6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Prova 1

[Pages:13]MINIST?RIO DA DEFESA EX?RCITO BRASILEIRO

DECEx - DEPA COL?GIO MILITAR DE JUIZ DE FORA

CONCURSO DE ADMISS?O 2019 / 2020

PROVA DE L?NGUA PORTUGUESA

6? ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

DATA: 10/11/19

Prova 1

INSTRU??ES

1. Escreva somente com caneta azul ou preta no cart?o de resposta e na folha de reda??o. 2. Escreva seu nome, sala e n?mero de inscri??o no cabe?alho do cart?o de resposta e

marque o n?mero de inscri??o e o n?mero da prova nos locais indicados. Coloque a data e assine. 3. ? proibido o uso de corretor de qualquer tipo. 4. O tempo de dura??o da prova ? de 180 minutos, incluindo o tempo para o preenchimento do cart?o de resposta e da folha de reda??o. 5. N?o ser?o consideradas marca??es rasuradas. Fa?a como no modelo abaixo, preenchendo todo o interior do ret?ngulo sem ultrapassar os seus limites.

Considerando como correta a op??o C na quest?o 00, marca-se a resposta da seguinte maneira:

6. Sob a orienta??o do aplicador, confira as folhas da prova, verificando se est?o leg?veis e se n?o h? faltas.

7. Esta prova ? composta de 14 quest?es objetivas e da proposta de reda??o. 8. Esta prova cont?m 13 p?ginas, incluindo esta capa. 9. Qualquer d?vida quanto ? impress?o ou ? p?gina de prova, chame o aplicador.

CONCURSO DE ADMISS?O AO CMJF 2019/2020 PROVA DE L?NGUA PORTUGUESA 6? ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Prova 1

Visto

1? PARTE - INTERPRETA??O DE TEXTO E CONHECIMENTOS LINGU?STICOS

Texto 1 - CHUMBINHO

01

Miguel chegava de bicicleta ao Col?gio Elite bem no meio da algazarra da entrada dos alunos.

Estacionou no p?tio e viu que a seu lado chegava um camaradinha uns dois anos mais novo, alegre

e simp?tico como ele s?. Tamb?m largou sua magrela ao lado da de Miguel e perguntou:

? Oi! Voc? ? o Miguel, n?o ??

05

? Sou ? Miguel respondeu, achando gra?a. ? E voc?, quem ??

? Me chamam de Chumbinho...

Enquanto Miguel tirava a mochila do bagageiro e a encaixava entre os ombros, o menino

Chumbinho corria na dire??o de um tumulto perto do port?o da escola, zoeira grande demais mesmo

para a algazarra normal daquele hor?rio. Miguel logo o seguiu e viu uma roda de alunos que

10 provocavam um menino de uns sete anos que... que chorava!

O grupo ria, arreliava e humilhava sadicamente o pobrezinho, pois parecia que o choro do

garoto era o que eles queriam que acontecesse.

? E a?, Gaguinho?

? Fala de novo! Mas be-be-bem de-de-va-va-ga-ga-ri-rinho, hein?

15

? Ha, ha, ha! Quero ver esse pouca-fala na hora da chamada oral!

? Ga-ga-g?! Ga-ga-guinh?????!

O sangue subiu ? cabe?a de Miguel. Estava pronto para intervir quando o tal Chumbinho

antecipou-se: era bem menor do que os provocadores, mas avan?ava para o meio da roda, passava

um bra?o pelo ombro do garotinho choroso, punha a outra m?o na cintura, desafiadoramente, e

20 levantava a voz:

? O que-que-que es-t?-t? a-a-a-con-con-te-te-cendo? Que co-var-di-dia ? e-e-essa? T? to-to-do

mun-mundo ma-ma-luco, ??

Como por encanto, no grupo de gozadores baixou um sil?ncio de cemit?rio. Logo no port?o de

entrada, um dos lugares mais barulhentos de qualquer escola! Os provocadores empalideciam,

25 recuavam, e um deles falou, quase gaguejando tamb?m:

? O que ? isso, Chumbinho? Voc? n?o ? gago...

? N?-n?o so-sou, ?? Po-por que n?o po-posso se-ser? E se-se eu for, hein, hein, hein? Vai

que-querer me go-gozar, va-vai?

