? em posi??o de usar esta rela??o para estimular rea??es espec?ficas no paciente. Pode ser usada como uma for?a para provocar identifica??es do ego e do superego com o terapeuta, e tamb?m para influenciar mecanismos de defesa e adapta??o espec?ficas do ego.

O presente relat?rio constar? relatos relevantes das sess?es do paciente, no qual foram observados ao longo do tratamento psicoter?pico, bem como an?lise te?rica a respeito desses conte?dos. Para que pud?ssemos descrever o este caso cl?nico, por quest?es ?ticas mantivemos em sigilo seu nome, usando ent?o um nome fict?cio.

2. METODOLOGIA

2.1 Identifica??o do Paciente

Prontu?rio: 4656 Nome do usu?rio: A. F Data de Nascimento: 08/11/1956 Idade: 59 anos

2.2 Instala??es

A Cl?nica-Escola de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala disponibiliza, de duas salas para o atendimento de psicoterapia adulto. A sala possui microfone e c?mera para o monitoramento dos atendimentos, realizado pelos acad?micos do respectivo grupo.

A cl?nica disp?e de uma estrutura que ? composta por uma sala de espera para os pacientes.

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2.3 Procedimentos

Os procedimentos da Cl?nica-Escola aponta para o acolhimento da sociedade, a qual tem a liberdade de solicitar o atendimento de psicologia, quando n?o possui a demanda atendida pelo servi?o p?blico de sa?de.

O servi?o de Psicologia ? gratuito e realizado pelos acad?micos do 5? ano de Psicologia sendo orientados e supervisionados semanalmente por um profissional. Todo processo de psicoterapia aconteceu em 30 sess?es, iniciadas em 25/03/2015 e terminada em 09/12/2015.

2.4 Local

As sess?es de psicoterapia foram realizadas na Cl?nica-Escola da Faculdade Guilherme Guimbala, situada a Rua S?o Jos?, 490 em Joinville/ SC.

3. DISCUSS?O DIAGN?STICA

3.1 Hist?rico do paciente

Paciente A. tem 59 anos, aposentado, casado, apresenta um bom relacionamento familiar, mora com sua esposa, tem uma filha, a qual reside perto de sua casa, de segunda-feira a sexta-feira seu A. e sua esposa cuidam da neta, no hor?rio comercial.

Nesse ano sua m?e veio a falecer, essa perda lhe causou um grande sofrimento, mas o que ameniza um pouco sua dor ? que ela n?o sofreu.

Em 2010, o paciente sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o que lhe causou comprometimento motor do lado esquerdo do c?rebro, afetando assim, sua linguagem e mem?ria. Desde ent?o, acredita ter perdido sua autonomia, ficou por um tempo se locomovendo com aux?lio de cadeiras de rodas e dependo da ajuda de outras pessoas para realizar suas atividades cotidianas. Isso lhe causava uma ang?stia t?o intensa, que chegou a pensar em suic?dio, quando comprou o carro, planejou colidir contra um caminh?o, mas no dia que havia planejado, sua mulher decidiu sair com ele de carro.

H? aproximadamente tr?s anos, sofreu uma queda da escada na casa da praia e devido a complica??es precisou amputar a perna esquerda. A dor que sentia era t?o intensa que tentou

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suic?dio no hospital. Mas quando amputou sentiu um al?vio muito grande, porque sua dor estava insuport?vel, mas depois veio o sofrimento. Hoje anda com aux?lio de muletas e est? em processo de adapta??o da pr?tese.

O paciente faz acompanhamento com fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, desde 2010, faz uso de medica??o para controle da press?o arterial sist?mica Captopril, anticoagulante Aspirina e Lovastina.

3.2 Hip?tese diagn?stica

Atrav?s das sess?es de psicoterapia individual, o paciente apresentou dificuldade no processo de luto, apresentando sintomas ansiedade acentuada, inseguran?a e superego r?gido. Apresentando tamb?m ego fragilizado em especial mecanismo de defesa (racionaliza??o). Tendo em vista a hip?tese diagn?stica estes sintomas podem ser trabalhado em psicoterapia individual.

3.3 Fundamenta??o te?rica

Na fase inicial do processo psicoter?pico, o paciente trouxe conte?dos referentes a falta de autonomia decorrente de sua amputa??o (perna esquerda).

A fase inicial do tratamento pode ser definida como o v?nculo de confian?a e alian?a de trabalho, ? uma etapa que se estende desde o primeiro contato do paciente com o terapeuta at? o estabelecimento de uma alian?a terap?utica s?lida.

Na fase inicial do tratamento, o paciente aprende de que a terapia psicodin?mica funciona, porque, em sua rela??o com o terapeuta, ele ir? reviver o passado no presente por meio da rela??o de transfer?ncia. Examinado seu sentimentos contexto da terapia, ele compreende como o passado pessoal ? continuamente reexperienciado durante a vida. (HALLES et al, 2012, p. 1220).

A alian?a terap?utica com A. ? estabelecida desde as sess?es iniciais da terapia, que para Cordioli (2008, p. 68) pode ser entendida como

[...] a colabora??o e a alian?a devem ocorrer para o bom desenvolvimento da terapia. Para as psicoterapias de orienta??o psicanal?tica, a observa??o dos aspectos transferenciais na

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