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OS investimentos do mercado de capitais

INVESTMENT OF CAPITAL MARKETS

Fernanda Previatto Antunes – fernanda_previatto@.br

RESUMO

Quando uma pessoa tem uma determinada quantia em dinheiro e deseja realizar uma aplicação, ela provavelmente ficará em dúvida com relação às diversas possibilidades de investimentos existentes no sistema financeiro. Para começar a se decidir é necessário conhecer os conceitos do que é risco - a variação da rentabilidade, liquidez - a rapidez para se desfazer do investimento e rentabilidade – ganho no negócio, assim como,definir qual é o seu perfil de investidor , se conversador, moderado ou agressivo, para assim definir qual é o melhor investimento. Após esta análise, o próximo passo é o de conhecer os principais detalhes das possibilidades de se investir do sistema financeiro que apresenta as opções: ações, CDB/RDB, debêntures, derivativos, dólar ou outras moedas, fundos de ações, fundos de private equity, fundos de renda fixa, fundos multimercado, imóveis, obras de arte e antiguidades, ouro, poupança, previdência privada e títulos públicos. Após a detenção desses conceitos, o investimento será melhor direcionado ampliando a possibilidade de sucesso na aplicação.

Palavras-chave: Investimentos. Conhecimento. Características.

ABSTRACT

When a person has a certain amount of money and want to make an application, it will probably be in doubt concerning the various possibilities of investment in the existing financial system. To get to decide is necessary to understand the concepts of what is risk - the change in profitability, liquidity - how quickly to get rid of investment and profitability - profit in business, as well as defining what is your investor profile, if chatty , moderate or aggressive, so as to define what is the best investment. After this analysis, the next step is to know the main details of the possibilities of investing in the financial system that presents the options: stocks, CDB / RDB, debentures, derivatives, dollar or other currencies, stock funds, private equity funds, fixed income, hedge funds, real estate, works of art and antiques, gold, savings, private pensions and public securities. Following the arrest of these concepts, the investment will be directed better broadening the possibility of

successful application.

Key words: Investment. Knowledge. Features

INTRODUÇÃO

Os noticiários impressos e televisivos sempre informam a necessidade de os brasileiros habituarem-se a poupar dinheiro, frear o consumo para não aumentar a inflação. As pessoas que pretendem seguir estes apelos, sendo detentoras de determinada quantia em dinheiro, invariavelmente não sabem onde e como investir, a não ser na conhecida caderneta de poupança. Pelo fato de desconhecer o mercado financeiro e suas características não o utiliza.Quando então, decide-se por esta alternativa, deve buscar conhecimentos sobre o funcionamento desse mercado, seus correspondentes riscos, rentabilidade, liquidez e características.

É fundamental e imprescindível saber também qual é o seu tipo de investidor, se conservador, moderado ou agressivo, porque a partir desta análise buscará o investimento mais adequado. Depois de definido o tipo de investidor e conhecer sobre a rentabilidade, lucratividade e rendimento, o neo investidor poderá passar a atuar nesse mercado.

Após observar este cenário, surge o questionamento: o grau de informação sobre as principais características do mercado financeiro é fundamental para o sucesso de um investimento? Para isso foi desenvolvido este trabalho com o objetivo de demonstrar todos os detalhes que estão envolvidos em um investimento e também como se definem cada um.

Para atingir o objetivo desejado foi elaborada uma pesquisa bibliográfica.

1 Risco, Rentabilidade,Liquidez e investimentos

1. Características do risco, da rentabilidade e liquidez

Conforme Salles (2008), houve um grande aumento de investidores que desejam realizar investimentos com uma maior rentabilidade e para isto eles realocam os seus dinheiros em investimentos além dos tradicionais como, por exemplo, a poupança.

Salles aponta os três principais aspectos do investimento:

Quando uma pessoa resolve fazer um investimento, ela deve atentar a três principais aspectos, presentes em qualquer modalidade: o risco, a rentabilidade e a liquidez, que é a velocidade pelo qual o investidor pode se desfazer de seu investimento.(SALLES, 2008)

Em consonância com a Folha de São Paulo, o risco pode ser definido:

É definido pela variação da rentabilidade de um investimento. Há opções onde o retorno é praticamente garantido, mas com pouca variação e possibilidade de ganhos mais altos (aplicações em renda fixa ou poupança, por exemplo). Em outras o investidor pode experimentar um ganho mais alto, mas também corre o risco de perder dinheiro (ações, por exemplo).(FOLHA SÃO PAULO,2011a)

Os riscos de um investimento podem variar de acordo com as atividades corporativas e macroeconômicas, mas a alternativa para diminui-los é a diversificação nos investimentos.

