JOGO DE EMPRESAS



Manual de Simulação Empresarial

Jogo de Empresas

1. A simulação empresarial

Consiste em um exercício seqüencial de decisão, estruturado sobre um modelo de operação empresarial, em que os participantes assumem o papel de gerentes das empresas, mediante a utilização de um software específico.

No presente caso, o jogo consiste na simulação de funcionamento de até 9 empresas industriais de pequeno porte, produzindo e comercializando o mesmo produto em um mercado altamente competitivo.

As equipes representam as diretorias das empresas e serão responsáveis pelas decisões envolvendo as suas diversas áreas.

O objetivo da simulação empresarial é, portanto, desenvolver habilidades empresariais aos participantes nas áreas de :

▪ Administração geral – proporcionando a integração entre equipes, visão estratégica, conhecimento dos processos internos da empresa e avaliação do ambiente macroeconômico;

▪ Vendas – mediante o estabelecimento de preços e políticas de marketing;

▪ Produção – programando a aquisição de insumos, investindo em pesquisa e desenvolvimento e na manutenção e ampliação do parque fabril;

▪ Finanças – elaborando orçamentos, fluxos de caixa , demonstrações de resultado , balanços patrimoniais e analisando resultados contábeis e financeiros.

Os principais benefícios da simulação empresarial para o aprendizado das equipes, são:

▪ Compactação do tempo – as decisões são tomadas por trimestres, podendo-se facilmente simular as atividades operacionais da empresa durante o período de 2 anos, por exemplo.

▪ Participantes são agentes ativos – neste caso, o professor assume o papel de consultor, orientando as equipes e demonstrando a relação entre as decisões tomadas, os aspectos teóricos e os possíveis efeitos práticos.

▪ Aprendizagem baseada em tentativa e erro - os participantes têm a oportunidade de familiarizarem-se com a administração da empresa através da reflexão sobre os erros e acertos cometidos. Neste aspecto, o papel do professor é relevante, no sentido de mostrar aos alunos as razões dos seus sucessos e fracassos.

▪ Visão global e integrada – as decisões necessariamente são interrelacionadas , conduzindo o participante a adquirir uma visão global da empresa.

Os resultados da simulação empresarial são determinados pelas interações entre e dentro das equipes participantes. Desenrola-se no contexto da conjuntura econômica que se encontra modelada no computador.

Muito embora o modelo seja basicamente determinístico, os resultados também estarão sujeitos à incerteza uma vez que, "variações ao acaso", e mesmo "a sorte", estarão presentes na simulação, introduzidas tanto pelos participantes quanto pelo fato do sistema usar tabela de números aleatórios na construção dos cenários econômicos..

No jogo os participantes se defrontarão com informações relevantes a respeito da inflação, variações sazonais da demanda e das condições gerais da economia e para obter um bom desempenho, tais informações deverão ser avaliadas com inteligência e tirocínio ao se tomar as decisões relativas às operações da firma.

O presente Jogo de Empresas procura reproduzir a sistemática utilizada para a tributação do lucro. Alguns aspectos importantes do Imposto de Renda são introduzidos na simulação, tais como a possibilidade de se adquirir incentivo para novos investimentos e a utilização da depreciação acelerada..

Para um completo aproveitamento por parte do aluno, o procedimento do jogo de empresa deve se basear no seguinte fluxo de procedimentos:

Figura 1

Dinâmica da simulação

[pic]

Desta forma, as etapas a serem realizadas pelos participantes compreendem :

1 . Entendimento dos processos da empresa simulada

Por esta razão o capítulo 2 descreverá a empresa e o seu modo de operação. Como não se necessita memorizar nenhum tipo de informação para a realização da simulação, este manual deverá ser consultado durante todo o tempo, sendo a única referência bibliográfica necessária para a continuação dos trabalhos;

2 . Uso da planilha de apoio à decisão

Antes de tomar uma decisão, é necessário que a equipe simule o efeito que a mesma trará para a empresa. Isto é feito mediante o uso da Planilha de Apoio à Decisão (PAD) , disponibilizada para todos os participantes. É através desse instrumento que os mesmos farão o planejamento financeiro e terão condições de reavaliar as decisões tomadas. No capítulo 3 é realizado um exercício simulado para a utilização prática da planilha em um período.

3 . Tomada de decisão

Após analisar e eventualmente rever as decisões tomadas, as equipes entregam as decisões definitivas para serem processadas no software de simulação empresarial. A saída deste programa é o resultado referente ao desempenho da empresa, baseado nas decisões tomadas por todos os participantes.

As Decisões

Cada equipe administra sua empresa tomando as seguintes decisões trimestrais:

- Preço do Produto;

- Despesa de Marketing;

- Despesa de Manutenção;

- Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D);

- Volume de produção;

- Investimento em capacidade produtiva;

- Compra de matéria-prima;

- Distribuição de dividendos;

- Outras despesas

Relatórios Gerenciais

Uma vez tomadas às decisões por todas as equipes, o administrador da simulação se encarregará de dar entrada no computador. Estas decisões, junto com os dados históricos da empresa, constituirão os dados de entrada do programa.

O software simula as operações da indústria e produzirá, como resultado do processamento dois relatórios (cujos modelos são apresentados no Anexo 1), a seguir descritos:

Relatório da Empresa

Apresenta informações voltadas especificamente para cada empresa, tais como participação de mercado, estoque de produtos, capacidade produtiva, potencial de crescimento, fluxo de caixa etc.

Relatório de Mercado

Contem informações a respeito dos concorrentes , indicadores macroeconômicos utilizados na simulação e posição da empresa em relação ao mercado . Algumas informações financeiras das empresas, contempladas nas demonstrações contábeis formais, são reproduzidas para conhecimento de todos os participantes

Após o processamento de um dado período, o coordenador da simulação fornecerá as previsões trimestrais do Indice de Atividade Econômica (IAE) – responsável pelas variações nas condições gerais da economia ,ou seja, as expansões e contrações do ciclo econômico – como também previsões da taxa de inflação, dos juros básicos da economia e da variação sazonal. Essas previsões são fornecidas através de um jornal econômico (cujo modelo encontra-se também apresentado no Anexo 1), o qual também fornecerá notícias relacionadas com a simulação, empresas, mercado e economia, constituindo-se no canal formal de comunicação entre o coordenador da simulação e os participantes.