O rapaz baixava os olhos, amedrontado.

30

"Amedrontado, por qu??" pensava Miguel, cheio de admira??o. Afinal de contas aquele garoto

a quem chamavam de Chumbinho n?o parecia um brig?o, e era bem menor do que os gozadores.

Seu f?sico n?o meteria medo em ningu?m!

? Puxa, Chumbinho... ? desculpava-se o outro, que, pelo jeito, deveria ser o l?der da

provoca??o. ? A gente s? estava de brincadeira...

35

Chumbinho enfureceu-se:

? De brincadeira?! De brincadeira, voc? diz? Ent?o por que n?o brinca assim comigo?

? Voc?s n?o t?m a menor vergonha? Esse menino acabou de ser transferido para c? e ? assim

que voc?s mostram a cara dos alunos do Elite?

Os outros calavam-se, baixavam as cabe?as, disfar?avam, alguns procuravam esgueirar-se

40 para longe do problema, e nenhum deles conseguia encarar o menino Chumbinho, sempre de

queixo erguido, decidido feito her?i de revista em quadrinhos.

De repente, os curiosos que cercavam a cena e que primeiro a haviam presenciado s? para ver

aonde aquilo ia chegar, prorromperam em aplausos entusiasmados, em gritos, como se seu time

predileto tivesse acabado de marcar o gol da vit?ria:

45

? A?, Chumbinho!

? Mostrou pra eles!

? Viva o Chumbinho! (...)

O her?i do dia, ainda sob aplausos, come?ou a afastar-se, conduzindo o novato, que agora n?o

mais chorava.

50

? Viva o Chumbinh????! ? aplaudiam todos.

Chumbinho, de cabe?a erguida, piscou na dire??o de Miguel ao passar por ele.

(Pedro Bandeira. A droga da amizade 1. ed. S?o Paulo: Moderna. pp. 27-30)

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Texto 2 ? MAM?E CATITA O mundo c?o jamais ser? o mesmo. Para o bem. Mora na rua Oper?rio Campista, na cidade

fluminense de Campos, uma cadela vira-lata que todo mundo chama de Catita. E mora tamb?m na rua um empertigado pitbull que atende por Wolf (lobo em ingl?s). Eis que Catita p?s Wolf para correr e fez dele um pit-lata. Ele atacava, na quarta-feira, 24, o garoto de quatro anos Lucas Martins (duas cirurgias no rosto) quando Catita, que amamentava cinco filhotes, entrou para a hist?ria. Teve o dorso mordido, teve parte da orelha arrancada, mas salvou Lucas, que continua assustado e repete sem parar: "Catita matou o cachorr?o". Matar n?o matou, mas fez o lobo chispar. A dona de Catita, Elizabeth Tavares, ? tia do garoto.

(Isto ? On Line, 1535, 3 mar. 1999)

Texto 3 -

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Fim

Chico Bento: ? cuidando, Maur?cio de Sousa. S?o Paulo: Panini comics, n 47, mar?o de 2019. p. 5-19

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Texto 4: LI??O DE CADA HER?I

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Texto 5: HER?IS DA VIDA REAL 01 Eu acredito em her?is de carne, osso e suor. Her?is que acertam e erram, her?is de uma vida s?, 05 her?is de alma e de corpo que um dia v?o virar p?.

Her?i ? o diferente que luta por igualdade, 40 ? quem cobra dos pol?ticos respeito e honestidade, ? quem enfrenta a mentira com o poder da verdade.

Os verdadeiros her?is vivem hist?rias reais, n?o s?o estrelas famosas, 10 n?o estampam os jornais, s?o como eu e voc?, seres humanos mortais.

N?o espere por medalhas, 45 Homenagens de ningu?m.

A consci?ncia tranquila, de que voc? fez o bem, ? muito mais valiosa que os aplausos de algu?m.

? aquele professor, que ensina o aluno a ler. 15 ? algu?m que mata a fome de quem n?o pode comer. Her?i ? quem faz o bem sem nenhum superpoder.

