CETPRES



NEEMIASLADRILHOS DALIDERAN?A B?BLICAManual do estudanteUm Curso do Livro de NeemiasEscrito PorProfesor Eric Penningsericp@mints.eduDecano Acadêmico Associado para a América CentralSeminário Internacional de MiamiMiami International Seminary (MINTS)14401 Old Cutler Road, Miami, Florida, 33158Teléfono: 305–238–1589 Email: MINTS@Sitio de Web: MINTS.eduJaneiro, 2009?NDICE?ndice................................................................................................................................2Introdu??o.……………………….……………………………………………………..4Esbo?o das sess?es ..........................................................................................................7Resumo das Tarefas Para o Curso de Neemias ...…………..……………….......….11Capítulo 1 – O Ladrilho da Fé (Neemias 1:1 – 2:8) ...................................................16Comentario Sobre a Hermenêutica Bíblica ..............................................................16O Contexto Histórico de Neemias ............................................................................17Tema Principal e Temas Secundários de Neemias ...................................................20Leitura e Comentário De Neemias 1:1 – 2:8 ............................................................23Folha de Estudo Bíblico Para Neemias 1:1–4 ..........................................................28Capítulo 2 – O Ladrilho da Ora??o (Neemias 2:9 – 4:23) ........................................34Comentario Sobre a Perspectiva Histórico-Redentiva .............................................34Leitura e Comentário de Neemias 2:9 – 4:23 ...........................................................36Capítulo 3 – O Ladrilho da Disciplina (Neemias 5:1 – 7:3) ......................................45Comentário Sobre a História de Jerusalém ...............................................................45Comentario de Neemias 5:1 – 7:3 ............................................................................47Capítulo 4 – O Ladrilho do Ensino Bíblico (Neemias 7:4 – 8:18) ............................57Comentário Sobre a Lei De Deus .............................................................................57Comentário de Neemias 7:4–8:18 ............................................................................59Capítulo 5 – O Ladrilho da Reconcilia??o (Neemias 9:1–37) ...................................67Comentario Sobre a Soberania de Deus Em Neemias ..............................................67Comentario de Neemias 9:1–37 ...............................................................................69Capítulo 6 – O Ladrilho do Caráter do Líder (Neemias 9:38 – 10:39) ....................76Comentario Sobre o Pacto ........................................................................................76Comentario de Neemias 9:38–10:39 ........................................................................78Capítulo 7 – O Ladrilho da Gratid?o (Neemias 11:1 – 12:47) ..................................85Comentario Sobre a Gratid?o ...................................................................................85Comentario de Nehemías 11:1 – 12:47 ....................................................................87Capítulo 8 – O Ladrilho do Testemunho Crist?o (Neemias 13:1–31) ......................94Comentário Sobre a Miss?o em Neemias .................................................................94Comentário de Neemias 13:1 – 13:31 ......................................................................97Conclus?o ....................................................................................................................102Bibliografia ..................................................................................................................105Apêndices .....................................................................................................................112Apêndice 1 – Pautas para a Exegese .....................................................................112Apêndice 2 – Métodos de Estudo Bíblico .............................................................121Apêndice 3 – Cronologia do Exílio .......................................................................127Apêndice 4 – Jerusalém no Tempo de Neemias ....................................................128INTRODU??OO livro de Neemias é um livro pouco conhecido. Ele conta a história do povo de Israel numa época de muita dificuldade. Minha esperan?a é que Deus use o estudo de Neemias por meio do presente curso para ajudar o seu povo hoje tal como Neemias ajudou ao povo de Deus há 2500 anos. Hoje em dia necessitamos de uma lideran?a forte para enfrentar os desafios tanto externos como internos da igreja. Deus utilizou a Neemias em seu tempo no desenvolvimento de Seu plano de reden??o para que nós hoje possamos estender o reino de Deus com os mesmos ladrilhos da lideran?a que Neemias demonstrou.O livro de Neemias está escrito no mesmo contexto histórico de vários outros livros bíblicos. O aluno se familiarizará com os ditos livros também. Ademais, no início de cada capítulo tem uma reflex?o relacionada ao tema do capítulo.Propósito do Curso: O propósito do curso é que o aluno aprenda o gênero literário narrativo histórico da literatura bíblica. Por meio do presente estudo, o aluno aprenderá a mensagem chave de Neemias e poderá aplicá-lo a sua vida e seu ministério.Resumo do Curso: O título do curso resume o seu conteúdo. A mensagem central do livro é a história de como Deus usou a lideran?a exemplar de Neemias para confirmar o pacto que Ele havia feito com o povo de Israel. Neemias mostra essa lideran?a durante a reconstru??o de Jerusalém e na reforma que se levou a cabo entre o povo depois de que a constru??o foi terminada. Há muitos elementos importantes na lideran?a bíblica exemplar. Neste curso ser?o analisados oito destes elementos, cada qual formando um “ladrilho” do que é a lideran?a bíblica. O curso terá um enfoque de cunho missionário.Objetivos do Curso: Os objetivos do curso s?o os seguintes:1) O aluno participará dum grupo de aprendizagem;2) O aluno se familiarizará com a bibliografia referente ao estudo de Neemias;3) O aluno desenvolverá o tema principal e temas menores do livro de Neemias;4) O aluno aprenderá a perspectiva histórico-redentiva da interpreta??o bíblica;5) O aluno aplicará princípios bíblicos da interpreta??o das Escrituras Sagradas;6) O aluno preparará um trabalho prático sobre um tema do curso;7) O aluno refletirá sobre seu papel no ministério da igreja;8) O aluno memorizará oito versículos chaves de NeemiasEstrutura do Curso: Os estudantes ter?o duas op??es para a administra??o do curso:1) Educa??o a Dist?ncia – O professor visitante dará uma conferência de oito horas de orienta??o e introdu??o ao curso. Sob a supervis?o do mesmo professor, um facilitador se encarregará das aulas seguintes, de aplicar as tarefas e a prova e mandá-las ao professor para a corre??o. Os alunos se reunir?o 8 horas, no mínimo, como grupo para compartilhar juntos as tarefas, os temas, e o projeto final.2) Educa??o por Extens?o – Um professor visitante viajará ao centro de estudos durante o transcorrer do curso. Terá um mínimo de 15 horas de aula. Ele se encarregará do ensino e da administra??o do curso. O coordenador do centro de estudos manterá os dados e informa??es dos alunos.Materiais Para o Curso: O aluno terá à m?o o manual do estudante para o curso. Além disso, terá leituras adicionais. As maiorias das leituras se encontram na Internet. As instru??es para leituras da Internet ser?o encontradas em “Esbo?os das Sess?es” (veja-se a página seguinte). Várias leituras se encontram nos apêndices do manual do estudante.Para os que têm acesso do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o, haverá op??o de leituras nele também. Note-se que os capítulos em seu livro n?o concordam exatamente com a divis?o das sess?es adotadas neste curso.Requisitos do Curso: Os requisitos para o curso s?o os seguintes:1) O aluno assistirá a 16 horas de aula.2) O aluno cumprirá com as tarefas propostas no manual do estudante.3) O aluno se familiarizará com as leituras relacionadas com o livro de Neemias.4) O aluno desenvolverá um projeto especial relacionado com o curso.5) O aluno fará o exame final.Avalia??o do Curso: A avalia??o seguirá os requisitos estabelecidos:1) Participa??o do estudante (15%) – Por cada hora que o aluno assiste se lhe dará um ponto.2) Tarefas de classe (15%) – O estudante receberá 2 pontos por fazer a “folha de estudo” (1 ponto) e por responder as perguntas ao fim de cada sess?o (1 ponto);3) Leituras obrigatórias (20%) – Há leituras designadas de umas 300 páginas divididas em oito sess?es. As leituras se encontram no site do MINTS: mints.edu (na página em espanhol sob o título “Cursos por Eric Pennings”). Nas leituras o aluno deve ler aquela designada e escrever uma reflex?o de uma página, segundo as instru??es na li??o. Veja-se apêndice 5 (Pautas para reflex?o de leituras).4) Projeto especial (30 %) 4.1 Alunos do Nível de Bacharelado - N?o ter?o que fazer leituras adicionais. Ele desenvolverá um projeto especial de 5 páginas. O projeto deve seguir o formato dado no Apêndice 1 (Pautas para a Exegese). Ter?o somente que fazer a parte da pesquisa do apêndice 1. N?o ter?o que fazer a última parte que se chama ‘Conclus?o’.4.2 Estudantes do Nivel de Mestrado – Ter?o que ler 200 páginas adicionais e apresentar?o um projeto de 10 páginas. O projeto deve seguir todo o formato dado no Apêndice 1 (Pautas Para a Exegese), refletindo o conteúdo das sess?es, as leituras designadas e as leituras adicionais. Para os que têm o livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o, poderá ser feita a leitura adicional deste livro.5) Exame final (20%) – O aluno demostrará seu conhecimento acerca dos conceitos e conteúdos dos materiais do curso.Benefícios do Curso: Ao concluir o curso, o aluno poderá utilizar o trabalho feito no projeto especial para preparar um serm?o ou uma aula de escola dominical ou mesmo um artigo, etc. Também poderá desenvolver uma série de ensinos sobre o livro de Neemias.ESBO?O DAS SESS?ESSess?o 1 - O ladrilho da Fé (Neemias 1:1 - 2:8)1.1. Ora??o de abertura1.2. Devocional breve1.3. Apresenta??o de alunos e professor1.4. Revis?o da Introdu??o ao curso (objetivos, requisitos, avalia??o, etc.)1.5. Revis?o do projeto especial (se usará o apêndice 1: Pautas Para a Exegese como guia)1.6. Revis?o do esbo?o das sess?es1.7. Revis?o da Sess?o 1 do manual do estudante1.7.1. Comentário sobre a hermenêutica bíblica1.7.2. O contexto histórico de Neemias1.7.3. Tema principal e temas secundários de Neemias1.7.4. Leitura e comentário de Neemias 1:1 – 2:81.7.5. Folha de estudo bíblico para Neemias 1:5-111.8. Tarefas para a Sess?o 1 – Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 2 – O Ladrilho da Ora??o (Neemias 2:9 – 4:23)2.1. Ora??o de abertura2.2. Devocional breve2.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 12.3.1. Revis?o dos versículos que memorizaram2.3.2. Revis?o das perguntas respondidas2.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos2.4. Revis?o da Sess?o 2 do manual do estudante2.4.1. Comentário sobre a perspectiva histórico-redentiva2.4.2. Leitura e comentário de Neemias 2:9 – 4:232.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada2.5. Tarefas para a Sess?o 2. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 3 – O ladrilho da Disciplina (Neemias 5:1 – 7:3)3.1. Ora??o de abertura.3.2. Devocional breve.3.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 2.3.3.1 Revis?o dos versículos que memorizaram.3.3.2. Revis?o das perguntas respondidas.3.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos.3.4. Revis?o da Sess?o 3 do manual do estudante.3.4.1. Comentário sobre a história de Jerusalém.3.4.2. Leitura e comentário de Neemias 5:1-7:3.3.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada.2.5. Tarefas para a Sess?o 3. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 4 – O Ladrilho do Ensino Bíblico (Neemias 7:4 – 8:18)4.1. Ora??o de abertura.4.2. Devocional breve.4.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 3.4.3.1 Revis?o dos versículos que memorizaram.4.3.2. Revis?o das perguntas respondidas.4.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos.4.4. Revis?o da Sess?o 4 do manual do estudante.4.4.1. Comentário sobre a lei de Deus.3.4.2. Leitura e comentário de Neemias 7:4-8:18.4.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada.4.5. Tarefas para a Sess?o 4. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 5 – O ladrilho da Reconcilia??o (Neemias 9:1-37)5.1. Ora??o de abertura.5.2. Devocional breve.5.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 4.5.3.1 Revis?o dos versículos que memorizaram.5.3.2. Revis?o das perguntas respondidas.5.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos.5.4. Revis?o da Sess?o 5 do manual do estudante.5.4.1. Comentário sobre a Soberania de Deus em Neemias.5.4.2. Leitura e comentário de Neemias 9:1-37.5.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada.2.5. Tarefas para a Sess?o 5. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 6 – O ladrilho do caráter do líder (Neemias 9:38 – 10:39)6.1. Ora??o de abertura.6.2. Devocional breve.6.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 5.6.3.1 Revis?o dos versículos que memorizaram.6.3.2. Revis?o das perguntas respondidas.6.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos.6.4. Revis?o da Sess?o 6 do manual do estudante.6.4.1. Comentário sobre o pacto.6.4.2. Leitura e comentário de Neemias 9.38-10.39.6.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada.2.5. Tarefas para a Sess?o 6. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 7 – O ladrilho da a??o de gra?as (Neemias 11:1 – 12:47)7.1. Ora??o de abertura.7.2. Devocional breve.7.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 6.7.3.1 Revis?o dos versículos que memorizaram.7.3.2. Revis?o das perguntas respondidas.7.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos.7.4. Revis?o da Sess?o 7 do manual do estudante.7.4.1. Comentário sobre a gratid?o.7.4.2. Leitura e comentário de Neemias 11:1-12:47.7.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada.2.5. Tarefas para a Sess?o 7. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).Sess?o 8 – O ladrilho do testemunho crist?o (Neemias 13:1-31)8.1. Ora??o de abertura.8.2. Devocional breve.8.3. Revis?o das tarefas feitas da Sess?o 7.8.3.1 Revis?o dos versículos que memorizaram.8.3.2. Revis?o das perguntas respondidas.8.3.3. Apresenta??o oral dos temas escritos.8.4. Revis?o da Sess?o 8 do manual do estudante.8.4.1. Comentário sobre a miss?o de Deus.8.4.2. Leitura e comentário de Neemias 13:1-31.8.4.3. Folha de estudo bíblico para a passagem estudada.2.5. Tarefas para a Sess?o 8. Observe o resumo das tarefas com o título “Resumo das tarefas para o Curso de Neemias” (será revisada na próxima sess?o).RESUMO DAS TAREFAS PARA O CURSO DE NEEMIASTarefas para a sess?o #1 (será revisada na próxima sess?o);1. Leia o livro de Neemias2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o3 Leia o capítulo 63 (sobre Neemias) do comentário de S.G. De Graaf, El Pueblo de la Promesa: El Fracaso de la Teocracia de Israel, Tomo 2, (Subcomiss?o Literatura Cristiana, Grand Rapids, Michigan, 1981, traduzido por Guillermo Kratzig). A leitura se encontra no site do MINTS: mints.edu (na página em espanhol sob o título “Cursos por Eric Pennings).4. Revise o capítulo 1 da apostila do curso e responda as perguntas ao final do capítulo;5. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para Neemias 1:5-11. Para essa sess?o deverá ser desenvolvido somente o método indutivo;6. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema geral de Neemias, refletindo nas leituras designadas.7. Ler os capítulos 1, 2 e 3 do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #2 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia o livro de Ester;2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o;3. Leia capítulo 62 (sobre Ester) do comentário de S.G. De Graaf, El Pueblo de la Promesa: El Fracaso de la Teocracia de Israel, Tomo 2, (Subcomisión Literatura Cristiana, Grand Rapids, Michigan, 1981, traducido por Guillermo Kratzig). A leitura se encontra no site do MINTS: mints.edu (na página em espanhol sob o título “Cursos por Eric Pennings);4. Fa?a a leitura de Charles Spurgeon: Los Dos Guardas: La Oración y El Velar. A leitura se encontra no site do MINTS: mints.edu (na página em espanhol sob o título “Cursos por Eric Pennings”); o serm?o, em inglês pode ser encontrado na Internet ();5. Revise o capítulo 2 da apostila do curso e responda as perguntas ao final do capítulo;6. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o deverá ser desenvolvido somente o método expositivo;7. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema da ora??o, refletindo nas leituras designadas.8. Ler os capítulos 4, 5 e 6 do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #3 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia o livro de Ageu;2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o.3. Leia Samuel Escobar, ?Ha Pasado la Hora del Cristianismo?(Capítulo 1 de Decadencia de la Religión, Editorial Certeza, Buenos Aires, Argentina, 1972.) A leitura se encontra no site do MINTS: mints.edu (na página em espanhol sob o título “Cursos por Eric Pennings);4. Revise o capítulo 3 da apostila do curso e responda as perguntas ao final do capítulo;5. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o deverá ser desenvolvido somente o método literário;6. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema da ora??o, refletindo nas leituras designadas.7. Ler os capítulos 7, 8 e 9 de do livro Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #4 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia o livro de Esdras;2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o.3. Leia capítulos 60, 61 (sobre Esdras) do comentário de S.G. De Graaf, El Pueblo de la Promesa: El Fracaso de la Teocracia de Israel, Tomo 2, (Subcomisión Literatura Cristiana, Grand Rapids, Michigan, 1981, traduzido por Guillermo Kratzig) A leitura se encontra no site do MINTS: mints.edu (na página em espanhol sob o título “Cursos por Eric Pennings);4. Leia Louis Berkhof, La Naturaleza de los Dogmas, (Capítulo 2 de Introducción a la Teología Sistemática, T.E.L.L. Grand Rapids, Michigan, 1932). Esta leitura também é encontrada na Internet () em espanhol.5. Revise o capítulo 4 da apostila do curso e responda as perguntas ao final do capítulo;6. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o deverá ser desenvolvido somente o método analítico;7. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema do ensino bíblico, refletindo nas leituras designadas.8. Ler os capítulos 10 e 13 do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #5 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia os primeiros seis capítulos de Daniel.2. Memorize um versículo que considera chave na passagem estudada para esta sess?o.3. Leia uma das duas seguintes leituras designadas:3.1. Deffinbaugh, Bob, La Soberanía de Dios en la Historia. Encontra-se na Internet ()3.2. Ramsay, Richard B., Fortalezca, Capítulos 3 e 4. Encontra-se na Internet ().4. Leia McCheyne, R.M. El Corazón Quebrantado (Serm?o sobre Salmo 51 en Sermones de R.M. Cheyene) . 5. Revise o material para esta sess?o e responda às perguntas do final.6. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o deverá ser desenvolvido somente o método devocional;7. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema da reconcilia??o, refletindo nas leituras designadas.8. Ler os capítulos 11 e 12 do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #6 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia os primeiros seis capítulos de Malaquias.2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o.3. Leia o artigo de Roger Smalling, La Filosofía de Liderazgo Cristiano, (Capítulo 3 de Lideran?a Crist? – Principios y Práctica, Marzo, 2005. Disponível na Internet: 4. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o você poderá desenvolver um método de sua preferência;5. Revise o material para esta sess?o e responda às perguntas do final.6. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema do caráter do líder crist?o, refletindo nas leituras designadas.7. Ler o capítulo 12 (outra vez!) do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #7 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia os primeiros seis capítulos de Lamenta??es.2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o.3. Leia o material do último capítulo e pelo menos dois outros capítulos do livro de A.W. Pink, Os Atributos de Deus. 4. Revise o material para esta sess?o e responda às perguntas do final.5. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o você poderá desenvolver um método de sua preferência;6. Escreva um ensaio de uma página sobre o tema da gra?a e a glória de Deus, refletindo nas leituras designadas.7. Ler o capítulo 13 e 14 do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o.Tarefas para a sess?o #7 (será revisada na próxima sess?o)1. Leia o livro de Zacarias.2. Memorize um versículo que considere chave na passagem estudada para esta sess?o.3. Fa?a a leitura de Edwin Iserloh, Causas de la Reforma, (Artículo en Martín Lutero y el Comienzo de la Reforma (1517-1525), Tomado de Aubert Jedin: Manual de Historia de la Iglesia Tomo V, Barcelona (1972), sección primera, pp.43-179). Disponível na Internet: . Revise o material para esta sess?o e responda às perguntas do final.5. Fa?a uma Folha de Estudo (observe o apêndice 2) para uma passagem da presente sess?o que você poderá escolher. Para essa sess?o você poderá desenvolver um método de sua preferência;6. Levando em conta a reforma na época de Neemias, e a reforma na época de Martinho Lutero, escreva um ensaio de uma página sobre a situa??o hoje em dia e como poderá ser realizada uma reforma hoje, refletindo nas leituras designadas.7. Ler o capítulo 15 do livro de Charles Swindoll, Lideran?a em tempos de crise, Editora Mundo Crist?o. CAP?TULO 1 - O Ladrilho da Fé (Neemias 1:1 - 2:8)Comentário sobre a hermenêutica bíblicaNo estudo da Biblia o aluno entra no mundo da revela??o de Deus ao homem por meio da Palavra Ele nos deu. Deus nos deu sua Palavra na Biblia para que possamos conhecê-lo. Visto que Deus é o autor da Biblia, quando a estudamos o fazemos em fé com a pressuposi??o que é a verdade. No estudo de Neemias, queremos aprender o que nos ensina a Biblia acerca de Deus para que possamos aplicar o aprendizado em nossa vida cotidiana.Para aprender o que a Biblia ensina, é necessário interpretá-la. Para isso serve a hermenêutica. O dicionário define “a hermenêutica” da seguinte maneira, “A arte de interpretar textos e especialmente o de interpretar os textos sagrados.” . Assim a hermenêutica bíblica é a arte de interpretar o texto da Biblia. Há muito que se pode dizer sobre a hermenêutica bíblica. Para nosso estudo de Neemias, vamos resumir alguns conceitos básicos. Para um estudo mais profundo, recomendo a leitura do texto de um curso do MINTS que se chama Introdu??o ao Estudo Bíblico pelo Dr. Neal Hegeman.A exegese é uma considera??o importante para a hermenêutica bíblica. A exegese é “A aplica??o dos princípios de interpreta??o” . Em outras palavras, pode se dizer que a hermenêutica bíblica é aplicada por meio da exegese bíblica. Neste curso será utiulizado um modelo de exegese para o desenvolvimento do projeto do curso (ver Apêndice 1: Pautas Para a Exegese).Um aspecto da hermenêutica bíblica é a identifica??o do gênero literário da passaagem que se está estudando. Um gênero se pode definir como, “... uma categoria ou tipo de literatura caracterizada por uma forma, um estilo ou um conteúdo”. Podemos identificar oito gêneros literários: narrativo, legal, poesia, profecia, sapiencial (sabedoria), apocalíptica, evangelho e epistolar. Alguns livros bíblicos contêm vários gêneros. Neemias relata um evento histórico em forma de narra??o, pela qual se considera que seu gênero literário é narrativo.No presente curso se estudará o livro de Neemias por meio de conceitos básicos da hermenêutica bíblica aplicada na exegese bíblica.O Contexto Histórico de NeemiasNeemias foi escrito em mais ou menos 425 AC. Esdras e Neemias mantivieram seu próprio diário escrito das atividades cotidianas da reconstru??o que dirigiam. Na ordem dos livros na Biblia, Neemias se encontra entre Esdras e Ester. O livro que precede Neemias é Esdras. Originalmente, na Biblia hebraica que se chama “Talmude” (uma compila??o do código religioso judeu), Esdras e Neemias eram um só documento. Também nos manuscritos originais da Septuaginta (o Antigo Testamento traduzido para o grego) os dois livros eram um. Origenes de Alexandria (185-232 AD) foi quem separou os dois livros. Um redator pode ter compilado os dois livros originalmente. Mas cada autor escreveu seu próprio livro como os temos na Biblia agora. Isto é, Neemias é o autor do livro que leva seu nome. Podemos estar seguros disso, porque o livro usa o pronome na primeira pessoa.O contexto histórico de Neemias é dado por Deus mesmo em outros livros bíblicos. Esdras e Ester relatam eventos da mesma época que Neemias. Ageu e Zacarias s?o mencionados em Esdras e Neemias, porque profetizaram há uns 75 anos (cerca de 522 AC), quando alguns Israelitas voltaram à Jerusalém para reconstruir o templo. Malaquías profetizou e escreveu seu livro durante a época de Esdras e Neemias. O Livro de Lamenta??es também se relaciona com Neemias, porque ali se encontra a situa??o e a dor do povo que estava no exílio. O livro de Daniel também se relaciona, porque nos primeiros seis capítulos, se encontra a breve história da transi??o do império Babilonico ao império Persa.Temos visto que Esdras e Neemias s?o estreitamente relacionados. O livro de Ester também nos ajuda a entender o contexto de Neemias. As descri??es destes três livros em dicionários bíblicos nos ajudam a entender a rela??o entre eles:Esdras:... Conta a história do retorno da Babil?nia, a reconstru??o do templo, e as reformas religiosas de Esdras, que era descendente de Eleazar, principal personagem do Livro de Esdras e colaborador de Neemias.Neemias:... Conta a história de Neemias que regressa a Jerusalém, com a coopera??o do rei da Pérsia, e governa a partir do ano 444. Reconstrói a muralha de Jerusalém, apesar de uma grande oposi??o da parte de alguns judeus, e cooperou com Esdras em muitas reformas.Ester:... Conta a história de Ester, que foi adotada e criada pelo piedoso judeu Mardoqueu, que se negava a adorar a Amam, o primeiro ministro do rei da Persia. Amam decidiu matar Mardoqueu. Mas pela intercess?o de Ester ao Rei, tudo saiu ao contrário para Amam: O povo judeu matou seus inimigos, e o mesmo malvado Amam foi pendurado na forca que havia preparado para pendurar Mardoqueu... e os judeus celebraram esta salva??o com a grande Festa de Purim.S.G. De Graaf nota a sequência de Ester em rela??o com Esdras e Neemias, Os acontecimentos que s?o narrados no livro de Ester, provavelmente ocorreram depois que muitos dos exiliados haviam regressado a sua própra terra. Esse regresso foi descrito no livro de Esdras. De modo que a história de Ester e Mardoqueu provavelmente deve ser colocada entre o livro de Esdras e os acontecimentos registrados no livro de Neemias.Levando isso em conta, ent?o, se poderia organizar históricamente a ordem dos três livros da seguinte maneira:1) Jerusalém é restabelecida (Esdras 1-6 – 539-515 AC)2) Ester Reina (Ester 1-10; cerca de 483 AC)3) Esdras, o Reformador (Esdras 7-10; 457 AC)4) Neemias, o Governador (Neemias 1-13; cerca de 444 AC)Nota: Para ver uma cronologia mais ampla do tempo do exílio (Judá, Babil?nia, Medo-Persa, Egito) ver Apêndice n?. 3: (Cronologia do Exílio).Neemias é uma figura histórica. Menciona-se o nome de seu pai (Hacalias) duas vezes (1:1 e 10:1). Também se menciona seu irm?o (Hanani) em duas ocasi?es no livro (1:2 e 7:2). O nome ‘Neemias’ significa ‘consolado por Jeová’. O povo de Deus naquele tempo necessitava do consolo de Deus. Eles haviam se esquecido de Deus durante os anos depois do reinado do rei Davi. Deus mandou um castigo de juízo a seu povo. Os Assírios já haviam levado os Israelitas (as dez tribos do reino do norte) em 722 AC. Depois, em 586 AC, Nabucodonosor, rei da Babil?nia, levou os de Judá (as duas tribos do reino do sul). Isso foi profetizado pelo Senhor mesmo. Quando Salom?o acabava de terminar a constru??o do templo, o Senhor lhe advertiu que, se o povo n?o lhe obedecesse, o templo seria destruído. Em 1 Reis 9:6-9 lemos as palavras de Deus a Salom?o:Porém, se vós e vossos filhos, de qualquer maneira, vos apartardes de mim e n?o guardardes os meus mandamentos e os meus estatutos, que vos prescrevi, mas fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes, ent?o, eliminarei Israel da terra que lhe dei, e a esta casa, que santifiquei em meu nome, lan?arei longe da minha presen?a; e Israel será provérbio e motejo entre todos os povos. E desta casa, agora t?o exaltada, todo aquele que por ela passar pasmará, e assobiará, e dirá: Porque procedeu assim o Senhor para com esta terra e com esta casa? Responder-se-lhe-á: Porque deixaram o Senhor, seu Deus, que tirou da terra do Egito os seus pais, e se apegaram a outros deuses, e os adoraram, e os serviram. Por isso, trouxe o Senhor sobre eles todo este mal.A descri??o bíblica da destrui??o do templo nos é dado em 2 Cr?nicas 36:18,19: Todos os utensílios da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros da casa do rei e dos seus príncipes, tudo levou ele para a Babil?nia. Queimaram a casa de Deus, e derribaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram, destruindo também todos os seus objetos preciosos.Jerusalém foi destruida. O povo foi levado ao cativeiro em quatro diferentes deporta??es. Já haviam passado uns 140 anos desde que foram levados. Havia muita tristeza no povo. O salmo 137 é um salmo de luto que foi escrito durante esta época triste do povo de Deus. Em Salmo 137:1-4 lemos:?s margens dos rios da Babil?nia, nós nos sentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Si?o. