1) PROJETO: VALORIZAÇÃO E ESTÍMULO À VIDA EM LIBERDADE



Cód: 1.5

1-Identificação do projeto:

1.1 Título: Valorização e estímulo à vida em liberdade

1.2 Coordenadoria: região do vale do paraíba e litoral

1.3 Unidade: Penitenciária II de São Vicente

1.4-Autores:

Maria Adelaide de Santana Paiva

Marlene G. da Silva Vasconcelos

Vacildes Barboza de Souza

Valéria Amaral Paes

1.5-Contatos:

Tel: (13) 34061221

e-mail: p2svic@.br

2- Justificativa:

No decorrer da vivência prisional nas Instituições totais, interferências ocorrem no agir do apenado. Existe o risco de mascarar, para o mesmo, o controle de fragilidades e a conceituação como ser que nasceu para viver o coletivo. A prisão gera um corte estrutural no homem, revelando vulnerabilidades, desencadeando defesas que encobrem o real e estimulam o jogo de forças, distanciando o apenado do exercício afetivo, tornando-o frágil e elevando a crise por perda.

3-Objetivo:

Levar o apenado a desenvolver a percepção da sua própria vulnerabilidade frente à interferência do meio institucional.

4-População alvo :

Sentenciados, cujas vulnerabilidades foram detectadas pela equipe técnica, através das Entrevistas de Inclusão, e que externaram desejo de participar das atividades propostas pela Equipe de Reabilitação.

5-Metodologia:

A intervenção será em grupo, composto por 10 apenados, com edição no período da manhã e da tarde, totalizando doze encontros, a saber:

1º ENCONTRO:

Após ter sido esclarecida e detalhada a proposta deste trabalho, feita na Inclusão, será aplicada, aos sentenciados, a técnica do conhecimento (Anexo 1).

Isto feito, todos terão voz. Os profissionais (animadores) também farão parte da técnica.

No final, confirmar-se- á o desejo de continuidade das atividades, firmando-se contrato de um encontro semanal, respeitado o horário do sol.

2º ENCONTRO:

Recepção com fundo musical. Os participantes terão oportunidade de fazer um breve relato sobre o final da semana ou algo significativo. A seguir, será passado o filme “Grito Silencioso”, após os devidos esclarecimentos. Após a exibição do filme, o profissional (animador) dará pistas para discussão, tais como:

- A escolha foi do bebê ou de terceiros?

- Qual o significado do direito de escolha?

- O que sentiu no decorrer da apresentação?

- Qual era seu conceito? Houve alguma alteração?

No final, todos serão levados a manifestar sua opinião, respeitando as diferenças.

ou

Técnica: “Navegando no mesmo Barco” (Anexo 2)

3º ENCONTRO:

Texto “Trem da Vida” (Anexo 3) ou Dinâmica: “O Mais Importante” (Anexo 4). Todos receberão cópia do texto. Após a leitura, deverão representar sua opinião através de desenho, após o que cada participante fará exposição e explicação da sua produção, utilizando mural, que ficará em destaque. Todos terão voz e serão levantadas questões para reflexão, no decorrer da semana, considerando-se, também o que foi vivenciado e discutido.

4º ENCONTRO:

Recepção, fundo musical, um breve tempo para deixar-se envolver pela música. Todos sentados ao redor de uma mesa e receberão papel e lápis para aplicação da dinâmica “Ver o Próximo com Amor”, (Anexo 5). Após aplicação, serão levantados questionamentos da própria dinâmica, ou outros, que o profissional (animador) considerar significativos ou ainda os dos apenados. Antes do encerramento, todos serão motivados a se cumprimentarem e firmarem compromisso para o próximo encontro.

5º ENCONTRO:

Dinâmica: Mudanças - “Gráfico em Cores” (Anexo 6). Os participantes serão recepcionados com fundo musical numa sala e se sentarão ao redor de uma mesa. O profissional (animador) perguntará como estão, falará da alegria de tê-los mais uma vez reunidos e fará esclarecimentos sobre a dinâmica. Antes do encerramento, todos serão motivados a falar sobre as descobertas e sentimentos.

6º ENCONTRO:

Os participantes serão recepcionados com fundo musical numa sala. O profissional (animador) também se sentará no círculo dos participantes, dirigirá uma frase de acolhimento e explicará a dinâmica para trabalhar o texto “A viagem das mil luas” (Anexo 7). Todos o receberão texto; após as leituras, serão motivados a relatar como adentrarem na estória, quais as lembranças que ocorreram, qual a mensagem tirada e qual a mensagem deixada para o grupo.

Todos receberão papéis para deixá-las por escrito, além de expô-las no painel.

7º ENCONTRO:

Os participantes serão acolhidos pelo profissional (animador) com fundo musical numa sala e se sentarão ao redor de uma mesa. Serão motivados a falar da reflexão feita no decorrer da semana, considerando o encontro anterior. Fechada a discussão, receberão materiais para a dinâmica “Eu e Outro” (Anexo 8) e instruções sobre a mesma.

