Prof. Marcelo Cesar Maia



Testão de Férias

Prof. Marcelo Maia

Boas Sortes

(O Gabarito está no fim do material)

1. (Ufpe 2013) Em 2012, o Brasil vivenciou mais uma vez a experiência de eleições municipais. Sobre as Câmaras Municipais no período colonial brasileiro, analise as proposições a seguir.

( ) Eram espaços de poder para os quais podiam ser eleitos quaisquer membros das sociedades locais.

( ) Implantadas no Brasil ao mesmo tempo que o sistema de Governo Geral, delas podiam participar apenas elementos das elites locais.

( ) Instituições típicas da organização político-administrativa e jurídica portuguesa, para elas só podiam ser eleitos os denominados “homens bons”.

( ) Instituídas com o regime de Capitanias Hereditárias, todos os seus membros eram nomeados pelo monarca português.

( ) Espaços de negociação política, sempre foram presididas por elementos com sólida formação jurídica, os chamados “juízes de terra” ou “ordinários”.

2. (G1 - ifsp 2013) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio.

[pic]

Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra:

a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de peixes nos mares e a existência de povoadores fortes, sadios e trabalhadores.

b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses, os nativos eram recompensados através de um escambo com produtos europeus.

c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando as árvores para formar os campos onde seria feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos engenhos.

d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção de fortificações e defesa da ameaça europeia.

e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com animais de grande porte, o que causava grande espanto e medo aos colonizadores.

3. (G1 - ifsp 2013) Leia a descrição abaixo.

Esses homens não recebiam salário, mas trabalhavam em troca de moradia e proteção. Eles trabalhavam em terras que não eram suas, mas de um proprietário que exigia parte da produção. Ali viviam até a morte, nunca podendo abandonar seu trabalho. Porém, eles não poderiam ser negociados ou expulsos da propriedade.

Esse trabalhador descrito identifica-se como

a) um homem que viveu sob o regime de parceria, trabalho típico da segunda metade do século XIX no Brasil.

b) um escravo da Antiguidade romana, que não recebia salário nem terras, vivendo ao lado de seu proprietário.

c) um servo feudal, preso à terra e às tradições medievais. Morava no feudo de seu senhor e pagava pela proteção recebida, a talha e a corveia.

d) um colono que, após 20 anos de trabalho, recebia a propriedade da terra, através da Lei de Terras de 1850.

e) um vassalo que jurava obediência ao seu senhor, seu suserano. Além dos serviços agrícolas prestados, esse vassalo ia à guerra, defendendo os interesses de seu senhor.

4. (Ueg 2013) Leia o fragmento abaixo.

E enquanto o fero ecoar na mente

Da estirpe que em perigos sublimados

Plantou a cruz em cada continente.

BANDEIRA, Manuel. A Camões. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p. 44.

Tem-se, no fragmento, uma referência

a) à expansão do cristianismo, quando o imperador romano Constantino, vendo uma cruz no céu antes de uma batalha que venceu, converteu-se à nova fé.

b) à Reforma Protestante, quando Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica pregando suas teses na porta da Catedral de Notre-Dame, em Paris.

c) às Cruzadas, quando os cristãos invadiram e tomaram Jerusalém, empunhando cruzes e espadas para combater os muçulmanos.

d) às grandes navegações, quando os portugueses marcavam a posse de novos territórios rezando uma missa e erguendo um cruzeiro.

5. (Ufsm 2013) Examine os textos:

Com o mercantilismo e o capitalismo comercial e industrial, iniciou-se um processo de agressão e destruição da natureza nunca visto no decorrer da história. Esse modo de produção, que implicou o aniquilamento de ecossistemas, provocou grandes desequilíbrios ecológicos, gerando mudanças climáticas, extinção de espécies animais e vegetais e uma profunda desarmonia entre o ser humano e a natureza.

Fonte: ADAS, Melhem & ADAS, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 31.

A varíola e o sarampo vieram nas embarcações europeias. Dizimaram índios e auxiliaram os espanhóis na conquista dos povos incas e astecas. Bactérias da tuberculose chegaram em uma nova onda de ataque. A gripe causou epidemias nos indígenas. A bactéria da Peste Negra visitou os nativos americanos.

Fonte: UJVARI. Stefan Cunha. A história da humanidade contada pelos vírus. São Paulo: Contexto, 2009. p. 85.

Os referidos processos se desenvolveram num contexto histórico marcado por intensas transformações. Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa sobre as características desses processos:

( ) Formação e consolidação dos Estados Modernos absolutistas na Europa.

( ) Expansão comercial e colonial europeia na África, Ásia e América.

( ) Rapidez da implantação de colônias ibéricas na África e na Ásia diante da fraca resistência dos povos nativos.

( ) Exploração predatória das áreas coloniais visando a atender aos interesses mercantilistas europeus.

A sequência correta é

a) V – V – F – F.

b) F – F – V – V.

c) V – F – V – F.

d) F – V – F – F.

e) V – V – F – V.

6. (Fuvest 2013) Fosse com militares ou civis, a África esteve por vários anos entregue a ditadores. Em alguns países, vigorava uma espécie de semidemocracia, com uma oposição consentida e controlada, um regime que era, em última análise, um governo autoritário. A única saída para os insatisfeitos e também para aqueles que tinham ambições de poder passou a ser a luta armada. Alguns países foram castigados por ferozes guerras civis, que, em certos casos, foram alongadas por interesses extracontinentais.

Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139.

Entre os exemplos do alongamento dos conflitos internos nos países africanos em função de “interesses extracontinentais”, a que se refere o texto, pode-se citar a participação

a) da Holanda e da Itália na guerra civil do Zaire, na década de 1960, motivada pelo controle sobre a mineração de cobre na região.

b) dos Estados Unidos na implantação do apartheid na África do Sul, na década de 1970, devido às tensões decorrentes do movimento pelos direitos civis.

c) da França no apoio à luta de independência na Argélia e no Marrocos, na década de 1950, motivada pelo interesse em controlar as reservas de gás natural desses países.

d) da China na luta pela estabilização política no Sudão e na Etiópia, na década de 1960, motivada pelas necessidades do governo Mao Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.

e) da União Soviética e Cuba nas guerras civis de Angola e Moçambique, na década de 1970, motivada pelas rivalidades e interesses geopolíticos característicos da Guerra Fria.

7. (G1 - utfpr 2013) Em relação à economia do Antigo Egito é correto afirmar que:

a) por sua proximidade com o Mar Mediterrâneo era muito desenvolvido o comércio marítimo.

b) o comércio de manufaturas egípcias abastecia outros povos do Mar Mediterrâneo.

c) a agricultura dependia, em grande parte, das cheias do Rio Nilo.

d) a criação de gado e a mineração eram os setores econômicos mais importantes.

e) a agricultura, a mineração e o artesanato tinham a mesma importante econômica.

8. (Ufsm 2013) Analise o mapa e o texto a seguir.

[pic]

Todos os testemunhos concordam em situar a origem da peste na Ásia Central, onde ela existia em estado endêmico. O grande viajante Ibn Batouta, que visitou a Índia Meridional pouco depois de 1342, assinalou-a ali. Em 1347, os próprios mongóis, que sitiavam o estabelecimento mercantil genovês em Caffa, no mar Negro, foram atingidos e, por um requinte de crueldade, enviaram vários cadáveres para a cidade através de suas máquinas de guerra. Um navio que partiu de Caffa para a Itália semeou, na passagem, a peste em Constantinopla [...] depois chegou a Gênova: quando se deram conta do mal que transportavam e ordenaram que partisse, era tarde demais. A peste atacava a Itália pelos portos. As cidades do interior não souberam organizar nenhuma defesa.

Fonte: WOLFF, Philippe. Outono da Idade Média ou Primavera dos Tempos Modernos? São Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 15. (adaptado)

A análise permite associar a rápida propagação da Peste Negra, na Baixa Idade Média europeia, a fatores, como

a) o êxito das navegações ibéricas na abertura do caminho marítimo para as Índias orientais.

b) a retomada das peregrinações a Jerusalém após a vitória dos cristãos europeus nas guerras das Cruzadas.

c) o aumento do intercâmbio comercial entre a China e os países europeus, intercâmbio esse estimulado e protegido nos domínios do Império Mongol.

d) a intensificação das transações econômicas entre o Ocidente europeu, em pleno renascimento comercial urbano, e o Oriente, através das cidades italianas e de Constantinopla.

e) o dinamismo comercial dos Turcos Otomanos, ao transformarem a Constantinopla bizantina na Istambul moderna.

9. (Pucrj 2012) “Eu, El-Rei, faço saber aos que este meu regimento virem, que sendo informado das muitas desordens que há no sertão do pau-brasil, e na conservação dele, de que se tem seguido haver hoje muita falta, cada vez será o dano maior se não se atalhar e der nisso a ordem conveniente (...): mando que nenhuma pessoa possa cortar, nem mandar cortar o dito pau-brasil, por si ou seus escravos, sem expressa licença do provedor-mor da minha Fazenda (...); e quem o contrário fizer incorrerá em pena de morte e confiscação de toda a sua fazenda.”

Felipe III, Regimento do pau-brasil, 1605.

No contexto da colonização das terras do Brasil, o regimento do rei Felipe III apresenta medidas associadas:

a) à afirmação do poder da Coroa espanhola, em detrimento dos comerciantes e colonos portugueses.

b) ao caráter monopolista da extração do pau-brasil, pois era necessária autorização expressa da Coroa para atividade extrativista.

c) às preocupações da Coroa na preservação da Mata Atlântica, que estava sendo devastada pelos colonos.

d) à importância do pau-brasil no comércio colonial como principal produto de exportação da América Portuguesa, em inícios do século XVII.

e) à afirmação da política absolutista dos reinos europeus cerceadora de todas as iniciativas dos colonos nas Américas.

10. (Mackenzie 2012)

[pic]

A charge refere-se

a) à organização do Governo Geral, em 1549, dividindo o território brasileiro em extensos lotes de terras, entregues, por sua vez, a nobres portugueses responsáveis pelo início efetivo da colonização do Brasil.

b) às dificuldades encontradas pelo coroa portuguesa no início da colonização do Brasil, uma vez que, em virtude, dentre outros, do fracasso das Capitanias Hereditárias, a colônia sofria constantes ataques de piratas europeus.

c) ao fracasso do Governo Geral, em virtude da corrupção existente na corte portuguesa, transferida para o Brasil, responsável pela concessão de privilégios aos piratas franceses no comércio do pau-brasil.

d) ao Governo Geral, responsável pela efetivação da colonização brasileira, por meio de incentivos aos bandeirantes paulistas, para que ultrapassassem os limites de Tordesilhas e expulsassem os piratas franceses fixados no litoral.

e) às dificuldades encontradas pela coroa portuguesa na efetiva organização da exploração da colônia, uma vez que a abundância de metais preciosos ali despertou, nos piratas europeus, o interesse pelas terras lusas na América.

11. (Espcex (Aman) 2012) Diferentemente de outras atividades econômicas do Brasil Colônia, a mineração foi submetida a um rigoroso controle por parte da metrópole. Neste contexto:

a) os Códigos Mineiros de 1603 e 1618 já impediam a livre exploração das minas, impondo uma série de condições e restrições.

b) as Intendências das Minas criadas pelo Regimento de 1702 impuseram um controle absoluto sobre toda a produção mineradora, embora ainda estivessem subordinadas a outras autoridades coloniais.

c) a cobrança do quinto foi facilitada com a criação das Casas de Fundição, no final do século XVII, onde o ouro era fundido em barras timbradas com o selo real, embora a circulação do ouro em pó ainda fosse permitida.

d) foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das estradas, com o objetivo de fiscalizar se o pagamento do quinto havia sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem de animais e pessoas e sobre a entrada de todas as mercadorias transportadas para as Minas.

e) a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento de uma taxa sobre cada um de seus escravos, do qual ficavam isentos os faiscadores que não possuíam escravos.