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam can??es, e os nossos opressores, que fossêmos alegres, dizendo: Entoai-nos algum c?ntico de Si?o. Como, porém, haveríamos de entoar um canto do Senhor em terra estranha?? no contexto dessa tristeza que Deus provê a continua??o do cumprimento de sua promessa. Ele havia prometido que por meio deste povo viria Jesus Cristo, o Salvador. Em cumprimento à sua promessa, e em uma mostra de sua fidelidade, Ele mandou Neemias precisamente neste contexto. Já haviam sido dois projetos anteriores da reconstru??o de Jerusalém. Em Esdras 1-6 se lê do projeto da reconstru??o do templo. Em Esdras 7-10 lemos a segunda fase do retorno do povo a Jerusalém. O templo estava reconstruido, mas n?o teria prote??o, porque as muralhas de Jerusalém estavam em ruína. O livro de Neemias narra o terceiro envio dos que vieram da Babil?nia a Jerusalém encabe?ados pelo governador Neemias, 13 anos após a chegada Esdras, no ano 444 AC. Neemias se encarregou da reconstru??o da muralha de Jerusalém (uns três ou quatro quil?metros de largura) para dar prote??o ao templo e ao povo que vivia ali.Pela providência de Deus, alguns judeus teriam postos importantes no cativeiro. Entre eles destaca-se Ester (que chegou a ser rainha Persa) e Neemias (copeiro do rei da Pérsia e governador da zona de Judá). Estes postos foram amostras da gra?a de Deus sobre seu povo. Por meio desses postos, Deus moveu os reis para que dessem permiss?o para reconstruir o templo (Esdras) e a muralha em Jerusalém (Neemias).Como podemos ver, tudo o que se passava com o povo de Deus transcorreu sob a própria dire??o soberana do próprio Deus. Como a destrui??o do templo e de Jerusalém foi profetizada, assim também a repatria??o dos Israelitas e a reconstru??o foram profetizadas. Isaías profetizava fazia uns 200 anos (740 – 701 AC) durante o tempo do reino de Ezequias. Falando com este rei, Isaías profetizou o cativeiro em Isaías 39:5-7, Ent?o, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor dos exercitos: Eis que vir?o dias em que tudo que houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até o dia de hoje, será levado para a Babil?nia; n?o ficará coisa alguma, disse o Senhor. Dos teus próprios filhos, que tu gerares, tomar?o, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babil?nia.Logo, em Isaías 44:24-28 Isaías profetizou o regresso e a reconstru??o de Jerusalém do que trata os livros de Esdras e Neemias. Nesta profecia, ele menciona até o nome específico de Ciro, o rei da Pérsia que reinou cem anos antes do tempo de Neemias, Assim diz o Senhor, que te redime... confirmo a palavra do meu servo e cumpro o conselho dos meus mensageiros; que digo de Jerusalém; Ela será habitada; e das cidades de Judá: Elas ser?o edificadas; e quanto as suas ruínas, eu as levantarei; que digo de Ciro: Ele é o meu pastor e cumprirá tudo que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado.Tema Principal e Temas Secundários de NeemiasO presente curso n?o é um curso principal de lideran?a. Para um estudo mais profundo de lideran?a crist?, recomendo revisar o curso e o livro do irm?o Roger Smalling, Lideran?a Crist? – Principios e Prática. Mas o livro de Neemias tem em si muitos ensinos sobre alguns principios de lideran?a bíblica. E isso é o que vamos desenvolver em nosso estudo de Neemias. Para chegar ao tema principal de Neemias e para identificar os principios de lideran?a que se encontram nele, teríamos que levar em conta o contexto histórico que vimos acima.O tema principal de Neemias é resumido da melhor maneira por S. G. De Graaf da seguinte forma: “A cidade de Deus é temporáriamente restaurada como uma profecia anunciando o reino de Deus”. Uma leitura de Neemias confirmará este tema. Muitos comentários apresentam Neemias como o protagonista do livro, porque ele foi quem dirigiu a reconstru??o da muralha de Jerusalém e as reformas entre o povo. Mas na realidade, se entendermos o tema de Neemias, veremos que o protagonista n?o é Neemias, nem o povo de Deus, mas Deus mesmo que está atuando por meio de Neemias e do povo para realizar uma etapa a mais da história de reden??o que Ele está dirigindo por toda a história na Biblia.Quando alguem lê os comentários, notará vários modelos de resumo para o livro Neemias. Neemias n?o nos dá seu próprio resumo. O resumo de qualquer livro bíblico deve ser fiel a seu tema e ao conteúdo geral do livro. Neemias trata da reconstru??o da muralha de Jerusalém na primeira parte (capítulos 1 ao 7:3) e da ‘reconstru??o’ do povo de Deus na segunda parte (capítulos 7:4 ao capítulo 13). Tomando isso em conta e considerando o tema escolhido, sugiro como conceito chave ‘A Restaura?ào’ (reconstru??o). Considerando isso e tendo lido o livro de Neemias e ainda revisado as leituras que se encontram na bibliografia do curso, eu sugiro o seguinte como um possível esbo?o do livro de Neemias:1. A Restaura??o de Jerusalém – Capítulos 1:1-7:3.1:1-2:8 – A Base da Restaura??o2:9-4:23 – Desafios Externos5:1-7:3 – Desafios Internos2. A Restaura??o Interna do Povo – Capítulos 7:4-10:397:4-8:12 – A Palavra de Deus8:13-9:37 – Confiss?o do Pecado9:38-10:39 – Um Compromisso Renovado3. A Restaura??o Externa do Povo – Capítulos 11:1-13:3111:1-12:47 – A??o de Gra?a em Culto13:1-13:31 – A??o de Gra?a em Servi?oAdemais, além do tema principal, se encontram também alguns temas secundários no livro de Neemias. Os temas secundários enfatizam a lideran?a bíblica exemplar de Neemias. Os conceitos de lideran?a que se encontram em Neemias n?o correspondem a uma lista completa de conceitos de lideran?a bíblica. Há muitos ‘ladrilhos’ que s?o necessarios para ‘construir’ (desenvolver) a lideran?a bíblica. O que proponho é uma lista de alguns conceitos de lideran?a bíblica que concorda com o esbo?o de Neemías adotado para o curso. A lista concorda com as sess?s do curso que se estudará:Sess?o 1 – O ladrilho da Fé (Neemias 1:1 - 2:8).Sess?o 2 – O ladrilho da Ora??o (Neemias 2:9 – 4:23).Sess?o 3 – O ladrilho da Disciplina (Neemias 5:1 – 7:3).Sess?o 4 – O ladrilho do Ensino Bíblico (Neemias 7:4 – 8:12).Sess?o 5 – O ladrilho da Reconcilia??o (Neemias 8:13 - 9:37).Sess?o 6 – O ladrilho do Caráter do Líder (Neemias 9:38 – 10:39).Sess?o 7 – O ladrilho da A??o de Gra?as (Neemias 11:1 – 12:47).Sess?o 8 – O ladrilho do Testemunho Crist?o (Neemias 13:1-30).LEITURA E COMENT?RIO DE NEEMIAS 1:1 – 2:8Tudo o que lemos em Neemias 1:1 – 2:8 é uma confirma??o do nosso título da sess?o: O ladrilho da Fé. Como temos visto a passagem sob estudo para esta sess?o leva como tema, ‘O ladrilho da Fé’. Considerando o tema da passagem, vemos que a base para a reconstru??o da muralha é o ladrilho da fé como o ingrediente principal da lideran?a bíblica. A passagem se podería dividir em três partes:A base da Restaura??o – (1:1-2:8)a) 1:1-4 – A Destreza dos Judeus no Exíliob) 1:5-11 – A Ora??o de Neemiasc) 2:1-8 – Neemias Apresenta Sua Peti??oMuito do que se vê na passagem está apresentada na parte que já notamos acima sobre o contexto e o tema de Neemias. Mas vamos considerar alguns comentários, além disso, e em particular como se relaciona ao tema desta sess?o, “O ladrilho da Fé”. Vamos ver como Neemias mostra este ladrilho da lideran?a bíblica.a) A Destreza dos Judeus no Exílio - 1:1-4Neemias estava em uma posi??o muito alta no reino Persa. Ele poderia ter-se esquecido da situa??o de seu povo em Jerusalém e do próprio estado da cidade. Para que se preocupar com Jerusalém e o povo de Deus ali? Precisamente por causa da fé que tinha em Deus Neemias se preocupou por eles. Essa fé lhe serviu como a base da sua capacidade de lideran?a. N?o é por casualidade que ele ouviu acerca da situa??o em Jerusalém. Ele mesmo tomou uma iniciativa para saber algo da situa??o. Por isso pediu a Hanani, seu irm?o, (v.2) um informe.No versículo 3 lemos o informe da situa??o. Essa fé se demonstrou ainda mais quando vemos a rea??o de Neemias ante o informe t?o triste que recebeu. O povo estava em más condi??es, o muro estava destruído, e as portas queimadas. Ao ouvir isso, Neemias se desanimou completamente. Ele esperava que depois da reconstru??o do templo com Esdras, os eventos em Jerusalém promoveriam a causa e a glória de Deus. Mas n?o foi assim. O templo estava reconstruído (Esdras 1-6) e o governo estabelecido (Neemias como governador da Persia). Uma reforma se havia iniciado (Esdras 7-10), mas a muralha estava em mal estado, pois o povo caiu em pobreza e escravid?o, e seguiu vulnerável ao ataque do inimigo. Vemos a fé de Neemias em sua resposta ao informe no versículo 4. Ele chorou e ficou de luto, jejuando e orando. O jejum era um símbolo importante praticado pelos líderes naquele tempo. Esdras jejuava (Esdras 10:6). Daniel também jejuava (Daniel 9:3; 10:3). O jejum e a ora??o sempre mostravam a fé dos que o praticavam. Poderia ser por luto (1 Samuel 31:13) ou para pedir algo de Deus (Esdras 8:21; 2 Crónicas 20:3). Mas em ambos os casos era uma amostra da fé em Deus. Neemias também mostrou sua fé em Deus por meio de como se refere a Deus no versículo 4. Lhe dá por nome, “Deus dos céus”. Isso identifica a Deus como a suprema autoridade e poder (ver Neemias 1:4, 5; 2:4, 20). Outros grandes servos de Deus também se referiam a Ele da mesma maneira (Esdras 5:12; 6:9; 7:12, 21, 23; Daniel. 2:18, 19, 37, 34; Jonas 1:9).b) A Ora??o de Neemias - 1:5-11? na ora??o de Neemias que notamos a profundidade de sua fé. Sua ora??o é uma das mais emocionantes nas Escrituras (outros exemplos se encontram em Salmo 51; Daniel 9:4-19; Esdras 9:6-15). Note no versículo 5 a postura espiritual de Neemias: a humildade, a reverência, e como dá glória a Deus. A ora??o mostra fé na transcendência e na imanência de Deus. Depois de uns 70 anos de cativeiro na Babil?nia, parecia que Deus se havia esquecido do seu povo. Mas pela fé, Neemias roga que Deus lembre de seu pacto com eles. Isso se vê também no versículo 6 com a referência aos Israelitas como os servos de Deus.A palavra que Neemias usa para “misericórdia” (hebraico: “hesed”) se refere especificamente na literatura bíblica, à fidelidade de Deus em seu pacto. Esta palavra também é mencionada em Esdras 7:28 e 9:9, no contexto do rei Artaxerxes. A atitude favorável do rei se deve somente à fidelidade, à lealdade, e à misericórdia de Deus. No versículo 8, lemos que Neemias está pedindo a Deus que se lembre do que havia prometido. Mas isso n?o indica que Deus esque?a de suas promessas, sen?o que Deus ponha em a??o sua promessa e sua Palavra. Neemias tinha fé no amor de Deus. No versículo 9, ele pede misericórdia baseada precisamente neste amor. Note neste versículo o uso do conceito da reden??o do povo. Refere-se a uma reden??o espiritual, por suposto. Mas se refere também a libera??o física, porque Deus trouxe o povo de volta à sua terra, ainda que já n?o independente como antes, mas submisso ao rei daquela ocasi?o. Deus havia dito que se o povo desobedecesse a sua parte do pacto, perderia as ben??os e receberiam as maldi??es (Deuteron?mio 28:20; 29: 24, 25; 31:16, 17). Mas Neemias reclama por fé na promessa de Deus que Ele jamais se esqueceria do seu povo, por meio do qual Cristo viria (Levítico 26: 44, 45; Salmo 89:30-37; Isaías 54:7; Romanos 11). No versículo 10, Neemias mostra sua confian?a em Deus, pedindo uma segunda liberta??o do poder do inimigo, como a primeira emancipa?ào dos egípcios (?xodo 12-15). Ele pede a misericórdia de Deus baseada em duas coisas: em sua rela??o com eles (por meio do pacto feito com eles) e também no que Ele havia feito para eles no passado. Isso nos faz pensar no que diz em 2 Cr?nicas 7:14,“Se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos; ent?o eu ouvirei dos céus perdoarei os teus pecados e sararei a sua terra.”A fé de Neemias se nota especialmente em sua referência no versículo 11 de “temer o teu nome”. A reverência a Deus requer pelo menos quatro coisas: Conhecê-lo (Provérbios 9:10), confiar nEle (Salmo 34:11, 22), obedecê-Lo (Provérbios 8:13), e adorá-Lo (Salmo 95:6). Neemias mostrou cada um dessas coisas em sua fé. Essa reverência se nota ainda mais quando Neemias pede que Deus esteja atento. Em todo o livro, Neemias pedirá “lembra-Te de mim”, como neste versículo o pede também, ainda que em outras palavras. Isso n?o é uma referência a “auto reverência” como se ele pedisse uma recompensa pessoal pelo que ele mesmo havia feito. ? antes uma peti??o que tem o sentido de que n?o pensa em si mesmo, sen?o no bem estar do povo de Deus. S. G. DeGraaf nota o seguinte, “Em tudo isto, Neemias está falando com o cora??o de mediador. Nele mora o Espírito de Cristo, o único em quem estava a justi?a perfeita. Cristo é aquele que se deu a si mesmo pelo povo” .Neemias mostrou sua fé na soberania de Deus em toda sua ora??o. Fa?o referência especialmente a sua men??o no versículo 11 de que Deus lhe dê êxito ante o rei Ataxerxes. Ele sabia que ainda os reis s?o seres humanos, e fantoches de Deus (Salmo 9:20). Hudson Taylor, fundador de ‘China Island Mission’ (atualmente ‘Overseas Mission Fellowship’) insistia, “? possível mover pessoas por meio de Deus, t?o somente com a ora??o”. Em Neemias 2, veremos que Deus responde a esta ora??o de fé.A soberania de Deus se mostra no posto que Neemias teria na Persia. Ele era copeiro. Isso era um posto de suma confian?a e honra ante o rei. Foi neste ofício como copeiro que ele pode fazer a peti??o que Deus p?s em seu cora??o. James Montgomery Boice escreve: Como oficial do rei nas comidas, o copeiro teria uma oportunidade única de solicitar ao rei. O rei lhe devia sua vida posto que o copeiro provava todas as bebidas do rei para detectar possível veneno, e assim poria sua própria vida em risco. Mas o copeiro também se converteu em um confidente de assuntos pessoais. Em sua soberania, Deus utilizou esta rela??o entre um gentio e um judeu para libertar seu povo, como Ele fez com José, Daniel, Ester, e Mardoqueu. c) Neemias Apresenta Sua Peti??o - 2:1-8Nos primeiros versículos do capítulo 2, Deus responde a fé de Neemias. Lemos que os fatos relatados nestes versículos sucederam no mês de Nisan. Por que é t?o importante este detalhe? ? porque apresenta outra mostra da fé de Neemias. Neemias confiou que Deus fosse responder sua ora??o. Em Neemias 1:1 lemos que foi no mês de Quisleu que Neemias recebeu o informe de seu irm?o. Passaram uns três ou quatro meses entre Quisleu (novembro/dezembro) e Nisan (mar?o/abril). Isso quer dizer que Neemias esteve em ora??o por três ou quatro meses antes que Deus lhe respondesse.Lemos que Neemias se apresentou ante o rei com uma postura de tristeza. Mas os oficiais do rei sempre deviam ter uma fisionomia de gozo na presen?a do rei. Uma cara de tristeza poderia ser castigada com morte se o rei dispusesse a isso. Por isso, no versículo 2 Neemias escreve “...temí sobremaneira.” Os comentários n?o concordam quanto a tristeza de Neemias. Uns dizem que Neemias fez a cara de tristeza com a inten??o específicamente de atrair a aten??o do rei a sua disposi??o interna. Outros dizem que foi involuntário e inconsciente. Mas se sabemos que o rei notou sua tristeza e lhe perguntou o porque dela, veio a Neemias como uma resposta de sua ora??o.? importante notar que quando Neemias pediu em ora??o a ben??o de Deus, ele n?o se sentou esperando que Deus respondesse à sua maneira. Sua lideran?a de fé sempre era a de contribuir pessoalmente e trabalhar para o que havia pedido em ora??o. Veremos mais disso na segunda sess?o. Nesta passagem notamos que ele apresenta a peti??o apesar de um temor que sentia. A causa de seu temor era uma (ou todas) de três coisas: o fato de que mostrou tristeza na presen?a do rei; sua explica??o da tristeza; ou a peti??o em si. Qualquer das três podia resultar na ira do rei, possivelmente terminando em castigo de morte.Neemias faz a peti??o com três atitudes. Em primeiro lugar ele come?a mostrando respeito ao rei quando diz “Para sempre viva o rei” (ver também v.5). Costumava-se saudar o rei dessa maneira, pois isso sempre era uma demonstra??o de respeito. Em segundo lugar sua peti??o segue com humildade, contando ao rei que apesar de que ele mesmo estava bem c?modo, ele estava preocupado com seu conterr?neos. Em terceiro lugar ele também mostra uma atitude de valor, n?o em si mesmo, mas em Deus, porque confiou que Deus estava com ele. No versículo 4, o rei lhe pergunta o que quer, e uma vez mais lemos que Neemias ora a Deus. Esta vez a ora??o é em silêncio, e muito breve, mas ao ponto. No versículo 6 que lemos da resposta a ora??o de fé de Neemias. Pela grande soberania de Deus, e como resultado da fé de Neemias, o rei respondeu favoravelmente.No versículo 7, lemos que Neemias mostra um valor tremendo. Ao fazer a peti??o, ele pede algumas cartas do rei Artaxerxes. Ele viaja de Sus? (a residência do rei da Persia) a Jerusalém numa jornada que duraria 3 meses. Sus? (capital da Pérsia) estava no ponto norte do que é atualmente o Golfo Pérsico. No caminho haveria que passar por várias regi?es que representavam possível perigo e inimizade. Algumas das cartas lhes garantiriam a Neemias e aos que viajaram com ele uma viagem com prote??o e seguran?a, com permiss?o de passar pelas várias regi?es. As cartas também deram a Neemias certa autoridade delegada do rei. Algumas das cartas também lhe asseguraram materiais para a reconstru??o da muralha. Muitos dos materiais eram preciosos e havia escassez de alguns deles. A reconstru??o que Neemias dirigirá incluia três coisas: um palácio para defesa, a muralha e uma casa para ele mesmo, a fim de administrar o projeto de reconstru??o (ver o versículo 8). Ao final, Artaxerxes recebeu um governador leal, uma cidade fortificada, e um novo companheiro e aliado. Por sua vez, Neemias recebeu a permiss?o de constru??o, uma requisi??o de materiais de constru??o e apoio diplomático.Terminamos estes comentários com uma referência muito importante no versículo 8, “a boa m?o do meu Deus era comigo”. Este refr?o é comum nos livros de Esdras e Neemias (Esdras 7:9, 8:18, 22; Nehemías 2:8, 18). O refr?o se refere a gra?a e misericórdia de Deus, o protagonista dos versículos estudados nesta sess?o e, de fato, o protagonista de todo o livro de Neemias. Este refr?o é uma lebran?a de que Deus está cumprindo sua vontade, e o faz por meio de seus servos.FOLHA DE ESTUDO B?BLICO PARA NEEMIAS 1:1-4Para fazer um estudo de uma passagem em cada sess?o, se usará um modelo adequado de estudo que nos facilita entender profundamente a passagem sob considera??o. Para mais informa??o sobre como usar o modelo de estudo, ver o Apêndice 5: Métodos de Estudo Bíblico. Uma folha em branco da “Folha de Estudo Bíblico” encontra-se ao final do Apêndice 2. Pode-se usar esta folha como guia em seu estudo. Aqui, apresentamos um exemplo de como usar o modelo, usando os primeiros quatro versículos do livro de Neemias.Folha de estudo bíblico para Neemias 1:1-4Texto: Neemias 1: 1-4 Título: Os Judeus no ExílioM?TODO INDUTIVO(Textos de referência)v. 1 Zacarias 7:1 – mês de Quisleu identificado como o nono mês dos Persas (setembro/outubro)Esdras 4:9; Ester 2:8 – Sus? é a residência dos reis Persas e é onde viviam alguns judeus.Neemias 10:1 – confirma??o de Neemias como governador dos judeus em Jerusalém.Ester 1:1, 2, 5 – Sus? como local central para os reis da Persia.v. 2 Neemias 7:2 – segunda referência (também em 1:2) a Hanani, irm?o de Neemias.2 Reis 21:14 – profecia do cativeiro e exílio do povo de Israel.Neemias 7:6 – referência aos exilados desde o reino dos Babil?niosJeremias 52:28-30 – 4600 levados em cativeiro por Nabucodonosorv. 3Neemias 7:6 – referência aos exiladosNeemias 2:3, 13,17 – o mal estado da muralha de Jerusalém.2 Reis 25:10 – a muralha de Jerusalém destruída pelos Babil?niosLevítico 26:31 – profecia da destrui??o de Jerusalém, caso o povo desobedecesse.Isaías 22:9 – profecia da destrui??o da muralha de JerusalémJeremias 39:8 – todo o capítiulo conta a destrui??o de Jerusalém pelos Babil?nios.Jeremías 52:12-16 – evento da destrui??o de Jerusalém e o exílio de alguns judeus.Lamenta??es 2:9 – express?o de luto sobre o mal estado de Jerusalémv. 4Salmo 137:1 – express?o (em c?ntico) de luto sobre a destreza dos judeus no exílio.2 Cr?nicas 20:3 – exemplo de um jejum para buscar a presen?a de Deus.Esdras 9:4 – o luto do povo de Deus ao receber notícia do exílio de alguns deles.Daniel 9:3 – exemplo de como Daniel busca a face de Deus em humildade.(Explica??es de dados importantes)Palavras importantes: Neemias, remanescente, grande mal, afronta, muro, porta, duelo, jejum, ora??o.Anota??es gramaticais: tudo em tempo passado, escrito na primeira pessoa singular e para??o de tradu??es: v. 1 – NVI e BLA n?o identificam Sus? como capital da Persia, RV60 e RV95 a identificam assim.v. 2 – RV60, RV95, BLA usam a palavra ‘catividade’. NVI usa a palavra ‘desterro’.v. 3 – RV60, RV95 usa a palavra ‘muro’. NVI e BLA usam a palavra ‘muralha’.v. 4 – n?o se notam muita diferen?a entre as tradu??es.Gênero literário: NarrativoAutor e ouvintes originais: O autor se identifica (v.1) como Neemias.Contexto cultural: sendo no exílio, o povo se havia adaptado a cultura dos Persas.Contexto histórico: conta a história do povo de Israel (440 AC) uns 140 anos depois do cativeiro.Contexto bíblico: Deus está em processo de recuperar Jerusalém e seu povo em prepara??o da chegada de Jesus Cristo.Título e Tema da passagem: Título: Os Judeus no Exílio; Tema: A destreza dos judeus.M?TODO EXPOSITIVO(observa??es sobre cada versículo)v. 1 – Neemias significa ‘consolado por Jeová’; vigésimo ano do reino de Artaxerxes (2:1), 446 AC.Mês de Quisleu é novembro/dezembro; isto se passa 4 meses antes de Neemias se apresentar diante do rei (2:1) porque o mês de Nisan é mar?o/abril.Sus? é a cidade da residência principal do rei da Pérsia; é também o lugar onde os acontecimentos do livro de Esdras come?am (Esdras 1:3).Há doze anos entre os acontecimentos de Esdras e os de Neemias.v. 2 Hanani havia chegado de Jerusalém a Sus? com outros.v. 3 Para ‘portas queimadas’ ver Ester 4:7-23, mas mais provavelmente se refere a destrui??o em 586 AC.v. 4 Jejum e ora??o poderia ser por luto (1 Sm. 31:13) ou para pedir algo de Deus (Esdras 8:21; 2 Cr?nicas 20:3).“O Deus dos céus” – identifica Deus como a suprema autoridade e poder (ver Neemias 1:4,5; 2:4,20).M?TODO LITER?RIO(formule uma estrutura temática da passagem)A Destreza dos Judeus no Exílio1. Neemias introduzido (v.1)2. Neemias pede informa??es acerca dos judeus no exílio (v.2)3. Um informe muito triste (v.3)4. Atitude de Neemias ante o informe (v.4)M?TODO ANAL?TICOTese(a verdade)Antítese(a mentira)Sintese SincretismoA destreza do povo é tristeA destreza do povo n?o importaResposta de compaix?oResposta de apatiaM?TODO DEVOCIONALOra??o e A??o Louvor: Deus sempre cuida do seu povo em seu grande amor, apesar de sermos infiéis com Ele.Confiss?o de pecado: Eu me identifico com o povo pecador todos os dias.Peti??es especiais: Ajuda-me a ser fiel apesar de muitas tenta??es em minha vida.A??o de gra?as: Dou gra?as a Deus por sua fidelidade apesar da minha infidelidade.M?TODO DO C?RCULO HERMEN?UTICO1. O que o texto diz sobre Deus? Deus é justo e misericordioso.2. O que diz o texto acerca da revela??o de Deus?A Palavra sempre cumpre com o que diz.3. Que rela??o tem o texto com o resto da Bíblia?Mostra a gra?a de Deus para com seu povo como vemos na história da salva??o através de toda a Bíblia. 4. Como o Evangelho é comunicado (Cristo)? Deus move a história para que chegue a seu fim, a salva??o dos que respondem ao seu chamado.5. O que o texto diz sobre o cora??o de Deus, o cora??o humano, o cora??o do ouvinte?Somos pecadores e devemos buscar sua face sempre, ainda em tempos difíceis.6. Que rela??o tem o texto com o contexto do autor humano, o contexto dos ouvintes ou leitores originais e o contexto do ouvinte agora?Tal como Deus restaurou seu povo nos tempos de Neemias, ele nos restaura em nosso contexto hoje também.7. Como este texto traz glória a Deus?Nota-se desde os primeiros versículos de Neemias que Deus é e seguirá como protagonista da mensagem do livro.M?TODO DE TEMA E ENSINOSTema: A destreza dos judeus no ExílioAplica??es: 1. Deus é Deus de justi?a e nos castiga o pecado, mas também é Deus de misericórdia e nos busca em nossa dor. 2. Deus é um Deus que cumpre com sua promessa (neste caso a promessa de restaurar seu povo). 