Antes do encerramento, o profissional (animador) se utilizará dos questionamentos da própria dinâmica e os motivará para o próximo encontro.

8º ENCONTRO:

O Profissional (animador) convidará o grupo a fazer uma reflexão acerca das qualidades recursos nele existentes. A seguir, dará início à Dinâmica “O amor liberta” (Anexo 9) e, no final, todos poderão se manifestar a respeito da atividade.

9º ENCONTRO:

O profissional (animador) recepcionará os participantes na porta, convidará o grupo a ficar em silêncio, para encontrar, na harmonia da música, a inspiração para a vivência. Quando este momento de tranqüilidade for encontrado, será explicada a dinâmica “Resolução de Conflitos” (Anexo 10).

Finalizando com os questionamentos da própria dinâmica, todos os participantes poderão se manifestar.

10º ENCONTRO:

Os participantes serão recepcionados com fundo musical numa sala e terão oportunidade para falar, amarrando a discussão. O profissional (animador) distribuirá material para a dinâmica “Responsabilidade” (Anexo 11 ).

No encerramento das atividades, o animador deverá levantar questionamentos considerando a vivência do grupo e sua realidade, permitindo que exponham suas idéias e descobertas.

11º ENCONTRO:

O profissional (animador) receberá os participantes com alegria e propiciará situações para que entrem em sintonia com o ambiente através da música.

A seguir iniciará os trabalhos distribuindo o texto “A Águia” (Anexo 12), além de lápis de cera e papel. Após a leitura, serão convidados a um breve silêncio para, posteriormente representar, através de desenho, o que sentiram e imaginaram.

Para encerrar, cada participante exporá seu desenho no mural e falará sobre o mesmo.

Voltando ao grupão, terão oportunidade de falar e desejar aos participantes à sua direita e esquerda algo de positivo. Quando do término do encontro serão convidados para a próxima reunião.

12º ENCONTRO:

O profissional (animador) fará a decoração da sala com a produção do grupo ao longo dos onze encontros. Quando os participantes chegarem, terão tempo para observar a vivência de cada encontro, conversar, etc. Tudo isso com fundo musical.

Num segundo momento, sentarão em círculo e será reaplicada a dinâmica: “A técnica do conhecimento” (Anexo 1), a fim de serem observadas as mudanças ocorridas através das vivências e se o que foi levantado de positivo sobre cada um se confirma ou não. O profissional perguntará se a confirmação ocorreu no início ou ao longo dos encontros. Você foi mudando? O que você falaria deste trabalho para outros sentenciados?

O profissional (animador) dará voz a todos e falará também sobre sua avaliação e disposição para atendê-los, quando sentirem necessidade.

6-Número de presos a serem atendidos em cada edição do projeto

10 sentenciados.

7-Duração prevista para cada edição do projeto:

3 meses

8-Recursos materiais

Quantidade para período de um ano

- 20 dúzias de giz de cera (tamanho médio)

- 20 dúzias lápis côr (grande)

- 01 pote guache 250 ml cores verde folha, verde abacate, vermelha, amarelo, azul, branco, laranja e ferrugem;

- 30 pincéis nº12

- 120 cartolinas (30 unidades nas cores: amarela, verde, branca, azul)

- 150 folhas papel fantasia (30 unidades nas cores: verde folha, vermelha e amarela e 20 unidades nas cores: laranja, azul celeste, verde musgo)

- 01 pacote de cola para isopor (12 unidades)

- 06 frascos de cola para madeira

- 30 tubos de cola quente (fina)

- 01 pistola para cola quente (fina)

- 01 dúzia de fita dupla face

- 06 tesouras sem ponta

- 01 pacote de bolinhas de isopor 35 dm.

- 01 pacote de bolinhas de isopor 25 dm.

- 01 vaso transparente (tipo aquário pequeno)

- 03 rolos de fitilho (01 amarelo, 01 branco, 01 vermelho)

- 01 mural ou folha isopor para confeccionar

- 30 caixas de dúzias massa modelar (com uma dúzia cada)

- 01 caixa com 12 unidades de corante para alimento nas cores: verde, amarelo, vermelho, azul e marrom

- 10 kg farinha de trigo

- 01 lata de óleo

- 01 sala com 12 cadeiras, equipada com:

- 01 aparelho cd

- 01 vídeo cassete

- 01 tv

9-Recursos humanos:

Os profissionais doGrupo de Reabilitação na primeira Edição, serão: um Assistente Social e um Psicólogo.

10-AVALIAÇÃO:

No 12º encontro ocorrerá a grande avaliação, na qual, cada participante será levado a expor a sua opinião, elencando sugestões, mudanças, etc. A avaliação também ocorrerá em cada encontro, tanto pelos profissionais, assim como pelos participantes. O profissional (animador) também fará avaliação relacionando a característica para o agrupamento.