12. (G1 - ifba 2012) “De uma perspectiva geral, podemos dizer que a conspiração baiana como que atou as pontas das duas vertentes subversivas do Brasil Colônia.”

RISÉRIO, Antonio. Em torno da Conspiração dos Búzio. In: DOMINGUES, Carlos Vasconcelos; LEMOS, Cícero Bathomarco; YGLESIAS, Edyala. (Orgs). Animai-vos, Povo Bahiense! A Conspiração dos Alfaiates. Salvador: Omar G. Editora, 1999, p. 53.

A ideia apresentada por Antonio Risério se sustenta historicamente no fato de que a Conjuração Baiana foi o movimento anticolonial brasileiro que

a) aliou à luta emancipacionista reivindicações sociais, como a questão escravista.

b) inseriu o ideal de unidade territorial à luta pela independência da América Portuguesa.

c) reduziu a luta libertária à defesa do livre comércio e da autonomia administrativa.

d) defendeu a independência do Brasil e a proclamação de uma república de base oligárquica.

e) apresentou caráter de luta nacionalista à medida que representou o ideal de liberdade de todos os brasileiros.

13. (Ufg 2012) No século XVIII, um dos instrumentos utilizados para a extração de ouro em Goiás foi a bateia: um prato na forma de cone, com o qual os mineradores executavam um movimento circular, separando o solo proveniente do leito dos rios e o ouro. A utilização desse instrumento na atividade mineradora

a) demonstrava o interesse pelo desenvolvimento técnico da mineração, com inserção de mecanismos de retardamento do processo de decantação.

b) demandava mão de obra especializada, capaz de estabelecer critérios de contraste entre translucidez aurífera e opacidade da bateia.

c) isentava a obrigatoriedade régia da fundição do ouro, ao facilitar a extração do minério, quando exposto ao sol, por meio da refração.

d) dispensava a utilização de outros instrumentos de trabalho, tendo em vista a eficiência do processo de decantação aplicado ao sistema de extração.

e) tornava o trabalho nas minas desgastante, pois havia a exigência constante em produzir um processo de centrifugação na bateia.

14. (Feevale 2012) Foi a partir de 1530 que Portugal resolveu reforçar a sua presença no Brasil. O domínio português avançou para além das águas costeiras, com o objetivo de definir os seus limites em terras americanas.

Sobre o Brasil Colônia, considere verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que seguem.

( ) A instalação das capitanias hereditárias gerou conflitos entre portugueses e indígenas, já que o confisco das terras e o trabalho forçado feriam o modo de vida das populações nativas.

( ) A cana-de-açúcar foi o primeiro produto de monocultura cultivado nas terras do Brasil português e lançou as bases de uma sociedade escravista.

( ) Os portugueses estabeleceram o domínio sobre o território da colônia sem conflitos com as populações nativas.

Marque a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.

a) V – V – V

b) V – F – V

c) V – V – F

d) F – F – F

e) F – F – V

15. (Ufba 2012) A formação da propriedade da terra no Brasil teve uma peculiaridade: constituiu-se fundamentalmente a partir do patrimônio público. Em outros termos, o monopólio da terra foi se formando num lento processo de passagem das terras chamadas devolutas para o domínio privado. E a Primeira República foi um dos momentos mais importantes deste processo. Outra característica básica do processo de formação da propriedade da terra no Brasil é a predominância na estrutura agrária do latifúndio.

(SILVA, In: SILVA; SZMRECSÁNYI, 1996, p. 157).

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre a história da propriedade da terra no Brasil, pode-se afirmar:

01) O Sistema de Capitanias Hereditárias que vigorou no Brasil Colonial dava ao donatário o direito de posse sobre a terra que ficava sob sua administração e o direito de propriedade apenas a dez léguas de terras dentro da mesma Capitania.

02) O “lento processo de passagem das terras chamadas devolutas para o domínio privado” ocorreu no Brasil, na época colonial, com a instalação da pequena propriedade voltada para a produção de gêneros alimentícios, sob o controle monopolista do Estado português.

04) O liberalismo, que se expandiu no Brasil, no início das lutas pela independência, previa a emancipação dos escravos e a transformação dos latifúndios em médias e pequenas propriedades, acessíveis a todos os cidadãos, sem distinção de raça ou condição civil.

08) A Lei das Terras consolidou o domínio do latifúndio no Brasil e determinou, também, que os pretendentes a proprietários tinham que comprar suas terras do Estado ou de particular que as tivesse por título hábil.

16) As terras tradicionalmente ocupadas por comunidades remanescentes de quilombos, anteriormente conhecidas como “terras de negro”, têm recebido reconhecimento legal para a permanência de seus ocupantes, de acordo com o que estabelece a Constituição Federal de 1988.

32) A disputa de terras no interior do Brasil, entre antigos posseiros, fazendeiros e empresas madeireiras e mineradoras tem gerado episódios de extrema violência contra os primeiros e, por não serem elucidados ou punidos com presteza pela justiça nacional, tem atraído a censura de instituições internacionais defensoras dos direitos humanos.

16. (Espm 2012) Em 1720, a Coroa portuguesa decidiu proibir definitivamente a circulação de ouro em pó, instalando a Casa de Fundição em Vila Rica, onde todo o metal extraído das minas deveria ser transformado em barras para depois ser transportado ao litoral.

A medida pretendia acabar com o contrabando e incrementar a arrecadação de impostos, prejudicando os interesses dos proprietários de lavras auríferas, comerciantes e profissionais liberais que recebiam ouro em pó pelos seus serviços, além dos tropeiros que escoavam a produção.

As novas diretrizes foram intensamente discutidas nos bares, nas tavernas, e críticas ferozes eram lançadas, nas rodas de conversa, contra a administração local. Uma revolta se levantaria contra as medidas de controle da Coroa.

(Fábio Pestana Ramos e Marcus Vinicius de Morais. Eles formaram o Brasil)

A revolta ocorrida contra as medidas de controle da Coroa portuguesa foi:

a) a Guerra dos Emboabas;

b) a Revolta de Felipe dos Santos;

c) a Inconfidência Mineira;

d) a Guerra dos Mascates;

e) a Revolta de Beckman.

17. (G1 - ifba 2012) O Brasil constituía então uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (excetuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase toda do Brasil; as matérias-primas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui eram exportadas para o exterior. (...) A emancipação econômica do Brasil (em 1808) teve, portanto, consequências graves na economia portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento à fonte de despesa.

SARAIVA, J. H. História de Portugal. Lisboa: Europa-América, 1996. p. 274.

No contexto das medidas liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a “emancipação econômica do Brasil”, que o historiador português apresenta como danosa à economia portuguesa, é resultado da

a) autonomia administrativa advinda da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.

b) autonomia financeira garantida com a criação do Banco do Brasil, que passou a emitir papel moeda.

c) liberação manufatureira estabelecida pelo Alvará de 1º de abril, que permitiu as instalações de indústrias no Brasil.

d) incrementação do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.

e) liberdade de comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas de Portugal.

18. (Uespi 2012) O historiador Oliveira Lima define D. João VI, como um grande estadista. Com relação às medidas adotadas por esse monarca, logo após sua chegada ao Brasil, em 1808, destaca-se:

a) a transposição da estrutura administrativa portuguesa, como tribunais, ministérios e cartórios, cujos cargos foram preenchidos apenas por brasileiros.

b) o estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, simbolizado pela abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior.

c) a assinatura do Tratado de Madri, com a Espanha, distendendo as fronteiras territoriais da região sul do Brasil.

d) a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro, para construção de uma nova identidade para a nação recém-fundada.

e) a concessão do perdão para os participantes na Revolução Pernambucana, também reconhecida como Revolução dos Padres.

19. (Unimontes 2012) O período compreendido entre 1500 e 1530 é denominado, pela historiografia tradicional, de “período pré-colonial”. Entre as características dessa época, é INCORRETO elencar

a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil.

b) o envio de expedições “guarda-costas” para a defesa do litoral.

c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil.

d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão.

20. (Uftm 2012) No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade, que pode ser caracterizado como

a) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao Período Regencial.

b) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o Primeiro Reinado.

c) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação de D. Pedro II.

d) a reação conservadora, que restringia o poder das assembleias provinciais.

e) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional, instituiu a Regência Una.

21. (Uftm 2012) Leia os excertos da obra 100 textos de História Antiga, organizada por Jaime Pinsky, de 1980.

Eu sou o rei que transcende entre os reis,

Minhas palavras são escolhidas,

Minha inteligência não tem rival.

(Hamurábi, 1792-1750 a.C. Autopanegírico.)

O fundamento do regime democrático é a liberdade [...]. Uma característica da liberdade é ser governado e governar por turno [...]. Outra é viver como se quer; pois dizem que isto é resultado da liberdade, já que o próprio do escravo é viver como não quer.

(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.)

A partir dos textos, pode-se afirmar que

a) os fundamentos do poder político eram os mesmos para Hamurábi e Aristóteles.

b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o abandono do regime escravista.

c) Hamurábi considerava que o governante deveria ser escolhido entre os mais sábios.

d) expressam diferentes concepções sobre as relações entre governantes e governados.

e) a dinastia esclarecida, com doses de despotismo e liberdade, era defendida por ambos.

22. (Unesp 2012) [Na época feudal] o mundo terrestre era visto como palco da luta entre as forças do Bem e as do Mal, hordas de anjos e demônios. Disso decorria um dos traços mentais da época: a belicosidade.

(Hilário Franco Junior. O feudalismo, 1986. Adaptado.)

A belicosidade (disposição para a guerra) mencionada expressava-se, por exemplo,

a) no ingresso de homens de todas as camadas sociais na cavalaria e na sua participação em torneios.

b) no pacto que reunia senhores e servos e determinava as chamadas relações vassálicas.

c) na ampla rejeição às Cruzadas e às tentativas cristãs de reconquista de Jerusalém.

d) no empenho demonstrado nas lutas contra muçulmanos, vikings e diferentes formas de heresias.

e) na submissão de senhores e vassalos, reis e súditos, ao Islamismo.

23. (Mackenzie 2012) A História nos mostra que as concepções acerca do trabalho, suas funções e significações se transformaram ao longo do tempo. A esse respeito, leia o texto que se segue:

“(...) conforme o esquema trifuncional indo-europeu estruturado por Georges Dumézil, a partir do século XI, a sociedade cristã é frequentemente descrita como composta de homens que oram (oratores, os clérigos), de homens que guerreiam (bellatores, os guerreiros) e, enfim, de homens que trabalham (laboratores, na época, essencialmente camponeses). Mesmo que vários textos enfatizem que os laboratores são inferiores aos oratores e bellatores, o surgimento dos trabalhadores no esquema constitutivo da sociedade exprime a promoção do trabalho e daqueles que o praticam”.

Jacques Le Goff. Dicionário Temático do Ocidente Medieval, v.II, pp.568-569.