3. Deus é soberano e usa o bem e ainda o mal para seu próprio fim. Agora, revisando o Apêndice 2: Métodos de Estudo Bíblico e fazendo referência ao exemplo acima do uso do modelo, fa?a um estudo sobre Neemias 1.5-11, seguindo a Folha de Trabalho no final do Apêndice 2. Para a tarefa da presente li??o, você deve desenvolver somente o modelo de estudo indutivo.PERGUNTAS DE ESTUDO PARA A SES?O UM1. O que significa a palavra ‘hermenêutica’?2. O que significa a palavra ‘exegese’?3. Quem é o protagonista no livro de Neemias?4. Qual é o tema do livro de Neemias?5. Quais s?o os livros bíblicos relacionados historicamente ao livro de Neemias?6. Como se relaciona esta passagem ao reino de Deus? Como você poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira esta passagem apresenta Cristo? Como isso se relaciona ao ‘Ladrilho da Fé’ para a lideran?a bíblica?8. O que ensina a passagem sobre ‘A Grande Comiss?o’ da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a que ensina a leitura desta sess?o. Como o mostra?10. Qual versículo chave da passagem estudada você memorizará? Capítulo 2 - O LADRILHO DA ORA??O (Neemias 2:9-4:23)Comentário sobre a perspectiva histórica redentivaNa primeira sess?o do curso vimos algumas pautas para a hermenêutica bíblica. A hermenêutica, junto com sua aplica??o na exegese, nos ajuda a estudar uma passagem bíblica específica com muito detalhe. Alguns dos princípios da hermenêutica bíblica é o que vamos ver mais a fundo no presente comentário. ? o princípio que diz: “Histórico: a interpreta??o bíblica deve está de acordo com a história da reden??o e da história humana”.Este princípio nos ajuda a considerar as passagens sob considera??o n?o somente no contexto específico das palavras de algum versículo. Este princípio nos faz ver qualquer passagem bíblica no contexto da mensagem geral da Bíblia: a história da reden??o. O princípio descrito acima menciona também a história humana. Mas na realidade, alguém pode dizer que a história humana, é, de fato, a história da reden??o, porque a história humana é a história da rela??o entre Deus e o homem.Eu defino a história da reden??o assim: O transcurso unido de eventos na história em que Deus estabelece, cumpre e aplica a reden??o a seu povo escolhido. Aplicado esta defini??o à hermenêutica bíblica, temos que estudar qualquer passagem bíblica levando em conta as seguintes pautas:a) A mensagem da Bíblia é a revela??o progressiva;b) A mensagem da Bíblia só pode ser entendida a partir de uma perspectiva Cristológica;c) Todos que s?o remidos por Deus, seja no Novo Testamento, seja no Antigo Testamento, s?o redimidos pela fé em Cristo.d) O povo de Deus no Antigo Testamento estava debaixo do mesmo pacto corporal que nós, o povo de Deus no Novo Testamento.A revela??o progressiva é central ao conceito da história da redena??a. Vimos que a mensagem da Bíblia é a história da rela??o entre Deus e o homem. Esta história n?o é uma história que se desenrola espontaneamente e sem propósito. A história do mundo é dirigida por Deus desde a cria??o até mais além do fim do mundo. Sidney Greidanus comenta que devemos “entender a mensagem no contexto da história redentiva de Deus a partir da cria??o até a nova cria??o”. Deus dirige a história em quatro etapas:Cria??o – Queda – Reden??o – Nova Cria??oa) Cria??o – A cria??o de Deus de um mundo inteiramente perfeito, fazendo ordem do caos que existia (Gênesis 1 e 2);b) Queda – A rebeli?o do homem contra Deus em pecado, resultando num mundo que volta ao estado de caos (Gênesis 3);c) Reden??o – A atividade de Deus para redimir Israel (Antigo Testamento) e todas as na??es (Novo Testamento) para restaurar a cria??o caída ao reino de Deus perfeito e ordenado. Esta atividade come?a com a promessa redentora de Deus em Gênesis 3.15. (Gênesis 5 a Apocalipse 20).d) A Nova Cria??o – A vitória final de Deus sobre o mal e o estabelecimento de Seu Reino perfeito na terra (Apocalipse 21 e 22).Quando lemos e estudamos a Bíblia, devemos sempre nos fazer esta pergunta: Onde cabe esta passagem na história redentiva de Deus? Considerando isso, vemos que Neemias conta a história redentiva de Deus no momento em que Deus estava restaurando Seu povo caído para que fosse um povo que reflete a expectativa que Ele esperava de Seu povo. O templo representava a presen?a de Deus. A muralha de Jerusalém representava a prote??o deste símbolo da presen?a de Deus. A reconstru??o da muralha n?o tem simplesmente ensinos morais que o povo podia aprender e aplicar. A reconstru??o da muralha representava a obra de Deus em restaurar Seu nome santo que havia sido desonrado entre as na??es pelo pecado de Seu povo.A história da reden??o é focada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Pensando nisso, uma das chaves para a interpreta??o bíblica do Antigo Testamento é reconhecer que cada evento no Antigo Testamento desenvolve o progresso da história para a vinda de Cristo. Há reflex?es e tipos de Cristo por todo o Antigo Testamento. Pode-se dizer que Neemias é um tipo de Cristo e que a atividade que ele dirigiu refletiu a constru??o da igreja de Deus, da qual Cristo é a cabe?a. Vejamos alguns exemplos disso em Neemias:a) Neemias reconstruiu a muralha de Jerusalém para defender o povo e o templo ante muita oposi??o (Neemias 3-6). Da mesma maneira Cristo defende Seu povo e Seu reino ante os ataques de Satanás (1 Pedro 5.8-11).b) Neemias chorou e jejuou na prepara??o de seu chamado (Neemias 1) Isso é o que Cristo fez quando come?ou seu ministério, separando um tempo de 40 dias para ora??o e jejum (Mateus 4, Lucas 4).c) Neemias n?o trabalhou sozinho, mas ele contou com o povo de Deus (igreja) na reconstru??o (Neemias 1-7). Jesus Cristo usa sempre seus seguidores para cumprir sua miss?o de salva??o (1 Coríntios 12, Romanos 12).d) O povo de Deus confessou seus pecados ante Deus como parte da restaura??o interna do povo (Neemias 9.1-2). Jesus nos ensina isso em seu ministério também (Jo?o 21.23) ? por meio de Cristo que temos perd?o (1 Jo?o 1.9).e) Neemias dirige o povo a um novo pacto com Deus respondendo à leitura da Palavra de Deus (Neemias 8-10). Jesus Cristo se identifica com a Palavra de Deus (Jo?o 1.1, 14), o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo?o 14.6).Há mais exemplos em Neemias que poderia ser aplicado à perspectiva da história da reden??o. Para ter um entendimento claro da mensagem de Deus para nós, devemos aplicar toda a mensagem da Bíblia com esta perspectiva fundamental.Leitura e comentário de Neemias 2:9 – 4:23 Tudo o que lemos em Neemias 2:9-4:23 é uma confirma??o do nosso título da sess?o: O Ladrilho da Ora??o. Considerando o tema da passagem, vemos que depois de haver come?ado com a base para a reconstru??o da muralha (o ladrilho da fé), Neemias enfatiza a import?ncia da ora??o, um segundo ladrilho da lideran?a bíblica.A passagem poderia se dividir em seis partes:Desafios Externos (2:9-4:23)a) 2:9, 10 – Prepara??o e rea??o a reconstru??o.b) 2:11-18 – Inspe??o do trabalho.c) 2:19,20 – Primeiro desafio externo.d) 3:1-32 – Divis?o do trabalho.e) 4:1-10 – Segundo desafio externo.f) 4:11-23 – Neemias responde aos desafios.Pensando no que vimos acima quanto à perspectiva histórico-redentiva, Jer?nimo Dominguez escreve que Neemias “...apresenta a Jesus Cristo como “nosso restaurador”, como no livro de Esdras; e a igreja como o instrumento usado por Jesus para nossa restaura??o”. N?o encontramos uma única referência a Neemias no Novo Testamento. Tampouco há algum versículo de Neemias citado. Mas o conteúdo da mensagem de Neemias forma grande parte da mensagem do Novo Testamento.Nem todos os judeus voltaram a Jerusalém. Ciro, o rei da Pérsia, declarou seu decreto em 538 AC. Naquele tempo uns 50.000 judeus voltaram (Esdras 2:64,65). E estes quês voltaram tiveram o privilégio de ver a lideran?a de Neemias em a??o. Vemos por todo o livro que a “a??o” de Neemias sempre estava rodeada de ora??o. O livro menciona a ora??o especificamente pelo menos 11 vezes (1:4, 6,11; 2:4; 4:9, 5:10,11; 11:17) e há muita ora??o em Neemias n?o mencionada especificamente também. mais referência a ora??o. Veremos a ora??o nesta passagem, mas também em todo o livro.No capítulo 2, temos a resposta à ora??o do capítulo 1. ? uma mostra do que Neemias nos ensina quanto à import?ncia da ora??o na lideran?a bíblica. Ele nos ensina que a ora??o é uma profiss?o de fé. Cada vez que oramos, estamos confirmando nossa fé em Deus. Essa é a raz?o pela qual a ora??o é t?o importante na lideran?a bíblica. J.I. Packer diz que “O curso de a??o de Neemias parece haver sido o seguinte: ore, segue com a??o, termina em ora??o”. Ele continua mencionando algums exemplos de ora??es estratégicas em Neemias: a) A prepara??o antes de vir a Jerusalém (1:1-5).b) Peti??o antes de falar com Artaxerxes (2:4-6).c) Em meio da opress?o de Sambalate e Tobias (4:4,5).d) Ao receber notícia do ataque (4:9).e) Quando o inimigo tratou de assustá-los (6:9), etc.? por toda essa ora??o que ao terminar a reconstru??o da muralha, o inimigo afirmou que Deus havia exercido providência para o seu povo: “Sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, temeram todos os gentios nossos circunvizinhos e decaíram muito no seu próprio conceito; porque reconheceram que por interven??o de nosso Deus é que fizemos esta obra”. (Neemias 6.16).a) 2.9, 10 – Prepara??o e rea??o à Reconstru??oNo versículo 9 lemos que Neemias entregou as cartas de Artaxerxes aos governantes das regi?es pelas quais passou. Ele ia com a prote??o de oficiais do exército também. Lemos no versículo 10 que isso desagradou a alguns como Sambalate e Neemias. Ali temos a palavra ouvindo-o’. Esta palavra segue como um refr?o no livro de Neemias (2:19; 4:1,7,15; 6:1,16), refirindo-se ao inimigo que responde a situa??es de supera??o em Israel. O inimigo se p?e mais e mais frustrado, e responde por aumentar o conflito até que se resolve em 6:16.Jerusalem estava rodeada pelo inimigo. Neste está Tobias cujo nome significa “O Senhor é bom”. Ele nasceu em uma família cujos pais provavelmente reverenciavam Deus. Segundo lemos em outras narrativas históricas, é possível ele rendia culto a Deus às vezes. Ele estava localizado ao leste do rio Jord?o. No norte está Sambalate cujo nome significa “deus da lua”. Sua descendência era de governadores em Samaria, vindos da Babil?nia, por mais de 100 anos. O terceiro oponente, Gesém, vinha do sul (2:19). E para terminar o círculo de inimigos, no oeste estava Asdode (4:7). A oposi??o parecia política, mas sua raiz era religiosa. Estes quatro inimigos quiseram atacar Neemias na viagem e também a Jerusalém, mas o povo judeu tinha a prote??o do rei da Pérsia. N?o queriam fazer algo contra ele. ? importante notar que Deus usa até o inimigo (a prote??o de Artaxerxes) para fazer avan?ar seu plano de reden??o.b) 2:11-18 – Inspe??o do trabalho A Neemias cabia a responsabilidade de supervisionar o trabalho que deveria fazer. Ele teria que considerar três coisas na inspe??o: a condi??o da muralha, a história dos que intentaram no passado (sem êxito); a condi??o do povo (desanimados e desalentados). Neemias fez sua inspe??o como se fosse um agente secreto (vs. 12,16). Isso foi distinto da inspe??o para a reconstru??o do templo da parte de Esdras. Ele fez sua inspe??o de dia, em público, em plena vista de todos os presentes em Jerusalém (Esdras 8.32). Neemias come?ou e terminou sua inspe??o no mesmo lugar: a porta do Vale (vs. 13, 16) Lembre que a muralha estava em ruínas por mais ou menos 150 anos (desde 586 a.C.) Uma tentativa anterior de reconstrui-la foi interrompida (Esdras 4.7-23) A muralha estva em péssimo estado (1.3)No versos 17 e 18 lemos que Neemias prop?e o plano. Ele apresentou uma vis?o de um futuro seguro (v. 17) e da fidelidade de Deus no passado (v. 18). Isso motivou o povo a seguir adiante. Neemias mesmo se inclui com os demais. Identifica-se com eles. Note que os verbos no v. 17 est?o na primeira pessoa do plural: “o mal em que estamos,... edifiquemos o muro,... Deixemos de ser opróbrio...”. Neemias sabe que tudo isso é uma batalha. Mas em que consiste a batalha? Entre quem? A batalha parece ser entre os inimigos que rodearam por todo lado (literalmente!), e os Israelitas que estavam sobre a muralha que construiam. Mas, pensemos nisso a partir de uma perspectiva histórico-redentiva. A batalha n?o é isso. A batalha era entre Deus e Satanás. Os Israelitas eram os representantes de Deus. Os inimigos eram os representantes de Satanás. Nisso consiste o conflito neste capítulo. Nisso consiste o conflito desde o ?den até agora. Este conflito se resolve somente em Cristo que triunfou sobre Satanás na cruz. ? disso trata esta passagem. O nome Satanás significa ‘adversário’. Ele usou batalha psicológica, amea?a física e o des?nimo pessoal como ferramentas de sua batalha.No v. 18 vemos a segunda referência em Neemias sobre “a boa m?o de Deus” no plano de Deus. Em nosso comentário de Neemias 2.8 vimos que a referencia é a gra?a e a misericórida de Deus, um lembrete de que Deus cumpre a sua vonta de por meio de seus servos. Aqui também lemos que os líderes judeus prestaram seu apoio ao plano proposto. Tinha que ser um bom plano. E isso o fez Neemias, rodeado pelo inimigo, mas rodeado de um circulo ainda mais poderoso: a ora??o. Fazer o plano no contexto da ora??o, buscando a dire??o de Deus, era a Mara crítica da lideran?a de Neemias. John MarArthur comenta sobre a import?ncia de planejar com ora??o: “Preparando planos inteligentes e práticos para servir a Deus n?o está em conflito com confiar na providência de Deus, ou confian?a na providência de Deus n?o é desculpa para n?o preparar um plano” . c) 2. 19, 20 – Primeiro desafio externo.Até agora havia muito êxito e favor. A ora??o de Neemias foi respondida. Ele recebeu permiss?o do rei para voltar a Jerusalém com autoridade oficial, prote??o e recursos para a constru??o. O apoio do povo para levantar a obra de reconstru??o foi algo que merecia muita gratid?o.Mas apesar de tudo isso, vem os desafios. MacArthur escreve: “Quando o povo de Deus faz o trabalho de Deus, seguindo o plano de Deus, sempre terá oposi??o” . Os desafios se apresentaram em forma de conflitos. Sambalá, Tobias e Gesém, tentaram intimidar o povo por meio da zombaria. Mas, Neemias n?ao foi intimidado pelo inimigo. Ele professou sua fé que Deus responderia sua ora??o. Ele se refere a Deus como “o Deus dos céus” (v. 20). Vimos que esse refr?o aqui e o veremos várias mais no livro de Neemias. Em 1.11, Neemias havia pedido êxito e aqui ele expressa confian?a de que prosperará.d) 3:1-32 – Divis?o do trabalho.O êxito que Neemias estava seguro que viria pelo plano de trabalho que ele porp?s. Neste capítulo há referências a muitos sítios na muralha de Jerusalém. Me convida a olhar um mapa da muralha e as referências no apêndice 4: Jerusalém no tempo de Neemias. Lembre do primeiro capítulo que a muralha de Jerusalém era de uns três ou quatro quil?metros de largura.? importante considerar aqui que n?o só os líderes, sen?o todo o povo é importante para cumprir o propósito de reden??o de Deus – clero, leigos, supervisores e pe?es, todas as familias, até algumas filhas (v.12) ajudaram. Disso também fala o apóstolo Paulo no Novo Testamento em Efésios 4.16. No capítulo 3 parece ser somente uma lista dos trabalhadores. Alguns comentários mencionam muito pouco sobre este capítulo, e outros dedicam grandes por??es de seu comentário a Neemias 3. Mas veremos que há muito que ver neste capítulo. Em primeiro lugar a organiza??o do povo é tremenda. O trabalho foi dividido entre uns quarenta trabalhos específicos divididos estrategicamente entre as pessoas. Em segundo lugar, a dedica??o e entusiasmo foi exemplar. Tudo foi feito t?o rápido que o inimigo nem teve tempo de organizar-se. Quando come?aram a se dar conta dos planos de Neemias, o trabalho já estava terminado. E todo o muro reconstruído em 52 dias! (Neemias 6.15).A narrativa da inspe??o dos lugares passa pelas sete portas ao redor da cidade onde estava reconstruída a muralha, come?ando (v. 1) e terminando pela Porta das ovelhas (v. 32). Apesar da unanimidade geral, sempre havia uns grande (ou ricos) que n?o cooperaram (v. 5) por pregui?a e possivelmente porque Tobias lhes havia pago para que n?o cooperassem. Mas apesar disso, e ainda que a muralha estivesse em completa ruína, o povo podia ver mais além dos problemas e do estado da muralha. Eles sempre se referiam a Jerusalém com sumo respeito como a “Cidade de Davi” (v. 15) o que de fato, era.e) 4:1-10 – Segundo desafio externo.Em 4. 1-3 lemos que a oposi??o aumenta. Segue a farsa (ver 2.19). O inimigo n?o podia atacar físicamente, mas atacaram verbal, emocional e psicologicamente. Note nos versículos que havia cinco perguntas de zombaria. Cada uma identificou uma debilidade dos Israelitas, que era verdadeira. Qu?o astuto é o inimigo em identificar as debilidades do povo e aproveitar isso para desanimar o povo.Nos versículos 4 e 5 vemos que Neemias mais uma vez enfrenta a situa??o em ora??o. A ora??o é uma mostra de humildade e dependência. Na ora??o Neemias pede bên??o para os israelitas, mas também pede uma maldi??o para o inimigo. Isso é um exemplo de um tipo de ora??o que se chama “ora??o imprecatória” em referência à uma ora??o pedido maldi??o específica para o inimigo. No verso 9, há uma outra referência à ora??o. Mas nesse cado, n?o é somente uma ora??o, mas um compromisso de vigiar também. Aqui se vê o equilíbrio importante entre a ora??o e a a??o. Para ver mais sobre isso, convido você à leitura de Charles Spurgeon que vem deste versículo (veja-se as tarefas correspondentes ao capítulo 2).Apesar de todo o esfor?o de Neemias de animar o povo, ainda assim chegaram temporadas de desalento também. Uma referência a isso se nota no verso 10. A referência é a Judá como um termo corporativo. Há duas raz?es básicas para o des?nimo: a zombaria do inimigo e o trabalho duro. A referência no versículo 10 é ao pó e às pedras que o povo tinha de limpar e colocar antes de come?ar o projeto de constru??o.f) 4:11-23 – Neemias responde aos desafios Este capítulo é um exemplo de como sobreviver e perseverar quando se enfrentam o antagonismo e a oposi??o. Na história da reden??o, há tempos de ?nimo e muito progresso. Há também épocas de desalento e o que nos parece ser atrasos. Mas, a mesma passagem apresenta como Deus usa a oposi??o como uma ferramenta para levar adiante o seu plano de salva??o.Neemias respondeu aos desafios de três maneirasa) Ele n?o usou de represáliasb) Ele orou.c) Ele seguiu com o trabalho.Ao fim de tudo, o povo saiu mais firme que nunca para seguir adiante. Isso é consistente com o que está escrito em 2 Cr?nicas 32:1-23 quando Senaqueribe atacou Israel, Ezequías , o réu judeu, respondeu: “Sede fortes e corajosos, n?o temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multid?o que está com ele; porque um há conosco maior do que o que está com ele. Com ele está o bra?o de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. O povo cobrou ?nimo com as palavras de Ezequias, rei de Judá”. (2 Cr?nicas 32. 7-8).O inimigo pensou que tinha tudo sob controle, e tomou por certo que ia dominar os Israelitas. Assim como pensou o Faraó egípcio quando perseguiu os Israelitas no Mar Vermelho e disse: “O inimigo dizia: Perseguirei, alcan?arei, repartirei os despojos; a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha espada, e a minha m?o os destruirá.” (?xodo 15:9).O povo se sentiu sobrecarregado. Neemias menciona que os judeus lhe disseram “até dez vezes” (v. 12) que o inimigo era muito forte. O número dez (o número de completude) enfatiza a seriedade da situa??o. Mas a seriedade da situa??o é sobreposta pela realidade de que Deus assegurou que os judeus se dessem conta do plano do inimigo para que pudessem dar informe aos líderes judeus. Tal é a providência de Deus na história da salva??o em resposta à ora??o do seu povo.Nos últimos versículos (vs. 13-21) contam como Neemias respondeu. Ele p?s guardas adicionais. Aqui é a primeira vez que encontramos que tomam armas – espadas. Mas o tomar armas vem com uma confian?a em Deus (v. 14) expressado em uma declara??o de fé no versículo 14: “...n?o os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos irm?os, vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher e vossa casa”. Os planos est?o feitos, e bem feitos. O povo está trabalhando, e muito duro. Mas, Neemias sempre dá a glória a Deus pelo êxito.No versículo 15 lemos que o inimigo esperava que suas a??es frustrariam o plano de Deus para o trabalho, mas o oposto ocorreu. O plano do inimigo de frustrar o trabalho foi, antes, frustrado por Deus. O povo acrescentou mais armas: lan?as, escudos, arcos e coura?as (v. 16). O plano era duplo: trabalhar na muralha e velar pelo inimigo. Parecia mais difícil seu desafio. A metade dos trabalhadores velavam, e mesmo os que trabalhavam, tinham uma m?o ocupada com alguma arma.A import?ncia desse momento se vê no versículo 18 com referência à trombeta. A trombeta tinha várias fun??es no Antigo Testamento. Aqui a fun??o era para sinalizar perigo, amea?ar o inimigo, e chamar os soldados para pelejarem. O trompetista sempre ao lado de Neemias mostrava uma diligência perpétua, constante e contí tudo isso, o povo de Israel manteve a sua dedica??o. Segundo o verso 21, o povo trabalhava até muito tarde da noite, até que saissem as estrelas. Essa dedica??o se devia à lideran?a de Neemias. Em particular, devia-se à ora??o oferecida por Neemias frente a cada situa??o que se lhe apresentava.Imagino que o que animava o povo nos tempos difíceis que passavam eram c?nticos e poemas recitados, como os que se encontra no Salmo 27.1-4; 11, 14.O SENHOR é a minha luz e a minha salva??o; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? Quando malfeitores me sobrevêm para me destruir, meus opressores e inimigos, eles é que trope?am e caem. Ainda que um exército se acampe contra mim, n?o se atemorizará o meu cora??o; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confian?a. Uma coisa pe?o ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo. ... Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me por vereda plana, por causa dos que me espreitam. ...Espera pelo SENHOR, tem bom ?nimo, e fortifique-se o teu cora??o; espera, pois, pelo SENHOR.PERGUNTAS DO ESTUDO PARA A SESS?O DOIS1. Que significa “a história da reden??o”?2. Como você identificaria a história da reden??o em nossos dias?3. Que significa “a boa m?o de Deus”?4. Que papel tem a ora??o no livro de Neemias?5. Quem s?o os quatro inimigos primários pelos quais o povo de Deus estava rodeado?6. Como se relaciona esta passagem ao reino de Deus? Como poderia aplicar isso a seu ministério dentro da igreja ou à sua vida?7. De que maneira essa passagem apresenta Cristo? Como se relaciona isso ao “Ladrilho da ora??o” para a lideran?a bíblica?8. O que a passagem ensina sobre “A Grande Comiss?o” da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a conforme ensinado nessa sess?o. Como isso se mostra?10. Qual o versículo chave da passagem estudada você memorizará?CAP?TULO 3 - O LADRILHO DA DISCIPLINA (NEEMIAS 5:1 – 7:3)Comentário sobre a História de JerusalémA cidade de Jerusalém é o foco do livro de Neemias. Jerusalém nem sempre foi o nome da cidade. Por volta de 1.400 aC, se chamava “Urusalim” que significa “cidade de paz”. Mas a realidade é que a historia da cidade de Jerusalém tinha sido mais de luta do que de paz. Tinha sido conquista e reconquistada, destruída e reconstruída. De fato, atualmente, hoje em dia há mais luta sobre Jerusalém e especialmente do lugar do templo de Jerusalém. Há três grandes religi?es que reclama Jerusalém como seu lugar santo: os crist?os, os judeus e os mul?umanos. N?o vamos considerar toda essa luta, mas gostaria de apresentar algo quanto à história da cidade, com ênfase particular no significado dos eventos que ocorreram ali na história da reden??o.Na Bíblia, a primeira referência à cidade é com o nome de “Salém” em Gênesis 14.18, durante o tempo de Abra?o, uns 2.000 anos aC. O salmo 76.2 identifica Salém como Si?o, outro nome dado a Jerusalém na Bíblia. N?o é por coincidência que esta primeira men??o da cidade em Gênesis 14.18 identifica a Melquisedeque como seu rei. A Bíblia identifica Melquisedeque como um sacerdote-rei. Seu nome significa “rei de justi?a”. Ele é identificado em Hebreus 5.6 como um tipo de Cristo, quando ali se diz: “como em outro lugar também diz: Tu (Cristo) és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.A primeira vez que a cidade é identificada com o nome de Jerusalém na Bíblia é durante a captura da terra prometida em Josué 10.1 onde é mencionado como um estado independente com um rei. O rei Davi mudou a capital de Israel de Hebrom para Jerusalém por volta de 1.000 aC. Era uma cidade gloriosa durante o reino de Salom?o, mais come?ando com o reino de Robo?o, a magnificência da cidade foi-se perdendo. Em 917 aC durante o quinto ano do reino de Robo?o, os egípcios conquistaram Jerusalém. O templo de Jerusalém havia de ser capturado oito vezes nos próximo 300 anos.Jerusalém é uma cidade importante porque exerce um papel de suma import?ncia na história da reden??o. No Antigo Testamento Jerusalém funcionava como o centro das atividades religiosas, sociais e políticas entre os israelitas, o povo de Deus. ? aos israelitas que foi dada a promessa que por meio deles viria o Salvador prometido, Jesus Cristo. Foi em Jerusalém que ocorreu a chamada “Semana Santa”, a semana das atividades da morte e a subseqüente ressurrei??o de Jesus Cristo. Foi em Jerusalém que a ascens?o de Jesus Cristo aconteceu. Foi em Jerusalém onde o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes, dando início à igreja crist? no Novo Testamento.Para ter uma idéia melhor da história de Jerusalém, veja-se a seguinte tabela de cronologia da história da cidade de Jerusalém. Nela se encontra todos os detalhes até o ano 70 dC e algumas datas chaves dos anos posteriores. Para mais detalhes dos tempos depois de 70 dC, consulte o site da internet indicada na nota de referência. CRONOLOGIA DA HIST?RIA DA CIDADE DE JERUSAL?Ma.C. (Antes de Cristo)c. 1004 – O rei Davi estabelece Jerusalém como a capital de Israel;960 – O rei Salom?o (filho de Davi) constrói o primeiro templo no lugar indicado por seu pai;922 – O reino é dividido entre o norte (Israel) e o sul (Judá) com Jerusalém como capital do reino do sul;701 – Senaqueribe, rei Assírio, intenta conquistar Jerusalém, sem éxito;700 – Ezequías desenvolve um sistema de água em Siloé;586 – O reino de Judá é conquistado por Nabucodonosor, rei da Babil?nia que destruiu Jerusalém, incluindo o primeiro templo, e leva os judeus para Babil?nia;539–537 – Os exilios na Babil?nia come?am a voltar, dirigidos por Esdras e Neemias.515 – A cidade é restaurada, e o segundo templo é dedicado com ela (debaixo do reino de Dario, o rei da Pérsia);444 – Neemias reconstrói a muralha de Jerusalém;350 – Os capturam Jerusalém;332 – Os Helenistas dominam a regi?o sob a lideran?a de Alexandre, o Grande;313 – Ptolomeu I do Egipto reina sobre Jerusalém;170 – Antíoco Epif?nio, rei da Síria, destrói Jerusalém;167–164 – Rebeli?o dos Macabeus pelos Hasmoneos depois da destrui??o por Antíoco;165 – Jerusalém foi recapturada e o templo rededicado. Restaura??o da autonomia judaica sob a lideran?a dos Hasmoneos;63 – Invas?o Romana dirigida por Pompeu;37 – O reino reestabelecido com Jerusalém como capital sob Herodes, designado por Roma;20 – Herodes come?a a restaura??o do templo;0 – Reino dos governantes Romanosd.C. (Depois de Cristo)6 – Jerusalém incluida como parte da província romana da Judéia. A resistência judaica se desenvolve;33 – Crucifica??o de Jesus Cristo por ordem de Poncio Pilatos;66–73 – Primeira rebeli?o judaica;70 – Captura de Jerusalém por 134 dias pelos romanos sob a lideran?a de Vespasiano. Jerusalém cai. Segundo templo destruído por Tito;132–135 – Segunda rebeli?o judaica. Jerusalém destruída e reconstruída. Judeus excluidos;<<<Jerusalém capturada e restaurada várias vezes por várias na??esdurante o transcurso de sua história no primeiro e segundo século>>>1948 – 15 de maio – O estado de Israel é restaurado;1949 – Jerusalém proclamada capital de Israel;1967 – Cidade Velha de Jerusalém capturada por Israel depois de uma batalha de seis días;1980 – A Lei Básica de Jerusalém inaugurada, declarando Jerusalém como capital de Israel. Leitura e Comentário de Neemias 5:1 – 7:3Tudo o que lemos em Neemias 5:1 – 7:3 é uma confirma??o de nosso título da sess?o: “O Ladrilho da Disciplina”. Considerando o tema da passagem, vimos que depois de haver iniciado com a base para a reconstru??o da muralha (o ladrilho da fé) e seguindo com o ladrilho da ora??o, agora Neemias enfatiza a import?ncia da disciplina, um terceiro ladrilho da lideran?a bíblica.A passagem se poderia dividir em três partes:5.1-7.3 – Desafios Internos.a) 5.1-19 – O Primeiro desafio Interno5.1-5 – Injusti?a Interna;5.6-11 – Neemias Responde;5.12-13 – O Pacto Com Deus Reafirmado;5.14-19 – Exemplo de Compaix?o de Neemias.b) 6.1-14 – O Segundo desafio Interno6.1, 2 – Oposi??o de Conspira??o;6.3, 4 – Neemias Responde;6.5-7 – Oposi??o de Suspeita;6.8, 9 – Neemias Responde;6.10 – Oposi??o da Intimida??o;6.11-14 – Neemias Responde.c) 6.15-7.3 – Conclus?o da Muralhaa) 5:1-19 – O Primeiro desafio Internoi) 5:1-5 - Injusti?a InternaHavia uma crise econ?mica em Jerusalém: Judá foi cortada de fontes de comércio da parte dos vizinhos; muitos var?es tinham que deixar o trabalho do campo para ajudar na constru??o (Neemias 4.22); havia uma superlota??o na popula??o (v. 2); havia fome (v. 3; ver também Ageu 1.6, 9-11); os administradores anteriores cobraram muito da popula??o e a maltrataram (v. 15).Há três categorias de pessoas que se queixaram de alguns judeus ricos que maltrataram seus próprios patrícios por meio de extors?o. Poderiam ter sido os mesmos grandes (3.5) que n?o queriam colaborar com o imenso trabalho que havia que fazer. Alguns que tinham posses tinham que vender tudo para pagar os altos impostos. Alguns tinham que tomar empréstimos com juros (até 50%) e hipotecaram seus terrenos. Segundo a lei de Deus, podia-se fazer empréstimos, mas sem juros (?xodo 22.25-27; Levítico 25.35-37; Deuter?nomio 23.19,20). Outros pobres que n?o tinham posses tinham que oferecer seus filhos como escravos. Segundo Levítivo 25.39-43 o trabalhador pobre podia vender-se para recuperar-se economicamente (v. 5). Mas ainda assim seu dono devia tratá-lo como trabalhador, e n?o como escravo. Também esta provis?o n?o incluía crian?as como se fazia nos dias de Neemias. A decadência em Jerusalém era profunda. Os oficiais oportunistas chegaram a ser a oposi??o interna do povo. Eles fizeram negócio às expensas dos pobres. Muitos n?o podiam pagar suas dívidas, pelo qual tinham que subeter-se a escravid?o. Havia fome (v.3) Isso muitas vezes era castigo de Deus (Deuter?nomio. 