Finalmente, deve ser lembrado que o período adotado neste jogo de empresas é o trimestre. Significa que todos os parâmetros associados à simulação devem se voltar para esta periodicidade. Assim, por exemplo, ao se conhecer o valor de uma taxa de juros anual, deve-se proceder à conversão para um valor trimestral, a fim de que a taxa possa ser utilizada como parâmetro no trimestre.

O presente Jogo de Empresas procura demonstrar para os participantes a necessidade de se proceder a um eficiente processo de orçamento empresarial, a fim de atingir os melhores resultados. Logo, neste exercício, a tomada de decisões será sempre precedida da realização de um planejamento trimestral, não apenas como forma de auxiliar a aprendizagem na elaboração do orçamento empresarial, como principalmente com a intenção de mostrar aos participantes o benefício que tal processo traz para os resultados de uma empresa.

No presente caso, a empresa simulada é uma indústria de pequeno porte, caracterizada como uma sociedade anônima de capital fechado responsável pela moldagem de chapas de alumínio. Os detalhes a respeito da firma considerada serão apresentados no capítulo seguinte.

Sugere-se que cada empresa seja representada por equipe de até quatro participantes. Cada membro da equipe deve ter uma função na administração da mesma. Assim, a divisão das tarefas pode se orientar para a gestão comercial, área de produção , bem como para as finanças, devendo haver o rodízio entre os participantes com o intuito de proporcionar maior aproveitamento ao exercício . Em uma situação ideal, tal simulação empresarial deverá ser aplicada a alunos com um conhecimento mínimo da administração de uma empresa, bem como dos impactos sofridos pelas mesmas , resultantes do ambiente macroeconômico.

As equipes representam as diretorias das empresas e a condução de todo o processo fica a cargo do instrutor (coordenador) , o qual será o responsável pela definição das variáveis macroeconômicas, condução do processo e eventual prestação de consultorias.

A simulação inicia com a distribuição de 2 relatórios - Relatório da Empresa e Relatório de Mercado - e do jornal intitulado Gazeta Econômica. No primeiro trimestre os relatórios empresariais são idênticos para todas as empresas, que partem, portanto, de uma mesma situação inicial.

Os relatórios e o jornal são os principais instrumentos para que as empresas tomem decisões para o próximo trimestre. Após todas realizarem os seus orçamentos, simularem os resultados previstos e enviarem os resultados, estes últimos, juntamente com os parâmetros criados pelo coordenador, são introduzidos no software simulador, que os processa , gerando relatórios referentes ao período que passou , assim como uma nova edição do jornal com os cenários futuros , os quais permitirão mais uma rodada de tomada de decisões. Esta dinâmica se repete de modo que durante a simulação possam ser simulados vários trimestres da administração de uma empresa industrial.

Questões:

1) Como se dá a dinâmica da simulação empresarial?

2) Quem determina os aspectos macroeconômicos da simulação e como são repassadas as informações macroeconômicas para as empresas?

3) Quais são os relatórios distribuídos e as respectivas informações contidas neles?

4) A simulação é dividida em períodos. Um período corresponde a quanto tempo?

5) Quais os pontos fortes e fracos do uso dos Jogos de Empresas para o aprendizado do processo de orçamento empresarial ?

6) Por que é importante fazer o orçamento empresarial antes de tomar as decisões empresariais?

7) Por quantas vezes o processo de planejamento, análise de resultados e tomada de decisão deve ser repetido em cada período ?

2. A empresa simulada

A tarefa das diretorias das empresas (representadas pelas equipes participantes) consiste em empregar os recursos de sua companhia (caixa, fábrica, empregados, estoques, etc.) de forma a maximizar a taxa de retorno sobre o capital investido na companhia (Patrimônio Líquido).

O esforço para aumentar as vendas deve ser considerado à luz dos custos e despesas correspondentes, envolvendo, portanto, o trade-off entre o lucro e itens como despesas com marketing, capacidade instalada e volume de produção. Os programas de investimentos e pagamento de dividendos devem ser compatibilizados com os fundos disponíveis. Todos estes fatores precisam ser equacionados face a uma concorrência e uma economia em dinâmica evolução. A ênfase na necessidade de planejar fica patenteada pelo fato de que decisões integradas e sistemáticas geralmente produzem resultados superiores aos de decisões pontuais.

As informações constantes dos próximos parágrafos serão úteis na elaboração dos planos de ação.

A Empresa

Consiste de uma pequena sociedade anônima (SA) industrial de capital fechado voltada à modelagem de placas de alumínio. A empresa recebe as placas já cortadas dos seus fornecedores e apenas realiza a modelagem das mesmas. Sua aplicação pode ser vista em adesivos metálicos usados em automóveis, placas gravadas com números de chassis, motores, implementos agrícolas, etc.

O produto fabricado é uma peça moldada em alumínio, cuja forma depende da encomenda específica. O produto final resulta do processamento de uma lâmina de alumínio de 15 cm, com espessura de 0,5 cm, que consiste em sua única matéria-prima. Desta forma, cada produto acabado consome uma única unidade de matéria-prima, representada pela lâmina descrita acima.

Como a empresa dispõe de equipamento de modelagem, corte e acabamento, não há diferenças significativas de preços para dar formas diversas às lâminas. Isto é fruto de uma política de modernização realizada há algum tempo, que permitiu à fábrica cobrar preço único. A empresa também exporta os seus produtos e opera em um ambiente altamente competitivo, haja vista a excessiva quantidade de pequenas fábricas processadoras de alumínio na região.

O Mercado

O mercado potencial total é afetado por fatores econômicos globais, tais como o nível geral da atividade econômica, inflação, flutuações estacionais, bem como pelo conjunto das políticas empresariais envolvendo decisões de preço, gastos com marketing e pesquisa e desenvolvimento (P&D). A elasticidade-preço varia diretamente com a taxa de inflação, isto é, os consumidores resistem em comprar por um preço que se eleve tão rapidamente quanto o Índice Geral de Preços. Entretanto, os custos unitários deste processamento variam na mesma proporção que o IGP.

A participação de cada firma na demanda de mercado é determinada primariamente pela relação entre as suas políticas de preço e marketing e as das demais firmas.

A distribuição ao consumidor final se faz de duas maneiras:

▪ através de atacadistas e destes aos varejistas;

▪ ou diretamente aos grandes varejistas;

Para o mercado externo a distribuição é feita através de importadores locais.