Pela análise do trecho, é incorreto afirmar que

a) a crise do feudalismo, a partir do século XI, promoveu alterações na mentalidade medieval acerca do trabalho, uma vez que, mesmo depreciado, reconhecia-se sua importância para a própria existência do mundo feudal.

b) mesmo que a Idade Média seja, tradicionalmente, um período de depreciação do trabalho manual, houve inegáveis mudanças nesse sentido, principalmente a partir do século XI, como apontado no texto.

c) os bellatores, terceira ordem feudal, responsáveis pela defesa dos camponeses, determinavam todas as concepções acerca do trabalho, uma vez que eram os donos das terras e os responsáveis pela produção agrícola.

d) a divisão tradicional da sociedade medieval em três ordens revela a importância que o trabalho adquiria naquele momento, mas também nos mostra a necessidade de se justificar o domínio sobre os camponeses.

e) diferentes civilizações, ao longo da História, necessitam de justificativas e de padrões culturais aceitos pelo conjunto da sociedade, com o intuito de garantir o domínio, de certas parcelas, sobre o conjunto da população.

24. (Uespi 2012) As pregações de Maomé não agradaram a grupos importantes, politicamente, da sociedade árabe. Suas concepções e crenças:

a) adotavam o monoteísmo e tinham relações com o cristianismo, conseguindo adesão de muitos que visitavam Meca.

b) eram elitistas, sem preocupação com a situação de miséria da época e a violência das guerras entre as tribos.

c) desconsideravam as questões sociais e visavam firmar um império poderoso para combater os cristãos no Ocidente.

d) defendiam a liberdade para todos os povos e prescindiam da adoção de um livro sagrado para orientar as orações.

e) tinham relações com a filosofia grega, desprezando o espiritualismo exagerado e organizando o poder dos sacerdotes.

25. (Unicamp 2012) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe.

(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.)

Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:

a) O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente africano.

b) Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do islamismo.

c) A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas tradicionais do continente.

d) O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida imperialista do século XIX.

26. (Ufrn 2012) Leia com atenção a definição abaixo:

Capitalismo: sistema econômico e social predominante na maioria dos países industrializados ou em industrialização. Neles, a economia baseia-se na separação entre trabalhadores juridicamente livres, que dispõem apenas da força de trabalho e a vendem em troca de salário, e capitalistas, os quais são proprietários dos meios de produção e contratam os trabalhadores para produzir mercadorias (bens dirigidos para o mercado) visando à obtenção de lucro.

SANDRONI, Paulo (Org. e sup.). Dicionário de economia. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. p. 40.

Considerando as características apresentadas acima, o modelo socioeconômico do feudalismo europeu na Idade Média se diferencia do modelo capitalista, pois, entre outros elementos,

a) as demandas do comércio internacional por produtos agrícolas possibilitaram aos camponeses grandes lucros com a venda de excedentes da produção.

b) as revoltas camponesas do século XV aboliram as taxações feudais e favoreceram a adoção do sistema de colonato no regime feudal.

c) a maioria da mão de obra era empregada no campo, dedicando-se a uma produção de subsistência e ligando-se por laços servis à classe aristocrática.

d) a burguesia urbana enriquecida comprava títulos de nobreza e agravava a exploração da classe camponesa, submetida à servidão.

27. (Uespi 2012) O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. Os reis do absolutismo:

a) encontraram apoio dos papas da Igreja Católica que concordavam, sem problemas, com o autoritarismo dos reis e a existência das riquezas vindas das colônias.

b) eram desfavoráveis ao crescimento político da burguesia, pois se aliavam com a nobreza latifundiária e defensora da continuidade de princípios do feudalismo.

c) dominaram na Europa moderna, contribuindo para diminuir o poder do papa e reorganizar a economia conforme princípios do mercantilismo.

d) fortaleceram as alianças políticas entre grupos da aristocracia europeia que queriam a descentralização administrativa dos governos.

e) fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a teoria do ‘justo-preço’.

28. (Ueg 2012) Artigo 200: Se um homem arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele, arrancarão o seu dente.

Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de prata.

Artigo 202: Se um homem agrediu a face de um outro homem que lhe é superior, será golpeado sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.

CÓDIGO DE HAMURÁBI. In: VICENTINO; DORIGO. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2001. p. 47.

Estes artigos pertencem ao célebre Código de Hamurábi, primeiro registro escrito de leis de que se tem notícia. Com base na leitura dos exemplos apresentados, conclui-se que

a) a pena pelo delito cometido pode variar de acordo com a posição social da vítima e do agressor.

b) para a legislação de Hamurábi, a Lei de Talião era absoluta, sempre “olho por olho, dente por dente”.

c) Hamurábi conseguiu unificar a Babilônia a partir da implantação de um só código de leis para todo o território.

d) os antigos babilônios consideravam que agredir a face de um homem era mais grave do que arrancar seu dente.

29. (Espcex (Aman) 2011) Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que

a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.

b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de facilitar a defesa do território.

c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555.

d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de vicereis.

e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso da cultura canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.

30. (Ufpe 2011) A exploração portuguesa era intensa, no Brasil colonial, e provocava rebeldias e insatisfações constantes. Organizavam-se movimentos de resistência e de busca de autonomia política. Durante o século XVIII, por exemplo, houve:

( ) a Revolta dos Alfaiates, com proposta de libertar a colônia e procurar formar uma sociedade mais justa e igual.

( ) a Guerra dos Emboabas, marcada pela luta contra a escravidão dos negros e a disputa por minas de ouro.

( ) a Inconfidência Mineira, com objetivos de criar uma nação democrática, sem escravos e sem pobres.

( ) a Conspiração dos Suassunas, que abalou o mercado do açúcar e destruiu a vila do Recife.

( ) a Revolta de Felipe dos Santos, que reclamava da cobrança exagerada de impostos na região de Minas Gerais.

31. (Unesp 2011) O fechamento da Assembleia Constituinte, por D. Pedro I, em novembro de 1823,

a) impediu a tentativa de recolonização portuguesa e eliminou a influência política da Igreja Católica.

b) isolou politicamente o imperador e determinou o imediato final do Primeiro Reinado brasileiro.

c) representou a centralização do regime monárquico e provocou reações separatistas.

d) ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos federalistas.

e) assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário.

32. (G1 - cps 2011) Os combates de gladiadores surgiram no sul da Itália, chegaram a Roma no meio século III a.C. e foram oficializados pelo Senado, em 105 a.C. Inicialmente realizados durante as cerimônias fúnebres, pouco a pouco eles foram perdendo seu caráter sagrado e se transformaram em manifestações laicas, no início da era cristã. Apesar de escravos, os gladiadores eram esportistas de alto nível, pois cabia aos promotores das lutas oferecerem um espetáculo de qualidade. Esses combates representavam, para os gladiadores, cair nas graças da multidão, fato que os levava à fama.

Para conquistar o reconhecimento do povo, cidadãos importantes, desde líderes locais até o próprio imperador, ofereciam esses espetáculos ao público.

O governo de Otávio Augusto (30 a.C.- 14 d.C.), visando aumentar a popularidade e diminuir as revoltas dos pobres da cidade de Roma, ampliou a “política do pão e circo”.

(Revista História Viva, ano V, nº 56. Adaptado)

Sobre esse momento da história romana, é válido afirmar que

a) esses espetáculos públicos tinham um caráter puramente religioso e evitavam as revoltas sociais,

pois os romanos temiam a ira de seus deuses.

b) a “política do pão e circo”, no fim da era cristã, manteve o caráter sagrado dos combates de

gladiadores, pois muitos desses participantes ofereciam sua vida ao deus cristão.

c) a política do “pão e circo”, ampliada por Otávio Augusto, pôs fim às desigualdades sociais entre

patrícios e plebeus.

d) os combates entre gladiadores, promovidos nos estádios, serviam para diminuir a insatisfação

popular contra os governantes.

e) as lutas de gladiadores surgiram no sul da Itália para pôr fim a revoltas sociais ocorridas no

governo de Otávio Augusto, no século III a.C.

33. (Ufpe 2011) A religião muçulmana foi eixo da cultura de muitos povos e estimulou conquistas importantes no campo das vitórias imperialistas. Possui semelhanças com a religião cristã, embora mantenha tradições vindas de outros credos. A propósito, a religião muçulmana:

( ) cultua um único Deus, além de, como os cristãos, acreditar na existência do bem e do mal.

( ) ficou ausente dos feitos culturais da literatura medieval, vinculando-se apenas às reflexões filosóficas.

( ) acredita nas revelações de Maomé, seu grande profeta, que prometia o paraíso para seus seguidores.

( ) se rege pelo Livro do Alcorão, onde se pode encontrar os princípios que definem suas crenças e suas relações com o judaísmo.

( ) desconfia das promessas de um juízo final, embora acredite na existência do inferno e do paraíso.

34. (G1 - ifsp 2011) Entre os séculos XIV e XVI, ricas cidades dedicavam-se ao comércio internacional (principalmente de especiarias).Exemplos disso são as cidades europeias de Florença e Roma (sede do Papado),que atraíram dezenas de artistas e homens cultos em busca da antiguidade clássica como fonte de inspiração. Trata-se do período do Renascimento Cultural.

Assinale a alternativa que contém os elementos por meio dos quais podemos identificar o Renascimento:

a) Antropocentrismo- Otimismo- Razão-Espírito investigativo- Leonardo da Vinci.

b) Teocentrismo – Igreja- Hedonismo- Pessimismo- Michelângelo.

c) Mecenato-Fé-Inquisição-Antropocentrismo- Aristóteles.

d) Medievalismo- Vassalos-Racionalismo-Espírito dedutivo-Camões.

e) Classicismo- Mecenas- Teologia- Espírito científico- Galileu.

35. (Ufsc 2011) Na última Copa do Mundo, na África do Sul, a mídia rendeu tributo a Nelson Mandela. Em relação a Mandela e sobre a África do Sul, é correto afirmar que:

01) a liderança de Mandela foi fundamental para combater o apartheid na África do Sul.

02) Mandela não conseguiu combater o apartheid, visto que ficou preso mais de 20 anos numa prisão em Soweto.

04) Mandela iniciou a política do apartheid na África do Sul, a qual se expandiu por todo o continente africano.

08) o apartheid foi uma política adotada por Mandela que reivindicava a ascensão dos negros aos cargos políticos na África do Sul.

16) a África do Sul notabilizou-se por ser um dos maiores produtores de diamantes do mundo.

32) a África do Sul foi palco da Guerra dos Bôeres, na qual os grupos étnicos locais, Utus e Tutsis, entraram em guerra fratricida.

36. (Espm 2011) A antiga Flandres situava-se no nordeste da França, ocupando também uma parte da Bélgica e constituía-se num ponto central e de fácil acesso no Ocidente da Europa.

(Raymundo Campos. História Geral)

Sobre a importância da Flandres na Baixa Idade Média é correto assinalar que:

a) era uma região sob domínio dos muçulmanos, desde quando estes invadiram a Europa no século VIII;

b) era uma região banhada pelo Mar Báltico e importante centro de produtos como mel, peixe salgado, cereais, madeiras;

c) foi o berço de uma gigantesca associação de comerciantes denominada Liga Hanseática, conhecida ainda como Hansa Teotônica;

d) era uma região em que se realizavam feiras, que após o século XIII tornaram-se as mais procuradas do continente, famosas por seus tecidos de lã de carneiro;

e) era uma região cortada pelos varegues, comerciantes nórdicos, conhecidos pelo controle sobre o comércio de produtos orientais.

37. (Ufsm 2011) Na Europa ocidental, no início da Baixa Idade Média, as florestas dominavam a paisagem, e os seres humanos viviam em clareiras cultivadas onde produziam os alimentos para o seu sustento. As florestas constituíam complementos econômicos importantes para os camponeses e os nobres que delas extraíam frutos, mel, madeira, caça e peles.