50 Pra ser um super-her?i n?o ? preciso voar, tampouco ser imortal. Essa vida vai passar, e ? cada gesto seu

55 que vai lhe imortalizar.

? aquele que trabalha 20 todo dia honestamente,

o agricultor no campo debaixo de um sol quente, o m?dico no consult?rio salvando seu paciente. 25 ? um bom policial arriscando a pr?pria vida pra que a sociedade esteja bem protegida, um volunt?rio na guerra 30 distante de sua terra cuidando de uma ferida. ? quem d? um bom conselho a quem t? desesperado, ? quem indica um emprego 35 pra qualquer desempregado, ? quem simplesmente abra?a quem tem que ser abra?ado.

Her?i sou eu, ? voc?, ? essa gente do bem, que peleja todo dia para se salvar tamb?m. 60 Que entende que a uni?o talvez seja a solu??o e que isso nos conforte. Que esse povo unido consciente e destemido 65 ? um her?i bem mais forte.

.br/braulio-bessa-heroisda-vida-real/

01. Em rela??o ao foco narrativo do texto 1, pode-se dizer que est? em

A - ( ) 1? pessoa, pois o personagem Chumbinho narra e participa da hist?ria. B - ( ) 3? pessoa, porque Chumbinho narra fatos vividos por outros personagens. C - ( ) 1? pessoa, j? que o narrador limita-se a contar uma hist?ria vivenciada por ele. D - ( ) 3? pessoa, uma vez que o narrador presencia a hist?ria sem participar dela. E - ( ) 3? pessoa, tendo em vista o personagem principal resgatar fatos de seu passado.

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02. Os sufixos diminutivos podem acrescentar ?s palavras ideias de carinho, ternura, admira??o, ironia ou desprezo. De acordo com o contexto do texto 01, assinale a alternativa em que o uso do diminutivo expressa desprezo.

A - ( ) "Estacionou no p?tio e viu que a seu lado chegava um camaradinha..." (linha 02) B - ( ) "? A?, Chumbinho!" (linha 45) C - ( ) "... passava um bra?o pelo ombro do garotinho choroso..." (linhas 18 e 19) D - ( ) "...sempre de queixo erguido, decidido feito her?i de revista em quadrinhos."(linhas 40 e 41) E - ( ) "? E a?, Gaguinho?" (linha 13) 03. Diante da leitura do texto 1, assinale a alternativa em que h? o emprego de uma express?o no

sentido figurado. A - ( ) "? A gente s? estava de brincadeira..." (linha 34) B - ( ) "Miguel chegava de bicicleta ao Col?gio Elite bem no meio da algazarra ..." (linha 01) C - ( ) "O rapaz baixava os olhos, amedrontado." (linha 29) D - ( ) "O sangue subiu ? cabe?a de Miguel." (linha 17) E - ( ) "Os outros calavam-se, baixavam as cabe?as, disfar?avam, ..." (linha 39) 04. Observe as palavras ou express?es destacadas nos trechos:

I - "Ent?o por que n?o brinca assim comigo?" (linha 36, texto 1) II - "Miguel logo o seguiu e viu uma roda de alunos ..."(linha 9, texto 1) III ? "D? coceira s? de chegar perto!" (texto 3) Assinale a alternativa que apresenta os sentidos expressos pelos termos destacados na ordem em que aparecem. A- ( ) modo ? conclus?o ? companhia B- ( ) modo ? tempo ? lugar C- ( ) compara??o ? modo ? intensidade D- ( ) intensidade ? tempo ? modo E- ( ) tempo ? intensidade ? lugar 05. Releia este trecho do texto 1: "? Fala de novo! Mas be-be-bem de-de-va-va-ga-ga-ri-rinho, hein?" (linha 14). Sobre o uso do h?fen pode-se afirmar que A - ( ) evidencia que o falante ? gago, atribuindo um valor c?mico ao texto. B - ( ) deixa clara a pron?ncia pausada do falante, a fim melhorar a compreens?o. C - ( ) imita a fala de um gago, atribuindo um valor de sarcasmo ao texto. D - ( ) marca um desvio gramatical, prova de desconhecimento da l?ngua pelo falante. E - ( ) destaca a separa??o sil?bica de modo a explicitar o sentimento de raiva do falante.

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