3 A Fiat Automóveis S.A. - PUC-Rio

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3 A Fiat Autom?veis S.A.

3.1. Hist?rico ? da funda??o at? 1990

Apesar de ter sido inaugurada em 1976, a Fiat Autom?veis come?ou a tra?ar sua hist?ria no Brasil no princ?pio da d?cada de 70, quando o ent?o governador de Minas Gerais, Sr. Rondon Pacheco, realizou os primeiros contatos com a Fiat S.p.A. (It?lia).

O objetivo principal das negocia??es era incentivar a maior ind?stria automobil?stica italiana a realizar novos investimentos em um p?lo industrial emergente, j? que se contava com a Fiat Allis na cidade de Contagem. Um ano depois, o governo de Minas Gerais j? recebia diversas miss?es t?cnicas provenientes da Fiat Auto S.p.A., e em 1972 foi assinada uma carta preliminar de inten??es. Neste mesmo ano foi apresentado pelo Minist?rio da Ind?stria e do Com?rcio ? dire??o da Fiat o Programa Especial de Exporta??es, que contribuiu com a defini??o do empreendimento.

Em mar?o de 1973, em solenidade realizada no Pal?cio da Liberdade, sede do governo mineiro, foi firmado o Acordo de Comunh?o de Interesses entre o Governo e a Fiat que, ap?s sua aprova??o na Assembl?ia Legislativa do Estado, levou a constitui??o, no m?s de julho, da Fiat Autom?veis S.A.

O in?cio da constru??o da f?brica data de 1974. O projeto foi elaborado pela Fiat Engineering S.p.A. e previa a constru??o em dois anos de uma ?rea coberta de 350 mil metros quadrados dentro de uma ?rea total de 2.245.000 metros quadrados e a conclus?o, em cinco meses, de um projeto de terraplanagem que tinha como caracter?sticas a escava??o de 12 milh?es de metros c?bicos de solo e 522 mil metros c?bicos de rocha.

A inaugura??o da Fiat Autom?veis S.A. aconteceu no dia 9 de julho de 1976 pelo ent?o Presidente da Rep?blica, Sr. Ernesto Geisel, e o Presidente da Fiat S.p.A., Sr. Giovanni Agnelli. Neste mesmo dia, j? era iniciada a fabrica??o do modelo 147 com uma produ??o inicial anual projetada de 20 mil ve?culos. Neste dia tamb?m foi apresentado um prot?tipo do mesmo modelo movido a ?lcool.

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O modelo 147 lan?ou no mercado automobil?stico nacional novas caracter?sticas t?cnicas como motor dianteiro transversal, tra??o dianteira e p?ra-brisa laminado. Vendeu no ano de lan?amento cerca de 64 mil unidades.

Em 1978, foi lan?ado o modelo 147 pick-up, que foi o primeiro comercial leve derivado de um autom?vel. Em 1979, foi lan?ado o modelo 147 a ?lcool, que foi o primeiro carro brasileiro movido a este combust?vel. Este ano, e o in?cio de 1980 foi o auge deste modelo, quando ele superou em vendas por alguns meses os modelos Sedan (Fusca) e Bras?lia da Volkswagen.

No entanto, o modelo 147 n?o alcan?ou os resultados esperados. Ele n?o conseguiu a qualidade nem a economia de combust?vel projetados, e, devido aos altos custos de produ??o, o seu pre?o chegou a superar o do seu principal competidor na ?poca, o "Fusca" da Volkswagen. Estes problemas, principalmente o de qualidade dos componentes, levaram ? cria??o de uma imagem negativa do 147 perante o consumidor (Nottoli, [1995?]).

Em 1984 a Fiat lan?ou o modelo Uno. Projetado e j? vendido na It?lia, este modelo representava a esperan?a de revers?o de imagem negativa que foi obtida com o modelo 147. No seu lan?amento o produto atendeu as expectativas, ganhando pr?mios como o "carro do ano". Neste ano ainda, a Fiat atingiu a marca de 1.000.000 de ve?culos produzidos.