A rentabilidade é assim definida:

Está diretamente ligado ao risco, já que o ganho está atrelado ao quanto o investidor se dispõe a investir e a se arriscar. Outra variação importante para a rentabilidade é o custo de manutenção dos investimentos. (FOLHA SÃO PAULO. 2011a)

Assim, faz-se necessário que o investidor esteja no tocante aos custos naturais desses empreendimentos, cobrados pelas instituições financeiras mediadoras.

A liquidez, por sua vez, pode ser assim definida:

É a velocidade pelo qual o investidor pode se desfazer de seu investimento, tanto por necessidade como para vendê-lo no momento que está mais valorizado --fazendo o que, no mercado, chama-se "realização de lucro".(FOLHA SÃO PAULO. 2011a)

Normalmente os ativos que estão alocados no mercado financeiro, como ações, aplicações e ouro, são mais fáceis de serem vendidos, portanto possuem uma maior liquidez e em contra partida os ativos considerados físicos, como máquinas, obras de artes e imóveis, possuem certa dificuldade de serem vendidos, então são considerados de menor liquidez.

1.2 Principais Investimentos

No mercado existem diversas possibilidade de investimentos e estes podem ser de pequeno valor ou de valores altíssimos, sendo que o que vai realmente influenciar é o tipo de investimento e de investidor.Antes de se iniciar um investimento é preciso saber quais são a rentabilidade, riscos e liquidez envolvida em cada um dos investimentos, para que se realize uma opção mais ajustada e obtenha-se sucesso e o retorno desejado.

A Folha de São Paulo, no ano passado elaborou a tabela abaixo demonstrando quais são os principais investimentos brasileiros e as considerações (baixa, média ou alta) sobre a rentabilidade, risco e liquidez indicando pistas para as decisões de investimentos.

|Principais tipos de investimento e suas características |

|Tipo de investimento |Rentabilidade |Risco |Liquidez |

|Ações de grandes empresas |Média [pic] |Médio [pic] |Alta [pic] |

|Ações smallcaps |Alta [pic] |Alto [pic] |Média [pic] |

|CDB/RDB |Baixa [pic] |Muito baixo [pic] |Média [pic] |

|Debêntures |Média [pic] |Baixo [pic] |Média [pic] |

|Derivativos |Muito alta [pic] |Muito alto [pic] |Alta [pic] |

|Dólar ou outras moedas |Média [pic] |Alto [pic] |Muito alta [pic] |

|Fundos de ações |Alta [pic] |Médio [pic] |Alta [pic] |

|Fundos de private equity |Alta [pic] |Alto [pic] |Baixa [pic] |

|Fundos de renda fixa |Baixa [pic] |Baixo [pic] |Média [pic] |

|Fundos multimercado |Média [pic] |Médio [pic] |Média [pic] |

|Imóveis |Média [pic] |Baixo [pic] |Muito baixa [pic] |

|Obras de arte e antiguidades |Baixa [pic] |Médio [pic] |Muito baixa [pic] |

|Ouro |Média [pic] |Médio [pic] |Alta [pic] |

|Poupança |Muito baixa [pic] |Muito baixo [pic] |Muito alta [pic] |

|Previdência privada |Média [pic] |Baixo [pic] |Média [pic] |

|Títulos públicos |Baixa [pic] |Baixo [pic] |Alta [pic] |

Fonte: Folha de São Paulo, 2010

Quadro 7 - Principais tipos de investimento e suas características

1.2.1 Ações

As ações são definidas assim:

É um título pelo qual o investidor passa a deter parte de uma determinada empresa, podendo ter direito a voto (ações ordinárias) ou não (ações preferenciais). Seu rendimento vem de duas formas: compra e venda conforme o desempenho da ação na bolsa de valores --local em que ela é negociada-- ou através dos dividendos (repartição dos lucros e benefícios dados pela empresa em questão).