11.16, 17; 1 Cr?nicas. 21.12; Ageu. 1.7-11). O tempo de fome poderia haver sido pela desobediência dos líderes.ii) 5.6-11 – Neemias respondeQuando Neemias repreende aos oficiais, ele o fez com tremenda ira (v.6). Os oficiais foram demandados (vs. 7-8) por abusar dos patrícios em seus negócios. No verso 9 Neemias identifica que a raz?o para essa situa??o depressiva é precisamente por causa destes abusos. N?o somente receberam dinheiro por adultos e jovens e crian?as escravas, mas os vendia e comprava por motivo de puro negócio. Mas sua ira era justificada. Da maneira que Neemias se op?s à injusti?a, assim também Cristo oporia a injusti?a em seu ministério. ? outro exemplo de que Neemias é tipo de Cristo (por exemplo, a limpeza do templo em Jo?o 2.14-16) e que sua lideran?a de disciplina aponta a obra de Cristo.Nesses versículos nota-se a segunda vez que Neemias para o trabalho da reconstru??o por causa importante. A primera vez foi em 4.13, 14 quando havia amea?a de ataque do inimigo (desafio externo). Agora é por outro ataque, o dos próprios judeus (desafio interno) pelo qual ele dá uma pausa no trabalho para chamar uma vez mais a aten??o de todo o povo. Que vale construir a muralha para defesa contra os inimigos de fora se dentro da mesma muralha o inimigo verdadeiro (Satanás) está detonando (literalmente!) o povo dentro? Na história da reden??o o ataque de Satanás veio de fora e também de dentro da igreja e das institui??es crist?s. O ladrilho da disciplina interna do povo de Deus é manifestado por Neemias em sua a??o de considerar o problema de tamanha magnitude que devia parar o trabalho para chamar a aten??o de todo o povo na assembléia que ele convocou.Nos versículos 10 e 11 lemos que Neemias demanda que os oficiais cancelem as dívidas, que retirem os impostos cobrados, e que devolvam os terrenos confiscados. Com isso Neemias espera a resposta dos oficiais.iii) 5.12-13 – O Pacto Com Deus ReafirmadoA resposta veio rápido. Os grandes prometeram fazer o indicado por Neemias. Mas Neemias insistiu em que se fizesse mais. Ele insistiu que jurassem sua promessa com um pacto. Segundo o versículo 13 parece que apenas jurar n?o era o suficiente. Neemias os advertiu mostrando o que aconteceria com os que n?o guardassem sua promessa. No pacto renovado aqui, Neemias usa um sinal dramático para enfatizar o feito. No The Pulpit Commentary lemos o seguinte:A maldi??o de Neemias n?o foi comum, mas foi clara e inteligente. Ele ora que qualquer que fosse infiel a sua promessa seria expulso do povo e sem lar, sem posses e t?o vazio como o vestido sacudido que primeiro é juntado como uma bolsa, e depois é lan?ado no vazio. Para entender mais sobre o pacto, recomendo revisar o comentário no capítulo seis deste livro: Comentário sobre o Pacto. Também poderia referir-se a Jeremias 34.8-22, onde Deus inicia uma renova??o do pacto com Israel, enfatizando a linha da história da reden??o por meio de apontar o Novo Pacto em Jesus Cristo.iv) 5.14-19 – Exemplo de Compaix?o de NeemiasComo governador Neemias podia pedir impostos por sua comida e hospedagem. Mas, a motiva??o de Neemias para servir como governador era o servi?o (v. 16), e n?o por motivo pessoal. Neemias podia ter aproveitado a situa??o, mas em vez de aproveitar, ele distribuiu seus bens e seus privilégios para o bem de todo o povo. Em seu momento de compaix?o, Neemias se humilha ante Deus e ora: “lembra-te de mim” (v. 19). Esse é o primeiro uso dessa forma de ora??o (veja-se três ocasi?es mais no livro de Neemias (13. 14, 22, 31). Esta humildade e a compaix?o (sacrifício, identifica??o) que mostra nesses versículos é outro sinal da compaix?o de Cristo; Cristo tinha muita compaix?o com os pobres e com os que n?o tinham o que comer.No v. 14 temos uma referência ao período de doze anos do primeiro término do servi?o de Neemias como governador. Depois deste término, voltou a Persia (Ne 13.6, 7). Depois ele voltou a Jerusalém para servir como governador por um tempo indefinido.b) 6:1-14 – O Segundo desafio InternoFa?amos uma breve pausa para considerar algo quanto ao conteúdo e organiza??o do livro de Neemias. O primeiro capítulo é dedicado a introdu??o à urgência do trabalho da reconstru??o. No segundo capítulo lemos sobre os antecedentes do trabalho que tinha que fazer. O terceiro capítulo está dedicado à organiza??o do povo para o trabalho.A estes três capítulos seguem outros três dedicados à oposi??o que enfrentou o povo. Havia dois desafios externos e dois internos. O segundo desafio interno é composto de três partes. E pode ser resumido da seguinte maneira:Dois desafios externos:a) A zombaria (2.19-20)b) A zombaria intensificada (4.1-6).Dois desafios internosa) Injusti?a Interna (5.1-5)b) Desafio interno semeado do externo pelo inimigo em três fases:i) Conspira??o (6.1-2)ii) Suspeita (6.5-7)iii) Intimida??o (6.10)Já consideramos os dois desafios externos e o primeiro desafio interno. Estes três desafios n?o lograram o objetivo desejado que era parar o trabalho. Ent?o Satanás segue com um mais desafio interno. Um desafio que tem três dardos. ? um desafio com um plano semeado externamente (pelos inimigos que já conhecemos), que se inflitraram entre o povo sutilmente. O plano é dividido em três fases notadas acima: conspira??o, suspeita e intimida??o.i) 6.1, 2 – Oposi??o de Conspira??oNo primeiro versículo, encontramos uma vez mais o refr?o: quando ouviram. Este refr?o se refere ao inimigo que responde a situa??es em Israel (2.19; 4.1, 7, 15; 6.1, 16). O inimigo se p?e mais e mais frustrado, e responde por aumentar o conflito até que se resolva em 6.15 e 16 com o fim da constru??o da muralha. Aqui parece que a inten??o é de molestar a Neemias causando-lhe dano (vs 1-4), assustando-o em levantar suspeitas internas (vs 5-9), e intimidar desacreditando-o entre o povo (vs 10-13). A oposi??o de conspira??o nos versos 1-4 é muito sutil da parte de Satanás e seus seguidores. Quatro vezes Neemias é convidado para reunir-se com o inimigo num local isolado fora de Jerusalém. O vale de Ono (v. 2) era de um dia de viagem, passando próximo dos inimigos em Samaria e Asdode. Imagine se Neemia poderia ter passado no percurso da viagem! A inten??o é de fazer-lhe mal. Os dois partidos na batalha, os inimigos e Neemias, se p?em firmes em sua convic??o. Neemias entendia a armadilha que o inimigo, como agente de Satanás, estava armando para que caísse.ii) 6.3,4 – Neemias RespondeNeemias rejeita o convite cada vez que lhe é apresentado, respondendo quatro vezes com a mesma resposta. Ele mandou dizer que estava muito ocupado e n?o tinha tempo para reunir-se com Sambalá e seus colegas. De fato, Neemias tinha muito o que fazer. E além do perigo que lhe esperava no caminho para a suposta reuni?o, quem sabe o que passaria com o povo em sua ausência por vários dias?iii) 6.5-7 – Oposi??o de SuspeitaSegue uma carta de Sanbalate (v. 5) denunciando a Neemias por rebeli?o e interesse pessoal. Imagine! Depois de tudo que Neemias fez para os judeus, todo o sacrifício, toda sua compaix?o, agora ele recebe uma demanda de que é egoísta. A carta estava aberta, ou seja, n?o selada, para que o povo pudesse lê-la e divulgar a informa??o que continha. Geralmente, a carta era um rolo, selado pessoalmente por quem a mandou. Sambalate esperava que quando o povo lesse a carta desconfiasse de Neemias. Ele esperava que o povo suspeitasse que Neemias quisesse fazer mal ao rei Artaxerxes.iv) 6.8,9 – Neemias respondeA resposta de Neemias foi muito curta. Ele simplesmente insistiu que a demanda de Sambalate era falsa. Mas ele reconhece que a oposi??o segue ainda mais intensa pelo que ele faz outra ora??o breve, porém profunda, pedindo for?as a Deus. “Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas m?os”. O fato de ele fazer essa ora??o em tempos difíceis confirma o caráter de disciplina de Neemias, apesar de toda press?o.v) 6.10 – Oposi??o de Intimida??oTal como esperava, Neemias está enfrentando outro ataque. Segue um intento a mais da parte de Sambalate de buscar críticas contra Neemias da parte de sua própria gente, usando Semaías, falso profeta. Este convida Neemias à sua casa. Neemias vai. Semaías, pensando que agora poderia enganar Neemias lhe convidou para que se reunissem no templo, para seguran?a, dizendo que vinha o inimigo para matá-lo. Mais isso era mais uma armadilha. Imagine! Um dos próprios patrícios judeus, e supostamente um profeta de Deus, armando la?os para Neemias.No povo de Deus havia muita gente que buscava a Deus. Mas, também havia certo número de judeus desleais, agentes de Satanás, que formaram parte do desafio interno: os grandes (3.15; 6.17); Judeus que viviam próximo de Sambalate (4.12); Tobias (6.14); Mesul?o (6.17-19); Eliasibe (13.4, 7); o neto do sumo sacerdote (13.28).vi) 6:11-14 – Neemias respondeNeemias era um homem de Deus. Por sua disciplina pessoal de leitura da Lei e da ora??o, ele reconheceu a armadilha de Semaías. Ele se nega a fugir e decide n?o entrar no templo. Se o tivesse feito, haveria sido criticado por seu próprio povo. Por que? Porque o que Semaías lhe pediu para fazer era contra a lei de Deus. Um estudo mais profundo do texto hebraico nos ajuda a entender isso.A palavra que se usa no original para ‘templo’ (?????? – hê??āl) n?o era o local público onde o povo se reunia durante o tempo do sacrifício e da celebra??o de culto. A palavra significa ‘o lugar santo’. Quem quer que fosse, poderia buscar refúgio em uma das cidades de refúgio. (Deuteron?mio 19.1-13; Josué 20.1-9), mas ninguém poderia buscar refúgio no templo, muito menos no lugar santo (Ex?do 21.12-14), como indicou Semaías. Somente os sacerdotes teriam permiss?o de entrar no lugar santo. Qualquer outro poderia ser castigada com morte (Números 18:7). Semaías sabia que Neemias ia ser castigado por Deus se tivesse entrado ali. Mas, Neemias, homem de Deus, também o sabia e se negou a ir.? interessante identificar outro intento sutil de Satanás para enganar Neemias, para assim frustrar o plano de Deus para salva??o. Os inimigos que temos conhecido até agora no livro de Neemias, eram familiares de alguns judeus. Tobias e seu filho era aparentados (Neemias 6.18) com Secanias que era filho de Ará, que voltou com Zorobabel (Esdras 2.5). O sogro de Joan? era Mesul?o (Neemias 3.4) que ajudou na constru??o (Neemias 3.30). havia muita comunica??o entre Tobias e alguns judeus. Sem dúvida, qualquer plano de Neemias foi reportado a Tobias por seus familiares judeus. Quao astuto é Satanás! Mas, qu?o sábio é Deus! E ainda mais importante temos que reconhecer que Neemias, por sua disciplina em ser fiel apesar de muitas tenta??es, lutas e obstáculos, se mostrou mais astuto que seus inimigos, os quais serviam a seu capit?o Satanás. Se Neemias caísse em suas armadilhas, seria muito ruim para o povo. E se Neemias se atemorizasse (vs. 9, 13), ent?o perderia a confian?a do povo, como líder.No verso 14 vemos outro uso de ‘lembrar’ em mais uma ora??o. Esta ora??o, rápida e concisa e precisa é outra ora??o imprecatória (pedindo mal contra os inimigos). ? uma ora??o que Deus cumpre com sua justi?a contra o inimigo externo (Tobias e Sambalate) e seu inimigo interno (Noadia, outra falsa profetisa).c) 6:15-7:3 – Término da MuralhaHavia seis intentos de Satanás para parar o trabalho da muralha. E o sexto intento de parar o trabalho falhou. O resultado? Terminaram a reconstru??o por completo. E o fizeram em apenas dentro de 52 dias (v. 15)! E lembre-se que já falamos que a muralha era de 3 a 4 metros de largura. Além disso, n?o eram muros de 20 centímetros como vemos hoje. Havia famílias que viviam na muralha! Tinham que fazer no mínimo três metros de comprimento. Na dedica??o lemos que coros marcharam em cima da muralha (Neemias 12.31, 38)!Keil e Delitzch apresentam cinco raz?es pelo qual o trabalho se fez t?o rápido:1. A urgência do trabalho;2. O zelo dos trabalhadores;3. O grande número de trabalhadores;4. O trabalho concentrado e focado5. Algumas partes da muralha, aparentemente, n?o necessitavam de conserto.Mas, se o vemos a partir da perspectiva da história da reden??o, sabemos que Deus estava com eles, o Capit?o do exército do bem, triunfando sobre o capit?o do exército do mal.O término da muralha, apesar dos obstáculos, restaurou o respeito e prestígio dos judeus entre os das províncias a oeste do rio Eufrates. Porém mais que tudo foi um testemunho da obra de Deus entre seu povo. Até o inimigo, por fim (v. 16), reconhece que o protagonista de todos os acontecimentos é Deus. Que mudan?a do que lemos em 4.1 e 5.9 onde o inimigo se p?s irado e com muito auto-orgulho. Até o inimigo dá glória e honra a Deus! Mas o interessante é que Satanás nunca se dá por vencido. Lemos nos vs. 17-19 que a intimida??o do inimigo segue.A reconstru??o foi completa. A instala??o das portas (7.1) era o último trabalho na constru??o. Depois de terminar a constru??o (7.2), Neemias nomeou o pessoal que se dedicaria a honra e glória de Deus. Ele nomeou porteiros (para a seguran?a do povo de Deus), cantores (para o culto de louvor a Deus) e levitas (para os sacrifícios a??es de gra?as a Deus). Os porteiros e os cantores também eram ofícios dos Levitas, mas aqui, como também em Esdras 2.40-42, os mencionam por suas responsabilidades distintas.Neemias deu instru??es claras ao pessoa (7.3) quanto á seguran?a. Era costume abrir as portas na madrugada. Mas Neemias lhes instrui que abram as portas mais tarde no dia quando os guardas estivessem em seus postos. Assim se viesse o inimigo, todos estariam preparados para defender- tudo o que se concretizou, a esperan?a era que a glória da Jerusalém destruída voltasse, mas vemos na história bíbilica que isso n?o aconteceria nos dias de Neemias, nem em nenhuma época da história na terra. Isso seria cumprido em Cristo no novo pacto que a glória de Jerusalém seria restaurado. PERGUNTAS PARA ESTUDO DA SESS?O TR?S1. Que estabeleceu Jerusalém? Em que data?2. Quando Jerusalém foi destruída e quem a destruiu?3. Qual foi o primeiro desafio interno?4. Qual foi o segundo desafio interno?5. Em quantos dias a muralha foi reconstruída?6. Como esta passagem se relaciona com o Reino de Deus? Como você poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira a passagem apresenta Cristo? Como isso se relaciona ao Ladrilo da Disciplina para a lideran?a bíblica?8. O que a passagem ensina sobre A Grande Comiss?o da Igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a ensinada nessa sess?o? Como podemos mostrar isso?10. Qual o versículo chave da passagem estudada, você memorizará?CAP?TULO 4: O LADRILHO DO ENSINO B?BLICO (Neemias 7.4-8.18)Estamos entramos agora na segunda divis?o do livro de Neemias. Nos capítulos 1.1-7.3 vimos a restaura??o física (as muralhas de Jerusalém) do povo de Deus. Na segunda divis?o do livro, veremos a restaura??o espiritual do povo de Deus. Podemos dividir isso em duas partes:a) 7.4-10.39 - A restaura??o interna b) 11.1-13.30 – A restaura??o externaO primeiro passo na restaua??o é a leitura da Lei de Deus. Focaremos nesse tema antes de seguir com o estudo da segunda divis?o de Neemias. Comentário Sobre a Lei de DeusO povo havia passado setenta anos em cativeiro, e muitos haviam voltado a Jerusalém. O trabalho de reconstru??o da muralha de Jerusalém havia terminado. Mas, faltou algo. A condi??o interna do povo seguiu em mal estado. Em Neemias 9.36, 37 Neemias nos informa o estado do povo por meio de sua própria confiss?o.Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela. Seus abundantes produtos s?o para os reis que puseste sobre nós por causa dos nossos pecados; e, segundo a sua vontade, dominam sobre o nosso corpo e sobre o nosso gado; estamos em grande angústia.Durante o tempo de seu cativeiro, o povo havia esquecido seus costumes, mas o pior era que se haviam esquecido de Deus. Durante o cativeiro eles haviam abandonado, sua heran?a espiritual. E eles entendem que a raz?o para sua escravid?o atual é porque eles haviam permitido que sua heran?a espiritual se perdesse. Por isso, seguiu-se a conseqüente angústia e destreza. O povo necessitava de uma restaura??o espiritual.A restaura??o interna do povo de Deus em Neemias é o primeiro passo da restaura??o espiritual do povo. Quando lemos a respeito da restaura??o interna, vemos que esta consiste na leitura da Lei de Deus e uma resposta do povo que segue à leitura. Em Neemias 8.1 lemos que o povo havia se reunido em um lugar, esperando a leitura da lei: “Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na pra?a, diante da Porta das ?guas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés que o Senhor havia prescrito a Israel”. Mas, ao que se refere “o livro da Lei de Moisés” que eles leram? Alguns dizem que era o código sacerdotal (Deuteron?mio 12-26). A opini?o mais comum e mais tradicional é que era o Pentateuco. O único livro que tinham eram os primeiros cincos livros da Bíblia, aos quais chamavam “O Pentateuco”, escrito por Moisés. Segundo as Escrituras é uma combina??o da história do povo de Israel desde a cria??o do mundo e as leis de Deus que seu povo devia obedecer e seguir. Lemos que o povo se p?s de pé enquanto a lei foi lida por Esdras e explicada pelos sacerdotes (Neemias 8.1-6).Alguém poderia perguntar por que o livro da Lei tinha que ser explicado. Em primeiro lugar, muitos israelitas havia se esquecido do idioma hebraico no qual Moisés escreveu o livro da Lei. Muitos deles falavam aramaico, um dialeto hebreu. Mas, em segundo lugar, temos de considerar que para a maioria dos repatriados, as palavras do livro da Lei eram estranhas. Alguns haviam ouvido de seus avós o conteúdo dos livros de Moisés. Mas, para alguns, isso seria a primeira vez que ouviram a Palavra de Deus. Na leitura aquí em Neemias 8, tomou-se o cuidado para que todo o povo entendesse bem o escrito.A leitura da lei se fez em ocasi?es importantes na história de Israel. James Watt identifica outras ocasi?es:1. Ex?do 24 – Com a ratifica??o do pacto no monte Sinai na ocasi?o da recep??o dos dez mandamentos;2. Deuteronomio 31.9–13, 26, 27 – No momento em que Deus exigiu que se lesse o livro da Lei a cada sete anos. Por isso, o livro da Lei foi guardado ao lado da arca da alian?a;3. Josué 8.34, 35 – A renova??o do pacto de Deus no monte Ebal depois de haver conquistado Ai;4. 2 Reis 23.1-3 – No tempo do rei Josias quando encontrou-se o livro da Lei na limpeza do tempo;5. Deuteronomio 17..19; Josué 1.8; Levítico 10.11; 2 Cr?nicas 17.7-9 – Referências misceláneas à leitura do livro da lei.Cada ocasi?o da leitura pública do livro da Lei foi em um momento de reforma, de renova??o, de compromisso novo com Deus. O mesmo se passa aqui em Neemias 8. E essa renova??o do povo resultou em choro (v. 9); celebra??o (v. 12); uma sede para ouvir da Palavra de Deus (v. 13) e obediência a Deus (vs. 14-18). Depois de tudo isso, lemos no capítulo 9 que a Palavra resultou em confiss?o de pecado e arrependimento seguido por um compromisso (9.36) de seguir a Deus em tudo nas suas vidas (capítulo 10).Nenhuma renova??o, nenhuma reforma, nenhum compromisso novo com Deus pode ser realizado sem uma leitura da Lei de Deus, um estudo profundo dela, e obediência aos ensinos do livro da Lei de Deus, que hoje em dia é a Palavra de Deus, a Bíblia. E n?o é t?o difícil de entender a Palavra de Deus, como opinam alguns. O ensino da doutrina da perspicuidade (clareza) das Escrituras ensina que podemos entender a Palavra de Deus só em lê-la. O estudo mais profundo sempre ajuda, e é importante, mas n?o é necessário para entender a mensagem básica da salva??entário de Neemias 7.4-8.18Tudo o que lemos em Neemias 7.4-10.39 é uma confirma??o do título do capítulo: “O Ladrilho do Ensino Bíblico”. Considerando o tema da passagem, vemos que depois de ter iniciado com a base para a reconstru??o da muralha (o ladrilho da fé) e seguindo com o ladrilho da ora??o, e da disciplina, agora Neemias enfatiza a import?ncia do ensino bíblico, um quarto ladrilho da lideran?a bíblica.A passagem se poderia dividir em duas partes:A Palavra de Deus – Capítulos 7.4-8.18a) 7.4-73a – A enumera??o do povoi) 7.4, 5 – A necessidade de ocupar Jerusalémii) 7.6-73 – O censo dos repatriadosb) 7:73b-8:18 – A leitura da leii) 7.73b-8.12 – O Povo escuta a leiii) 8.9-12 – O povo responde com doriii) 8:13-18 – O povo responde com obediênciaa) 7:4-73a – A enumera??o do povoO povo havia vencido os desafios externos de Sambalate. Eles passaram a prova da oposi??o interna de seus próprios problemas. A muralha estava reconstruída, o port?o posto. Agora parecia que o povo poderia descansar do trabalho físico, e da batalha espiritual, certo? N?o! O que lemos nos capítulos 7 e 8 é que o trabalho da restaura??o estava por come?ar. O povo havia passado por uma restaura??o externa. Agora lhes tocava uma restaura??o interna. E esta restaura??o, como qualquer reforma e renova??o interna, come?a com ler e por em prática a Palavra de Deus. John MacArthur dice, “Portanto o trabalho n?o havia terminado e Neemias o sabia. Uma cidade é mais que ladrilho e morteiro, muralhas e port?es. Uma cidade é gente. E se Jerusalém ia ser a cidade de Deus que Ele prop?s que fosse, a cidade que se proporia ser visitada pelo Messias, teriam que enfrentar imediatamente a condi??o quebrantada do cora??o do povo” . O que fez a m?o de Deus ante esta situa??o? John MacArthur diz, “O resultado? “Jerusalém n?o somente era uma cidade com uma muralha impressionante; foi uma cidade habitada por um povo com um espírito novo, decidido a viver a luz da Palavra de Deus” . Como aconteceu isso? Disso trata este capítulo: O papel da Palavra de Deus na lideran?a crist?. Note bem que é o papel n?o de Neemias, nem do povo de Deus, nem de qualquer outra pessoa ou coisa. O livro de Neemias trata do papel de Deus e da Sua Palavra. Em Neemias 7.5-12.6 há poucas referências a Neemias, e somente como governador. Isso é uma confirma??o do que vimos no primeiro capítulo, que Neemias n?o é o protagonista de seu livro, mas Deus. O foco n?o é em Neemias, nem no povo de Israel, mas em Deus que é ativo desde o princípio até o fim do livro de Neemias. i) 7.4,5 – A Necessidade de Ocupar JerusalémCento e quarenta anos haviam passado desde o primeiro exílio quando Jerusalém foi desocupada. Existiam áreas da cidade onde havia t?o pouca gente que n?o podiam defender-se. Neemias se p?s a resolver este problema por meio de recrutamento de habitantes novos. A isso se refere o que ele escreveu no versículo 5 – “Ent?o p?s Deus em meu cora??o”. Esta é outra referência de que Neemias buscava fazer a vontade de Deus.ii) 7.6-73 – O Censo dos RepatriadosA maior parte do capítulo 7 é dedicada à lista do registro. Com poucas varia??es, a lista do registro é igual a que se encontra em Esdras 2.3-67. O registro que encontraram (v. 5) poderia ter sido o mesmo que Esdras havia feito. ? a lista dos que voltaram do exílio com Zorobabel, governador de Judá (Ageu 1.1), que dirigiu a primeira repatria??o dos judeus exilados durante o primeiro ano do rei Ciro da Pérsia. O propósito do registro era ocupar Jerusalém como veremos no capítulo 11. Lemos em Neemias 8.1 que as pessoas viriam de toda parte para estar em seus lugares de origem para as festividades religiosas que deviam observar cada ano (Levítico 23.23-43).Parece tedioso ler o capítulo 7 com todos os nomes, sendo eles t?o difíceis de pronunciar. Alguém poderia perguntar: Que significado tem o detalhe de todos os nomes? Alguns comentários passam por cima dessa pergunta. Mas, o fato de que esta lista é repetida em Esdras 2.3-67 lhe dá import?ncia. O que notamos sobre esta lista nesse texto, pode-se notar das outras listas de nomes em Neemias (capítulos 10, 11, 12).1) ? uma amostra de que Deus conhece seu povo pessoalmente.2) ? por meio de gente comum e normal que Deus estabelece e desenvolve seu plano de reden??o e n?o somente por meio dos líderes. De fato, em Neemias 7.70-72 veremos que é a gente comum que deu de seus bens para a reconstru??o da muralha.3) A enumera??o é parecida com a que se encontra quando Deus formou seu povo depois de sua saida do Egito (Números 1; 26; Josué 18, 19). Assim como formou seu povo do pacto, assim também os recriou depois do retorno da Babil?nia.4) Também era uma seguran?a da pureza do povo. O registro era uma confirma??o dos direitos de nascimento. Só os que vieriam de descendência judaica teriam privilégio de ocupar Jerusalém. Note em particular que nos versículos 61 e 64, vemos que havia alguns que foram excluídos.5) ? uma consolida??o da primeira metade do livro de Neemias, porque nos dá uma lista dos que podiam habitar Jerusalém. A lista serve de prepara??o para a reforma espiritual que estava por come?ar. Neemias já havia come?ado a prestar aten??o a este novo foco.6) A enumera??o faz um enlace entre o povo e sua terra, seus antepassados, e seu pacto com Deus para focar em uma continuidade histórica na perspectiva da história da reden??o.Quem poderia ocupar Jerusalém? Ao revisarmos a lista, veremos que eram os seguintes: a) Os líderes originais (vs. 6, 7);b) Os judeus leigos (vs. 8-38); c) Sacerdotes (vs. 39-42); d) Levitas (v. 43); e) Cantores (v. 44); f) Porteiros (v.45); g) Servidores do templo (vs. 46-56); h) Descendentes dos servos de Salom?o (vs. 57-60). Até os “grandes” ocupariam Jerusalém. Segundo os versículos 70-72 nem todos os ricos eram contra Neemias como havíamos visto (3.5; 5.7). Aqui temos exemplos de ricos que cooperaram com o plano de Deus e que seguiam a Palavra de Deus como líderes exemplares.No versículo 6 vemos uma semelhan?a entre Neemias e Esdras. Esdras inicia a reforma com ora??o. Isso sinalizou ao povo que o que passaria agora, passaria sob a dire??o e a ben??o de Deus. Portanto, a ora??o também p?s o povo de Deus em uma atitude de antecipa??o. Eles buscavam a vontade de Deus no que haviam de fazer. No versículo 65 lemos que eles se comprometeram a usar o ‘Urim e Tumim’ para discernir a vontade de Deus sobre os que deviam habitar em Jerusalém. O Urim e Tumim eram um dos métodos que os sacerdotes do Antigo Testamento usavam para discernir a vontade de Deus entre os judeus. Neste caso seria por meio do Urim e Tumim que decidiria se os de antecedentes questionáveis poderiam viver em Jerusalém. b) 7:73b-8:18 – A Leitura da Leii) 7:73b-8:12 – O Povo Escuta a LeiA Septuaginta come?a o primeiro versículo do capítulo oito com as últimas frases de 7:73, “Vindo o mês sétimo, os filhos de Israel estavam em suas cidades” . Vimos que há pouca men??o de Neemias, mas aqui se entra Esdras que dá leitura a lei. Ele era sacerdote e escriba que veio fazia treze anos. O povo o reconhecia como mestre da lei. Seguramente, Esdras havia dirigido as festividades anteriormente, e agora o povo teria muito mais raz?o pela qual poderia celebrar. Agora estavam protegidos do inimigo dentro da nova muralha que acabavam de construir. A idéia era que todo o povo entenderia o conteúdo do livro da lei. No versículo 2 lemos: “... assim dos homens como de mulheres e de todos os que podiam entender...”