A SEGUIR, EM NOVEMBRO NO CINE-TEATRO DE ESTARREJA:



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PROGRAMAÇÃO CINE-TEATRO DE ESTARREJA

ABRIL, MAIO, JUNHO E JULHO DE 2011

APRESENTAÇÃO 3

PROGRAMAÇÃO COMPLETA 5

SINOPSES DOS ESPECTÁCULOS 7

100CENAS 7

1974 7

TALK SHOW 24

NAS LINHAS DO CORPO 25

FABULA BUFFA 26

PEDRO E INÊS 28

DURA DITA DURA 34

NOITE DE TUNAS E FADOS 35

UNIÃO FILARMÓNICA DO TROVISCAL 36

SMALL SUR (USA) 37

ZAPPING 37

VIDA - JORGE FERNANDO E FÁBIA REBORDÃO 38

RITMO & DANÇA IV 39

ENCALHADAS! 40

EU QUERO! 42

QUARTO INTERIOR - OFICINA 42

QUARTO INTERIOR 43

ACOUSTIC FRONT 45

SÉRGIO GODINHO 47

EM VIAGEM - OFICINAS 48

EM VIAGEM 49

A CASA 50

RITINHA LOBO (CABO VERDE) 51

LE TRIO JOUBRAN (PALESTINA) 52

AS AVENTURAS DE UM PINÓQUIO 53

ROUGE 53

CARLOS NUÑEZ (GALIZA/ESP.) 55

FOGE FOGE BANDIDO 56

LA TROBA KUNG-FÚ (CATALUNHA/ESP.) 58

6º FESTIVAL DA CANÇÃO DA BVS 59

FESTIVAL ARTES PELAS ARTE 59

SERVIÇO EDUCATIVO 61

NAS LINHAS DO CORPO 61

QUARTO INTERIOR - OFICINA 62

EM VIAGEM - OFICINAS 63

OFICINA DE TEATRO PARA CRIANÇAS QUE AINDA NÃO CONSEGUEM CHEGAR AO PUXADOR DA PORTA 63

VISITAS GUIADAS AO CINE-TEATRO 64

FILMES EM EXIBIÇÃO 65

PACOTES DE BILHETES CINEMA 66

SINOPSES DOS FILMES 67

TRON: O LEGADO 67

UM ANO MAIS 67

BIUTIFUL 68

MIRAGEM 69

THE FIGHTER - ÚLTIMO ROUND 69

ELLEKTRA 70

CISNE NEGRO 71

127 HORAS 72

TU, QUE VIVES 72

INDOMÁVEL 73

RANGO (VERSÃO PORTUGUESA) 74

O DISCURSO DO REI 74

EXPOSIÇÕES 76

ESTADOS DE CONSCIÊNCIA 76

INFORMAÇÕES ÚTEIS 77

APRESENTAÇÃO

Logo no início do 2.º trimestre de 2011 no Cine-Teatro de Estarreja, o mês de Abril contará ainda com três interessantíssimas propostas de teatro no âmbito do 100CENAS – Mostra de Artes Performativas:

- 1974 (Sáb.2Abr.), pelo Teatro Meridional (produção TNDMII) e com música de José Mário Branco, que nos propõe uma reflexão sobre a identidade lusa, a partir de três importantes períodos da História de Portugal do último século: a Ditadura, a Revolução de Abril e a entrada de Portugal na Comunidade Europeia, reflectindo ainda a nossa contemporaneidade. Uma grande produção a não perder.

- Fabula Buffa (Sáb.16Abr.), pelo Teatro Pícaro (Itália), uma comédia trágico-grotesca sobre o poder do riso criada por dois dos melhores intérpretes de Commedia dell'Arte da actualidade.

- Pedro e Inês (Qui.21Abr.), uma narrativa profundamente enraizada na cultura e na tradição portuguesa revista pelo Teatr’O Bando (produção CCB), com Miguel Borges e Susana Blazer no elenco.

Outras propostas integram ainda o 100CENAS – Mostra de Artes Performativas:

- Na área da dança apresenta-se a criação Talk Show (Sáb.9Abr.), de Rui Horta uma obra para quatro intérpretes e duas colunas de som. Um questionamento sobre o corpo enquanto sistema comunicante e sobre o seu desaparecimento ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor.

- Para os mais novos (10 aos 14 anos) o Serviço Educativo propõe uma Oficina de Movimento/Dança & Desenho (11 a 15Abr.,10h e 15h), onde o corpo humano será o tema principal desta pesquisa, a partir de cujas linhas se pretende descobrir novas danças no papel, no espaço e nos figurinos.

- Especialmente apresentado no dia 25 Abril (16h), Dura Dita Dura, pelo Teatro de Ferro, é um espectáculo de marionetas para todas as idades acerca da atmosfera de terror surdo que reinou durante meio século num país onde as paredes tinham ouvidos.

Em Abril, na área da música, destacam-se os concertos de Small Sur (Sex.21Abr.), com a sua folk contemplativa; e o espectáculo de fado Vida (Sab.30Abr.) com Jorge Fernando e Fábia Rebordão. Jorge Fernando, que já tocou com Amália, ajudou a projectar as carreiras de gente como Mariza ou Ana Moura e escreveu para Camané, traz-nos a sua mais recente descoberta que leva o nome de Fábia Rebordão. Um dia antes (29Abr.22h) a Associação Com.Cenas/ Kritikus de Águeda, apresenta o espectáculo de stand-up-comedy Zapping.

Em Maio os destaques vão para:

- A Comédia Musical Encalhadas! (Sex.6Maio).

- Quarto Interior (Sáb.14Maio) pelo Circolando (Novo Circo). Com um teatro dançado, sem palavras e próximo da poesia, Quarto Interior fala-nos dos quartos que transcendem a geometria. O Serviço Educativo preparou ainda uma Oficina às 11h do dia de apresentação, onde a Circolando partilhará com o grupo de participantes este modo de fazer um teatro dançado.

- A tour Accoustic Front (Sex.20Maio) que passará pelo Bar CTE para a apresentação dos projectos folk de The Great Park, Binoculers e Azevedo Silva.

- O regresso de Sérgio Godinho (Sáb.21Maio), que prepara para 2011 o seu 21º disco de originais.

- O espectáculo comunitário Em Viagem (Sáb.28Maio), do Trigo Limpo Teatro Acert, onde participarão elementos diversos da comunidade, após participação nos dias anteriores em Oficinas de formação em construção (de vime), movimento e interpretação. Os voluntários para participar neste projecto comunitário deverão inscrever-se (participação gratuita) pelos telefones 234811300, 92651668 ou pelo E-Mail Cineteatro@Cm-Estarreja.Pt .

No início de Junho (Dom.5,16h), apresentar-se-á A Casa, de Aldara Bizarro, um projecto de dança/arte comunitária, que se alicerça num conjunto de entrevistas recolhidas e filmadas na população.

Junho é mês de festim, e o primeiro concerto em Estarreja será integrado nas Festas de Sto.António, da Cidade e do Município de Estarreja: Ritinha Lobo (Qui.9Jun.) abraça a África lusófona no seu repertório, para uma festa em português e em crioulo. A 18 de Junho comemora-se o 6.º Aniversário da Reabertura do CTE, com um concerto festim de excelência, Le Trio Joubran, onde a intensidade da música do alaúde se torna numa experiência única. A 24 de Junho Estarreja é bafejada com os ventos do norte de Espanha com o carismático e brilhante gaiteiro galego Carlos Nuñez. E a finalizar a passagem do festim por Estarreja, os catalães La Troba Kung-Fú (Sáb.2Jul.) trazem ao CTE a sua bombástica fusão de rumba catalã com os ritmos da cumbia ou do reggae, num concerto com sentido único para a festa.

Ainda na área da música, Junho contém ainda a apresentação do concerto encenado de cabaret-rock dos aveirenses Rouge (Qua.22Jun.), e já em Julho o CTE oferece uma das últimas oportunidades para assistir ao vivo ao projecto Foge Foge Bandido (Sex.1Jul.) de Manel Cruz, uma vez que este notável músico já determinou o fim deste intento que deixará a sua marca na música portuguesa, tal como sucedeu com os anteriores Ornatos Violeta, Pluto e Supernada.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

′ MÚSICA

′ TEATRO

′ DANÇA

′ CINEMA

′ SERVIÇO EDUCATIVO

ABR

2 SÁB 22H | 1974 TEATRO MERIDIONAL | TNDMII [100CENAS - MOSTRA DE ARTES PERFORMATIVAS]

3 DOM 16H | 21H30 | TRON: O LEGADO

9 SÁB 22H | TALK SHOW RUI HORTA [100CENAS - MOSTRA DE ARTES PERFORMATIVAS]

10 DOM 16H | 21H30 | UM ANO MAIS

11 | 12 | 13 | 14 | 15 | SEG A SEX | 10H00 E 15H00 SERVIÇO EDUCATIVO [CRIANÇAS 10 AOS 14 ANOS] |

NAS LINHAS DO CORPO [OFICINA DE MOVIMENTO/DANÇA & DESENHO | FÉRIAS DA PÁSCOA]

15 SEX 21H30 | NOITE DE TUNAS E FADOS [ORG. ESE]

16 SÁB 22H | FABULA BUFFA TEATRO PICARO (ITÁLIA) [100CENAS - MOSTRA DE ARTES PERFORMATIVAS]

17 DOM 16H | UNIÃO FILARMÓNICA DO TROVISCAL [BANDAS EM CONCERTO | EVENTO SÉNIOR 3.º DOM. MÊS]

17 DOM 21H30 | BIUTIFUL

21 QUI 22H | PEDRO E INÊS TEATR’O BANDO | CCB [100CENAS - MOSTRA DE ARTES PERFORMATIVAS]

22 SEX 22H | SMALL SUR (USA) [FOLK]

25 SEG 16H | DURA DITA DURA TEATRO DE FERRO [100 CENAS | EVENTO INFÂNCIA / FAMÍLIA]

29 SEX 22H | ZAPPING KRITIKUS | COM.CENAS ASSOCIAÇÃO CULTURAL [STAND-UP COMEDY]

30 SÁB 22H | VIDA - JORGE FERNANDO E FÁBIA REBORDÃO [FADO]

MAI

1 DOM 16H | RITMO & DANÇA IV [ORG. TRICANINHAS DO ANTUÃ]

1 DOM 21H30 | MIRAGEM ILUZIJA

6 SEX 22H | AS ENCALHADAS COM RITA SALEMA, HELENA ISABEL E MARIA JOÃO ABREU [COMÉDIA MUSICAL]

8 | 9 | DOM 16H | SEG* 10H30 | 14H30 [*ESCOLAS] | EU QUERO!

BASEADO NO TEXTO ROMEU E JULIETA, DE WILLIAM SHAKESPEARE

8 DOM 21H30 | THE FIGHTER - ÚLTIMO ROUND

14 SÁB 11H | SERVIÇO EDUCATIVO | QUARTO INTERIOR – OFICINA

14 SÁB 22H | QUARTO INTERIOR CIRCOLANDO [NOVO CIRCO]

15 DOM 21H30 | ELLEKTRA

20 | 22 | SEX 21H30 | DOM 16H | 21H30 | CISNE NEGRO

20 SEX 23H | ACOUSTIC FRONT THE GREAT PARK (UK) | BINOCULERS (ALE) | AZEVEDO SILVA (PT) [FOLK]

21 SÁB 22H | SÉRGIO GODINHO

25 | 26 | 27 | QUA | QUI | SEX | 10H |14H30 | 21H SERVIÇO EDUCATIVO | EM VIAGEM - OFICINAS

28 SÁB 22H | EM VIAGEM TRIGO LIMPO TEATRO ACERT [ESPECTÁCULO COMUNITÁRIO]

29 DOM 21H30 | 127 HORAS

JUN

5 DOM 16H | A CASA ALDARA BIZARRO [EVENTO INFÂNCIA / FAMÍLIA | 1.º DOM. MÊS]

09 QUI 22H | RITINHA LOBO (CABO VERDE) [festim]

18 SÁB 22H | LE TRIO JOUBRAN (PALESTINA) [festim]

19 | 20 | DOM 16H | SEG* 10H30 | 14H30 [*ESCOLAS] | AS AVENTURAS DE UM PINÓQUIO

A PARTIR DO CLÁSSICO DE CARLOS COLLODI

19 DOM 21H30 | TU, QUE VIVES DU LEVANDE

22 QUA 22H | ROUGE [CABARET-ROCK]

24 SEX 22H | CARLOS NUÑEZ (GALIZA/ESP.) [festim]

26 DOM 16H | 21H30 | INDOMÁVEL

27 | 28 | 29 | 30 | 1JUL | SEG A SEX | 10H00 E 15H00 SERVIÇO EDUCATIVO [CRIANÇAS 3 AOS 5 ANOS] |

OFICINA DE TEATRO PARA CRIANÇAS QUE AINDA NÃO CONSEGUEM CHEGAR AO PUXADOR DA PORTA [PROJECTO DE INICIAÇÃO TEATRAL | FÉRIAS GRANDES]

JUL

1 SEX 22H | FOGE FOGE BANDIDO

2 SÁB 22H | LA TROBA KUNG-FÚ (CATALUNHA/ESP.) [festim]

3 DOM 10H30 | 16H | 21H30 | RANGO (VERSÃO PORTUGUESA) [CINEMA INFÂNCIA / FAMÍLIA | 1.º DOM. MÊS]

4 | 5 | 6 | 7 | 8 | SEG A SEX | 10H00 E 15H00 SERVIÇO EDUCATIVO [CRIANÇAS 6 AOS 10 ANOS] |

NAS LINHAS DO CORPO [OFICINA DE MOVIMENTO/DANÇA & DESENHO | FÉRIAS GRANDES]

8 | 10 | SEX | DOM | 21H30 | O DISCURSO DO REI

9 SÁB 21H30 | 6º FESTIVAL DA CANÇÃO DA BVS

16 SÁB 21H30 | FESTIVAL ARTES PELAS ARTE [ORG. ESPAÇO DARTES]

SINOPSES DOS ESPECTÁCULOS

SÁB 2 ABR ~ SEG 25 ABR

MOSTRA DE ARTES PERFORMATIVAS

100CENAS

APRESENTAÇÕES CO-FINANCIADAS PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, O NOVO NORTE

ENTRADA POR ESPECTÁCULO 5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS

EXCEPTO DURA DITA DURA 2,5€ C/ ENTR. LIVRE UM ACOMPANHANTE ADULTO POR CRIANÇA

PASSE GERAL 15€ | 12€ C/DESC. HABITUAIS

PASSE 3 ESPECTÁCULOS 12€ | 9€ C/DESC. HABITUAIS

SÁB 2 ABR 22H

EVENTO C/ SERVIÇO BABY SITTING | ATL P/A CRIANÇAS 4 A 10 ANOS [MARCAÇÃO PELO TEL. 234811300/ 925651668 ATÉ 2 DIAS ÚTEIS ANTES]

90MIN. | M/12

1974

TEATRO MERIDIONAL | TNDMII

MÚSICA DE JOSÉ MÁRIO BRANCO

[site oficial]

[youtube]

Criação: Teatro Meridional

Encenação: Miguel Seabra

Com: Carla Galvão, Cláudia Andrade, David Pereira Bastos, Emanuel Arada, Filipe Costa, Inês Lua, Inês Mariana Moitas, Miguel Damião, João Melo, Rui M. Silva e Susana Madeira

Assistência artística: Jean Paul Bucchieri

Dramaturgia: Francisco Luís Parreira

Espaço cénico e figurinos: Marta Carreiras

Desenho de luz: Miguel Seabra

Música original e sonoplastia: José Mário Branco

Fotografia: Susana Paiva

Co-produção: TNDM II e Teatro Meridional

1974 tem como objecto temático a identidade portuguesa, cruzando três períodos da história de Portugal: Ditadura, Revolução de Abril e a entrada na comunidade económica europeia, hoje Unidade europeia, reflectindo ainda a nossa contemporaneidade.

Inscrito na lógica de construção cénica e artística dos espectáculos do Teatro Meridional, Para Além do Tejo (2004) e Por Detrás dos Montes (2006), o espectáculo 1974 alia à linguagem cénica, essencialmente não verbal, construída através da fisicalidade do actor, a linguagem musical, com criação de José Mário Branco.

Onze actores percorrem o tempo de um país, inscrevendo no espaço teatral fragmentos de situações ou instantes impressivos que, partindo do real, são retrabalhados numa linguagem que pretende ultrapassar a mimesis ou a ilustração, tendo-se escolhido um ponto de vista sensorial, mas simultaneamente forte e impressivo para dizermos de nós identitariamente, nesta travessia pela história.

Partindo-se de improvisações temáticas, objectivas e factuais, traçadas como mapa de caminho, potencia-se formalmente cada segmento do espectáculo, conferindo-lhe dimensões diversas que vão do adensamento da poética à subtileza do humor, que nos permitirá rir da nossa particular idiossincrasia. Não se pretende contar a vida de um país, mas pequenas fábulas sucessivas em que os actores vão sendo vários e múltiplos, em que as cenas se desenrolam numa espiral que não é explicativa, mas esboços e borrões abstractos de comportamentos sentidos no corpo dos actores e concretizados em cena.

Tanto a música como o espaço cenográfico em permanente mutação são ambos cenários desta concentração de tempo, enviando sinais que afirmam, complementam e potenciam a cena ou a distorcem para a perturbar.

Inserido numa das linhas de trabalho do Teatro Meridional em que a narrativa cénica assenta no acto teatral da expressão física, emocional e intencional do trabalho do actor e onde a palavra ou está ausente ou não é o seu principal recurso de comunicação, este será o sétimo espectáculo da Companhia que trabalha esta linguagem cénica e o terceiro espectáculo que tem como objecto temático a identidade portuguesa.

Sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança?

No dia 25 de Abril de 1974, tinha 9 anos. Uma das memórias vivas que mantenho do tempo da ditadura é a das viagens a Badajoz. Um quilómetro antes da fronteira, invariavelmente, meus pais pediam silêncio total e absoluto. Porquê? “Depois já podemos falar...”. Depois explicavam, ou tentavam inteligentemente explicar, o que hoje entendo ser inexplicável. E eu ficava com a imagem de que as coisas eram como eram e que dificilmente podiam ser de outra maneira, mas que para serem de outra maneira eu teria que, respeitando sempre a identidade do próximo, nunca deixar de pensar pela minha própria cabeça, ou seja de sonhar.

Assumido o desafio lançado pelo Diogo Infante, director do Teatro Nacional D. Maria II, meu amigo e companheiro geracional, para conceber um espectáculo que, à semelhança de outros realizados anteriormente pelo Teatro Meridional, se detivesse sobre a identidade portuguesa, várias questões se me colocaram.

Como falar de um país inteiro, da sua história e da sua identidade, quando nós próprios nem sempre conseguimos determinar quem somos? E o que é que permanece de realmente identitário independentemente do contexto social, familiar e de formação de cada um de nós? E hoje, num mundo globalizado em constante mutação, o que permanece realmente português? E como definir o que se escolhe contar da História portuguesa neste grande período que atravessa várias décadas e que vai do Fascismo até à actualidade?

Como criador e coordenador de uma equipa que gere as várias disciplinas de criação, como conseguir provocar-me e provocar teatralmente, questionar modos do fazer teatral, como encontrar uma linguagem comum que nos sintonize enquanto criadores na narrativa do espectáculo e em cada tempo do tempo da narrativa da História?

Procurei um conjunto de criadores que, pelo seu percurso e pela admiração artística que por eles nutro, me ajudassem a questionar pressupostos de trabalho e contribuíssem para um olhar renovado sobre o processo da criação teatral, sabendo que construir este tipo de espectáculo é ter consciente que todas as possibilidades do espectáculo são possíveis de sonhar, de recriar, de ligar, de enunciar e de dizer - teatral, social, humana e politicamente - e que este imenso espaço de liberdade cria paradoxalmente um grande constrangimento.

Procurámos que a construção deste espectáculo tivesse a realidade como inspiração, mas que não fosse a ilustração de nenhum acontecimento e, mais do que mostrar o que foi ou como era, ou como é agora, quisemos descobrir o que se sentia, e o que o sentir dos outros nos provoca - mantendo sempre um pé na realidade e outro no teatro.

Como criador, o que mais admiro e gosto de ver num espectáculo é uma mesma linguagem que atravesse todos os criadores na sua manifestação artística específica. Que ela seja coerente ao nível dos códigos de comunicação, que cada projecto tenha uma identidade própria e que a sua singularidade seja identificável, reconhecida e partilhada pelas pessoas que o fazem.

Sonhar é ir além do que é real, e o espectáculo “1974” é uma fábula sobre a efemeridade da utopia, a história de uma bonita oportunidade e sobre o que dela fizémos, ou ainda não conseguimos fazer.

Já vivi o tempo suficiente para acreditar que sim, que o mundo avança quando reivindicamos o direito de sonhar e sonhamos as utopias, que são o subsolo ou um céu qualquer que queremos possível. E acredito também que a contaminação não se faz só com surtos de gripes ou de economias de fracasso. O que é bom contamina-nos, o que é belo também. E é por acreditar nisso que persisto, que enquanto colectivo persistimos.

Pelo sonho é que vamos?

Miguel Seabra

1974: preencha os espaços em branco

1. O presente espectáculo pronuncia-se sobre as consequências de uma história. As consequências podem ser: as que a História retira de si mesma e que nós sentimos sob a forma de actualidade; as que nós gostaríamos de retirar da História, de modo, precisamente, a modificar o presente e a acelerarmos novas consequências (porque o presente talvez nos desagrade).

O título “1974” é já um indicador suficiente da história de que se trata. Porém, esse título não significa que os acontecimentos decisivos daquele ano constituam o manancial exclusivo, ou até predominante, do espectáculo. Um palco nunca é o melhor ambiente para este tipo de datas e acontecimentos. O próprio dos palcos é estarem, por assim dizer, aptos a todos os preenchimentos, à semelhança de uma incógnita matemática a resolver na equação ficcional. Datas como a de 1974, em contrapartida, arrastam consigo uma tal sobre-determinação de significado que toda a sua transferência ficcional se encontra, logo à partida, indiciada por corrupção. Arrancar a História a si mesma, preservá-la na sua condição e projectá-la ilustrativamente no domínio da representação teatral, seria sempre a confissão de uma insuficiência do teatro. Em particular, seria reduzir os meios teatrais à condição da triste fotografia que persiste na moldura velha: ali está ela, obrigada à grande mentira de ter de ser verdadeira.

Embora o título “1974” não tenha assim valor referencial directo, ele exprime, no entanto, o compromisso que, desde o início, orientou o entendimento criativo do espectáculo e o modo como, ainda que sub speciae fabula, se quis abertamente exposto a um tema regulador: o da História contemporânea portuguesa. O ano de 1974, na sua singularidade, tem o valor de um promontório. Quer dizer: assiste-lhe um poder concentrador das linhas determinantes daquela História; é a partir dele, por conseguinte, que, projectando-se para o passado e para o futuro, nos seus modos de continuidade ou de ruptura, essas linhas são apreensíveis no seu significado.

2. Essa apreensão é naturalmente o produto de um trabalho interpretativo. O meu contributo para o “1974” consistiu essencialmente na redacção de um texto, de latitude a um tempo dramatúrgica e historiográfica, que correspondia a esse trabalho e de que o espectáculo recolhe algumas das suas percepções orientadoras. Tal trabalho não desejou rivalizar ou confundir-se com o trabalho do historiador. Nesse particular, as noções de objectividade e de prova a que o historiador confia o seu labor ser-nos-iam de pouco proveito. Tentou-se antes recolher os últimos oitenta anos de História portuguesa sob o ponto de vista da sua abertura dramatúrgica. Apurou-se assim um número de categorias (ou estruturas simbólicas) não apenas capazes de recolher o que na História portuguesa recente — e também naquilo que se apresenta como dado imediato da experiência — se encontra em estado de dispersão, mas também de revelar o que nessa História e nessa experiência se mostra em condição de envio ao destino teatral. Por exemplo, circunstâncias históricas como as da clandestinidade e da censura, que associamos ao salazarismo, recolhemos nós sob a (convencionada) categoria dramatúrgica do segredo. A forma de operacionalizar teatralmente esta e as outras categorias apuradas (e também a experiência que elas recolhem) consistiu em traduzi-las num conjunto de perguntas aptas a aplicação cénica (por exemplo: “onde se guarda aquilo que desaparece?”) e em atribuir à própria cena, em situação de ensaio, a faculdade de lhes responder. Não constitui uma extraordinária revelação se disser aqui que todo o êxito ou inêxito da arte se mede, em parte, pela qualidade da pergunta que a põe em movimento. Também não será uma extraordinária revelação se mencionar que o centro dessa resposta, no trabalho do Meridional, é sempre o actor; e que a forma da sua resposta — contínua, reelaborada, aberta a todos os reenvios — é a improvisação.

