UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA



UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

Bonito

[pic]

Gruta do Lago Azul, em Bonito (MS)

CARLA NASCIMENTO*

da Folha Online

O município de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é conhecido como “paraíso das águas”. E se o codinome que recebeu não é mera força de expressão, também pode-se dizer que uma cidade nunca mereceu tanto o nome que tem. De fato, quem vai a Bonito não tem como ficar indiferente com a limpidez das águas dos rios e a beleza da paisagem do lugar.

Bonito é um paraíso para quem gosta de praticar rapel, mergulho, trekking, cavalgada, motocross, rafting ou para os que preferem simplesmente contemplar a natureza. Distante 1.200 km de São Paulo e 1.444 km do Rio de Janeiro, a região de Bonito possui centenas de cachoeiras, lagos, rios, mais de 80 cavernas, grutas e paredões rochosos e flora e fauna riquíssimas.

Para quem pensa que uma quantidade tão grande de atrações ecológicas em uma mesma região não apresenta diferenças, Bonito desfaz esta idéia. Cada passeio reserva uma surpresa e tem beleza e característica própria.

Berço de três rios de águas cristalinas -Baía Bonita, Prata e Sucuri- uma viagem pelas águas de pelo menos um destes sítios ecológicos é obrigatória para quem visita a região. Os passeios são feitos por meio de flutuação, com roupas de neoprene e snorkel, proporcionando ao visitante um contato direto com peixes e plantas e uma visão deslumbrante da paisagem que existe no fundo dos rios.

A visão de uma catedral gótica decorada com esculturas naturais faz de uma visita a uma das grutas ou cavernas da região um passeio imperdível. A Gruta do Lago Azul e o Abismo Anhumas são os mais indicados, tendo em vista que uma parte das cavernas e grutas da região está sendo estudada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para poderem ser liberadas para visitação.

Para contemplar a região e fazer um programa divertido, o passeio de bote pelo rio Formoso está em quase todos os roteiros de quem vai a Bonito. O rio tem pequenas cachoeiras e quedas d‘água que proporcionam um rafting leve e que pode ser feito até por crianças.

Propriedade particular

Um aspecto que chama atenção em Bonito é a estrutura montada para receber o visitante. A maioria dos locais tem excelente infra-estrutura e percebe-se o cuidado para não agredir a natureza, fazendo com que as construções necessárias sejam adaptadas ao ambiente.

Quase todos os locais abertos para visitação são de propriedade particular e estão dentro de fazendas. Algumas desenvolvem apenas a atividade turística, outras procuram harmonizar a pecuária com o ecoturismo.

Os proprietários creditam ao investimento em estrutura e conservação dos locais os altos preços cobrados pelos passeios, que custam, em média, R$ 40. Os passeios mais baratos são aqueles que não exigem o uso de equipamentos ou a presença de guias, como os balneários, por exemplo, que custam, em média, R$ 10.

Algumas iniciativas por parte do Estado estão sendo tomadas para tornar o turismo na região mais acessível economicamente. Este ano foi assinado o decreto para desapropriar uma área para a criação do Parque da Bodoquena. Com isso, a área passará a ser administrada pelo Estado e, acredita-se, o acesso ficará mais barato.

* A repórter Carla Nascimento viajou a convite da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul, da Ygarapé Tour e da organização do Festival de Inverno de Bonito.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

Diamantina

|Mirella Domenich/Folha Imagem |

|[pic] |

|Vista do casario colonial de Diamantina, em Minas Gerais |

FERNANDO CAMINATI*

da Folha Online

Quem gosta de cultura, história e aventura tem um prato cheio em Diamantina (290 km ao norte de Belo Horizonte), onde os casarões do século 18 “tocam” música e a natureza oferece muitas trilhas, cachoeiras e caminhadas.

Incrustada no Vale do Jequitinhonha, na região onde no século 18 foram descobertas as primeiras minas de diamante do Brasil, Diamantina ainda encanta por sua história, suas ladeiras de pedra e seus casarões, tão bem cuidados que deram à cidade -antigo Arraial do Tijuco-, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Apesar de pequena, a cidade é bem preservada -tanto em suas ruas quanto em seu centro histórico- e oferece uma tranquilidade que o turista não encontra mais em Ouro Preto, outra cidade histórica de Minas. Diamantina perde, no entanto, no quesito compras: não vá esperando uma profusão de artesanato local. Aproveite as atividades culturais e os passeios de aventura que a região oferece.

Vem dos casarões do centro histórico um dos eventos culturais mais característicos e charmosos de Diamantina, a Vesperata.

A ladeira da rua da Quitanda fica tomada por mesinhas onde o público pode beber vinho e comer petiscos típicos da região. De repente, no meio da rua de pedra, levanta-se um maestro; das janelas dos casarões centenários que circundam o largo saem meninos e meninas de uma fanfarra; os casarões da cidade “executam” então as tradicionais serenatas e serestas. Um espetáculo imperdível pela originalidade e beleza com que é feito.