São aspectos de um período histórico caracterizado pelo(a)

a) feudalismo.

b) invasão dos bárbaros.

c) medo da Peste Negra.

d) fuga da violência dos viquingues.

e) religiosidade gótica.

38. (Udesc 2011) De modo geral, a historiografia considera o século XIV como aquele que assinala o início da crise do sistema feudal europeu. Sobre os fatores que contribuíram para configurar este cenário de crise do sistema feudal, assinale a alternativa incorreta.

a) As reformas religiosas de Lutero e Calvino.

b) A superexploração da terra e dos camponeses.

c) A crise de abastecimento de alimentos que levou fome à Europa.

d) A Peste Negra, que atingiu a Europa e se espalhou por todo o continente.

e) Emergência de revoltas rurais e urbanas em toda a Europa.

39. (Espcex (Aman) 2011) O período conhecido por Baixa Idade Média estendeu-se dos séculos X ao XV e foi marcado por profundas transformações, entre elas o renascimento comercial. É correto afirmar que essa transformação esteve relacionada com

a) a formação das feiras, que eram pontos de comércio temporário, tendo-se destacado inicialmente as regiões de Champanhe e, posteriormente, a região de Flandres.

b) o aparecimento de um novo grupo social, os mercadores, que passaram a ocupar o lugar da nobreza na sociedade estamental durante toda a Idade Moderna.

c) o reaparecimento da moeda e das transações financeiras, que ficaram limitadas às cidades italianas, mais próximas do mercado oriental.

d) o surgimento de hansas ou ligas, poderosas associações de comerciantes, cujos interesses se chocavam com os dos nobres, que percebiam nas atividades daquelas uma ameaça à segurança das cidades destes.

e) o surgimento do movimento comunal, uma disputa entre senhores feudais e burgueses, em torno das taxas de impostos cobrados sobre as atividades comerciais realizadas nos feudos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Para as artes visuais florescerem no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e XVI, as regiões mais altamente urbanizadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos, e essas foram as regiões de onde veio grande parte dos artistas.

(Adaptado de Peter Burke, O Renascimento Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 64.)

40. (Unicamp simulado 2011) A relação entre o Renascimento cultural e o ambiente urbano na Europa dos séculos XV e XVI justifica-se porque.

a) as cidades eram centros comerciais e favoreciam o contato com a cultura árabe, cujo domínio das técnicas do retrato e da perspectiva sobrepôs-se à arte europeia, dando origem ao Renascimento.

b) a presença de artistas nas cidades atraía os investimentos de ricos burgueses em busca de prestígio social, fazendo com que as regiões que concentravam os artistas, como a Itália e os Países Baixos, se urbanizassem mais que as outras.

c) nas cidades podia-se estudar a cultura artística em universidades, dedicadas ao cultivo da tradição clássica e ao ensino de novas técnicas, como o uso do estilo gótico na arquitetura e da perspectiva na pintura.

d) a riqueza concentrada nas cidades permitia a prática do mecenato, enquanto o crescimento do comércio estimulava o encontro entre as culturas europeia e bizantina, possibilitando a redescoberta dos valores da antiguidade clássica.

41. (Ufmg) Leia este trecho do documento:

Eu el-rei faço saber a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira com que melhor e seguramente se possam ir povoando para exaltamento da nossa santa fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais deles ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas coisas que cumprirem a meus serviços e aos negócios de minha fazenda e a bem das partes [...]

É CORRETO afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência

a) à criação do Governo Geral, com sede na Bahia.

b) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro.

c) à implementação da Capitania-sede em São Vicente.

d) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no nordeste.

42. (Enem 2ª aplicação) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância”.

MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por

a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos movimentos liberais da França napoleônica.

b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingleses na luta contra o absolutismo monárquico.

c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconômica escravista e latifundiária.

d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução Francesa, propondo o sistema censitário de votação.

e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa.

43. (Uepg) O regime democrático grego foi instituído em Atenas, na época do governo de Clístenes (final do século VI a.C.). A respeito da democracia ateniense, assinale o que for correto.

01) A democracia ateniense era uma democracia escravista. O trabalho escravo era a base da vida econômica da sociedade.

02) Diferente das democracias atuais, o modelo ateniense se estruturou a partir do sistema de castas sociais.

04) Na democracia ateniense cidadãos eram apenas os homens livres, nascidos em Atenas e maiores de idade, os quais possuíam o direito de participar ativamente da vida política.

08) Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas na democracia ateniense.

44. (Ufjf) Acerca do início da Idade Moderna, leia a afirmação a seguir. Em seguida, com base na citação e em seus conhecimentos, responda ao que se pede.

Atividades econômicas, estruturas e relações sociais, formas políticas, ideologias, manifestações culturais, tudo afinal se modificou em maior ou menor grau, embora em ritmos e proporções bastante diferenciados entre si. Tal conjunto permite-nos considerar essa época o começo de um período distinto do medieval, quaisquer que tenham sido as permanências e continuidades então verificadas.

Explica-se assim o hábito há muito difundido entre os historiadores de procurar sintetizar todas as transformações do período que então se iniciava utilizando a noção de moderno.

Fonte: FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio E. A formação do mundo moderno: a construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. P.2.

Sobre as diversas modificações ocorridas no período, marque a alternativa INCORRETA.

a) O movimento conhecido como Renascimento Cultural tinha como uma de suas características centrais o antropocentrismo.

b) O desenvolvimento dos Estados Modernos foi caracterizado pela crescente descentralização dos poderes, que enfraqueceu o poder dos monarcas.

c) O movimento da Reforma Protestante criticou as práticas da Igreja Católica e dividiu a Cristandade Ocidental.

d) Ocorreu a propagação de importantes correntes de pensamento tais como as teorias de direito divino dos Reis.

e) O surgimento de avanços tecnológicos como a bússola e o astrolábio colaborou para a realização das grandes navegações.

45. (Fgvrj) A democracia sul-africana completou quinze anos em 2009. O delicado processo histórico de transição negociado desde 1990, dirigido por Nelson Mandela e o então presidente Frederik de Klerk, resultou em um novo governo de unidade nacional. No que se refere ao processo de transição democrática sul-africana é correto afirmar:

a) Foi marcado pelo aprofundamento dos conflitos com protestos de movimentos estudantis, boicotes e greves decretados pelos sindicatos negros.

b) Foi marcado pela guerra civil e a vitória militar do governo do apartheid.

c) Foi marcado pela tolerância política e pela reconciliação entre os principais opositores durante o apartheid: o Partido Nacional e o Congresso Nacional Africano.

d) Foi marcado pela imposição de sanções da ONU e pela expulsão da África do Sul das Federações Esportivas Internacionais.

e) Foi marcado pela radicalização política e pela oposição entre negros e brancos, dando início à luta armada.

46. (Pucpr) A peste negra matou mais da metade da população europeia em meados do século XIV. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença representou uma ameaça às áreas mais pobres e infestadas de ratos.

A partir do contexto das adversidades vividas na Europa desse período, marque a alternativa CORRETA:

a) Esse período também é marcado pelo fortalecimento do poder e do prestígio do papado. O ideal medieval de uma comunidade cristã unificada e guiada pelo papa foi reforçado.

b) Marca esse período a assinatura do Tratado de Verdun, que acabou com o reino construído por Carlos Magno.

c) A peste negra influenciou, positivamente, o fortalecimento do poder dos senhores feudais e marcou o declínio das atividades comerciais.

d) O pensamento escolástico de Santo Agostinho (1225-1274) predomina nesse contexto em detrimento da perspectiva cristã de São Tomás de Aquino (354-430).

e) Pertence a esse período a série de conflitos conhecida como Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Entre franceses e ingleses, essa guerra se iniciou no século XIV, perdurando até o século XV, e contribuiu para a formação dos Estados Nacionais inglês e francês.

47. (Ufmg) O Reinado de D. Pedro II foi marcado por ações que demonstravam o interesse da Monarquia em estimular o crescimento intelectual da nação.

Considerando-se essa informação e outros conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que, entre as principais ações nesse sentido, destaca - se:

a) A criação de instituições de ensino – como a Escola de Minas de Ouro Preto, que, embora voltada à formação das elites, cumpriu importante função na pesquisa e na prospecção de minerais.

b) A fundação do Museu da Inconfidência – um museu - escola –, que representou um ato de reparação aos mineiros pela perda, no processo de devassa da Inconfidência Mineira, de seus ilustres intelectuais.

c) O financiamento da vinda da Missão Artística Francesa, que se propôs estimular e ensinar as mais diversas formas de expressão artística a artistas brasileiros.

d) O resgate e proteção do Barroco Mineiro - e, consequentemente, de Aleijadinho, seu principal representante - como forma de valorização da produção cultural brasileira.

48. (Uel) A expansão imperial romana resultou, a partir do século I d.C., na utilização do trabalho escravo em grande escala e no aumento significativo do número de plebeus desocupados, aos quais se juntaram levas de pequenos agricultores arruinados. Isso incrementou o êxodo rural e provocou o inchamento das cidades, especialmente de Roma. Para amenizar o problema social dessas massas, o Estado passou a dar-lhes subsídios.

Esta política caracterizou-se pela distribuição de:

a) Terras para os desocupados, caracterizando uma verdadeira reforma agrária, conhecida como a política agrária, de Licínio.

b) Dinheiro para a aquisição de roupas e alimentos, combatendo a inflação que assolava a República, provocada pela política de Tucídides.

c) Grãos a preços baixos e espetáculos públicos gratuitos, conhecida como política do pão e circo, de Augusto.

d) Sementes, instrumentos agrícolas e escravos para o cultivo de terras na Sicília e no norte da África: a política de colonização, de Suetônio.

e) Escravos para estimular a agricultura na Península Ibérica, conhecida como a política agrícola, de Cláudio.

49. (Unifesp) O Renascimento Cultural se iniciou na Itália, no século XIV, e se expandiu para outras partes da Europa nos séculos seguintes. Uma de suas características é a:

a) Adoção de temas religiosos, com o objetivo de auxiliar o trabalho de catequese.

b) Pesquisa técnica e tecnológica, na busca de novas formas de representação.

c) Recusa dos valores da nobreza e a defesa da cultura popular urbana e rural.

d) Manutenção de padrões culturais medievais, na busca da imitação da natureza.

e) Rejeição da tradição clássica e de seu princípio antropocêntrico.

50. (Fgv) "Caro, o pão faltava nas mesas dos pobres. Na Inglaterra, após mais de cem anos de estabilidade, seu valor quintuplicou em 1315. Na França, aumentou 25 vezes em 1313 e multiplicou-se por 21 em 1316. A carestia disseminou-se por toda a Europa e perdurou por décadas.

(...)

Faltava comida não por ausência de braços ou de terras.

(...)

Afinal, se os camponeses - esteio do crescimento demográfico verificado desde o ano 1000 - não conseguiam produzir mais, era porque já haviam cultivado toda a terra a que tinham acesso legal.

Já os senhores não faziam pura e simplesmente porque não queriam. Moeda sonante não era exatamente a base de seu poder e glória".

