Artigo XIII



ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM EM HABILIDADES ORAIS DE FLE[1]

Rejane Jacqueline de Queiroz Fialho Taillefer

Resumo: Toda e qualquer aprendizagem se realiza por meio de estratégias mentais e técnicas que o indivíduo aprendiz, de qualquer área do saber, desenvolve de maneira consciente e, inclusive, inconsciente. A aprendizagem, que prepara futuros professores de LE, requer uma formação não somente didático-pedagógica e um conhecimento profundo da língua a ensinar, mas também uma formação conscientizada em estratégias de aprendizagem para aprender como se aprende aquilo que se ensina. Assim, os projetos de ensino desenvolvidos no CAA (Centro de Auto-acesso), do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas, têm como objetivo otimizar as estratatégias de aprendizagem em habilidades orais em L2. Com tal propósito, o aprendiz realiza atividades em subáreas de fonética, gramática, vocabulário, compreensão e produção, voltadas para as habilidades orais em L2 para apontar as estratégias empregadas na realização das diferentes atividades e elaborar, por si próprio, atividades específicas para desenvolver diferentes estratégias de maneira consciente e praticar a L2. Isso me permite classificar as estratégias de aprendizagem mais empregadas e verificar aquelas a serem exploradas. Naturalmente, cabe a cada aprendiz selecionar estratégias que o conduzam a otimizar suas habilidades orais. Nesse momento, proponho expor-lhes as estratégias de aprendizagem desenvolvidas por alunos monitores durante uma das atividades para otimizar a compreensão e a produção oral em FLE (Francês Língua Estrangeira).

Palavras-chave: habilidades orais; estratégias de aprendizagem; atividades; estudo orientado.

0. Introdução:

Espaço designado para o estudo individual orientado, o Centro de Auto-Acesso (CAA), que existe desde o segundo semestre de 1999, dá suporte aos alunos de graduação e pós-graduação em Letras com habilitação dupla do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas do CLCH/UEL.

O CAA foi criado a partir de projetos de ensino, coordenados pela Profª. Drª. Regina M. Guarnier Domiciano e norteados pelas noções de autonomia conforme Little (1994), vinculada ao uso de estratégias de aprendizagem baseadas em estudos de Oxford (1990) e desenvolvidas segundo a tipologia de O’Malley & Chamot (apud CYR. 1998), que classificam as estratégias em metacognitivas, cognitivas e sócio-afetivas, para a otimização das habilidades orais em Línguas Estrangeiras: inglês, francês e espanhol. O CAA dispõe de um acervo de materiais em fitas e vídeos, sustentados pela escrita, além de dicionários, livros, revistas, gramáticas e artigos, entre outros...

O atual projeto de Ensino - Otimização das estratégias em habilidades orais em FLE (Francês Língua Estrangeira) – conta com a participação de quatro alunas monitoras da graduação do Curso de Letras com habilitação em Português/Francês. O grupo se reúne regularmente para discussões e troca de experiências. Elas recebem orientações baseadas nos princípios norteadores do projeto para a programação e a elaboração de estudo individual de uma subárea de conhecimento (gramática, vocabulário, pronúncia, compreensão e produção oral) de seu interesse, geralmente naquela em que sentem dificuldades. Além do estudo individual programado, prestam atendimento aos usuários do CAA e zelam pelos equipamentos e materiais aí existentes. Outras tarefas individuais e em grupos lhes são atribuídas como: preparar, montar, gravar, digitar, etiquetar e catalogar novos materiais, refletir sobre materiais de apostilas de mini-eventos, praticados no CAA, sob a responsabilidade da coordenadora de FLE, com o objetivo de reprogramar, reelaborar e complementar seu conteúdo com instruções para seu desenvolvimento e indicações das estratégias de aprendizagem a serem trabalhadas. Também participam dos mini-eventos, destinados à otimização da prática oral de cada uma das subáreas de conhecimento.

1. Praticando as estratégias em habilidades orais:

Há duas ações que caracterizam a prática das estratégias de aprendizagem em habilidades orais de FLE no CAA.