O consumidor final é bastante sensível aos diferenciais de preços observados no varejo, fazendo com que os distribuidores sejam sensíveis às diferenças de preços entre os fabricantes.

A demanda também é bastante influenciada pelo esforço de marketing e pelas melhorias no produto decorrentes dos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A verba de marketing serve para cobrir, fundamentalmente as despesas diretas de vendas tais como propaganda, salário e comissão de vendedores. Tais gastos têm um efeito relativamente intenso no trimestre em que são efetuados e efeitos progressivamente menores nos trimestres subseqüentes.

Como seria de esperar, os gastos com P&D tem efeito pequeno no trimestre em que são efetuados, mas um forte efeito cumulativo nos períodos posteriores.

Custos Operacionais

A produção abaixo ou ao nível da capacidade instalada se faz a custos próximos ao custo-padrão. Consegue-se reduções modestas nesse custo com um vigoroso programa de pesquisa e desenvolvimento. Investimentos inadequados de manutenção acarretam aumento nos custos unitários de fabricação.

Pode-se programar volumes de produção superiores à capacidade instalada até um máximo de 50% acima da mesma, mas, neste caso, o valor da mão-de-obra direta referente às correspondentes horas-extras deverá ser pago com acréscimo de 50% sobre seu custo original. Ademais, isto acarretará algum acréscimo nas despesas administrativas..

Normalmente os gastos mais onerosos e que não são decididos pela equipe são os custos fixos indiretos e aqueles que, como a depreciação, dependem do valor contábil do complexo produtivo (fábricas, máquinas, equipamentos, instalações, etc.). Os dispêndios com Marketing, P&D e Manutenção são computados pelos valores destinados a esses itens pelas próprias equipes.

A Despesa de Manutenção, tal como os gastos com Marketing, afetam o desempenho da empresa nos trimestres subseqüentes à sua efetivação como desembolso de caixa. Para que a operação se dê em níveis satisfatórios, é necessário adequar a verba para manutenção com a produção programada. Como as despesas com manutenção estão associadas aos volumes de produção programados, é importante que as equipes se certifiquem de que o estoque disponível de matéria-prima é suficiente para a produção programada. O gasto com manutenção varia a uma taxa ligeiramente superior à da variação do Índice Geral de Preços (IGP).

Devido aos custos fixos, volumes de produção maiores tendem a apresentar uma moderada vantagem do ponto-de-vista de custo unitário, embora não se devendo desconsiderar o crescimento dos custos diretamente proporcionais às quantidades produzidas. Assim, a equipe deve analisar as necessidades da empresa com a devida parcimônia, ao decidir empreender um programa muito ambicioso de expansão da capacidade de produção.

A produção em escala inferior ao potencial do mercado resulta em perdas representadas pelas vendas não efetuadas, mas não implicará em custos adicionais. Os concorrentes podem capturar parte da demanda não atendida pela empresa mas, mantendo-se a mesma situação concorrencial, cerca de 50% dos clientes de uma empresa, cujos pedidos não puderam ser atendidos por esse motivo, renovarão seus pedidos no trimestre seguinte.

A super-produção gera estoques excessivos e, em conseqüência, custos de estocagem exagerados. A matéria-prima tem de ser encomendada com um trimestre de antecedência, pelo menos. Ou seja, um volume suficiente de matéria-prima tem de estar a disposição da produção no início do trimestre para poder suprir a produção programada para o período. A cada vez que se emite um pedido de compra de matérias-primas, incorre-se num custo de emissão de pedidos que pode ser confrontado com o custo que se incorre por estocar matérias-primas acima ou abaixo das necessidades reais para o trimestre em curso. Dados estes custos, fica patente que formular uma política ótima de emissão de pedidos de compra de matérias-primas é uma importante tarefa das equipes.

Da mesma forma que o custo de emissão de pedidos e o custo de estocagem (tanto da matéria-prima como dos produtos acabados), as despesas administrativas variam a uma taxa ligeiramente inferior à variação do IGP. Desta forma, é conveniente que as equipes mantenham uma previsão atualizada do custo da mão-de-obra direta, reajustando-o de forma proporcional à variação ocorrida no IGP do trimestre precedente.

Expansão da Planta

A rubrica Fábrica e Equipamentos é depreciada a uma taxa de 2,5% ao trimestre e essa depreciação se reflete imediatamente na capacidade de produção, reduzindo-a. Desta forma, consegue-se a contração da capacidade produtiva apenas deixando que a depreciação consuma as instalações. Para manter a capacidade num dado nível é, pois, necessário reinvestir capital nas instalações, de acordo com a redução pela depreciação. Se o coordenador da simulação comunicar que está em vigor o regime da depreciação acelerada, a taxa de depreciação se eleva para 3,125% do valor contábil do ativo permanente, mas a capacidade instalada continuará a contrair-se à razão de 2,5% por trimestre.

Desconsiderando a inflação, a capacidade de produção das instalações pode ser aumentada investindo-se cerca de R$ 20,00 por unidade adicional que se deseja produzir. Isto, contudo, só se torna efetivo depois de satisfeita a necessidade de novos investimentos para compensar a depreciação. Havendo inflação, o investimento unitário exigido para expandir a capacidade cresce a uma taxa superior à do IGP.

As despesas associadas ao aumento da capacidade produtiva são pouco significativas quando a expansão pretendida for moderada, mas tornam-se substanciais quando somas muito elevadas são investidas de uma só vez e crescem rapidamente com o volume de investimentos. Tais despesas representam um ônus pecuniário imposto aos programas de expansão que deteriorem a posição de caixa ou aos comportamentos erráticos em termos dos programas de longo prazo que caracterizam muitas decisões de construção de fábricas. As aquisições de capacidade produtiva, feitas num dado trimestre, só estarão à disposição da produção no trimestre seguinte.

Finanças

Quando a conta Caixa, componente do Ativo Circulante, cai abaixo de zero, incorre-se em despesas relativas à negociação de empréstimos, juros, comissões, etc. Neste caso entra em cena um empréstimo especial que evita o saldo negativo , mas que implica no pagamento de elevada quantia de juros, cuja taxa é função da situação econômica do período. Tais despesas financeiras são relativamente baixas em se tratando de déficits pequenos. Contudo, se o déficit cresce, as despesas do financiamento sobem a centenas de milhares de unidades monetárias por trimestre deficitário. Na vida real as piores conseqüências da má posição de caixa são representadas pelo custo das oportunidades perdidas tais como descontos de compras, preços momentaneamente baixos de imóveis, equipamentos ou matérias-primas. O custo das oportunidades perdidas, em geral, supera o custo da operação de financiamento propriamente dita. Quando o déficit de caixa atinge proporções elevadas, a firma pode ser, além disso, forçada a liquidar itens do seu Ativo com grandes prejuízos.