Investir em ações pode ser feito diretamente --através do chamado home broker (operação em casa) ou usando uma corretora como intermediadora-- ou através de fundos de ações.(SALLES, 2008)

Investir em ações é considerado um investimento a longo prazo devido as variações do mercado. Não se deve investir nessa operação pensando em resultados em curto prazo.

Salles assim define os fundos de ações:

Trata-se da associação de vários investidores, o que dá mais "poder de fogo" nos investimentos, já que há mais dinheiro disponível para se investir. Normalmente são organizados por corretoras e geridos por profissionais de mercado. Podem tanto investir em apenas um tipo de ação como em "cestas" --ações de várias empresas de um determinado setor ou tamanho, por exemplo. O tipo de fundo de ações mais comum é o atrelado ao Ibovespa --principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O Ibovespa é uma "cesta" composta pelas ações mais negociadas na Bovespa, com uma proporção equivalente a estas negociações. O ganho do investidor, no caso, é o mesmo da variação do Ibovespa no período em que o recurso esteve aplicado.(SALLES, 2008)

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é o principal meio de investimentos em ações e isto tem crescido anualmente.

Nos últimos seis anos, o numero de aplicadores brasileiros cresceu 545% - índice que se explica, em grande parte, pela dimensão reduzida da bolsa brasileira. Entre o inicio de 2004 e o final de 2009 o total de pessoa que investem diretamente em ações ( não via fundos) saiu de 85.500 para 552.000. (Salgado; Suzim,2010, p 6)

Conforme Salgado; Suzim (2010),a popularização da Bovespa teve inicio no ano de 2004. Em setembro de 2010, a Petrobras iniciou a maior capitalização da história, ou seja, emitiu ações para a população brasileira e esta poderá utilizar até o Fundo de Garantia do Trabalhador (FGTS) para a aquisição dessas ações. Isto tem se repetido com os grandes IPOs no decorrer dos últimos anos, por exemplo, as ações da BM&F, Bovespa, Redecard e Santander e estas atitudes têm provocado um enorme poder de atração de novos investidores.

A realidade de Bovespa atualmente é a seguinte

Em 2010, um ano em que a bolsa brasileira não exibe a mesma exuberância de períodos recentes, o fenômeno voltou a ocorrer. O total de aplicadores parecia ter estacionado em cerca de 550.000 até que, em julho, veio a oferta de 9,7 bilhões de reais do Banco do Brasil, e de uma hora pra a outra, mais de 40.000 pessoas entraram no mercado. Mesmo com o certo pessimismo que ronda o cenário financeiro mundial, a expectativa da bolsa é que dezenas de milhares de investidores sejam atraídos por uma eventual oferta bem sucedida da Petrobras. (Salgado; Suzim, 2010, p 8)

A Bolsa de Mercadorias Futuras (BM&F) não busca somente aumentar os seus investidores para elevar a demanda por ações. Em outras frentes, ela busca investidores individuais e fundos de investimentos que se utilizam de computadores para modernizar o seu processo.

As estatísticas registradas por bolsas internacionais, sobretudo as de países emergentes. Na China, 73,7 milhões de pessoas ( 5,5% da população) investem diretamente em ações. Na Coréia do Sul, o número é de 3,7 milhões (7,5% dos coreanos). Em mercados maduros, como o americano, mais da metade das famílias é dona de ações. No Brasil, esse fenômeno dá os primeiros passos- o percentual é de apenas 0,3%.(Salgado; Suzim, 2010, p 8)

Foi feita uma pesquisa pelo instituto Plano CDE, a pedido da BM&F Bovespa, para saber quais as características dos investidores brasileiros e isso se realizou no período de 12 de julho a 4 de agosto entrevistaram 600 pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro. O resultado foi muito interessante.

O resultado mostrou que a expansão de 2004 a 2009 foi capitaneada majoritariamente por homens (eles são 75% do total) e, de modo geral, seguiu o caminho clássico desbravado pelos americanos nos anos 50 do século passado, quando aconteceu a primeira onda de popularização em larga escala de um mercado de ações. O investidor médio brasileiro é casado ( 60%), esta na parte de cima da pirâmide social (59% têm renda superior a 6.000 reais) e foi atraído pela possibilidade de ter uma rentabilidade maior ( 48% ). A pesquisa também deixou claro que para crescer, a bolsa terá de atrair um numero maior de investidores das classes B e C, famílias com renda entre 2.500 e 6.000 reais. (Salgado; Suzim,2010, p 10)

O aumento de investidores na Bolsa de Valores pode significar um desenvolvimento do sistema financeiro e consequentemente o crescimento econômico e este têm sido feito pelos bancos e títulos de dívida que forma o mercado de crédito, mas a Bolsa de Valores é considerada também importante para isso porque o mercado de ações é um modo eficiente de alocar recursos e os dados do Brasil demonstram que as ações pode realmente acelerar os negócios.