Em 1986, indicava-se pela tend?ncia de queda de vendas e por declara??es de clientes e da rede de concession?rias, problemas na qualidade do produto, especificamente no modelo Uno. Em pesquisas realizadas pela empresa, foi detectado que aproximadamente 70 % dos consumidores n?o queriam os autom?veis produzidos pela Fiat. Para resolver este problema, em 1988, a empresa reuniu seus fornecedores e rede de concession?rias em um programa para resolver problemas de qualidade de produto e atendimento, que foram apontados como causas para o baixo crescimento de vendas do produto (Nottoli, [1995?]).

Este esfor?o por melhoria de qualidade, posteriormente, alcan?ou resultados, indicados por pesquisas de mesmo teor. O mesmo indicador apontava para uma rejei??o de 40 %, com tend?ncia de queda (Nottoli, [1995?]).

O fim da d?cada de 80 ainda foi marcado por dois fatos relevantes para a Fiat Autom?veis S.A.. Ainda em 1988, ela passou a deter a exclusividade mundial de produ??o do Fiorino Furg?o e pick-up para exporta??o para diversos pa?ses. Finalmente em 1989, foi atingida a marca de 1.000.000 de ve?culos vendidos no mercado interno e 2.000.000 de ve?culos produzidos no pa?s.

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3.2. Hist?rico ? de 1990 at? 2001

3.2.1. Linha do tempo de produtos e produ??o

? 1990 ? Lan?amento do Uno Mille, primeiro carro nacional com motor de 1.000 cilindradas. A Fiat completa 1.000.000 de ve?culos exportados.

? 1991 ? Lan?amento do Fiat Tempra. ? 1992 ? Lan?amento do Mille Eletronic 4 portas, primeiro carro

nacional de 4 portas do segmento de populares. ? 1993 ? Lan?amento do Tempra 16V, primeiro carro nacional com 4

v?lvulas por cilindro. Lan?amento do Fiat Tipo. ? 1994 ? Lan?amento do Uno Turbo, primeiro carro nacional com

motor turbo. Mille ELX, primeiro carro nacional popular com arcondicionado. Tempra Turbo, o mais r?pido carro nacional, 220 Km/h. A Fiat chega aos 2.000.000 de ve?culos vendidos no mercado interno, aos 1.500.000 ve?culos exportados. ? 1995 ? In?cio da produ??o nacional do Tipo. A Fiat completa 4.000.000 de ve?culos produzidos no pa?s. ? 1996 ? Primeiro ve?culo nacional com air-bag: Tipo 1.6mpi. Lan?amento Mundial do Fiat Palio. A produ??o di?ria ultrapassa as 2.000 unidades. Lan?amento do Programa Autonomy, ve?culos adaptados de f?brica para portadores de defici?ncias dos membros inferiores. ? 1997 ? Lan?amento do Palio Weekend e Siena. ? 1998 ? Lan?amento do Marea e Marea Weekend, vers?es aspirado e turbo. Primeiro carro popular nacional com c?mbio de 6 marchas, Fiat Siena 6 marchas. ? 1999 ? Lan?amento do Brava, Strada e Palio Weekend 6 marchas. Primeiro ve?culo nacional com Side-Bag, Fiat Marea. ? 2000 ? Lan?amento da Nova Fam?lia Palio, Motor Fire e Strada Cabine Estendida.

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? 2001 ? Lan?amento do Fiat Dobl?. A Fiat completa 25 anos no pa?s.

3.2.2. Uma abordagem econ?mica

O ano de 1990 foi marcado pela posse do Presidente Fernando Collor de Mello, que nos primeiros momentos de sua administra??o, lan?ou um plano de combate ? infla??o, que extinguiu o cruzado novo, reintroduziu o cruzeiro e bloqueou o saldo das cadernetas de poupan?a, contas correntes e demais investimentos cujo saldo fosse acima de 50 mil cruzeiros. As conseq??ncias imediatas para este combate ? infla??o, que no per?odo entre mar?o de 1989 e mar?o de 1990, registrou um ac?mulo de 4.853%, resultaram em um quadro econ?mico recessivo. A produ??o industrial foi bastante afetada. J? em abril deste ano, a produ??o j? era 26 % inferior ao mesmo per?odo do ano anterior. Neste contexto, a Fiat Autom?veis mudava seu corpo diretivo. O executivo Pacifico Paoli assumiu a superintend?ncia da empresa e partilhou com a empresa a cria??o do chamado "mercado de carros populares" por meio de um decreto que reduzia de 40% para 20% a al?quota dos carros com at? 1000 cm3 de cilindrada. Influenciada por esta decis?o, a Fiat lan?ou o modelo Mille, que se enquadrava nos limites impostos pelo decreto.