(Manolo Florentino, Os sem-marmita, "Folha de S. Paulo", 07.09.2008)

O texto traz alguns elementos da chamada crise do século XIV, sobre a qual é correto afirmar que:

a) resultou da discrepância entre o aumento da produtividade nos domínios senhoriais desde o século XI e o recuo da produção urbana de manufaturas.

b) foi decorrência direta da peste negra, que assolou o norte da Europa durante todo o século XIV, e fez que os salários fossem fixados em níveis muito baixos.

c) resultou do recrudescimento das obrigações feudais, que gerou a concentração da produção de trigo e cevada nas mãos de poucos senhores feudais da França.

d) foi deflagrada, após as inúmeras revoltas operárias, no campo e na cidade, que quebraram com a longa estabilidade do mundo feudal europeu.

e) teve ligação com as estruturas feudais que impediam que a produção crescesse no mesmo ritmo do crescimento da população em certas regiões da Europa.

51. (Pucpr) O Apartheid foi um regime político que segregou grande parte da população sul-africana, baseado no princípio da cor da pele.

Esse regime terminou no início da década de 1990, por meio de:

a) Uma guerra civil que irrompeu liderada por Nelson Mandela e que ameaçou a estabilidade política e econômica do país.

b) Estados Unidos e Grã-Bretanha ameaçaram invadir a África do Sul, se o poder não fosse entregue também aos cidadãos não-brancos da África do Sul.

c) Uma grave crise econômica abateu-se sobre a África do Sul, em decorrência de uma prolongada greve geral promovida pelos trabalhadores negros, que se recusaram a trabalhar nas empresas e minas sul-africanas, até que a cidadania plena lhes fosse concedida.

d) Um plebiscito, no qual a população branca da África do Sul decidiu abolir o regime e permitir que a população sul-africana não-branca também participasse da vida política de seu país. Essa ação foi motivada por fortes pressões internacionais que ameaçavam a estabilidade da economia sul-africana.

e) Uma coligação militar formada por vários países africanos, incluindo Nigéria, Tanzânia, Quênia, Angola e Moçambique, ameaçou cortar ligações econômicas com a África do Sul, caso a cidadania plena não fosse concedida a toda população.

52. (Ufsc) Na Idade Média, entre os séculos XII e XV, verificou-se uma ascensão da economia europeia. No entanto, dentro desse período, em meados do século XIV, ocorreu uma significativa retração econômica.

Em relação a este assunto, é CORRETO afirmar que:

01) a crise econômica verificada em meados do século XIV se deveu às Cruzadas, movimento religioso que deslocou milhares de homens em idade produtiva rumo ao Oriente Médio.

02) a Peste Negra acarretou uma drástica diminuição da população, com reflexos diretos na economia.

04) tudo indica que a Peste Negra originou-se no Oriente, matando mais de um terço da população europeia.

08) a crise econômica gerada pela Peste Negra foi o marco decisivo para o fim do sistema feudal.

16) como forma de fugir da Europa infectada pela Peste Negra, milhares de europeus se dispuseram a seguir as Cruzadas para libertar Jerusalém sitiada.

32) a ascensão econômica entre os séculos XII e XV foi uma realidade exclusiva dos países ibéricos, em função das grandes navegações lá iniciadas.

53. (Enem) A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: "As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo."

Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky, The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações).

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que

a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.

b) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico.

c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis.

d) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.

e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados.

54. (Pucrs) Responder a questão com base nas afirmativas a seguir, sobre a crise do sistema feudal na Europa, ao longo do século XIV.

I. No início do século XIV, a produção agrícola diminuiu significativamente, devido à exploração predatória de novas terras, ao consequente desgaste geral do solo e às alterações ecológicas e climáticas provocadas pelo desmatamento.

II. A elevação de preços, a escassez de produtos e a fome enfraqueceram e desorganizaram o campesinato, o que provocou o fim das grandes revoltas camponesas e uma considerável redução do deslocamento desse grupo social para as cidades, a partir do ano 1340.

III. A escassez de mão de obra, devida à Peste Negra, levou a nobreza da Europa Ocidental a extinguir as obrigações pagas em dinheiro pelos camponeses e a reforçar os laços tradicionais de servidão, como a prestação em trabalho, conhecida como Corveia.

IV. Os mercadores das cidades, em geral, lucravam com a inflação do período, pois seus produtos estavam quase sempre em alta, enquanto seus gastos com salários, aluguéis e arrendamentos diminuíam.

Estão corretas apenas:

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

55. (Ufpb) Para administrar as suas terras da América, a Metrópole Portuguesa organizou um sistema administrativo formado por vários níveis de governo.

Sobre a estrutura administrativa colonial adotada pelo Império Português, em suas possessões americanas, leia as afirmativas a seguir.

I. As capitanias hereditárias foram criadas em 1534 e constituíram a primeira forma de gestão administrativa da América Portuguesa. Doadas a particulares - os donatários -, as capitanias visavam garantir a posse das terras através da sua colonização. Todavia, como apenas as de São Vicente e Pernambuco prosperaram, foi estabelecido, na Bahia de Todos os Santos, o Governo Geral, em 1549, que se sobrepôs às capitanias existentes.

II. A Paraíba não constava entre as capitanias hereditárias, sendo criada depois, em 1585, época dos Governos-Gerais, portanto, sob controle direto da Coroa. Daí a sua designação de real, posto que era propriedade do Estado monárquico, encarnado no Rei, como era o costume no Antigo Regime. Por esse motivo, nunca houve donatários da capitania da Paraíba, mas sim governadores ou capitães-mores.

III. As Câmaras municipais das vilas e cidades foram instâncias administrativas que representavam o poder dos senhores locais. Eram ocupadas pelos homens bons, categoria social de sesmeiros, a nobreza da terra, e por comerciantes e seus representantes. Mulheres, gentios e homens livres pobres, por serem dependentes, e os escravos, por serem propriedade, estavam excluídos da representação.

Está(ão) correta(s):

a) apenas II

b) apenas III

c) apenas I e II

d) apenas II e III

e) I, II e III

56. (Uece) "...diz Oliveira Lima que um oficial português jurou a um oficial brasileiro que o Brasil continuaria escravo de Portugal e que o príncipe embarcaria, mesmo que para isto, tivesse sua espada de servir-lhe de prancha".

Fonte: LUSTOSA, Isabel. "Perfis Brasileiros: D. Pedro I". São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p 132/133.

O episódio acima narrado, refere-se ao famoso "Dia do Fico". Em relação aos desdobramentos dele decorrentes, considere as seguintes afirmativas:

I - A oficialidade portuguesa não se conformou com a decisão de D. Pedro I de permanecer no Brasil. As tropas armadas portuguesas saíram dos quartéis, armados de cassetetes, insultando transeuntes e praticando desacatos.

II - Medidas para conter os desagravos das tropas portuguesas não foram tomadas e contraditoriamente, D. Pedro I exigiu que as mesmas permanecessem no Brasil e posteriormente premiou as tropas, tornando-as sua guarda pessoal.

III - Instalou-se um clima de guerra com toda tropa de linha e miliciana do país. A estes juntaram-se cidadãos de todas as classes: roceiros, agregados, negros forros, escravos dispostos a enfrentar a divisão portuguesa.

São corretas

a) I, II e III

b) apenas I e III

c) apenas I e II

d) apenas II e III

57. (Ufu) A imagem adiante foi concebida em 1434 pelo artista flamengo Jan Van Eyck (1390-1441). A cena foi encomendada pelo mercador italiano Giovanni Arnolfini - retratado na tela ao lado de sua noiva, Jeanne de Chenany - e testemunhava a união conjugal desse casal.

[pic]

Considerando o contexto social, econômico e artístico em que esse quadro foi pintado, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O quadro é indicativo de transformações históricas pelas quais passavam a Europa desde a crise do feudalismo. Ele testemunha a emergência de novas classes sociais e de novos sentidos para a arte no contexto da chamada Revolução Comercial, retratando uma cena cotidiana de pessoas comuns (no caso, burgueses).

b) No século XV, a presença de mercadores italianos no norte da Europa era comum. Flandres e a Península Itálica estavam conectadas entre si desde, pelo menos, o século XIII, fazendo parte de uma grande rede de comunicação comercial, marítima e terrestre constituída na Europa.

c) O quadro demonstra que a nascente burguesia europeia, do século XV em diante, passou a gozar de status social correspondente ao da nobreza. Isso porque, ao longo dos séculos XV, XVI e XVII, figurar em obras de arte era privilégio exclusivo dos grupos sociais de maior poder e prestígio.

d) A pintura flamenga do século XV dialogou com o Renascimento Italiano. A técnica da pintura a óleo, por exemplo, foi introduzida em Flandres e também na Itália naquela época. Essa técnica permitiu que pintores flamengos, florentinos e venezianos dessem mais realismo e vivacidade às suas obras.

58. (Unifesp) Durante a Baixa Idade Média (séculos XI a XIV), o Ocidente importou, com regularidade e intensidade crescentes, especiarias de áreas e civilizações não cristãs. Essas mercadorias eram

a) adquiridas por meio de escambo (trocadas por quinquilharias) ou por roubo dos povos produtores, como na costa ocidental da África.

b) compradas com moedas nos portos do Mediterrâneo oriental, ou trocadas por tecidos de lã, provenientes de Flandres e das cidades do norte da Itália.

c) obtidas com exclusividade pelos bizantinos, os quais as revendiam, igualmente com exclusividade, aos mercados venezianos.

d) vendidas nos portos europeus pelos comerciantes árabes, depois de trazidas do Oriente por caravanas de camelos.

e) transportadas por navios de cabotagem, principalmente ibéricos, que as vendiam nos mercados da Europa do Norte.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia?

(Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses)

59. (Puccamp) O cristianismo, após ter sido durante muito tempo combatido pelo Império Romano, tornou-se sua religião oficial no século IV. O reconhecimento do cristianismo pelo Império Romano corresponde

a) ao Concílio Ecumênico, que aboliu os cultos pagãos e promoveu a expansão do cristianismo.

b) ao Edito de Milão, que concedeu liberdade de culto aos cristãos e proibiu as perseguições.

c) a Pax Romana, que pôs fim aos conflitos religiosos e atestou a hegemonia do cristianismo na Europa.

d) ao Concílio de Trento, que sistematizou e tornou obrigatório o ensino do cristianismo em todo o Império.

e) ao Triunvirato, que conferiu poder político a bispos e considerou heresia qualquer outra crença religiosa.

60. (Ufpe) Apesar das dificuldades de comunicação durante a Idade Média, o comércio era desenvolvido por terra, rios e mar. Sobre esta prática econômica, analise as proposições abaixo.

( ) Os normandos conseguiram manter aberto o comércio na região do mar Báltico, estabelecendo uma circulação de mercadorias apenas entre reinos da Europa Ocidental.

( ) A rota do mar do Norte e do mar Báltico se tornou uma das mais ativas, chegando a ocupar o terceiro lugar em importância na Europa, durante a Idade Média.

( ) O principal circuito comercial europeu, deste período, estava formado pelos entrepostos do Oriente Médio, pelas cidades da península Itálica e pela região de Flandres.

( ) Os tecidos de seda produzidos na região de Flandres chegaram aos mais distantes mercados orientais, com o apoio dos entrepostos comerciais dominados pelos árabes.

( ) O comércio do Norte da Europa foi controlado por mercadores da Hansa Teutônica ou Liga Hanseática, constituída no século XIV.

61. (Ufscar) Fui a terra fazer compras (...). Há muitas coisas inglesas, tais como seleiros e armazéns, não diferentes do que chamamos na Inglaterra um armazém italiano, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. Quanto aos alfaiates, penso que há mais ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias de ambas as nações e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias com a bandeira da União, leões vermelhos, marinheiros alegres e tabuletas inglesas, competem com as de Greenwich ou Deptford.