BIBLIOGRAFIA

• Borges, Giovanna Rocha Leal, Dinâmicas de Grupo - Redescobrindo valores - Editora Vozes - 1995.

• Fritzen, José Silvino - Editora Vozes - Petrópolis -2001

• Rangel, Alexandre - Editora Original - S.Paulo - 2003

• Grito Silencioso - Filme - Tel. ( 13) 33613706

ANEXO 1

“TÉCNICA DO CONHECIMENTO”

Objetivo:

Procurar desenvolver, através do contato com o outro, em processo interativo de significação e resignificação.

Tamanho do grupo: mínimo de 06 pessoas

Tempo requerido: minímo de 30 minutos

Ambiente físico:

Uma sala dupla, com cadeiras dispostas em um círculo, para acomodar todos os participantes.

Procedimento:

I. Num primeiro momento, o animador solicita que um participante olhe para o parceiro à sua direita, procure sentir sua natureza e verbalize, após este momento de percepção, duas possíveis qualidades deste.

II. Em seguida, este parceiro repetirá o procedimento com o parceiro à sua direita e assim sucessivamente até chegar ao ponto inicial.

III. É solicitado aos participantes que fechem os olhos, procurando uma interiorização acerca dos próprios sentimentos do momento.

IV. No final haverá comentários sobre as qualidades conferidas e se corresponderam à auto percepção de cada participante.

ANEXO 2

“Navegando no mesmo barco”

Material utilizado: Papel metro, cortado em formato de barcos grandes (5 para 5 grupos), cada um contendo um salmo, provérbio ou mensagens escritas com letras bem pequenas em um canto do papel, giz de cera, hidrocor, 25 quadradinhos de papéis coloridos para 25 participantes, sendo de 5 cores diferentes, contendo as mesmas mensagens dos barcos.

Nº de participantes: Máximo de 25 pessoas

Tempo aproximado: 50 minutos

Procedimento:

Cada participante deverá escolher um quadradinho colorido.

É importante que quadrados de uma mesma cor contenham mensagens diferentes, pois geralmente os amigos se reúnem para retirar a mesma cor para participarem do mesmo grupo, só que nesta dinâmica os grupos serão separados por mensagem e não por cor.

Cada componente deverá se dirigir ao barco que contém a sua mensagem e ali realizar a sua tarefa: interpretar, dramatizar ou desenhar. Poderá ser mensagem, salmo, provérbio ou simplesmente palavras como: união, liberdade, solidariedade, egoísmo, amor, etc.

Observar se existe união durante o trabalho entre os participantes do mesmo quadro ou se um se isola, executando a tarefa.

Reflexão: Como cristãos, estamos na barca de Jesus, e, quando nos unimos, colocando nossos dons a serviço da comunidade, “construção” termina em menor tempo, com menos desgaste para os participantes, e a obra fica mais perfeita, principalmente se tudo foi feito com amor. Quando recebemos um trabalho para executar, o importante é nos doarmos ao máximo, partilhando com os que estão no mesmo barco , mesmo que não tenhamos muita afinidade com eles ( exibir os desenhos, ou depois das apresentações fazer uma reflexão também sobre as mensagens ou palavras usadas.)

ANEXO 3

“TREM DA VIDA”

Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.

Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isto mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos estarão sempre nessa viagem conosco: Nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e de sua companhia insubstituível...Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.

Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outras encontrarão nesta viagem somente tristezas, ainda outras circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas, outras tantas passam por ele de uma forma que, quando desocupam o acento, ninguém sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles...Só que, infelizmente, jamais poderemos nos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...Porém, jamais, retornos.

Façamos essa viagem, então, da melhor forma possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades... Acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança de que, em algum momento estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram...O que vai me deixar feliz será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Amigos façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguem a viagem...Abraços!

ANEXO 4

“O MAIS IMPORTANTE”

Material utilizado:

Revistas ou jornais (preferencialmente da mesma data para todos os grupos, para que contenham as mesmas notícias) cartolina, tesoura, caneta e cola

Nº de participantes: Máximo de 30 pessoas

Tempo aproximado: 50 minutos

Procedimento:

Cada grupo receberá um jornal ou revista e uma cartolina.

Todos terão tempo determinado para escolher as seis notícias mais importantes daquela semana. Será feita uma montagem.

Concluídos os trabalhos, apresentá-los em plenário.

Solicitar aplausos para o melhor.

Questionamentos:

- As mensagens coincidiram?

- Como foi a participação dos componentes?

- As notícias escolhidas têm relação com o bem-estar social?

- Foi dada ênfase às notícias fúteis?