Nesta simulação, se o déficit de caixa superar R$3.000.000,00, a companhia será considerada insolvente e imediatamente declarada falida.

Metas

A maximização da taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido (PL) inicial é a meta recomendada às equipes participantes. Para atingir este objetivo, as diferentes equipes podem tomar diferentes caminhos: uma pode concentrar-se no crescimento e acumulação do PL mantendo os fundos na empresa como garantia contra situações desfavoráveis., enquanto outra pode concentrar-se na manutenção de um fluxo de dividendos contínuo, firme e elevado.

Ao se iniciar o Jogo de Empresas, cada equipe deverá determinar que curso de ação deseja seguir e através de que políticas e planos gerais pretende fazê-lo. Na medida em que a simulação se desenrola, é conveniente revisar os conceitos de plano, políticas e metas. Para efeito das discussões pós-simulação, espera-se que cada equipe mantenha um registro das linhas básicas adotadas por sua firma e as modificações introduzidas no decorrer dos diversos períodos.

A taxa de retorno descontada (sobre o Patrimônio Líquido inicial) será calculada para cada equipe e usada como um critério objetivo de medir o desempenho. Este padrão objetivo, bem como outros, a critério do Coordenador, podem ser usados para avaliar o aproveitamento didático da equipe.

Uma das preocupações dos dirigentes da indústria simulada deve ser o de direcionar os investimentos produtivos de tal forma que reflitam positivamente no volume e custo de produção. Em seguida, adotarem uma estratégia comercial adequada , a fim de escoarem os seus produtos no mercado, gerando bons resultados financeiros, conforme é mostrado na figura a seguir:

Figura 2

Políticas empresariais

[pic]

Avaliação do Desempenho

O desempenho empresarial será avaliado pela taxa de retorno r descontada sobre o patrimônio líquido inicial, a qual será calculada para cada equipe (empresa) e usada como uma avaliação objetiva do desempenho global dos participantes como administradores, de acordo com a expressão abaixo, exemplificada para o caso da simulação ser realizada em 3 anos:

[pic][pic]

onde:

r é a taxa de retorno descontada sobre o Patrimônio Líquido;

Dj são os dividendos pagos no trimestre j.

PL12 é o valor econômico correspondente ao Patrimônio Líquido ao final do trimestre 12;

A taxa de retorno r, trimestral, pode ser convertida em termos anuais por meio da expressão :

R = (1 +r)4

onde R é a taxa anual de retorno, descontada sobre o PL inicial.

A variação no Valor Econômico do Patrimônio Líquido, representando a agregação das variações dos ativos (isto é, caixa, estoques e imobilizações) mais os dividendos pagos (que podem ser compreendidos como parcelas dos lucros "já pagas") representam o retorno sobre o patrimônio liquido inicial, isto é, a variação bruta no valor da empresa decorrente do uso dos ativos. Os lucros são gerados a partir dos recursos da empresa, isto é, dos ativos com que ela conta no período inicial (período 0) .

Questões:

1) Como se caracteriza a da empresa simulada ?

2) Cite alguns fatores controláveis e não controláveis pela empresa, que sejam responsáveis pelo mercado potencial do produto.

3) Na empresa simulada, como se comportam os custos operacionais e os gastos com marketing, manutenção, P&D , em relação à variação da inflação?

4) Nesta simulação, como o mercado atacadista e varejista se comportam em relação ao preço do produto ?

5) Pode-se dizer que a empresa vencedora será aquela que conseguir o maior Patrimônio Líquido no final da simulação? Justifique.

6) O que é entendido por sazonalidade do produto e como se dá este processo neste tipo de indústria em uma situação real ?

7) Nesta simulação, o desempenho empresarial é avaliado pela taxa de retorno descontada sobre o patrimônio líquido inicial. Determine o valor desta taxa, a partir dos dados abaixo, os quais foram obtidos por uma determinada firma :

Patrimônio Líquido Inicial (trimestre Abr / Mai/ Jun) : R$ 10.700.000,00

|Período |1 |2 |3 |4 |

|Previsão de inflação anual |5% |7% |-2% |5% |

1) Uma empresa investiu R$ 12.000,00 em marketing no período 3, ocasião em que o IGP era de 120. Considerando que no período 4 a estimativa de inflação é de 15 % aa, quanto ela precisaria gastar em marketing, de forma a manter o mesmo nível de investimento do período 3? E se a inflação reduzisse em 10% aa no período? E se a inflação aumentasse em 2,5% ao trimestre ?

2) Considere que no trimestre 4 (com IGP=150) a empresa investiu R$ 300.000,00 na manutenção dos seus equipamentos. Se no trimestre 3 o IGP era de 120, quanto o gasto do período 4 correspondeu, com base em valor do período anterior?

3) Os custos totais da empresa no período 2 foram de R$ 3.000.000,00, ocasião em que o IGP era de 120. Considerando uma previsão de inflação anual de 20% aa , qual é o total dos custos para o trimestre seguinte? E se tivesse ocorrido uma deflação de 10% aa no trimestre 3 ?

4) Explique o efeito do Índice de Atividade Econômica no planejamento das políticas de produção e vendas das empresas.

5) Em determinado período do ano, a demanda para a indústria tende a variar desde que mantidas as demais condições de mercado. Qual é o índice responsável por esse efeito na demanda? Nesta simulação em qual trimestre do ano a demanda deverá crescer? Por que ?

6) As variáveis abaixo têm os seus valores apresentados para o 1º trimestre. Atualize-os para os demais períodos, de acordo com os índices mostrados na tabela

▪ Preço de venda do produto : R$ 5,50 / unid

▪ Gasto com marketing : R$ 100. 500,00

▪ Gasto com P&D : R$ 200. 000,00

▪ Demanda : 690.000 unidades

| |1o trimestre |2º trimestre |3o trimestre |

|IGP |100 |110 |115 |

|IAE |100 |105 |103 |

|IVS |100 |90 |110 |

7) Considerando a questão anterior, indique em qual trimestre o mercado se mostra mais favorável para a empresa.