Desde 2004, 159 companhias captaram 227 bilhões de reais na bolsa brasileira via oferta inicial de ações ou em operações subsequentes. Isso significa metade dos desembolsos do BNDES no período. A própria Petrobras não teria como sonhar em captar todo o dinheiro necessário para o pré-sal se não fosse a bolsa – a empresa está perto de seu limite de endividamento. Fora dos holofotes, a Triunfo, grupo com sede em São Paulo que atua nos setores de portos, concessões rodoviárias e gerações de energia, captou 513 milhões de reais em 2007 e dobrou o tamanho nos últimos três anos.(Salgado; Suzim, 2010, p 12)

O Brasil ainda está no inicio do mercado de capitais em comparação com determinados países, para exemplificar, o mercado brasileiro tem 464 empresas inscritas na Bolsa e a China tem 1700 e a Espanha possui 3435, entretanto o volume de investimento é alto, a média brasileira é de 3 bilhões de dólares e isto é 30% superior da Alemanha e da França e três vezes maior do que o do Japão e o da Inglaterra .(SALGADO; SUZIM, 2010).

1.2.2 Derivativos

A aplicação em derivativos é assim definida por Salles:

É um investimento pouco recomendado para pessoas com pouca familiaridade com o assunto. São ativos financeiros que derivam, integral ou parcialmente, do valor de outro ativo financeiro ou mercadoria. Sua variação é muito alta, fazendo com que o investidor ganhe e perca toda a aplicação em pouco tempo. Investimentos deste tipo são realizados através de corretoras associadas à BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), onde são operados esses tipos de negócios.(SALLES, 2008)

Os tipos de derivativos mais comuns são os mercados de opções, que é a aquisição de algum ativo em um determinado dia e o seu retorno ocorre na diferença entre o preço combinado e o preço real ou quando não tem a opção de perder o recurso pago para ter o direito a compra, e também no mercado de futuros, que é a compra de um ativo por um determinado período e com um preço fixado(SALLES, 2008).

1.2.3 Renda Fixa

Os títulos de renda fixa são assim definidos:

Papéis onde se sabe antecipadamente qual será o retorno (pré-fixado) ou com ganho atrelado a um índice --como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), RDB (Recibo de Depósito Bancário) ou a taxa básica de juros, a Selic (pós-fixados).Eles podem ser privados --emitidos tanto por empresas de capital aberto como pelas instituições financeiras-- e públicas --emitidos pelos governos federal, estadual e municipal. O investimento nesses títulos pode ser feito através de instituições financeiras ou diretamente, no caso dos títulos públicos, através do Tesouro Direto.(SALLES, 2008)

Os títulos de dívidas das empresas privadas, públicas e também os que estão atrelados ao CDB (Certificado de Depósito Bancário) e RDB (Recibo de Depósito Bancário) são os papéis mais comuns referentes à renda fixa. Sua liquidez é relativa, porque depende do prazo, mas é comum serem negociadas antes do seu vencimento aumentando a sua liquidez e a rentabilidade dependendo do que está atrelado ao título, entretanto são considerados de maior retorno do que os de renda variável.

1.2.4 Fundos de Renda Fixa

Ao realizar um investimento neste tipo de investimento os seus recursos aplicados são destinados para aplicações em títulos de renda fixa, que funciona assim: através de instituições financeiras o investidor faz um investimento em renda fixa e estas utilizam do recurso para aplicações mais arriscadas e tornam-se responsáveis pelos lucros ou perdas dessa operação e para o investidor existe o retorno preestabelecido do capital investido. (SALLES, 2008).Este investimento é indicado viável para pessoas conservadoras, mas que desejam um rendimento um pouco maior que o da poupança.

