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DISCIPLINA: FILOSOFIA PROFESSORA: MIRANITURMA:3?A, B, C, D.E.F.G.CONTE?DO: Três concep??es de liberdade: libertarismo, determinismo e dialéticaHABILIDADE: Identificar em textos os vários conceitos de dialética e a rela??o com a liberdade. Fazer atividade no world ou em outro recurso, porém, n?o pode ser a lápis.Entregar até o dia 10 de setembro pode ser via e-mail atividadefilosofia@ ou classroom.3? ATIVIDADE DO 3? BIMESTRE- TESE - ARGUMENTO- Analisar a Música: “Como uma onda no mar” Lulu Santos “Zen -Surfismo” A dialéticaVimos que tanto o libertarismo como o determinismo levantam aspectos importantes sobre o problema da liberdade, mas n?o oferecem respostas suficientes para ele. Enquanto o primeiro desconsidera a influência das circunst?ncias em nossas decis?es, o segundo enfatiza dessa tal maneira essa influência que chega a negar a liberdade. Mas haverá uma posi??o capaz de incorporar a contribui??o positiva dessas duas concep??es da liberdade e, ao mesmo tempo, superar suas limita??es? Uma posi??o que admite os condicionamentos externos sem abrir m?o da liberdade? Uma possível resposta parece estar na concep??o da dialética da liberdade.Mas o que vem a ser dialética? De acordo com o Dicionários Houaiss, “em sentido bastante genérico”, a palavra está associada à ideia de “oposi??o, conflito originado pela contradi??o entre principais teóricos ou fen?menos empíricos”.Um dos principais a desenvolver esta forma de pensar foi Heráclito (século VI e V a.C.), filósofo grego do período pré-socrático que viveu na cidade de ?feso. Para ele, nada é imóvel, imutável, isto é, nada permanece aquilo que é; ao contrário, tudo está em movimento, tudo muda, tudo flui, tudo se transforma, tudo é um devir. Por isso, ele teria dito: “N?o se pode banhar duas vezes no mesmo rio”, porque tanto as águas como a pessoa que nelas entra novamente já n?o s?o as mesmas.O motor dessa transforma??o é a contradi??o que está contida em todas as coisas. Isso quer dizer que, no interior de cada coisa, há for?as opostas em luta entre si e que fazem com que ela deixe de ser o que é e se torne outra coisa. Em outras palavras, cada coisa é uma “unidade de contrários”. Dia e noite, vida e morte, Luz e escurid?o, tristeza e alegria, quente e frio, amor e ódio, acaso e necessidade, beleza e feiura, enfim, qualquer que seja a dupla de contrários que se imagine, cada elemento da contradi??o traz dentro de si a sua nega??o ( o seu contrário) e nele se transforma, num movimento infinito.No tempo de Sócrates e Plat?o, apalavra “dialética” designava certo modo de discutir ou dialogar que tinha por objetivo explicitar as contradi??es presentes no raciocínio dos interlocutores, a fim de superar as divergências das opini?es particulares e atingir o conhecimento verdadeiro. Portanto, também aí o conceito de dialética estava associado à ideia de contradi??o, de conflito, de antagonismo e de busca de supera??o. No caso da dialética socrática e plat?nica, tratava-se da contradi??o presente no pensamento e no discurso, responsável por produzir um conhecimento falso ou, pelo menos, impreciso (opini?o - doxa) e que precisava ser substituído por outro, considerando (ciência – episteme). De lá para cá, ao longo da história da Filosofia, inúmeros filósofo fizeram uso do conceito dialética, atribuindo a ele diferentes conota??es, mas sempre enfatizando o aspecto da contradi??o. Esta, portanto, constitui um elemento fundamental na perspectiva dialética.Mas quem de fato sistematizou a dialética como método de interpreta??o da realidade foi um filósofo alem?o idealista, dos séculos XVIII e XIX, chamado Georg Wilhelm Friedrich Hegel. De modo muito simplificado, podemos dizer que Hegel, retomando a tese de Heráclito da luta dos contrários, concebe a História como um processo que resulta das contradi??es presentes no pensamento. Analisando a evolu??o do pensamento humano, Hegel percebeu que ela ocorre por um processo que envolve três momentos: o da tese (afirma??o de uma ideia ou posi??o), o da antítese (afirma??o da ideiacontrária à primeira) e o da síntese (conclus?o derivada da contradi??o entre as duas primeiras). Esta conclus?o, uma vez estabelecida, se transformará numa nova síntese, recome?ando-se o processo. ? o que ocorre, por exemplo, segundo ele, com os sistemas filosóficos que ao longo da história sucederam-se uns aos outros por um processo de tese, antítese e síntese. Como, porém, Hegel considerava o pensamento (as ideias, a consciência, o espírito) o motor da História, sua filosofia tem caráter idealista.Marx observe o núcleo dialética do pensamento hegeliano, más confere a ele um caráter materialista. Pare ele, a realidade, o mundo, a sociedade também est?o permeados por contradi??es, mas estas n?o derivam do pensamento, e sim do modo como os homens produzem a sua existência material e do tipo de rela??es sociais que estabelecem entre si nesse processo produtivo. Por exemplo, no modo de produ??o capitalista, as rela??es sociais dominantes ocorrem entre capitalistas (proprietários dos meios de produ??o) e proletários (proprietários da for?a de trabalho). Entre estas duas classes sociais, há uma rela??o de contradi??o, de antagonismo, pois a realiza??o dos interesses de uma (explora??o do trabalho e obten??o da mais- valia) implica a nega??o dos interesses da outra (liberta??o da explora??o).Assim , uma das principais contradi??es da sociedade é justamente a luta de classes, que, na vis?o de Marx e Engels, n?o é exclusiva da sociedade capitalista, mas algo que se verifica em toda a história da humanidade e que, para eles, atua como motor das transforma??es que se sucederam ao longo desta história. Nas palavras dos autores:“A história de todas as sociedades que existiram até os nossos dia tem sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, bar?o e servo, mestre de corpora??o e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposi??o, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfar?ada; uma guerra que terminou sempre ou por uma transforma??o revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destrui??o das duas classes em luta. Nas primeiras épocas históricas, verificamos, quase por toda parte, uma completa divis?o de sociedade em classes distintas, uma escala graduada de condi??es sociais. Na Roma Antiga encontramos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média, senhores, vassalos, mestres, companheiros, servos; e, em cada uma destas classes, grada??es especiais. A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruinas da sociedade feudal, n?o aboliu os antagonismos de classe. N?o fez sen?o substituir novas classes, novas condi??es de opress?o, novas formas de lutar às que existiram no passado”.Assim, para Marx e Engels, n?o é o pensamento que, organizando-se de forma contraditória (tese, antítese e síntese), produz a realidade material, mas, sim, a realidade que, por for?a das contradi??es nela inerentes( como luta de classes, por exemplo), gera as diferentes formas de pensamento. Dizendo de outra maneira: “N?o é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência”.Eis, portanto, o materialismo de Marx e Engels. Mas, como se trata de um materialismo dialético, isto é, que afirma a existência da contradi??o, da luta dos contrários, essa rela??o de determina??o também é contraditória, de modo que, se, de um lado, a consciência é determinada pela vida, de outro lado, esta também é determinada por aquela. Há, na realidade uma “a??o recíproca” de mútua determina??o entre os opostos. Daí a conclus?o dos autores para todo esse raciocínio de que, “é t?o verdade serem as circunst?ncias a fazerem os homens como a afirma??o contraria”. ................
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