O mercado automobil?stico absorveu neste ano, nos segmentos de autom?veis e comerciais leves, 653.832 unidades, um resultado 7,8% inferior ao per?odo anterior. Deste mercado, a Fiat atingiu a participa??o de 15,3%, 3,2 pontos superior ao ano anterior. Apesar destes resultados positivos, a empresa fechou o ano com um preju?zo de Cr$ 32,8 bi (aproximadamente US$ 193 mi), apesar de as exporta??es terem agregado receitas de US$ 510 mi.

Em 1991 o cen?rio econ?mico continuou marcado pela recess?o com elevadas taxas de juros, perda do poder aquisitivo e aumento do n?vel de desemprego. Em janeiro desse ano foi lan?ado o "Plano Collor II" cuja ?nfase era o congelamento de pre?os e sal?rios. O mercado automobil?stico, mesmo sob esse contexto, cresceu 8,7 % em rela??o ao ano anterior. Vale lembrar que o mercado j? havia sofrido uma grande perda de vendas no ano anterior, como conseq??ncia do plano econ?mico daquele ano. Vendeu-se em 1991, considerando os segmentos de autom?veis e comerciais leves, 710.928 unidades, dos quais 148,006 foram vendidos pela Fiat Autom?veis S.A.. Este

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resultado representou um aumento de 48,2% em volume de vendas, fazendo com que a participa??o de mercado subisse para 20,8 % do mercado total. Dada a crise instalada com o cen?rio econ?mico, foram necess?rias a??es para redu??o de custos e direcionamento da produ??o para a exporta??o. No mercado externo obteve-se uma receita de US$ 447 mi, por meio da comercializa??o de ve?culos e motores. Destacou-se neste per?odo tamb?m o retorno a um quadro lucrativo. A lucratividade1 registrada foi de 5,1%.

Em 1992 o cen?rio econ?mico, para a ind?stria automobil?stica, teve uma componente favor?vel que foi o acordo automotivo entre governo, montadoras e trabalhadores. Este acordo possibilitou a redu??o dos pre?os dos autom?veis em 22% na m?dia. O resultado para o mercado foi uma amplia??o de unidades vendidas para 727.780, 2,37% superior ao ano anterior. Neste ano a Fiat pode manter uma trajet?ria de resultados ascendentes, conseguindo resultados superiores ao ano anterior. As vendas no mercado externo chegaram a US$ 672 mi, a participa??o de mercado chegou a 21,1% e a lucratividade atingiu 10,8%. No contexto nacional, este ano foi marcado pelo "impeachment" do Presidente Fernando Collor de Melo.

No ano de 1993 a economia nacional come?ou a dar sinais de recupera??o. O PIB cresceu 4,1 %, depois de dois anos de queda. A ind?stria cresceu 7,7% e o mercado automobil?stico rompeu a barreira de 1.000.000 de carros vendidos. Em maio, Fernando Henrique Cardoso assumiu o Minist?rio da Fazenda e elaborou um plano de estabiliza??o, caracterizado pela aus?ncia dos choques na economia. A Fiat acompanhou o quadro favor?vel e fechou o ano com 22,4% de participa??o de mercado e lucratividade de 35,7%.