Reflexão: Até que ponto sabemos discernir o que é importante ou não? Muitas vezes, estamos tão preocupados com o nosso bem-estar que não percebemos os problemas da humanidade. Já está na hora de refletirmos que o mais importante para nossa realização é descobrir que todos somos irmãos e que devemos aproveitar cada momento para ser útil ao próximo, descobrindo as necessidades dos mesmos.

ANEXO 5

“Ver o próximo com AMOR”

Material utilizado:

2 folhas de papel oficio e caneta.(Obs: Se a turma não tiver um bom equilíbrio, se forem ainda imaturos, fazer só a primeira parte da dinâmica para evitar problemas)

Nº de participantes: Máximo de 15 pessoas

Tempo aproximado: 40 minutos

Procedimento:

Cada participante receberá uma folha de papel e deverá fazer um chapéu (dobradura como se fazia quando criança, auxiliado pelo orientador ). Colocar na aba o nome. Em seguida, o chapéu será passado pelo círculo, e cada um escreverá, no mesmo, uma qualidade que vê no dono do chapéu ( apenas uma palavra, ex. corajoso, humilde, descontraído, honesto, amigo, otimista, educado, etc...)

O orientador recolherá o chapéu, antes de chegar ao dono. Em seguida, distribuirá nova folha de papel, solicitando que façam um barco, da mesma maneira que a dobradura anterior.

Solicitar que coloquem o nome no barco, que será passado por todos que, nessa etapa, deverão escrever uma falha que descobriu no colega dono do barco (ex: egoísta, pouco amável, preguiçoso, injusto, pessimista.etc...)

O orientador deverá salientar que não é obrigatório escrever qualidades nem defeitos; cada um pode se sentir livre em suas ações.

O barco deverá ir diretamente para o dono e todos deverão ser advertidos de que não devem ler o que está escrito no barco do colega.

Entregar os chapéus, dando tempo para lerem e comentarem.

Questionamentos:

- O que foi mais fácil? Escrever a qualidade ou o defeito?

- Cuidei bem do chapéu e do barco do meu colega ou deixei amassar?

- Ao receber os dois objetos, o que li primeiro?

- Senti-me bem escrevendo os defeitos dos outros?

- Vou me orgulhar de colocar meu chapéu na cabeça?

- O meu barco vai afundar com o peso das falhas ou vou eliminar essas falhas?

Reflexão: O nosso amor para com o próximo deve ser sincero, devemos considerar o outro digno de estima.

Geralmente, temos facilidade em mostrar as falhas e dificuldades em fazer elogios. Entretanto, gostamos imensamente que digam os valores positivos que temos e, ficamos tensos, preocupados que descubram o nosso lado negativo.

Vamos usar nossos sentidos para perceber sempre o lado bom das pessoas e, quando sentirmos que nossa crítica pode ajudar no crescimento do outro, que esta seja sincera, objetiva, mas feita de uma maneira carinhosa para que não ofenda nosso amigo.

ANEXO 6

“Mudanças - grÁfico em CORES”

Material utilizado:

Gráfico, cola fantasia ou guache ou tinta líquida, nas cores: verde, amarelo e azul, pincel; música ambiente

Palavras do gráfico: solidariedade, otimismo, responsabilidade, amor, verdade, educação, respeito, caridade, honestidade, justiça, humildade, etc.

Escala do gráfico de 1 a 5, ou 1 a 10

Nº de participantes: Até 30 pessoas

Tempo aproximado: 50 minutos

Procedimento:

Formar 5 ou 6 grupos, colocando no centro da mesa tinta e pincéis e distribuindo um gráfico para cada participante.

Ao som de uma música bem calma, cada um examinará as palavras inseridas no gráfico e, com muita sinceridade, irá pintando de verde ( na escala de 1 a 19) até a altura onde julgar estar seu limite daquele determinado dom.

Terminada a primeira etapa, pintar de azul o que falta para atingir o máximo da escala.

Analisar com eles como está o gráfico de cada um e quais as mudanças necessárias em determinadas atitudes, para que melhorem.

Convocá-los para que se esforcem e tenham esperanças. Nessa esperança de melhora, deverão pintar levemente de amarelo a parte azul e obterão a cor verde, talvez não idêntica ao que está no princípio da escala, mas parecida.

Obs: O orientador deverá testar, antes da aplicação da dinâmica, tanto as tonalidades de cores, como o tempo necessário para que a tinta azul não seque completamente, permitindo a mistura.

Reflexão: Como está a expectativa de crescimento de cada participante do grupo? Conscientizá-los de que o ser humano não é perfeito, mas é dotado de capacidades para continuar fazendo o que é certo, transformando em positivo o que está negativo em sua caminhada.

ANEXO 7

“A viagem das mil LUAS”

Procedimento:

Escolher entre os participantes, 2 que leiam corretamente.