3. Na liberdade permitida pela improvisação e pelo trabalho criativo em geral não há qualquer tentativa de suspender ou negar a objectividade. Falar da História não é apenas um privilégio exorbitante para quem, através do teatro, engendra a vida e de alguma forma a reparte. É também uma responsabilidade tremenda que não pode compadecer-se com faltas à objectividade. Mas todo o existir da História é o existir de uma narração: de uns para outros, quase sempre imposta. Porque o seu fundo é sempre o intolerável, porque nela está sempre em causa o intolerável da experiência, sempre esconde a História mais do que revela. Isto significa o seguinte: que a todo o momento a História aspira à condição de mito. E contá-la, como historiador ou como dramaturgo, é sempre revelar no modo da ficção aquilo que de facto, e desde sempre, já o é. Mas o teatro é talvez mais consciente desta condição especial da objectividade histórica: há mais de dois mil anos que lhe chama tragédia ou comédia.

A este respeito, não será talvez inútil relembrar o modo, talvez definitivo, como certo grego, num texto de influência milenar, captou a relação entre o teatro (isto é, a poiesis cénica) e a História. Assinalou Aristóteles, com efeito, que enquanto o historiador se ocupa com o que Alcibíades disse ou fez, o poeta cénico atribui a Alcibíades as acções e palavras que lhe cabem por natureza ou por verosimilhança. O palco não se ocupa com as coisas que são ou que foram. O seu papel é tomar conta do possível, quer dizer, salvar para o mundo da visibilidade, na forma de acções, aquela verdade necessária do seu assunto que a História (que é sempre uma pequena parte do drama) não chegou a conter. Não chegou, mas podia — e, enquanto não o faz, persiste a arte como o vigorar desse possível. Quem diz Alcibíades pode dizer Hamlet, por exemplo. Sabemos que um certo príncipe Amelothi povoou a historiografia medieval dinamarquesa. Mas a sua personalidade universal — quer dizer: o seu possível, o que lhe cabia por necessidade e verosimilhança — só no palco renascentista, e já sob o nome de Hamlet, é que pode ser revelado.

4. É sempre na elaboração do possível que se envolve a relação mais autêntica ao presente. Olhar para o passado e pretender retirar conclusões é sempre um acto melancólico: de bom grado o confesso. O passado nunca foi mais do que o insuportável dos outros, o insuportável que os fez falar e agir. Mas o presente é o insuportável que nos faz falar a nós — e aqui não há olhar retrospectivo nem melancolia que nos possa valer. Mas é necessário que esse presente viva ainda em unidade, que também ele se recolha nas categorias que dão inteligibilidade ao passado nacional. A descoberta dessa unidade, ainda que ela se afirme em formas por vezes surpreendentes, e enquanto interpretação autêntica, tem de sustentar-se em categorias capazes, não apenas de fazerem prova de permanência, mas de reaproximarem factos e percepções que, na aparência histórica, surgem como desconexos, descontínuos e, às vezes, insignificantes, surpreendendo neles os laços de necessidade e verosimilhança de que a História é precisamente o processo de encobrimento. Isto seria válido não apenas para o interior de cada um dos períodos convencionados — Estado Novo, 25 de Abril, integração europeia e “normalidade democrática” —, mas também para aquilo que os aproxima ou identifica como totalidade, surpreendendo formas persistentes da experiência portuguesa que permaneceriam privadas de significado sem essa aproximação.

Referi acima o privilégio exorbitante que é tomar a História recente portuguesa como matéria de reflexão artística. Parte desse privilégio decorre da própria natureza dessa História e das singularidades talvez irrepetíveis, decerto enigmáticas, que a repletem. Refiro-me à História de um povo que, apesar de ter detido até 1974 o maior império territorial herdado da Idade Moderna, cometeu o feito, até aí inédito na História universal, de emigrar em massa para outro lado — no caso, os grandes centros urbanos europeus e americanos; à história de um estado que conduziu improvavelmente a mais longa guerra travada por um país europeu no século XX; de um país cujo principal fenómeno de massa na época democrática é o da falência da saúde mental e da corrida aos psiquiatras e aos psicotrópicos; de um país que ostenta o orgulhoso galardão de ter sido o primeiro a abolir a escravatura, mas que, quando se observa de perto a sua democracia e o modo como toda a experiência do homem democrático se condensa na figura quotidiana do desespero, quando se pondera a indigência completa dos seus objectivos, o ponto a que o mundo o deixou de interessar e o modo como já só se satisfaz nas suas recriações (o desporto, a televisão, a pornografia), o ponto a que é já incapaz de se reconhecer nesse estado iníquo que, por vezes, lhe vem pedir a esmola de um voto; e ainda mais quando sobre ele impende a acusação diária de uma dívida que não contraiu e que os filhos que terá em vão se esforçarão por pagar; e quando, em suma, o rebaixamento da vida colectiva desceu ao seu ponto mais vil e abjecto — é impossível não sermos sacudidos pela noção de que a escravatura não foi abolida, mas apenas generalizada, e de que cada português foi derrotado numa guerra que não se lembra de ter combatido e, como em todas as guerras, feito escravo e posto a trabalhar.

Este tipo de intuições, não apesar, mas precisamente porque emanam de uma certa intempestividade do presente, não podem ser deixadas à porta de qualquer esforço interpretativo. Introduzem, por outro lado, uma nova exigência nas categorias com que pretendemos recolher a realidade: a da intromissão do presente. O seu primeiro dever é sempre o de não trair o presente em que se enraizam as nossas perplexidades, o insuportável que nos faz falar.

5. No que acabo de afirmar, o leitor paciente terá talvez pressentido pelo menos uma implicação que, por meu lado, não tenho razões para deixar na sombra: a de que entre o Estado Novo e a normalidade democrática, por exemplo, não existe diferença substancial. Procedo de imediato ao preenchimento desse espaço em branco, aprofundando a categoria já referida: a do segredo. Por ela se avaliará a preocupação transversal do nosso trabalho interpretativo.

Associamos a clandestinidade a certa contingência exclusiva da resistência ao Estado Novo. Porém, a clandestinidade é a própria regra do totalitarismo. Toda a lógica totalitária pressupõe ou venera a clandestinidade. Também a polícia política, do ponto de vista fenomenológico, é clandestina. Pode estar em qualquer lado — prisões, esquinas, redutos inacessíveis, mesmo na casa ao lado, até na família — mas sem se apresentar na sua condição. A clandestinidade, na experiência totalitária, espalha-se a todo o tecido social: o pária, o louco, o mendigo e o homossexual, mais tarde o desertor e o emigrante, são também depositários dessa clandestinidade portátil; por fim, qualquer indivíduo se torna clandestino a si mesmo; também ele, na esfera relacional, traduz a clandestinidade e a exclusão sob a forma de comportamento: ao resultado disto chama-se brandos costumes, respeito e humildade ou, para chamar as coisas pelo nome: culpa. Nisto se revela, não apenas de que modo a realidade totalitária está afectada integralmente à lógica da clandestinidade, mas, o que é mais interessante, o modo como a vida no regime totalitário confina de muito perto com a experiência arcaica do mistério ou, se quisermos, do segredo.

Vejamos agora de que modo esta categoria estabelece também a sua unidade significativa no presente da democracia — um presente que, por princípio, repudiaria apresentar-se como sua exemplificação. Com efeito, a democracia é o reino da justificação. Ao contrário do que ocorria no salazarismo, a democracia pressupõe a noção de “espaço público”, a evidência do que acontece e porquê. Mas a ordem das causas refinou-se a tal ponto — e o mistério continua a ser tão essencial à política — que a democracia teve de inventar a figura do especialista. O especialista, na sua mera existência, é a garantia de que há sempre alguém junto de quem as causas são perceptíveis — o que basta talvez a sossegar os restantes. Mas como o especialista trabalha sempre no sentido de se tornar insubstituível, precisa ele de manter o carácter inviolável, e até exclusivo, da sua área de competência, a tal ponto que essa área, subtraindo-se à experiência comum e ao regime da opinião, dependerá cada vez mais de um critério e de um acesso de natureza técnica. Por aqui se vê a que ponto a representatividade democrática é gradualmente limitada e restringida, tal como é ineficaz ou desqualificada a opinião que a fundamenta: porque proliferam, sobre o terreno da experiência comum, as áreas reservadas à técnica dos especialistas. Ora, este é o correlato na democracia da clandestinidade geral do salazarismo. Nesta forma de clandestinidade, o que em princípio corresponderia a uma área comum de experiência política, como a economia, torna-se um domínio vedado a quem não possua a competência correspondente. Estamos, assim, de novo, em pleno vigor do mistério. É para manter o mistério — isto é, para manter o efeito sem que nele transpareça a causa — que os “especialistas” da economia a descrevem hoje com o mesmo tipo de linguagem anteriormente usada para descrever a natureza. Descreve-se a “crise” como se fala dos flagelos naturais incondicionados; dos mercados e da indexação de taxas financeiras como se tivessem caído, não de mãos humanas, mas do céu, como os meteoros.

A manutenção do mistério económico com apoio numa linguagem extraída da experiência natural é possível por uma razão surpreendente: porque a própria natureza, na chamada sociedade democrática, se tornou ainda mais enigmática e, inclusivamente, o que de mais oculto habita agora a experiência humana. A prova disso é o entusiasmo com que a democracia acolhe tudo aquilo em que gosta de detectar um grau de enigma; o modo como ela, indefesa perante o oculto, se apressa a tomar-se de pânico na iminência de epidemias, vírus, catástrofes higiénicas ou naturais — que ela própria inventa porque secretamente as anseia —, a morte nas suas várias declinações, desde os acidentes na estrada até aos crimes passionais. A natureza é o pânico porque, na experiência democrática, é a única forma em que se tornou possível viver uma noção de destino. No totalitarismo, o destino é sempre político. É essa a característica última da miséria e desolação salazarista: o da política transformada em figura da fatalidade. Mas nisso havia ainda, pelo menos, uma evidência do político. Na miséria e desolação democrática, o político exilou-se na natureza e na morte. E os que se congratulam com a laicização do Estado na democracia, deveriam antes temer esse jugo, mais potente e letal que o do catolicismo salazarista, que se apoderou hoje do homem democrático: a nova religião ainda mais intoxicante dos telejornais e da televisão, da publicidade, dos empréstimos bancários e do sistema educativo, toda ela consagrada à ameaça e à inevitabilidade de um destino cuja antecipação é sempre catastrófica e perante o qual, a todo o momento, se faz o triste espectáculo da salvação e da felicidade.

6. Após o exemplo, uma fábula, com que termino.

Do mês de Abril, é costume recordar duas datas: o dia 1 e o dia 25. A ambas as datas já só acodem incertas pontualidades festivas. Festivo era, por exemplo, o modo como os jornais e telejornais suspendiam no dia 1 o seu dever de informar e enganavam o público com risonhas falsidades. Agora que, com o mesmo sentido festivo, não se limitam a essa data, é de presumir que ela tenha perdido sentido e que não haja razão para circunscrever a comemoração a um dia particular do calendário. O dia 25 também terá perdido o seu sentido, mas não porque, por assim dizer, se tenha dissolvido nas datas circundantes: bem pelo contrário. A esperança e furor de que se reclamou originalmente quiseram alguma vez contaminar todas as outras folhas do calendário. Mas, ao contrário do dia das mentiras, em vez de expandir-se, contraiu-se. Hoje é muito claro que o dia da liberdade é um só. É a própria das efemérides: o seu limite é a meia-noite e o virar do calendário.

Que os significados iniciais destas duas datas não tenham permanecido intactos só pode ser interpretado num sentido: a comunidade que se reconhecia neles encontra-se agora sob o efeito de uma poderosa amnésia. Imaginemos (sempre no modo da fábula), as consequências desta perda de memória. Com o tempo, conservar-se-á o essencial — que, em Abril, havia duas datas — mas tornar-se-á impossível saber o que atribuir a uma e outra. Em certa medida, ambas se confundirão. Saber-se-á que foi em Abril, e até se terá uma ideia do que aconteceu, mas sem se saber exactamente o quê nem quando. O mais certo é que as datas venham a ser trocadas; e chegar-se-á, por fim, ao ponto de concluir que a revolução aconteceu precisamente no dia das mentiras, enquanto que, por via desta inversão, no dia no 25, todos — operários e patrões, especuladores e vítimas da usura (não tenho uma imaginação tão rica que me permita distinguir outras categorias sociais) — se sentirão predispostos a pregar uma partida ou a contarem a sua mentira. Nesta fábula, devemos ver aquele elemento de ironia a que toda a história colectiva paga o seu tributo: é que, de facto, se a comunidade perdeu a memória, então, seja qual for a data em que a revolução ocorreu, ela não pode ter sido outra que o dia das mentiras.

Francisco Luís Parreira

Em tudo quanto fazemos, estamos sempre a contar a nossa história pessoal, porque ninguém conta nada a ninguém sem recurso às emoções, e só as emoções vividas são emoções comunicáveis. Aprendi com Manuela de Freitas, João Mota, Gutkin e Listopad que toda a música é também teatro. Toda a música é ao vivo, é presencial mesmo quando gravada – porque só existe música quando alguém a ouve. Como só há teatro quando alguém o presencia. Não há arte sem partilha, não há obra de arte sem co-criação.

A distância entre as idades destes actores e actrizes e a minha, com a idade do Miguel Seabra mais ou menos a meio dessa distância, trouxe diferentes histórias pessoais para a história que se quer contar. Nos sons e nas músicas – como nas cenas – potencia-se a partilha por meio da estilização e da metáfora. Com a recusa radical do naturalismo e dos clichés.

A música é uma forma de sonoplastia, uma escultura de sons e silêncios. No teatro ela tem de fazer parte da carne dos actores, como tudo o resto. E o mais difícil é gerir o silêncio – como quis mostrar John Cage, em 1952, com o escândalo da obra “4’33” feita apenas de silêncio – porque, como disse um Mestre, “a inspiração é uma dama caprichosa que só entra em casa bem arrumada”.

Arrumar a casa é dispôr-se a enfrentar o silêncio, a página em branco, o vazio e a totalidade do actor que se entrega. Na música, o compositor é aquele que ouve a música antes dos outros. Toda a música é possível, todos os sons estão disponíveis no infinito catálogo. Quando foi gravado o álbum “Cantigas do Maio” de José Afonso, em 1971 nos arredores de Paris, o editor perguntou-me “Porque é que você me leva o mesmo preço por todos os arranjos? Há uns que quase só têm a voz do cantor… Não deviam ser mais baratos?”. Respondi-lhe: “Está enganado, deviam ser mais caros. Você não me paga pelos instrumentos que eu ponho. Paga-me pelos que eu tiro. Porque, à partida, todos eles estão disponíveis na minha cabeça.” Toda a expressão está disponível no vazio, porque o nada é, em essência, a disponibilidade de tudo; só se realiza a expressão por meio dos significados. É isso que condena ao fracasso o grande embuste – estético, técnico e ético – que é o pós-modernismo, o embuste da oposição entre forma e conteúdo, uma vez que toda a forma é significado e, consequentemente, compromisso.

O método de trabalho de Miguel Seabra com estes actores e actrizes consistiu em conquistar esse vazio prenhe de toda a criação. Limpar, tentar conhecer todas as células do corpo, todas as imagens das emoções, todos os milissegundos do tempo e da luz. Quando, no início dos anos 1970, se fez um inquérito sociológico junto de emigrantes portugueses na região de Paris, contaram-me a história de um sexagenário que vivia numa barraca do bidonville de Saint-Denis; trabalhava 12h por dia na Citroen, na outra ponta da cidade, de inverno saía de noite e voltava de noite. A sua barraca ficava junto ao local onde todo o bairro francês contíguo despejava o lixo. Quando chegava a casa extenuado tinha de pegar numa pá das obras – que deixava do lado de fora da barraca – e abrir caminho por entre a montanha de lixo para poder abrir a porta e entrar em casa.

O sistema em que vivemos asfixia-nos com estímulos, cada vez mais frequentes e intensos, mas cada vez mais pobres e empobrecedores, cada vez mais iguais uns aos outros. Para conseguirmos “entrar em casa” temos de varrer toneladas de lixo. Só assim se cria espaço para o silêncio, para as emoções, para as vastas paisagens da alma. É gratificante trabalhar com estes actores, este encenador, esta equipa. Porque, aqui, não se ocupa o espaço comunitário, que o palco é, com clichés e irrelevâncias - sabe-se que tem de haver uma grande razão. A música e os sons são parte dessa busca radical.

José Mário Branco

Folha de Papel

Quando se rasga uma folha de papel ao meio, o que fica são duas partes do mesmo papel e um espaço vazio no meio. Este espaço vazio, no entanto, desenha-se mais do que um intervalo, surge como o “espaço entre” duas coisas. O acto de rasgar o papel é responsável pela separação entre as duas partes, que se analisarmos bem acabam por não ser muito diferentes entre si, uma vez que, sendo parte de um todo, transportam a mesma densidade e logo a mesma identidade. Mas a forma como se apresentam é diferente. Se esta folha fosse um país, Portugal poderia ser um dos perfis da metáfora associada à ideia de transformação pelo corte ou pelo rasgo com um regime instituído. A divisão de dois períodos da História separados por um impulso de decisão consciente. Este rasgão, este vazio, este nada que se abre, este “espaço entre” transporta em si tudo o que não é feito da matéria das outras duas partes. Sítio onde se experimenta uma espécie de apneia, onde finalmente se respira sem consequência uma promessa de utopia, uma ideologia do ser e do estar que se fundamenta no sonho, ou vir à tona depois de toda uma existência debaixo de água. Este buraco vazio acolhe em si tudo o que se permite ao homem acreditar e por momentos constrói o espaço que de entre todos só a arte pode propor, longe do que é real.

A experiência da liberdade trás a consciência da insatisfação e a revelação da vontade e do desejo.

O tempo pára, fica suspenso, e o corpo também, pois a própria gravidade experimenta a liberdade de simplesmente não se exercer.

Mas não pode durar muito tempo, dura apenas o tempo de uma respiração, de um salto em comprimento e quando voltamos a pisar o chão percebemos que tudo voltou a mudar, que alguém já organizou as coisas enquanto estivemos a gravitar, que já estamos de novo num comboio para outro sítio, ou estamos de volta às mesmas águas. A pausa acabou, o tempo acabou. Agora, para nosso bem, as coisas estão de volta aos eixos, e não precisamos de nos preocupar mais com a ideia de liberdade porque alguém já está a fazer isso por nós. Sem percebermos ainda o que nos aconteceu e sem tempo suficiente para aprendermos no corpo e na alma o que é viver em liberdade, já pertencemos a algo maior que nos há-de guiar à vitória.

MANIPULAÇÃO

A metáfora da folha de papel mostra também que nem tudo está nas mãos do homem, é difícil prever todas as variantes que estão envolvidas quando rasgamos uma folha de papel, mas podemos sempre manipular o acontecimento com o tipo de papel, a forma como se rasga, a velocidade do gesto, etc. A presença de manipulação foi um traço que se revelou constante no estudo destes períodos da história de Portugal. Parece haver sempre uma mão de seres, erguida, que manipula os cordéis da vivência quotidiana. Quando, força maior, paixão, ideologia, sonho, cansaço, medo, fome ou rendição essa mão de gente cai, logo aparece uma outra que mais fechada por oposição começa lentamente a elevar-se em escala e a instalar a mesma marioneta de manipulações.

A ESPERA

Há qualquer coisa de antropológico nesta coisa da espera. Entre o inevitável e o imprevisível não há diferença. Por um lado eu sei que algo vai acontecer, portanto não estamos a falar do acaso ou do imprevisto, por outro, como eu já aceitei o que há-de vir, não vou investir em algo que possa evitá-lo, mais, se eu já estiver à espera de algo, nunca sou apanhado desprevenido, portanto espero. Fico calmamente à espera, a respirar uma qualquer brisa salgada, numa vanada onde se pede um desejo e se despede um beijo. O destino e o fado sofrem de aceitação imediata e o optimismo pagão ainda agradece o trágico, por este não ter sido pior. E à espera nos sentamos. À espera do comboio, à espera que o tempo passe, à espera que alguém faça qualquer coisa, à espera de uma revolução, à espera que alguém dê as ordens, à espera de quem parte, de quem chega, da senha B, à espera que a mosca poise, à espera do inevitável, à espera que Deus exista, que a Selecção ganhe, que o céu não nos caia em cima da cabeça, que amanhã não chova, que alguém caia da cadeira, que haja uma nova revolução.

PORTUGAL VISTO DE CIMA

Quem vier do outro lado do mundo a andar, chega aqui e tem de parar. A terra acaba.

Quem vier do outro lado do mundo a correr chega aqui, pára, e espera. Aqui o tempo é ainda diferente, tem que parar. Parar hoje em dia é tão precioso, que eu digo valha-nos esta margem boa!

Ao afastar o olhar do meu país, olhando das nuvens, para assim o conseguir ver, encontrei um grande cais, um ancoradouro de onde se parte e se chega e nos entretantos se espera. No espaço entre duas chegadas e duas partidas está o nosso espaço de ser, o nosso “espaço entre”. O espaço entre o resto do mundo e o mar, este é o nosso território de existência, é este o espaço que temos para acontecer, assim como no palco criamos um espaço limitado entre o público e o mundo que carregamos às costas. Criamos uma beira mar que é também uma beira terra.

Poder-se-ia descrever como pedaço de terra que se habita entre o resto do mundo e o resto do mar.

Um intervalo entre dois restos, duas imensidões, um “espaço entre”. Portugal é também um porto de abrigo meigo e generoso, um tapete comprido onde se pode ler BEM VINDO em várias línguas, que bem vê quem vem, e bem quer a quem vai.

Ao fundo o mundo ou Portugal país suspenso, amordaçado, pendurado, silenciado, manipulado. Estagnado e sob tensão faz o que pode. Balança-se com alguma brisa, acolhe as marés. Protege e vê partir toda a gente. Edifica a ordem, mostra-se imperial, oponente, com escala, representa a fachada da boa forma, saúde e bem-estar. Eleva-se em muro, em muralha que de todas a edificações é a que a história viu mais ligada ao poder e à fé. Mas depressa se desmorona, vai à ruína e se desfaz como castelo de areia. Tal como um povo, um país também rebenta, também diz não, também desiste e emigra e depois volta a erguer-se, a levantar-se e a reconstruir-se de novo.

TRAJES DE SOMBRA

E os caminhos abrem-se deixando passar as sombras das figuras que se movem aos poucos, sempre pelos mesmos pisos, sempre com os mesmos sapatos. Mas os tempos mudam, mesmo quando não queremos e os sapatos já são outros e os casacos, as gabardines e os chapéus de palha. Mas os corpos permanecem corpos, e os xailes e as mantas que os cobrem ainda se mantêm do mesmo tamanho e forma, são traços de uma identidade que se encosta a ver os tempos passar.

Os figurinos surgem assim como silhuetas que animam a paisagem. Se um homem se aproxima ao longe, posso não saber quem é mas sei que é cá dos nossos, porque a sua silhueta transporta a identidade física do seu povo. A procura desta identidade assenta na conquista de uma simplicidade que afasta recortes de estilo do traje tradicional ou identificativo, apostando sim num fato base que seja capaz de atravessar todo o espectáculo como um risco grosso de carvão. Formas escuras de noite e de dia, que se transformam aos olhares da própria sombra, onde o que vemos às vezes mais não é do que o rasto que fica na memória da figura que passou.