As serestas, aliás, têm papel fundamental na história da cidade e influenciaram até um de seus filhos mais ilustres: o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Um dos políticos mais populares da história brasileira, o presidente “bossa nova”, idealizador e construtor de Brasília, é o grande orgulho de Diamantina, sendo homenageado em estátua e num museu montado na casa onde ele foi criado, que conta com vários objetos de sua infância.

Outro personagem da história do Brasil que teve Diamantina como casa foi a “rainha negra” Xica da Silva. Imortalizada na música de Jorge Benjor e no filme homônimo, a história da escrava que ascendeu à elite da sociedade diamantinense e se tornou uma das mulheres mais poderosas das Minas no século 18 é contada no museu da Casa de Xica da Silva e nas histórias dos moradores. Para quem quer mergulhar no passado minerador de Diamantina, o Caminho dos Escravos é outra boa pedida.

Mas a aventura também tem lugar em Diamantina. Porta de entrada das chapadas da região central do Brasil, a cidade é circundada por cachoeiras de até 70 m de queda e tem vegetação densa e preservada. Os picos favorecem as escaladas e o rapel, e os vales são propícios às caminhadas.

*O jornalista Fernando Caminati viajou a Diamantina a convite da CVC, da Vasp e da Secretaria de Turismo de Minas Gerais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

Salvador

|Chiaki Karen Tada/Folha Imagem | |Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem |

|[pic] | |[pic] |

|Elevador Lacerda e Baía de Todos os Santos | |Foliões dançam ao som do trio elétrico |

|Maristela do Valle/Folha Imagem | |Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem |

|[pic] | |[pic] |

|Praia do Porto da Barra | |Fachada barroca da igreja de São Francisco |

MARIA EDUARDA GUIMARÃES

do Banco de Dados

Segundo destino turístico mais procurado do país por estrangeiros, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, e um dos mais visitados pelos próprios brasileiros, o que faz Salvador ser um sucesso em termos turísticos?

Belas praias? Sim, mas outras cidades do país também têm. Conjunto arquitetônico colonial e marcas da história do país? Sim, mas cidades como Parati, Ouro Preto e Olinda, entre outras, também têm. Uma cultura local, com música, culinária, religião etc., altamente desenvolvida? Sim, mas São Paulo e Rio de Janeiro são exemplos de cidades com alto grau de vida cultural.

A resposta, claro, é o conjunto desses elementos. Nenhuma outra cidade do Brasil reúne, em partes iguais, uma grande beleza natural, marcos da história do país e elementos culturais próprios como Salvador. É isso que a diferencia de todas as demais cidades turísticas do Brasil.

O turista que escolher Salvador pode ir à praia pela manhã, fazer um passeio ao centro histórico à tarde, jantar em um dos bons restaurantes da cidade e ir dançar nos ensaios dos blocos de carnaval ou ao som dos muitos sucessos locais.

Há diversão para todos os gostos e, principalmente, para todos os bolsos, já que muitas das atrações, como as praias e outros passeios, não precisam ser pagas.

Então, como dizem os cidadãos de Salvador, os soteropolitanos: "sorria: você está na Bahia".

Maria Eduarda Guimarães viajou a Salvador a convite da Emtursa (Empresa de Turismo de Salvador),TAM e Hotel Catussaba.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

Búzios

|Divulgação |

|[pic] |

|Vista da praia da Azedinha, em Búzios, no Rio de Janeiro |

ADRIANA RESENDE*

da Folha Online

Não é qualquer cidade brasileira que pode se valer da “honra” de ter sido mostrada ao mundo pela atriz francesa Brigitte Bardot. Mas Armação dos Búzios, ou simplesmente Búzios, a 180 km do Rio de Janeiro, pode, e reconhece a importância desse fato para seu desenvolvimento com três homenagens à atriz - um cinema, o nome da orla que circunda o centro da cidade e uma estátua.

Brigitte esteve em Búzios em 1964. Como ela descobriu as belezas locais é um mistério que ninguém conseguiu solucionar, mas de lá para cá, o antigo distrito situado ao norte de Cabo Frio, na Região dos Lagos, cresceu e deixou de ser uma aldeia de pescadores para se transformar num dos lugares mais procurados do Estado e continua atraindo chiques e famosos.

A Praia da Ferradura, por exemplo, é considerada uma Beverly Hills. As casas, em estilo arquitetônico rústico, para manter o ar praiano, são de propriedade de personalidades como a modelo Alexia Deschamps, a empresária Luma de Oliveira, o diretor global Wolf Maya e a atriz e comediante Cláudia Jimenez, só para citar alguns. Alexia Deschamps adotou a cidade como sua, e a mãe, Renata Deschamps, não fica atrás. Já virou até nome de rua no centro de Búzios.