O cotidiano descrito no texto de Maria Graham, em sua visita ao Rio de Janeiro em 1822, era consequência

a) da Abertura dos Portos de 1808.

b) da Independência do Brasil em 1822.

c) do Tratado de Methuen de 1703.

d) da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal em 1815.

e) da conquista da Guiana Francesa em 1809.

62. (Fuvest) "Foi de vital importância o fato de que, a partir do século XII, nobres e burgueses passaram a morar na parte cercada pelas muralhas das cidades. Os interesses e prazeres das duas classes tornaram-se assim semelhantes..."

(Jacob Burckhardt, 1860)

Sobre esse fenômeno, pode-se afirmar que

a) ocorreu em todos os lugares da Europa onde se desenvolveram cidades, pondo fim à dominação social da nobreza.

b) ocorreu em todas as cidades marítimas, de Lisboa a Hamburgo, passando pela Itália do Norte e Flandres.

c) foi interrompido pela nobreza, a partir da crise do século XIV, depois de ter se desenvolvido na Baixa Idade Média.

d) marcou as mais importantes cidades italianas, constituindo-se num dos fatores sociais do Renascimento.

e) marcou as mais importantes cidades europeias, constituindo-se num dos fatores da criação das Universidades medievais.

63. (Mackenzie) A guerra foi igualmente provocada pelas ambições da França e da Inglaterra sobre Flandres, região economicamente rica pelo seu comércio e por sua produção de tecidos. Extremamente devastadora, agravou a situação de miséria e exploração das classes camponesas, mas também contribuiu para revelar o sentimento nacional.

A afirmação acima refere-se à:

a) Guerra do Bouvines.

b) Guerra dos Cem Anos.

c) Guerra das Duas Rosas.

d) Guerra dos Três Henriques.

e) Guerra dos Trinta Anos.

64. (Pucsp) A sociedade feudal era estamental e fragmentada politicamente. O cerimonial a seguir transcrito, representativo do relacionamento estabelecido entre nobres, determinava as condições para a doação dos feudos, colocando até mesmo o rei dentro desse sistema de reciprocidade:

"Aos 7 dos idos de Abril, quinta-feira, foram prestadas as homenagens ao conde; o que foi cumprido segundo as formas determinadas para prestação de fé e de fidelidade, segundo a ordem seguinte. Em primeiro lugar, eles fizeram homenagem assim: o conde perguntou ao futuro vassalo se queria tornar-se seu homem sem reserva, e este respondeu:

- 'quero-o ',- depois, com as mãos apertadas entre as do conde, aliaram-se por um beijo. Em segundo lugar, aquele que tinha feito homenagem empenhou a sua fé (...) e, em terceiro lugar, ele jurou isto sobre as relíquias dos santos.

Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde deu-lhes investidura (a posse simbólica do feudo), a todos que acabavam de prestar-lhe homenagem, de prometer-lhe fidelidade e de prestar-lhe juramento. "

(Gilberto de Bruges, "História da morte de Carlos o Bom, conde de Flandres", in FREITAS, Gustavo de. 900 TEXTOS E DOCUMENTOS DE HISTÓRIA, vol. 4521 I, Lisboa, Plátano.)

O cerimonial descrito

a) estabelecia uma rede de lealdades entre os diferentes estratos da sociedade medieval, contribuindo para a centralização monárquica.

b) delimitava direitos e obrigações entre nobreza, clero e povo.

c) estabelecia as condições para o ingresso na categoria de nobres, possibilitando ascensão social.

d) prescrevia as condições de doação dos feudos, estabelecendo uma hierarquização do ponto de vista econômico, contribuindo para o fortalecimento do poder real.

e) estabelecia uma hierarquização do ponto de vista militar, no interior de um sistema de reciprocidade, incluindo obrigações de fidelidade e proteção, no qual constituía a recompensa.

65. (Uel) Considere as proposições a seguir.

I. "No Século XIV, as insurreições camponesas e urbanas, o clima de agitação social e a falta de segurança nas estradas contribuíram para que o setor mercantil transferisse a rota terrestre, que ligava a cidade de Flandres (...), para a via marítima..."

II. "A conquista de Ceuta significou apropriação de importantes lucros para o Estado e o grupo mercantil a ele ligado. Ao mesmo tempo, para a nobreza (...) ela foi vista como uma forma de combater os infiéis e conquistar terras..."

III. "No final do antigo regime, significativos setores da nobreza, enfraquecidos, deixaram de participar das atividades mercantis, o que fez com que a burguesia e o rei se lançassem ao comércio marítimo."

IV. "Os portugueses iniciaram a sua aventura expansionista através da pirataria e do saque às frotas italianas e iniciaram a expansão do seu império com a conquista do litoral africano."

V. "No final do Século XV, Portugal detinha a exclusividade da rota atlântica das especiarias e dos artigos de luxo - o mais importante setor do comércio internacional na época."

Sobre a expansão marítima portuguesa, são corretas SOMENTE as proposições

a) I, II e V

b) I, III e IV

c) I, III e V

d) II, III e IV

e) II, IV e V

66. (Puccamp) Analise os textos a seguir e responda.

I. "Na verdade, Ciência e Razão eram apenas uma face de realidade bem mais complexa. Enquanto as elites redescobriram Aristóteles ou discutiam Platão na Academia florentina, (...), a quase totalidade da população europeia continuava analfabeta. Praticamente alheia à matematização do tempo tinha seu trabalho regido ainda pelos galos e pelos sinos (exceto nos centros têxteis mais importantes da Itália e de Flandres), a vida cotidiana pautada por ritmo sazonais..."

II. "... numa época agitada, na qual o individualismo realizava grandes progressos, os fiéis sentiram a necessidade de uma teologia mais sólida e mais viva que aquela que lhes ensinava - ou não lhes ensinava - um clero geralmente pouco instruído e rotineiro, composto por capelães famintos e incapazes de substituir os curas titulares, que tampouco possuíam uma formação melhor."

a) O primeiro texto descreve o contexto social à época do Renascimento, enquanto o segundo identifica uma das causas da Reforma.

b) O primeiro texto refere-se aos fatores responsáveis pela crise do feudalismo no século XIV, enquanto o segundo, identifica uma das causas do Renascimento.

c) O primeiro texto envolve uma crítica contundente ao cientificismo defendido pelos renascentistas, enquanto o segundo, faz uma crítica ao movimento reformista.

d) Os dois textos referem-se às consequências socioeconômicas da Reforma religiosa nos países europeus.

e) Os dois textos identificam as causas responsáveis pelo desenvolvimento dos princípios fundamentais do Renascimento.

67. (Mackenzie) "Entre os movimentos mais conhecidos da Idade Média estão as Cruzadas, que foram originalmente expedições organizadas pela Igreja, contando com o apoio dos dirigentes políticos das principais monarquias feudais".

(Marco Antônio de Oliveira Pais)

As Cruzadas no Ocidente tinham por objetivo:

a) reconquistar os territórios sagrados do cristianismo na Palestina e reunificar o mundo cristão abalado com o Cisma do Ocidente.

b) libertar do domínio muçulmano o Sacro Império Romano Germânico do Ocidente através da união dos reis, Ricardo Coração de Leão, Felipe Augusto e Frederico Barba Ruiva.

c) expulsar os muçulmanos da Península Ibérica, promover a expansão cristã nas terras eslavas e combater os hereges albigenses na França.

d) libertar as cidades de Gênova e Veneza do domínio islâmico e expulsar os mouros da região de Flandres, reabrindo as rotas comerciais.

e) conquistar Jerusalém, organizar na região o sistema feudal e criar ordens monásticas como a dos Templários e dos Hospitalários.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a soma dos itens corretos.

68. (Ufba) "A peste é, sem nenhuma dúvida, entre todas as calamidades desta vida, a mais cruel e verdadeiramente a mais atroz. É com grande razão que é chamada por antonomásia de o 'Mal'. Pois não há sobre a terra nenhum mal que seja comparável e semelhante à peste. Desde que se acende num reino ou numa república esse fogo violento e impetuoso, veem-se os magistrados atordoados, as populações apavoradas, o governo político desarticulado. A justiça não é mais obedecida; os ofícios param; as famílias perdem sua coerência e as ruas, sua animação. Tudo fica reduzido a uma extrema confusão. Tudo é ruína. Pois tudo é atingido e revirado pelo peso e pela grandeza de uma calamidade tão horrível. As pessoas, sem distinção de estado ou de fortuna, afogam-se numa tristeza mortal. Sofrendo, umas da doença, as outras do medo, são confrontadas a cada passo ou com a morte, ou com o perigo. Aqueles que ontem enterravam, hoje são enterrados e, por vezes, por cima dos mortos que na véspera haviam posto na terra".

(Apud DELUMEAU, p. 121)

A análise do texto anterior e os conhecimentos sobre Idade Média e outros períodos da história permitem afirmar:

01) O texto dá uma visão dos efeitos advindos da Peste Negra, ocorrida na Europa, no século XIV, responsável pelo desequilíbrio demográfico de várias áreas do continente e pela desorganização da produção de alimentos.

02) A frequente ocorrência de epidemias, em centros urbanos medievais, decorreu da aglomeração urbana, das precárias condições de higiene, da inexistência de conhecimentos de medicina preventiva e da subnutrição.

04) O texto indica que as epidemias incidiam apenas sobre as camadas menos favorecidas das cidades medievais, em decorrência de sua extrema pobreza e das desigualdades sociais.

08) Embora a peste seja considerada fator de desagregação das estruturas políticas, jurídicas e sociais, podem ser computadas a fome e a guerra como também responsáveis pela desarticulação dessas estruturas, na Baixa Idade Média.

16) As revoltas camponesas ocorridas em Flandres e em regiões da França e da Inglaterra, durante a Baixa Idade Média, resultaram da incapacidade dos governos de cidades e feudos para conter a propagação de epidemias.

32) O texto, embora descreva uma realidade da Europa medieval, pode esclarecer também a inquietação que se abateu sobre cidades brasileiras, em meados do século XIX, atingidas pela epidemia da cólera-morbo.

64) A ocorrência de pestes e epidemias, nos dias atuais, tem sido interpretada, pela maioria das pessoas, como resultado do castigo do céu e da ira divina, anunciando o fim dos tempos.

69. (Fatec) Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma:

"O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a atividade manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de metais nobres e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas. Por tudo isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de Revolução Comercial."

A Revolução Comercial ocorreu graças:

a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento.

b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.

c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhante àquela que levou à formação das cruzadas.

d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.

e) à auto-suficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para exportação.

70. (Unirio) Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista protestante, no início do século XVI, destacamos o(s):

a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos.

b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas católicas.

c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica.

d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.

e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio de Trento.

Gabarito:

Resposta da questão 1:

F – F – V – F – F.

Falsa. Elas efetivamente eram espaços de poder, mas para os quais só podiam ser eleitores e se elegerem os homens representantes da elite local e sem “mácula” de sangue, conforme os estatutos que regiam a sociedade colonial brasileira.

Falsa. As Câmaras foram implantadas no Brasil junto com o sistema de Capitanias Hereditárias. Ao ter início o Governo Geral, em 1549, elas já estavam funcionando em muitas localidades.

Verdadeira. Os chamados “homens bons” eram aqueles elementos da sociedade que possuíam bens e não tinham “mácula” de sangue e, até um determinado período da colonização, denominavam-se assim aqueles que não desenvolviam atividades de pequeno comércio, ou seja, não mexiam com dinheiro.