CHAO GENTIL DE PEDRA DURA

Pelas mãos calejadas, ou pelas mãos retornadas a casa e pelas gentes que ainda foram ficando se remonta um país, como na cena. A vida volta-se a montar devagar, pronta para acontecer como todos os dias, como pela primeira vez só que de novo, uma outra vez. E tudo se transforma mais uma vez e o espaço volta a mudar, e as pessoas voltam a voltar, e as coisas têm agora outras formas e outras cores mas são as mesmas por dentro. A base é feita da mesma areia, o chão que se pisa e esmigalha é sempre o mesmo. A base das calçadas, das escamas de peixes antigos que permanecem debaixo dos nossos pés, das peugadas de todos aqueles que já partiram, lâminas de xistos e ardósias estilhaçadas. O chão não tem descanso, um dia é monte de ir com gado, outro é praça de montar praça, ou estrada para barricar, ou largo de fazer greve, ou terreiro de revolucionar. Não tem poisio este piso, vive de ser tomado, chão testemunha do medo e do frio, da fome e do silêncio, cúmplice do segredo, onde se desenha o jogo da macaca, ou se salta ao pé-coxinho. Chão de calcar com botas de marcha, ou de ser pisado feito lagar, chão de cantar o fado, de ir rezar, de votar, de falar com um candeeiro na rua. Chão de beijar em forma de agradecer à vida a história que temos para contar.

Marta Carreiras

Lógicas de Criação do Espectáculo

Uma das linhas de trabalho que tem marcado o percurso do Teatro Meridional desde a sua formação em 1992 tem sido a produção de um conjunto de espectáculos em que a escrita cénica não tem na palavra o seu principal suporte. “Ki Fatxiamu Noi Kui” (1972), que inaugura o Teatro Meridional na sua formação inicial e na sua primeira produção, cria esta linha de trabalho, tornada depois sequente em 1993, com “Cloun Dei”, “Cloun Crioulus Dei” em 1999, “Histórias 100 Tempo” em 2001, “ Para Além do Tejo” em 2004, “Por Detrás dos Montes” em 2006, “ Lisboa Invisível” em 2008, “VLCD! Do lugar onde estou já me fui embora” em 2008 e, finalmente, “1974” que estreia em Novembro de 2010 no Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa.

Este conjunto de espectáculos tem tido como pontos de partida temáticas muito distintas que têm surgido da necessidade interna da Companhia em questionar paradigmas de natureza diversa: sociais, existenciais, identitários e universais. A construção deste tipo de espectáculos exige um permanente questionamento sobre as linguagens comunicacionais do actor, o preenchimento dos espaços do vazio entre o palco e a plateia e a escolha de signos que os corpos escrevem e inscrevem na cena. Procura-se problematizar, formal e continuamente, a inteligibilidade e a singularidade da escrita cénica.

As temáticas que estão na base de todos estes espectáculos, temáticas essas que nos colocamos a nós próprios ou que têm partido de desafios para a sua criação vinda de Parceiros Teatrais - CCB, Teatro Municipal S. Luiz, Teatro Nacional S. João, Teatro Municipal de Bragança e, agora, TNDM II - , têm abrangido sempre um universo profundamente amplo e susceptível de ser tratado de uma forma segmentada, elegendo uma realidade ou um eixo dramatúrgico significativo, inferindo a partir daí a dimensão de todo o universo temático. No entanto, tem sido sempre nossa opção incorrer no risco de expandir a sua abrangência, fixando-nos depois em momentos específicos onde detemos a acção. Utilizando uma metáfora cinematográfica, partimos sempre do plano geral e só aproximamos ao plano próximo e grande plano quando entendemos que a acção dramática ou que o trabalho encontrado na cena o justifica.

Todos estes espectáculos se iniciam naturalmente com uma pesquisa prévia ao inicio dos ensaios, pesquisa essa que é documental, literária, fotográfica, histórica, sonora e pictórica. Estabelecem-se também aprioristicamente alguns pressupostos do trabalho formal da cena e percebem-se quais as eventuais disciplinas de trabalho que o processo de ensaios deve conter.

Escolhem-se depois os criadores e definem-se os actores para a constituição do elenco. A selecção dos actores procura ser sempre profundamente cuidada, pois é a partir do questionamento da cena que o espectáculo se constrói. No caso particular do espectáculo “1974” procurámos, dado que o nosso universo é Portugal inteiro, que os actores reflectissem essa diversidade sendo os actores oriundos de vários lugares do país.

O processo de trabalho inicia-se normalmente com alguns encontros entre os diferentes criadores, entre um ano a seis meses antes de se dar inicio aos ensaios específicos para o espectáculo. Estes encontros têm como objectivo, aproximar linguagens e criar códigos cénicos e de trabalho comuns.

Definem-se ainda e previamente algumas directrizes de espectáculo; presença ou ausência de diacronia, personagens fixas ou actores desmultiplicados em várias personagens e os seus principais eixos narrativos.

No período dos ensaios e durante as primeiras semanas de trabalho, procura-se que os actores estabeleçam uma boa dinâmica de grupo e fiquem com códigos de trabalho, humanos e teatrais partilhados. É feito também um trabalho de visionamento dos materiais de pesquisa que vai encaminhando e clarificando as direcções de sentidos do espectáculo.

Parte-se depois para o trabalho de improvisação a partir de conceitos que se entenderam ser estruturantes do percurso narrativo. A criação e/ou as sugestões musicais e plásticas vão construindo conjuntamente uma teia plurisignificante, redimensionando permanentemente as cenas e criando o sentido global do discurso cénico. As cenas são depois depuradas e trabalhadas ao pormenor e ligadas entre si de forma a escreverem um texto cénico.

Todos estes trabalhos têm tido a particularidade de, ao existirem como discursos abertos, estarem sujeitos a sofrer alterações, inclusivamente durante o período de temporada e itinerância dos espectáculos. Após o trabalho estreado, todos os dias são ensaiadas algumas cenas, visando ajustes rítmicos, de intenção ou de marcação.

Nenhum destes espectáculos procurou ser antropológico, histórico ou testemunhal. É sempre um olhar subjectivado, construído por um colectivo de criadores e filtrado pela escolha da encenação.

“1974” parte de uma realidade objectiva e factual, em que a narrativa cénica obedece necessariamente a uma diacronia, pois o espectáculo foi sumariamente dividido em três grandes períodos de tempo da História de Portugal. No entanto, dentro de cada período, não houve a preocupação de que a narrativa cénica obedecesse a uma exacta e factual sequência temporal, tendo sido construída a partir de fragmentos e situações significativas, assumindo-se a dimensão de fábulas sucessivas, procuradas entre a poesia e o humor. Partindo de um universo temporal e histórico, não se pretenderam factos ilustrativos ou documentais, mas expressões emocionais e teatrais que nos remetessem a estados que possam aproximar o público da sua memória, ou criar uma memória em que não a viu nem viveu.

E procura-se sempre que aquilo que sugerimos na cena, seja um ancoradouro e também um cais e … um barco, que nos leve em viagem, mas que nos permita o regresso ao melhor lugar de nós.

Teatro Meridional

Teatro Meridional

O Teatro Meridional é uma Companhia portuguesa vocacionada para a itinerância que procura nas suas montagens um estilo marcado pelo despojamento cénico e pelo protagonismo do trabalho de interpretação do actor, fazendo da construção de cada objecto cénico uma aposta de pesquisa e experimentação.

As principais linhas de actuação artística do Teatro Meridional prendem-se com a encenação de textos originais (lançando o desafio a autores para arriscarem a escrita dramatúrgica), com a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo para a ligação ao universo da lusofonia, procurando fazer da língua portuguesa um encontro com a sua própria história), com a encenação e adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial, e com a criação de espectáculos onde a palavra não é a principal forma de comunicação cénica.

Realizou até à data 35 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 17 países – Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha EUA, França, Itália, Jordânia, Marrocos, México, Paraguai, Timor, Uruguai – para além de realizar uma itinerância anual por Portugal Continental e ilhas.

Desde 1992, ano da sua fundação, os trabalhos do Teatro Meridional já foram distinguidos 22 vezes a nível nacional e 7 a nível internacional, dos quais relevamos os seguintes: Prémio Acarte/Madalena Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian), 1992; Prémio Nacional da Crítica (Associação Portuguesa de Críticos de Teatro), 1994; Globo de Ouro para o melhor espectáculo de Teatro (SIC/Revista Caras), 2006; Prémio Nacional da Crítica (Associação Portuguesa de Críticos de Teatro), 2004; Prémio Revelação do Público (FESTLIP, Brasil), 2010; Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, 2010.

Curricula

(criativos)

MIGUEL SEABRA (Direcção Artística do TM, Encenação e Desenho de Luz)

Lisboa, 1965. Licenciado em Teatro, Curso de Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 1992, funda o Teatro Meridional, Companhia que dirige e que tem marcado o seu percurso artístico como Actor, Encenador, Designer de Luz, Formador e Produtor. Como actor, participou também nas séries de TV, “Pedro e Inês” (Realiz. João Cayatte - 2005) e “Equador” (Realiz. André Cerqueira - 2008), e no cinema nos filmes “Coitado do Jorge” (Realiz. Jorge Silva Melo - 1993), “Uma Cidade Qualquer” (Realiz. Joaquim Leitão – no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura 1994), “Logo Existo” (Realiz. Graça Castanheira - 2006) e “Singularidades de uma Rapariga Loura” (Realiz. Manoel Oliveira – 2009).

No TNDM II: “O Ano do Pensamento Mágico”, de Joan Didion.

JEAN PAUL BUCCHIERI (Assistência Artística)

Itália, 1967. Reside em Portugal desde 1993. Doutorando na Faculdade de Motricidade Humana, com uma bolsa de estudo da Fundação Ciência e Tecnologia. Faz parte do Corpo Docente da Escola Superior de Teatro e Cinema. É assessor de programação no Teatro Municipal de Almada. Colaborou com Bob Wilson - como assistente e intérprete - e releva as colaborações com Ana Luísa Guimarães, Jorge Listopad, Maria João Pires, Vadislav Paz, Joaquim Benite, Natália Luíza e Miguel Seabra. Enquanto intérprete, destaca o trabalho com Olga Roriz e Nuno Carinhas. Encenador e coreógrafo, apresenta regularmente projectos nas

áreas da dança e do teatro e tem também trabalhado como pedagogo convidado no país e no estrangeiro, enquanto desenvolve uma intensa investigação pedagógica sobre o trabalho do intérprete a partir do corpo. É a terceira vez que colabora com o Teatro Meridional.

FRANCISCO LUÍS PARREIRA (Dramaturgia)

Moita do Ribatejo, 1965. Licenciado em Filosofia, Pós-graduado em Ciências Diplomáticas, Mestrado em Ciências da Comunicação. Doutorando em Comunicação e Cultura pela Universidade Nova de Lisboa. Investigador associado do Centro de Estudos da Comunicação e Linguagem (UNL). Professor convidado no Mestrado de Teatro da ESAD-IPL. Autoria de “História do Escrivão Bartleby” (Artistas Unidos), “Tristão e o Aspecto da Flor” (teatromosca), “Lilith, Três Parábolas da Possessão” (ambas na Antena 2) e “O Dia de Todos os Pescadores” (Assédio/ TNSJ). Como co-autor, encenador ou actor, colaborou com as companhias Pogo Teatro, teatromosca, Assédio e Primeiros Sintomas. Publicou poesia e teatro, bem como diversos ensaios na área da filosofia, teoria do teatro e teoria da cultura. Traduziu para o palco ou edição, entre outros, Yeats, Beckett, Bernhard e Pinter. Tem desenvolvido actividade como guionista e crítico literário. É a terceira vez que colabora com o Teatro Meridional.

JOSÉ MÁRIO BRANCO (Música original e sonoplastia)

Porto, 1942. José Mário Branco é um dos autores – compositores - intérpretes que, na esteira de José Afonso, renovaram a canção portuguesa nos anos 60 e 70. Exilado em França entre 1963 e 1974, José Mário Branco funda aí a Cooperativa Cultural Groupe Organon. Em 1965, faz surgir o primeiro grupo de teatro amador português em França e dirige, igualmente, a primeira experiência de pré-animação cultural da Ville Nouvelle de Saint-Quentin-en-Yvelines. Foi também autor, compositor e intérprete da música de numerosas peças de teatro e filmes, em França e em Portugal. Regressado a Portugal, José Mário Branco fundou o GAC (Grupo de Acção Cultural) que, entre 1974 e 1977, realizou mais de 500 espectáculos em todo o país e no estrangeiro. Em 1977, integrou a Companhia Comuna Teatro de Pesquisa, onde permaneceu como músico e actor até 1979. Nesse mesmo ano, funda o Teatro do Mundo, onde exerce uma actividade preponderante. Apesar do interregno na gravação de discos seus, José Mário Branco nunca se afasta demasiado da canção. No ano de 1996, foi finalmente editada em CD toda a sua obra até àquele momento, incluindo gravações que há muito andavam dispersas ou fora do mercado. Paralelamente à sua actividade de autor, compositor e intérprete, assina várias produções discográficas nomeadamente para os discos de Camané, Amélia Muge e Canto Nono, assim como diversas bandas sonoras para peças de teatro e cinema.

MARTA CARREIRAS (Espaço Cénico e Figurinos)

Lisboa, 1975. Licenciada em Design de Cena, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, pós-graduada em Estudos Teatrais pela Faculdade de Letras de Lisboa. Estreia-se profissionalmente, enquanto cenógrafa e figurinista, em 1997, com o Teatro Meridional, com quem desenvolve uma relação profissional de identidade criativa que dura até aos dias de hoje. Entretanto, tem trabalhado também com os criadores Ana Nave, Nuno Pino Custódio, Pedro Sena Nunes, Teatro Praga, Truta, Núria Mencia, Miguel Seabra e Natália Luiza.

No TNDM II: “A Visita”, de Abel Neves; “Loucos por Amor”, de Sam Shepard.

LEONOR CABRAL (Assistência de Encenação)

Lisboa, 1983. Licenciada em Teatro - Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Completou a sua formação com workshops com António Fava, Ávila Costa, Giovanni Fusetti, John Mowat, Nuno Pino Custódio, entre outros. No teatro, trabalhou com José Peixoto, Elsa Valentim, Gina Tochetto, Rui Rebelo, Sofia Cabrita, Nuno Pino Custódio, Francisco Salgado, Carlos J. Pessoa, Joana Antunes, Sara do Vale. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

SUSANA PAIVA (Fotografia)

Moçambique, 1970. Estudou Psicologia na Universidade de Coimbra. Trabalha profissionalmente como fotógrafa desde 1991, tendo trabalhado, sistematicamente, nas áreas da fotografia de espectáculo e fotojornalismo. Desde 2006 que desenvolve projectos pessoais na área documental, sendo o seu trabalho fotográfico distribuído internacionalmente pela agência austríaca Anzenberger. Em Janeiro de 2009, fundou o “The Portofolio Project”, plataforma educativa internacional na área da fotografia. É a segunda vez que colabora com o Teatro Meridional.

MARCO FONSECA (Assistente de cenografia)

Lamego, 1983. Licenciado em Design de Cena pela Escola Superior de Teatro e Cinema. No teatro, já colaborou com José Carlos Barros, Teresa Mota, Marta Carreiras e com a Companhia Comédias do Minho. Iniciou a sua actividade profissional em 2006 no Teatro Meridional, Companhia com a qual colabora desde então.

(actores)

CARLA GALVÃO

Lisboa, 1980. Tem o curso de actores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Estreou-se profissionalmente em 1999 com a peça “Abril” (Teatroesfera). Tem colaborado como actriz em vários trabalhos dirigidos por João Lagarto, Maria Emília Correia, Madalena Vitorino, Francisco Luís Parreira, Gonçalo Amorim, Maria Gil, Tonan Quito, Luisa Pinto, e mantém um trabalho regular com as companhias Artistas Unidos, Teatro Meridional e Teatro dos Aloés, tendo trabalhado textos de autores como Anton Tchékhov, Athol Fugard, Bertolt Brecht, Enda Walsh, Jacques Prévert, José Luís Peixoto, Judith Herzberg, Pepetela e Sarah Kane. Foi nomeada para os Globos de Ouro na categoria de melhor actriz de teatro nos anos 2004 e 2007. No cinema, trabalhou com Solveig Nordlund, Luís Fonseca, Luis Alvarães, João Constâncio, Edgar Medina e Jeanne Waltz. Recebeu uma menção especial do Prémio Nacional da Crítica 2008 da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e o Prémio Bernardo Santareno 2009 - Actriz revelação. É a sexta vez que colabora com o Teatro Meridional.

No TNDM II: “Canção do Vale”, de Athol Fugard.

CLÁUDIA ANDRADE

Lisboa, 1979. Diplomada em Interpretação/Teatro do Gesto pela Escola Estudis de Teatre (Barcelona), desde 1993 que participa como actriz em diversos projectos com o Teatro da Cornucópia, Trigo Limpo teatro ACERT, Teatro do Morcego, Próxima Estação Associação Cultural, Théâtre de la Mezzanine, Companhia Jordi Bertrán e Quarto Período – O do Prazer. Trabalhou com Luis Miguel Cintra, António Fonseca, Christine Láurent, Pompeu José, José Rui Martins, Almeno Gonçalves, Adriano Luz, Peter Michael Dietz, Cláudio Hochman, Luís Assis, entre outros. Desenvolveu diversos projectos na área pedagógica e de intervenção comunitária, estando neste momento a terminar o mestrado em Teatro e Comunidade na Escola Superior de Teatro e Cinema. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

DAVID PEREIRA BASTOS

Lisboa, 1978. Tem o curso de actores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Inicia-se no CITAC, em Coimbra, onde trabalha com Bruno Schiappa, João Grosso, Carlos Curto, Teresa Faria. Em Lisboa, desde 2001, trabalhou com Nuno Pino Custódio, Filipe Crawford, Cláudio Hochman, Jorge Fraga, José Peixoto, João Brites, Mónica Calle, Ricardo Aibéo, Gonçalo Amorim e Jorge Silva Melo. Para a Casa Conveniente encena “como só agora reparo”, a partir de “Gaspar”, de Peter Handke, e “porque é que não estás contente?”, a partir d’ “A Gaivota”, de Tchékhov. Em cinema, trabalhou com João Constâncio, Manuel Pureza, Francisco Villa-Lobos e João Salaviza. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

No TNDM II: “Rei Édipo”, de Sófocles; “Criadas Para Todo o Serviço”, de Goldoni.

EMANUEL ARADA

Lisboa, 1978. Tem o curso de actores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Iniciou a sua experiência como actor em 1998 no Teatro do Gil, com Paula Vinagre, Francisco Luís Parreira e Paula Sousa. Em 2001, estreia-se como actor profissional e inicia uma colaboração regular na Companhia Teatroesfera onde é dirigido por Fernando Gomes, Paulo Oom, Almeno Gonçalves, Teresa Faria e João Ricardo. Colaborou também com os projectos Actus, Associação Tenda, Teatromosca, PROTO-Associação Teatro Observatório, Teatro Instável, Karnart, Companhia Teatral do Chiado e Teatro da Garagem. A sua actividade como actor inclui ainda participações especiais para televisão, teatro radiofónico e cinema, onde se estreia em 2006. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

FILIPE COSTA

Coimbra, 1980. Inicia-se no teatro em 1999, no TEUC. Em 2006, termina a licenciatura em Teatro e Educação na Escola Superior de Educação de Coimbra. Durante o seu percurso, trabalhou com Rogério de Carvalho, António Mercado, António Fonseca, Nuno Pino Custódio, Marco António Rodrigues e Luis Miguel Cintra. Trabalhou também como sonoplasta, compositor e director musical de espectáculos d’ “O Teatrão”. No cinema, integrou o elenco do filme “Embargo”, de António Ferreira. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

INÊS LUA

Porto, 1977. Licenciada em Interpretação/Estudos teatrais pela ESMAE - Escola Superior de Música e das Artes do espectáculo -, e especializada em Teatro de Rua pela ACE – Academia Contemporânea dos Espectáculos. Profissional desde 1998, destaca os trabalhos realizados com as companhias Cie de Si de Lá, Fura dels Baús, Frishes Thèatre Urbain, Les Plasticiens Volants,Kumulus, Natural Theatre Company, Teatro Bruto, Teatro do Bolhão e Teatro do Frio e com os profissionais Alan Richardson, Joana Providência, José Carretas, Jacques Sauvant, M. João Vicente, Michel Ragi, Marc Miralles, Nicolaus-Maria-Holtz, Palina Klimovitskaya, Paula Castro, Paula Simms, Peta Lily, Sandra Mladenovich e Sarah Tourton. Desde 2003, é actriz efectiva da companhia francesa de Teatro de Rua Les Plasticiens Volants. Co-encenou o espectáculo de Teatro de Rua “O Último Barco” e tem realizado nos últimos anos várias assistências de movimento a diferentes espectáculos. Desde 2007 que é professora da disciplina de movimento e do módulo de improvisação na ESMAE. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

INÊS MARIANA MOITAS

Viseu, 1983. É licenciada em Estudos Teatrais pela ESMAE - Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo. Como actriz, destaca o trabalho realizado com Rita Azevedo e José Azevedo (ACROF. Oliveira de Frades 1994 – 1998), Fernando Carmino Marques (ACERT/1999), Romulus Neagu (Teatro Viriato/2000), António Durães, TNSJ (2005), João Garcia Miguel (2006), Nuno Preto (Mau Artista/ Porto 2006), Fernando Moreira (Primeiro Andar, T Zero/Porto 2007), Nuno Carinhas (TNSJ 2007), Giorgio Barberio Corsetti (TNSJ 2008), Primeiro Andar/ Cristina Carvalhal, (Porto 2008), Circolando (2008/10), e em cinema com o realizador Rodrigo Areias. Tem desenvolvido ainda trabalhos na área de figurinos para as Companhias Circolando, Primeiro Andar, Mau Artista, Teatro do Frio e para o programa de televisão “Telerural”. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

JOÃO MELO

Porto, 1972. Tem o curso de Estudos teatrais da ESMAE - Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo. Começou a trabalhar em teatro no ano de 1994, em Guimarães, com o espectáculo “A Oficina”, sob a direcção de Moncho Rodriguez. Em 2005, participou no projecto Thierry Salmon, com direcção de Carlo Cechi. Trabalhou com os encenadores José Carretas, Rogério de Carvalho, Nuno Cardoso, Kuniaky Ida, Peta Lilly, Sarrazac, Julio Castronuovo, Rui Madeira, António Durães, Amandio Rodriguez, entre outros. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

MIGUEL DAMIÃO

São Miguel (Açores), 1971. Tem a licenciatura em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalha como actor profissional desde 2001. Em televisão, tem participado em novelas como “Olhar da Serpente”, “Mundo Meu” e “Mar de Paixão”, ou séries como “Casos da Vida” e “Liberdade 21”. No teatro, estreou-se, em 2002, com o espectáculo “Mão na Luva”, encenação de António Terra. Trabalhou, desde então, no Teatro Aberto com João Lourenço, no Teatro Municipal de Almada com Joaquim Benite, com os Artistas Unidos e Jorge Silva Melo, no Teatro da Garagem com Carlos J. Pessoa, no Teatro de Cascais com Carlos Avillez e com a Mala Voadora e Jorge Andrade. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

RUI M. SILVA

Ovar, 1975. Tem o curso de interpretação na ACE - Academia Contenporânea do Espectáculo. Durante o curso, obtém o diploma de Combate de Cena – Performing Certificate Stage Fighting, passado pela Society of British Foghting Directors; é seleccionado para o projecto P.I.E.T.A., na Dinamarca. Já trabalhou com os encenadores António Capelo, Rogério de Carvalho, Jerzy Klesley, Alexandro Dabija, Joana Providência, Júlia Correia, José Mora Ramos, Nuno Pino Custódio e Miguel Seabra. É a terceira vez que colabora com o Teatro Meridional.