A primeira está direcionada exclusivamente às monitoras. Além de discutirem e receberem orientações sobre as diretrizes teóricas adotadas, elas devem colocá-las em prática no decorrer de seus estudos individuais orientados. Cada monitora deve, então, elaborar seu plano de estudo voltado para um tema de sua dificuldade em uma das subáreas de sua opção. Nessa fase, elas já são introduzidas à prática de algumas das estratégias metacognitivas que, para O’Malley & Chamot (apud CYR. 1998), se traduzem em uma reflexão sobre seu processo de aprendizagem, compreendendo as condições que a favorecem, planejando, monitorando e auto-avaliando suas atividades. Ao elaborar seus planos, elas vão desenvolvendo as estratégias metacognitivas de planejamento, atenção e identificação de um problema.

Os planos de estudos devem ser apresentados à coordenadora, individualmente ou em grupo. São, então, exploradas as estratégias sócio-afetivas que, conforme os estudiosos já mencionados, implicam em uma interação com seus pares a fim de favorecer a aprendizagem e controlar a dimensão afetiva que a acompanha, como o esclarecimento/verificação, a cooperação, o controle das emoções e o auto-reforço.

Durante a execução de suas tarefas, são ativadas as estratégias cognitivas, que compreendem a interação entre o aprendiz e a matéria em estudo, a manipulação mental e física dessa matéria e a aplicação de técnicas específicas para resolver um problema ou executar uma tarefa de aprendizagem. São estratégias mais concretas e mais facilmente observáveis, como a prática da língua, a tomada de notas, a utilização de referências, a substituição, a classificação/agrupamento, a dedução/indução, a substituição, a elaboração, o resumo, a tradução, a transferência de conhecimentos e a inferência. Estão no centro do ato de aprendizagem.

Em reuniões do grupo, esclarecem suas dúvidas, relatam detalhadamente o estudo realizado apontando e exemplificando, na prática, as estratégias trabalhadas. Essencialmente produtivos, esses momentos são relevantes não somente para as trocas de experiências como também para as “descobertas” de estratégias não identificadas pelo grupo. Enquanto as monitoras fazem seus relatos, a coordenadora vai realizando o levantamento das estratégias apontadas, o que lhe permite dispor de dados para tecer comentários e sugerir estratégias a serem introduzidas no processo, o que leva a novas propostas de encaminhamentos. Alguns relatos revelam aspectos inusitados quanto às técnicas de estudos empregadas. Para melhor entendimento das estratégias de aprendizagem e técnicas de estudos, sugere-se a leitura de Taillefer e al. (1999), que tratam desses termos e também do como aprender. A título de exemplo, pode-se diferenciar estratégias de técnicas em uma atividade de pronúncia, quando um aprendiz, no caso específico, uma das monitoras, decide inserir uma nova técnica de estudos ao compor uma música para treinar a distinção (estratégia) entre os sons e, assim, facilitar sua aprendizagem.

A prática da compreensão e da produção oral das monitoras é viabilizada pelos estudos orientados, pela participação em eventos, pela interação com seus pares e, inclusive, em sala de aula, onde se percebe claramente uma otimização de desempenho.

A segunda ação, tomada em conjunto com as outras coordenadoras dos projetos de língua inglesa e de língua espanhola, conta com a participação das monitoras, porém é extensiva a usuários do CAA, aos alunos da graduação e pós-graduação do Departamento com o objetivo de atraí-los para esse espaço, conscientizá-los das estratégias de aprendizagem e otimizar sua compreensão e produção oral em LE. Decidiu-se, então, ofertar mini-eventos de inglês, francês e espanhol, que seriam programados para praticar cada uma das subáreas visadas.

2. Otimizando a compreensão e a produção oral:

No que se refere aos eventos de FLE, seriam trabalhados tópicos de dificuldades, inicialmente sugeridos pela coordenadora, também docente da graduação, com base em sua experiência de sala de aula e, posteriormente, definidos pelas monitoras. Os participantes também seriam consultados sobre os tópicos de seu interesse.

Cada mini-evento compreende cerca de dez horas de estudos, distribuídas em orientações e prática oral com a ministrante e em estudos individuais que podem ser feitos com seus pares, se os participantes assim preferirem. São blocos independentes, não obrigatórios, que permitem aos participantes de escolherem o mini-evento conforme suas necessidades e conveniências. Embora não lhes sejam atribuídas carga horária curricular, os participantes têm direitos a um certificado da instituição e poderão solicitar a contagem das horas, junto ao seu Colegiado de Cursos, como atividade acadêmica complementar.