Estes terão acesso ao texto completo de “A viagem das mil luas” Um será o narrador e o outro o jovem viajante. Deverão ler com calma assinalando cada um a sua participação. Em seguida, o orientador recortará o texto, entregando a cada grupo uma parte que corresponda a um sábio (sete grupos, sete sábios)

Cada grupo deverá escolher dentre seus membros quem será o sábio e organizar a dramatização de sua parte, só no que se refere ao sábio e ao presente que será ofertado, pois o jovem será o mesmo para todos os grupos. Os presentes poderão ter outros símbolos criados pelo grupo ou o orientador poderá conduzi-los.

Após a preparação dos grupos, todos ficarão sentados. O narrador desempenhará sua função e o jovem se porá a caminho. Somente o figurante principal de cada grupo ocupará o local reservado ao sábio que está representando. Após a dramatização, deverão se reunir em grupos para comentar o texto e a participação.

Reflexão: Tudo na vida é importante. Entretanto, se em nossa viagem ( vida) não levarmos amor, de nada adianta estarmos sobrecarregados de outras qualidades.

A viagem das mil luas

Era uma vez uma civilização rica e avançada. Seus habitantes viviam em harmonia, eram livres e felizes. De lá partiam navios para todos os cantos do mundo, levando a ciência, a medicina, a agricultura e as artes. Para lá seguiam peregrinos, em busca de conhecimentos avançados.

Qual era o segredo daquelas pessoas e de seu sucesso em época tão remota?

Na formação dos jovens, havia uma etapa muito importante a ser cumprida: A viagem das mil luas...

Após muitos anos de estudo, os jovens deveriam partir para uma grande jornada que os levaria a conhecer terras distantes e lugares desconhecidos. Eles se preparavam desde a infância; primeiro com a ajuda dos pais e depois com a ajuda dos mestres dedicados.

Antes de partir havia o ritual de despedida. Havia, no centro de uma praça, o Templo dos navegadores, onde cada jovem entregava seu plano de viagem. Sabiam, desde crianças, que um navegador sem plano é um pássaro sem rumo. Sabiam que para controlar seus destinos era preciso plano e determinação. A entrega do plano representava essa intenção.

No extremo oriental da praça, havia um templo, um pouco menor, onde os jovens nunca tinham entrado. Pela primeira vez, o jovem que partia conheceria seu interior e o segredo das pessoas mais admiradas por todos: os sete sábios do Templo Sírius, dos quais receberiam conselhos e orientação para a longa jornada, que começava com a luz da manhã.

Esta é a história de um desses jovens, prestes a partir em sua viagem das mil luas. Depois de tantos anos de preparação, o que mais poderia aprender naquela noite?

Que conselhos receberia agora que ficaria a sós com cada um dos sete sábios?

O jovem subiu as escadarias do templo, atravessou-a e viu-se diante de um jardim. O sol criava um ambiente misterioso e lá o esperava o primeiro sábio. Sentou-se ao seu lado.

Algumas nações progridem, outras desaparecem, algumas pessoas resistem, outras desistem. Onde está a diferença? Seria o destino, a sorte de cada um? Na nossa civilização, não pensamos - prosseguiu o mestre. A diferença está na visão que as pessoas têm de seu futuro. Se você acreditar que terá sucesso, é muito provável que assim será. Se você, no entanto, acreditar que não terá sucesso, é certo que assim será. Você se lembra de que quando era menino? Sonhava que um dia seria marinheiro de verdade e sairia para conhecer o mundo? Esse dia chegou e isso ocorreu porque primeiro você sonhou. O sábio abriu então uma caixa de madeira trabalhada e de dentro tirou um pequeno marinheiro de chumbo, que o jovem imediatamente reconheceu, pois era um de seus brinquedos favoritos. E disse:- Leve consigo esta lembrança, para que você nunca perca aquilo que as crianças trazem dentro de si: o otimismo.

O segundo sábio recebeu o jovem, já dentro do templo, num local semelhante a uma biblioteca. Havia muitos livros, alguns experimentos, objetos e cartas de navegação.

A travessia do mar não é para principiantes - disse o sábio - e, por esse motivo, você vem se preparando durante todos esses anos. Entretanto, à medida que a viagem prosseguir, maior será a complexidade dos problemas. E você continuará, se estiver cada vez mais preparado. Atrás do desempenho de um grande músico, ou de uma bailarina, ou de um carpinteiro, existe uma jornada de práticas, estudos, dedicação e, acima de tudo, método. Você aprendeu o método dos navegadores, use-o para sempre aprender cada vez mais. Quando estiver em alto-mar, você encontrará um pássaro formidável, o maior de todos, o albatroz marinho. O único pássaro capaz de dar uma volta completa ao redor do planeta.

Ele faz isso com muito planeio, sem bater as asas parte do tempo, usando de forma inteligente sua envergadura de quase quatro metros, evitando calmarias, dormindo sobre as águas; inspire-se nele - disse o sábio – e leve consigo esta pena de albatroz como símbolo da competência que será necessária.