8) A quantidade de produtos vendidos por todas as empresas depende de diversos fatores. Relacione-os e explique como estes fatores interagem.

9) Caso a empresa compre matérias-primas no período 3, pergunta-se:

i. Quando as mesmas estarão disponíveis para uso?

ii. Quando a compra será contabilizada?

10) Caso a empresa faça investimentos em fábricas e equipamentos no período 5, pergunta-se:

i. Quando se dará o efeito desses investimentos?

ii. Quando os mesmos serão contabilizados?

11) Caso a empresa gaste com marketing, P&D, manutenção e distribuição de dividendos no período 8:

a. Quando se dará o efeito destes gastos?

b. Quando os mesmos serão contabilizados?

12) Explique os motivos pelos quais as vendas podem diferir da demanda gerada.

13) A elaboração do orçamento exige a estimativa dos custos unitários de produção. Como são estimados estes custos?

4. Aplicação nº 1 : Elaboração do orçamento trimestral

Neste capítulo você poderá constatar como o processo de orçamento empresarial pode ser útil para a tomada de decisão. Nesta aplicação, supõe-se que a sua empresa está competindo com outras quatro pelo mercado de chapas moldadas de alumínio. O presente exercício envolve:

▪ Elaborar o orçamento para o Período 1 (trimestre julho / agosto / setembro), a partir das informações disponíveis no Período 0 (trimestre abril / maio / junho);

▪ Eventualmente rever as decisões tomadas, em função dos resultados obtidos;

▪ Comparar o resultado previsto com o real, a partir dos números gerados pela simulação empresarial;

▪ Analisar as diferenças entre os resultados previsto e real, procurando descobrir as razões das eventuais disparidades.

Assim, passemos à aplicação:

Etapa 1 – Tomar decisões

Antes de iniciar as previsões para o trimestre 1 (Jul/Ago/Set) , é necessário inicializar a PAD com as informações do período 0 (zero). A seguir, são apresentadas algumas orientações para o preenchimento das planilhas “Configuração”, “Ambiente” , “Decisões” e “Resultados”.

Módulo CONFIGURAÇÃO :

A planilha CONFIGURAÇÃO deverá ser parametrizada da seguinte maneira:

Campo 1 – Incentivo fiscal para novos investimentos: Escolher a alternativa SIM

Campo 2 – Sobretaxa do Imposto de Renda: Escolher a alternativa NÃO

Campo 3 – Taxa de depreciação: Escolher a alternativa NORMAL

Campo 4 – Número de empresas: Digitar 5

Campo 5 – Número da empresa a ser simulada: qualquer número entre 1 e 5

Módulo AMBIENTE :

A planilha AMBIENTE deve ser preenchida da seguinte forma:

Comece preenchendo a coluna referente ao Período 0 (real). Apenas os campos de 1 a 11 deverão ser informados. Os dados para preenchimento dos campos 1 a 4 encontram-se mostrados no Relatório de Mercado do período 0 (Anexo 1), no quadro (a)Indicadores Econômicos. Os campos 5 e 6 podem ser extraídos do quadro (c)Resumo da Indústria, enquanto os dados correspondentes aos campos 7 e 8 encontram-se no quadro (b)Situação das Empresas. O campo 9 é calculado automaticamente, não devendo ser preenchido. Os dois campos seguintes (10 e 11) encontram-se no Relatório da Empresa do período 0 (Anexo 1), no quadro denominado Custos de Produção. Os demais campos não devem ser preenchidos e servem para mostrar valores associados a variáveis julgadas relevantes para a análise. Todavia, os mesmos somente devem ser considerados após o preenchimento completo de todos os módulos Observe que o Anexo 1 apresenta apenas o modelo correspondente à Empresa 1, uma vez que no período 0 (zero) todas as empresas encontram-se em mesma situação , apresentando, portanto, valores idênticos.

Passe agora a preencher os campos em amarelo da coluna “previsto” referente ao Período 1 (trimestre Jul/Ago/Set), conforme indicado a seguir:

▪ Campos 1 a 4 – O preenchimento deve ser baseado nas informações do jornal Gazeta Econômica do período 0 , também apresentado no Anexo 1. Tais informações constituem-se insumos para as previsões macroeconômicas a serem usadas no trimestre seguinte. Observe que o campo 2 é calculado automaticamente e não necessita ser informado.

▪ Campos 5 a 8 – devem ser preenchidos a partir da percepção do mercado, que deve ter sido formada tanto pelas noticias do jornal como pelos valores que ocorreram no trimestre anterior (Período 0). Como pode ser constatado, trata-se de um processo de previsão baseado nas informações até então disponíveis.

▪ O campo 9 é calculado automaticamente e não necessita ser preenchido.

▪ Campos 10 e 11 – Os custos unitários de mão-de-obra e matéria-prima são previstos a partir dos apresentados no trimestre anterior, levando em consideração os seguintes aspectos:

▪ Mão-de-obra direta – cresce a uma taxa ligeiramente inferior à da inflação e é significativamente afetada pelas políticas de P&D e manutenção adotadas. Para o trabalho em regime de horas-extras (quando há excesso de produção de até 50% da capacidade das instalações) há um acréscimo de cerca de 50% do seu valor.

▪ Matéria-prima – varia a uma taxa superior à da inflação. Também depende das políticas de P&D e Manutenção.

Os campos 12 a 14 trazem informações relevantes para o orçamento do próximo período. No entanto, somente deverão ser examinados após todos os módulos terem sido completamente preenchidos.

Módulo DECISÕES :

Este módulo contém 9 campos que devem ser informados. Inicie o preenchimento pela coluna correspondente ao Período 0 (Abr/Mai/Jun). Os valores referentes aos campos 1 a 9 encontram-se dispostos no Relatório da Empresa do período 0 (Anexo 1) , no quadro (a)Decisões Tomadas no Período.

Passe em seguida para a coluna seguinte (Previsão para o Período 1) e tome as suas decisões para próximo período, seguindo as orientações abaixo:

1 – Preço de venda

Valor pelo qual a sua empresa venderá o produto. Não esqueça de comparar o preço por você estabelecido com o preço médio previsto para a indústria como um todo. Trata-se de uma decisão fundamental, já que tem efeito direto sobre as vendas e o faturamento futuro. Esta decisão deve estar integrada às estimativas do preço médio da indústria, quantidades vendidas por todas as empresas e da demanda e venda previstas para a empresa.