SUSANA MADEIRA

Porto, 1980. Licenciada em Design de Comunicação na ESAD – Escola Superior de Artes e Design - e em Estudos Teatrais na ESMAE-Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo. Já trabalhou com Diogo Dória, Nuno Preto, Inês Vicente, Rosário Costa e colaborou com a Associação PELE em diversos projectos. Dá oficinas de Expressão Dramática a vários grupos. É membro fundador da Associação Cultural – Tenda de Saias e faz parte do NTO – Porto, colaborando em diversos projectos de Teatro-fórum. É a primeira vez que colabora com o Teatro Meridional.

SÁB 9 ABR 22H

80 MIN. | M/12

TALK SHOW

RUI HORTA

[site oficial] oespacodotempo.pt

Coreografia | Espaço Cénico | Desenho de Luz e Multimédia: Rui Horta

Música Original: Tiago Cerqueira

Textos : Rui Horta e Tiago Rodrigues

Intérpretes: Anton Skrzypiciel, Vivien Wood, João Martins, Beatriz Pereira

Composição vídeo: Guilherme Martins

Programação Software: Rui Madeira

Apoio Dramatúrgico: Tiago Rodrigues

Direcção Técnica: Nuno Borda de Água

Produção: Ana Carina Paulino

Co-produtores: CCB, O Espaço do Tempo, CCVF, TNSJ, TEMPO, Teatro de Laboral – Gijón

O Espaço do Tempo é uma estrutura subvencionada pelo Ministério da Cultura/DGArtes e pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.

Talk Show é uma obra para quatro intérpretes e duas colunas de som. Um questionamento sobre o corpo enquanto sistema comunicante e sobre o seu desaparecimento ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor.

Um homem e uma mulher falam um com o outro à frente de uma plateia. As suas linguagens são simultaneamente a voz e o corpo. Falam de tudo e sobretudo através dos seus corpos, depositários do tempo, testemunhas de uma longa viagem. O corpo é a nossa única propriedade. Tudo o que realizamos tem a sua medida, tanto no espaço como no tempo.

Talk Show é um road movie do corpo. Uma viagem onde a memória se inscreve no decifrar do passado e no momento do ajuste de contas, face ao futuro. Um exercício de curiosidade e inquietude perante o desconhecido. Quando o corpo se apaga, o que resta?

“A proposta é arriscada, a atmosfera fica densa, mas o resultado é bem conseguido... O coreógrafo dirigiu na direcção certa uma óptima equipa e explorou um conceito de multimédia interessante.”

4 estrelas - Paulo Varanda in Público

Um homem e uma mulher falam um com o outro à frente de uma plateia. A sua linguagem é a voz e o corpo. Falam do seu percurso, da cartografia das suas vidas partilhadas. Falam de tudo, mas falam sobretudo dos seus corpos depositários do tempo, testemunhas de uma longa viagem.

O corpo é a nossa única última propriedade. Quando o corpo se apaga, o que resta? José Gil diz que a “única coisa que temos é, de facto, o nosso corpo”. E daí temos igualmente as memorias nele inscritas, na pele, como interface com o mundo.

Tudo o que realizamos tem a medida desse mesmo corpo, tanto no espaço como no tempo: Espaço onde nos movemos fisicamente e mentalmente; tempo de um dia, onde uma fracção de segundo, mas sempre balizado pelo tempo de uma existência. Nessa medida “Talk Show” é um road movie do corpo. Uma viagem onde a memória se inscreve no decifrar do passado e no momento de ajuste de contas, frente ao público.

A pergunta permanece: “Quando o corpo se apaga, o que resta?” Talvez uma profunda ironia...Talvez. E, com muita sorte, talvez também uma grande bonomia face ao desconhecido, ainda mais efémero, pois ainda nem começou. “Talk Show” é construído em três partes, alicerçadas num espaço cénico mutante, onde a arquitectura e a imagem são essenciais para a percepção.

Duas zonas distintas – a frente e o atrás. O presente e o passado, separados por uma tela translúcida (5m X 3,5 m), que permite não só a projecção, mas igualmente a transparência do olhar.

Na frente o espaço é dividido entre uma longa mesa separada ao meio e um rectângulo de 5m X 4 m, onde se desenrola a acção.

Através da tela, uma cama de casal suspensa, abraçada por uma plataforma igualmente suspensa, permite 2 níveis de acção.

“Talk Show” é uma obra para 4 intérpretes e 2 colunas de som. Dois intérpretes muito jovens, e dois intérpretes mais velhos.

Na primeira parte a acção é determinada pelos mais jovens, testemunhada e comentada pelos mais velhos, que ocupam a mesa na retaguarda. O som da voz de cada um sai, respectivamente, pelas colunas que estão suspensas.

Na segunda parte, os intérpretes mais jovens passam para trás da tela, despem-se e ocupam a cama, que é filmada, em alta definição e plano geral do topo, e projectada a preto e branco na tela. Os intérpretes mais velhos ocupam, nesta altura, o centro do palco e determinam, por sua vez, a acção.

A acção, no entanto, é na frente da tela: as duas colunas de som baixaram e ocupam agora o lugar dos intérpretes no centro do palco. O dialogo entre ambas é um relato poético e irónico da viagem filmada na retaguarda, um flash back de momentos passados que desencadeiam outros tantos comentários, especulações e trocas de opinião. O som das colunas torna-se omnipotente e a peça termina com a ausência dos corpos, no escuro, com o

final do diálogo emitido pelas colunas.

Na terceira e última parte, os intérpretes estão todas atrás da tela. Os mais velhos despiram-se e ocupam agora a cama e os mais novos subiram para a plataforma. Atrás da tela, os dois jovens filmam agora (em macro) os corpos

maduros dos outros intérpretes, uma viagem através da cartografia da pele, ampliada e ganhando, desta forma, novos significados.

SEG 11 ABR ATÉ SEX 15 ABR 10H00 E 15H00 (PÁSCOA)

SERVIÇO EDUCATIVO | 10€ [INCLUI TODAS AS SESSÕES]

OFICINA DE MOVIMENTO/DANÇA & DESENHO PARA CRIANÇAS DO 2.º E 3.ºCICLO (10 AOS 14 ANOS)

NAS LINHAS DO CORPO

Autoria, direcção Artística e pedagógica: Yola Pinto

Coordenação e produção: Yola Pinto e CultIdeias

Orientação: Vera Lopes

Partindo de ideias e formas de fazer originários da área do Desenho e do Movimento Contemporâneo, vamos experimentar as semelhanças entre ambos, através da exploração de diversas formas de percepção, acção e composição dos materiais descobertos.

O corpo humano será o tema principal desta pesquisa, a partir de cujas linhas se pretende descobrir novas danças no papel, no espaço e nos figurinos.

Um corpo completo, flexível, e em constante transformação que vai brincando com estas duas formas de expressão para contar as suas (muitas) histórias!

SÁB 16 ABR 22H

60 MIN. | M/12

FABULA BUFFA

TEATRO PICARO (ITÁLIA)

Criação e Interpretação: Ciro Cesarano e Fabio Gorgolini

Direcção Artística: Carlo Boso

Comédia Trágico-Grotesca sobre o poder do riso criada por dois dos melhores intérpretes de Commedia dell'Arte da actualidade.

Inspirada na tradição popular italiana, Fabula Buff a conta o nascimento do contador de histórias com o seu olhar irónico e grotesco sobre uma realidade nem sempre tranquilizadora.

Numa praça de mercado dois pedintes da época pré-cristã, um mutilado e um cego, são “vítimas” de um milagre que os cura e os empurra para uma vida de normal aperto financeiro. Esta mudança traumática cria duas reacções opostas que conduzem à mesma trágica decisão: a de se converterem ao cristianismo, quando eis que inesperadamente surge outro milagre dos céus...

“Tornar-se-ão Bobos! Farão com que todo o mundo rebente a rir, com que cada temor seja envolto numa explosão de riso!”

A companhia

Fabio Gorgolini e Ciro Cesarano, ambos formados pela Académie International des Arts du Spectacle em Paris (sob a direcção de Carlo Boso e Danuta Zarazik) e licenciados em História do Teatro pela Università degli Studi di Bologna. O seu percurso artístico tem sido centrado na Commedia dell’Arte e no teatro popular. Após numerosas colaborações com companhias profi ssionais Italianas e Francesas, os 2 actores decidem criar a Companhia TEATRO PICARO.

O objectivo é encontrar uma linguagem teatral capaz de conciliar o tradicional a temáticas contemporâneas, a expressão corporal ao texto falado de forma a dar vida a um teatro popular, social, burlesco e poético ao mesmo tempo.

Carlo Boso é um dos mais conceituados e reconhecidos encenadores de Teatro na Europa. Diplomado pelo Piccolo Teatro de Milano, participou em mais de cinquenta criações teatrais dirigidas por encenadores como Massimo Castri, Peppino de Filippo, Dario Fo, Giorgio Strehler e Ferruccio Soleri.

Como autor e encenador, Carlo Boso escreveu e dirigiu mais de 40 peças que foram representadas nos principais Festivais Internacionais de Teatro.

Notas de intenção

Ao criar a Fabula Buff a, apercebemo-nos dessa grande lição de teatro que foi a Commedia dell’Arte na Europa e no mundo.

As personagens imaginadas por Dario Fo no seu “Mistério Bufo” estão na génese desta peça original que se destina a todos os públicos e que pode ser representada em qualquer lugar.

Nasce da paixão pela tradição de teatro italiano. Os dois criadores e interpretes dão vida a uma história única, cómica e poética ao mesmo tempo.

O grammelot próprio do teatro de Dario Fo foi enriquecido pela introdução de novas línguas e outros dialectos. O bergamasco, o napolitano, o veneziano, o francês, o italiano e até mesmo o espanhol criam aqui uma espécie de lingua universal destinada a romper com qualquer barreira linguística.

Os dois actores do Teatro Picaro apresentam-se ao público como os antigos mimos nas manifestações cómicas primitivas, as Atelanas, com o seu repertório de piadas, músicas e pantomímica para interpretação de uma Fabula Buff a balanceando entre o passado e o futuro.

Quisémos dar vida a uma forma espectacular destinada a acordar a esperança numa sociedade enfraquecida por um vazio existencial e relembrar, ainda assim, que o teatro, sob todas as suas fomas, mesmo as mais burlescas, permanece uma arma poderosa.

Carlo Boso

Entre Bobos, Teatro Gestual e Teatro de Palavra

Os mistérios e malabaristas da idade média italiana foram a matéria essencial para a criação do nosso espectáculo.

A Commedia dell’Arte com a recuperação das piadas, da gestualidade, das técnicas dramatúrgicas e da improvisação são os elementos unificantes deste espectáculo. Assim acreditamos colocar o trabalho do actor, as suas sensibilidades e suas competências ao serviço do espectáculo e da mensagem que este contém. O trabalho sobre a gestualidade e sobre a mistura de línguas estão na base da nossa pesquisa teatral. O objectivo de tratar temas de interesse universal tais como a miséria, a injustiça social e o amor, implicam a existência desta busca por uma linguagem universal.

Nesta óptica, procuramos sempre uma expressão corporal que nos permita ultrapassar qualquer barreira linguística. O corpo do actor torna-se assim o elemento catalisador do sofrimento e da esperança do Homem.

Recriando num espaço vazio um rito destinado a libertar, através do riso partilhado por espectadores com medos enterrados em suas memórias ancestrais.

Ciro Cesarano e Fabio Gorgolini

Fabula Buff a já foi representada em diversos festivais internacionais: Festival de Santarcangelo (Itália),

Festival de Mime et Th éâtre Gestual de Reus (Espanha), Festival “Giro in Italia” espaço Altigone

(Toulouse, França), Festival Mois Moliere (Versailles, França), Festival Internacional TeatroAgosto

(Fundão, Portugal), Festival Internacional de Máscaras e Comediantes (Lisboa, Portugal), etc...

QUI 21 ABR 22H

EVENTO C/ SERVIÇO BABY SITTING | ATL P/A CRIANÇAS 4 A 10 ANOS [MARCAÇÃO PELO TEL. 234811300/ 925651668 ATÉ 2 DIAS ÚTEIS ANTES]

130 MIN. | M/16

PEDRO E INÊS

TEATR’O BANDO | CCB

[site oficial] obando.pt

[reportagem sic]



A partir do texto inédito Inês Morre de Miguel Jesus

Encenação: Anatoly Praudin

Coordenação Artística: João Brites

Composição Musical: Jorge Salgueiro

Espaço Cénico: Rui Francisco

Figurinos e Adereços: Clara Bento

Desenho de Luz: João Cachulo

Vídeo: Artica (André Almeida e Guilherme Martins)

Apoio à dramaturgia: Odette Bereska

Assistência à Direcção Artística: João Neca

Interpretação: Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara De Castro e Susana Blazer

Criação: Teatro O Bando

Co-produção: Fundação Centro Cultural De Belém

Parceria: Centro Cultural Vila Flor, Centro Cultural e de Congressos de Caldas Da Rainha, Teatro Virgínia, Cine-Teatro De Estarreja, Teatro Municipal De Bragança, Teatro De Vila Real, Câmara Municipal de Sines, Teatro Municipal Da Guarda, Associação de Amigos de D. Pedro e D. Inês

Apoio: Escola da Noite

Coordenação de Projecto e Apoio à Oralidade: Miguel Jesus

Tradução: Leah Lyubomirskaya

Apoio à Tradução: Nailia Baldé

Apoio à Corporalidade: Ainhoa Vidal

Execução Cenográfica: Leonel & Bicho

Acessoria Técnica: Lima Ramos

Execução de Figurinos: Teresa Louro

Costura da Lã: Margarida Lança

Apoio aos Adereços: Catarina Martins e Maria José Fernandes

Direcção de Montagem: Fátima Santos

Captação e Edição de Som: Ponto Zurca (Sérgio Milhano e Tiago Romão)

Coro das Trinta Mulheres: Adriana Santos, Ana Bilbao, Ana Duarte, Ana Gonçalves, Ana Luísa Santos, Ana Marta Santos, Ana Silva, Artemisa Martins, Carolina Ferreira, Cátia Fernandes, Claudia Alves, Débora Lima, Elisabete Miranda, Elisabete Pedreira, Iara Elias, Isabel Lobato, Joana Andrade, Joana Broega, Joana Duarte, Liliana Pereira, Maria Amaral, Maria Da Soledade, Maria Elisabete Luis, Maria Zamora, Mariana Barreiros, Mariana Gama, Marta Abreu, Mecildes Da Silva, Rebeca Martins, Tânia Ramalho, Thelma Cunha

Agenciamento do Coro: Spiritbreaks

Fotografia: Pedro Soares e Ana Teixeira

Agradecimentos: Raquel Belchior, Marco Martin, Paulino Tavares, Fernanda De Castro, Anabela Mendes, Ana Lúcia Palminha, Paulo Neves, Direcção-Geral De Reinserção Social (pela cedência da Igreja do Convento da Cartuxa de Caxias), Daniel Pinto, Gonçalo Amorim, Marco Paiva

Com um agradecimento especial a Teresa Lima

Este Espectáculo integra as Comemorações dos 650 Anos da trasladação de D. Inês de Castro de Coimbra para Alcobaça

O Teatro bando é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / DGArtes e apoiada pela Câmara Municipal de Palmela

Uma narrativa profundamente enraizada na cultura e na tradição portuguesa revista pelo Teatr’O Bando, com Miguel Borges e Susana Blazer no elenco.

Pretendendo revisitar e reinventar a história de Pedro e Inês e partindo do texto inédito Inês Morre, de Miguel Jesus – o qual caminha progressivamente dum registo dramático e realista para o poético e para o metafórico – o Teatro bando convidou Anatoly Praudin, Director do Experimental Stage of Baltic House, em S. Petersburgo, a criar um espectáculo onde a sua visão externa, profundamente influenciada pela tradição teatral russa, pudesse levantar novas inquietações sobre esta lenda e espalhar uma nova luz sobre este mito. Só no mito conhecemos o que se esconde da História. Só no mito vemos a paixão crescer para lá deste mundo. Só no mito sentimos a culpa e a vingança dos que vivem e morrem. Só no mito ouvimos os coros que ecoam os sons da loucura. Só no mito bebemos o vinho escarlate que tem o gosto do sangue. Só no mito gritamos a nossa voz de povo rude e impune.

Assim, foi também convidada a dramaturgista Odette Bereska, a qual trabalha sobretudo em Berlim, onde foi Directora Literária do Carrousel Theater an der Parkaue e do projecto europeu Magic-Net, de modo a que se pudessem criar ligações e cruzamentos com outras lendas e contos europeus semelhantes.

O convite lançado a Miguel Jesus para que criasse um texto inédito, promovendo também o contacto do Teatro bando com novos autores portugueses e as novas dramaturgias, resultou no texto Inês Morre. Num registo dramático e realista que caminha progressivamente para o poético e para o metafórico, o texto actualiza esta temática conferindo-lhe um cariz intemporal que explora sobretudo as relações de culpa e de vingança que se estabelecem entre os vários personagens envolvidos no assassinato de Inês.

Desenvolvido em co-produção com a Fundação Centro Cultural de Belém e em parceria com o Centro Cultural Vila Flor, o Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha, o Teatro Municipal de Bragança, o Teatro de Vila Real, o Cine-Teatro de Estarreja, a Câmara Municipal de Sines, o Teatro Municipal da Guarda, o Teatro Virgínia e a Associação de Amigos de D. Pedro e D. Inês, o espectáculo conta com a presença de Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara de Castro e Susana Blazer. A música coral de Jorge Salgueiro, interpretada e gravada por um conjunto de trinta mulheres, cria texturas atonais e imaginárias. Tal como todo o espectáculo, a concepção visual e cenográfica não se baseia numa visão histórica ou de retrato medieval, mas antes numa visão que cruza vários elementos, modernos e ancestrais. A Máquina de Cena presente torna-se assim num dispositivo onde os actores se movem e contagiam, se equilibram e se prendem.

Diz-nos, diz-nos, ó história esquecida

Quem compra com a morte o que paga com a vida

Diz-nos, diz-nos, ó cidade demente

Qual o sangue culpado, qual o sangue inocente

Diz-nos, diz-nos, ó pátria maldita

Quanto sangue em ti chora, quanto sangue em ti grita

Diz-nos, diz-nos, ó terra tão santa

Quanta morte em ti grita, quanta morte em ti canta

Diz-nos, diz-nos, ó vil escuridão

Se trazes a morte na voz, se trazes a morte na mão

Diz-nos, diz-nos, ó sombra vizinha

Quem só depois de ser morta conseguiu ser rainha

Diz-nos, diz-nos, ó história esquecida

Quem compra com a morte o que paga com a vida

Um atlas para Inês

[…] Elejo Inês morre, a primeira obra dramática escrita por Miguel Jesus, como prefiguração para um pequeno atlas, à maneira de Warburg, em que a História e suas representações não se voltarão a repetir senão enquanto parcelas de um todo entre si ligado e ao qual nos podemos sentir unidos, pese embora o reconhecimento de que fendas, fissuras, fundas brechas são também marca inapagável. Na História de Portugal e suas fundações encontra o jovem autor a matéria com que nos surpreende, na qualidade de poeta e dramaturgo, ao construir como um iniciado a sua peça. Entre acções e tempos que desenham o longe da primeira dinastia portuguesa e o longe dramatúrgico que ao destinatário contemporâneo chega (a questão do ponto de vista é absolutamente essencial) descobrem-se naturais parecenças representacionais no percurso da revisitação aos amores de Pedro e Inês e de como a razão de Estado se torna assassina pela mão humana.

Se as correspondências se revelam inspiradoras na apropriação selectiva da história, lenda e mito, distinto é o modo – o entretecer da linguagem – como são dados alicerces a Inês morre. Só uma certa Inês sai desventurosa de um envolvimento que o amor-paixão já não habita, porque muitas questionações lhe trazem embargo. Uma outra Inês, que o título também contém, debate-se com a sombra de si mesma, com a fragilidade de ser mulher e outra mulher, corpo que foi e ainda é […]. O que morre em Inês? O puro sentimental. O que nasce em Inês?

Um programa dinâmico de conhecimento estético e ético que no seu radical questionamento e sustentada inquirição ganha vizinhança com um grande julgamento, onde à quase totalidade

dos intervenientes é dado porem-se em causa violentamente contrariando o carácter único de cada ser. A crueldade é intemporal, a ignomínia tem repetição, o que é pérfido pode ser

legitimável. Somos deste modo convocados para um território de linguagem belíssima e irrepreensível em permanente expansão e contracção, onde a metáfora é rainha […] Não se ocupa em demasia da perspectiva histórica e sociologicamente comum a muitos outros reinos europeus no séc. XIV, e mesmo em períodos posteriores, a peça de Miguel Jesus. O jovem dramaturgo prefere reconfigurar este assunto à luz das grandes tragédias clássicas, shakespearianas e, arriscaria dizer, müllerianas. Um enorme desafio para quem com humildade acredita que cada degrau deve ser subido ou descido tantas vezes quanto o necessário. […] A estratégia seguida ocupa-se de um enovelar e desenovelar de motivos recorrentes e circulantes, cuja eficácia resulta de uma opção de uso restrito dos mesmos, talvez uma insuspeita coreografia – a caça, o fogo, o sangue, a vida e a morte. O infortúnio dos amores de Pedro e Inês deixou de ser uma história de paixão e tragicidade, prosseguindo agora o seu trajecto como um factor de compensação decifrado (mortos de verdade mas sempre vivos), através do qual são inquiridas: a sede íntima pelo poder, a justiça que nunca é justiça, a inocência que se oculta na perversidade, a solidão que não vislumbra como se pode ser amado e ser feliz. […] Enquanto cria drama com as suas palavras, o autor faz-nos escutar música que nos enriquece, que nos abeira da autenticidade dos sentimentos primordiais e que em nós desperta compaixão. […]

Anabela Mendes, Port Lockroy, Janeiro 2011

excertos do prefácio de Inês morre, Edições Galateia

Anatoly no bando

Conheço Anatoly Praudin há mais de dez anos. Para ser mais preciso, vou conhecendo-o através das obras que dirige com os seus actores russos, quando periodicamente cruzamos os nossos espectáculos no quadro de programas de intercâmbio cultural europeu. Neste momento, a convite do Teatro bando, encena pela primeira vez em Portugal e, agora sim, compreendo melhor como este carismático e respeitado encenador stanislavskiano constrói os espectáculos que eu tanto admiro.

Como explicar? À mesa nunca falamos muito, mas nos ensaios a que assisto apercebo-me das longas e apaixonantes dissertações que reflectem uma habilidosa, intrincada e estimulante análise dos conflitos internos das personagens. Percebo melhor como tão bem aproveita a iniciativa e a criatividade destes actores, totalmente implicados, conduzindo-os a inesperadas situações cénicas. Compreendo melhor como se afasta de um qualquer realismo mimético ao aplicar as referências de um Stanislavski, não psicologista, no trabalho de actores; e do genial Tchékhov que soube tão bem tratar as contraditórias e compulsivas pulsões das personagens ficcionadas.

Se Anatoly Praudin invoca e exige algum registo autobiográfico no trabalho do actor é para credibilizar a assumida teatralidade da obra artística, o que resulta num discurso cénico coerente mas profundamente dilacerado. É como o pintor que vive a sua intransponível solidão como artista e que constrói, de forma obsessiva, os múltiplos esboços que o hão de conduzir a uma pintura final que parece querer perdurar. O espectáculo que se anuncia parece querer perdurar e resistir inexplicavelmente à efemeridade.

Acredito que esta estreia assinalará um momento inesquecível na nossa trajectória peculiar como grupo de teatro. Também porque, ao mesmo tempo, dá a conhecer este belo poema épico de Miguel Jesus, que edita o seu primeiro texto como escritor; e conta com Sara de Castro que, como actual membro da direcção da cooperativa, e como atenta e reflectida actriz, é a garante de outro registo vivo de uma experiência que não pode deixar de ter as suas consequências. Este inusitado processo de elaboração de espectáculos vai contribuir e ajudar a esclarecer o registo singularista da nossa criação teatral.

