Universidade de São Paulo



Universidade de São Paulo

Nome do aluno: Leilanny Lima Freire

No USP: 7154269

Curso: Pedagogia / Noturno

Disciplina: Metodologia do Ensino de Português: Alfabetização

Docente: Nilce da Silva

Plano de aula

1. As aulas serão ministradas numa creche da prefeitura municipal de São Paulo, o Centro de Educação Infantil (CEI) Padre Manoel da Nóbrega, cuja modalidade de ensino visa ao atendimento de crianças de zero a quatro nos de idade.

A aula será aplicada em dois dias distintos; cada aula terá a duração de uma hora.

2. Histórico da escola:

O CEI Padre Manoel da Nóbrega fica localizado na Rua Padre José Vieira de Matos, 128, Artur Alvim, Zona Norte da cidade de São Paulo. A escola está inserida no centro do Conjunto Habitacional Padre José de Anchieta. A maioria dos alunos e funcionários são residentes do próprio Conjunto Habitacional ou de regiões próximas à creche.

A estrutura física do CEI é pequena. Seus espaços e entornos basicamente são ocupados por dois parquinhos (nos fundos e na lateral da creche), um espaço para brincar e folhear livros e revistas (lateral esquerdo), um solário lateral direito e o espaço situado na frente da escola. O refeitório ocupa a parte central do CEI.

A creche possui dez (10) salas de aula, dividas entre Berçário I e II (A e B) e Mini-Grupo I (A, B, C e D) e II (A e B). O número de crianças matriculadas é de 118 alunos, divididos entre 35 professores, conta também com uma Diretora e uma Coordenadora Pedagógica. Seu funcionamento ocorre em horário integral (07:00 às 17:00 hs)[1].

3. Histórico da sala:

A sala escolhida foi a do Mini – Grupo I A, no período da tarde. Quase todas as crianças já possuem três anos de idade completos. Por se tratar de uma creche, com rotina estruturada, teve-se o cuidado de aplicar as atividades nos horários pertinentes. A sala possui 13 alunos matriculados – sete meninas e seis meninos. Dentre os quais quatro se destacam: dois “lideres”, e dois “rebeldes”. As crianças ainda não sabem ler e escrever.

Plano de Aula

I. Data da elaboração: 02/09/2011

Data prevista para a aplicação: 15/09 (1h) e 26/09 (1h)

II. Dados de identificação:

Escola: CEI Direta Padre Manoel da Nóbrega.

Professor regente: Mara Neide dos Santos

Professora – estagiária: Leilanny Lima Freire

Disciplina: mini – grupo I

Turma: A

Período: Tarde

III. Tema da aula: Viva as diferenças.[2]

IV. Conteúdo: Propiciar o contato com novas palavras e expressões em língua portuguesa referentes à África e a história do negro.

V. Objetivos gerais:

- Possibilitar a aquisição de novo vocabulário pelas crianças.

Objetivos específicos:

Levar a criança a conhecer a cultura negra; construir uma imagem positiva dos negros na sociedade e das crianças negras da creche; respeitar as diferenças raciais, distinguir as diferenças étnicas que compõe as diversas faces da nossa sociedade.

VI. Desenvolvimento do tema:

1º Momento: (1º dia – 15min)

- Apresentação da estagiária e do trabalho a ser realizado.

- Roda de conversa sobre as diferenças e particularidades físicas de cada um de nós. (cor da pele, cabelos, olhos, lábios, etc).

As crianças sentarão em semicirculo, escutando e interagindo com a estagiária, na medida em que, ela usa cada um como exemplo, para mostrar as características físicas únicas e singulares.

É importante observar e escutar atentamente as falas de cada uma das crianças.

2º Momento (1º dia – 15min)

- A professora-estagiária lerá um livro infantil (Menina bonita do laço de fita) que retrata de maneira simples e fácil à questão da diferença racial.

- Durante a leitura será mostrado e enfatizado as características físicas da personagem central e após a leitura se falará um pouco da história da África e dos povos africanos.