. A mesma frase é repetida no v. 3. Isso indica que a frase é importante. Com a Festa dos Tabernáculos, esta é a gente que teria que estar presentes (Deuteron?mio. 31.10-13). O povo escutou com aten??o (v. 3), com reverência (v. 6), com entendimento (v. 8) e com obediência (v. 17). Quanto aos tabernáculos, veremos mais disso na passagem posterior. Esdras leu por seis horas, “desde a alva até ao meio dia” (v. 3). Na plataforma de leitura (v. 4) estavam com Esdras treze homens mais que tinham a responsabilidade de mostrar que estavam de acordo com a leitura e possivelmente ajudar na leitura se fosse necessário. O povo estava de pé (v. 5) como símbolo de respeito e reverência à Lei, e como se estivessem na presen?a de Deus.Depois da leitura, ou possivelmente acompanhado da leitura, segue a explica??o por meio dos Levitas. Segundo o versículo 8, a lei foi n?o somente lida, mas também foi explicada para que o povo pusesse aten??o n?o só na letra da Lei, mas também no significado para suas vidas cotidianas. Tinha que haver explica??o por várias raz?es como vimos acima no Comentário Sobre a Lei de Deus. ii) 8.9-12 – O Povo responde com DorComo o povo responde à leitura da lei? No versículo 8 notamos que a lideran?a de Israel colaborou com a equipe para responder às perguntas que se esperava da parte do povo. Havia lágrimas n?o de gozo sen?o de tristeza por seu pecado e pelo cativeiro que passaram. Luto e dor s?o sinais de um cora??o quebrantado. O povo reconheceu a Palavra de Deus pelo que era: uma espada de dois gumes. Eles sabiam que eram um povo pecaminoso, perverso e sem vergonha na presen?a de um Deus justo, misericordioso e santo.Considere o que Neemias prop?e no versículo 10. Ele poderia ter manipulado o povo diretamente à confiss?o e avivamento, aproveitando a psicologia corporativa. Hoje em dia, quando as pessoas respondem dessa maneira, líderes o fariam sem esperar. Mas Neemias n?o calou nesta tenta??o. Ele pensou que se o luto pelo pecado era sincero e motivado por Deus, n?o poderia ser suprimido. Ademais, Neemias queria que o povo focasse em Deus, e que n?o respondesse somente por seus próprios sentimentos. Lemos nos versículos 10-12 que o povo celebrou porque se deram conta que Deus é Deus n?o só de justi?a e castigo, sen?o também de misericórdia e gra?a. Para mais celebra??o, ver Neemias 12.43. O povo estava prestes a um novo início da renova??o do pacto entre Deus e seu povo.iii) 8:13-18 – O Povo Responde Com ObediênciaMas o povo também responde de maneira muito concreta e prática. Celebraram a Festa dos Tabernáculos. Deus instituiu esta festa (Levítivo 23.34-43) para que o povo recordasse o tempo em que vivia em tabernáculos (tendas) durante seus 40 anos de viagem no deserto, antes de entrar na Terra da Promessa. (Levítico 23:34-43). Essa foi a primeira vez desde os tempos de Josué que haviam celebrado essa festa (v. 17).Mas, o povo queria mais instru??o. Lemos no versículo 13 que o dia seguinte, um grupo recebeu mais instru??o. Este grupo era formado pelos cabe?as das familias, junto com os sacerdotes e levitas. A instru??o era para que eles instruíssem os demais do povo (ver Malaquias 2.6, 7). O povo quis ser obediente. Derek Kidner descreve a íntima rela??o entre ser ensinado pela Palavra de Deus e segui-la em obediência. Ele diz: “Aos regulamentos esquecidos encontraram e os seguiram com um desejo. O versículo 15 segue a instru??o dada em Levítico 23.40, trazendo ramas com folhas; a última ora??o no versículo 17 soa como uma nota de regozijo segundo Deuter?nomio 16.13-15; e agora [v. 18] nos topamos com a leitura da lei prescrita em Deuter?nomio 31.10-13 em cada sétimo ano, e da assembléia solene de Números 29.35.”Como é possível que o povo respondesse dessa maneira. J.I. Packer o explica dessa maneira: “O Espírito Santo havia trabalhado no povo, dando-lhe um interesse em Deus, uma inquietude para coisas divinas, um desejo para a ben??o de Deus que foi fora do ordinário... O Espírito Santo lhes havia movido que levassem a sério a realidade da sua identidade como povo de Deus, e que o buscassem por suas vidas. Ele lhes deu um desejo ardente de ser ensinado pela Palavra de Deus”. PERGUNTAS DE ESTUDO PARA A SESS?O QUATRO1. A que se refere ‘o livro da lei’?2. Quem escreveu ‘o livro da lei’?3. Quem poderia ocupar Jerusalém?4. De que maneira o povo escutou a lei de Deus?5. Como o povo respondeu à leitura da lei?6. Como esta passagem se relaciona ao reino de Deus? Como poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira apresenta a passagem a Cristo? Como se relaciona isso ao ‘ladrilho da ensino bíblico’ para a lideran?a bíblica?8. Que ensina a passagem sobre ‘a Grande Comiss?o’ da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da historia crist? que mostra algo da lideran?a que ensina a leitura desta sess?o. Como o mostra?10. Qual versículo chave da passagem estudada você memorizará?CAP?TULO 5: O LADRILHO DA RECONCILIA??O (Neemias 9.1-37)Comentário sobre a soberania de Deus em NeemiasVimos em nosso estudo que o protagonista do livro de Neemias n?o é o autor humano, Neemias. Tampouco é o povo de Israel do qual o livro trata. Por todo o livro, vemos que o protagonista é Deus. Em sua soberania, através dos eventos contados no livro de Neemias, Deus está movendo a história da reden??o mais um passo. No livro de Neemias, há muita instru??o sobre a soberania de Deus.O que é a Soberania de Deus? Como podemos defini-la? Há muitas defini??es formais que podem ser encontradas entre os teólogos. Quando eu ensino a doutrina de Deus à crian?as e jovens, explico a soberania de Deus da seguinte maneira: “A soberania de Deus é o ensino de que Deus pode fazer o que quiser, quando quiser, como quiser, onde quiser, por qualquer raz?o, e n?o tem que pedir permiss?o a ninguém”.Talvez seja uma defini??o um pouco informal, mas eles entendem.Um dos temas mais discutidos no mundo é a rela??o entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Tratar de entender os dois conceitos é um mistério. Em geral, o estudante da Bíblia tende a enfatizar a soberania de Deus ou a responsabilidade humama. Temos que tomar cuidado com os dois extremos. No primeiro extremo se enfatiza que Deus é soberano e n?o pode coopera??o nossa. No segundo extremo, o homem considera que Deus é incapaz de cumprir seu plano sem nossa coopera??o.Pensemos nisso tomando Neemias como exemplo. Se Neemias houvesse optado pelo extremo da soberania de Deus, ele teria ficado na Pérsia. Havendo sido informado da condi??o do povo de Israel em Jerusalém, ele teria respondido dessa maneira: Bem, Deus sabe o que está fazendo, e ele vai responder de alguma maneira. N?o se preocupe. Vamos ver o que ele vai fazer. Esta resposta tende ao fatalismo e determinismo que é muito comum hoje em dia em situa??o de pobreza e injusti?a no mundo.Mas se Neemias houvesse optado pelo extremo da responsabilidade humana, ele haveria respondido da seguinte maneira: Bem, a situa??o é crítica, e nós somos responsáveis pelas más condi??es ali. ? por falta de ora??o que a situa??o esta piorando. Juntemos nossas for?as e intentemos resolver o problema que enfrentamos. Oremos o dia inteiro para que Deus fa?a o que lhe pedimos. Com esta resposta já n?o é Deus que é soberano. Somos nós os soberanos. Se considera aqui que as ora??es pressionariam Deus para que ele fa?a o que n?o teria feito se n?o tivéssemos orado. Tudo depende de nós o Neemias respondeu ate à situa??o que ele enfrentou? Neemias reconhece a soberania de Deus, mas também reconhece que ele tem uma responsabilidade de oferecer-se para que Deus o use para cumprir seu plano. As Escrituras nos ensinam que quando Deus quer cumprir algo, ele solicita a participa??o do seu povo. Ele executa sua soberania por meio da obediência de seu povo. No livro de Neemias temos um diário de um homem de Deus que se dispunha a ser usado por Deus em qualquer momento, de qualquer maneira que Deus queira.Neemias nos ensina que a ora??o n?o é como uma por??o mágica por meio da qual se produzem resultados automáticos e instant?neos. A realidade do equilíbrio entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana é que devemos orar e que Deus responde a nossa ora??o no tempo e da maneira que lhe agrada. Em um serm?o sobre Neemias, Bryn MacPhail, pastor de uma Igreja Presbiteriana em Toronto, Ontário disse o seguinte:Neemias ora porque entende que o remédio vai mais além do seu próprio controle. Neemias ora porque entende que seu êxito depende da “boa m?o de Deus” (1.10) sobre ele. E ainda assim entende que é parte do processo divino. Ele n?o descansa apenas com a ora??o. Ele se prepara para servir e para participar da reconstru??o de Jerusalém.Em suas atividades e em suas ora??es Neemias ensina a soberania de Deus ao povo de Israel. Note, por exemplo, que a ora??o de confiss?o em Neemias 9 come?a com um reconhecimento da soberania de Deus. Levantai-vos, bendizei ao SENHOR, vosso Deus, de eternidade em eternidade. Ent?o, se disse: Bendito seja o nome da tua glória, que ultrapassa todo bendizer e louvo. Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora. (Neemias 9.5-6).Em Neemias há situa??es muito graves. Os inimigos est?o sempre buscando oportunidades de aproveitarem-se da debilidade dos israelitas e das ruínas de Jerusalém. Lemos em Neemias dos ataques, tanto de armas como de palavras e de planos sinistros dos inimigos. Mas, os inimigos s?o nada mais que agentes de Satanás que está por trás de todos os planos de parar o grande plano de Deus para a salva??o do mundo por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo. O que aprendemos sobre soberania de Deus é que mesmo os inimigos com todos os seus planos de destrui??o s?o fantoches de Deus, o soberano. Deus é soberano mesmo sobre a maldade do chefe do mal, Satanás. Deus pode manejar mesmo o mal para que sirva para o bem. Temos mont?es de exemplos disso na Bíblia, inclusive em Neemias também. A soberania de Deus é o conceito chave do progresso da história da reden??o que estudamos no segundo capítulo do livro. Deus tem seu plano para mandar um Salvador. Por sua soberania Deus ordena seu plano de salva??o seu plano de salva??o. Por sua soberania Deus dirige seu plano de salva??o seu plano de salva??o. Por sua soberania Deus executa seu plano de salva??o. E na ordena??o, dire??o e execu??o de seu plano, Ele usa seu povo para cumprir sua vontade.Em Sua soberania Deus mobilizou Neemias para que lhe servisse no momento histórico em que vivia. Durante toda a história do mundo, Deus segue desenvolvendo seu grande plano. Ele chama a seu povo para que sejamos obedientes à Sua Palavra, e para que busquemos a vontade de Deus em seu servi?o a fim de que seu nome seja glorificado, e Seu Reino proclamado e extendido. Tanto como Ele usou Neemias em seu momento histórico, Deus nos chama em nosso contexto histórico para que lhe sirvamos debaixo da Sua soberania no desenvolvimento de Seu plano de salva??o.Leitura e comentário de Neemias 9:1-37Tudo o que lemos em Neemias 9:1-37 é uma confirma??o de nosso título do capítulo: O Ladrilho da Reconcilia??o. Já temos visto quatro características que formam cada uma um ladrilho para a composi??o da lideran?a crist?: fé, ora??o, disciplina e ensino bíblico. No capítulo 9, o livro de Neemias enfatiza a import?ncia da reconcilia??o, um quinto ladrilho da lideran?a bíblica.A passagem se poderia dividir em duas partes:Confiss?o de Pecado – Capítulos 9:1-37a) 9:1-5a – O Povo Reúne em Assembleiab) 9:5b-37 – A Ora??o de Confiss?oi) 5b-25 – A Obra Redentora de Deusii) 26-35 – A Confiss?o de Pecadoiii) 36,37 – A Peti??o de Misericórdiaa) 9:1-5a – O Povo Se Reúne em AssembleiaNeste capítulo Neemias nos conta de uma postura importante do povo de Deus. Havendo lido a Lei (capítulo 8) o povo agora responde com uma postura de confiss?o. O capítulo 9 serve como fundamento do que segue no capítulo 10 com a reafirma??o do pacto com Deus. N?o se pode reconfirmar o pacto sem ter uma confiss?o verdadeira primeiramente. Alguns comentários passam por alto o capítulo 9. Mas n?o se pode realizar as reformas que se seguiram (capítulo 10) e apresentar-se ante Deus para a dedica??o (capítulo 12) sem haver confessado os pecados e sem haver experimentado a gra?a do perd?o que Deus dá.O povo estava passando por um avivamento. O avivamento viria en três etapas: 1. A prega??o da Palavra (capítulo 8); 2. A confis?o e arrependimento do pecado (capítulo 9); 3. Uma mudan?a de vida por meio do pacto renovado (capítulo 10).Em Neemias 8.1 lemos que o povo se reuniu para escutar a lei no primeiro dia do sétimo mês. Aqui em 9.1 lemos que no dia vinte quatro do sétimo mês o povo se reuniu para responder à leitura da lei. Haviam passado 24 dias desde que se reuniram para a leitura da Lei. A Festa dos Tabernáculos durou uma semana, do dia 15 ao dia 22 do mês. Havia apenas um dia de descanso (dia 23) antes de reunir-se de novo. Durante este tempo de festa o povo estava em celebra??o de júbilo. E isso foi por mandato de Neemias, quando lhes disse, “Ide, comei gorduras, e bebei vinho doce, e enviai por??es aos que n?o tem nada preparado; porque dia santo é ao nosso Senhor; n?o os entriste?ais, porque a alegria do Senhor é nossa for?a” (8.10). Portanto agora a festa havia terminado, e iniciaram o jejum como símbolo da sua disposi??o de tristeza e dor e remorsos pelos seus pecados.O jejum e a ora??o vinham acompanhados de pano de saco e terra. O pano de saco era um símbolo comum de tristeza e luto. Quando Jacó ouviu as notícias de que seu filho foi morto pór um animal, ele rasgou as vestes e se vestiu de pano de saco (Gênesis 37.34). Quando Abner foi morto por seus companheiros o rei Davi pediu a todo o povo se vestiu de pano de saco como símbolo de luto e dor (2 Samuel 3.31). Há muitos exemplos dessa prática na história de Israel (2 Samuel 31; 21.10; 1 Reis 21.27). A prática de lan?ar terra sobre si mesmo foi menos comum (1 Samuel 4.12; 2 Samuel 1.2), mas, ainda assim era um costume, como por exemplo, quando Jó perdeu toda a sua família e seus bens (Jó 2.12).Note o sentido de solidariedade corporativa no versículo 2. A solidariedade era n?o somente da parte dos que viviam atualmente, mas também incluía as gera??es passadas. O povo assume responsabilidade de forma mútua pelo que estava se passando entre eles. Nesta postura de solidariedade, todos se separaram dos estrangeiros. Isso foi intentado por Esdras (Esdras 10.11) há 13 anos, mas o êxito n?o foi completo. Alguns n?o o fizeram, e possivelmente nos últimos 13 anos, havia outros que se casaram com os pag?os. Com Neemias, vemos que a separa??o foi completada por todos. Em Keil e Delitzch lemos, “Essa separa??o dos estrangeiros... era um renúncia voluntária de comunica??o com os pag?os, e dos costumes pag?os”. Isso era um ato de submiss?o a lei de Deus. A confiss?o que segue é pelos pecados cometidos do povo judeu, e n?o dos estrangeiros. Também a renova??o do pacto era coisa única para os judeus, e n?o para estrangeiros.Imagine quanto tempo eles ouviram da lei para prepararem-se para a confiss?o que seguirá. O dia (bem como a noite) se considerava como tendo 12 horas divididas em quatro partes. Havia três horas de leitura da lei, seguida de 3 horas de resposta do povo que consistiu em duas coisas: confiss?o e adora??o. Na adora??o é importante considerar a postura do povo. Vemos a postura interna de penitência e confiss?o. Mas, a palavra original no hebraico (?????????????? – mish–t–?ā?wim) que é traduzido como ‘adoraram’ no versículo 3, vem da raiz ????? (?ā?wā) que é literalmente traduzido como ‘se postraram’. Ent?o em sua confiss?o e a??o de penitência, o povo estava de joelhos, com o rosto em terra, enquanto os levitas ofereceram a ora??o pelo povo (v. 4). Nisso nota-se a express?o de humildade sincera.No versículo 5 se mencionam os nomes específicos dos levitas que ofereceram a ora??o. Alguns dos nomes s?o os mesmos que se encontra em v. 4, mas há três mais. Este grupo pede ao povo que se levantem da sua posi??o postrada, para expressar louvor a Deus. ? importante considerar a disposi??o do povo ante Deus. Apesar da situa??o, eles reconhecem que Deus está entre eles. Derek Kidner o anota assim: A cidade com pouca habita??o, os inimigos pag?os ao redor, a pobreza e o aparente insignificante povo judeu é trascendido pela realidade gloriosa de Deus. N?o ignoram a realidade, como veremos na ora??o que oferecer?o prontamente, mas vem a realidade no contexto da eternidade (“ desde a eternidade até a eternidade”) e da majestade inimaginavel (“sobre toda ben??o e adora??o”) . Levando em conta o ladrilho da reconcilia??o para o presente capítulo, teríamos que reconhecer que para que haja alguma reconcilia??o, ent?o alguém teria que enfrentar a realidade de sua situa??o. Alguém também tem que reconhecer que está na presen?a de Deus. Os levitas se aproximam de Deus em ora??o, reconhecendo o nome da Sua glória. Essa designa??o foi ensinada por Moisés (?xodo 20.17) e é repetida em Apocalipse 15.4. A express?o ‘o nome glorioso’ ocorre somente quatro vezes no Antigo Testamento, mas a frase como é usada aqui se encontra somente no Salmo 72.19. Para ser reconciliado com Deus, algúem tem que manter este conceito de Deus antes de tudo.b) 9:5b-37 – A Ora??o de Confiss?oA ora??o registrada neste capítulo é a ora??o mais longa da Biblia. Ela tem pelo menos duzentas referências e cita??es de outras partes do Antigo Testamento. ? similar à ora??o de Esdras 9.6-15. Resume a atividade redentora de Deus, como vemos em outras ora??es na Bíblia também (Salmo 78.5-72 e Atos 7:2-47). Poder-se-ia resumir a ora??o assim: A bondade de Deus apesar da ingratid?o do seu povo. ? uma confiss?o e às vezes é uma profiss?o. Na ora??o o povo professa sua fé em Deus e por sua vez confessa seus pecados. ? um bom modelo de considerar em nossa reconcilia??o com Deus. Nos versículos 6-15, Deus é o tema de cada versículo. A ora??o é um tributo a natureza de Deus, suas obras, e sua justi?a, serviu de confirma??o, reflex?o e resumo do que se leu no livro da Lei.i) 9. 5b-25 – A Obra Redentora de DeusQuando se ler a ora??o, nota-se o tema da obra redentora de Deus. Nos versículos 5 e 6 há um reconhecimento de Deus como Criador e Soberano sobre tudo (veja o comentário acima, para entender melhor a soberania de Deus.).? ora??o segue uma declara??o da fidelidade de Deus usando Abra?o como exemplo. A fidelidade de Abra?o é usada em compara??o da justi?a de Deus. ? importante notar que este versículo é a única referência no Antigo Testamento, depois de Gênesis, da mudan?a do nombre de Abra?o (Gênesis 17:5) de Abr?o (??????? – ?ǎ??rām – pai exaltado) para Abra?o (????????? – ?ǎ??rā?hām - pai de muitas na??es). N?o é por casualidade que se inclui isso na ora??o. A mudan?a do nome se refere à maneira como Deus se relaciona com Abra?o e sua descendência de forma unilateral. Isso é um enfoque chave da presente ora??o. Além disso, o pacto mencionado é a base em que Deus oferece sua gra?a como vemos na ora??o. As na??es mencionadas s?o as que que foram expulsas de Cana? durante o tempo de sua conquista sob a lideran?a de Josué.Nos versículos 9-12, a ora??o celebra a misericórdia de Deus (liberta??o) usando uma referência ao acontecimento histórico do êxodo relatado em ?xodo 1-19. A isso segue (vs. 13-15) um reconhecimento da providência de Deus (lei e sustento). A primeira confiss?o segue nos versículos 16-18 por meio de admitir sua rebeldia. ? nos versículos 19-21 que a ora??o enfatiza a compaix?o que Deus tem para com o povo. A compaix?o é demonstrada pela misericórdia de Deus apesar da desobediência do povo. A palavra faltou na express?o e nada lhes faltou (v. 21) é a mesma palavra no original que Davi usou no Salmo 23, quando escreveu: nada me faltará. Isso mostra a profundidade do que o povo sentia da providência de Deus. Depois segue um reconhecimento da prote??o de Deus. Os Israelitas poderiam vencer os inimigos somente pela obra de Deus. A promessa desta prote??o e bên??o ( v. 23) nos faz recordar a promessa de Deus feita a Abra?o (Gênesis 12.1-3; 15.5).Em tudo isso, versículo após versículo, conceito por conceito, notamos o tema da obra redentoda e soberana de Deus.ii) 9. 26-35 – A Confiss?o de PecadoNos versículos 26 a 35 lemos como sobre a confiss?o séria de pecados. Note o contraste entre a desobediência do povo e a misericórdia de Deus. O contraste é enfatizado com a referência a ‘mas eles’ (o povo) no v.26 e ‘mas tu’ (Deus) no v. 31. ? um contraste da grande distin??o que sempre existe entre Deus e Seu povo. Mas, é um contraste que é reconciliado pela obra redentora de Deus em Seu Filho Jesus Cristo.A confiss?o contém palavras com um significado tremendo. Quando lemos estes versículos vemos palavras tais como provocaram, rebelaram, mataram, abomina??es, afligiram, dominaram, pecaram, endureceram, para descrever a disposi??o do povo contra Deus. Mas, apesar de tudo isso, o povo recorda a misericórdia de Deus (versículos 17, 19, 27, 28, 31). No versículo 31, por exemplo, lemos o seguinte acerca do Deus misericordioso com seu povo, “Mas, pela tua grande misericórdia, n?o acabaste com eles nem os desamparaste; porque tu és Deus clemente e misericordioso”. O reconhecimento da profundidade do pecado é um pré-requisito da reconcilia??o com Deus.Nos versículos 26-31 temos uma referência à época histórica dos juízes. S?o três exemplos de desobediência que o povo humildemente reconhece. Um nos versículos 26 e 27. Outro no versículo 28. E o terceiro nos versículo 28-31. Que paciência tem Deus para com Seu povo! Assim, o povo admite a sua responsabilidade individual. Mas, ainda mais óbvio nos versículos 32-35 é a responsabilidade corporativa.Note no versículo 32 os adjetivos que descrevem Deus. ‘Grande’ se refere à realidade que Deus é muito maior do que podemos considerar. ‘Forte‘ se refere ao poder de Deus. ‘Temível’ se refere à dist?ncia que há entre Deus e seu povo, uma dist?ncia que merece reverência e respeito. Com tudo isso, há um reconhecimento de que est?o de acordo com o princípio da justi?a divina (v. 33) Neemias enfatiza a disposi??o e a atitude do povo em toda a ora??o.iii) 9. 36 e 37 – A Peti??o de MisericórdiaAo final da confiss?o, o povo registrou seu júbilo por haver podido voltar à sua terra. Mas, com este júbilo também expressaram dor porque estavam debaixo de um reino gentil. Eram escravos (v. 36) apesar de estarem em sua própria terra, porque n?o desfrutaram a independência que antes tinham. A men??o disso implica uma peti??o para que Deus siga mostrando sua misericórdia, sua bondade, e sua gra?a para eles.O versículo 38 na Biblia hebraica forma o primeiro versículo do capítulo 10. Serve de conclus?o a ora??o e por sua vez serve de introdu??o ao capítulo 10 sobre o pacto que selaram. O estudaremos na próxima sess?o como introdu??o ao compromisso e pacto que Deus fez com o povo. Portanto é importante ver aqui que a ora??o terminou com um forte compromisso da parte do povo.PERGUNTAS DE ESTUDO PARA A SESS?O CINCO 1. Como a soberania de Deus é mostrada no livro de Neemias?2. Quais s?o as três etapas do avivamento do povo de Deus em Neemias?3. O que é o tema principal da ora??o em Neemias 9:5b-36?4. Que papel exerce o pacto de Deus com a história de Deus e seu povo?5. Quais s?o as três divis?es da ora??o em Neemias 9?6. Como se relaciona esta passagem ao reino de Deus? Como poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira esta passagem apresenta Cristo? Como se relaciona isso ao ‘Ladrilho da Reconcilia??o’ para a lideran?a bíblica? 