João Brites, Palmela, 21 de Fevereiro de 2011

Não tenho medo de parecer grandíloquo ao afirmar que o Teatro bando é um Teatro Ideal. Aqui, longe de vaidades e do ruído vão, habita a verdadeira Arte. Aqui trabalham as pessoas

para quem o teatro não é um simples ofício mas uma maneira de ser. Os espectáculos que presenciei mostraram-no com toda a clareza. Espectáculos espirituais, poéticos e muito bonitos. Estou feliz e orgulhoso por ter esta grande sorte – por poder experienciar este maravilhoso fenómeno do mundo do teatro, o Teatro bando.

Anatoly Praudin, Palmela, Fevereiro 2011

Trinta Mulheres. Todas Inês. Sangue feito de vinho que escorre dos pés a sangrar de trinta Inês. Vinho feito de sangue que tinge as faces das Inês, as trinta. Escorre dos pés para as faces. A indigente canta recordações de infância que são o tempo futuro dos que ignoram. A enorme sala da corte. Ou será a igreja, a ala maior do hospício ou os claustros do convento? Um órgão, um bombo, um trombone e a caixinha de música. Tudo o resto é prazer ou tragédia.

em 2011, Jorge Salgueiro, no mês da purificação

Fazer parte desta equipa temporária ou definitiva é um enorme privilégio. Entramos na sala escura e há belezas escondidas por detrás do brilho final no palimpsesto vivo. As entranhas dos meios não ultrapassam o destino final. Colectivo. Nada disso, mas é muito bom respirar com o embrião, embalá-lo, ouvir as primeiras vozes e depois deixá-lo voar. O espectáculo ganhar vida e nós ganharmos vida com ele. Foi assim que vivi Pedro e Inês. Com vontade de me levantar da cama, de ver mais, de cheirar melhor, de ouvir tudo, de sentir muito. Porque todos os dias, naquela sala desarrumada, com a maior harmonia, algo acontecia. Ver acontecer, para perceber que tudo isto não é magia. É Teatro.

Pedro e Inês foi sobretudo partilha e comunhão. O Miguel Jesus estava ali, o artesão das palavras. Sem memórias póstumas. Sem teses de mestrado, sem biografias. Ali. Connosco. Vivo como o texto. Que crescia de mão dada com a encenação. As palavras impressas viraram sujeito. Do outro lado, Anatoly Praudin deambulava pelo palco. Pisava-o bem. Calcava as escadas. Sentia o peso das coisas. As palavras depois de cada improviso deixavam logo vontade de começar de novo. Já! Mas ele fazia esperar aquele grupo brilhante. Não só de actores mas de pessoas de um imenso mas saudável alucínio. Fazia crescer a água na boca de onde o poético registo saía e arrepiava os corpos numa vertigem de querer sempre mais...amanhã. Deixava-se traduzir é certo, mas ele enganou-nos bem. Foi de longe o melhor tradutor de um grupo que falou sempre a mesma língua.

João Neca, Palmela, Fevereiro 2011

Notas Biográficas

Miguel Jesus │ Texto

Nasceu em Lisboa, em 1984. Licenciou-se em Artes do Espectáculo pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboae estudou bateria durante vários anos. É cooperante do Teatro bando, onde trabalha em comunicação, conteúdos e dramaturgia. Poeta e dramaturgo, publicou a sua primeira peça, Inês morre, e prepara uma colectânea de versões de poemas de Yeats, da rosa o espinho. É fundador do colectivo GALATEIA.

Anatoly Praudin │ Encenação

Nasceu a 24 de Abril de 1961, em Riga, no seio de uma família com uma grande tradição teatral. Em 1986 graduouse em Encenação pelo Instituto de Teatro, Música e Fotografia de Leninegrado. Trabalhou no Vladimir Drama Theater, em Sverdlovsk, e encenou espectáculos em Riga, Odessa, Chelyabinsk, Omsk, Amsterdão, Saratov e São Petersburgo. Em Junho de 1996 tornou-se director artístico do Teatro da Juventude de São Petersburgo e dois anos depois, com parte da sua equipa, fundou o Experimental Stage, grupo que tem a sua sede e espaço de trabalho no grande teatro Baltic House, na mesma cidade. Tem trabalhado e encenado textos de Antón Tchékhov, Lev Tolstói, Gabriel García Marquez e Daniil Kharms, entre outros. Actualmente dá aulas de Representação e de Encenação na Academia Nacional.

João Brites │ Coordenação Artística

Artista plástico, cenógrafo, encenador e dramaturgista, é fundador e Director do Teatro bando e lecciona na Escola Superior de Teatro e Cinema. É o comissário da Representação Oficial Portuguesa na 12ª Quadrienal de Praga.

Jorge Salgueiro │ Composição Musical

Nasceu em Palmela, compõe desde os 14 anos e é autor de mais de 170 obras. Foi compositor residente da Banda da Armada e é actualmente compositor residente da Foco Musical. Faz parte da Direcção Artística do Teatro bando.

Rui Francisco │ Espaço Cénico

Nasceu em Almada em 1968 e licenciou-se em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da UTL. É Cooperante e faz parte da Direcção Artística do Teatro bando. A sua actividade divide-se entre a Arquitectura e a Cenografia.

Clara Bento │ Figurinos e Adereços

É natural do Porto e formada pelo Curso Geral de Escultura da Escola de Belas-Artes do Porto. Já trabalhou com vários grupos de teatro e desde 2001 que faz parte da Direcção Artística do Teatro bando.

Teresa Lima │ Oralidade

Licenciada em Filologia Românica, fez o curso de Arte de Dizer

do Conservatório de Lisboa e o curso de Formação de Actores da Comuna. Actualmente é professora de Voz na ACT. Faz parte da Direcção Artística do Teatro bando.

João Cachulo │ Desenho de Luz

Iniciou a sua actividade profissional como assistente de cenografia e operador de luzes nos Artistas Unidos. Faz parte da equipa do Teatro bando sendo o responsável pela Direcção Técnica e pelos Desenhos de Luz.

Odette Bereska │ Apoio à Dramaturgia

É licenciada em Estudos de Teatro pela Universidade de Humboldt. Foi Directora Literária do Carrousel Theater an der Parkaue e actualmente é responsável pela Direcção Literária do projecto europeu Platform11+.

João Neca │ Assistência à Direcção Artística

Nasceu na Guarda em 1988. Licenciou-se em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da UC, e está a concluir o estágio de mestrado no Teatro bando. É director artístico do grupo Gambozinos e Peobardos.

Estêvão Antunes │ Coelho

Iniciou a sua formação em 2001 no curso de Expressão Dramática do Chapitô dirigido por Bruno Schiappa e licenciou-se em 2009 na Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalhou profissionalmente com Jorge Silva Melo, Pedro Marques, Dinarte Branco, Joana Craveiro, Fernanda Lapa e Ricardo Araújo Pereira, entre outros. É co-fundador dos FIASCO.

Helena Afonso │ Corifeu

Fez o Curso de Canto no Conservatório Nacional de Lisboa. Deu inúmeros recitais no país e no estrangeiro, bem como espectáculos de teatro musical e alguma ópera. Tem participado em séries televisivas e espectáculos de teatro, tendo já colaborado com Ricardo Pais, João Lourenço, Luis Miguel Cintra, Joana Craveiro, Pedro Wilson, Tito Celestino da Costa, Fernando Gomes, Lisbon Players, Paulo Matos e Filipe La Féria, entre outros.

Horácio Manuel │ Afonso

Fez os seus estudos no Delmetscher Institut Munich e seguiu outros cursos de formação no teatro Old Vic e com Augusto Boal. É cooperante do Teatro bando, o qual integrou em 1975. Já trabalhou com um grande número de criadores, participou em séries televisivas e trabalhou em cinema com Paulo Rocha, Margarida Gil e Luís Filipe Rocha. Encena no grupo de teatro A.T.A. e no Teatro de Objectos.

Ivo Alexandre │ Pacheco

Licenciou-se no Balletteatro Escola Profissional e frequentou o curso de Filosofia da Faculdade de Letras do Porto. Já trabalhou com diversos encenadores e realizadores, como Joaquim Benite, Mário Barradas, Carlos Pimenta, Giorgio Barberio Corsetti, Rogério de Carvalho, Luís Miguel Cintra, Nuno Carinhas, Ricardo Pais, Nuno Cardoso, Tiago Guedes, Frederico Serra e Paulo Castro. Tem trabalhado em várias séries televisivas.

Miguel Borges │ Pedro

Frequentou o Curso da Escola Superior de Teatro e Cinema e foi membro dos Netos do Metropolitano e das Marionetas de Lisboa. Já trabalhou com os mais diversos encenadores e realizadores, como Miguel Guilherme, Stephan Stroux, Luís Miguel Cintra, João Fiadeiro, João Garcia Miguel, Teresa Villaverde, Florence Strauss, Manuel Mozos, Frederico Serra, Tiago Guedes, Edgar Pêra e Jorge Silva Melo. É sócio fundador da Tá Safo.

Sara de Castro │ Teresa

Formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, é actriz profissional desde 1998 e tem trabalhado com diversos criadores e encenadores. Participou como actriz em vários espectáculos do bando e desde 2006 que faz parte da equipa fixa como assistente da direcção. Cooperante do Teatro bando, é actualmente a responsável pela Gestão Administrativa e pela Coordenação Geral da equipa.

Susana Blazer │ Inês

Nasceu em 1985. Licenciou-se em Artes do Espectáculo na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e ingressou na Escola Superior de Teatro e Cinema. Com o Grupo de Teatro da Nova participou em dois espectáculos premiados pelo FATAL. Com formação em dança, recebeu em 2003 o Prémio Primeira Bailarina da Escola de Ballet da Sociedade Filarmónica Cartaxense. Trabalhou com o Teatro bando no espectáculo Quixote.

TEATRO BANDO |

Fundado em 1974 e constituindo-se como uma das mais antigas cooperativas culturais do país, o Teatro bando assume-se como um colectivo que elege a transfiguração estética enquanto modo de participação cívica e comunitária. As criações do bando definem-se pela sua dimensão plástica e cenográfica, marcada sobretudo pelas Máquinas de Cena, e pelo trabalho dramatúrgico. Na sua maioria de autores portugueses, os textos encenados são a grande parte das vezes obras não dramáticas, às quais a forma teatral confere outra comunicabilidade. O Teatro bando continua a procurar o singularismo das suas criações através duma metodologia colectivista onde se procura a diferença, a interferência, a ruptura, a colisão dos pontos de vista. Rural ou urbano, adulto ou infantil, erudito ou popular, nacional ou universal, dramático

ou narrativo ou poético – tais as fronteiras que o bando se habituou a transgredir. Ao longo do seu trajecto o grupo esteve ligado a múltiplos projectos nacionais e internacionais e a aposta na itinerância continua a levar vários espectáculos por todo o país e por além fronteiras. Depois de diversas moradas, de há onze anos para cá que o Teatro bando habita uma Quinta em Vale dos Barris – Palmela, onde se encontra um número ainda insuspeito de palcos potenciais feitos de estrelas, de oliveiras e penedos.

SEG 25 ABR 16H

EVENTO INFÂNCIA / FAMÍLIA | 48 MIN. | M/6

DURA DITA DURA

TEATRO DE FERRO

[site oficial]

Texto e Canção: Regina Guimarães

Encenação, Cenografia e Marionetas: Igor Gandra

Música: Michael Nick

Fado / canção: Ana Deus

Interpretação: Igor Gandra

Desenho de luz: Rui Maia e TdF

Direcção de montagem: Virgínia Moreira e Gil Rovisco

Fotografia de cena: Susana Neves

Ateliê de construção: Gil Rovisco, Nuno Bessa e Américo Castanheira – Tudo Faço

Direcção de Produção: Carla Veloso

Design Gráfico: CATO

Co-produção: Teatro de Ferro, Festival Internacional de Marionetas do Porto, Festival Escrita na Paisagem e Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa

Estrutura financiada pelo Ministério da Cultura | Direcção Geral das Artes

Agradecimentos: Amarante Abramovici, Tiago Afonso, Maio, Sr. José Pereira, J. P. Coimbra, Jorge Paupério - Somnorte, Deolinda Fernandes, Prazeres Rovisco, Mário Gandra, Inês Mamede, João Alves, Carlota e Matilde

«Era uma vez um menino pequeno que vivia num país pequeno virado para o grande oceano. Dizia-se que, nesse país, grandes homens e homens de todos os tamanhos se tinham lançado pelo mar dentro à procura de outros países e de outros homens. Mas isso tinha acontecido há tanto tempo que o menino de que estamos a falar nunca tinha molhado os pés no mar...»

Dura Dita Dura é a história de um menino, o Baltazar, que cresce algures, numa terreola perdida de um Portugal esquecido - mas apertadamente vigiado e auto-vigiado. Baltazar é mudo, mas não surdo. A sua vivacidade de menino for a do baralho conflitua manifestamente com o obscurantismo que caracteriza o Portugal dos pequeninos. Baltazar é um escândalo de silêncio num país silenciado. Mas não se escolhe o lugar e o tempo onde se nasce.

Dura Dita Dura é um espectáculo de marionetas para todas as idades acerca da atmosfera de terror surdo que reinou durante meio século num país onde as paredes tinham ouvidos. Através do olhar atento, por vezes atónito, de uma criança bem amada mas permeável ao mal-estar dominante, pretende-se dar a conhecer um passado ainda próximo que tende contudo a esbater-se nas «brumas da memória»...

SEX 15 ABR 21H30

MÚSICA | 1,5€

TRADICIONAL | M/3

NOITE DE TUNAS E FADOS

Organização: Escola Secundária de Estarreja

Numa organização de um grupo de alunos da Escola Secundária de Estarreja, na noite de 15 de Abril Estarreja terá a honra de receber a Tuna Académica de Medicina e QuanTunna – Tuna de Ciências e Tecnologias, da tão nomeada cidade de Coimbra, assim como o reencontro de um prestigiado grupo de fados.

Um espectáculo dinâmico que agradará a todas faixas etárias, pois terá a energia da juventude Coimbrã e as tradições presentes ao longo de toda a história, que farão avivar memórias.

DOM 17 ABR 16H

MÚSICA | 1,50€ | ENTRADA LIVRE PARA +55 ANOS

EVENTO SÉNIOR [3.º DOM. MÊS] | M/3

BANDAS EM CONCERTO

UNIÃO FILARMÓNICA DO TROVISCAL

Maestro: Dr. Silas Granjo

Foi fundada em 1911 por José Pinto de Sousa, professor do ensino primário que também se dedicava à Música. Esta Filarmónica tornou-se conhecida devido a disputas que sustentou com a Igreja Católica, tendo sido excomungada em 1922.

Em 1989 um grupo de personalidades convidou o Dr. Silas Granjo a dirigir a Filarmónica. Em Setembro desse ano, 75 jovens começaram a aprender música na Escola de Música.

A União Filarmónica do Troviscal tem ainda um Grupo de Metais, coordenado pelo Licenciado em Trompete e Contramestre da Banda, Luís Granjo, e uma Escola de Música e Banda Escolar dirigidas pelo Prof. César Cravo.

Participou em Bandas em Concerto 2006/2007 e 2007/2008.

Em Abril de 2008 vence o 1º prémio da 2ª Secção do “II Certamen Internacional de Bandas de Musica de la Senia” e tem várias participações em festivais nacionais e internacionais.

Programa:

Nocturno para sopros – Joly Braga Santos

Sinfonia Breve nº 1 – Álvaro Cassuto

Romanesco – Luís Cardoso

Variações sobre um tema Alentejano - Joly Braga Santos

Prallel Universes – Lino Guerreiro

Cantares Portugueses – Jorge Slagueiro

SEX 22 ABR 22H

MÚSICA | 2,5€ | 1,5€ C/DESC. HABITUAIS

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

FOLK | M/3

SMALL SUR (USA)

[site oficial]

[myspace] smallsur



[vimeo]

Voz e guitarra: Bob Keal

Saxofone: Andy Abelow

Percussão: Austin Stahl

Os Small Sur, sediados em Baltimore, têm encantando quem os vê e ouve em concertos pela costa leste dos Estados Unidos. Nas suas composições minimalistas, onde drones convivem com spirituals, podemos encontrar ecos da sonoridade dos Low, assim como da folk contemplativa dos Bowerbirds, ou até mesmo da espiritualidade dos Spain. Ao seu primeiro EP homónimo, de 2006, seguiu-se o longa-duração de estreia (We Live in Houses Made of Wood, 2008) e uma gravação nas indispensáveis Daytrotter Sessions.

Em Abril, visitarão pela primeira vez Portugal, onde mostrarão também a sua mais recente edição (Bare Black EP, 2010).

Será uma oportunidade única para ouvir a voz intensa mas tranquila de Bob Keal, que diz encontrar em Steinbeck e Whitman inspiração lírica, e que se fará acompanhar nesta digressão europeia por dois músicos, um percussionista e um saxofonista.

SEX 29 ABR 22H

TEATRO | 5€

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

STAND-UP COMEDY | 60 MIN. | M/12

ZAPPING

KRITIKUS | COM.CENAS ASSOCIAÇÃO CULTURAL

[site oficial]

Ideia Original: Luciano Gomes

Produção: Teatro Com.Tigo e Com.Cenas Associação Cultural

Interpretação: Diogo Dias, Luciano Gomes e Paulo Brites

Encenação: Kriticus

Adereços e Figurinos: Teatro Com.Tigo

Vídeos: Diogo Dias, Joca Ben, Lana Oliveira, Luciano Gomes, Paulo Brites

Sonorização: Hugo Grave e Paulo Brites

Operação Som: Hugo Grave

Operação Luz: Joca Ben

Fotografia: Marisa Ferreira

Um dia a televisão terá dois sentidos: do espectador para a televisão e da televisão para o espectador. Em Zapping vamos entrar nela.

Kriticus apresentam um espectáculo em alta definição e em três dimensões, navegando pelo mundo do audiovisual e pelos mundos que daí podem surgir (principalmente nas suas cabeças). Um dia toda a televisão será assim.

Será que com tanto zapping, encontrarão o canal pretendido?

Veremos.

Kriticus são um colectivo de comédia interventiva. Munidos do humor, da dança, do vídeo e da palavra, examinam, apreciam, censuram, exprobram e maldizem as mais variadas situações quotidianas. Tudo isto em debate e constante interacção com o público.

O guião de cada apresentação é sempre adaptado ao contexto em que se insere, onde a versatilidade dos actores lhes permite adaptar e re-criar situações familiares aos espectadores. É ainda recheado com kriticas publicitárias actuais em vídeo.

SÁB 30 ABR 22H

MÚSICA | 12€

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

EVENTO C/ SERVIÇO BABY SITTING | ATL P/A CRIANÇAS 4 A 10 ANOS [MARCAÇÃO PELO TEL. 234811300/ 925651668 ATÉ 2 DIAS ÚTEIS ANTES]

FADO | 75 MIN. | M/6

VIDA - JORGE FERNANDO E FÁBIA REBORDÃO

[myspace jf] jorgefernandofado

[youtube]







Jorge Fernando faz parte da história do fado em Portugal. Mas ao contrário de tantos outros artistas que podem reclamar um lugar na história pelo que fizeram no passado, Jorge Fernando pode reclamar passado e futuro. Este homem que tocou com Amália, que aprendeu o que sabe com um mestre inigualável como Fernando Maurício nunca descansou à sombra de glórias passadas. Pelo contrário, olhou sempre para a frente. Ajudou a projectar as carreiras de gente como Mariza ou Ana Moura, escreveu para Camané, cantou com Sam The Kid. Agora, a sua mais recente descoberta leva o nome de Fábia Rebordão.

Fábia prepara-se para editar o seu álbum de estreia em Abril e antes disso, esta extraordinária cantora vai dividir o palco com Jorge Fernando, num espectáculo especial em que as duas vozes vão combinar-se em alguns duetos, como em Vida, um tema que a própria cantora acredita ter sido determinante para a sua entrada no mundo do fado.

Dos palcos de La Féria à Operação Triunfo e daí às casas de fado foi um percurso de amadurecimento de uma voz maior que Jorge Fernando acredita que vai marcar o futuro. Juntos, em palco, Jorge e Fábia vão viajar por alguns momentos especiais do fado, das suas carreiras e antecipar o álbum que aí vem. Tendo em conta a pontaria revelada por Jorge Fernando no passado, o futuro passará mesmo por aqui.

DOM 1 MAI 16H

DANÇA | 3,5€

M/3

ESPECTÁCULO P/A ANGARIAÇÃO DE FUNDOS P/A AS TRICANINHAS DO ANTUÃ

RITMO & DANÇA IV

Grupos Participantes:

Oficina de Música de Aveiro, Escola de Dança João Alves (Estarreja), Dance Life (Aveiro), Ginsport (Soutelo), Aveirogym - Academia de Ginástica Rítmica de Aveiro, Rancho Folclórico "As Tricaninhas do Antuã"

Com a maturidade dada pelos 27 anos de existência, o rancho folclórico As Tricaninhas do Antuã aprendeu que da diversidade nasce o enriquecimento do grupo. Diversidade etária, cultural, de afinidades, eis o caminho da procura da unidade na diferença.

Cabe-nos a tarefa de marcar pelo respeito e de, no presente, preservar a herança daqueles que foram os nossos antepassados. Por isso celebramos o ritmo e recriamos as danças do passado num presente que é de todos. A convite das Tricaninhas surgem outros ritmos, outros grupos que dignificam esta vontade de marcar o momento

Todos serão, numa tarde, os passos da aliança entre “o que foi” e “o que é”, procurando um “o que será” num momento de convívio entre a diferença.

SEX 6 MAI 22H

TEATRO | 1.ª PLATEIA 15€ | 2.ª PLATEIA 12,5€ | BALCÃO 10€

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

COMÉDIA MUSICAL | 90 MIN. | M/12

ENCALHADAS!

COM HELENA ISABEL, MARIA JOÃO ABREU E RITA SALEMA

[site oficial]

[blog] comediamusicalencalhadas.

Autoria: Miriam Palma e Isabel Sicsci

Adaptação: Ana Bola

Versão Cénica e Encenação: Heitor Lourenço

Com: Helena Isabel, Maria João Abreu e Rita Salema

Participação Especial em Vídeo: Nicolau Breyner

Voz Off: Miguel Raposo, Dora Martinho, Cátia Ribeiro e Fatiminha

Assistente de Encenação: Cátia Ribeiro

Cenografia: Sola do Sapato

Figurinos: Helena Isabel

Confecção dos chapéus: Luís Stoffel

Confecção guarda-roupa: Mestra Emília de Morais, D. Teresa Balbi e Soledade Ramos

Música Original: AGIR

Fotografia de Cartaz: Rui Mateus

Pós Produção: Miguelângelo

Coreografia: Paulo Jesus

Desenho de Luz: Almeno Gonçalves

Design Gráfico e Imagem Global: Maria João Alves_Sola do Sapato

Vídeos de Cena: Carlos Neves

Site e Multimédia: Paulo Margalho

Técnicos de Luz, Som e palco: Nuno Samora, Nuno Moço, João Marques e Pedro Salema

Responsável Administrativa e Financeira: Mariana Magro

Direcção de Produção: Almeno Gonçalves

Produção: Maria João Alves _ Sola do Sapato

Encalhadas! é uma comédia musical que satiriza as angústias e prazeres de mulheres de diferentes classes sociais que em determinada altura das suas vidas se encontram sós, privadas de amor, carinho e sexo.

Aparentemente convivem bem com o problema, mas ao longo do espectáculo apercebemo-nos, através dos seus monólogos nocturnos, que não é verdade.

Estas mulheres, apesar de possuírem características bem diferentes, encontram dificuldades muito semelhantes ao tentar lidar com o problema da solidão.

Todas as situações são apresentadas em forma de quadros bem-humorados: na academia de ginástica; no cabeleireiro; na sex-shop; etc; até que descobrem que possuem também em comum o mesmo homem, Ernesto, marido de Cristina, amante de Graça e reprodutor do filho de Cecília.

A primeira encalhada, Cecília, é solteirona convicta. Tem muitos namorados, mas não se consegue fixar em nenhum, colocando defeitos insuperáveis em todos. É representante do famoso “complexo de cinderela”. É apresentadora de um programa de televisão onde aconselha mulheres solitárias, presidente da A.S.A (Associação das Solitárias Anónimas) e psicóloga. O seu maior conflito é querer ter um filho, já que descendente de uma família conservadora, que valoriza de sobremaneira a maternidade. Assim, decide procurar um reprodutor.