2 – Quantidade produzida

Deverá se decidir quantas unidades a empresa produzirá no próximo período. Lembre-se que cada unidade produzida requer uma única matéria-prima, que é a chapa de alumínio bruta. A limitação para o número de unidades produzidas no período baseia-se no fato de que a fábrica não pode produzir mais do que os estoques de matéria-prima o permitem e nem mais do que a capacidade instalada possibilita, ainda que operando em regime de horas-extras. Deve ser lembrado que tanto as compras de matéria-prima quanto de novos equipamentos para um dado trimestre, só estarão disponíveis para uso no trimestre seguinte. Os campos 10, 11 e 12 fornecem indicações importantes sobre a capacidade de produção. Contudo somente deverão ser examinados após o preenchimento completo de todos os módulos.

3 – Despesa de Marketing

Trata-se de um gasto e portanto, evite desperdiçar dinheiro da empresa. Lembre-se, todavia, de que o marketing é uma das principais armas na luta por um "market-share" mais expressivo e para tornar conhecido o seu produto no mercado. Mas não vá a extremos. Deve ser lembrada a Lei dos Rendimentos Decrescentes, onde é estabelecido que despesas muito elevadas podem proporcionar aumentos menos que proporcionais nas vendas. Esteja atento para os estrangulamentos dos lucros. Os custos de marketing aumentam em proporção direta aos aumentos do IGP.

4 – Despesa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

É também um gasto, já que é preciso manter o produto moderno e bem projetado, ao mesmo tempo em que é necessário manter as técnicas de produção eficientes. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento permitirão manter os custos baixos e a qualidade elevada. A despesa em P&D também varia na mesma proporção da evolução do IGP.

5 – Despesa de Manutenção

Decida os gastos destinados à manutenção dos equipamentos e instalações, pois é necessário manter a planta da empresa operando eficientemente. Caso contrário, os custos com mão-de-obra direta e matéria-prima subirão. Ao alterar a capacidade instalada tenha o cuidado de manter adequadas as correspondentes despesas com manutenção . O valor unitário com manutenção varia a uma taxa ligeiramente superior à do IGP. Use a metade da taxa anual de inflação prevista como uma primeira aproximação.

6 – Investimento em Capacidade Produtiva

Trata-se de uma decisão das mais relevantes, pois dela depende a capacidade de produção da empresa. Tal estimativa envolve o cálculo da depreciação dos ativos existentes, bem como o montante a ser investido a título de reposição. Disto dependerá a elevação, manutenção ou declínio da capacidade de produção da sua empresa.

7 – Compra de matéria-prima

Deve ser lembrado que o pedido de matéria-prima só será entregue pelo fornecedor no último dia do trimestre em curso. Assim, embora ela deva ser paga neste trimestre e já conste do balanço do período, só poderá ser utilizada na produção do trimestre seguinte. Recomenda-se analisar o consumo de matéria-prima na produção para avaliar o volume que a empresa necessita por trimestre. Neste campo deve ser decidido quanto vai ser destinado para a compra de matéria-prima do trimestre Out/Nov/Dez (que abrange o Natal e, consequentemente, possui maior demanda) . Assim, de uma maneira geral, a matéria-prima comprada na decisão do período t , por exemplo (jul/ago/set) , somente estará disponível no período t+1 (out/nov/dez).

8 – Distribuição de dividendos

Decida o valor global dos dividendos que a empresa vai distribuir aos acionistas. Nesta simulação os dividendos estão limitados ao montante do Patrimônio Liquido que excede R$ 10.000.000,00. Sugere-se que esta decisão seja tomada após a análise do lucro líquido gerado e do caixa disponível.

9 – Outras Despesas

Esta variável representa entradas ou saídas de caixa adicionais decorrentes de eventualidades, as quais, caso ocorram, deverão ser sinalizadas pelo Jornal Gazeta Econômica e/ou pelo Coordenador. É recomendável aguardar o transcurso da simulação, pois é possível que a sua empresa não incorra em nenhum gasto deste tipo em uma fase inicial. Caso o Coordenador não lhe comunique a ocorrência de gasto extra a ser registrado neste item, preencha este campo com zero. De uma maneira geral, este item está reservado para o registro de dispêndios decorrentes de negociações efetuadas (consultorias, bonificações, gastos extras, etc) ou gastos decorrentes de fatos eventuais como incêndios, furtos, catástrofes, etc. Deste modo, a menos que o Coordenador informe expressamente qual valor registrar no campo “Outras Despesas”, o mesmo deverá permanecer zerado.

Chegando a este ponto, você terá tomado as principais decisões e estimativas necessárias às operações do trimestre em curso. Deve-se lembrar que duas das decisões tomadas, quais sejam, o investimento em aquisição de capacidade produtiva (Campo 6) e a compra de matérias-primas (Campo 7) correspondem a variáveis que preparam o terreno para as decisões do trimestre seguinte. Já quanto à decisão relativa ao pagamento de dividendos (Campo 8) é provável que prefira deixá-la para o final, depois de estimar o lucro do trimestre e de verificar o saldo de caixa que sobrará das operações.

Módulo RESULTADOS :

Apenas a primeira coluna – Período 0 (Trimestre Abr/Mai/Jun) – deverá ser preenchida, pois a seguinte resultará da interação entre as previsões e decisões tomadas, com as informações relativas ao período inicial (Período 0).

Todas as informações necessárias para o preenchimento dos 41 campos estão disponíveis no Relatório da Empresa (Anexo 1) , na parte referente às demonstrações financeiras – DRE, Fluxo de Caixa e Balanço Patrimonial – as quais estão contidas no quadro (c)Resultado Financeiro.

Etapa 2 – Análise dos Resultados

Nesta etapa deverão ser analisados os resultados gerados pelo simulador - fornecidos pelo Coordenador da simulação - os quais deverão ser comparados com aqueles baseados nas projeções realizadas. Para tanto, deve-se preencher os campos correspondentes da coluna Real do Período 1 (Jul/Ago/Set) da pasta RESULTADOS com os valores apresentados no Relatório da Empresa do Período 1.

Mediante a comparação das colunas Previsto e Real da pasta RESULTADOS, o participante deverá procurar saber a razão das eventuais diferenças. Note que as maiores fontes de incertezas provêm do cenário econômico do período, bem como do comportamento dos concorrentes em relação às decisões de preço, produção, vendas e investimentos.