Considerando as características das monitoras, coube à coordenadora selecionar o material, contendo explicações e atividades variadas e, também, preparar uma apostila que é entregue a cada participante. Importa assinalar que, embora também hajam exercícios escritos, o material está direcionado para abranger a compreensão e a produção oral na língua estrangeira nas subáreas em questão. Cumpre observar que as primeiras apostilas estão sendo totalmente reformuladas com base nas discussões com o grupo das monitoras e na observação dos relatos dos participantes.

As estratégias de aprendizagem, que serão apresentadas a seguir, resultam de um estudo orientado sobre os pronomes adverbiais en – y, tópico gramatical de dificuldade para aprendizes de FLE, abordado no segundo mini-evento do primeiro semestre de 2003, intitulado “Otimização das estratégias em gramática de FLE”.

Três monitoras participaram desse evento além dos alunos da graduação, sendo que estes últimos desconheciam as diretrizes teóricas que embasam nossos estudos oirentados.

3. Verificação e análise das estratégias detectadas:

O quadro abaixo permite observar as estratégias trabalhadas pelas monitoras durante seu processo de aprendizagem individual do tópico gramatical en – y: voltado para as habilidades orais.

|ESTRATÉGIAS |Monitora A |Monitora B |Monitora C |

|METACOGNITIVAS | | | |

|Antecipação/planejamento |- // |( - // |( - // |

|Atenção geral/seletiva |X |X |X |

|Auto-gestão |X |X |X |

|Automonitoração |X |X |X |

|Identificação de problema |- // |X - // |X - // |

|Auto-avaliação |- // |X - // |X - // |

|ESTRATÉGIAS |Monitora A |Monitora B |Monitora C |

|COGNITIVAS | | | |

|Prática da língua |X - // |X - // |X - // |

|Referências |X - // |X - // |X - // |

|Classificação/agrupamento |( - // |( - // |( - // |

|Notas |X |X |X |

|Dedução/indução |X |X |X |

|Substituição |X |X |X |

|Elaboração |X |X |X |

|Resumo |( |( |( |

|Tradução |X |X |X |

|Transferência de conhecimentos |( |( |( |

|Inferência |X |( |X |

|SÓCIO-AFETIVAS | | | |

|Esclarecimento/ verificação |X |( |X |

|Cooperação |( |( |X |

|Controle das emoções |X |( |( |

|Auto-reforço |X |( |X |

Legenda:

X > estratégia identificada pelo aprendiz ou apontada pelo grupo ou pela coordenadora;

( > estratégia não desenvolvida pelo aprendiz.

// > estratégia pré-definida no material.

Antes de verificar o levantamento das estratégias detectadas, convém observar que a própria organização do material didático-pedagógico já apresentava algumas estratégias pré-definidas, como ilustrado no quadro acima.

Em relação a esse aspecto, note-se que na esfera das estratégias metacognitivas, as monitoras aceitaram a antecipação/planejamento conforme proposto. Talvez por estarem habituadas a freqüentarem o CAA e aí encontrarem materiais e equipamentos necessários para a execução das tarefas. Ao estudar em outro espaço, o participante dará preferência às atividades que não exigem equipamentos e materiais específicos, que só estão disponíveis para serem usados no CAA. Entretanto, nada impede que o aprendiz redefina a seqüência do conteúdo apresentada conforme sua conveniência. Quanto à identificação de um problema, refere-se à dificuldade de assimilação dos pronomes adverbiais, tópico ligeiramente abordado em sala de aula de nível básico para intermediário e que, além do mais, não encontra equivalentes específicos em língua materna. A auto-avaliação se processa à medida em que vão realizando as tarefas, verificando as respostas que acompanham o material. Esse procedimento favorece a atenção, a auto-gestão e a automonitoração.