E um complemento sobre este investimento é:

São títulos que pagam, em períodos definidos, uma remuneração determinada no momento da aplicação ou do resgate. Em geral, os investidores têm de pagar taxa de administração, que varia de corretora para corretora e consome parte da rentabilidade. Os especialistas afirmam que com taxa até 1%, o investimento nesses fundo vale a pena. O Imposto de Renda também incide sobre essas aplicações, com periodicidade semestral. A alíquota varia entre 15% e 22,5%.(VALLONE, 2010)

1.2.5 Fundos de Multimercado

Outra possibilidade de aplicação são os fundos de multimercado que é definido por Salles(2008) como:

São fundos onde a idéia é alocar recursos em diferentes tipos de investimento - buscando, assim, maior rentabilidade sem se expor tanto ao risco. Também são feitos através de bancos e corretoras e com isso há um equilíbrio na composição da carteira.(SALLES, 2008)

1.2.6 Fundos de Private Equity

A aplicação em fundos de private equity é definida como: “

São fundos que realizam compra e venda de empresas. O objetivo desses fundos é comprar empresas familiares ou que não possuem capital aberto, profissionalizá-los e desfazer-se do ativo através de uma abertura de capital. (SALLES,2008).

A rentabilidade desses fundos sustenta-se no lucro da empresa. Para aplicar neste tipo de investimento é necessária uma instituição financeira ou uma gestora de fundos e no Brasil são poucas as que realizam este tipo de aplicação.

1.2.7 Previdência Privada

Há também a aplicação em previdência privada que é o seguinte:

Geralmente é indicado ao investidor que pretende guardar dinheiro para ter uma aposentadoria mais tranqüila-já que sua tributação é mais alta conforme o tempo de investimento. Dois tipos de planos de previdência são mais comuns: o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) --indicado para quem pretende poupar até 12% da renda bruta e usá-lo realmente para aposentadoria-- e o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) --indicado para quem investe mais do que os 12% da renda e que usa a previdência privada como investimento de médio prazo.(SALLES, 2008).

A rentabilidade está diretamente ligada com a gestão do fundo de investimentos e para um investidor moderado é conveniente que este valor esteja pré-determinado no contrato da previdência.

1.2.8 Dólar e outras moedas

O dólar ou outras moedas é uma aplicação definida assim:

Comprar moedas estrangeiras --em especial o dólar, por ser a moeda mais "líquida"-- sempre foi uma maneira eficaz de se proteger contra a desvalorização da moeda local, uma vez que a cotação da moeda estrangeira se eleva nesses casos. Mas essa lógica pode ser invertida se a própria moeda comprada estiver desvalorizada. (SALLES, 2008).

Muitos investidores fazem este tipo de aplicação com a perspectiva da subida do dólar ocorrendo um retorno maior no investimento feito.

Além da aquisição de moedas em Casas de Câmbio ou instituições financeiras, também há a possibilidade de investir em fundos cambiais operados por corretoras, considerando se uma operação de alto risco, portanto é destinado para investidores com o perfil de arrojado.

1.2.9 Ouro

Outro investimento disponível é o ouro que é considerado seguro em momento de crise no mercado financeiro, porque ele é de alta liquidez, porém sofre a variação diária na sua rentabilidade. (SALLES. 2008).

1.2.10 Poupança

Poupança é considerado um investimento para o perfil conservador e é definido assim:

Tem rentabilidade de 0,5% ao mês mais a variação da TR (Taxa de Referência), um fundo garante investimentos de até R$ 60 mil em caso de quebra da instituição financeira que a gere e é isento de Imposto de Renda para pessoa física. Também tem alta liquidez --pode-se retirar os recursos a qualquer momento. (SALLES, 2008).

Normalmente é o investimento de menor retorno no mercado e é próprio para investidores de são baixa renda ou que não podem correr risco de perder dinheiro. A sua liquidez é diária, entretanto a rentabilidade é mensal e uma das principais vantagens é que o imposto de renda não incide e que não existe taxa de administração.

O rendimento da poupança é feito pela variação da TR acrescido de um valor de 0,5%, com cálculo diário e crédito mensal.

1.2.11 Imóveis

Este tipo de investimento é procurado por investidores que desejam a segurança e define-se como:

É um ativo real (não suscetível à variação de humor do mercado). A rentabilidade pode vir tanto pela valorização do bem (localização que se torna mais privilegiada ao longo do tempo, por exemplo) ou através de arrendamento (aluguel). O risco fica na possibilidade de depreciação do imóvel (incêndio, enchentes, desgaste do tempo) e na sua baixa liquidez. (SALLES, 2008).

