Curso de Relações Internacionais da UNESP Marília



Curso de Relações Internacionais da UNESP Marília

Informações gerais:

Modalidade: Bacharelado

Duração : 4 anos

Período: noturno

Vagas: 40/turma

Situação atual: 1º, 2º e 3º ano

Coordenadora do Conselho de Curso de RI:

Dra. Lídia Maria Vianna Possas

Vice –coordenador do Conselho de Curso de RI:

Dr. Luis Antonio Francisco de Souza

Membros docentes do Conselho de Curso de R.I.

Titulares:

Lídia Maria Vianna Possas

José Marangoni Camargo

Luís Antonio Francisco de Souza

José Blanes Sala

Membros docentes do Conselho de Curso de R.I.

Suplentes:

Odair da Cruz Paiva

Marcos Cordeiro Pires

Ethel Volfzon Kosminsky

Célia Aparecida Ferreira Tolentino

Membros discentes do Conselho de Curso de R.I.

Titulares:

Sem indicação no momento.

Breve Histórico do Curso

A solicitação de criação do Curso de Relações Internacionais da UNESP – Campus de Marília originou-se em 1997, obtendo aprovação junto ao CEPE — Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, em 1998. Elaborado o projeto pedagógico e a estrutura curricular, foi apreciado em Sessão Extraordinária do Conselho Universitário da UNESP em 17 de maio de 2001 que solicitou outras informações.

O Curso foi reiterado pelos Departamentos de Ensino envolvidos (DCPE – Departamento de Ciências Políticas e Econômicas e DSA – Departamento de Sociologia e Antropologia), e obteve a aprovação unânime da Congregação da UNESP – Campus de Marília em 19 de junho de 2001, como sendo de “Aspiração legítima da comunidade acadêmica”.

Paralelamente à esse processo, o Programa de Pós-Graduação Santiago Dantas obteve na CAPES a sua aprovação, em parceria com a PUC/SP e a UNICAMP, confirmando a relevância do pedido de Marília para o Mestrado Acadêmico, Mestrado Profissionalizante, Doutorado Acadêmico na Área de Relações Internacionais.

Em 25/04/2003, o Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, que concentra parcela significativa das disciplinas curriculares reiterou a importância do Curso de Relações Internacionais na Unidade .

O Curso de Relações Internacionais da UNESP de Marília teve sua aprovação no Conselho Universitário em 17/07/2002 sendo criado através da Resolução UNESP de 23/07/2002 e publicada no Diário Oficial do Estado de 24 de julho de 2002.

O primeiro vestibular do Curso de Relações Internacionais de Marília foi realizado no período de 06 a 08 de julho de 2003, com 40 vagas e 2.164 inscritos (relação candidato vagas 54:1). O resultado do Vestibular 2003 evidenciou a presença de 55% mulheres e 45% homens, com a faixa etária de menores de 25 anos. O início das aulas ocorreu em 11 de agosto de 2003.

O Conselho Provisório do Curso de Relações Internacionais da UNESP – Campus de Marília foi composto pelos docentes Lídia Maria Vianna Possas, Francisco Luiz Corsi, José Marangoni Camargo, do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas; e Marcos César Alvarez, do Departamento de Sociologia e Antropologia.

A Proposta Curricular do Curso de R.I. possui uma carga horária de 172 créditos, sendo 164 obrigatórios (incluindo a Monografia) e 08 Disciplinas Optativas. Não há indicação de Estágios

Em 17 de outubro de 2003 elegeu-se o CCRI – Portaria nº 156, de 17/10/2003, sendo designados os seguintes Conselheiros: Prof. José Marangoni de Camargo (titular) e Dra. Mírian Cláudia Lourenção Simonetti (suplente); Dra. Ethel Volfzon Kosminsky (titular) e Dr. Marcos César Alvarez (suplente); Dra. Lídia Maria Vianna Possas (titular) e Dr. Odair da Cruz Paiva (suplente); e Dra. Célia Aparecida Ferreira Tolentino (titular) e Dr. Giovanni Antonio Pinto Alves (suplente). Coordenadora: Dra. Lídia Maria Vianna Possas; vice-coordenadora: Dra. Célia Aparecida Ferreira Tolentino.

Em 19/11/2003 foi realizado o I Encontro do Curso de Relações Internacionais da UNESP – Campus de Marília, com a temática “Abordagens e Perspectivas”, tendo como debatedores o Professor Doutor Clodoaldo Bueno e o Professor Doutor Tullo Vigevani, e a convidada Profª Drª Janina Onuki, coordenadora do Curso de RI da PUC/SP.

O Curso de RI optou pela não realização de vestibular em dezembro de 2003, devido a ausência de espaço físico suficiente e a necessidades de docentes concursados. Portanto o segundo vestibular para o Curso de RI deu-se em dezembro de 2004, com 391 inscritos ( sendo 233 mulheres e 158 homens) e apresentando a relação de 9,78% candidatos por vaga.