O ano de 1994 foi marcado pelo plano Real. A atividade econ?mica do pa?s teve um excelente desempenho, caracterizado pelo crescimento de 5,67 % do PIB. O mercado automobil?stico cresceu em 26,3 % em rela??o ao ano anterior. Para a Fiat Autom?veis, o ano foi assinalado pelo alcance de par?metros que nunca haviam sido alcan?ados. A participa??o de mercado que em 1989 era de 11,5 % do mercado, alcan?ou em 1994, 28,7 %, o que representou um crescimento de 17,2 pontos percentuais em 6 anos. As vendas em 1994 cresceram em rela??o ao ano anterior 61,9 %. Destacou-se tamb?m a grande demanda por ve?culos de at? 1000 cm3 no mercado interno, fazendo com que a empresa criasse o sistema "Mille on Line", aonde o cliente

1 O termo lucratividade se refere ? raz?o entre "Lucro L?quido do Exerc?cio" e "Receita L?quida de Vendas", dispon?veis do Balan?o Patrimonial da empresa.

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encomendava o seu ve?culo direto da f?brica, sem correr o risco de pagamentos de "?gio" ou pr?ticas comerciais desvantajosas. A empresa fechou 1994 com um lucro l?quido de R$ 469 milh?es, representando 15,4% de lucratividade.

A ano de 1995 foi o ano de consolida??o do plano Real, mas teve em seu segundo semestre a implanta??o de medidas anticonsumo e acabou fechando com queda da atividade econ?mica. As taxas de juros ficaram elevadas. O mercado automobil?stico cresceu 19 % em rela??o a 94 e o PIB cresceu 4,2%, embora de maneira muito irregular ao longo do ano. A alta de juros no mercado interno teve o intuito de deter a alta de consumo e a infla??o que se precipitava sobre o pa?s. Especificamente no mercado automotivo foi adotada a eleva??o das al?quotas de importa??o para 70 %, tamb?m focado da conten??o de consumo e revers?o do d?ficit na conta corrente.

Estas medidas influenciaram negativamente o mercado automotivo e em especial o da Fiat Autom?veis, que vinha sendo conquistado rapidamente com a venda de modelos populares e m?dios. Ambas medidas afastaram muitos compradores das concession?rias, devido principalmente ao custo de financiamento, que no caso dos populares era o grande alavancador de vendas e ao pr?prio custo de produto no segmento de m?dios que contava com o Fiat Tipo, importado da It?lia, como carro chefe. Esta concentra??o de vendas nestes poucos produtos, uma caracter?stica evidente de risco, foi a principal raz?o pela queda de participa??o de mercado em 1995. A participa??o de mercado interno fechou em 26 %, embora as vendas da empresa tenham crescido em 7,5 %.

As contas demonstradas no balan?o patrimonial deste ano refletem o impacto destas medidas. Embora ainda tenha havido crescimento em vendas e pouca varia??o no lucro, chama a aten??o a compara??o entre o crescimento da receita operacional l?quida e o custo dos produtos. Enquanto as receitas subiram, em rela??o ao ano anterior, 29,4 %, os custos subiram 67,3 %, refletindo na queda de aproximadamente 30 % do lucro bruto. No ?mbito produtivo vale destacar os investimentos na ordem de US$ 423,8 milh?es destinados principalmente ao desenvolvimento do novo modelo Palio e tamb?m do aumento da capacidade produtiva de 1.500 para 2.000 unidades di?rias. As exporta??es fecharam em US$ 389,5 milh?es

O ano de 1996 foi bom para o setor automobil?stico e possibilitou a Fiat Autom?veis a recupera??o de parte do mercado perdido no ano de 1995. A economia se manteve est?vel ainda com taxa de juros elevadas. O mercado de autom?veis cresceu 4,2 % em rela??o a 95 enquanto o PIB, 2,91%. A taxa

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inflacion?ria anual fechou em 9,2 %, considerado um valor expressivamente baixo. O mercado automobil?stico interno fechou o ano com um recorde de 1.675.239 unidades vendidas, tendo a Fiat Autom?veis S.A. o seu quinh?o de 26,5 %. Este resultado para a empresa representou um aumento de 6,3 % em rela??o ao volume de vendas do ano anterior e o melhor desempenho da empresa em 20 anos de atividades no pa?s.