A fim de apurar o seu conhecimento do mercado, ao mesmo tempo em que passa a conhecer melhor o processo de simulação, o aluno deverá refazer as previsões e decisões, de maneira a se aproximar o máximo possível dos resultados gerados pelo simulador, de acordo com a ilustração abaixo:

Figura 4

Processo de Tomada de Decisão

Observação : Com relação aos itens Capacidade de Produção p/ o Próximo Trimestre , Despesas Administrativas e Fábrica e Equipamentos (Valor de Reposição) só se pode realizar cálculos aproximados porque ambos são substancialmente afetados pela intensidade da pressão inflacionária, a qual sofre variações aleatórias no simulador.

Ao concluir esta fase, o aluno teve a oportunidade de avaliar o provável desempenho da sua empresa com as decisões tomadas. Deve ter analisado os valores encontrados e refletido sobre questões tais como :

• O lucro previsto foi o desejado?

• O saldo de caixa ficou dentro de limites aceitáveis ?

• O crescimento da empresa foi satisfatório ?

• Houve um razoável entendimento do mercado como um todo ?

Principalmente no caso dos valores projetados terem ficado abaixo das suas expectativas, reveja as previsões e decisões, até que tenha entendido perfeitamente as razões que levaram às diferenças. Tal exercício certamente será útil para o aprimoramento do processo da tomada de decisão empresarial.

ANEXO 1

Relatórios

Observação : Todos os relatórios encontram-se na posição do período 0 (zero), correspondendo ao trimestre (Abril / Maio / Junho)

1) Relatório da Empresa

SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

Relatório da Empresa

PERÍODO 0 ( Abr / Mai / Jun )

EMPRESA 1

a) DECISÕES TOMADAS NO PERÍODO

Preço de venda (R$) 6,40

Quantidade produzida (qtd) 400.000

Desp de Marketing (R$) 240.000,00

Desp de Pesq e Desenvolvimento (R$) 150.000,00

Desp de Manutenção (R$) 75.000,00

Investimento em Capac Produtiva (R$) 500.000,00

Compra de Matéria-Prima (R$) 1.000.000,00

Distribuição de Dividendos (R$) 53.000,00

Outras despesas (R$) -

b) RESULTADO OPERACIONAL

Posicionamento no Mercado

Demanda gerada pela empresa (qtd) 438.879

Quantidade vendida pela empresa (qtd) 438.879

Percentual Vendas / Demanda (%) 100,00

Quantidade vendida pela indústria (qtd) 2.194.395

Participação de mercado (%) 20,00

Preço médio da indústria (R$) 6,40

Preço praticado pela empresa (R$) 6,40

Situação dos Estoques

Estoque inicial produtos acabados (qtd) 89.879

Quantidade produzida no trimestre (qtd) 400.000

Quantidade vendida no trimestre (qtd) 438.879

Estoque final de produtos acabados (qtd) 51.000

Estoque final de matérias-primas (qtd) 760.000

Potencial de Produção para o próximo trimestre

Capacidade normal de produção (qtd) 415.000

Capacidade máxima de produção (qtd) 622.500

Custos de produção

Custo unitário Mão-de-Obra direta (R$) 1,43

Custo unitário de Matéria-Prima (R$) 1,57

Margem de contribuição unitária (R$) 3,40

c) RESULTADO FINANCEIRO

DRE (R$)

Receita de vendas 2.808.825,00

Custos dos Produtos Vendidos (CPV) 1.321.295,00

Lucro bruto 1.487.530,00

Desp de Marketing 240.000,00

Desp com P&D 150.000,00

Desp administrativa 278.000,00

Desp com manutenção 75.000,00

Desp com Depreciação 200.000,00

Desp estocagem produtos acabados 25.500,00

Desp estocagem matéria-prima 41.534,00

Desp com pedido 50.000,00

Desp com mudança de turno 0,00

Desp com investimentos 25.000,00

Desp gerais 82.000,00

Lucro operacional 320.496,00

Despesas financeiras 0,00

Lucro antes do IR 320.496,00

Imposto de renda 152.213,00

Lucro líquido 168.283,00

Dividendos distribuídos 53.000,00

Lucros retidos 115.283,00

Fluxo de Caixa (R$)

Receitas de vendas 2.808.825,00

Desembolsos 3.246.230,00

Despesa de caixa 1.541.017,00

Imposto de renda 152.213,00

Dividendos distribuídos 53.000,00

Investimentos 500.000,00

Compra de matéria-prima 1.000.000,00

Acréscimo de caixa (437.405,00)

Balanço Patrimonial (R$)

Ativo  

Circulante   2.400.000,00

Caixa 1.047.000,00

Estoque   1.353.000,00

Produtos acabados 153. 000,00

Matéria-prima 1.200.000,00

Permanente   8.300.000,00

Fábrica e equipamentos (liq) 8.300.000,00

Ativo total 10.700.000,00

Passivo e PL  

Circulante   0,00

Empréstimos a pagar 0,00

Patrimônio Líquido 10.700.000,00

Total do Passivo e PL 10.700.000,00

2) Relatório de Mercado

SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

Relatório de Mercado

PERÍODO 0 (Abr/Mai/Jun)

a) Indicadores Econômicos

| Taxa de Inflação(%) | 3,6 |

| Indice Geral de Preços (IGP) | 100,0 |

| Índice de Variação Sazonal | 100,0 |

| Índice de Atividade Econômica | 100,0 |

| Taxa Básica de Juros | - |

b) Situação das Empresas

| Empresa | Preço | Marketing |Dividendos |Demanda |Vendas |PL (Vlr Econômico) |

|1 |6,40 |240.000,00 |53.000,00 |438.879 |438.879 |10.700.000,00 |

|2 |6,40 |240.000,00 |53.000,00 |438.879 |438.879 |10.700.000,00 |

|3 |6,40 |240.000,00 |53.000,00 |438.879 |438.879 |10.700.000,00 |

|4 |6,40 |240.000,00 |53.000,00 |438.879 |438.879 |10.700.000,00 |

|5 |6,40 |240.000,00 |53.000,00 |438.879 |438.879 |10.700.000,00 |

|6 |- |- |- |- |- |- |

|7 |- |- |- |- |- |- |

|8 |- |- |- |- |- |- |

|9 |- |- |- |- |- |- |

|Média |6,40 |240.000,00 |53.000,00 |- |- | |

c) Resumo da Indústria

| Preço médio (R$) | 6,40 |

| Marketing por empresa (R$) | 240.000,00 |

| Demanda gerada (qtd) | 2.194.395 |

| Volume de vendas (qtd) | 2.194.395 |

d) Resultados Financeiros

DRE (R$)