Falsa. Os indivíduos que compunham as Câmaras Municipais no Brasil eram eleitos pelos membros da elite local, o que se modificou apenas quando da inserção do “juiz de fora”, oficial nomeado pelo Rei para presidir a Câmara, o que, para Pernambuco, por exemplo, só ocorreu em 1696.

Falsa. Segundo Evaldo Cabral de Melo, as Câmaras coloniais se constituíram, realmente, em espaços de negociação política. Contudo, durante muitos anos, foram presididas por juízes ordinários ou da terra sem formação jurídica, alguns até analfabetos.

Resposta da questão 2:

[B]

Questão de interpretação da imagem que, de fato, não tem precisão geográfica, mas destaca uma das atividades desenvolvidas pelos portugueses no Brasil colônia, a exploração do pau-brasil, através da prática do escambo. Na data da publicação do mapa, já havia a exploração açucareira; no entanto, o extrativismo da madeira continuou apesar da perda de importância.

Resposta da questão 3:

[C]

O texto retrata o trabalho servil, característico da Idade Média europeia, no qual o trabalhador está “preso à terra”, ou seja, não é escravo (não é propriedade de alguém), mas não pode abandoná-la; em compensação, também não pode ser expulso pelo proprietário. Considera-se que o servo devia ao senhor feudal um conjunto de “obrigações”, sendo que as mais importantes eram corveia, talha e banalidades.

Resposta da questão 4:

[D]

Duas características do enunciado contribuem para a resolução: a ideia de expansão cristã para diversos continentes e o nome da obra “A Camões”, um dos grandes nomes da literatura portuguesa da época moderna, época das grandes navegações, tradicionalmente exaltada pelo autor lusitano.

Resposta da questão 5:

[E]

Os dois fragmentos de textos retratam a Idade Moderna e as transformações promovidas pela expansão do comércio e pela ampliação da produção manufatureira. Neste período se consolidaram as monarquias nacionais absolutistas, portugueses e espanhóis intensificaram o comércio com a América, África e Ásia, explorando seus recursos naturais, vegetais e minerais. No entanto, o processo de implementação de colônias ocorreu na América; na África os portugueses estabeleceram feitorias e, em todos os casos, sempre houve forte resistência dos povos nativos.

Resposta da questão 6:

[E]

Embora haja o texto como referência, a questão demanda conhecimentos específicos acerca da Descolonização Afro-Asiática e da Guerra Fria, uma vez que o primeiro evento sofreu influência do segundo. Angola e Moçambique, ex-colônias portuguesas na África, alcançaram suas respectivas independências na década de 1970, auxiliadas por Cuba e União Soviética.

Resposta da questão 7:

[C]

Questão muito simples, pois basta o aluno saber que sem as cheias do Rio Nilo não era possível haver agricultura, uma vez que ela é que preparava o terreno para o plantio.

Resposta da questão 8:

[D]

O texto destaca a chegada da peste negra às cidades portuárias da Itália e somente depois atingiu o interior e outras regiões da Europa. A doença já era grave nas regiões do oriente próximo e a intensificação do comércio – dada a “reabertura” do Mediterrâneo na baixa idade média – abriu as portas não apenas para maior contato com povos árabes e para novas mercadorias, mas também para ratos e doentes, que rapidamente espalharam a doença pelas cidades litorâneas.

Resposta da questão 9:

[B]

[A] Incorreta. A União Ibérica não se constituiu em detrimento dos comerciantes e colonos portugueses, que continuaram com seus privilégios nas terras americanas.

[C] Incorreta. Não havia preocupações ecológicas com a preservação da Mata Atlântica.

[D] Incorreta. No início do século XVII, o principal produto de exportação da América Portuguesa era o açúcar.

[E] Incorreta. O rei está reafirmando o monopólio real da exploração do pau-brasil. O controle dessa atividade deve se coadunar com a iniciativa dos colonos.

Resposta da questão 10:

[B]

A charge satiriza a constante preocupação da metrópole portuguesa em promover seu projeto de integração das terras brasileiras à lógica mercantilista existente e as dificuldades em implantar esse projeto, dada a concorrência com as novas potências emergentes e os constantes ataques sofridos pela colônia brasileira.

Resposta da questão 11:

[D]

Devido ao contrabando existente na região, o governo metropolitano precisava impor um controle rígido, inclusive nas estradas. É necessária uma atenção especial à opção [C], já que a primeira parte está correta, mas o final da opção contém um equívoco: a circulação do ouro em pó também foi proibida com a criação das Casas de Fundição.

Resposta da questão 12:

[A]

A Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, foi um movimento emancipacionista, ou seja, pretendia a independência do Brasil frente ao domínio português, mas, ao mesmo tempo, exigia o fim da escravidão e a elevação do ex-escravo à condição de cidadão, com direitos garantidos, independente de sua origem.

Resposta da questão 13:

[E]

A questão tentou, dentro de uma proposta interdisciplinar, dialogar com conhecimento de Física. Mas o foco principal, no tocante ao componente curricular de História, é o uso da bateia. A bateia tornou-se símbolo, na interpretação historiográfica, da tecnologia rudimentar utilizada na exploração do ouro de aluvião. O que, em parte, explicaria o rápido esgotamento das minas, pois faltava investimento em métodos mais eficazes de exploração.

Resposta da questão 14:

[C]

No período anterior a 1530, denominado “pré-colonial”, Portugal explorou apenas a madeira, com a extração do pau-brasil. Após 1530 começou a colonização efetiva, com a ocupação da terra por donatários e sesmeiros, a partir da doação de capitanias por parte do Estado. A estrutura fundiária criada foi responsável pela produção e exportação de açúcar em grande escala, apoiada no trabalho escravo.

Resposta da questão 15:

01 + 08 + 16 + 32 = 57.

[01] CORRETA. A proibição do direito de propriedade a menos de dez léguas visava evitar que doações de terras (sesmarias) prejudicassem a produção açucareira.

[02] INCORRETA. Questão interpretativa. A afirmativa é contrária ao próprio texto. Conforme o autor, a transição atinge seu apogeu na República Velha e foi marcada pela predominância do latifúndio monocultor.

[04] INCORRETA. Após a Independência, o Brasil foi estruturado em um governo monárquico absolutista, escravocrata, latifundiário, monocultor e agroexportador. Pequenos focos de liberalismo, como a Confederação do Equador e as revoltas regenciais, foram esmagados pelo governo.

[08] CORRETA. De fato, a Lei de Terras de 1850 objetivava a manutenção do controle das terras aráveis, principalmente a partir da grande migração europeia, no século XIX, que ameaçava os interesses dos proprietários brasileiros e o próprio modelo latifundiário monocultor.

[16] CORRETA. O art. 68 da Constituição confere aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes títulos respectivos. Desde a promulgação da constituição, em 1988, diversos decretos, instruções normativas e portarias ministeriais vêm materializando a diretriz normativa.

[32] CORRETA. A década de 1990 foi marcada pelo nascimento de movimentos camponeses, como o MST (Movimento dos Sem Terras), cujos conflitos violentos com empresas agrícolas e proprietários alcançaram a mídia internacional.

Resposta da questão 16:

[B]

O texto marca o início da atividade mineradora no Brasil. Nesse sentido, a existência da data “Em 1720” é um dado importante para o aluno perceber e relacionar o momento colocado pelo texto, bem como a citação da criação das Casas de Fundição, instrumento do controle português e das medidas relativas ao combate do contrabando, provocar a ira dos mineradores, levando à organização da Revolta de Felipe dos Santos em que o principal motivo gerador dessa revolta é a tentativa de abolir a criação deste instrumento de controle e exploração da metrópole portuguesa.

O aluno poderia ser levado a marcar a alternativa [C], a Inconfidência Mineira, que é outra revolta do período da mineração no Brasil, até muito mais conhecida por parte dos alunos, mas o que faz a diferença para o acerto da questão é justamente a data explícita no texto, enquanto a Inconfidência Mineira é datada de 1789.

Resposta da questão 17:

[E]

A Abertura dos Portos às Nações Amigas foi a primeira e mais importante medida da Corte Portuguesa no Brasil. Ela é justificada pela invasão francesa sobre o Reino e pela necessidade da colônia manter suas exportações, mesmo sem passar por Lisboa. Tal medida determinou grande prejuízo à burguesia lusitana e, ao contrário, beneficiou a burguesia industrial e mercantil inglesa e mesmo os latifundiários brasileiros, pois significou o fim do pacto colonial.

Resposta da questão 18:

[B]

A “abertura dos Portos” é entendida como a principal realização de D. João no Brasil, em 1808. Se essa medida favoreceu à Inglaterra, ela também ampliou o comércio do Brasil com outras nações, como a Holanda e os Estados Unidos, além de países latinos. Esse fato fez com que a Inglaterra fizesse maior pressão e obtivesse maiores privilégios, que podem ser percebidos pelos tratados de 1810.

Resposta da questão 19:

[D]

A fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão só ocorreram após este período inicial, também chamado de período de reconhecimento. São Vicente, a primeira vila da colônia, foi fundada em 1532, e a escravidão foi implementada com a lavoura e a manufatura canavieira no decorrer do século XVI.

Resposta da questão 20:

[C]

Durante o período regencial, conservadores e liberais se alternaram no poder. Ao final de 1839, na tentativa de afastar os conservadores da Regência e retomar o controle político do Brasil, os liberais fundam o Clube da Maioridade e, com o apoio da imprensa que era contrária à centralização política defendida pelos conservadores, armam o “Golpe da Maioridade”. A Assembleia Geral aprova a antecipação da maioridade do Imperador, que assume o trono brasileiro em 23 de julho de 1840, aos 14 anos de idade.

Resposta da questão 21:

[D]

O texto do Rei Hamurábi, da Babilônia (antiga Mesopotâmia, hoje Iraque), revela um governo autoritário, no qual a última palavra é a do governante, que deve ser obedecido sem questionamentos. O texto do filósofo grego Aristóteles fala de democracia e liberdade, que levariam os cidadãos a viver “como se quer”, não se submetendo a um governo despótico.

Resposta da questão 22:

[D]

A cavalaria era uma instituição cultural relativa apenas aos elementos da nobreza, assim como a relação de suserania e de vassalagem. As cruzadas podem ser vistas como o maior exemplo de belicosidade, envolvendo centenas de nobres de diversas regiões da Europa. A preparação e disposição para o combate estava presente na formação do cavaleiro desde a infância do nobre. Combater invasores, defender as donzelas e a Igreja eram ideais dessa formação.

Resposta da questão 23:

[C]

Os bellatores correspondiam aos nobres dentro da estrutura social da Idade Média e, além da posse das terras, também possuíam o monopólio da força militar. Eles não se dedicavam à produção agrícola, pois essa função era realizada pelos laboratores (servos).

Resposta da questão 24:

[A]

A “sociedade árabe” não tinha grupos políticos importantes. Os árabes eram divididos politicamente em cidades e tribos rivais. As pregações de Maomé, ainda em Meca, desagradavam à elite governante da cidade, que controlava o comércio e obtinha grandes lucros com a peregrinação à cidade. Essa elite temia que a pregação monoteísta acabasse com a prática da peregrinação e afetasse o comércio, daí as perseguições que resultaram na hégira.

Resposta da questão 25:

[B]

A questão pode ser respondida a partir da leitura do texto e de conhecimentos gerais sobre a expansão islâmica, e não é necessário o conhecimento específico sobre os povos africanos e seu processo de islamização. Por conta de interesses comerciais, grupos árabes estabeleceram contato e se misturavam a povos africanos, num processo de interação cultural que, mais tarde, contribuiu para a difusão da religião. Esses grupos mercantis eram minoritários e existiram em diversas regiões da África, mesmo sob domínio de outros povos. O texto destaca que alguns grupos africanos – e não árabes – foram, posteriormente, responsáveis pela expansão do islamismo para diversas partes do interior do continente.