Este ano tamb?m foi caracterizado pelos lan?amentos do modelo Palio e as novas vers?es do modelo Mille, que contribu?ram com a reconquista do mercado. No entanto, observam-se nas demonstra??es financeiras outros aspectos relevantes. O primeiro deles e mais expressivo ? o aumento nas despesas com vendas. Isto demonstrou a estrat?gia da empresa em conquistar mercado por meio de pol?ticas comerciais agressivas, mesmo com preju?zo na sua rentabilidade e lucratividade. Houve tamb?m uma preocupa??o com os custos do produto que neste ano se posicionaram em 81,9 % da receita l?quida contra 85,4 % no ano anterior. Outro fator que influenciou no decr?scimo dos lucros foi a diminui??o em rela??o ao ano anterior das receitas financeiras. A diferen?a entre estes resultados (-37,86%) ? pr?xima ? varia??o do lucro l?quido (-32,60 %) neste per?odo. Estas receitas financeiras eram provenientes de t?tulos de renda vari?vel e em sua maioria de partes relacionadas, que s?o empresas controladas, coligadas e outras empresas do grupo Fiat. A administra??o destas carteiras era feita pela Fiat Finan?as Brasil Ltda., empresa do grupo Fiat sem rela??o patrimonial com a Fiat Autom?veis S.A.

O ano de 1997 manteve a trajet?ria da Fiat na conquista de participa??o de mercado, mas foi marcado em seu bimestre final por novas medidas econ?micas que causaram forte retra??o de vendas no mercado automobil?stico. A an?lise das demonstra??es confirma a estrat?gia comercial iniciada em 1996, quando o volume de despesas com vendas subiu. Neste ano, o mesmo comportamento ? observado. A varia??o das despesas com vendas (40,94 %) supera a eleva??o na receita l?quida (32,42 %) e pode demonstrar o intuito de se "comprar" mercado a custos cada vez mais pesados e com s?rios preju?zos ? lucratividade da empresa. Neste mesmo per?odo, como indica a figura 9, os dois principais concorrentes tiveram queda em suas participa??es, talvez preferindo manter seus n?veis de rentabilidade em n?veis mais conservadores (dados da Fiat Automoveis S.A.).

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40% 35% 30% 25% 20% 15% 10%

5% 0%

1996

1997

FIAT V.W. G.M. FORD OUTROS

Figura 9 ? Gr?fico de evolu??o da participa??o de mercado de 1996 a 1997.

A aposta da empresa, dada a evolu??o do tamanho do mercado ano a ano e tamb?m de suas receitas de vendas era conquistar fatias de mercado de seus concorrentes, ? a raz?o para o comprometimento de contas importantes e decisivas na composi??o de seu risco perante o mercado. Al?m disso, o custo do produto volta a crescer e expressa uma rela??o de 83 % das receitas l?quidas, 1,1 ponto percentual superior ao ano anterior. As despesas gerais e administrativas tamb?m cresceram, refletindo talvez um crescimento desordenado na estrutura de pessoal, cujo n?mero chegou a 24.045 funcion?rios, e tamb?m na estrutura f?sica da empresa frente a seu mercado.

As varia??es patrimoniais observadas indicam uma mudan?a na pol?tica de administra??o do circulante. Neste ano, a Fiat instituiu uma nova forma de financiamento para as concession?rias baseada na cria??o de um fundo remunerado, com participa??o de capital de ambos. Este fundo se autoremunerava por meio de sua utiliza??o e tinha como benef?cio a redu??o de custo financeiro nas opera??es mercantis para os concession?rios bem como o seu aumento de capacidade comercial. Ainda dentro do circulante, a conta estoques aparece praticamente dobrada, influenciada pelo aumento dos estoques de produtos em elabora??o e mat?ria prima (83,39 %) e de produtos acabados (255,92 %) em rela??o ao ano anterior. Este aparente "encalhe" nos estoques pode ter sido influenciado pelo bimestre final do ano quando houve novas medidas governamentais. O final de ano para as montadoras de ve?culos s?o normalmente per?odos delicados devido ? mudan?a do ano de fabrica??o dos produtos. Muitos clientes refugam a compra nesta ?poca do ano, preferindo esperar por produtos com ano de fabrica??o posterior. Isto poderia acontecer devido ao comportamento do mercado de seminovos que considerava o ano de

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