8. Que esta passagem ensina sobre ‘a Grande Comiss?o’ da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a que ensina a leitura desta sess?o. Como o mostra?10. Qual versículo chave da passagem estudada você memorizará?CAP?TULO 6: O LADRILHO DO CAR?TER DO L?DER (Neemias 9.38-10.39) Comentário sobre o pactoNo capítulo 10 Neemias escreve sua reafirma??o do pacto com Deus da parte dos israelitas. Note que n?o era um pacto novo, mas uma reafirma??o de um pacto já estabelecido, mas que nesse momento foi renovado. Consideremos este pacto. O que é o pacto? Como se iniciou? Quais s?o os elementos? Que import?ncia tem?O pacto é a rela??o entre Deus e Seu povo, iniciado por Deus no qual ele disse: “Eu sou o teu Deus”, e o povo responde: “Nós somos teus filhos”. O pacto é iniciado por Deus e os termos do pacto tem sua origem em Deus.J. Gresham Machen, fundador do Westminster Theological Seminary, descreve o pacto da seguinte maneira:Deus segue sendo o soberano absoluto nos pactos que estabelece e em tudo o que faz. O homem n?o faz um contrato com ele em nada, nem mesmo remotamente, à igualdade. O pacto é uma express?o da vontade de Deus, n?o do homem, e o homem deve aceitar as condi??es que se lhe prop?e, confiar que a vontade de Deus é santa, justa e boa, e ordenar sua vida em conseqüência dela.No pacto com Deus há quatro elementos: 1. Os partidos: Há dois partidos: Deus e o homem.2. As promessas: Deus promete ser Deus do povo e o povo promete ser o povo de Deus;3. As condi??es: Se o homem cumpre perfeitamente os mandamentos de Deus, Deus lhe dará vida eterna;4. A penalidade: Deus n?o pode romper o pacto, mas se o homem rompe o pacto, a penalidade é a morte espiritual.O pacto é uma amostra da gra?a de Deus para com o homem. ? certo que há condi??es. E o problema é que depois da queda de Ad?o no jardim do ?den, é impossível que o homem satisfa?a a condi??o de obediência perfeita. Mas, este problema se resolve quando Deus faz uma promessa aos que ele tem chamado para serem seus filhos. A esses, Deus dá tudo o que se necessita para cumprir com o pacto por meio da obediência perfeita de Jesus Cristo na cruz.No Antigo Testamento há várias administra??es do pacto:1. O pacto de Obras (Gênesis 2.16-17). No jardim do ?den Deus fez um pacto quando ele disse “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal n?o comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.2. A Primeira Revela??o do Pacto (Gênesis 3.15). O conteúdo dos pactos de gra?a no Antigo Testamento é baseada na promessa de Jesus Cristo (a semente de Eva) que virá. Isto está claro quando Deus disse a Satanás “porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabe?a, e tu lhe ferirás o calcanhar”.3. O Pacto com Noé (Gênesis 9.11). Deus promete que n?o voltará a destruir todo ser vivente por meio do dilúvio. “Estabele?o a minha alian?a convosco: n?o será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra”.4. O Pacto com Abra?o - Deus formalizou pela primeira vez seu pacto de gra?a. O conteúdo deste pacto, formalizado simbolicamente em Gênesis 15, ratificado em Gênesis 17 com a circuncis?o, se encontra em Gênesis 12. 2, 3: “de ti farei uma grande na??o, e te aben?oarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bên??o! Aben?oarei os que te aben?oarem e amaldi?oarei os que te amaldi?oarem; em ti ser?o benditas todas as famílias da terra”.5. O pacto Sinaítico (?xodo 19.5). ? uma confirma??o do pacto com Abra?o quando Deus disse a seu povo: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha alian?a, ent?o, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha”. As condi??es do pacto s?o registradas nos dez mandamentos em ?xodo 20.1-17, e é formalmente ratificado em ?xodo 24.6. O Novo Pacto (Romanos 4, Gálatas 3). O pacto velho no Antigo Testamento é desenvolvido e cumprido no novo pacto do qual Jesus Cristo é o mediador. No Novo Testamento n?o somente os judeus s?o incluídos, mas também se faz universal, estendido a todas as na??es.O pacto se renovava periodicamente em distintas formas durante a história de Israel. Mas, sempre é o mesmo pacto, com o conteúdo e a história apresentada acima. Em Neemias 10, temos um exemplo mais da reafirma??o do mesmo pacto da parte do povo. Em seu comentário sobre Neemias 10.1, Matthew Henry diz:Quando Israel primeiramente entrou no pacto com Deus, o fez por meio do sacrifício e com aspers?o de sangue (?xodo 24). Mas aqui se fez de uma maneira mais natural e comum, por meio de selar e confirmar os artigos do pacto que os chamava a fazer nada mais do seu dever.Este pacto é o mesmo pacto que regula nossa rela??o com Deus hoje em dia também. Tem os mesmos elementos, o mesmo conteúdo, a mesma gra?a de Deus por meio do Mediador do pacto, o Senhor Jesus Cristo. Tal como Deus prometeu vida eterna por meio de seu pacto no tempo de Neemias, assim nos promete o mesmo hoje. ? este pacto que forma a base do caráter do líder bíblico como veremos na passagem que estudaremos para este capítulo.Leitura e Comentário de Neemias 9.38-10.39Tudo o que lemos em Neemias 9.38-10.39 é uma confirma??o do nosso título da sess?o: O ladrilho do Caráter do Líder. Os primeiros cinco ladrilhos da lideran?a crist? que temos estudado formam parte do caráter do líder também. Mas, na presente sess?o veremos que o compromisso pessoal do discípulo ante Deus é o ladrilho que mostra a sinceridade e atitude espiritual que é t?o importante para o caráter do líder crist?o. O capítulo 10 do livro de Neemias desenvolve o caráter do líder na presen?a de Deus, um sexto ladrilho da lideran?a bíblica.A passagem se poderia dividir em duas partes:9.38-10.39 – Um Compromisso Renovadoa) 9.38-10.29 –Os assinantes do Pactoi) 9.38 – Introdu??o ao Pactoii) 10:1-27 – Os Líderes Firmam o pactoiii) 10.28,29 – O Povo firma seu acordob) 10.30-39 – O Conteúdo do pactoi) v. 30 – Reforma da Famíliaii) v. 31 – Reforma do dia do repousoiii) vs. 32-34 – Reforma do Temploiv) v. 35 - As Primíciasv) v. 36 - Os Primogênitosvi) vs. 37-39 - Os Dízimos 9.38-10.39 – Um Compromisso RenovadoVimos a leitura da Lei (Neemias 8) e a resposta de confiss?o e reconcilia??o com Deus (Neemias 9). Agora em Neemias 10, veremos o compromisso do povo por meio de reconfirmar o pacto com Deus. Como vimos em Comentário sobre o Pacto, o que eles confirmaram n?o era um pacto novo, mas uma reafirma??o do mesmo pacto que Deus havia feito com seu povo. Segundo a Lei de Moisés, depois de um período em que o pacto tinha sido ignorado, haveria que renová-lo (?xodo 34; 1 Samuel 12; 2 Reis 23)a) 9.38-10.29 – Os assinantes do Pactoi) 9:38 – Introdu??o ao pactoA Bíblia hebraica come?a o capítulo 10 com Neemias 9:38. Se levarmos em conta que o desenvolvimento da narrativa, creio que esta reda??o tem mais sentido. Ainda que se possa argumentar que o versículo forma uma boa conclus?o à confiss?o que se encontra em Neemias 9, o versículo serve melhor de introdu??o à renova??o do pacto de que trata o capítulo 10.A reafirma??o do pacto que Neemias dirigiu é o cumprimento do que profetizaram os profetas Jeremias e Isaías. Jeremias profetizou em Jeremias 50:5, “Perguntar?o pelo caminho de Si?o, para onde voltar?o seus rostros, dizendo: Vinde, e chegamo-nos ao Senhor com pacto eterno que jamais se ponha em dúvida.” Isaías o confirma em Isaías 44:5, “Um dirá: Eu sou do SENHOR; outro se chamará do nome de Jacó; o outro ainda escreverá na própria m?o: Eu sou do SENHOR, e por sobrenome tomará o nome de Israel”.Matthew Henry anota algumas coisas importantes quanto ao acordo que o povo estava por selar.1) fazemos fiel promessa – foi uma resolu??o profunda sem possibilidade de anular.2) O pacto se fez com considera??o séria, respondendo a leitura da lei (capítulo 8), jejum e ora??o (capítulo 9).3) e a escrevemos, firmada... – foi selado para ser arquivado permanentemente, para que pudesse ser testemunho contra eles se algum dia o ignorasse.4) firmados por nossos príncipes, por nossos levitas e por nossos sacerdotes’ – foi um consenso mútuo e un?nime para dar mais seriedade e confirma??o ao ato.Alguns comentários sobre algumas palavras no hebraico original s?o importantes neste versículo. A palavra ‘promessa’ se poderia traduzir como ‘pacto’. N?o é parte da constru??o da ora??o no original. A palavra é incluída na tradu??o por implica??o do contexto. Mas, argumento que deve ser traduzida por pacto porque a palavra ‘fazemos’ no verso 38 vem da raiz da palabra hebraica ?????? karat. Essa palavra é a que se usa quando se fala do pacto entre Deus e seu povo. Por exemplo, em Gênesis 15.18 lemos, “Naquele mesmo dia, fez o SENHOR alian?a com Abr?o...”. A palavra traduzida por fez neste versículo é a mesma palavra ‘karat’ que se usa em nossa passagem para ‘fazemos’. Isso quer dizer que o que sucede em Neemias 10 n?o é um acordo ou promessa qualquer. ? uma renova??o do pacto que Deus fez e renovava com seu povo durante a história do Antigo Testamento (ver o comentário acima para mais informa??o sobre o pacto). E agora, neste capítulo temos o acontecimento da renova??o sob a lideran?a de Neemias e Esdras.ii) 10.1-27 – Os Líderes firmam o pacto? interessante que Esdras n?o está incluído na lista dos que participaram da renova??o do pacto. Ele estava bem envolvido em capítulos 8 e 9. Portanto agora sua miss?o foi cumprida, porque agora o povo lia o Livro da lei e a entendia sem ajuda. Os que firmaram o pacto eram alguns representantes dos príncipes. Também levitas e sacerdotes foram escolhidos para firmar o acordo da parte do povo.O primeiro que firma o pacto é Neemias (10:1) para ser exemplo do que esperava os demais. Logo o firmou Zedequias (possivelmente seu assistente). A ele seguem 21 sacerdotes (vv. 2-8). Os 17 levitas (vv. 9-13) seguem na lista. Depois seguem 44 nomes de outros líderes. Todos os firmantes o fazem, seguindo a dire??o de Neemias, e representando o povo, cada um em seu ofício ou posto de lideran?a, reconhecidos pelo povo.iii) 10.28, 29 – O povo afirma seu acordoAdemais dos firmantes formais, lemos no versículo 28 que todo o povo se p?s de acordo com o acordo do pacto: O restante do povo: sacerdotes, levitas, porteiros, cantores, servidores do templo e todos os que se separaram dos povos vizinhos por amor à Lei de Deus, (ver 9.2), e todas as esposas e filhos deles. Alguns consideram que os servidores do templo a que se refere, s?o descendentes dos Gibeonitas (Josué 9.3) que fizeram trabalho manual no mantimento do tabernáculo (Esdras 8.20).Segundo o versículo 29, todos eles fizeram duas coisas:1. “se uniram aos seus irm?os, os nobres...”;2. “se obrigam sob maldi??o e sob juramento a seguir a Lei de Deus...”.Ou seja, que se uniram para comprometer-se a Deus n?o somente individualmente, mas corporativamente como povo inteiro.O jurar era um ato legal do pacto de Moisés em que duas partes, Deus e o povo, se comprometem. Por toda a história de reden??o, todos os pactos com Deus pedem obediência que procede da fé em Deus. Um dos princípios da hermenêutica bíblica é que se deve comparar a Escritura com outra Escritura para entendê-la bem. Temos um bom exemplo deste princípio por meio de ver que a Biblia nos explica o conceito do que significa ‘jurar’ em outra parte do livro de Neemias. A palavra se encontra em Hebreus 6.16, onde lemos, “Os homens juram por alguém superior a si mesmos, e o juramento confirma o que foi dito, pondo fim a toda discuss?o.” Aplicando isso ao contexto de Neemias, vemos que o povo está jurando a um que é maior que eles, Deus mesmo, que é soberano sobre tudo.b) 10.30-39 – O Conteúdo do Pacto.Há três características gerais do pacto com Deus: 1. A autoridade da palavra de Deus. Cada uma das promessas vem em resposta a alguma declara??o da lei que eles leram (capítulo 8).2. A import?ncia do templo. A maior parte da reda??o do pacto tem a ver com cuidar do templo, os atendentes do templo, e seus servi?os religiosos. Neemias sabia que a inten??o de Deus era que o templo significava sua presen?a entre eles. Howard Vos o explica bem, “O templo... proveio a base religiosa e social para unir os membros da comunidade uns com os outros, e sobre todos a Deus e seu servi?o”.3. A responsabilidade do povo. Uma das palavras chaves é ‘nós’ em referência ao povo em comunidade. Comprometeram-se corporativamente a guardar a lei de Deus.Os particulares específicos do pacto est?o resumidos no versículo 29, “... que andariam na Lei de Deus...”. James Montgomery Boice resume os particulares em seis divis?es: i) Reforma na família (v.30) Dado que os pais de família arranjavam os matrim?nios, ent?o eles foram os que teriam responsabilidade para manter matrim?nios puros. A prática de n?o casar-se com estrangeiros n?o era por raz?es de racismo, sen?o por raz?es religiosas. Neemias enfrenta este tema também no capítulo 13.23-29. Outros líderes também dirigiram ensinamentos quanto a isso (Malaquias 2.10-16; Esdras 9.1). No Novo Testamento, parece que o problema continuava, porque o apóstolo Paulo refere a isso com uma paix?o intensa em 2 Corintios 6.14 – 7.1.ii) O Dia do Dia de Repouso (v.31)O guardar o dia de repouso era o quarto mandamento dos dez mandamentos (?xodo 20.4-6). Alguns consideraram que comprar dos negociantes estrangeiros n?o colocaria os judeus a trabalhar, ent?o consideraram que n?o haveria problema. Mas, aqui se nota que o povo reconheceu que qualquer transa??o no dia do dia do repouso era contra o quarto mandamento. No capítulo 13.15-22, Neemias trata o tema com franqueza. Veremos isso na última sess?o.iii) Reforma do Templo (vs. 32-34)O povo oferecia seus dízimos vonlutariamente e n?o por obriga??o. Este compromisso foi estabelecido por Deus para prover as necessidades do templo para os sacrifícios diários, semanais e para as festas cerimoniais. O povo se comprometeu a prover a lenha regularmente, família por família, para os sacrifícios. Até agora os servidores do templo tomaram responsabilidade para isso, mas segundo Neemias 7.60, somente 392 regressaram do exílio. Neemias iniciou este novo sistema para atender a necessidade de manter fogo constante nos altares.iv) As Primícias (v. 35)Estas foram apresentadas como a??o de gratid?o a Deus pela colheitav) Os Primogênitos (v.36) A referência é aos primeiros nascidos tanto de suas famílias (filhos var?es para servi?o a Deus) como do gado (para os sacrifícios).vi) Os Dízimos (vv.37-39) Eram usados para manter os levitas e os sacerdotesEsta divis?o por Boice é uma boa análise. Mas creio que se revisarmos as últimas reformas, notaremos que s?o relacionadas com a terceira reforma, ou seja a do templo. Meu estudo da passagem me convence mais que devemos dividir as reformas em três com os últimos pontos relacionados à terceira reforma:1. Reforma da Familia (v. 30);2. Reforma do Dia de Repouso (v. 31);3. Reforma do Templo (vs. 32-29).A última linha do capítulo (v. 39) “...e, assim, n?o desampararíamos a casa do nosso Deus” resume a inquietude que o povo tinha pelo templo e seus servi?os. Esse tema é central nos últimos três profetas (Ageu, Zacarias e Malaquias) que profetizaram durante essa mesma época. O fato de que estavam preocupados com o cuidado do templo é uma indica??o de que o povo levou a sério sua reafirma??o do pacto. O pacto regulava sua rela??o com Deus e o templo foi o símbolo da presen?a de Deus entre eles.PERGUNTAS DE ESTUDO PARA A SESS?O SEIS1. Qual é a defini??o de ‘pacto’ no sentido bíblico?2. Quais s?o os elementos do pacto com Deus?3. Quem firmou o pacto no capítulo 10?4. Quais s?o os três conteúdos básicos do pacto que o povo confirmou?5. Quais s?o os três temas inclusos no pacto segundo o autor do curso?6. Como se relaciona esta passagem ao reino de Deus? Como poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira esta passagem apresenta Cristo? Como se relaciona isso ao ‘Ladrilho do Caráter do Líder’ para a lideran?a bíblica? 8. O que esta passagem ensina sobre ‘a Grande Comiss?o’ da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a que ensina a leitura desta sess?o. Como o mostra?10. Qual versículo chave da passagem estudada você memorizará?CAP?TULO 7: O LADRILHO DA GRATID?O (Neemias 11.1-12.47)Comentário sobre a Gratid?oEm meu país de origem, Canadá, gostamos de celebrar o dia de A??es de Gra?as. Outros países tem dias separados especialmente para dar gra?as a Deus, cada um com sua história para a ocasi?o. ? um bom costume estabelecer um dia para dar gra?as a Deus. Mas, me pergunto: por que temos que separar um dia especial para dar gra?as a Deus? N?o é certo que realmente cada dia deva ser um dia para dar gra?as a Deus? Seja como for, a realidade é que hoje em dia temos os dias especiais de A??es de Gra?a.Quando se originou o costume de dar gra?as a Deus? Acaso se originou com algum momento histórico em algum país em particular? Em Neemias 12, temos um exemplo de um dia de A??es de Gra?as. Mas, se lermos a Bíblia, notaremos que há muita ocasi?es nas quais o povo de Deus dava gra?as. Revisemos algumas dessas ocasi?es.Em Gênesis 4 temos a primeira ocasi?o, registrada na Bíblia, de a??es de gra?a. ? o exemplo do sacrifício de Abel. Lemos em Gênesis 4.4: “Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste”. N?o temos indica??o do porquê Abel ofereceu seu sacrifício. Todavia n?o há mandato de Deus que se requeira algum sacrifício. Presume-se que Abel sentiu-se grato pelo que Deus lhe havia provido, e ent?o, queria devolver algo a Deus para expressar sua gratid?o. O sangue derramado nos sacrifícios de Abel sinaliza o sangue de Cristo que viria e que derramaria seu sangue como sacrifício pelos pecados do mundo. Realmente isso, deve ser motivo principal para nossas a??es de gra?as. Lemos que Deus aceitou o sacrifício de Abel no mesmo versículo 4: “Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta”.Sem dúvida havia outras ocasi?es de a??es de gra?as da parte do povo de Deus. Mas a próxima ocasi?o bíblica notável é o sacrifício de Noé depois do dilúvio, em que sobreviveram apenas Noé e oito membros de sua família. Lemos em Gênesis 8.20: “Levantou Noé um altar ao SENHOR e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar”. Imagine a gratid?o que sentia a familia de Noé depois de haver sido resgatado do dilúcio somente pela gra?a de Deus. Deus havia escolhido a Noé e sua família para que de sua linhagem viesse o Messias, Jesus Cristo. Tal como Noé e sua família foram salvos da morte, assim nós somos redimidos de nossos pecados pelo sacrifício de Cristo na cruz. Deus respondeu com favor ao sacrifício de a??es de gra?as de Noé. Lemos em Gênesis 8.21: “E o SENHOR aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: N?o tornarei a amaldi?oar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz”. Deus continua provendo as necessidades do seu povo. Lemos dos sacrifícios de Abra?o, Isaque e Jacó e de suas famílias. No passar do tempo veio outra ocasi?o notável para oferecer gratid?o a Deus com as celebra?es da páscoa. Havendo estado 430 anos sob escravid?o no Egito, Deus providenciou uma liberta??o milagrosa por meio das dez pragas e depois no Mar Vermelho. Faraó intentou destruir n?o somente os israelitas, mas com eles o plano de Deus para a reden??o do mundo. E mais uma vez, pela gra?a de Deus, Ele vence o inimigo, e os israelitas s?o libertados. Como símbolo dessa liberta??o, Deus instruiu o povo que celebrasse a páscoa. A páscoa foi estabelecida por Deus como uma festa de a??es de gra?as pelo que ele lhes havia feito. Isso foi mais um sinal de que Deus mandaria Seu Filho Jesus Cristo para oferecer salva??o do grande inimigo, Satanás. Em ?xodo 12.14, lemos o seguinte quanto á celebra??o da páscoa: “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gera??es o celebrareis por estatuto perpétuo”. Em Deuteron?mio 8 temos outra raz?o de gratid?o a Deus. Aqui o povo estava para entrar na terra prometida. Ali lemos que durante 40 anos de viagem no deserto, Deus lhes havia providenciado água e comida e n?o havia se gastado suas roupas. Agora estavam para entrar na terra que Deuteron?mio 8.7 diz que era “boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas”. Mas Deus conhecia bem a seu povo. Ele sabia que o povo ficaria acomodado com todos os bens da terra e que cedo ou tarde se esqueceria dele. Isso é também o que aconteceu no contexto de Neemias. O povo havia esquecido de Deus. Mas, em Deuteron?mio 8.11-14 lemos: Guarda-te n?o te esque?as do SENHOR, teu Deus, n?o cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno; para n?o suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas; depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu cora??o, e te esque?as do SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servid?o.Em seguida lemos em Deuteron?mio 8.19-20 do que acontecedia se eles se esquecessem de Deus e se n?o lhe dessem gra?as, como Ele merece. Ali lemos:Se te esqueceres do SENHOR, teu Deus, e andares após outros deuses, e os servires, e os adorares, protesto, hoje, contra vós outros que perecereis. Como as na??es que o SENHOR destruiu de diante de vós, assim perecereis; porquanto n?o quisestes obedecer à voz do SENHOR, vosso Deus. Foi exatamente isso o que aconteceu com Israel. E no contexto de Neemias, o povo reconheceu isso. Leram a Lei (Neemias 8), confessaram seus pecados (Neemias 9), reafirmaram o pacto (Neemias 10), habitaram em Jerusalém de novo (Neemias 11), e agora, depois de tudo isso, no capítulo 12, Neemias e Esdras dirige o povo em uma cerim?nia formal de dedica??o, um sacrifício de a??es de gra?as a Deus.Leitura e Comentário de Neemias (Neemias 11.1-12.47) Tudo que lemos em Neemias 11.1-12.47 é uma confirma??o de nosso título da sess?o: O Ladrilho da Gratid?o. Já temos visto seis características que formam cada um, um ladrilho para a composi??o da lideran?a bíblica. Nos últimos três capítulos de Neemias, ele enfatiza a import?ncia da gratid?o, um sexto ladrilho da lideran?a bíblica. Com isso entramos na terceira divis?o de Neemias, dividido em duas partes: A??o de Gra?as em Culto (o presente capítulo) e A??o de Gra?as no Servi?o (será objeto de estudo do próximo capítulo). Na primeira divis?o do livro de Neemias (1.1-7.3) vimos a restaura??o da muralha de Jerusalém. Na segunda divis?o (7.4-10.39) vimos a restaura??o interna do povo de Deus. Ahora, entrando na terceira divis?o veremos a restaura??o externa do povo de Deus.A passagem se poderia dividir em três partes:11.1-12.47 – A??o de Gra?as no Cultoa) 11.1-36 – Ocupando Jerusalémb) 12.1-26 – Listas dos Exilados que voltaramc) 12.27-47 – A Dedica??o da Muralhaa) 11:1-36 – Ocupando JerusalémPara entrar em um estudo de Neemias 11, teremos que voltar um pouco até o capítulo 7, versículo 4. Ali temos uma apresenta??o de um problema em Jerusalém: havia pouca gente na cidade. Ali lemos que “cidade era espa?osa e grande, mas havia pouca gente nela, e as casas n?o estavam edificadas ainda”. Por que havia t?o pouca gente em Jerusalém? Consideremos várias raz?es:1. Em 586 aC os Babil?nios capturaram a cidade, destruindo a infraestrutura e a muralha e levando a maioria da gente.2. Depois de 70 anos, alguns do exílio voltaram, mas a muralha ficou destruída por cerca de 70 anos mais (444 AC). Isso foi um total de 142 anos! Os ocupantes foram muitos desanimados e saíram para os povos.3. Havia muitos ataques da parte dos ?rabes e os Samaritanos. Em Neemias 11.6 lemos que os que ficaram em Jerusalém eram ‘fortes’. Mas, os poucos que ocuparam Jerusalém teriam que ser valentes neste ambiente de alto risco. A maioria n?o queria submeter suas familias a estes ataques.4. Os poucos que ficaram teriam que assumir muito trabalho com muita responsabilidade.Quando lemos em Neemias 11 no contexto de 1 Cr?nicas 9, depois do novo acordo da popula??o, uns dizem que haviam uns 10.000 habitantes em Jerusalém, outros estimam que houvessem até 20.000 habitantes. O número exato n?o é t?o importante. Mas, isso quer dizer que se eles escolhesem a décima parte para habitar Jerusalém (11.1), ent?o a popula??o total dos exilados que voltaram era um número entre 100.000 e 200.000.Na lista que Neemias dá dos residentes de Jerusalém, ele menciona somente os representantes das tribos de Judá, Benjamim e dos levitas. Segundo 1 Cr?nicas 9, notamos que havia alguns representantes de outras tribos também. Mas estes formaram o núcleo dos novos habitantes de Jerusalém, porque eles foram as tribos que formaram o reino de Judá (o reino do sul) que n?o foi levado pelos Assírios em 772 AC. Isso é importante, porque recordamos que temos que ver tudo isso na perspectiva da história de reden??o. Jesus Cristo viria da tribo de Judá que forma grande parte deste núcleo de novos habitantes de Jerusalém, cidade de Davi, de cuja linhagem viria o Messias e Redentor.No versículo 1 lemos que se decidiu que além dos chefes dos povos, uma décima parte dos que viviam em outros lugares ocupariam Jerusalém. ? uma aplica??o criativa do princípio do dízimo. O povo ‘lan?ou sortes’ para decidir quem deveria viver em Jerusalém. Antes que o can?n das Escrituras fosse fechado, o lan?ar sortes era a maneira de buscar a vontade de Deus. Eles criam no que escreveu Salom?o em Provérbios 16:33: A sorte se lan?a no rega?o, mas do SENHOR procede toda decis?o”.Neemias dá a Jerusalém o nome de ‘cidade santa’. Esta referência a Jerusalém n?o é muito comum. Há referência a isso também no versículo 18. Isaías também se refere a Jerusalém como a ‘cidade santa’ (Isaías 48.2; 52.1). A santidade vai expandindo: utensílios santos (Esdras 8.28) aos sacerdotes (Esdras 8.28); o povo (Esdras 9.2); o lugar santo (Esdras 9.8); os port?es (em Neemias 3.1) a palavra ?????? (qā??