No âmbito das estratégias cognitivas, decidiu-se adotar a terminologia de Oxford - prática da língua - ao invés de – repetição - como sugerem O’Malley & Chamot (apud CYR. 1998), visto ser o primeiro termo mais abrangente, podendo incluir comportamentos como repetir, praticar sons, grafias, transcrever, ler, falar consigo mesmo, responder, entre outros. Boa parte dos enunciados de tarefas em LE direciona para esses comportamentos. Por sua vez, a simples apresentação de um modelo para exemplificar uma tarefa também serve como utilização de referências. Certamente, o aprendiz pode recorrer a outras fontes mais detalhadas como às gramáticas, o que aconteceu nesse caso. Além do mais, embora não apontem claramente as estratégias a serem exploradas, os enunciados pré-direcionam o aprendiz para o seu uso. Por exemplo, ao solicitar que o aprendiz correlacione colunas, o enunciado implica nas estratégias: a) metacognitivas de: antecipação, atenção seletiva e automonitoração; b) cognitivas de: prática da língua, classificação/agrupamento, dedução/indução, inferência. Geralmente, o aprendiz costuma resolver a tarefa sem realizar percursos preliminares, explorando estratégias que o conduzam a um melhor desempenho. A estratégia de transferência de conhecimentos está ausente nesse processo. Isso talvez se justifique pela dificuldade de internalização do processo de aprendizagem e de associações interlinguais do tópico em questão, embora seja possível estabelecer comparações entre a LM e a LE. Quando questionadas sobre a não elaboração de um resumo do assunto abordado, as monitoras afirmaram que a tomada de notas era praticamente um resumo. Entretanto, nesse caso, o resumo é uma estratégia que deve ser encorajada para favorecer a memorização, a revisão e a internalização do tópico gramatical.

Quanto às estratégias sócio-afetivas, a monitora B merece atenção especial, pois demonstra dificuldade para interagir com seus pares e consigo mesma. A dimensão afetiva (confiança em si, motivação, encorajamento, timidez, não temer cometer erros nem se arriscar...), que acompanha a aprendizagem, deve ser discutida no grupo. Estratégias são consideradas comportamentos e qualquer comportamento é modificável. Uma boa conversa amistosa com o grupo pode amenizar a situação, estimular e favorecer o relacionamento entre os participantes.

4. Considerações finais:

A ação desenvolvida exclusivamente com as monitoras trata-se de um processo de aprendizagem a ser executado em prazo bem mais longo do que os mini-eventos. Revestida de características peculiares, essa ação requer a elaboração de um programa individual de estudos, fase em que as monitoras são expostas à prática das estratégias metacognitivas. Visto serem iniciantes na temática, sem prática das estratégias e com conhecimentos de FLE em nível básico para intermediário, experimentaram grande dificuldade na execução dessa primeira tarefa. O primeiro aspecto é, sem dúvida, mais relevante e deve ser redirecionado, por exemplo, submetendo-as, primeiramente, a algumas atividades práticas para que possam se familiarizar com as diretrizes teóricas.

Embora individuais e abrangendo subáreas diferentes, é preferível que tanto os primeiros programas quanto aqueles já refeitos sejam apresentados e comentados no grupo. Isso permite as trocas de idéias e a prática das estratégias sócio-afetivas, de modo a favorecer a aprendizagem.

Para um conhecimento mais profundo da LE que vão ensinar, o estudo individual das monitoras, realizado em prazo mais longo, está sendo observado em reuniões do grupo, quando são relatados os estudos, esclarecidas as dúvidas, apontadas e exemplificadas as estratégias trabalhadas. São encontros direcionados para a formação didático-pedagógica, centrada em estratégias de aprendizagem para o futuro professor aprender como se aprende aquilo que vai ensinar.

Já, na segunda ação do CAA, através dos mini-eventos, é possível observar de mais perto e de maneira mais concreta a prática da produção oral em grupo. No que se refere ao levantamento das estratégias, verifica-se mais claramente que as monitoras já estão mais familiarizadas com a temática e estão internalizando as diferentes estratégias em seu processo de aprendizagem.

A tentativa para elaborar, por si próprias, atividades específicas para desenvolver as estratégias de maneira consciente, teve que ser redirecionada devido às características específicas do grupo, considerando a inexperiência didático-pedagógica e o nível de conhecimento de FLE. A partir do material dos mini-eventos foi possível refletir sobre como elaborar atividades “estratégicas”. Foram repensados e discutidos alguns aspectos que merecem ser abordados.