Resposta da questão 26:

[C]

As principais características do sistema feudal eram uma economia agrária de subsistência, baseada na exploração da mão de obra servil. Com ausência de uma economia mercantil e urbana. No campo político predominava a fragmentação, com ausência do Estado sendo as relações militares baseados em laços de suserania e vassalagem. Culturalmente, era marcado por uma forte religiosidade, exercendo a igreja cristã medieval o monopólio da realidade social e o controle da arte, cultura e ciência.

Resposta da questão 27:

[C]

O absolutismo foi a principal característica política das nações europeias durante a Idade Moderna, caracterizado por forte centralização do poder e, nos Estados católicos, justificado como de origem divina. Existe uma ideia comum de que, para os reis fortalecerem o seu poder, a nobreza e a Igreja tiveram seu poder reduzido; essa interpretação é predominante nos livros didáticos, porém existem visões diferentes, que reforçam o poder das velhas elites – nobreza e clero – no controle do Estado Moderno.

Resposta da questão 28:

[A]

O Código de Hamurabi, sintetizado na frase “olho por olho, dente por dente”, tratava agressor e agredido de formas diferentes, considerando a classe social a que pertenciam.

Resposta da questão 29:

[D]

O Governo Geral foi instalado no Brasil em 1549, na cidade de Salvador, e pretendeu representar a Coroa em território colonial. Sua ação foi restringida pela grande dimensão do Brasil, mas manteve-se até a chegada da Corte comandada por D. João VI em 1808.

Resposta da questão 30:

V – F – F – F – V.

A revolta dos Alfaiates (Inconfidência Baiana) foi um movimento emancipacionista e que defendeu o fim da escravidão. A Guerra dos Emboabas em Minas Gerais envolveu os primeiros mineradores contra os “forasteiros” (mercadores ou novos proprietários de terra) A Inconfidência Mineira não foi democrática e não defendeu o fim da escravidão. A Conspiração dos Suassunas foi apenas um movimento intelectual e não se materializou. Felipe dos Santos foi enforcado por liderar um movimento contra a instalação das Casas de Fundição.

Resposta da questão 31:

[C]

A chamada Noite da Agonia (passagem do dia 11 para 12 de novembro de 1823), na qual o imperador dissolveu a Assembleia Constituinte, marcou a ruptura da aliança, até então bem sucedida, entre a aristocracia brasileira e o príncipe-regente que tinha resultado na independência do Brasil. Com a esperança de instalar no Brasil um regime político liberal, no qual os poderes da autoridade imperial seriam limitados para que a aristocracia pudesse exercer maior autoridade através do Parlamento, seus membros se voltariam contra D. Pedro I, liderando revoltas, que em alguns casos assumiram um caráter separatista, em diversas províncias.

Resposta da questão 32:

[D]

Segundo o texto, a origem das lutas esteve ligada à expressão religiosa, porém, com o passar do tempo, adquiriu nova conotação. Partindo da data apresentada no texto, 105 a.C., percebe-se que a mudança ocorreu numa época de crise do governo republicano, chegando a época do Império como forma de promover a alienação da plebe, em número cada vez maior de marginalizados pela expansão do escravismo.

Resposta da questão 33:

V – F – V – V – F.

A religião muçulmana é monoteísta e formada por um conjunto de tradições – parte delas cristãs, mas também judaicas; vale a pena lembrar que consideram Cristo como um importante profeta.

Na idade média, os árabes muçulmanos produziram conhecimento em diversas áreas do saber cientifico, literário e artístico;

Para os muçulmanos Maomé foi o último e mais importante profeta, responsável por receber de Alá as leis divinas, compiladas no livro sagrado, o Alcorão.

Resposta da questão 34:

[A]

É necessário conhecer as características básicas do Renascimento Cultural e alguns de seus maiores expoentes. Retomando a cultura clássica Greco romana, o renascimento valorizou o Homem, o antropocentrismo, o racionalismo, o individualismo, o otimismo e o hedonismo, negando e se contrapondo as características da cultura medieval, julgando a Idade Média, como a “Idade das Trevas”. Portanto, todos os elementos vinculados à cultura religiosa são descartados, como a Inquisição, a Fé ou a teologia. Isso não significa que os renascentistas eram ateus ou que negavam a religião.

Resposta da questão 35:

01 + 16 = 17

Nelson Mandela é reconhecido como o principal líder na luta contra o apartheid, mesmo no período em que esteve na prisão. A disputa que envolveu hutus e tutsis ocorreu e Ruanda.

Resposta da questão 36:

[D]

A Baixa Idade Média se caracteriza por diversas transformações no mundo feudal, destacando-se o renascimento comercial e urbano. A presença muçulmana foi restrita à Península Ibérica, com forte comércio pelo Mediterrâneo. Flandres não é banhada pelo Mar Báltico, se localiza às margens do Atlântico. A Liga Hanseática envolveu cidades germânicas. Os nórdicos nunca participaram do comércio oriental.

A região de Flandres pode ser considerada como o ponto extremo da “rota da Champagne”, que se origina na região italiana e corta a França, sendo que seus produtos mais importantes são os tecidos, produzidos artesanalmente na própria região, com a lã de carneiros proveniente da Inglaterra.

Resposta da questão 37:

[A]

Apesar de a Baixa Idade Média ser descrita com destaque às transformações urbanas e comerciais, estas devem ser entendidas como exceções, pois ainda predominava a estrutura feudal, com uma economia agrária voltada para a subsistência.

Resposta da questão 38:

[A]

De forma geral a historiografia considera que a crise feudal se inicia no século XI. São os historiadores marxistas que consideram o século XIV como início da crise feudal. Neste século houve uma grande crise de retração, determinada pelos efeitos da Guerra dos cem anos, da peste negra e da grande fome, associada tanto as condições climáticas como a superexploração do trabalho da massa camponesa. Os movimentos religiosos de Lutero e Calvino se desenvolveram no século XVI.

Resposta da questão 39:

[A]

As feiras medievais eram áreas de comércio que se desenvolveram principalmente no cruzamento das principais rotas, mas também nas proximidades de grandes castelos e centros religiosos, locais de grande aglomeração humana. Eram temporárias e as principais feiras se realizaram na região que ligava o norte da Itália à região de Flandres. A nova classe de mercadores não ocupou o lugar da nobreza, que se manteve como elite; as moedas, apesar de restritas, circulavam nas mãos da alta nobreza e do alto clero; o crescimento da cidade não era entendido como ameaça a atividade rural, assim como as disputas que ocorreram, como o “movimento comunal”, tinha fundo político e não necessariamente econômico.

Resposta da questão 40:

[D]

A alternativa correta resume com muita precisão a relação entre o Renascimento Cultural e o ambiente urbano da Europa a sua época.

Resposta da questão 41:

[A]

A criação do Governo Geral pelo rei de Portugal em 1548,foi motivada pelo fracasso do sistema de capitanias hereditárias adotado em 1530 para promover a colonização e administração do Brasil. Com a implantação do Governo Geral, promoveu-se a centralização administrativa da colônia, mas sem que fossem suprimidas as capitanias.

Resposta da questão 42:

[E]

A Conjuração Baiana de 1798, posterior à Inconfidência Mineira, é normalmente comparada com a sua antecessora. O movimento baiano é considerado como “popular”, inspirado nos ideais jacobinos de igualdade que pressupunham o modelo republicano e os mesmos direitos para todos os homens. Os baianos defenderam ainda o fim da escravidão.

Resposta da questão 43:

01+ 04 + 08 = 13

As afirmativas corretas descrevem as características da democracia ateniense.

O sistema de castas é próprio da civilização indiana e define-se casta como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho. Originalmente, as castas eram quatro, sendo os bramanis (acerdotes e letrados), os ksatrya (guerreiros), os vaisya (comerciantes) e os sudra (servos: camponeses, artesãos e operários). À margem dessa estrutura social existem os dalits (coveiros), mais conhecidos como párias, sem casta, considerados intocáveis por todas as castas.

Resposta da questão 44:

[B]

A questão aborda algumas das principais mudanças ocorridas na transição feudal-capitalista. Em todas elas, a única INCORRETA é a alternativa [B], que mostra um caráter de descentralização do poder político dos reis dos Estados Nacionais Modernos. Na verdade, é neste momento que os reis se tornam poderosos devido ao Absolutismo que, em certos casos, foram justificados por teorias filosóficas. Esses monarcas centralizavam o poder em suas mãos.

Resposta da questão 45:

[C]

A alternativa [C] está correta, refletindo o processo de transição negociada entre o governo segregacionista e as forças opositoras apontado no comando da questão. As alternativas [A] e [E] estão erradas, pois contrariam a definição do processo indicado na apresentação da questão. A alternativa [B] incorre no mesmo erro, além de afirmar a manutenção do apartheid. A [D] aponta acontecimentos anteriores que refletiram a pressão internacional contra o regime de apartheid.

Resposta da questão 46:

[E]

A crise do século XIV na Europa Ocidental, motivada pela tríade Peste Negra, Grande Fome e Guerra dos Cem Anos, promoveu altos índices de mortalidade que reduziram consideravelmente a população européia, contribuindo de um lado para acelerar a crise do feudalismo que já vinha se manifestando desde os séculos anteriores e de outro uma crise do capitalismo que se encontrava em processo embrionário.

Essa crise é posterior ao Tratado de Verdun que foi assinado em 843 e que promoveu a divisão do Reino Franco entre os netos de Carlos Magno, favoreceu o processo de centralização das monarquias nacionais na França e na Inglaterra, que por sua vez enfraqueceu o poder da nobreza feudal e do papado.

A época da crise, pensamento predominante era influenciado pela filosofia escolástica, cujos principais representantes são, Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274).

Resposta da questão 47:

[A]

A questão aborda um fato restrito à história de Minas Gerais, mas que se insere no contexto das ações de estímulo à atividade cultural por Dom Pedro II, tido por muitos pesquisadores como um autêntico mecenas.

Resposta da questão 48:

[C]

Resposta da questão 49:

[B]

Resposta da questão 50:

[E]

Resposta da questão 51:

[D]

Resposta da questão 52:

2 + 4 = 6

Resposta da questão 53:

[A]

O testemunho de Agnolo di Tura faz uma associação direta entre o enorme número de mortos devido à Peste Negra e o fim do mundo. Essa associação expressa, por sua vez, uma visão teocêntrica e dogmática medieval, que considerava que os diversos fenômenos simultâneos como surtos de fome, a Guerra dos Cem Anos e a Peste Negra eram sinais da cólera de Deus, reforçando a crença no final dos tempos.

Resposta da questão 54:

[B]

Resposta da questão 55:

[E]

Resposta da questão 56:

[B]

Resposta da questão 57:

[C]

Resposta da questão 58:

[B]

Resposta da questão 59:

[B]

Resposta da questão 60:

F-V-V-F-V

Resposta da questão 61:

[A]

Resposta da questão 62:

[D]

Resposta da questão 63:

[B]

Resposta da questão 64:

[E]

Resposta da questão 65:

[A]

Resposta da questão 66:

[A]

Resposta da questão 67:

[C]

Resposta da questão 68:

01 + 02 + 08 = 11

Resposta da questão 69:

[A]

Resposta da questão 70:

[B]

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