Cristina, encontra-se casada no início do espectáculo, mas não menos só. O seu marido, um empresário de sucesso, viaja muito e não lhe dá atenção.

Ex miss Valongo, saiu do concurso directamente para o casamento. Ao fim de dez anos descobre que foi traída durante esse tempo todo e decide divorciar-se. O divórcio deixa-a sem dinheiro e a partir daí começa “difícil tarefa” de encontrar outro homem que a sustente.

A última encalhada, Graça, é maquilhadora do mesmo programa de televisão onde Cecília é apresentadora. É também vendedora de produtos eróticos. O seu grande sonho é casar-se, mas por questões do destino só se envolve com homens comprometidos, acabando por viver sempre o papel da amante. O seu maior desafio é encontrar um homem que deixe a mulher para casar com ela.

DOM 8 MAI 16H

SEG 9 MAR 10H30 | 14H30 ESCOLAS*

TEATRO AMADOR | 2,5€

*RESERVAS P/A ESCOLAS ATRAVÉS DO SITE WWW. [MENU BILHETEIRAONLINE -> PRÉ-RESERVA] | ENTRADA LIVRE DE PROFESSORES

SERVIÇO EDUCATIVO | GRUPO II DE FORMAÇÃO DE TEATRO | 75 MIN. | M/6

EU QUERO!

BASEADO NO TEXTO ROMEU E JULIETA, DE WILLIAM SHAKESPEARE

Encenação e Texto: Paula Alexandra Carreira

Elenco: Grupo II (juvenil) de Formação de Teatro

A peça retrata uma sociedade conservadora, imbuída pelo poder económico da família Marques, que orienta a educação dos seus progenitores segundo o espírito altamente religioso e tradicional.

Apesar do autoritarismo de Abel Marques, das diferenças de ideais e aspirações religiosas, Ju e Pedro quebram as regras do convencional e partem para uma nova vida, na esperança de paz.

SÁB 14 MAI 11H

SERVIÇO EDUCATIVO | PARTICIPAÇÃO LIVRE PARA PORTADORES DE ENTRADA PARA QUARTO INTERIOR [MEDIANTE INCRIÇÃO PRÉVIA]

150 MIN. | M/16

ACTIVIDADE CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, O NOVO NORTE

QUARTO INTERIOR - OFICINA

CIRCOLANDO

Formador: André Braga

No princípio do nosso teatro dançado temos um tema. Um universo de poemas e de imagens.

Logo a seguir, impõe-se a matéria, o objecto. Por exemplo a cadeira, a palha ou o arroz.

O objecto e um modo particular de o abordar. Com o corpo. Com o corpo que dança.

Com vários exercícios e propostas de improvisação, a Circolando partilhará com o grupo de participantes este modo de fazer um teatro dançado.

Quarto Interior dará o universo de pesquisa nesta oficina onde se procurará um quarto miniatura. Um quarto construído pelo corpo para o corpo. O ninho, a toca, o casulo. A casa do ser encolhido, do ser protegido. A morada animal dos sonhos. Dos sonhos de pássaros. Sonhos com flores e neve de arroz. Com árvores e campos para semear.

SÁB 14 MAI 22H

TEATRO | 5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

NOVO CIRCO | 65 MIN. | M/6

APRESENTAÇÃO CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, O NOVO NORTE

QUARTO INTERIOR

CIRCOLANDO

[site oficial]

Criação Colectiva

Direcção Artística: André Braga e Cláudia Figueiredo

Interpretação: André Braga e João Vladimiro

Participação na Interpretação e Criação: António Júlio (1ª fase)

Direcção e Concepção Plástica: André Braga

Dramaturgia: Cláudia Figueiredo

Composição Musical: Alfredo Teixeira

Desenho de Luz: Cristóvão Cunha

Desenho de Som: Harald Kuhlmann

Figurinos: Rute Moreda

Construção: Duarte Costa (coordenação), Hugo Almeida, Nuno Brandão, Tudo Faço/Américo Castanheira e João Pedro Rodrigues

Coordenação Técnica e Operação de Luz: Francisco Tavares Teles

Direcção de Cena: Ana Carvalhosa

Operação de Som: André Pires

Palco e Montagem: Nuno Guedes

Produção: Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santos

Criação em co-produção com o Teatro Nacional São João e em colaboração com o Centro Cultural de Belém

Circolando é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/Direcção Geral das Artes

Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian; IEFP/Cace Cultural do Porto

Produção Executiva: Corropio, Lda.

“Se nos perguntassem qual o benefício mais precioso da casa, diríamos: a casa abriga o devaneio, a casa protege o sonhador, a casa permite sonhar em paz.”

Gaston Bachelard

Com um teatro dançado, sem palavras e próximo da poesia, Quarto Interior fala-nos dos quartos que transcendem a geometria. Refúgios do sonho, estes espaços mínimos crescem sem limites. Abrem-se para integrar o vento, as árvores e os pássaros.

São quartos que estão em nós. Longe, em nós. Quartos feitos de tempo. De grossa pele-memória. Moradas do espaço íntimo onde guardamos um tempo suspenso, quase esquecido: o tempo de todas as idades da inocência.

Num lugar longe de tudo, um quarto.

Um quarto de portas e janelas voltado para uma árvore.

Um quarto mínimo. Cama, mesa, banco.

Um quarto com camadas de tempo e lembrança.

Lá dentro, alguém cumpre a função essencial de o habitar. Sonha.

Pelo sonho, transcende a geometria do quarto. As paredes movem-se.

Transportam-nos para outros lugares, para outros tempos.

No Inverno da vida, recriamos a Primavera. A chegada dos pássaros. O nascimento dos ovos. A sementeira dos campos.

Ciclo Poética da Casa

Com o ciclo “Poética da Casa” prosseguimos a nossa procura das paisagens do sonho. Insistimos nos manifestos poéticos que invocam um homem inconformado que inventa outros mundos. Mundos onde prevalece o tempo dos espantos e da beleza.

Desta vez, procuramo-los nas moradas do espaço íntimo… casas, sótãos, quartos, abrigos de memórias e devaneios.

Ciclo de longa duração na Circolando, “Poética da Casa” reúne em si três projectos: “Quarto Interior”, “Casa-Abrigo” e “Mansarda”.

Circolando

Sob direcção artística de André Braga e Cláudia Figueiredo, Circolando desenvolve a sua actividade desde 1999. Vem afirmando a singularidade do seu projecto artístico com a criação e difusão de espectáculos que propõem um teatro visual e interdisciplinar que cruza o teatro físico, a dança, o teatro de objectos, o circo, a música e o vídeo.

Um teatro dançado que habita as paisagens do sonho. Um teatro próximo da poesia que traz histórias libertas de toda a lógica narrativa. Histórias que, mais do que contadas, querem-se livremente inventadas por um espectador contemplativo. Histórias que não pretendem oferecer um sentido, mas despertar todos os sentidos... com imagens, músicas, cheiros, emoções...

Desde a sua fundação, Circolando cria “Caixa Insólita”, “Giroflé”, “Charanga”, “Cavaterra”, “Quarto Interior”, “Casa-Abrigo” e “Mansarda”, associando propostas de rua e ar livre a projectos para espaços interiores mais ou menos convencionais, numa busca incessante de novas experiências e desafios. Desde 2006, vem também consolidando uma nova vertente na programação a que chama Projectos-Satélite. Projectos de artistas associados, colaboradores regulares da companhia com quem existe uma profunda identificação artística.

A itinerância é sem dúvida uma das marcas do projecto, sendo exemplar a sua capacidade de aliar descentralização e internacionalização. Fora de Portugal, Circolando já foi acolhida em Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Polónia, Eslovénia, Brasil, Marrocos, Coreia do Sul e China. Vem reunindo críticas muito positivas, alargando o reconhecimento e visibilidade do projecto.

Reveladoras deste facto são sem dúvida as múltiplas entidades de reconhecido mérito que vêm co-produzindo e apoiando o projecto, destacando-se, aqui, entre outras, o Ministério da Cultura, o Teatro Nacional São João, o Centro Cultural de Belém, o Teatro Viriato, a In Situ Rede Europeia para a Criação das Artes de Rua, a Próspero Rede Europeia de Teatros, a Fundação Calouste Gulbenkian e o IEFP/Cace Cultural do Porto.

SEX 20 MAI 23H

MÚSICA | BAR CTE 1,5€

FOLK | 90 MIN. | M/12

ACOUSTIC FRONT

THE GREAT PARK (UK) | BINOCULERS (ALE) | AZEVEDO SILVA (PT)

Guitarra e voz TGP: Stephen Burch

Guitarra e voz Bin.: Nadja Rudebusch

Guitarra e voz AS: Azevedo Silva

Violoncelo AS: Filipa

[bandcamp tgp]

[vídeo tgp]

[myspace bin.]

[bandcamp bin.]

[vídeo bin.]

[bandcamp as]

[vídeo#1 as]

[vídeo#2 as]

A música fala-nos a todos através de uma linguagem única, quer estejamos em Portugal, em Inglaterra ou na Alemanha. É precisamente numa conversa acústica que a Europa se encontra a três vozes, e onde somos convidados para dar um passeio em Hyde Park, pelas portas de Brandenburgo ou até ao Bairro Alto. Viva a aldeia global!

A Acoustic Front traz-nos The Great Part (UK), Binoculers (ALE) e Azevedo Silva (PT).

Stephen Burch (The Great Park) nasce no Sul de Inglaterra, mas passa a maior parte dos primeiros anos de vida a viajar um pouco por todo o lado, até que a sua família decide estabelecer-se na Irlanda rural. Na quinta da família, Stephen encontra um chalé em ruínas, mas com um quarto seco e quente o suficiente para poder fazer música. Uma velha guitarra acústica e o piano da família, vasos e correntes de metal. Imagens do campo, de quintas, animais, perseguição e escape - personagens aparecem e reaparecem em diferentes sítios, densas canções sobre viagem - o tema unificador é o do profundo drama e possibilidade dentro do Grande Parque.

Em 2009, The Great Park faz mais de 150 concertos pela Alemanha, Suiça, Dinamarca, Itália e Inglaterra. Dez álbuns estão disponíveis através da Woodland Recordings.

Binoculers significa sentir, pensar e ver de perto. Os personagens das suas histórias representam seres humanos de um mundo familiar, com pensamentos de abandono e permanência, confidência e auto-reflexão. De um olhar introspectivo às profundezas da alma humana para uma análise de um mundo externo, que é confrontado com curiosidade mas com igual dose de cepticismo.

Nadja Rudebusch (Binoculers) conduz o seu projeto a solo desde 2007. O seu álbum de estreia, "Every Seaman's got a favourite spaceship" foi lançado em edição de autor em Novembro de 2009. Desde então, Binoculers já deu mais de 100 concertos entre Portugal, Itália, Alemanha, Suiça, Inglaterra.

Fado indie: foi assim que a imprensa brasileira decidiu rotular a música do cantautor lisboeta Azevedo Silva aquando da passagem pelo Festival El Mapa de Todos onde teve o prazer de partilhar o palco com Marcelo Camelo (ex-Los Hermanos) e os Hurtmold.

Com três lançamentos consecutivos entre 2006 e 2008 (Clarabóia, Tartaruga e Autista), Azevedo Silva fez uma paragem maior que o normal e dedicou-se ao seu novo disco, Carrossel.

Se já no passado era identificável o seu tom urbano-depressivo, nesse campo manteve-se intacto e inalterável. Se o ouvinte procura o espelho do lado realista da vida citadina, deve parar e escutar este disco. O negro das melodias e das palavras continua lá, desta vez acompanhado por vários convidados dos You Can't Win, Charlie Brown; Gaza (If Lucy Fell, Men Eater) e Filipe Paszkiewicz, entre outros. A reter também a participação de Filipe Grácio, desta vez directamente dos EUA.

O mercado musical alterou-se e a sua visão também. Este é um disco que com menos temas, oferece mais de Azevedo Silva. Mais pessoal, mais humano e com um tema muito especial que serve de resposta a uma canção do Foge Foge Bandido de Manel Cruz.

SÁB 21 MAI 22H

MÚSICA | 10€ | 7,5€ C/DESC. HABITUAIS

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

EVENTO C/ SERVIÇO BABY SITTING | ATL P/A CRIANÇAS 4 A 10 ANOS [MARCAÇÃO PELO TEL. 234811300/ 925651668 ATÉ 2 DIAS ÚTEIS ANTES]

CANTAUTOR | 70 MIN. | M/4

APRESENTAÇÃO CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

SÉRGIO GODINHO

[myspace] sergiogodinhooficial

Sérgio Godinho é um músico. E na música engloba as palavras – nesse aspecto é um poeta; engloba o estar num palco – e nesse aspecto é um cantor; é também um compositor porque faz melodias e ritmos a partir de coisas que vai escolhendo. E um músico-intérprete utiliza tudo, as palavras, as melodias, o palco, não consegue compartimentar...

O cantor acaba por ser a consequência natural das canções serem compostas. É um pouco como um script de cinema, ou uma peça teatral, que só existem se forem representadas e para serem representadas.

Cantor, compositor, escritor (para adultos e crianças), actor (de teatro e cinema), realizador, Sérgio Godinho é, para citar uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”. Mas, numa carreira artística de invejável longevidade, que se prolonga há quase 40 anos de modo quase intocável, foi o seu trabalho enquanto cantor-compositor que o tornou num ícone capaz de reunir à volta das suas canções gerações de diferentes idades, vivências e aspirações.

“O Primeiro Dia”, “A Noite Passada”, “É Terça-Feira”, “Com um Brilhozinho nos Olhos”, “Espectáculo”, “Cuidado com as Imitações”, “Lisboa que Amanhece”, “Liberdade”, “Coro das Velhas”, “Dancemos no Mundo”, “Barnabé”, “O Velho Samurai” para apenas citar uma dúzia, atestam o seu talento para traduzir de modo pessoal, numa conjugação inseparável de palavras e melodias, experiências e emoções universais.

Sérgio Godinho não se centra apenas na música, aliás, no início dos anos 70, participa como actor durante quase dois anos, na produção parisiense do musical “Hair” e em 2008 estreia “Onde Vamos Morar” de José Maria Vieira Mendes, com encenação de Jorge Silva Melo, que esteve em cena em Lisboa e depois percorreu o país em digressão. É também na área infantil que se destaca, por exemplo, compondo temas para séries televisivas (“Os Amigos de Gaspar”, “Árvore dos Patafúrdios”) ou escrevendo a peça de teatro “Eu, tu ele nós vós eles” em 1980, premiada pela Secretaria de Estado da Cultura.

O cantautor também se revelou na escrita, não só de obras infanto-juvenis como “A Caixa” e “O Pequeno Livro dos Medos” (cujas ilustrações também lhe pertencem), como na poesia com a edição em 2009 de “O Sangue Por Um Fio”. É de destacar ainda a edição de “55 Canções de Sérgio Godinho” – um dos primeiros livros de partituras a ser editado em Portugal e a sua biografia musical, “Retrovisor”, escrita por Nuno Galopim.

Em Outubro de 2009, juntou-se a José Mário Branco e a Fausto Bordalo Dias para quatro noites que ficarão na história da música portuguesa – Três Cantos. Foram quatro noites com lotação esgotada no Campo Pequeno e Coliseu do Porto. Este reencontro ficou registado em CD e DVD com a edição de “Três Cantos ao Vivo”, que, na sua semana de edição, atingiu o Galardão de Ouro.

No final de 2010, Sérgio Godinho apresentou na Culturgest em Lisboa e na Casa da Música no Porto o espectáculo “Final de Rascunho”, onde o cantautor apresentou em primeira mão sons e visões de novas canções bem como de alguns temas inéditos em palco.

Sérgio Godinho prepara para 2011 o seu 21º disco de originais.

QUA 25 MAI | QUI 26 MAI | SEX 27 MAI 10H |14H30 | 21H

SERVIÇO EDUCATIVO | PARTICIPAÇÃO LIVRE [MEDIANTE INCRIÇÃO PRÉVIA – TEL. 234811300 | 92651668 | E-MAIL CINETEATRO@CM-ESTARREJA.PT]

ACTIVIDADE CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

EM VIAGEM - OFICINAS

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

Oficinas de formação em construção (de vime), movimento e interpretação destinadas a voluntários para participar no espectáculo comunitário Em Viagem, do Trigo Limpo Teatro Acert.

Podem também integrar-se outros criadores locais, por exemplo, bandas de música, corais, grupos de teatro de amadores, etc., a analisar caso a caso, conforme o interesse prévio demonstrado

Horário das oficinas – 10h às 13h e das 14.30h às 18h;

Horário dos ensaios com todos os intervenientes – 21h às 23h;

Dia da apresentação – horário a combinar com todos os intervenientes no espectáculo.

SÁB 28 MAI 22H

TEATRO | 5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

APRESENTAÇÃO CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

ESPECTÁCULO COMUNITÁRIO

EM VIAGEM

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

A proposta para este espectáculo comunitário tem por base uma narrativa dramatúrgica resultante do cruzamento do conto A Viagem de Sophia de Mello Breyner Andresen e a História Trágico-Marítima de Bernardo G. de Brito.

Trata-se de um espectáculo com um cenário e um elenco base do Trigo Limpo teatro Acert que integrará elementos da comunidade que terão uma formação em construção (de vime), movimento e interpretação nos três dias anteriores à apresentação.

Um casal (que pode lembrar os antigos descobridores) parte em viagem. Chegam a uma encruzilhada. Devemos estar a chegar – disse o homem. E continuaram.

Devemos estar enganados. Devemos ter vindo por uma caminho errado – disse a mulher. Com certeza que nos enganámos no caminho. O que é que vamos fazer?

- Seguir em frente. E seguiram…

Numa sucessão de enganos o casal acaba por chegar a vários sítios mas continua sempre a perder-se e não encontra nunca o caminho de regresso. Estes vários locais que encontra são as narrativas da história trágico-marítima.

“…e fomos até ter vista da ilha, mais por teima que por outra coisa e não achámos saída; e não achando saída fizemos um bordo de sudoeste para a contrabanda donde viemos, onde andámos quinze dias sem poder sair com muita chuva, vento e frio. E nisto andámos resgatando mantimento. E metemo-nos em um rio pequeno onde estivemos três dias. Aqui veio um filho do xeque da terra, a que eles chamam Feluz, e esteve falando com D. Luís, e trouxe de presente um galo e um pouco de arroz e lhe deram um barrete vermelho e mais um pedaço de pano vermelho pintado. E ao outro dia veio o pai e trouxe dois galos e um fardinho de arroz e levou outro barrete e uma bracelete de prata…”

DOM 5 JUN 16H

DANÇA | 2,5€ | ENTRADA LIVRE DE UM ACOMPANHANTE ADULTO POR CRIANÇA

EVENTO INFÂNCIA / FAMÍLIA [1.º DOM. MÊS] | 50 MIN. | M/6

APRESENTAÇÃO CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

A CASA

DE ALDARA BIZARRO

[site oficial] jangada.pt

Concepção, direcção e coreografia: Aldara Bizarro

Intérpretes: Alban Hall, Costanza Givone e Maria Radich

Vídeo: João Pinto

Música: Paulo Curado

Cenografia: Patrícia Colunas

Desenho de luz: Carlos Ramos

Apoio à criação vídeo: Dina Mendonça

Apoio dramatúrgico: Filipa Francisco

Colaboração: Ulla Janatuinen

Fotografia de divulgação: Rita Vieira

Ilustração: Margarida Botelho

Coordenação e produção: Andrea Sozzi e Rita Vieira

Produção: Jangada de Pedra

Co-Produção: Teatro Maria Matos, Artemrede, A Oficina/Centro Cultural Vila Flor, Teatro Municipal de Faro, Centro Cultural de Ílhavo

Apoios: Bazar do Vídeo, Câmara Municipal de Cascais, Carpintaria EngiFlanco, Clube Nacional de Ginástica, Liane Tecidos, Pollux, Sadorent, Tintas Hempel, La Redoute

Agradecimentos: Nathalie Mansoux e Teresa Costa

A Jangada de Pedra é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes

A Casa é um espectáculo de dança que gira em torno da casa ideal de cada um.

Alicerçada num conjunto de entrevistas recolhidas e filmadas em Estarreja - A Casa é assim construída a partir de um projecto elaborado com a arquitectura das vontades das muitas pessoas entrevistadas.

Pensada tanto para uma apresentação ao ar livre como no interior, A Casa convida-nos a entrar no espaço da memória, da construção e do desejo, transportando-nos simultaneamente para os lotes de terreno da utopia.

Neste processo criativo, a realização das entrevistas à população das localidades foi basilar. Quisemos encontrar, em cada um destes sítios por onde passámos, camadas de população muito diversas. Falámos com crianças, adultos e idosos, utentes de lares ou de instituições sociais, pessoas sem casa e também aquelas que são consideradas as mais importantes da terra. Entrevistámos também famílias e grupos de amigos, colectivamente. Fizemos três perguntas, de modo a ouvir as vontades e as realidades de cada um: “Qual é o sítio ideal para se viver?”, “Como vive actualmente?”, “De que histórias se lembra quando ouve a palavra casa?”. Partimos assim da imaginação para a realidade.

É com base nesta riqueza de respostas que foi construído o património desta casa. Ela tem um pouco das pessoas que encontrámos em cada uma das localidades onde estivemos e onde voltaremos, para devolver o que nos foi dado.

QUI 09 JUN 22H

MÚSICA | ENTRADA LIVRE [PRAÇA FRANCISCO BARBOSA*]

* NA EVENTUALIDADE DE MAU TEMPO PASSARÁ PARA O CTE

APOIO: MC/ DGARTES

INTEGRADO NAS FESTAS DE STO. ANTÓNIO, DA CIDADE E DO MUNÍCIPIO DE ESTARREJA

festim – festival intermunicipal de músicas do mundo

RITINHA LOBO (CABO VERDE)

[site oficial festim] festim.pt

[youtube]





Voz: Ritinha Lobo

Piano: Carlos Garcia

Baixo e guitarras: Yami

Bateria: Marito Marques

Ritinha Lobo, herdeira de um sobrenome consagrado na música de Cabo Verde, reflecte o espírito aberto da nova geração de vozes do arquipélago. Começa ainda criança a pisar os palcos, crescendo com o batuque, o funaná e as coladeras. Faz-se mulher e encarna a sensualidade da música cabo-verdiana. A morna faz parte dela, mas Ritinha abraça a África lusófona no seu repertório, para uma festa das sete partidas em português e em crioulo.

O seu espectáculo é uma abordagem aos vários géneros musicais, ligados aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops) mas também a alguma da aclamada Música Popular Brasileira.

O Batuque, o Funaná e as Coladeras reflectem Cabo Verde como ponto de partida, mas depois o Semba, o Chorinho de Angola, o Zuke das Antilhas, a Música Popular Brasileira e algumas músicas de outros países Africanos ligados á lusofonia, como Guiné-Bissau e Moçambique vão fazer parte desta viagem pela história da música cantada em português e nos vários dialectos que nela têm origem, num momento cheio de ritmo alegria e diversão como que a celebrar a vida…

Ritinha Lobo é natural da Ilha do Sal em Cabo-Verde e vem de uma família de músicos, a família Lobo, destacando-se o trovador Ildo Lobo, seu Tio. Integrou ainda em Cabo-Verde o grupo Mobafuco (morna, Batuque, Funaná e Coladera). Em 1999 recebeu uma bolsa de estudos para vir estudar música/canto com o Maestro Cortês Medina no Teatro São Carlos e a partir desta data reside em Lisboa.

Neste momento integra o projecto Muxima ao lado de Janita Salomé, Filipa Pais, Manuel D’Oliveira e Yami, numa homenagem ao mítico Duo Ouro Negro.