Em primeiro lugar, aprendizes estão acostumados a serem conduzidos pelas explicações presenciais do professor. Durante o período de estudo individual (sem acompanhamento do professor), aqueles que não participam do Projeto percebem que devem procurar entender a questão abordada na apostila sem a interferência de alguém que sabe (o professor) e, alguns não se sujeitam a essa condição. Parece que não aceitam facilmente o desafio do estudo individual, mesmo que orientado, não buscam e tampouco se servem de recursos que os auxiliem nas atividades. É difícil agir diferente. Romper com a tradição é inovar. No contexto educacional, inovar é crescer de modo autônomo, e isso causa certo receio.

Por outro lado, é necessário que professores conscientizem seus aprendizes de que qualquer tarefa que executam é viabilizada através de diferentes estratégias de aprendizagem, que devem ser exploradas amplamente para otimizar sua aprendizagem. Desde o início, deve-se instruí-los no sentido de orientá-los a refletir sobre sua aprendizagem e a organizar seu estudo. Eles devem ser capazes de planejar, controlar e monitorar sua aprendizagem (estratégias metacognitivas). Eles têm a liberdade de não aceitar o material tal qual lhes é sugerido. Convém, inclusive, que demonstrem iniciativa para reorganizá-lo e adaptá-lo às suas necessidades ou conveniência. Espera-se, também, que interajam com outras pessoas (estratégias sócio-afetivas) com o objetivo de favorecer sua aprendizagem e saber controlar as emoções que acompanham o processo. A conscientização das estratégias levará o aprendiz a perfazer todo um percurso mentalmente “trabalhado” (estratégias cognitivas), para realizar uma única tarefa e garantir melhores resultados. A prática de uma aprendizagem de línguas por estratégias parece levar o aprendiz a ser proficiente tanto dentro como fora da sala de aula. Ao se familiarizar com as diferentes estratégias possíveis, ele estará internalizando-as em fases e caminhando para a autonomia de sua própria aprendizagem.

Face às considerações acima expostas, ficou entendida a necessidade de se reorganizar esse material levando em conta os seguintes aspectos: a) o material deve “falar” com o aprendiz como se fosse o professor em sala de aula, mais próximo e mais comunicativo. B) Visto que as estratégias são exploradas para otimizar as habilidades orais, o material deve ser introduzido por atividades gravadas ou em vídeo. C) Os enunciados devem ser reescritos de forma a explorar as diferentes estratégias. Para introduzir o aprendiz na identificação e exemplificação das estratégias, o enunciado deve instruir, sistemática e claramente, cada passo a ser executado para a realização da tarefa e, a cada passo, identificar as diferentes estratégias que podem favorecer a aprendizagem. D) Para algumas atividades, o próprio aprendiz deverá programar as etapas e as estratégias que irá executar. E) Finalmente, considerando alguns fatores que intervêm no processo, como a falta de hábito de um estudo individual, a insegurança, a curiosidade e a impulsividade do aprendiz, entre outros, as respostas das atividades devem ser organizadas à parte.

Através do replanejamento desse material, que será apresentado no próximo EPLE, em Londrina, as monitoras desenvolvem experiências no âmbito da elaboração de materiais didático-pedagógicos para terem embasamento de como elaborar, por si próprias, atividades “estratégicas”. Ampliam suas perspectivas para desenvolver sua formação profissional. É seu repensar praticando, em busca da própria autonomia. É um passo para a formação dessas futuras professoras, visto que ensinar uma LE não é tão somente transmitir o que sabemos dessa LE ou sobre essa LE, mas também ensinar como se aprende, explorando as estratégias para otimizar sua própria aprendizagem, ajudam e guiam a aprendizagem de seus futuros aprendizes.

BIBLIOGRAFIA:

CYR, Paul. Les stratégies d’apprentissage. Paris. Clé International: 1998.

LITTLE, D. Learner Autonomy1: definitions, issues and problems. Dublin. Authentik, 1994.

OXFORD, R. L. Language Learning Strategies. New York. Newbury House, 1990.

PORQUIER, Rémy. “Étudier les apprentissages pour apprendre à enseigner”. In LFDM. Nº 185: 84-93.

TAILLEFER, Rejane et al. “Estratégias e técnicas de estudos para o projeto: Compreensão e produção em linguagem oral: Espanhol, Francês e Inglês – Implementação de um Centro de Auto-Acesso”. In Boletim 36. Londrina. EDUEL: 1999, p. 137-145.

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[1] Texto publicado em Anais do XVI Seminário do CELLIP. CD-ROM: Ref.: 210 Out./2003.

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