Estava começando a chover quando o rapaz conheceu o terceiro sábio. Estavam no meio do verão, de forma que, no início da noite, o ruído da chuva criava um ambiente de intimidade e harmonia. E o sábio falou:

Existem navegadores que partem cheios de entusiasmo e otimismo. Levam consigo suas cartas e sabem utilizá-las. Acontecem exatamente como foram planejadas. Uma tempestade inesperada, uma calmaria fora de hora, uma doença, ou um inverno incomum poderão adiar os planos. É aí que alguns desistem, e não tentam novamente. Veja a vida dos rios, por exemplo. Na sua rota para o mar, também encontram obstáculos aparentemente intransponíveis. Mas não desistem: modificam-se, se for preciso, criam novos meandros, passam pelos lados e pelos obstáculos e chegam ao seu destino.

O sábio entregou ao jovem uma pedra negra, totalmente opaca, arredondada e lisa. E disse: “Este seixo é encontrado no fundo dos rios de montanhas, perto de vulcões, de onde veio, há milhares de anos; leve-o em sua bagagem para que o ajude a ter persistência”.

Ao entrar no local onde estava o quarto sábio, o jovem percebeu que a única luz era proveniente de uma lamparina sobre o piso. O sábio estava sentado no chão e, de forma semelhante, o rapaz se acomodou, bem a sua frente, para escutar o que tinha a dizer.

Ao longo de sua grande aventura - disse o mestre - você terá que enfrentar muitos perigos. Haverá noites em que os demônios e espíritos virão assustá-lo. Você sentirá muito medo. Todos sentem medo durante a viagem, tenha plena consciência disso. Entretanto, muitas vezes nossos medos são irracionais, e basta a luz de uma pequena chama para mostrar que estamos tendo inimigos imaginários. A temida floresta poderá ser seu esconderijo seguro. Mas muito cuidado! Outras vezes o perigo é real. Se assim for, respeite-o, prepare-se bem e enfrente-o confiante.

Com essas palavras, o mestre entregou a lâmpada e disse:

Leve-a consigo. Ela simboliza a coragem. Não há nada a temer!

O som de uma flauta indicou ao rapaz que ele estava num ambiente diferente dos anteriores. Havia uma diferença também com o quinto sábio que passava a impressão de ser um pouco mais jovem que os demais. Ele disse ao rapaz: - Todos nascemos com habilidades para criar coisas novas. Não existe nada definitivo, tudo pode ser melhorado. Porém, alguns viajantes acreditam que não nasceram com esse dom e seguem navegando sempre do mesmo jeito, sem inovações, nem, melhorias; muitas vezes o ato de criar é um ato de descobrir.

Todas as coisas já estão criadas, basta estar receptivo para captá-las. Se for preciso, continuou o sábio, abandone idéias preconcebidas, rejeite os preconceitos, destrua os mitos. Deixe de lado suas inibições, suas preocupações e ansiedades. Assim, você estará sensível às novas idéias, principalmente àquelas que sempre estiveram junto de você.

O sábio então entregou ao jovem um pequeno frasco de vidro e lhe disse:

A areia deste frasco, trabalhada corretamente, ajuda a erguer um castelo. Com a técnica certa esta mesma areia poderá ser transformada em vitrais. Leve-a consigo como alimento para sua criatividade.

A sala onde se encontrava o sexto sábio era despojada de qualquer tipo de adorno, mas era ampla e confortável. A noite tinha avançado bastante, e o jovem sentiu um pouco de fome. O sábio, ao perceber, compartilhou com ele o pão e as frutas que comia. E lhe disse:

Com sua determinação e com os presentes que recebeu, você progredirá. Cruzará mares, atravessará cordilheiras, conhecerá cidades e pessoas encantadoras, frequentará templos e palácios luxuosos. Poderá ter a sensação de ser um navegante poderoso e destemido e de que nada no mundo poderá detê-lo.

Talvez passe a se considerar mais virtuoso ou superior que os outros. Cuidado! Esta é uma grande cilada que poderá até matá-lo, física ou espiritualmente! Somos imperfeitos. Aceite seus próprios erros, e anote-os em seu manual de erros do passado, para não repeti-los no futuro. Renove-se com eles.

O sábio então levou o jovem até a janela, apontou para Canopus e disse: - Veja aquela estrela brilhante. Apesar de sua luz, de sua beleza, de sua longevidade, ela é só uma entre todas as estrelas do universo. Nem melhor, nem pior, apenas diferente de todas as outras. Então presenteou o rapaz com uma estrela do mar - porque o mar também é infinito. E disse: “Esta é a estrela da humildade. Leve-a sempre consigo”.

O sétimo sábio era o mais antigo e, portanto o mais evoluído de todos. Diz a lenda que teria vindo de uma estrela distante para ajudar na evolução das pessoas através do desenvolvimento de sua consciência. Chamava-se Ânima.