Neste tipo de investimento há a possibilidade de aplicar em fundos de imobiliários, aonde os recursos são investidos em construtoras ou incorporadoras e estas são responsáveis pela administração do dinheiro para consequentemente renda e retorne isso ao investidor.

1.2.12 Obras de Antiguidade

Para realizar este tipo de investimentos é necessário ter conhecimento na área ou uma consultoria especializada. De acordo com Salles (2008), é um bom investimento quando encontra uma obra com um preço bem acessível, mas é considerado de baixa liquidez, porque o comércio somente ocorre quando esta é reconhecida e o risco é alto devido a falsificações.

Um modo de o investidor de minimizar o risco é a comprar obras de artistas famosos ou investir em um artista que não famoso eapostar no seu sucesso no futuro, mas com isso investimento torna se de alto risco.

1.2.13 Outras opções de investimentos

Há ainda algumas outras opções de investimentos que são:o CDB, Tesouro Direto e Debêntures.

1.2.13.1 Certificado de Depósitos Bancários - CDB

Os CDBs são definidos assim:

São títulos emitidos pelos bancos para captar dinheiro e consistem em um depósito a prazo predeterminado, com rentabilidade pré ou pós-fixada. Os pré-fixados tem juros determinados com antecedência, enquanto os pós são atrelados à TR. É preciso pagar IR sobre a aplicação na hora do resgate do dinheiro. Quanto mais dinheiro investido, melhor a taxa de juros. (VALLONE,2010).

É uma aplicação em que o investidor pode saber antecipadamente qual será o seu retorno sobre o capital investido. Incidência baixa de riscos e destinado para investidores conservadores.

1.2.13.2 Tesouro Direto

É feito uma aplicação em títulos do governo através da internet, sem a intermediação bancária direta, ou seja, somente os bancos participam na entrega da documentação e para que seja gerada uma senha para o investidor realizar as suas aplicações.

O tesouro direto possui a seguinte definição:

As regras são basicamente as mesmas dos fundos de investimento, mas, nesse caso, são comprados títulos do governo. Nesse caso, porém, não há taxa de administração. A desvantagem é que você mesmo deve fazer a reaplicação dos investimentos, o que pode complicar a vida do investidor. (VALLONE, 2010).

1.2.13.3 Debêntures

Uma definição deste investimento: “São títulos de empresas. Entre as opções de renda fixa, são aquelas que têm o melhor rendimento, mas a liquidez é baixa e é preciso conhecer a empresa em que se está investindo, para evitar surpresas”. (VALLONE, 2010), ou seja, a rentabilidade é boa porém o problema está na necessidade de conhecer a empresa em que está se adquirindo as debêntures.

1.3 Tipos de investidores

No mercado financeiro existem três tipos de investidores que são o conservador, moderado e o agressivo.

Kroehn e Gamez (2009) definem estes tipos da seguinte maneira:

a) Conservador: Não gosta da incerteza do mercado, necessita dos seus recursos a curto prazo,não pode perder nenhum dinheiro e quando realiza investimento é feito em renda fixa ( poupança, fundos e CDB).

b) Moderado: suporta mais a possibilidade de correr risco, os seus recursos serão necessário no médio prazo, deseja um rendimento um pouco maior que os da renda fixa tradicional e tende a aplicar até 20% dos seus recursos em renda variável ou em fundos de multimercado.

c) Agressivo: não se altera com as variações do mercado,aceita perder parte ou a totalidade dos seus investimentos, não necessitará dos seus recursos antes dos dez anos e aplica pelo menos 40% dos seus recursos em renda variável.

CONCLUSÃO

No decorrer da pesquisa percebe-se que todos os investimentos são rentáveis, o que mais influência é o tempo de investimento e o perfil do investidor.