- Ao término da atividade a professora-estagiária fará algumas perguntas sobre a referida leitura, procurando observar o que mais chamou a atenção das crianças e que elas conseguiram “guarda” da história.

3º Momento: (1º dia – 30min)

- A professora-estagiária mostrará um vídeo retirado da internet (youtube) que conta de maneira divertida a mesma história do livro infantil usado no 2º momento.

- Aproveitar-se-á o uso do computador (Internet) para mostrar imagens do continente e dos povos africanos.

O objetivo esperado pela professora-estagiária é reforçar os conceitos trabalhados a partir da história infantil, bem como, fazer com que os alunos entendam que o mundo é composto por diferentes raças e todas possuem sua própria identidade cultural.

4º Momento: (2º dia – 1h)

- Será proposta a confecção de um “livro da diversidade” em que os alunos possam identificar diferentes tipos humanos (negros, brancos, orientais, etc) em revistas diversas (educativas ou não), recortando-os e colando-os na cartolina. No fim do livro, colocaremos as fotos de cada um dos presentes, e mais uma vez, enfatizar as diferenças e particularidades de cada um de nós.

É dessa forma que a professora-estagiária procurará concluir seu trabalho, esperando que as crianças consigam reconhecer e respeitar as diversidades étnicas que compõem nossa sociedade.

VII. Recursos didáticos:

Uso do computador (site youtube e google), livro de conto infantil, cola, revistas diversas, cartolina, tesoura e máquina fotográfica.

VIII. Avaliação:

Interativa, processual e formativa no decorrer das aulas.

IX. Bibliografia

São Paulo. Secretaria Municipal de Educação. Diretorias Regionais de Ensino. Disponível em:. Acesso em 24 set. 2011.

Menina bonita do laço de fita. Disponível em:. Acesso em: 15 set. 2011.

Imagens da África e outros povos. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2011.

Machado, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita. Ilustrações Claudius. 7 ed., 12. impr. – São Paulo: Ática, 2005.

Síntese da escolha do projeto:

Ao folhear a revista Projetos Escolares – Creche, vi em sua capa uma matéria que falava da África na escola, no caso, a creche. Contendo atividades lúdicas para ensinar os bebês a aprenderem desde cedo a respeitar as diferenças. Então como farei meu estágio num Centro de Educação Infantil (CEl) encontrar essa revista foi um “achado”. Nela havia tudo que precisava para desenvolver meu trabalho.

De modo geral, poder desenvolver esse trabalho na creche é de suma importância, pois penso que quanto mais cedo, começarmos a conscientizar os pequenos da importância de se quebrar as barreiras do preconceito racial e mostrar as diferenças e particularidades de cada pessoa, mas cedo eles poderão se livrar do estigma da diferença racial ainda muito presente em nossa sociedade.

Se pensarmos que o simples fato de crianças poderem reconhecer as diferentes tonalidades de pele, tipos de cabelo, traços faciais, cor dos olhos, etc, já estaremos de certa forma, estimulando-as a conviver e a aceitar essas características como sendo únicas e particulares de cada indivíduo teremos dado um passo significativo para livrá-las das marcas de segregação racial e étnica.

Não podemos nos esquecer que falar em diversidade étnico cultural e racial é falar da constituição do povo brasileiro, fruto dessa mistura de culturas e raças. Esse tema também está estruturado legalmente no cenário educacional brasileiro, graças à criação da lei nº 10.639/2003.[3]

Assim pretendemos trabalhar a partir dessas perspectivas, valendo-nos de um método de avaliação processual e continuo à medida que desenvolvemos as atividades propostas nesse planejamento.

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¹ Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Disponível em: .

[1] Inspirado no projeto “Afirmando Diferenças”, desenvolvido no Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) José Marrara, no município de São Carlos – São Paulo. Vencedor de um concurso de educação para ensinar os pequenos a reconhecer e a respeitar as diferenças. Publicado na revista Projetos Escolares - Creche. Ano I – Nº 4. Editora Online.

[2] BRASIL. Lei Federal nº 10.639/2003 altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, 09 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República. Disponível em: . Acesso em 09 out. 2011.

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