Era uma mulher de rara serenidade e beleza, que assim falou:

As criaturas da guerra, com suas flechas pretas e seu desejo de destruição, também usam o otimismo, a competência, a persistência, a coragem, a criatividade, até mesmo a humildade! Um ladrão, um impostor, um bandido, todos esses também podem usar essas habilidades. Onde está a diferença?

A diferença está nos valores de cada um, disse o jovem.

Sim, mas o que são valores? Perguntou a Ânima

Os valores estão contidos nos princípios éticos e morais de cada pessoa, disse ele.

Sim; mas onde é que tudo é espontâneo, natural, universal? Perguntou

Então, finalmente, o jovem percebeu que estavam falando de amor.

O amor - disse Ânima - será a única moeda aceita em todas as épocas e em todos os lugares por onde você passar. Ame o próximo, perdoe seus defeitos, não seja intolerante. Todos os viajantes que encontrar pelo caminho estão como você - e cada uma à sua maneira - em busca da mesma paz de espírito. Enquanto o homem tiver amigos, gente que ele ame e que o ame, ele será feliz. Mas, se não tiver esse laço de amor com a vida, não terá razão para continuar vivendo.

Lembre-se: o seu poder é infinito. Você é que irá determinar, com suas atitudes, como será sua viagem e como será sua vida.

Despediram-se com um abraço - um abraço de alma.

O ruído dos pássaros e o aroma das plantas indicavam que logo seria a hora de partir.

ANEXO 8

“Eu e o outro”

Material utilizado:

Opções: argila, massa de modelar, papel, lápis, borracha e música

“Massa: 2 copos de farinha de trigo, ½ copo de água, 1 colher de sopa de óleo, corante ou não. Deixar descansar 15 minutos; colocar em saco plástico”.

Nº de participantes: Máximo de 20 pessoas

Tempo aproximado: 40 minutos

Procedimento:

Formar duplas. Cada participante receberá uma parte do material e, ao som de um fundo musical, deverá tentar se modelar ( ou se desenhar). Após alguns minutos, o orientador deverá interromper a música e o trabalho, solicitando que troquem o material, para que o colega termine a sua modelagem e vice-versa.

Observar as atitudes. Concluído o trabalho, as obras- primas deverão ser expostas.

Reunir grupos para os questionamentos:

- Como me senti dando minhas próprias formas?

- Aceitei que meu colega terminasse meu trabalho, ou tive receio?

- Como moldei meu colega? Com amor?

- Já refleti, por algum momento, com que amor Deus moldou o ser humano?

- Como recebi o trabalho de volta?

Reflexão: No mundo, somos sempre colocados lado a lado com alguém. Quase sempre receberemos de volta o que oferecemos.

Se sorrimos, sorriem para nós, se agredimos, também somos agredidos, se amamos, somos amados. Uma palavra, um gesto de carinho é tão fácil, custa tão pouco e pode transformar o dia do próximo.

ANEXO 9

“O amor liberta”

Material utilizado:

Fichas de papel para cada participante, em número superior aos componentes do grupo ( se cada grupo tem 6 componentes, distribuir 8 para cada), caneta;

Nº de participantes: Máximo de 24 pessoas

Tempo aproximado: 40 minutos.

Procedimento:

Formados grupos de 6 a 8 componentes, serão distribuídas fichas de papel para cada um, sendo que estas deverão ser em número superior ao número de participantes ( 1 ou 2 a mais).

Cada um deverá escrever, nas suas fichas, valores que todos gostariam de ter e que dignificam o crescimento do ser humano (o orientador dará um tempo e, se notar dificuldades, poderá dar exemplos como: boa educação, fraternidade, inteligência, coragem, sinceridade, honestidade, justiça, segurança, boa comunicação, alegria, etc, sendo que algumas palavras poderão ser repetidas).

Será solicitado que cada um examine o que escreveu e retire para si o valor que julga possuir em maior quantidade (somente um)

Em seguida, deverão ser dados 5 minutos para que examinem seus colegas de grupo, e, sem precipitação, distribuam uma ficha para cada um, de acordo com o valor identificado no mesmo, colocando as mesmas com a parte escrita voltada para baixo.

Finalizada a primeira parte da dinâmica, questionar:

- Examine as suas fichas. Foi gratificante saber que seus colegas identificaram valores em você?

- Foi difícil descobrir os valores dos outros? Se fossem defeitos, seria mais fácil?

- No ambiente em que vive, você descobre primeiro os defeitos ou as qualidades?

Reflexão: Quando é otimista, o homem procura sempre olhar o lado positivo das coisas e das pessoas. É bom lembrar que as roseiras têm espinhos, mas é preferível ver primeiro a beleza e o perfume das rosas que ela produz.