ǎ?) é traduzida como “arrumaram” no original é “consagrar” ou “santo” como faz a tradu??o espanhola em referência ao dia do repouso santo (9.14) - a cidade inteira é santa agora. A cidade com tudo o que nela havia chegou a ser santa, uma ‘casa de Deus’ que Deus prop?s construir (Hebreus 3:1-6).Além dos que foram escolhidos para ocupar Jerusalém por sortes, parece que havia também alguns que passaram a viver em Jerusalém voluntariamente (v. 2). Possivelmente isso era uns dos familiares dos escolhidos por sorte. Os homens valentes (v. 14) se refere n?o tanto a homens de valor, mas a homens capazes para o servi?o da casa de Deus. As pessoas mencionadas nos versículos 25 a 36 s?o os que ocuparam os lugares ao redor de Jerusalém. Comparando esta lista com Esdras 2.21-35 nota-se uma vez mais que Esdras e Neemias vêm da mesma época da história de Israel.b) 12:1-26 – Listas dos Exilados que Voltaram.Nos primeiros 26 versículos de Neemias 12 temos a lista dos que voltaram do exílio. ? a quarta lista de nomes no livro de Neemias (capítulos 3, 7 e 10). Com isso notamos a import?ncia dos detalhes da lista de nomes. Nos versículos vs. 1-9 Neemias menciona as famílias dos sacerdotes e dos levitas que voltaram do exílio. A lista é dos que voltaram com Zorobabel, fazendo uma conex?o entre os últimos capítulos do livro de Neemias e os primeiros capítulos do livro de Esdras.Alguns comentários sobre esta lista merecem aten??o. Zorobabel era descendente de Davi, neto do rei Joaquim. Ele foi o líder responsável para a constru??o da funda??o do templo (Esdras 3.8-10). Josué foi o sumo sacerdote durante este mesmo tempo (Zacarias 3.1; Ageu 1.1). O Esdras mencionado aqui n?o é o mesmo autor do livro de Esdras e que vemos em Neemias 8 e 9. Ele só viria uns 80 anos depois de Zorobabel, portanto o Esdras listado aqui veio do exilio com Zorobabel. Nos versículos 10 e 11 temos a sucess?o de seis gera??es dos sumo sacerdotes desde Jesua até Jodias. Nos versículos 12-21 mencionam-se os cabe?as da familia dos sumos sacerdotes no tempo de Joiaquim. Por último nos versículos 22-26 est?o anotados os levitas anteriores (22 e 23), e no tempo de Joiaquim (24 e 25) e seus cabe?as de família.c) 12.27-47 – A Dedica??o da Muralha? importante esclarecer que a dedica??o narrada em Neemias 12.27-47 n?o é somente para a muralha, mas para o templo também, reconstruído sob a lideran?a de Esdras, e a nova comunidade que agora habita em Jerusalém. Além disso, era uma celebra??o de renova??o que o povo acaba de experimentar na leitura da lei (capítulo 8) na confiss?o (capítulo 9), e na renova??o do pacto (capítulo 10). A dedica??o segue o exemplo estabelecido pela dedica??o dirigida por Salom?o do templo original (2 Cr?nicas 5-7), e a dedica??o dirigido por Esdras do segundo templo (Esdras 6.16-18). A celebra??o incluiu gratid?o (v. 17, 24), a confiss?o (v. 30), o sacrifício (v. 43), o gozo (v. 43), e as ofertas (v. 44).Alguns comentários consideram que segundo Neemias 13.6, a dedica??o se levou a cabo uns 12 anos depois quando Neemias voltou pela segunda vez de seu tempo na Persia. Mas a maioria considera que foi algumas semanas depois. Para um mapa das atividades da dedica??o veja o apêndice 4: Jerusalém no Tempo de Neemias.Neemias poderia ter escrito o acontecimento da dedica??o da muralha depois do capítulo 7, versículo 3, quando terminaram o muro. Mas ele redige seu livro para que o ato da dedica??o fosse narrado como um clímax dos acontecimentos. A dedica??o feita com júbilo era para dar gra?as a Deus por seu ato de restaurar físicamente sua ‘cidade santa’ e seu povo santo. Nessa a??o de gra?as o povo rendeu culto a Deus pela renova??o tanto externa (a muralha) como interna (o cora??o do povo). Por isso a dedica??o teria que ocorrer e seu acontecimento foi anotado no livro de Neemias depois que a renova??o foi completada.O tema dominante da dedica??o é a gratid?o. A palabra que se traduz como ‘coros’ na Reina Valera 1960 é a palavra hebraica ‘towdah’ (???????). O significado da palavra em hebreus é “confiss?o, louvor, gratid?o para a) dar louvor a Deus, b) gratid?o em c?nticos de culto litúrgico ou hinos de louvor, c) coro de gratid?o ou prociss?o ou linha ou companhia, d) oferenda ou sacrificio de gratid?o, ou e) confiss?o”. A mesma palavra é usada também nos versículos 27, 38 e 40 de Neemias 12. S?o as únicas referencias a essa palavra em todo o livro de Neemias. Quando uma palavra é pouco encontrada em um livro da Biblia e se encontra quatro vezes dentro do mesmo capítulo e, de fato, quatro vezes dentro de 14 versículos, é uma indica??o que é uma palavra muito importante. Mas desafortunadamente, em nenhuma vers?o bíblica espanhola mais conhecida se traduz com referência a gratid?o. No contexto da nossa passagem, os quatro significados poderiam ser utilizados. Mas a terceira op??o é o melhor. Cada um dos quatro usos da palavra em Neemias 12 dever?o ser traduzidos tomando em conta a terceira op??o da tradu??o mencionada acima, “coro de gratd?o ou prociss?o ou linha ou companhía”. Matthew Henry corretamente escolhe este uso em seu comentário quando ele traduz esta frase, “a companhía dos que oferecem gratid?o”. Essa também é a raz?o pelo qual vemos que o ladrilho da lideran?a bíblica que se mostra neste capítulo é o ladrilho da gratid?o ou a??o de gra?as. ? muito interessante notar que essa palavra é usada tanto para o coro de gratid?o que ia para a direita (v. 31) como para o coro de gratid?o que ia para a esquerda (v. 38), um dirigido por Esdras (v. 36) e o outro acompanhado por Neemias (v. 38).N?o está indicado onde se come?ou a prociss?o. Mas, que há muita semelhan?a entre a descri??o desta prociss?o e a rota que Neemias tomou para avaliar o muro originalmente (2.12-16). Poderiam ter come?ado no mesmo lugar, a porta do Vale, e dali cada coro de gratid?o marchando em sua respectiva dire??o. Mas n?o há dúvida quanto ao destino final, o templo (v. 40). Ali depois de seguir os requisitos da purifica??o (ver 1 Cr?nicas 23. 28) o povo rendeu culto a Deus.Tudo isso, afirma que a reconstru??o da muralha n?o era um monumento a for?a de Judá, sen?o era um monumento para a perpetua??o da glória de Deus, Seu nome, e o progresso da história da reden??o. O clímax foi os sacrifícios, dando gra?as a Deus, e isso com muito júbilo. A a??o de gra?as está focada em Deus como vemos no versículo 43: “Deus os alegrara com grande alegria...”. A profundidade do júbilo do povo é expressada ali mesmo dizendo que “o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe”. Note que a resposta do povo (v. 43) aos acontecimentos da dedica??o foi de oferecerem seus bens em uma a??o de gra?as a Deus. ? uma mostra do compromisso que fizeram (capítulo 10) de cuidar do templo e prover as necessidades do tudo isso, se vê que a inten??o de Neemias ao descrever a intensidade da celebra??o e a resposta do povo aqui era igual à festividade no tempo de Esdras (Esdras 6.12, 22).PERGUNTAS DE ESTUDO PARA A SESS?O SETE1. Como se relaciona o tema da gratid?o com a mensagem do livro de Neemias?2. Qual versículo apresenta o pano de fundo de Neemias 11 e 12?3. Qual porcentagem do povo ocupou de Jerusalém?4. Qual é o tema dominante da dedica??o?5. ?s vezes as pessoas passam por uma experiência espiritual muito elevada na vida que vai “por água abaixo” depois de um tempo. Vimos que isso aconteceu também no livro de Neemias. Como se poderia manter uma vida espiritual sempre animada?6. Como se relaciona esta passagem ao reino de Deus? Como poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira esta passagem apresenta Cristo? Como se relaciona isso ao “Ladrilho da Gratid?o” para a lideran?a bíblica? 8. O que esta passagem ensina sobre ‘a Grande Comiss?o’ da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a que ensina a leitura desta sess?o. Como o mostra?10. Qual versículo chave da passagem estudada você memorizará?CAP?TULO 8: O LADRILHO DO TESTEMUNHO (Neemias 13.1-13.31)Comentário sobre a miss?o em NeemiasA Bíblia é um livro missionário, porque é a Palavra de Deus ao mundo. A essência da mensagem da Bíblia é a proclama??o das boas notícias ao mundo. Para ter um entendimento claro do conceito de miss?o na Bíblia temos que levar em conta o conceito da história da reden??o (ver Comentário sobre a Perspectiva Histórica Redentiva no capítulo 2). A miss?o de Deus é o desenvolvimento de seu plano de salva??o do mundo, focado na pessoa e obra de Jesus Cristo.Dentro da história da reden??o há duas etapas em que se desenvolveu o plano de salva??o. As duas etapas se dividem entre o Antigo Testamento e no Novo Testamento. As etapas passam de uma à outra com o nascimento, ministério, morte, ressurrei??o e ascens?o de Jesus Cristo. A miss?o no Antigo Testamento geralmente seguia o modelo centrípeto (de fora para o centro). A miss?o no Novo Testamento segue o modelo centrífugo (do centro para fora). Um entendimento disso é importante se vamos estudar o conceito de miss?o no livro de Neemias.O modelo da miss?o centrípeta no Antigo Testamento é o modelo no qual Deus mantém o seu povo com todos os regimentos dados no Pentateuco. O foco se concentrava nos judeus como o povo de Deus. A atra??o dos gentios (n?o-judeus) era o meio deles virem de fora da sua terra para viver com os judeus em sua terra, seguindo seus costumes e sua cultura. Assim, eles aprenderam a Lei de Deus e so costumes ditados por Deus. Em palavras claras, pode-se dizer que o modelo centrípeto era venha e veja. O modelo da miss?o centrífuga no Novo Testamento é o modelo no qual Deus manda a seu povo proclamar as boas novas às na??es. Este modelo come?ou no dia de Pentecostes. O livro de Atos nos conta toda a história da nova iniciativa, mandado por Jesus Cristo “Ide e fazei Discipulos” (Mateus 28.16-20). Este modelo é o que seguimos hoje em dia até que venha o Senhor na segunda vinda. O foco se concentra n?o nos judeus, mas nos gentios. A atra??o dos gentios é feita por meio de os crist?os irem ao mundo buscar os que o Senhor chamou para ser seu discípulo. Em palavras chaves, pode-se dizer que o modelo centrífugo é vá e proclame.O contexto missionário de Neemias é o do Antigo Testamento. Segue o modelo missionário centrípeto. No Antigo Testamento havia pouco exemplo de estrangeiros que fizeram parte do povo judeu, mas sim, há alguns (ex.: Rute e Raabe). Também nota-se que de forma geral, quando entraram estrangeiros pag?os a viver em Israel, os judeus tendiam a seguir a religi?o deles em vez dos estrangeiros adotarem a fé dos judeus. Isso é o contexto particular de Neemias. Quando ele veio, o povo havia esquecido-se de Deus e haviam adaptado à religi?o dos gentios pag?os que viviam entre eles. Depois da reforma que dirigiu, ele voltou para a Pérsia e o que aconteceu? O povo voltou a seguir falsos deuses, falsos ensinos e falsas práticas. ? neste contexto missionário que devemos entender as passagens em Neemias pois tem a ver com sua rela??o com os gentios pag?os dos países ao redor deles. Neemias insistiu que se apartassem deles (Neemias 9.2; 13.23-27). Isso porque os estrangeiros influenciavam os judeus em vez do testemunho dos judeus mudar os que vinham de fora. A idéia era que o povo vivesse em santidade e unidade com Deus, em rela??o fiel com Deus através do pacto, para ser um exemplo para os pag?os, de que eles eram o verdadeiro povo de Deus.O que acontece no livro de Neemias é que a miss?o de Deus tinha que estender-se n?o aos pag?os que viviam ao redor de Jerusalém e Judá. Mas que a miss?o de Deus tinha que impactar ao povo de Israel mesmo, porque haviam se afastado de Deus. Neemias tinha que restaurar o povo que deveria servir de testemunho fiel para os estrangeiros. Por isso, havia que restaurar n?o somente a cidade, mas também o cora??o do povo judeu.A miss?o de Deus na época da história da reden??o em que vivia Neemias era a de voltar de apresentar a Palavra de Deus a seu próprio povo para transformar seu cora??o. Isso se fez por meio da leitura da lei (capítulo 8). O povo respondeu com confiss?o de pecado (capítulo 9) e depois com a confirma??o do pacto (capítulo 10). A confirma??o do pacto é como uma miss?o cumprida. Só que Neemias tinha que voltar a fazer isso de novo depois de um período de ausência, porque o povo voltou a separar-se.O modelo que Neemias seguiu na miss?o de Deus era um modelo de transformar a comunidade de fé para que servisse de testemunho da glória de Deus ao mundo. As duas vezes que Neemias dirigiu suas reformas no povo, ele seguiu o mesmo modelo de dar aten??o à Palavra de Deus e buscar uma resposta a ela. Esta é a miss?o de Deus, n?o é? A miss?o de Deus é que todos escutem a Palavra de Deus e que responda a ela pela fé em Cristo, por meio da obra do Espírito Santo.Kenneth Tollefson escreveu um artigo muito bom quanto à miss?o de Deus no livro de Neemias. No seu artigo Tollefson nota que todo o livro de Neemias é um livro em que se pode fazer um esbo?o que mostra as etapas da restaura??o do que ele chama a comunidade de Deus. O esbo?o que ele prop?e se resume assim:1. Capítulo 1 – Reformula??o – Estabelecendo uma vis?o de uma sociedade do pacto;2. Capítulo 2 – Comunica??o – Compartilhando a vis?o e recrutar apoio;3. Capítulo 3 – Organiza??o – Delegando o trabalho a líderes e grupos de trabalho;4. Capítulos 4-6 – Adapta??o – Respondendo estrategicamente à oposi??o;5. Capítulos 7-10 – Transforma??o – A reestrutura??o da sociedade;6. Capítulo 11-13 - Rotiniza??o – Integra??o à vida comunitária.O foco que Tollefson dá à miss?o se concentra no desenvolvimento da comunidade. Ele p?e muita ênfase nos aspectos sociais, econ?micos, políticos, etc. que ele crer deve ser transformado pelo Evangelho apresentado na Palavra de Deus. Na miss?o de Deus, devemos tomar cuidado em n?o ir para extremos de uma transforma??o social (comunitária) sem o acompanhamento de uma transforma??o espiritual. De igual maneira, tampouco devemos propor uma transforma??o espiritual sem esperar uma transforma??o social (comunitária).O modelo de miss?o que Jesus Cristo modela em seu ministério foi o de identificar-se com seu povo por meio da encarna??o. Ele desenvolve sua miss?o efetuando uma transforma??o espiritual do homem que impacta uma transforma??o social (comunitária) da qual é parte, de uma maneira integral. Esse é o modelo da miss?o que Neemias segue. Com a reconstru??o da muralha de Jerusalém (Neemias 1-6) Neemias se identifica com o povo e ganha sua confian?a. Depois ele procura dirigir uma transforma??o espiritual do povo de Deus (Neemias 7-10) e espera que essa transforma??o impacte a comunidade do povo (Neemias 11-13). Este é o modelo a que Deus chama sua igreja quando dá “a ordem de marchar” da igreja na grande comiss?o de Mateus 28.19: “Ide, e fazei discípulos de todas as na??es”. Leitura e Comentário de Neemias 13.1-13.31Chegamos ao último capítulo de Neemias, e também a última sess?o do curso. O que lemos em Neemias 13.1-13.30 é uma confirma??o do título do nosso capítulo: O Ladrilho do Testemunho. Temos visto sete características que formam cada um ladrilho para a composi??o da lideran?a bíblica. No último capítulo de Neemias, ele enfatiza a import?ncia da A??o de Gra?as por meio do testemunho do servo de Deus, um oitavo ladrilho da lideran?a bíblica.A passagem se poderia dividir em quatro partes:13.1-13.31 – A??o de gra?as em servi?o.a) 13.1-14 – Reformas do Templo.b) 13.15-22 – Reformas do Dia do Repouso.c) 13.23-29 – Reformas da Família.d) 13.30, 31 – Resumo das Reformas.13.1-13.31 – A??o de Gra?as em Servi?oSe esperaria um fim de esperan?a e júbilo no livro de Neemias, mas lastimavelmente, lemos o oposto no último capítulo. O livro termina com um acontecimento anti-climático de des?nimo. Lemos que o povo entrou em um tempo de apostasia a nível nacional, voltando a suas práticas velhas como sempre fazia em sua história. No duodécimo ano da estadia de Neemias em Jerusalém, ele voltou à Pérsia como era o acordo com Artaxerxes, rei da Pérsia. A permiss?o que Artaxerxes lhe concedeu para ir a Jerusalém era para estar ali por um tempo definido. Em Neemias 2.6 lemos, “Ent?o, o rei, estando a rainha assentada junto dele, me disse: Quanto durará a tua ausência? Quando voltarás? Aprouve ao rei enviar-me, e marquei certo prazo”. A dura??o do seu tempo na Pérsia n?o se sabe, mas depois de certo tempo, voltou a pedir permiss?o a Artaxerxes para regressar a Jerusalém (Neemias 13.6). Neemias recebeu notícias da situa??o e regressou da Pérsia para voltar a fazer algumas reformas. Com esta sua volta, ele chegou com o apoio do povo, da autoridade do estado e o prestígio do império Persa.Durante sua ausência, o povo esqueceu de seus compromissos recordados Neemias 8-12. Eles voltaram à rotina que seguia antes da vinda de Neemias. Samuel Schultz lo descrevia assim, Durante o tempo da ausência de Neemias, prevaleceu a frouxid?o religiosa. Eliasibe, o sumo sacerdote, havia concedido a Tobias o amonita, uma c?mara no átrio do templo. N?o se havia pago as retribuic?es aos levitas e os cantores do templo. E desde que o povo havia descuidado em levar as ofertas diárias, para o qual se havia concordado o dízimos e os primeiros frutos aos levitas, estes sairam ao campo a fazer sua vida.Neemias estava preocupado com o testemunho do povo. Ele sabia que a glória de Deus e a honra do nome de Deus estavam em jogo dependendo do testemunho que vivia o povo que levava o Seu nome. O profeta Ezequiel, que profetizou durante o tempo da primeira deporta??o dos israelitas à Babil?nia, lamenta o mal testemunho do povo de Deus. Ele profetizou quando à raz?o pela qual lhes foi permitido voltar a Jerusalém. Tinha a ver n?o com o povo, mas com o nome do Senhor que estava estritamente identificado com o povo de Israel. “Mas tive compaix?o do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as na??es para onde foi. Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o SENHOR Deus: N?o é por amor de vós que eu fa?o isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as na??es para onde fostes”. (Ezequiel 36.21).Neemias 13 se divide entre três grupos de reformas que Neemias levou a cabo: do templo (vv.1-14), do dia do repouso (vv.15-22) e da família (vv.23-30). Se compararmos isso ao compromisso que fez o povo anteriormente, é importante notar que estas três reformas coincidem precisamente com os três compromissos feitos no capítulo 10. Cada um dos compromissos, feitos com tanta seriedade, foram concordadas pelo povo com a saída de Neemias.O povo de Deus viveu um mau testemunho. Mas comparamos isso ao testemunho bom e consistente de Neemias, como exemplo de um testemunho que se presta a lideran?a bíblica de integridade. O testemunho de Neemias sempre ficava firme, constante e consistente através de todo seu tempo como líder entre os judeus. E note que uma vez mais a leitura da Palavra de Deus (como nos capítulo 8, 9 e 13) que invoca e introduz as reformas que Neemias efetuou ao voltar a Jerusalém.Agora veremos uma por uma, as três reformas a partir da perspectiva das seguintes considera??es:1. O mandato de Deus que eles desobedeceram;2. Os detalhes da desobediência;3. A solu??o que Neemias prop?e.a) 13:1-14 – Reformas do TemploQuanto ao cuidado do templo, havia dois assuntos de desobediência:1. Permitiram aos estrangeiros participar nas assembleias religiosas (vv.1-9);2. Retiveram os dizimos e ofertas (vv.10-14).O problema é introduzido nos versíulos 1-3, Neemias enfatiza o exemplo de Bala?o (Números 22-24) que resultou em uma admoesta??o para o povo n?o mesclar com as na??es ao redor. Ele segue com uma reflex?o do descuido do tempo. Deus ordenou pureza espiritual nas assembléias, mas o povo ignorou isso.Nos versículo 4-9 lemos que Eliasibe transformou alguns quartos (separados para guardar as ofertas de gr?os, azeite e vinho) em apartamentos para Tobias. Lembra-se de Tobias? Ele era o companheiro Amonita de Sambalate que tanto molestou a Neemias durante a reconstru??o da muralha (4.3, 7, 8). Imagine a influência incrível que Tobias tinha dessa posi??o! A Lei dizia que o israelita n?o devia casar-se com estrangeiros pag?os, e que os pag?os n?o deviam acercar-se do templo. Tobias rompeu com ambos os regulamentos de Deus. E tudo isso ocorre pouco depois de que o povo comprometeu de apartar-se dessas práticas. Vejamos o que está escrito em Neemias 10.39: Porque àquelas c?maras os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas do cereal, do vinho e do azeite; porquanto se acham ali os vasos do santuário, como também os sacerdotes que ministram, e os porteiros, e os cantores; e, assim, n?o desampararíamos a casa do nosso Deus.A solu??o dos dois problemas se introduziu pela leitura da Palavra de Deus para servir de agente purificadora. Sup?e-se que a leitura incluía Deuteron?mio 23 onde Moisés apresenta os regulamentos das assembléias. A leitura seguiu com a primeira solu??o de expulsar Tobías do templo (vs. 8 e 9) e voltar os quartos ao uso originalmente indicado.O segundo problema era que o povo reteve os dízimos e as ofertas. Deus pediu que o povo provesse para os servi?os do tempo (10.32-39). Mas n?o o estavam fazendo, pelo que os levitas n?o podiam seguir com suas responsabilidades, pois deixaram seus postos e sairam aos seus campos. A solu??o de Neemias foi repreender os magistrados (v.11) e delegou quatro var?es fiéis para restaurar a prática de dizimar e ofertar (v.13). b) 13:15-22 – Reformas do Dia do RepousoO segundo ponto que Neemias tocou tinha a ver com o Dia de repouso. Deus pediu que guardasse o dia do repouso – (?xodo 20.4-6; Neemias 10.31).O problema (vs. 15, 16) era que o povo comprava e vendia e faziam seus negócios sete dias da semana, incluindo o dia do repouso. Isso violava o quarto mandamento.A solu??o (vs. 17-22) de Neemias foi repreender a todos (vs.17, 18) e fechou os port?es de Jerusalém no dia do repouso (v. 19) e p?s guardas para que ninguém pudesse entrar e sair. Ainda n?o permitiu que negociantes esperassem fora do port?o para esperar que o dia do repouso terminasse (v. 20, 21). Depois insistiu em uma purifica??o formal do povo (v.22).c) 13:23-29 – Reformas da FamíliaSegue por último algumas reformas da familia. Deus ordenou que se apartassem dos estrangeiros e que se mantivessem puros (Deuteron?mio 23.3-5; Malaquias 2.10-16).O problema (vs. 23, 24) – era que o povo voltou a prática de casar-se com os vizinhos pag?os. Isso violou a lei de Deus e também o pacto que fizeram (10.30).A solu??o (vs. 25-28) foi repreendê-los (v. 25), e até feriu alguns e lhes arrancou o cabelo. Também lhes instruiu sobre a raz?o por que essa prática era t?o mal e que deveria ser duramente castigado, usando o exemplo de Salom?o (v. 26). Eliasibe era o sumo sacerdote que se casou com a filha de Sambalate (que se op?s mais que os demais a reconstru??o da muralha). Para enfatizar o ensinamento, Neemias usou Eliasibe como exemplo e o destituiu de seu posto.Talvez tenhamos problemas com a maneira como Neemias mostrou sua ira (v. 25). Por um lado, temos que recordar que o que ele fez era um costume comum oriental. Mas também temos que tomar em conta o que explica J.I Packer: ...devemos reconhecer que foi por um sentimento de ira profunda que se expressou n?o tanto em auto-ressentimento nem em hostilidade pessoal, sen?o na angústia do cora??o que tanto anelou a glória de Deus e que odiou tudo o que o atrapalhasse, que servisse de obstáculo à glória de Deus. A situa??o n?o era t?o distinta da situa??o do relativismo e pluralismo que vivemos hoje em dia. ? um mal testemunho que está destruindo nossa na??o, n?o somente, mas que também está entrando na igreja.d) 13.30, 31 – Resumo das ReformasNeste último capítulo note as ora??es de Neemias depois do relato de cada reforma, e repetidas ao final de cada acontecimento. Ele ora: “lembra-te de mim”. ? um refr?o usado periodicamente em Neemias (1.8; 5.9; 6.14) e quatro vezes no capítulo 13 (14, 22, 29, 31). Neemias invoca esta frase depois de cada uma das reformas que descreve no primeiro capítulo. E o último refr?o também invoca estas palavras. ? uma indica??o de que Neemias tomou sua responsabilidade a sério, com a consciência da presen?a de Deus, e com um desejo de agradar a Deus.Os versículos 30, 31 concluem as reformas do capítulo 13. Mas também formam uma conclus?o ao livro de Neemias. Algumas tradu??es destes versículos assinalam três verbos (limpar, designar, prover) nestes versículos. Mas a Reina Valera 1960 corretamente assinalam só dois verbos. Isso concorda o hebraico original. Os dois verbos (limpar e designar) mostram o que Deus cumpriu em Jerusalém por meio de Neemias. Ele limpou (????? – ?ā?hēr) todo o povo e designou (????? – ?ā?mǎ?) líderes, servi?os do templo, e costumes agradáveis a Deus.Desafortunadamente, o livro n?o termina contando um relato de êxito, sen?o de fracasso. Apesar de todo o esfor?o de Neemias, o povo n?o havia chegado a seu lugar de descanso. Mas como devemos definir “êxito”? Neemias cumpriu seu ofício com zelo e com eficiência. Ele seguiu a Deus com fidelidade. Deus lhe chamou para chamar o povo ao arrependimento. E o fez. A Bíblia nos ensina que a fidelidade em seguir o chamado de Deus é, de fato, um êxito. Deus promete em Isaías 55:11, “...assim será a palavra que sair da minha boca; n?o voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei.” J.I Packer comenta sobre o ministério de Neemias da seguinte maneira, “A paix?o de Neemias era ser fiel; ele n?o sabía se fora nomeado para ter êxito, mas sabia que foi chamado a ser fiel a Palavra de seu Deus em tudo que fazia”.CONCLUS?O“Triunfo e Desastre”. Assim resume J.I Packer o conteúdo do livro de Neemias e, de fato, seu ministério entre o povo de Deus. Havia momentos de triunfo (capítulos 8- 12), mas parece que terminou em desastre (capítulo 13). Mas n?o é certo que a vida crist? siga este mesmo padr?o? Consideremos a mensagem de Neemias a respeito disso.Neemias dirigiu uma reconstru??o da muralha de Jerusalém. Temos visto que ele seguiu com uma renova??o interna e externa do povo mesmo. Mas desafortunadamente, a reforma que dirigiu n?o era o suficiente para poder manter um compromisso permanente. Nos anos que se seguiram, o povo voltou aos seus hábitos velhos de seguir deuses estranhos e ensinamentos falsos. Em parte, a raz?o para isso era porque a reforma n?o lhes penetrou bastante profunda como para poder seguir de gera??o a gera??o. Necessitava-se mais.Quando vemos isso na perspectiva da história da reden??o, veremos de onde vem o “mais” que se necessitava. O que aconteceu na época da história de Israel é uma reforma dentre muitas que se tem levado a cabo no povo de Deus por toda a história do mundo. Quando dizemos que se necessitava mais, temos que entender que isso é precisamente a raz?o pela qual Jesus Cristo teria que vir para levar a cabo uma reforma completa ao seu povo. O pecado se havia agarrado tanto que ainda Neemias, t?o sério e eficiente que era, n?o poderia mudar o cora??o dos Israelitas. Ele poderia fazer voltar o povo de Deus do exílio a Jerusalém, mas ele n?o p?de fazer voltar o cora??o do povo permanentemente para Deus.O intento de Neemias é um símbolo do que Cristo veio fazer uns 430 anos depois quando ele nasceu em Belém. A realidade é que o velho pacto, baseado nos elementos da lei, n?o era o suficiente para a reden??o do povo. O novo pacto agregou a gra?a à lei, introduzida pelo Salvador Jesus Cristo. No novo pacto uma nova reforma ocorre. ? uma reforma do cora??o, escrito n?o em rolos ou em livros com tinta, sen?o no cora??o pelo Espírito Santo.O que Neemias n?o poderia fazer o fez Jesus Cristo. Neemias n?o foi capaz de fazê-lo. De fato, nenhum homem o pode fazer. Só Cristo fez o que nenhum outro homem pode fazer. O Antigo Testamento estava sob a lei servindo de funda??o. A mensagem do Novo Testamento se edifica sobre essa funda??o e cumpre a história de reden??o na pessoa de Jesus Cristo. A lei n?o foi ab-rogada, mas foi cumprida finalmente em Jesus Cristo. A gra?a tem como pilares de funda??o a lei, estabelecida por Deus sob Moisés, e renovado por Deus sob Neemias, mas cumprida enfim por Jesus Cristo, o cabe?a do Novo Pacto.? por isso que nos é confirmado o tema de Neemias, que vimos na primeira sess?o do curso, “A cidade de Deus é temporariamente restaurada como uma profecía apontando para o reino de Deus.” Demos gra?as a Deus por sua fidelidade em seguir cumprindo sua promessa na história da salva??o por meio do povo de Deus através dos acontecimentos contados no livro de Neemias.PERGUNTAS DE ESTUDO PARA A SESS?O OITO1. Como se relaciona o tema da miss?o com a mensagem do livro de Neemias?2. O que aconteceu em Jerusalém durante a ausência de Neemias?3. Quais as três reformas gerais que Neemias fez no capítulo 13?4. Como J.I. Packer resume o livro de Neemias? ? um bom resumo? Explique.5. O ministério de Neemias no povo de Deus foi um êxito? Explique.6. Como se relaciona esta passagem ao reino de Deus? Como poderia aplicar isso ao seu ministério dentro da igreja ou em sua vida?7. De que maneira esta passagem apresenta Cristo? Como se relaciona isso ao “Ladrilho do Testemunho” para a lideran?a bíblica? 8. O que esta passagem ensina sobre “a Grande Comiss?o” da igreja?9. Anote um exemplo de um líder bíblico ou da história crist? que mostra algo da lideran?a que ensina a leitura desta sess?o. Como o mostra?10. Qual versículo chave da passagem estudada você memorizará?BIBLIOGRAFIA PARA O CURSO DE NEEMIASRecursos em espanhol na InternetLa Biblia en Espa?ol – , Louis. Introducción a la Teología Sistemática. Grand Rapids, Michigan: T.E.L.L. 1932. , Juan. Breve Instrucción Cristiana. 1537. . Institución de la Religión Cristiana, Vol. 1,2. Rijswijk. Holandia: Fundación Editorial de Literatura Reformada. 