SÁB 18 JUN 22H

MÚSICA | 5€ | 3,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

PASSE GERAL FESTIM CTE | 12€ | 8€ [C/DESC. HABITUAIS]

EVENTO C/ SERVIÇO BABY SITTING | ATL P/A CRIANÇAS 4 A 10 ANOS [MARCAÇÃO PELO TEL. 234811300/ 925651668 ATÉ 2 DIAS ÚTEIS ANTES]

APOIO: MC/ DGARTES

EVENTO COMEMORATIVO DO 6.º ANIVERSÁRIO DA REABERTURA DO CINE-TEATRO

festim – festival intermunicipal de músicas do mundo | M/3

LE TRIO JOUBRAN (PALESTINA)

[site oficial festim] festim.pt

[site oficial ltj]

[youtube]





Alaúdes: Samir Joubran, Wissam Joubran, Adnan Joubran

Percussões: Yousef Hbeisch

O alaúde está para a música árabe como a guitarra portuguesa para o fado. Os três irmãos Joubran são os inspirados herdeiros de uma tradição familiar ligada àquele instrumento. Nascidos na cidade bíblica de Nazaré, os virtuosos Samir, Wissam e Adnan improvisam com absoluta excelência e imprimem uma incomparável intensidade à sua música, ao mesmo tempo que conquistam grande notoriedade internacional.

A percussão é garantida pelo mestre Youssef Hbeisch que enriquece as composições do Trio por ritmos e notas encantadoras.

Um concerto deste trio é uma experiência irrepetível.

Le Trio Joubran, três irmãos descendentes de uma família de construtores de alaúdes e tocadores desde há quarto gerações... o bisavô, o avô, o pai e agora, Samir, Wissam e Adnan transformaram este instrumento numa paixão, numa arte, numa vida... A sua mestria do alaúde é singular, assim como a harmonia e sincronização com que eles apresentam por todo o mundo, perante diferentes públicos unidos pela autenticidade e excelência do Trio.

Le Trio Joubran, três irmãos da Palestina, músicos conhecidos a nível mundial, progridem na sua arte graças a um grande esforço individual e colectivo e ao profundo amor e respeito pela música e pelo público.

DOM 19 JUN 16H

SEG 20 JUN 10H30 | 14H30 [ESCOLAS*]

TEATRO AMADOR | 2,5€

*RESERVAS P/A ESCOLAS ATRAVÉS DO SITE WWW. [MENU BILHETEIRAONLINE -> PRÉ-RESERVA] | ENTRADA LIVRE DE PROFESSORES

SERVIÇO EDUCATIVO | GRUPO I DE FORMAÇÃO DE TEATRO | 75 MIN. | M/4

AS AVENTURAS DE UM PINÓQUIO

A PARTIR DO CLÁSSICO DE CARLOS COLLODI

Encenação e adaptação do texto: Paula Alexandra Carreira

Elenco: Grupo I (infantil) de Formação de Teatro

Seria mais uma noite silenciosa na aldeia de Galaró, caso o velho Gepeto não resolvesse criar a sua obra-prima, à qual deu o nome de Pinóquio.

Apesar de incomodados e de certa forma curiosos com o novo intruso, os habitantes da aldeia resolveram por mãos à obra. A fada Desejos apareceu, amiga de Galita nas horas vagas e com um simples gesto de magia realizou o sonho de Gepeto, tornar Pinóquio numa criança de verdade.

As aventuras e desventuras porão à prova a valentia, lealdade e honestidade de Pinóquio, virtudes indispensáveis para se tornar naquilo que ele pretende ser, um menino como os outros.

QUA 22 JUN 22H

MÚSICA | 7€

CABARET-ROCK | 90 MIN. | M/12

ROUGE

[myspace] rougeoficial

[youtube]

Guitarra eléctrica e voz: João Fino

Guitarra eléctrica: Victor Hugo

Baixo e contrabaixo eléctrico: Alexandre Mano

Bateria: Marco Pinho

Actores/ Voz: Bruno dos Reis, Filipa Portela, Catarina Miranda

Rouge é uma banda com componente teatral. Música e teatro no convés de uma nave de sonhos.

9 Musicas, 9 histórias teatralmente interpretadas.

É um espectáculo visual e musicalmente muito forte, um concerto encenado ao estilo cabaret-rock, com uma estética inspirada na banda desenhada e pelo kabuki, o teatro japonês.

Contam-se e cantam-se poetas portugueses a par de letras originais, num trabalho de raiz do actor músico e encenador João V. Fino, que quis juntar no palco as suas 3 grandes paixões: música, teatro e desenho. Juntamente com 3 músicos, 2 cantoras/actrizes e um actor, foi construído um projecto muito especial que quer agora revelar-se em palco.

Rouge é uma experiencia de puro entretenimento e qualidade, um trabalho de fusão único em Portugal.

Rouge nasce de uma necessidade urgente, emergente de elevar os pés ao penar no lodo, de olhar para além da vitrina, de soar a um país.

Rouge nasce de um amor crescente de troar, de rugir o bater do coração. Nasce da irrequietude das mãos, que dançam nas cordas quando a nação insistentemente dorme.

Rouge, vermelho como o nariz de um clown, como o esfumatto rúbio nas maçãs do rosto das moças, como sangue na melodiosa ferida de um poema. É arriscado o cantar da alma, um número de trapézio a enfunar as velas aos ventos do presente, erguer a popa e proa acima do lamaçal.

Eis então a nave dos loucos, uma arca de arte.

Não é uma revolução, é a vida dentro de uma canção

Eis como Rouge navega o mundo, como reconstrói sobre os destroços de um naufrágio.

SEX 24 JUN 22H

MÚSICA | 5€ | 3,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

PASSE GERAL FESTIM CTE | 12€ | 8€ [C/DESC. HABITUAIS]

EVENTO C/ SERVIÇO BABY SITTING | ATL P/A CRIANÇAS 4 A 10 ANOS [MARCAÇÃO PELO TEL. 234811300/ 925651668 ATÉ 2 DIAS ÚTEIS ANTES]

APOIO: MC/ DGARTES

festim – festival intermunicipal de músicas do mundo | M/3

CARLOS NUÑEZ (GALIZA/ESP.)

[site oficial festim] festim.pt

[site oficial cn] carlos-

[youtube]

Gaitas, flautas e ocarinas: Carlos Núñez

Bouzouki: Pancho Alvarez

Percussão: Xurxo Núñez

Carismático e brilhante gaiteiro galego, Carlos Nuñez é um dos grandes nomes do Festim 2011. A aura mágica da sua música não é mais que uma certa representação da cultura celta, esse mítico mundo de magos, druidas, dólmenes e menires. Nuñez tem uma obra intemporal e uma carreira que falam por si, sendo ele próprio um ícone internacional da gaita-de-foles, instrumento com cuja magia encantará as plateias do festival intermunicipal de músicas do mundo.

Ao longo destes anos, Carlos Núñez já vendeu mais de um milhão de discos em todo o mundo, obteve o Prémio Ondas, duas candidaturas aos Grammy latinos e galardões em todo o mundo. Foi nomeado Embaixador Europeu do Meio Ambiente e actuou em Roma perante dois milhões de pessoas convocadas pelo Papa.

Carlos Núñez é considerado internacionalmente como um músico extraordinário, dos mais sérios e brilhantes do mundo… Aos oito anos, Carlos decidiu aprender com os velhos mestres os segredos da música tradicional e da gaita e aos 12 já foi convidado a tocar como solista com a Orquesta Sinfónica de Lorient.

Tem sido definido como “a única estrela planetária da gaita” (Libération), “o novo rei dos celtas” (El País), “o Jimi Hendrix da gaita” (Billboard), “o gaiteiro de ouro” (El Mundo), “artista duma musicalidade sobresselente e dum talento inteligente” (Folk Roots), “gaiteiro como se tocasse Coltrane ou Hendrix” (The Guardian).

SEX 1 JUL 22H

MÚSICA | 1.ª PLATEIA 15€ | 2.ª PLATEIA E BALCÃO 12€

BILHETES À VENDA NO LOCAL, EM CTE.BILHETEIRAONLINE.PT, NAS FNACS E NOS CTT

POP-ROCK | 75 MIN. | M/6

FOGE FOGE BANDIDO

[site oficial]

[facebook] ffbandido

Voz, guitarras, samplers, teclados e cassetes: Manel Cruz

Baixo acústico e eléctrico, melódica e voz: Eduardo Silva

Guitarras, sintetizadores, samplers e voz: Nuno Mendes

Bateria, percussões, samplers, serrote e flauta transversal: Nicô Tricot

Percussões, laminas, xilofones e teclados: António Serginho

Depois dos Ornatos Violeta, Pluto e Supernada, Manel Cruz regressa aos palcos com o projecto Foge Foge Bandido. Resultado de muitas experiências e partilhas, O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu Que Estraguei é um livro com dois CD – uma obra – que pode ser visto como um filme, em que as músicas e as histórias desenham narrativas imaginárias e estabelecem uma comunhão entre a identidade do autor, intérprete dos seus sentimentos, e do ouvinte, intérprete do intérprete segundo os seus sentimentos.

Um projecto que nasce da espontaneidade e cuja multiplicidade de instrumentos utilizados demonstra a liberdade e a predisposição de Manel Cruz e todos os músicos, amigos (pessoas e animais), desconhecidos e família com que ele se cruzaram ao longo do processo de criação desta obra.

“O Foge Foge Bandido foi um namoro de acasos, descobrir a música das pessoas e não dos músicos e atribuir ao tempo a tarefa de seleccionar o material. Foi tentar ao máximo expressar o processo, com a consciência, claro, de que o acaso se estende ao próprio entendimento desse processo e de que se calhar não percebi nada”

Manel Cruz

Texto de Lia Pereira da “Blitz” sobre a apresentação de Foge Foge Bandido

Começou com um bem-vindo miminho, o reencontro de Manel Cruz com o público lisboeta, após um não muito longínquo concerto no São Jorge, em Junho do ano passado . Frente a uma Aula Magna cheia, e com cerca de meia hora de atraso (suspeitamos que mercê do desaire europeu do Benfica), um dos músicos de culto mais estimados da sua geração surgiu em palco, com uma banda de quatro multi-instrumentistas, e logo à segunda canção atacou "Borboleta", uma das mais populares faixas do primeiro, e singular, trabalho do projecto Foge Foge Bandido, O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu que Estraguei . Surpreendente? Sim, na medida em que, algo enfadado por aquela ser a única música do disco-livro a merecer exposição radiofónica, Manel Cruz havia-se, em vários concertos do Bandido, recusado a dar asas à Borboleta. Ontem à noite, não se fez rogado e ofereceu o "brinde" logo no arranque do espectáculo - o que, de resto, não tirou qualquer encanto às duas horas de música que se seguiram ao simpático começo.

O primeiro de uma série de concertos por auditórios portugueses, o espectáculo de ontem à noite, na Aula Magna, demonstrou a veracidade do que Manel Cruz vinha anunciando, recentemente, em entrevistas. O Bandido cresceu e está diferente do que o víramos em Santa Maria da Feira, na estreia absoluta e acabrunhada do projecto , ou mesmo em Paredes de Coura, no Verão passado . Uma das maiores novidades prende-se com o facto de Manel Cruz tocar, agora, de pé: pode parecer pormenor de somenos importância, mas transfere desde logo uma maior energia para a plateia (ontem atenta e calorosa, mas longe dos excessos interventivos do concerto do São Jorge, por exemplo). Geralmente encarregado da guitarra, acústica e eléctrica, Manel Cruz também deitou uma mãozinha aos teclados, à harmónica e até, já na recta final do concerto, durante a divertida "Eleva!", que sampla o discurso apoteótico de um pastor brasileiro, aos pratos da bateria. O homem de São João da Madeira esteve, ontem à noite, particularmente aguerrido e confortável em palco, o que conferiu às músicas, por vezes enigmáticas, de um disco labiríntico um novo vigor - quase como se as suaves aguarelas se tivessem transformado em desenhos com marcadores Molin.

Também a fluidez entre as canções, que vão das intimistas "Foi No Teu Amor" ou "Meu Amor Está Perto" ao rock gingão e airoso de "Eu Podia Estar Mais Perto" (tocada ao vivo pelos Pluto) e "Acorda Mulher", foi trabalhada pela banda. As pausas são agora menos pronunciadas, como se as peças, ainda minuciosas mas menos miudinhas, deste puzzle encaixassem agora com mais facilidade. É essa nova noção de conjunto que permite a Manel Cruz e à sua banda - onde militam Eduardo Silva, dos Pluto, e Nicolas Tricot, colaborador do também ex-Ornatos Nuno Prata - saltitarem com notável equilíbrio entre o burlesco de "Canção Zero", a reflexão algo Radioheadiana de "As Nossas Ideias", o faduncho de "Falso Graal" ou a bela "Tempo Sem Mentira", com o público a substituir-se ao sample das gaivotas que o Bandido se esquecera de trazer de casa.

Apoquentado pelo "calorão" que se fazia sentir na Aula Magna, Manel Cruz acabaria também por livrar-se da camisola e tocar de tronco nu durante boa parte da noite o que, a par da postura combativa e do embrulho mais dinâmico de algumas músicas (é o caso do single "Canção da Canção Triste"), transportou a memória de muitos para tempos pintados de violeta.

Tal como o disco-livro, os concertos de Foge Foge Bandido são uma experiência em curso, até agora aparentemente bem sucedida. Em entrevista ao Correio da Manhã, Manel Cruz dizia esta semana que, apesar de só ter vendido 2500 exemplares do álbum, obteve "um maior retorno" do que no tempo dos Ornatos Violeta . A satisfação do artista com a sua independência e com o carinho do público que, a julgar pelas reacções entusiastas a várias canções, soube fazer seu um disco menos convencional, esteve sempre evidente na noite de ontem, fazendo da primeira visita do Bandido à Aula Magna uma experiência prazerosa para banda e espectadores.

A fechar o serão, "Sempre a Pensar", o terno/amargo hino "Canção da Lua" e "Quem Sabe" puseram um ponto final parágrafo num belo capítulo da história ao vivo do Foge Foge Bandido. Perfeccionista como o conhecemos, Manel Cruz poderá até pensar que o espectáculo não está, ainda, no ponto - mas como ficou provado entre o primeiro concerto que do projecto vimos e o mais recente, o caminho também conta, e de que maneira.

Lia Pereira

Bio

Manel Cruz – Ornatos Violeta, Pluto, Supernada…

Eduardo Silva – Pluto, DEP, Zelig…

Nuno Mendes – Bandemónio, Bombazines…

Nicô Tricot – Red Wings Mosquito Stings, Nuno Prata, Zelig…

António Serginho – Druming, Zelig…

SÁB 2 JUL 22H

MÚSICA | 5€ | 3,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

PASSE GERAL FESTIM CTE | 12€ | 8€ [C/DESC. HABITUAIS]

APOIO: MC/ DGARTES

festim – festival intermunicipal de músicas do mundo | M/3

LA TROBA KUNG-FÚ (CATALUNHA/ESP.)

[site oficial festim] festim.pt

[site oficial ltkf]

[myspace] latrobakungfu

[youtube]





Concertina e voz: Joan Garriga

Guitarra espanhola: Miguel Serviole ‘Muchacho’

Baixo eléctrico: Marià Roch

Bateria: Pep Terricabras

Os catalães La Troba Kung-Fú trazem ao CTE a sua bombástica fusão de rumba catalã com os ritmos da cumbia ou do reggae, num concerto com sentido único para a festa.

Músicos de um grupo catalão que deu brado na última década - os Dusminguet -, La Troba Kung-Fú garantem um cocktail explosivo de música para ouvir até dançar!

Um concerto de inspiração mediterrânica a partir da cosmopolita e frenética Barcelona. Uma pedalada que só visto!

SÁB 9 JUL 21H30

MÚSICA | 5€

90MIN | M/6

6º FESTIVAL DA CANÇÃO DA BVS

[site oficial]

[site maestro]

Violinos, violoncelos, guitarras, piano: Banda Visconde de Salreu e Convidados

Direcção Musical : Maestro Afonso Alves

A Banda Visconde de Salreu apresenta o seu 6º Festival da Canção.

Com uma qualidade musical e de interpretação manifestamente em crescendo, a Banda tem como principal objectivo superar edições anteriores.

Serão 10 as canções seleccionadas e que irão desfilar no palco do Cine-Teatro. Os arranjos musicais serão da responsabilidade do Maestro Afonso Alves.

Procurar novos talentos, dar a conhecer novos compositores, estimular e desenvolver a produção nacional de canções populares, são o compromisso da Banda Visconde de Salreu, sustentado no empenho  e na responsabilidade que esta Banda coloca em cada trabalho que propõe.

SÁB 16 JUL 21H30

VARIEDADES | 3€

M/3

3º FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS

FESTIVAL ARTES PELAS ARTE

Organização: Espaço Dartes - Associação de Ginástica e Cultura de Estarreja (AGCE)

Grupos Participantes: Alunos do Espaço Dartes e outros grupos convidados

Um encontro entre as artes é o objectivo principal desta iniciativa.

Uma mostra de performances artísticas de “gentes” da terra e de outras que residem noutros cantos do país.

Não há limite de idade para participar e muito menos para assistir. Pretende-se boa disposição entre as partes que compõe o todo num festival onde torne a reinar a mesma animação, ou ainda maior, à semelhança do que aconteceu no ano anterior.

Uma organização do Espaço Dartes - Associação de Ginástica e Cultura de Estarreja (AGCE) e de todos aqueles que queiram que a cultura mais uma vez aconteça em terras do Antuã.

SERVIÇO EDUCATIVO

OFICINA DE MOVIMENTO/DANÇA & DESENHO

NAS LINHAS DO CORPO

10€ [INCLUI TODAS AS SESSÕES]

ACTIVIDADE CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

CALENDARIZAÇÃO

SEG 11 ABR ATÉ SEX 15 ABR 10H00 E 15H00 (PÁSCOA) PARA CRIANÇAS DO 2.º E 3.ºCICLO (10 AOS 14 ANOS)

SEG 4 JUL ATÉ SEX 8 JUL 10H00 E 15H00 PARA CRIANÇAS DO 1.º CICLO (6 AOS 10 ANOS)

Autoria, direcção Artística e pedagógica: Yola Pinto

Coordenação e produção: Yola Pinto e CultIdeias

Orientação: Vera Lopes

Partindo de ideias e formas de fazer originários da área do Desenho e do Movimento Contemporâneo, vamos experimentar as semelhanças entre ambos, através da exploração de diversas formas de percepção, acção e composição dos materiais descobertos.

O corpo humano será o tema principal desta pesquisa, a partir de cujas linhas se pretende descobrir novas danças no papel, no espaço e nos figurinos.

Um corpo completo, flexível, e em constante transformação que vai brincando com estas duas formas de expressão para contar as suas (muitas) histórias!

Este projecto educativo surge na consequência de vários anos de pesquisa a propósito das ligações entre o corpo, o seu movimento e as artes plásticas.

OBJETIVOS /METODOLOGIA

-Explorar várias temáticas como o peso, a velocidade, a densidade e a intenção do ponto de vista da pedagogia do movimento e do ponto de vista da expressão plástica.

- Transportar as recordações de movimentos no espaço para o papel.

O olhar torna-se sensação, a sensação torna-se gesto e o gesto deixa uma marca na superfície do papel ou outras.

- Criação de exercícios que trabalham o mesmo tema com disciplinas diferentes, criando estímulos uma para a outra, visando a INTERDISCIPLINARIDADE.

- Experimentação dos vários sentidos e a capacidade de estabelecer contacto emocional com o trabalho quer de desenho quer de movimento.

A acção conta com 10 sessões de duas horas cada, nas manhãs e tarde de uma semana completa. Para dar sustentabilidade ao trabalho a desenvolver com o grupo de crianças, estas devem participar em todas as sessões desta actividade. No final do mesmo, se assim entenderem, as crianças poderão experimentar apresentar o seu trabalho à comunidade.

SÁB 14 MAI 11H

SERVIÇO EDUCATIVO | ENTRADA LIVRE PARA PORTADORES DE ENTRADA PARA QUARTO INTERIOR [MEDIANTE INCRIÇÃO PRÉVIA]

150 MIN. | M/16

ACTIVIDADE CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, O NOVO NORTE

QUARTO INTERIOR - OFICINA

CIRCOLANDO

Formador: André Braga

No princípio do nosso teatro dançado temos um tema. Um universo de poemas e de imagens.

Logo a seguir, impõe-se a matéria, o objecto. Por exemplo a cadeira, a palha ou o arroz.

O objecto e um modo particular de o abordar. Com o corpo. Com o corpo que dança.

Com vários exercícios e propostas de improvisação, a Circolando partilhará com o grupo de participantes este modo de fazer um teatro dançado.

Quarto Interior dará o universo de pesquisa nesta oficina onde se procurará um quarto miniatura. Um quarto construído pelo corpo para o corpo. O ninho, a toca, o casulo. A casa do ser encolhido, do ser protegido. A morada animal dos sonhos. Dos sonhos de pássaros. Sonhos com flores e neve de arroz. Com árvores e campos para semear.

QUA 25 MAI | QUI 26 MAI | SEX 27 MAI 10H |14H30 | 21H

SERVIÇO EDUCATIVO | PARTICIPAÇÃO LIVRE [MEDIANTE INCRIÇÃO PRÉVIA – TEL. 234811300 | 92651668 | E-MAIL CINETEATRO@CM-ESTARREJA.PT]

ACTIVIDADE CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

EM VIAGEM - OFICINAS

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

Oficinas de formação em construção (de vime), movimento e interpretação destinadas a voluntários para participar no espectáculo comunitário Em Viagem, do Trigo Limpo Teatro Acert.

Podem também integrar-se outros criadores locais, por exemplo, bandas de música, corais, grupos de teatro de amadores, etc., a analisar caso a caso, conforme o interesse prévio demonstrado

Horário das oficinas – 10h às 13h e das 14.30h às 18h;

Horário dos ensaios com todos os intervenientes – 21h às 23h;

Dia da apresentação – horário a combinar com todos os intervenientes no espectáculo.

PROJECTO DE INICIAÇÃO TEATRAL

OFICINA DE TEATRO PARA CRIANÇAS QUE AINDA NÃO CONSEGUEM CHEGAR AO PUXADOR DA PORTA

10€ [INCLUI TODAS AS SESSÕES]

ACTIVIDADE CO-FINANCIADA PELA UE/ FEDER, QREN, MAIS CENTRO, INALENTEJO, POR LISBOA, O NOVO NORTE

CALENDARIZAÇÃO

SEG 27 JUN ATÉ SEX 1 JUL 10H00 E 15H00 PARA CRIANÇAS DO PRÉ-ESCOLAR (3 AOS 5 ANOS)

Direcção Artística e Pedagógica: Bibi Gomes

Coordenação e produção: Teatro Extremo

Supervisão artística e acompanhamento pedagógico das oficinas e dos monitores: Paula Só e Luzia Paramés

Projecto educativo na área da iniciação teatral, com os objectivos de explorar várias temáticas relacionadas com o teatro; promover a experimentação da expressão dramática e da representação simbólica e estimular os afectos, a autonomia e a criatividade.

A actividade é organizada em 6 Oficinas: Oficina de Histórias, Oficina de Som e Música, Oficina de Maquilhagem, Oficina de Figurinos, Oficina de Cenários e Oficina de Iluminação.

A acção conta com 10 sessões nos dias e horas acima indicados. Para dar sustentabilidade ao trabalho a desenvolver com o grupo de crianças, estas devem participar em todas as sessões desta actividade. No final do projecto, se as crianças assim o determinarem, será realizada uma apresentação pública do trabalho desenvolvido.

SEG ~ SEX 10H00 | 14H00

SERVIÇO EDUCATIVO | PARTICIPAÇÃO LIVRE DE GRUPOS ORGANIZADOS MEDIANTE MARCAÇÃO COM PELO MENOS 5 DIAS ÚTEIS DE ANTECEDÊNCIA PELO TEL. 234811300/ 925651668 | 60 MIN.