No mercado existem diversos tipos de investimentos com vantagens e desvantagens:

a) ações:vantagens: tem rentabilidade e liquidez, aplicando-se de pequeno a grande quantias de valores, oferecendo várias possibilidades de aplicação(diretamente, home broker etc). Desvantagens: é um investimento de longo prazo e suscetível a variações da economia.

b) derivativos: a principal vantagem é a facilidade na aplicação e entendimento para investidores inexperientes. A desvantagem é a de ser considerada uma aplicação de alto risco.

c) renda fixa: tem como vantagem a possibilidade de saber previamente quanto irá render; a sua liquidez é considerada média e o risco é considerado baixo e as desvantagens são que a rentabilidade é baixa e o retorno do capital investido depende da data prevista para o saque.

d) multimercado: a vantagem é a diversificação na aplicação do investimento e a desvantagem é a existência do risco em algumas aplicações.

e) fundos de private equity: a vantagem é a rentabilidade alta e as desvantagens são: o risco alto e a rentabilidade baixa, porque ambas dependem do sucesso da empresa em que o capital está investido.

f) previdência privada: a vantagem está na rentabilidade e liquidez médias e no risco que é considerado baixo, porém a desvantagem está na instituição responsável pela gestão do fundo de investimentos porque é sua responsabilidade a variação do retorno do investimento.

g) dólar e outras moedas: a principal vantagem é o retorno sobre o investimento e a desvantagem é que quando o ocorre uma queda no valor do dólar ocorre uma perda para o investidor.

h) ouro: a vantagem deste investimento é que é considerado o mais seguro e a desvantagem é que a rentabilidade é variável conforme o dia da venda.

i) poupança: a principal vantagem é ser um investimento garantido e a desvantagens é que a rentabilidade é a menor que existe no mercado.

j) imóveis: a vantagem é que não ocorre a variação do mercado e a grande desvantagem é a depreciação do bem em que os recursos estão investidos.

k) obras de Antiguidade: a principal vantagem é a rentabilidade do investimento e a desvantagem é que para fazer este investimento é preciso ter conhecimento na área.

l) CDB: a vantagem é que o investidor já conhece de antemão qual será o retorno investido e a desvantagem é que o retorno é considerado baixo.

m) tesouro direto: a principal vantagem é que o próprio investidor pode investir diretamente e a desvantagem é que não ele não pode fazer a reaplicação do investimento.

n) Debêntures:a vantagem está na sua rentabilidade e a desvantagem está na necessidade de conhecer previamente a empresa em que está investindo.

E além disso demonstrou a importância do conhecimento sobre os tipos de investidores que são conservador (tem a necessidade dos recursos aplicados a curto prazo, não gosta das incertezas do mercado e não pode perder nenhum capital investido), moderado (suporta a idéia de correr risco, a necessidade de resgate é a médio prazo e deseja uma rentabilidade um pouco maior que a renda fixa e poupança) e o agressivo (é inalterável com as variações do mercado, aceita perder tudo ou parte do capital investido e os recursos podem ficar aplicados a longo prazo).refazer este último parágrafo

REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, A.; LIMA, F.G. Investimento em Ações: Guia Teórico e Prático para Investidores. São Paulo: Inside Books, 2008.

FOLHA DE SÃO PAULO. Entenda o que são risco, rentabilidade e liquidez de um investimento, São Paulo. Disponível em: . Acesso em 6 de Maio 2011a.

______. Como escolher um fundo de investimento?, São Paulo.Disponível em: . Acesso em 8 de Maio. 2011b.

______. Entenda a diferença entre os investimentos e saiba como aplicar, São Paulo. Disponível em: < >. Acesso em 10 de Maio. 2011c.

KROEHN,M.; GAMEZ,M.; Os eleitos do BNDES. Isto é Dinheiro. São Paulo: Novembro,n. 631, set, p.112-121, 2009.

SALGADO, E.; SUZIM, G.; O Poder de Atração da Bolsa. Exame. São Paulo:Agosto, n. 974, set, p. 4-12, 2010.

SALLES, YGOR. Confira os principais tipos de investimento e saiba como aplicar. Folha de São Paulo: 18/01/2008. Disponível em: . Acesso em 10 de Maio. 2011.

VALLONE, G. Investimento ideal depende de perfil da renda; veja dicas de especialistas. Folha de São Paulo: 22/01/2010. Disponível em: < >. Acesso em 30 de Abril. 2011.

YOSHIMURA, BRUNO. Comparando a rentabilidade real de investimentos: CDB, poupança, ação e renda fixa. Investidor Jovem: 15/04/2010. Disponível em: < >. Acesso em 5 de Janeiro 2011.

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