As inscrições para o terceiro vestibular em 2005 encerraram em outubro e novamente vieram confirmar uma procura significativa: 1059 candidatos, sendo 637 mulheres e 422 homens e com a relação candidato/vaga de 26,5, o segundo da Unidade, sendo superado pelo Curso de Fisioterapia, com 28,3.

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS [1]

I - JUSTIFICATIVA

Tornou-se um lugar comum dizer que os acontecimentos nacionais são crescentemente importantes para as sociedades contemporâneas, portanto também para o Brasil. Na verdade, o crescimento dessa importância é indiscutível. Ao mesmo tempo, as informações são freqüentes, praticamente atuais sobre conflitos e questões que atingem as relações entre povos e estados em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo em que a popularização de temas e agendas é notável, vai-se tornando difícil compreender o como e o porquê das situações. Muitas variáveis interferem: a própria política, a economia, a cultura, os valores. Por isso vem ganhando importância o estudo das relações internacionais, que atrai cada vez maior número de jovens no mundo inteiro, no Brasil e mais especificamente no Estado de São Paulo, inclusive no interior.

A área de Relações Internacionais dedica-se não ao estudo da conjuntura, que não é subestimada, mas não é preocupação central. Dedica-se ao estudo das estruturas, processos, instituições, atores e normas que caracterizam o sistema internacional. Estes estudos no Século XX acabaram por definir uma área específica do saber, cujos temas principais foram o estudo da guerra, da paz, o desenvolvimento de teorias e modelos de análise sobre as relações entre estados, sobretudo a dinâmica das organizações, do sistema, das motivações de níveis mínimos de convivência, das razões para a cooperação.

Importantes mudanças da política mundial ocorridas nas últimas décadas do Século XX fizeram com que novos temas se incorporassem: direitos humanos, meio ambiente, comércio e desenvolvimento, tecnologia, narcotráfico, migrações, conflitos étnicos, exclusão social e outros.

A complexidade do sistema internacional contemporâneo, onde combinam-se cooperação e conflito, globalização e regionalização, o surgimento de novos atores ou de velhos atores com novos papeis, acabam criando a necessidade de um entendimento sofisticado e de preparação de profissionais em mais larga escala, vistas as exigências da sociedade e do mercado. Acrescente-se a isto a aspiração brasileira a um papel protagônico maior. Tudo isso configurando a importância de um Curso de Relações Internacionais.

II – Objetivos

Formar pesquisadores na área de Relações Internacionais. Abaixo, ao discutir o perfil profissional, fica clara a especificidade do Curso e as áreas de trabalho. O Curso tem como objetivo formar estudantes que se insiram nas novas necessidades intelectuais e, ao mesmo tempo, capazes de responder às mudanças introduzidas pelo mercado de trabalho no final do Século XX e início do Século XXI.

III – Perfil Profissional

No Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo, há carência de profissionais com as qualificações necessárias. Os estudos de Relações Internacionais mostram tratar-se de disciplina relativamente nova, incluindo estudos históricos de política, inclusive de direito, de economia e de sociologia. A relativa debilidade do setor de Relações Internacionais no plano institucional fez com que tivesse baixa inserção na academia. As necessidades fizeram com que nos últimos anos, na década de 90, houvesse uma explosão de novos cursos. Alguns de boa qualidade, outros, menos. A PUC/SP criou um em meados daquela década, seguindo-se a USP . A UNESP criou um no Campus de Franca, iniciado em 2002. É evidente a carência da participação da universidade pública e de qualidade neste campo. Portanto, o Curso de Relações Internacionais da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília surge como a ocasião de uma verdadeira consolidação.

Os trabalhos de Mônica Herz , de Paulo Roberto de Almeida e de Shiguenoli Miyamoto sugerem o surgimento de uma consciência crítica e construtiva, de intensa reflexão no sentido da definitiva e formal afirmação dessa área de conhecimento. Estudos existiram no Brasil, já no Século XIX e ao longo de todo Século XX, mas o adensamento de uma área específica ficou faltando.

O Curso em Marília cobre uma declarada deficiência no centro e oeste paulista. Pode-se afirmar que os cursos de Relações Internacionais de qualidade mais próximos são os de São Paulo, da PUC/SP e da USP, e o de Franca/UNESP. Assim, um curso numa universidade estadual em Marília cobrirá as necessidades de uma vasta área geográfica do Estado de São Paulo, com potencialidade de atração em parte do Mato Grosso do Sul e Paraná.

O Curso quer formar profissionais qualificados para atuar nas diversas áreas do mercado de trabalho em que o conhecimento dessa matéria é cada vez mais importante. O graduado em Relações Internacionais estará preparado para trabalhar em instituições internacionais, empresas privadas, na mídia, em agências governamentais, em organizações não-governamentais, empresas de consultoria, instituições financeiras, sindicatos.