1968.Espanhol: ês: artigos seguintes referem-se a temas nos cursos de Neemias:(Nota 1: O primeiro número se refere ao Livro, o segundo ao Capítulo)(Nota 2: Nem todas as cita??es est?o ativas na Internet).1.9 – Alguns espiritos fanáticos pervertem os princípios da religi?ao, n?o fazendo caso da Escritura para poder seguir melhor seus sonhos, a título de revela??es do Espírito Santo. Volumen 1, páginas 44ff.Espanhol: ês: – Deus, depois de criar com seu poder o mundo e tudo o que nele há o governa e o mantém com sua providência. Volume 1, páginas 124ff. Espanhol: ês: – Determina??o da finalidade desta doutrina para que possamos tirar bom proveito dela. Volume 1, páginas 124ff. Espanhol: ês: – Semelhan?a entre o Antigo e o Novo Testamento. Volume 1. páginas 312ff. Espanhol: ês: – Diferen?a entre os dois Testamentos. Volume 1. páginas 329ff.Espanhol: ês: – Da Fé. Defini??o – Sobre a Fé e Exposi??o de Suas Propriedades. Volume 1, páginas 405ff.Espanhol: ês: – Sofrer pacientemente a cruz é uma parte da nega??o de nós mesmos. Volume 1, páginas 537ff.Espanhol: ês: – Da ora??o. Ea é o principal exercício da fé e por ela recebemos cada dia os benefícios de Deus. Volume 2, páginas 663ff. Espanhol: ês: , Bob. La Soberanía de Dios en la Historia. ário Bíblico. Artigo: Nehemías (La Persona). ário Bíblico. Artigo: Nehemías (La Persona). ário Bíblico. Artigo: Nehemías (El Libro). ário Bíblico. Artigo: Nehemías (El Libro). ário da Língua Espanhola. , Jer?nimo. Bíblia Vivida. . Neemias: , Jer?nimo. Diccionario Bíblico Cristiano. , Cornelio. Introducción Al Estudio Bíblico. Miami: MINTS. 2009. mints.edu.ISERLOH, Erwin. Causas de la Reforma. Artículo en Martín Lutero y el Comienzo de la Reforma (1517–1525). Tomado de Aubert Jedin: Manual de Historia de la Iglesia Tomo V. Barcelona (1972), sección primera. pp. 43–179. , J. Gresham. El Hombre. , David. Una Introducción al Pentateuco. Espanhol: ês: , R.M. El Corazón Quebrantado. Sermón sobre Salmo 51 en Sermones de R.M. Cheyene. , A.W. Los Atributos de Dios. Grand Rapids, MI: Baker Book House. 1988. , Richard B. Fortalezca. MARTINEZ, José L. Métodos de Estudio Bíblico. .(Nota: Para abrir este arquivo é necessário baixar um programa de WinRAR que pode ser encontrado na internet. Siga as instru??es e baixe a ‘vers?o de teste’ porque é gratis).SCHULTZ, Samuel J. Habla El Antiguo Testamento: Un Examen Completo de la Historia y la Literatura del Antiguo Testamento. . Cápitulos 15–25.SMALLING, Roger. Liderazgo Cristiano – Principios y Práctica. Marzo, 2005.Espanhol: ês: , Charles. Los Dos Guardas: La Oración y El Velar. Outros RecursosLeituras bíblicas relacionadas ao contexto histórico do livro de Neemias: Esdras, Neemias, Ester, Lamenta??es, Daniel, Ageu, Zacarias, Malaquias. An?nimo. Jerusalem History From A Biblical Perspective. , Rolf E.. The Sacred Sixty–Six. Minneapolis, MN: Augsburg Publishing House. 1967. (Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias) B?EZ–CAMARGO, G. Breve Historia del Canon Bíblico. Mexico: Ediciones Luminar. 1980. BALDWIN, Joyce G. Tyndale Old Testament Commentaries: Esther. Downers Grove, IL: InterVarsity Press. 1984.BARKER, Kenneth. The New International Version Study Bible. Introductions and Commentary on Ezra, Nehemiah & Esther, Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House.BARNES, Albert. Barne’s Notes on the Old and New Testaments: 1 Samuel – Esther. Grand Rapids Michigan: Baker Book House. 1976.BERKHOF, Louis, Teología Sistemática. Jenison, MI: T.E.L.L. 1969.BOICE, James Montgomery. Nehemiah: An Expositional Commentary. Grand Rapids, MI: Baker Books. 2005.BRIGHT, John. A History of Israel (Third Edition). Philadelphia, PA: Westminster Press. 1981.DE GRAAF, S.G.. El Pueblo de la Promesa: El Fracaso de la Teocracia de Israel, Tomo 2. Grand Rapids, Michigan: Subcomisión Literatura Cristiana. 1981. (traducido por Guillermo Kratzig) (Después Del Exilio)DIETRICH, Suzanne. God’s Unfolding Purpose. Philadelphia, PA: The Westminster Press. 1974. (Chapter 6: The Remnant of Israel) DOUGLAS, J.D., editor. The New Bible Dictionary. Article: The Chronology of the Old Testament. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Company. 1977.EASTON, M.G.. Nehemiah and The Book of Nehemiah in Easton’s Revised Bible Dictionary <, Paul E. The Governor Drove Us Up the Wall. Philadelphia, PA: Great Commission Publications. 1984.ESCOBAR, Samuel. Decadencia de la Religión. Buenos Aires, Argentina: Editorial Certeza. 1972. FENSHAM, F. Charles. The Books of Ezra and Nehemiah. Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company. 1982.GEISLER, Norman L.. A Popular Survey of the Old Testament. Grand Rapids, MI: Baker Book House. 1977. (Chapter 2 and Ezra, Nehemiah, Esther)GREIDANUS, Sidney. PreachingNow, Vol. 2, No. 39. , D., Motyer., J.A., Stibbs, A.M., Wiseman, D.J.. Nuevo Comentario Bíblico. El Paso, TX: Casa Bautista de Publicaciones. 1976. (Esdras, Neemias, Ester).HARRISON, Roland Kenneth. Introduction to the Old Testament. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Company. 1969. (Esdras, Neemias, Ester).HEGEMAN, Cornelio. Introducción Al Estudio Bíblico. Miami: MINTS. 2009.HENRY, Matthew. Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible: Volume 2. McLean, Virginia: McDonald Publishing Company. 1708. (Esdras, Neemias, Ester). , T.. The Writings – The Third Division of the Old Testament Canon. London, England: George Allen & Unwin Ltd. 1963. (Chapters 2,3,15,16,18, Apéndices A,F,H,J.)Idoneos Bible Dictionary. Nehemiah. . JUST, Felix. Profesor de Loyola Marymount University. An Introduction to Biblical Genres and Form Criticism. , C.F., and Delitzsch, F.. Biblical Commentary on the Old Testament: Ezra, Nehemiah, Esther. Edinburgh, London: T.&T. Clark. 1873.KIDNER, Derek. Tyndale Old Testament Commentaries: Ezra & Nehemiah. Downers Grove, IL: InterVarsity Press. 1979.LINDSELL, Harold. Harper Study Bible. Introductions and Commentary on Ezra, Nehemiah & Esther. Grand Rapids, MI: Zondervan’s Publishing Company. 1952.MACARTHUR, John. Nehemiah: Experiencing the Good Hand of God. Nashville, TN: W Publishing Group. 2001.MACPHAIL, Bryn. The Prayer of Nehemiah, , J.I. A Passion for Faithfulness: Wisdom from the Book of Nehemiah. Wheaton IL: Crossway Books. 1995.SANDERS, Oswaldo. Liderazgo Espiritual. Kregel Publishers: Grand Rapids, MI. 1994.SMITH, William. Nehemiah and The Book of Nehemiah in Smiths Revised Bible Dictionary. Philadelphia, PA: A.J. Holman Company. 1999. –smiths/N/Nehemiah%2C+The+book+of/.SPENCE, H.D.M., & Exell, Joseph S., editors. The Pulpit Commentary (Volume 7). Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Company. 1978. (Esdras, Neemias, Ester). SPROUL, R.C. Geneva Study Bible. Article: Introduction to the Historical Books. Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers. 1995. pp. 292ff._____________. Geneva Study Bible. Introductions and Commentary on Ezra, Nehemiah & Esther. Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers. 1995.SPURGEON, Charles H.. The Two Guards, Praying and Watching. , Ray. Expository Studies in Nehemiah. ;. y <, John H.. The Former Prophets. Grand Rapids, MI: Calvin Theological Seminary, 1982. (Esdras, Neemias, Ester).SWINDOLL, Charles. Pásame Otro Ladrillo. Montclair, CA: Editorial Caribe, 1980.___________________. Hand Me Another Brick. York, NY: Bantam Books, New 1986.TENNEY, Merill C., editor. The Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible. Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House. 1980. (Ezra, Nehemiah, Esther)TIDWELL, J. B. The Bible Book by Book. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co. 1983. (Chapter 10 – Ezra, Nehemiah, and Esther)TINOCO, Victor Hugo. Conflicto Y Paz: El Proceso Negociador Centroamericano. Mexico D.F: Editorial Mestiza. 1989.TOLLEFSON, Kenneth, The Nehemiah Model for Christian Mission. Missiology: An International Review, Vol. XV, No. 1, January, 1987. pp. 31–55.VOS, Gerhardus. The Idea of Biblical Theology as a Science and as a Theological Discipline. pp. 3–24. Article in Redemptive History and Biblical Interpretation. Philipsburg, NJ: Presbyterian & Reformed Publishing Co. 1980.VOS, Howard F.. Bible Study Commentary: Ezra, Nehemiah and Esther. Grand Rapids, MI: Zondervan. 1987. WALTKE, Bruce. Geneva Study Bible. Article: Interpreting the Bible. pp. 2041ff. Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers. 1995.WATTS, James W.. Public Readings and Pentateuchal Law. From Vetus Testamentum 45/4 (1995) 540–57. <;. WIERSBE, Warren. Seamos Decididos. Grand Rapids, MI: Kregel Publications. 2002.YOUNG, Edward J.. Una Introducción al Antiguo Testamento. Grand Rapids, Michgan: T.E.L.L. 1981. (Esdras, Neemias, Ester). AP?NDICE n?. 1 – PAUTAS PARA A EXEGESEABRINDO AS ESCRITURAS, O EVANGELHO, O CORA??O E O CONTEXTO.Para comunicar o evangelho é necessário que Deus abra as portas do entendimento e que o ponhamos em prática, para que sejamos transformados para servi-Lo e adorá-Lo. Há quatro dimens?es vitais na prega??o do evangelho:1. A revela??o de Deus por meio da Biblia.2. A dire??o de Deus na apresenta??o do evangelho.3. O ministério da Igreja4 A ilumina??o de Deus no cora??o humano.5. A prática do Evangelho de Deus no contexto humano.6. A glorifica??o a Deus por crer e viver a verdade do texto.Alguém poderia dizer que é necessário a exegese da Biblia, do evangelho, do cora??o humano e do contexto social. I. EXEGESE DA B?BLIAO propósito da exegese é abrir as Escrituras para encontrar a mensagem que os textos bíblicos contém. Afirmamos que toda a Escritura é inspirada e é a Palavra de Deus. A inspira??o org?nica das Escrituras significa que tanto o conteúdo como a forma, na Bíblia, est?o intrinsecamente relacionados com a mensagem. O método gramático-histórico para a interpreta??o da Biblia é importante.Sem entrar nos detalhes da escolástica, podemos abordar a Biblia e o texto bíblico das seguintes formas:A. Introdu??o geral a informa??o bíblica.B. Informa??o específica acerca do texto bíblico em estudo.Recomendamos que, antes de mais nada, caso o estudante tenha estudado as línguas em que se escreveram os originais, responda as seguintes perguntas, baseando-se nas línguas originais. Sem embargo, os estudantes podem estudar a Biblia sem conhecer as línguas dos originais. Também, os estudantes necessitar?o pelo menos dois bons livros de comentários bíblicos da passagem em estudo, notas de estudo bíblico, um dicionário bíblico, uma concord?ncia da Biblia, um livro que proporcione uma vis?o geral da Bíblia. Pedimos que orem para que Deus os guie no estudo da Sua Palavra.A. Introdu??o geral a informa??o bíblica.1. Que vers?o da Biblia está usando?2. Qual foi o método de tradu??o usado em sua vers?o bíblica?a. literalb. equivalência din?micac. paráfrased. contextualiza??oe. outro.3. O texto se encontra nas vers?es bíblicas mais importantes? Há alguma diferen?a com a tradu??o? Verifique a tradu??o em, pelo menos, as seguintes vers?es. Anote-as.a. Vers?o Reina Valera, 1960b. Nova Vers?o Internacionalc. Vers?o Populard. A Biblia de Jerusaléme. Outra.4. Em que Testamento se encontra a passagem? Que diferen?a faz?5. O texto é parte de:a. A lei (Pentateuco): história, documentos legais, profecias.b. Os profetas maiores: história e profeciasc. Os profetas menores: história e profeciasd. Livros históricos: narra??es de eventos reais.e. Livros poéticos: ensinar por meio def. Evangelhos: história e ensinamentosg. Epístolas: literatura doutrinal e ética.h. Atos: história da Igrejai. Apocalipse: literatura apocalíptica e profética6. Em que época histórica ocorre o texto?a. Primitiva (? - 1200 a.C)b. Patriarcas (1200 - 1500)c. ?xodo (1500 -1400)d. Conquista (1400 - 1390)e. Juízes (1390- 1050)f. Reino Unido (1050- 930)g. Reino Dividido (930- 720)h. Exilio (720 - 530)i. Restaura??o (530 – 400)j. Período inter-testamentário (400 – 0)k. Vida de Jesus (0 – 33)l. Igreja Primitiva (33 – primeiro século)7. O texto pertence ao seguinte gênero literário:a. Narrativo: Gênesis-Ester, Atosb. Legal: ?xodo, Levítico, Deuteron?mioc. Poesia: Salmos, Cantares, Lamenta??o e grande parte do ATd. Profecia: Isaías-Malaquiase. Sapiencial: Jó, Provérbios e Eclesiastesf. Apocalíptica: Por??es de Daniel, Isaías, Ezequiel e todo Apocalipseg. Evangelho: Mateus, Marcos, Lucas, Jo?oh. Epístola: Romanos-Judas8. Quais eram as características da cultura nessa época histórica?a. Costumesb. Religi?oc. Políticad. Economiae. Famíliaf. Filosofiag. Papel da pessoa 9. Quem é o autor humano do texto? Como o sabe?10. Em que língua foi escrito o texto original? Você pode discernir alguma diferen?a entre o texto original e a tradu??o do texto que está usando?11. Resuma num parágrafo breve os dados bíblicos gerais que você identificou.B. INFORMA??O ESPEC?FICA ACERCA DO TEXTO B?BLICO EM ESTUDO1. O que diz o texto na linguagem original?2. Qual é a interpreta??o literal do texto?3. Identifique as palavras-chaves e dê-lhes uma defini??o bíblica. Usam-se essas palavras com um sentido diferente em outro contexto bíblico?4. Usam-se figuras de linguagem no texto? Identifíque-as.5. Que fatores religiosos se tratam neste texto?6. Qual é a informa??o histórica relacionada com o texto e que pode afetar seu significado?7. Que associa??es culturais com o texto poderiam afetar seu significado?8. Que problema humano se trata no texto?9. Que significado lhe d?o as passagens bíblicas relacionadas ao texto em estudo?10. Como se relaciona o texto em estudo com o propósito geral da Biblia?11. Como se relaciona o texto com o tema principal do livro bíblico no qual se encontra?12. Como se relaciona o texto com a estrutura literária do livro bíblico no qual se encontra?13. Tem o texto sua própria estrutura literária?14. Que diz o texto?15. Encontra alguma associa??o com Cristo no texto?16. Que mensagem relacionada com o evangelho contem a passagem?17. Fa?a um resumo da informa??o específica que você encontrou relacionada com o texto bíblico em estudo.II. EXEGESE DO EVANGELHOA Biblia existe para comunicar o evangelho do Senhor Jesus Cristo. Estudar o texto bíblico e n?o ver o conteúdo referente ao evangelho que se encontra no texto é fazer uma má leitura da Biblia.Martinho Lutero dizia a seus alunos que se podia ver Cristo em cada página da Biblia. Cristo disse que as Escrituras falavam dele.A. Defini??o do evangelho contido no texto bíblico. 1. Como se reflete a mensagem de salva??o no texto?2. Como se relaciona Cristo com o texto?3. Qual é a necessidade humana do evangelho relacionada com o texto?4. O texto faz referência à fé salvadora?5. Mostra o texto a necessidade de arrependimento?6. Como se relaciona o texto com as pessoas que recebem o evangelho?7. Como poderia apresentar o evangelho a partir deste texto bíblico?8. Resuma como se mostra o evangelho neste texto bíblico. B. Como por em prática o evangelho através deste texto bíblico.1. Que mensagem do evangelho quer que as pessoas escutem por meio desta passagem?2. Que a??o gostaria de ver na prática como resultado de escutar esta passagem?a. Como transformou sua vida a mensagem do evangelho desta passagem?b. Como gostaria que a mensagem do evangelho contido nesta passagem transformasse a vida dos ouvintes?c. Como pode ajudar ao ouvinte para que leve esta mensagem a outros?d. Resuma a respeito de como gostaria que o ouvinte pusesse em prática o aprendido.III. EXEGESE DO CORA??OExistem pelo menos quatro níveis de comunica??o, de cora??o a cora??o, quando se transmite o evangelho. Primeiro, se mostra o cora??o de Deus. Segundo, a comunica??o do evangelho muda o cora??o do comunicador. Terceiro, o cora??o do ouvinte é desafiado e transformado pela gra?a de Deus e finalmente, o cora??o daqueles com quem se comunicará o ouvinte será influenciado.A. O cora??o de Deus1. Como se mostra o cora??o de Deus no evangelho?2. Como se mostra o cora??o de Deus no texto em estudo?3. Por que é importante que os sentimentos do cora??o de Deus sejam transmitidos ao comunicador, aos ouvintes, e aos que ainda n?o tem ouvido?4. Resuma o que você sabe acerca do cora??o de Deus e da comunica??o do texto bíblico.5. Fa?a uma lista das peti??es de ora??o que você tenha para chegar a conhecer melhor o cora??o de Deus. B. O cora??o do comunicador1. Tem preparado seu cora??o em ora??o antes do estudo do texto bíblico? Por que coisas orou?2. Quanto tempo está destinando para preparar sua mensagem? Que diz o tempo e a prepara??o que tem dedicado acerca da import?ncia do que quer comunicar?3. Que cargas (preocupa??es) traz o estudo do texto?4. Necessita enfrentar e resolver pecado em sua vida antes de estudar o texto?5. Quais s?o as pressuposi??es teológicas que traz ao estudo do texto?6. A sua igreja tem uma posi??o doutrinária a respeito do texto em estudo?7. Você conhece as diferentes interpreta??es do texto?8. Por que deseja comunicar a mensagem do texto aos ouvintes?9. O que tem aprendido do texto que está estudando? Relate brevemente as mudan?as de opini?o ou do parecer que tem tido enquanto estudava.10. O texto mudou sua vida, suas a??es, e suas rela??es?11. Que mudan?as gostaria de ver no ouvinte?12. Você está pondo em prática o que está ensinando?13. Explique como tem mudado seu cora??o pelo estudo da passagem bíblica.14. Quais s?o suas peti??es de ora??o para que seu cora??o esteja preparado para apresentar a mensagem?C. O cora??o do ouvinte1. Tem orado pelo ouvinte e orado por resultados específicos?2. Por que mudan?as específicas na vida do ouvinte você está orando?3. O que sabe do ouvinte?4. Você conhece com que tipo de pecados o ouvinte está lutando?5. Você sabe com que tipo de desafios para sua vida o ouvinte vem?6. Onde se reunir?o e como afeta isso sua mensagem?7. Por que est?o escutando seus ouvintes?8. Qual é a condi??o espiritual do cora??o do ouvinte?9. Com que problemas pessoais chega o ouvinte?10. Com que situa??es de caráter social vem o ouvinte?11. Com que assuntos teológicos em mente chega o ouvinte?12. Que mudan?as s?o necessárias na vida e no cora??o do ouvinte?13. Resuma de que forma está buscando transformar o cora??o do ouvinte mediante a comunica??o do evangelho.14. Quais s?o suas peti??es de ora??o para o cora??o do ouvinte? IV. EXEGESE DO CONTEXTO DO LEITOR OU OUVINTE DA BIBLIAO contexto do ouvinte é complexo. Envolve todas as rela??es pessoais e sociais de sua vida. Descreva brevemente como se pode relacionar o texto sob estudo com o contexto dos ouvintes. A. A condi??o e necessidades no contexto pessoal:1. Física2. Emocional3. Mental4. Espiritual B. A condi??o e necessidades no contexto familiar1. Rela??o com seus pais2. Rela??o com os irm?os3. Estado Civil (solteiro / casado / separado / divorciado /viúvo)4. Rela??o matrimonial5. Rela??o com a familia extensa C. A condi??o e as necessidades no contexto social1. Posi??o familiar2. Nível educacional3. Voca??o4. Saúde física5. Nível financeiro6. Grupo étnico7. Idioma8. Situa??o legal9. Situa??o judicial10. Situa??o religiosaD. A condi??o e as necessidades no contexto eclesiástico1. Rela??o com a igreja2. Situa??o respeito da membresia3. Participa??o na lideran?a4. Atividades de evangeliza??o E. A condi??o e as necessidades no contexto de ministério e miss?es1. Rela??o com os n?o-crist?os2. Participa??o no ministério crist?o F. Resuma o que aprendeu do contexto e mostre como influenciará a comunica??o da mensagem do evangelho.CONCLUS?O Agora estamos preparados para escrever sua mensagem usando o texto bíblico. Recomenda-se a seguinte estrutura. Leitura da passagem bíblica ou texto bíblico que será explicado em detalhe.INTRODU??O1. Inicie com uma ilustra??o2. Apresente o tema do texto3. Prossiga ao primeiro ensinamentoENSINAMENTO n?. 11. Introdu??o breve2. Defini??o Bíblica3. Explica??o Bíblica4. Ilustra??es5. Aplica??es (como por em prática o aprendido)6. Prossiga ao próximo pontoENSINAMENTO n?. 21. Introdu??o breve2. Defini??o Bíblica3. Explica??o Bíblica4. Ilustra??es5. Aplica??es (como por em prática o aprendido)6. Prossiga ao próximo pontoENSINAMENTO n?. 31. Introdu??o breve2. Defini??o Bíblica3. Explica??o Bíblica4. Ilustra??es5. Aplica??es (como por em prática o aprendido)6. Prossiga com a conclus?oCONCLUS?O1. Resumo breve2. Ilustra??o final3. Chamado novamente ao evangelho. AP?NDICE 2: M?TODOS DE ESTUDO B?BLICO1. M?TODO INDUTIVO: O estudo indutivo permite ao estudante contemplar as particularidades do texto antes de considerar as doutrinas gerais.a) A primeira etapa é fazer uma lista de todos os textos de referência. Os textos de referências encontram-se nas bíblias de estudos ou em uma coluna ao lado de uma passagem. ESCUTE a Palavra. COMPARE a passagem em investiga??o com outras referências bíblicas. Anote as diferen?as depois do versículo de referência. A Palavra de Deus dá INTERPRETA??O à Palavra de Deus.b) O segundo passo é considerar os dados importantes. N?o é necessário anotar informa??o em cada categoria, só é importante para a interpreta??o do texto:b.1. Palavras importates: Anote palavras repetidas ou palavras chaves;b.2. Anota??es gramaticais: Anote considera??es gramaticais;b.3. Compara??es de tradu??es: Compare com outras tradu??es e anote as diferen?as;b.4. Gênero literário: Alegoria, alus?o, antítese, Hiperbole, Metáfora, Polaridade, Repeti??o, Símile, etc.Vejamos as defini??es:Alegoria: “uma alegoria é uma narra??o metafórica em que o desenvolvimento e os personagens representam simbólicamente alguma idéia ou ensinamento subjacente.” (Mário Llerena, Manual de Estilo, p. 284). Exemplo, C?ntico dos c?nticos é uma narra??o do amor entre o amado e sua amada, uma representa??o de Cristo e sua igreja.Alus?o: “dizer algo n?o diretamente sen?o através de um personagem ou episódio da mitologia, a literatura, ou a história.” (Llerena, p. 285). Exemplo, o uso do termo, Babil?nia (cultura anticrist?), drag?o (Satanás).Antítese: “a justaposi??o dos elementos contrastantes” (Llerena, 287). “A vara e a corre??o d?o sabedoria mas o jovem consentido envergonhará a sua m?e.” Hipérbole: “o exagero do pensamento” para ensinar uma verdade (Llerena, 291). “Portanto, se teu olho direito te faz pecar, arranca-o, e jogue fora: pois melhor te é que se perca um de teus membros, que teu corpo seja lan?ado ao inferno. (Mateus 5:29). A cobi?a deve ser mortificada imediatamente para n?o viver com os resultados desse pecado.Invers?o: (grego, khiasma). ? a invers?o de estrutura da segunda de duas cláusulas ou frases paralelas.” (Llenera, 291). Provérbios 11:20.Metáfora: “A figura de linguagem na qual uma palavra ou frase que descreve um tipo de objeto ou ideia é usada para referir-se a objetos e ideias de natureza totalmente distinta” (Avila, citando “modelos de comunica??o,” de Moisés Chávez, 63). “Yahweh ruge desde Si?o, e troveja desde Jerusalém”.Metonímia: “o uso do nome de uma coisa por outra, sempre e quando exista associa??o nacional.” (Chávez, p. 65). “Casa de ?sale: (Amos 1:4), é o palácio real.Personifica??o: “? atribuir qualidades humanas a coisas n?o-humanas.” “A justi?a e a paz se beijar?o” (Salmo 85).Polaridade: “é uma express?o em que o todo se dá a entender mediante a men??o de só seus extremos.” (Chávez, 70) “Voltará a casa de inverno sobre a casa de ver?o” (Amos 3:15).Repeti??o: a repeti??o busca um efeito de ênfase por repetir palavras ou fórmulas de palavras. “Louvai a Deus...” “Ai de vós.”Símile: Compara??o em que usa “como.”b.5. O autor e os leitores originais: Identifique-os e fa?a algumas observa??esb.6. Contexto cultural: Anote alguns pontos do contexto cultural;b.7. Contexto Bíblico: A rela??o da passagem com a história de reden??o na Bíblia;b.8. Título, tema e sub-temas da passagem: Em rela??o com o tema principal do livro.2. UM M?TODO EXPOSICIONAL: O método exposicional consiste em interpretar uma passagem, versículo por versículo. O estudante escreve o que transmite cada versículo ou posi??es da passagem. Supostamente, a história, a gramática, gênero literário ou outros dados s?o considerados na interpreta??o. 3. UM M?TODO LITER?RIO: O método literário leva em considera??o a estrutura gramatical e temática da passagem em considera??o. Já em muitas bíblias tem divis?es temáticas posto em passagem. Sempre é bom ler a passagem e formular seu próprio esbo?o temático.4. UM M?TODO ANAL?TICO: Um método analítico usa o sistema lógico da tese, antítese, a síntese, e o sincretismo. A tese (verdade) é a pressuposi??o de seu ponto de vista ou argumetno. A antítese (mentira) é a posi??o contrária à tese. A síntese é a resposta da tese frente à antítese. O sincretismo é a co-existência (n?o resolvida) da tese e da antítese.5. UM M?TODO DEVOCIONAL: O estudante considerará como responder espiritualmente quanto ao conteúdo da passagem. Com o método devocional o estudante primeiramente se dirige a Deus em ora??o e depois usando o conhecimento do estudo da passagem, aponta as verdades bíblicas que vem da passagem para ensinar a outros.A ora??o é falar com Deus, usando o conteúdo da passagem se pode falar com ele. Na ora??o há: adora??o, confiss?o de pecados, pedidos especiais e a??es de gra?as. Os ensinos s?o verdades e declara??es que surgem do texto.6. UM M?TODO DO C?RCULO HERMEN?UTICO: Anota??es usando o Círculo Hermenêutico:1. O que o texto diz sobre Deus?2. O que o texto diz sobre como Deus se revela?3. Que rela??o tem o texto com o resto da Bíblia?4. Que rela??o tem o texto com o Evangelho?5. Que diz o texto sobre o cora??o de Deus, o cora??o do intérprete, o cora??o do ouvinte?6. Que rela??o tem o texto com o contexto do autor humano, o contexto dos ouvintes ou leitores originais e o contexto do ouvinte agora?7. Como Deus é glorificado neste texto?7. UM M?TODO DE TEMA E ENSINOS: O estudante identificará o tema principal do texto e anotará pelo menos três aplica??es. Se é um estudo pessoal e devocional, o resumo pode ser curto. Para a prega??o do texto, este esbo?o deve ser mais longo.FOLHA DE ESTUDO B?BLICOTexto: Título: M?TODO INDUTIVO(Textos de referência)(Explica??es de dados importantes)Palavras importantes: Anota??es gramaticais: Compara??o de tradu??es: Gênero literário: Autor e ouvintes originais: Contexto cultural: Contexto histórico: Contexto bíblico: Título e Tema da passagem: M?TODO EXPOSITIVO(observa??es sobre cada versículo)M?TODO LITER?RIOM?TODO ANAL?TICOTese(a verdade)Antítese(a mentira)Sintese SincretismoM?TODO DEVOCIONALOra??o e A??o Louvor: Confiss?o de pecado: Peti??es especiais: A??o de gra?as: M?TODO DO C?RCULO HERMEN?UTICO1. O que o texto diz sobre Deus? 2. O que diz o texto acerca da revela??o de Deus?3. Que rela??o tem o texto com o resto da Bíblia?4. Como o Evangelho é comunicado (Cristo)? 5. O que o texto diz sobre o cora??o de Deus, o cora??o humano, o cora??o do ouvinte?6. Que rela??o tem o texto com o contexto do autor humano, o contexto dos ouvintes ou leitores originais e o contexto do ouvinte agora?7. Como este texto traz glória a Deus?M?TODO DE TEMA E ENSINOSTema: Aplica??es: 1. 2. 3. .AP?NDICE n?. 3 – CRONOLOGIA DO EX?LIO639626609605597594588586568562560559556 539530522515485479464457444423404JUDAJosíasJoacaz JoaquimJoaquim ZedequiasDestrui??o de JerusalémEdito— retorno dos judeusZorobabel Ageu ZacariasTemplo completadoEsdrasNeemiasBABILONIANabopolasarNabucodonosorAwel–MarducNeriglisarNabónido (Belsasar) Caída de BabiloniaMEDO–PERSACiro CambisesDarioXerxes(Ester)ArtaxerxesDario IIArtaxerxes IIEGIPTONecaoSaméticoApriesAmasisAP?NDICE n?. 4 – Jerusalém no Tempo de Neemias ................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download