VISITAS GUIADAS AO CINE-TEATRO

DESCOBERTA INTERACTIVA

EXIBIÇÃO DE VÍDEO-DOCUMENTÁRIO

Com o objectivo de dar a conhecer o espaço do Cine-Teatro de Estarreja e o processo que leva à sua transformação em palco de espectáculos, as visitas guiadas apresentam esta casa de sonhos, onde a magia também acontece…

Este projecto pretende que os visitantes iniciem uma viagem ao seu imaginário, conhecendo os espaços que compõe o Cine-Teatro de Estarreja, apelando à descoberta interactiva dos mesmos: os camarins e bastidores, o palco, as régies técnicas e de projecção, a administração, a função da programação e da produção, o funcionamento das diversas estruturas, os espaços desconhecidos do público, etc.

Esta descoberta visa dar a conhecer o Cine-Teatro no seu conjunto, divulgando a sua história e as valências culturais e artísticas deste espaço. Pequenos palcos do conhecimento, não visíveis aos espectadores em qualquer espectáculo deste espaço cultural.

No final da visita será proporcionado aos grupos o visionamento de um Vídeo-documentário, especificamente produzido para este efeito, sobre a história do Cine-Teatro de Estarreja, contendo depoimentos de antigos funcionários desta sala.

FILMES EM EXIBIÇÃO

|PROGRAMAÇÃO |DIA |HORA |FILME |

|C |DOM 3 ABR |16h00 |TRON: O LEGADO |

| | |21H30 | |

|C |DOM 10 ABR |16h00 |UM ANO MAIS |

| | |21H30 | |

|C - REDE-ICA | CCA |DOM 17 ABR |21H30 |BIUTIFUL |

|C - REDE-ICA | CCA |DOM 1 MAI |21H30 |MIRAGEM |

|C |DOM 8 MAI |21H30 |THE FIGHTER - ÚLTIMO ROUND |

|C - REDE-ICA | CCA |DOM 15 MAI |21H30 |ELLEKTRA |

|C |SEX 20 MAI |21H30 |CISNE NEGRO |

| |DOM 22 MAI |16H00 | |

| | |21H30 | |

|C |DOM 29 MAI |21H30 |127 HORAS |

|C - REDE-ICA | CCA |DOM 19 JUN |21H30 |TU, QUE VIVES |

|C |DOM 26 JUN |16h00 |INDOMÁVEL |

| | |21H30 | |

|C |DOM 3 JUL |10H30 |RANGO - VERSÃO PORTUGUESA |

| | |16h00 | |

| | |21H30 | |

|C |SEX 8 JUL |21H30 |O DISCURSO DO REI |

| |DOM 10 JUL |21H30 | |

C - CINEMA [SEXTAS-FEIRAS: 21H30 | DOMINGOS: 16H00 E 21H30]

3,5€ | 2,5€ C/ DESCONTOS HABITUAIS

CI/F - CINEMA INFÂNCIA / FAMÍLIA [1.º DOMINGO DE CADA MÊS: 10H30 | 16H00, OU SUBSTITUÍDO POR ESPECTÁCULO]

2,5€ | ENTRADA LIVRE DE UM ACOMPANHANTE ADULTO POR CRIANÇA

CS - CINEMA SÉNIOR [3.º DOMINGO DE CADA MÊS: 16H00, OU SUBSTITUÍDO POR ESPECTÁCULO]

1,5€ | ENTRADA LIVRE PARA +55 ANOS

REDE-ICA | CCA – Exibição de Filme com Apoio do Programa Rede - ICA concedido ao Cine-Clube de Avanca.

A calendarização desta programação poderá ser alterada ou substituída pela apresentação de espectáculos com outras condições de acesso. É favor consultar a agenda de actividades do Cine-Teatro em .

PACOTES DE BILHETES CINEMA

PASSE CINEMA [VEJA 5 FILMES, PAGUE 4]

14€ | 10€ [C/DESC. HABITUAIS]

O PASSE NÃO TEM PRAZO DE VALIDADE E É ADMITIDA UMA ENTRADA POR SESSÃO

SINOPSES DOS FILMES

DOM 3 ABR 16H | 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

TRON: O LEGADO

TRON: LEGACY

Site oficial:

IMDB:

Realizador: Joseph Kosinski

Actores: Jeff Bridges, Garrett Hedlund, Olivia Wilde, Bruce Boxleitner, James Frain, Michael Sheen

Género: Acção, Aventura, Ficção Científica

País de Origem: EUA

Ano: 2010

Duração: 125 Min.

Idade: M/12

Sam Flynn é filho de Kevin Flynn, um programador informático que, há duas décadas, desapareceu sem deixar rasto. Quando Alan Bradley, o sócio do pai, recebe uma estranha mensagem de Kevin, decide informar Sam.

Este, nas suas investigações, dá por si digitalizado e transportado para dentro do computador, encontrando-se num mundo cibernético comandado pelo despótico Clu, onde o seu pai se encontra aprisionado há vinte anos... Os dois vão reencontrar-se e, ajudados por Quorra, tentar regressar ao mundo real.

Dos estúdios Disney, é a primeira obra de Joseph Kosinski, sequela do filme de 1982 Tron que foi a primeira obra a recorrer extensamente a efeitos visuais criados por computador. Jeff Bridges retoma o papel que criou no filme original.

DOM 10 ABR 16H | 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

UM ANO MAIS

ANOTHER YEAR

Site oficial:

IMDB:

Realizador: Mike Leigh

Actores: Jim Broadbent, Lesley Manville, Ruth Sheen, Oliver Maltman, Peter Wight, David Bradley, Imelda Staunton

Género: Drama, Comédia

País de Origem: RU

Ano: 2010

Duração: 130 Min.

Idade: M/12

Um casal de meia-idade com um casamento feliz vai dando apoio aos problemas dos que lhes estão próximos. O drama é narrado em quatro actos que combinam com as estações do ano: na Primavera, a visita de uma amiga do casal que se encontra a passar por uma crise de meia-idade; no Verão, a chegada de um amigo de longa data, alcoólatra e esperançoso por uma oportunidade no amor; no Outono, o filho do casal apresenta a nova namorada, e talvez, futura esposa; no Inverno, o irmão do protagonista tenta superar uma depressão depois do falecimento da esposa.

Ao sabor das estações do ano, eles vão oferecendo conforto a quem os procura, ao mesmo tempo que vão revelando um pouco mais sobre si próprios. O novo filme do realizador inglês Mike Leigh (Nu, Segredos e Mentiras, Vera Drake) estreou a concurso na Selecção Oficial de Cannes de 2010 e acaba foi nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Original.

DOM 17 ABR 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

BIUTIFUL

Site oficial:

IMDB:

Realizador: Alejandro González

Actores: Javier Bardem, Maricel Álvarez, Hanaa Bouchaib, Guillermo Estrella, Eduard Fernández, Cheikh Ndiaye, Diaryatou Daff

Género: Drama

País de Origem: MEX/ESP

Ano: 2009

Duração: 145 Min.

Idade: M/16

Esta é a história de Uxbal, um homem em conflito, que luta para reconciliar a paternidade, o amor, a espiritualidade, o crime, a culpa e a mortalidade entre o perigoso submundo da Barcelona moderna. O seu meio de subsistência é ganho com biscates, os seus sacrifícios pelos filhos não têm limites.

Amor e espiritualidade, crime e culpa, conjugam-se para levar Uxbal, com negócios escuros na exploração de imigrantes ilegais e uma suposta capacidade de comunicar com os mortos, até ao seu destino de herói trágico...

"É um requiem", resume o realizador Alejandro González Iñárritu (Babel, 21 Gramas, Amor Cão). O filme, nomeado nos EUA para um Globo de Ouro para melhor filme estrangeiro, valeu ao oscarizado Bardem o prémio para melhor actor no festival de Cannes.

DOM 1 MAI 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

MIRAGEM

ILUZIJA

IMDB:

Realizador: Svetozar Ristovski

Actores: Marko Kovacevic, Mustafa Nadarevic, Vlado Jovanovski, Nikola Djuricko, Dejan Acimovitc, Martin Jovchevski, Slavica Manaskova, Elena Mosevska

Género: Drama

País de Origem:

Ano: 2004

Duração: 107 Min.

Idade:

Miragem é uma bela e trágica história de um aluno talentoso que é levado ao desespero pelo vandalismo, negligência e traição presentes na Macedónia contemporânea. O mundo do Marko está a desabar à sua volta. O jogo e o álcool arruinam a vida em casa, enquanto que rufias sem escrúpulos tornam a escola insuportável. O seu professor encoraja-o a entrar numa competição de poesia que lhe poderia valer uma viagem a Paris, ou seja, a esperança de escapar ao mundo desgastado em que nasceu. Mas uma traição impossível e à medida que as circunstâncias vão piorando, Marko encontra um outro modelo de vida: um mercenário que lhe explica que na vida é preciso matar ou ser morto.

Grande prémio nos festivais de Anchorage e Roterdão. Premiado em Avanca e Zlin. Em complemento: Dá-me Luz, uma curta-metragem de animação de Sérgio Nogueira.

DOM 8 MAI 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

THE FIGHTER - ÚLTIMO ROUND

Site oficial:

IMDB:

Realizador: David O. Russell

Actores: Mark Wahlberg, Christian Bale, Amy Adams, Melissa Leo, Jack McGee, Melissa McMeekin e Bianca Hunter

Género: Drama, Biografia

País de Origem: EUA

Ano: 2010

Duração: 115 Min.

Idade: M/12

Nas resolutas ruas da classe operária de Lowell, Massachusetts, Dicky Ecklund era outrora conhecido como o “Orgulho de Lowell”, tendo aguentado um combate até ao fim com Sugar Ray Leonard. Porém, após perder o combate, Dicky mergulha em tempos difíceis, tal como a cidade de Lowell. Os seus dias de pugilista ficam para trás e a sua vida é desfeita pelo consumo de droga. Entretanto, o irmão mais novo, Micky Ward, que viveu toda a vida na sombra do irmão, tornou-se no pugilista da família. A sua namorada, Charlene, consegue que ele se afaste da sua complicada família e deixe Dicky entregue aos seus problemas. Mas quando Micky consegue uma última oportunidade para um derradeiro grande combate, volta a família e volta Dicky.

Entre outras distinções, o filme de David O. Russell já arrecadou dois Globos de Ouro (para os actores Christian Bale e Melissa Leo) e os Óscares para melhor actor secundário (Bale) e actriz secundária (Leo).

DOM 15 MAI 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

ELLEKTRA

IMDB:

Realizador: Rudolf Mestdagh

Actores: Julien Schoenaerts, Matthias Schoenaerts, Axelle Red

Género: Crime, Drama

País de Origem: BEL

Ano: 2004

Duração: 103 Min.

Idade:

Depois de um trágico acidente, várias pessoas perdem o seu dom natural. Debaixo do misterioso nome Ellektra em mensagens SMS, uma jovem reúne estas pessoas e procura consolá-las.

Por causa destes acidentes fatais, 5 pessoas perdem o seu amor à vida. Um DJ fica surdo, uma perfumista perde o odor, todos perdem o sentido da sua vida, incluindo Sam. A filha de Sam morreu depois de um trágico acidente de carro e a mãe tornou-se toxicodependente, mas ao encontrar a misteriosa Ellen (de 16 anos de idade), ela ganha um novo alento. Pouco a pouco, Sam reconhece que o destino de Ellen é ajudar as pessoas. As perdas de uns podem compensar os dons de outros. Juntos crescem mais fortes e dão um novo rumo às suas vidas.

Evocando outros filmes negros como Amores Perros e Magnólia, inspirado nos pesadelos poéticos ao jeito de Lynch, no romantismo tragicómico de Jeunet e nas personagens caricatas/ surpreendentes de Almodôvar, eis o mundo surrealista de Ellektra. Distinguido com 9 prémios nos festivais internacionais de Avanca, B-M New York, Cyprus, Syracuse e Southampton. Em complemento: A Religiosa II, uma curta-metragem de animação de Clídio Nóbio.

SEX 20 MAI 21H30

DOM 22 MAI 16H | 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

CISNE NEGRO

BLACK SWAN

Site Oficial:

IMDB:

Realizador: Darren Aronofsky

Actores: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder

Género: Drama, Thriller

País de Origem: EUA

Ano: 2010

Duração: 108 Min.

Idade: M/12

Nina é uma bailarina presa numa rede de intriga competitiva com uma nova rival na companhia ao mesmo tempo que compete pelo papel principal no bailado "O Lago dos Cisnes", para o qual se torna assustadoramente perfeita. Uma outra jovem em ascensão, revela algumas características essenciais ao papel que faltam a Nina. Assim, à medida que as duas raparigas se tornam cada vez mais próximas, a doce Nina começa a revelar o seu lado mais negro

Realizado por Darren Aronofsky (A Vida não é um Sonho, O Último Capítulo e O Wrestler), um thriller psicológico sobre a dicotomia entre o Bem e do Mal, latente na personalidade de todos os seres humanos. Depois da sua estreia na 67.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, foi nomeado para cinco categorias nos Óscares, tendo ganho o prémio para melhor actriz (Natalie Portman).

DOM 29 MAI 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

127 HORAS

127 HOURS

Site oficial:

IMDB:

Realizador: Danny Boyle

Actores: James Franco, Kate Mara, Amber Tamblyn, Treat Williams, Kate Burton

Género: Drama, Aventura, Biografia

País de Origem: RU/EUA

Ano: 2010

Duração: 92 Min.

Idade: M/12

A história verídica da impressionante aventura do montanhista Aron Ralston e a sua luta ao ficar preso após uma queda num desfiladeiro isolado no Utah. Durante 127 longas horas, num lugar deserto e distante de tudo e de todos, passou em revista toda a sua vida evocando amigos, relações amorosas e familiares em mensagens de despedida gravadas com uma câmara que trazia consigo. Até que, ao fim de cinco dias e consciente das quase nulas possibilidades de vir a ser encontrado, Ralston amputou o próprio braço com o auxílio de um canivete para se poder libertar.

O filme, de Danny Boyle (Trainspotting, Quem Quer Ser Bilionário), é baseado no livro de Ralston, Between a Rock and a Hard Place, e foi nomeado para seis Óscares, entre os quais melhores filme, actor (James Franco) e argumento adaptado.

DOM 19 JUN 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

TU, QUE VIVES

DU LEVANDE

Site oficial:

IMDB:

Realizador: Roy Andersson

Actores: Jessika Lundberg, Elisabeth Helander, Bjorn Englund, Leif Larsson, Ollie Olson

Género: Comédia | Drama | Música

País de Origem: DIN/JAP/FRA/NOR/SUE/ALE

Ano: 2007

Duração: 89 Min.

Idade: M/12

57 pequenos episódios tragicómicos sobre o dia-a-dia dos homens e mulheres nas cidades e nos países da Terra: os seus desejos e ambições, as suas misérias e desgostos, as suas grandezas e a sua mesquinhez...

Uma comédia seca e existencialista realizada pelo cineasta de culto sueco Roy Andersson (Songs from the Second Floor), considerado um dos segredos mais bem guardados do cinema contemporâneo.

DOM 26 JUN 16H | 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

INDOMÁVEL

TRUE GRIT

Site Oficial:

IMDB:

Realizadores: Ethan Coen, Joel Coen

Actores: Jeff Bridges, Hailee Steinfeld, Matt Damon, Josh Brolin, Barry Pepper, Ed Corbin, Paul Rae

Género: Western

País de Origem: EUA

Ano: 2010

Duração: 110 Min.

Idade: M/12

Mattie Ross é uma jovem de 14 anos cujo pai foi morto a sangue frio pelo cobarde Tom Chaney e que está determinada a levá-lo à justiça. Com a ajuda de um conflituoso e alcoólico U.S. Marshal, Rooster Cogburn, ela prepara-se, ignorando as reservas do próprio Rooster, para o caçar... Mas Tom tem também no seu encalço LaBoeuf, um ranger do Texas verborreico e arrogante, mas de grande determinação, que acaba por se juntar a Mattie e Rooster na caça ao homem.

Realizado pelos irmãos Coen, Baseado no mesmo romance True Grit, de Charles Portis, que deu origem ao filme Velha Raposa (1969), de Henry Hathaway, que valeu o Óscar a John Wayne. Nomeado para dez Óscares, entre os quais melhores filme, realizador, actor (Bridges), actriz secundária (Steinfeld) e argumento adaptado (Ethan e Joel Coen).

DOM 3 JUL 10H30 | 16H | 21H30

CINEMA INFÂNCIA / FAMÍLIA [1.º DOM. MÊS] | 2,5€ | ENTRADA LIVRE DE UM ACOMPANHANTE ADULTO POR CRIANÇA

RANGO (VERSÃO PORTUGUESA)

Site Oficial:

IMDB:

Realizador: Gore Verbinski

Actores (vozes): Manuel Marques, Filomena Cautela, Carolina Sales, João Lagarto, Paulo B, Fernando Gomes, Rui Unas, Quimbé

Género: Animação, Comédia, Western

País de Origem: EUA

Ano: 2011

Duração: 106 Min.

Idade: M/6

Rango é um camaleão de cativeiro que vive uma normal vida de animal de estimação, enquanto enfrenta uma enorme crise de identidade. Quando acidentalmente se vê na arenosa e "nervosa" Vila Poeira – um lugar sem lei, habitado pelas criaturas mais astutas e extravagantes do deserto – o pouco corajoso lagarto descobre rapidamente que se distingue dos outros.

Com uma população a viver aterrorizada por bandidos impiedosos, o camaleão reinventa-se como Rango, herói à antiga que se torna na última esperança de uma cidade que praticamente o força a ocupar o lugar de xerife. E é assim que ele compreende que chegou o grande momento da sua vida...

Esta paródia afectuosa aos westerns marca a estreia nos filmes de animação do realizador Gore Verbinski (The Ring - O Aviso e a saga Piratas das Caraíbas) e do argumentista John Logan (Gladiador, O Aviador, Sweeney Todd)

SEX 8 JUL 21H30

DOM 10 JUL 21H30

CINEMA | 3,5€ | 2,5€ [C/DESC. HABITUAIS]

O DISCURSO DO REI

THE KING'S SPEECH

Site Oficial:

IMDB:

Realizador: Tom Hooper

Actores: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce, Jennifer Ehle, Eve Best, Derek Jacobi, Timothy Spall, Anthony Andrews, Claire Bloom

Género: Drama, Biografia

País de Origem: GB/EUA/Austrália,

Ano: 2010

Duração: 118 Min.

Idade: M/12

O príncipe Alberto, duque de York, sofreu toda a sua vida de um debilitante problema de fala. Após vários tratamentos que fracassaram, a duquesa convence-o a consultar Lionel Logue, um excêntrico terapeuta australiano em Londres. Entretanto, o seu irmão, o futuro Rei Eduardo VIII, coloca a monarquia em risco após apaixonar-se por uma divorciada e as acções de Hitler prenunciam dias negros para a Europa. Hesitante perante o peso da responsabilidade e obcecado em ser monarca digno do reino, o novo rei apoia-se em Logue, que o ajuda a superar a gaguez.

Realizado por Tom Hooper (Maldito United), O Discurso do Rei inspira-se na história verídica do rei Jorge VI e foi o grande vencedor dos Óscares, vencendo nas categorias de melhor filme, melhor realização, melhor actor (Colin Firth) e melhor argumento original.

EXPOSIÇÕES

ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

ISABEL MATOS NEVES

A Arte em toda a sua expressão tem a capacidade de estimular emoções e consciências. É esse poder que a artista procura alcançar quando expressa sentimentos e emoções nos seus quadros. Tenta manter a harmonia, brincando com a cor e espreitando dentro da mente, dar um significado, acender emoções e provocar sensações para estimular o gosto pela arte…

Biografia

Isabel Cristina Matos Neves, nasceu em Barquisimeto, Estado Lara, Venezuela a 07 de Janeiro de 1963. Foi nesta cidade que fez o percurso escolar, acabando por se licenciar em Medicina Veterinária. O seu interesse pelas artes despertou desde cedo e foi nessa cidade onde começou os estudos de pintura com o Prof. Ramón Diaz Lugo, durante 3 anos; actualmente frequenta a 3 anos, aulas no Atelier de Pintura da Artista Sílvia Vale, em Espinho, e forma parte do grupo de artistas plásticos AveiroArte.

Filha de pais portugueses, resolve voltar "às origens". Reside em Avanca desde 1991 e exerce a sua profissão em Albergaria-a-Velha. A pintura continua a ser uma aliada nas horas de devaneio, e foi a sua vontade de descobrir novas técnicas que a levou a percorrer o caminho até hoje.

Exposições Individuais:

2011 «Retalhos da Mente» Biblioteca Municipal de Estarreja.

2009 «Olhares» Centro de Artes e Espectáculos, Figueira da Foz

2008 «Percursos» Galeria da Livraria Bertrand CC Fórum,Aveiro; «Emoções» C. C. Dolce Vita Ovar.

2007 «Gratidão» Junta de Turismo do Luso; «Sabor Latino» Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha.

2006 «Reflexos» Biblioteca Municipal de Estarreja.

Exposições Colectivas:

2010 «2ª Bianual de 2010 dos Associados dos Artistas do Círculo AVEIROARTE» Aveiro (Dezembro);

«Colectiva dos Artistas do Círculo AVEIROARTE » Aveiro (Junho)

2009 «Colectiva Anual dos Artistas do Círculo AVEIROARTE » Aveiro (Dezembro)

INFORMAÇÕES ÚTEIS

CINE-TEATRO DE ESTARREJA

Rua Visconde Valdemouro

3860-389 Estarreja

Tel.: 234 811 300

E-mail: cineteatro@cm-estarreja.pt

BILHETEIRA

TER.- QUI.: 10h-13h | 15h-19h

SEX.: 10h-13h | 15h-19h | 20h-24h

SÁB.: 15h-24h

DOM.: 15h-19h | 20h-22h

Encerra Segunda-Feira, Feriados e nos períodos nocturnos em que não ocorram eventos.

BILHETEIRA ONLINE

Para comprar entradas através da internet é favor consultar e verificar quais os eventos que dispõem de venda online. Caso seja necessário o levantamento dos ingressos, este deve ser feito na bilheteira, no período normal de funcionamento, e até 30 min. antes do início do evento, mediante apresentação do respectivo comprovativo de compra online e documento de identificação pessoal.

RESERVAS

Devem ser feitas pelos Tel. 234 811 300 / 925 651 668. As reservas são válidas para levantamento na bilheteira durante uma semana após a data em que forem realizadas e só até uma hora antes do início previsto do evento.

DESCONTOS HABITUAIS

Aplicáveis nos eventos com essa referência a portadores de cartão de estudante, jovem ou sénior municipal, ou menores de 12 anos (desde que permitida a entrada no respectivo evento), ou beneficiários de outros protocolos em vigor.

SERVIÇO DE BAR

Em dias de eventos no Bar: 21H30 – 2H

Em dias de grandes eventos no auditório: desde 1h antes do início dos eventos, no respectivo intervalo e até à 1H.

SERVIÇO DE BABY SITTING | ATL

O serviço de baby sitting acolhe crianças entre os 4 a 10 anos nos eventos com essa referência. É gratuito, mas requer marcação até dois dias úteis antes do evento pelo telefone 234811300/ 925651668. O serviço não é garantido caso não existam inscrições dentro do prazo atrás referido.

RECOMENDAÇÕES AO PÚBLICO

Não é permitida a entrada após o início do evento.

Não é permitida a entrada de bebés (excepto nos eventos para bebés).

A entrada de crianças é sujeita a bilhetes para lugares individuais.

Não é permitido o consumo de comida ou bebida no interior da sala.

Não é permitido fumar em qualquer espaço interior do Cine-Teatro.

Agradecemos o favor de desligar o telemóvel e outras fontes de sinais sonoros, durante os eventos.

Não é permitido o registo de imagens ou sons, excepto se autorizados.

COMO CHEGAR AO CINE-TEATRO

DE CARRO

Vindo do Centro [Aveiro ou Viseu] A25 + N109 (nó de Fermelã)

Vindo do Norte [Porto] A1 (nó de Estarreja) ou A29

Vindo do Sul [Coimbra] A1 (nó de Alb.-a-Velha) + A25 + N109 (nó de Fermelã)

DE COMBOIO

Transporte hora a hora

Consultar cp.pt ou tel. 808 208 208

Coordenadas GPS: N: -37044,633m W: 120420,486m

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