Da mesma forma, vem crescendo a demanda de estudos especializados de parte do governo federal e suas agências, do poder legislativo, de partidos políticos, de governos subnacionais. O curso propõe-se também a qualificar jovens para o possível ingresso na carreira diplomática.

O estudante formado neste curso terá forte capacitação na área de Ciência Política, com conhecimentos de profundidade em Sociologia, História, Economia, Direito, Geografia. Portanto, será um profissional crítico com capacidade analítica, propenso ao estudo de questões gerais e ao mesmo tempo capacitado à aplicação em temas específicos que interessam à região de Marília, à sua inserção nos processos de integração regional, inclusive o Mercosul e na globalização.

O conjunto das disciplinas visará preparar para conhecimentos das organizações internacionais, da economia política internacional, áreas e regiões, sobretudo América Latina. O conjunto das atividades visará sólida formação na área de Política Externa, sobretudo Política Exterior do Brasil.

IV - Trabalho de conclusão de curso

Os alunos do Curso de Relações Internacionais realizarão monografia obrigatória de Conclusão de Curso. Tratar-se-á de disciplina específica.

Não será exigido estágio visto em Marília e região ser difícil a existência de instituições públicas ou privadas que ofereçam condições adequadas de realização desse mesmo estágio.

V. Proposta de Laboratório de RI: Sala de Simulação

Objetivo: Criar espaço didático pedagógico para complementar as atividades com aulas especiais e práticas de “simulação”, como debates, colóquios e seminários visando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e o exercício de experiências individuais e coletivas .

Espaço Físico: 1 sala com 120m²

Mobiliário:

• Mesa do professor – tipo conferencista

• Mesas pedagógicas: tipo hexagonais, que possibilitem uma série de disposições – reversão: 40 mesas e 160 cadeiras sem braço

• Quadro “ Múltiplo” possibilitando além do seu uso tradicional, os slides e transparências

Material Didático:

• Multi mídia,

• televisão 29 polegadas e DVD.

Iluminação: “especial” podendo atenuar a luminosidade da sala para atender os objetivos e necessidades das atividades didáticas.

V. Estrutura Curricular

Primeiro ano – segundo semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Política Externa Brasileira |04 |60 |

|Direito Constitucional |04 |60 |

|Geografia do Mundo Contemporâneo |04 |60 |

|História e Diplomacia no Século XX |04 |60 |

|Relações Econômicas Internacionais |04 |60 |

Segundo ano – primeiro semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Teoria Política Moderna |04 |60 |

|Introdução ao Estudo das Relações Internacionais |04 |60 |

|Introdução ao Pensamento Antropológico |04 |60 |

|Estatística Aplicada |04 |60 |

|Português Instrumental |04 |60 |

Segundo ano – segundo semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Teoria Política Contemporânea |04 |60 |

|Moeda, Crédito e Relações Internacionais |04 |60 |

|História e Formação dos Estados Latino Americanos |04 |60 |

|Teoria das Relações Internacionais |04 |60 |

|Linguagem, Comunicação e Sociedade I |04 |60 |

Terceiro ano – primeiro semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Sistema Financeiro Internacional |04 |60 |

|Linguagem, Comunicação e Sociedade II |04 |60 |

|Direito Internacional Público |04 |60 |

|Espanhol Instrumental |04 |60 |

|Optativa |04 |60 |

Terceiro ano – segundo semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Poder, Guerra e Geopolítica |04 |60 |

|Direito Internacional do Comércio |04 |60 |

|Colonização e Descolonização |04 |60 |

|Etnia e Nacionalidade na América Latina |04 |60 |

|Inglês Instrumental |04 |60 |

Quarto ano – primeiro semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Comércio Internacional |04 |60 |

|Democracia e Globalização |04 |60 |

|Instituições Políticas Internacionais |04 |60 |

|Cultura Contemporânea |04 |60 |

|Microeconomia Aplicada ao Comércio Internacional |04 |60 |

|Optativa |04 |60 |

Quarto ano – segundo semestre

|Disciplinas |Créditos |Carga Horária |

|Realidade Política Contemporânea na América Latina |04 |60 |

|Proteção Internacional dos Direitos |04 |60 |

|Organizações Internacionais |04 |60 |

|Tópicos Especiais em Teorias das Relações Internacionais |04 |60 |

|Políticas Sociais no Âmbito Internacional |04 |60 |

Marília, julho de 2006.

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[1] Trata-se do Projeto Pedagógico Inicial proposto, discutido em diferentes órgãos e instâncias da UNESP e aprovado em 2003. No momento atual um Grupo de Estudo e Pesquisa de RI – GEPRI, composto de docentes e alunos do Curso debatem a possibilidade de uma reestruturação curricular para o Curso de Relações Internacionais de Marília.

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