Se gostamos de receber elogios e sempre isto nos ajuda crescer, por que razão apontamos as falhas e raras vezes as qualidades de nosso próximo?

ANEXO 10

“Resolução de conflitos”

Objetivos:

Conscientizar-se acerca das estratégias usadas nas situações de conflito.

Examinar os métodos usados para resolver os conflitos.

Introduzir estratégias para negociar e apresentar habilidades para negociações.

Tamanho do grupo: 20 a 25 pessoas.

Tempo exigido: Aproximadamente 30 minutos.

Ambiente físico:

Uma sala com cadeiras suficientemente ampla, para acomodar todos os participantes. Um ambiente silencioso.

Procedimento:

I. Os participantes são convidados, pelo animador, a fazer um exercício de fantasia, com o objetivo de examinar suas estratégias na solução de conflitos individuais. Durante aproximadamente cinco minutos, o animador conduzirá o grupo, através da fantasia que se segue.

II. O animador convida, a seguir, os participantes para que tomem uma posição confortável, fechem os olhos, procurando recolher-se, desligando-se do resto, relaxando completamente.

III. Em continuação, o animador começa dizendo: “ Todos estão agora caminhando pela rua e, de repente, observam, a certa distância, que se aproxima uma pessoa familiar a eles. Eis que se reconhecem.

IV. É uma pessoa com a qual estão em conflito Todos sentem que devem decidir rapidamente como enfrentar a pessoa. À medida que esta se aproxima, uma infinidade de alternativas se estabelece na mente de todos. Decidem agora mesmo o que fazer e o que irá acontecer. E o animador pára a fantasia. Aguarda um pouco. A seguir dirá: “ A pessoa passou. Como se sentem? Qual o nível de satisfação que estão sentindo agora?”

V. Continuando, o animador pede às pessoas do grupo que voltem à posição normal e abram os olhos.

VI. Assim que o grupo retorna da fantasia, durante cinco minutos, todos os membros deverão responder, por escrito, às seguintes perguntas:

A. Em que alternativas pensou?

B. Qual a alternativa que escolheu?

C. Que nível de satisfação sentiu no final?

VII. Cada participante deverá, a seguir, comentar com outros dois colegas as respostas às perguntas anteriores, ficando um encarregado de fazer um a síntese escrita.

VIII. Ainda em continuação, o animador conduzirá os debates em plenário, onde serão relatadas as sínteses dos subgrupos. Observa-se, em geral, que as estratégias mais empregadas se resumem em evitar, adiar e confrontar os conflitos.

IX. Por último, através da verbalização, cada participante expõe suas reações ao exercício realizado, e o animador fará um comentário sobre o problema dos conflitos.

ANEXO 11

“Responsabilidade”

Material utilizado:

Papel metro, caneta ou lápis.

Nº de participantes: Máximo 30 pessoas

Tempo aproximado: 40 minutos

Procedimento:

Cada dupla deverá receber um retângulo de papel (não muito pequeno), onde deverá desenhar uma estrada. Nesta estrada serão acrescentadas algumas placas de sinalização que conhecem e que comumente são avistadas nas estradas por onde passam.

Apresentados os desenhos, questioná-los: Para que servem aquelas placas? Enfeitam as estradas ou são úteis?

Em seguida, pedir que cada um compare sua vida a uma estrada e que comente quais são os sinais que ele encontra e quem os coloca. Analisar com eles se os motoristas observam sempre a sinalização e o que acontece quando a desrespeitam. E os jovens procedem de modo diferente dos motoristas, em relação à sinalização feita pelos mais velhos?

Reflexão: Nossa vida, felizmente, é uma estrada muita bem sinalizada por nossos pais, mestres e pessoas que nos amam.

Estes sinais não são colocados para nos entristecer e sim para a nossa felicidade. Assim como a observância das leis de trânsito nos poupa acidentes, na vida também estamos sempre sendo avisados dos perigos que poderão vir, se não formos prudentes.

ANEXO 12

“A ÁGUIA”

A águia é a ave de maior longevidade, chega a viver setenta anos. Mas, para alcançar essa idade, aos quarenta anos, ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.

Com quarenta anos de vida, ela já está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando para o peito. As asas estão envelhecidas e pesadas, em razão da grossura das penas. Voar torna-se muito difícil.

Só restam à águia duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinqüenta dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher a um ninho próximo a um paredão. Após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico no paredão até conseguir fazer o bico cair. Depois disso, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, a águia passa a arrancar as velhas penas e sós passados cinco meses a ave sai para seu famoso vôo de renovação e para viver mais trinta anos.

Em nossa vida, muitas vezes também temos de nos resguardar por algum tempo, para dar início a um processo de renovação.

Para que continuemos a voar um vôo vitorioso, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causam dor.

Somente livres do peso do passado, podemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Replicação da Técnica do Conhecimento (Anexo 1)

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