| Empresa | Receita | Custos |Despesas |LAIR |L.LIQ |L. Retidos |

|1 | 2.808.825,00 | 1.321.295,00 | 1.167.034,00 | 320.496,00 | 168.283,00 | 115.283,00 |

|2 | 2.808.825,00 | 1.321.295,00 | 1.167.034,00 | 98.818,00 | 168.283,00 | 115.283,00 |

|3 | 2.808.825,00 | 1.321.295,00 | 1.167.034,00 | 98.818,00 | 168.283,00 | 115.283,00 |

|4 | 2.808.825,00 | 1.321.295,00 | 1.167.034,00 | 98.818,00 | 168.283,00 | 115.283,00 |

|5 | 2.808.825,00 | 1.321.295,00 | 1.167.034,00 | 98.818,00 | 168.283,00 | 115.283,00 |

|6 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

|7 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

|8 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

|9 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

Balanço Patrimonial (Saldo de caixa negativo indica existência de Empréstimo a Pagar)

| Empresa | Caixa | Estoque | Permanente | ATIVO |

|1 | 1.047.000,00 | 1.353.000,00 | 8.300.000,00 | 10.700.000,00 |

|2 | 1.047.000,00 | 1.353.000,00 | 8.300.000,00 | 10.700.000,00 |

|3 | 1.047.000,00 | 1.353.000,00 | 8.300.000,00 | 10.700.000,00 |

|4 | 1.047.000,00 | 1.353.000,00 | 8.300.000,00 | 10.700.000,00 |

|5 | 1.047.000,00 | 1.353.000,00 | 8.300.000,00 | 10.700.000,00 |

|6 | - | - | - | - |

|7 | - | - | - | - |

|8 | - | - | - | - |

|9 | - | - | - | - |

Indices

| Empresa | Mg Bruta(%) | EBITDA(R$) | EBIT(R$) | Mg Operac(%) | Mg Líq(%) | Retenção Lucro(%)|

|1 | | 520.496,00 | 320.496,00 | | | |

| |52,96 | | |11,41 |5,99 |68,51 |

|2 | | 520.496,00 | 320.496,00 | | | |

| |52,96 | | |11,41 |5,99 |68,51 |

|3 | | 520.496,00 | 320.496,00 | | | |

| |52,96 | | |11,41 |5,99 |68,51 |

|4 | | 520.496,00 | 320.496,00 | | | |

| |52,96 | | |11,41 |5,99 |68,51 |

|5 | | 520.496,00 | 320.496,00 | | | |

| |52,96 | | |11,41 |5,99 |68,51 |

|6 | | | | | | |

| |- |- |- |- |- |- |

|7 | | | | | | |

| |- |- |- |- |- |- |

|8 | | | | | | |

| |- |- |- |- |- |- |

|9 | | | | | | |

| |- |- |- |- |- |- |

| Empresa | Giro Vendas(%) | PME-prod(dd) | ROA(%) | ROE(%) | EVA(R$) | TX Retorno(%) |

|1 | | | | | 168.283,00 | |

| |26,25 |10,46 |3,00 |1,57 | |1,59 |

|2 | | | | | 168.283,00 | |

| |26,25 |10,46 |3,00 |1,57 | |1,59 |

|3 | | | | | 168.283,00 | |

| |26,25 |10,46 |3,00 |1,57 | |1,59 |

|4 | | | | | 168.283,00 | |

| |26,25 |10,46 |3,00 |1,57 | |1,59 |

|5 | | | | | 168.283,00 | |

| |26,25 |10,46 |3,00 |1,57 | |1,59 |

|6 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

|7 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

|8 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

|9 | | | | | -| |

| |- |- |- |- | |- |

3) Jornal

[pic]

Número 0

EDIÇÃO : ABR / MAI / JUN

|Início dos trabalhos | |

|Está sendo iniciada uma nova simulação. As empresas já contam | |

|com as novas diretorias, as quais serão responsáveis pelas | |

|futuras decisões da indústria. | |

| |Nesta simulação, todas as empresas gozarão de benefício fiscal de 3,5% |

| |sobre os investimentos em fábrica e equipamentos |

|Todas as equipes deverão realizar o orçamento empresarial - | |

|utilizando a Planilha de Apoio à Decisão (PAD) – antes de | |

|entregarem as decisões para a simulação | |

|Vale ser lembrado que , a exemplo do que acontece na vida real,| |

|os cenários representam previsões para o próximo trimestre, as | |

|quais podem ou não serem confirmadas |Cenário previsto para o trimestre jul / ago / set |

| | |

| |Inflação : 1% |

| |Taxa Básica de Juros : 5% |

| |A economia como um todo encontra-se em níveis medianos, com alguma |

| |tendência de decrescimento |

| |Sazonalidade da indústria : sem alterações significativas |

| | |

|NATAL MAGRO |A planilha PAD deverá ser inicializada com os parâmetros: |

| | |

|Os especialistas em crescimento industrial sinalizam que o |Incentivo fiscal para novos investimentos: SIM |

|período de final-de-ano não será favorável , não devendo se |Sobretaxa do Imposto de Renda: NÃO |

|repetir o desempenho industrial do Natal do ano passado |Taxa de depreciação: NORMAL |

| |Número de empresas: 5 |

| |Número da empresa a ser simulada: qualquer número entre 1 e 5 |

-----------------------

Resultado

Previsão

Tomada de

decisão

Uso da planilha

de apoio à decisão

Entendimento dos

processos da

empresa simulada

Análise dos resultados

POLÍTICA COMERCIAL

Tomada de decisão empresarial

POLÍTICA DE PRODUÇÃO

Preço

Marketing

Volume de

Produção

Custo de

Fabricação

Investimento em

Capacidade

Produtiva,

P&D,

Manutenção

Volume Efetivo de Vendas da Empresas

Mercado Potencial da indústria

Fatia de Mercado da Empresa

Vendas Efetivas da indústria

Mercado Potencial da empresa

[pic]

Previsão do cenário do próximo período

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