Eventos como o Festival de Cinema, que acontece em novembro, atraem artistas de todo o país. Em 2001 foi a vez de Malu Mader e Tony Belotto, que foram à cidade para lançar “Bellini e a Esfinge”, filme estrelado pela atriz e baseado no livro do músico.

Para ser ponto de parada obrigatória, a cidade de apenas seis anos e meio de emancipação une a paisagem natural das mais de 20 praias à gastronomia variada e à tranqüilidade de um município de menos de 20 mil habitantes.

Os comerciantes, que se instalaram principalmente no centro, são, em sua maioria, estrangeiros e brasileiros que chegaram ao local e se encantaram com a simplicidade e a beleza do lugar.

Mas essa simplicidade, encontrada no estilo rústico das construções, também pode ceder espaço à arquitetura moderna. O arquiteto, artista plástico e designer Helio Pellegrino, conhecido no Brasil e na Europa por usar materiais de demolição em seus projetos, é responsável pela criação do Pórtico e de vários restaurantes.

Aliás, Búzios prima pela boa infra-estrutura que o turista pode encontrar: são 250 hotéis e pousadas, divididos nas 23 praias. A diversão é garantida pelo circuito gastronômico, composto por 126 restaurantes e seis casas noturnas.

A cozinha brasileira e internacional é bem representada. Há restaurantes italianos, orientais, mexicanos e, como não podia faltar, franceses e argentinos, já que franceses e portenhos são os turistas que mais visitam a cidade. Para quem não quer arriscar, há também boas opções de self-service.

Mas cuidado ao visitar a cidade de Brigitte. Se você tiver pouco dinheiro no bolso, vai acabar não aproveitando muito os restaurantes e os passeios pelas praias, a bordo de escuna ou bugue.

E outra dica: vá com tempo de sobra, pelo menos um feriado prolongado. Um fim de semana é pouco para conhecer tanta beleza natural e ainda ter tempo de pegar um corzinha, praticar surfe ou windsurfe na Praia de Geribá ou na Praia Brava e fazer naturismo na Olho de Boi.

(*) A repórter Adriana Resende viajou a convite da Secretaria de Turismo de Búzios, da Pousada Don Quijote e da TAM.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

Chapada dos Veadeiros

|Fotos Fernanda Iema Pinto/Folha Imagem |

|[pic] |

|Chapada dos Veadeiros reúne cachoeiras, canyons, arte e festas folclóricas |

FERNANDA IEMA PINTO*

da Folha Online

A Chapada dos Veadeiros, o mais antigo patrimônio geológico da América do Sul, formada há 1,8 bilhão de anos, é considerada um dos maiores paraísos ecológicos do país. Situada no norte do cerrado goiano, a cerca de 230 km de Brasília, a região foi descoberta pela riqueza mineral que ainda esconde em suas terras.

A área é fonte de uma natureza incrível. Não faltam atrativos para os viajantes. Grandes montanhas, canyons, minas de cristal, rios, córregos, piscinas naturais, corredeiras e cachoeiras compõem o cenário da Chapada.

O local também é vitrine de milhares de espécies da fauna e da flora brasileira. Alguns animais em extinção, como o veado-campeiro, o lobo-guará, a capivara, a ema e o tucano de bico-amarelo, ainda habitam a região. Não é nada incomum encontrar araras passeando nos centros da cidadezinhas a procura de uma câmara fotográfica para registrar seus vôos rasantes.

Um dos pontos de passagem obrigatória é o Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, que fica nas cidades de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante. Criado em 1961 pelo então presidente Juscelino Kubitschek, o parque começou a atrair turistas somente na década de 80. Mas foi nos anos 90 que o local passou a ser um dos mais visitados do cerrado brasileiro.

No entanto, a Chapada dos Veadeiros não se restringe apenas aos municípios que abrigam o Parque Nacional. Teresina de Goiás, Colinas do Sul, Nova Roma, São Gabriel e São João da Aliança são outras cidades que dão charme à região.

Além disso, a área mais alta do Planalto Central, a mais de 1.600 metros acima do nível do mar -banhada pelos rios Preto e São Bartolomeu, que originam toda a variedade de cachoeiras e corredeiras- alimenta as três maiores bacias hidrográficas do Brasil: a da Amazônia, a do Paraná e a do São Francisco.

Outro ponto de destaque é o fato de a Chapada também ser conhecida como o centro do misticismo. Atravessada pelo Paralelo 14, o mesmo que corta Machu Pichu, no Peru, a região é alvo de fantásticas histórias de mistério e o lugar perfeito para os que gostam de meditar.

Não existe época do ano para conhecer a Chapada dos Veadeiros. O clima, classificado como tropical de altitude, tanto no período de seca, como no de chuva, oferece peculiaridades de beleza e de aconchego não encontradas em qualquer lugar.

*A repórter Fernanda Iema Pinto viajou a convite da agência Mundus Travel e do Exploranter.

................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download