Recursos Documentais
DESENVOLVIMENTO DE COLEC??ES(2011-2012)Docente: Ana Isabel VasconcelosA Biblioteca (1949) - obra de Vieira da SilvaRESUMOAntónio José Estêv?o Cabrita?ndice TOC \o "1-3" \h \z \u 1.Recursos Documentais PAGEREF _Toc317066974 \h 51.0.Apresenta??o da unidade PAGEREF _Toc317066975 \h 51.1.A colec??o PAGEREF _Toc317066976 \h 5Que tipo de materiais pode uma colec??o tangível contemplar? PAGEREF _Toc317066977 \h 51.2.Caracteriza??o dos diferentes recursos documentais PAGEREF _Toc317066978 \h 61.2.1.A Forma PAGEREF _Toc317066979 \h 7ORGANIZA??O INTERNA DO LIVRO PAGEREF _Toc317066980 \h 7Outros tipos de documentos, apresentados sob a forma física de livro, mas com características específicas: PAGEREF _Toc317066981 \h 9As Publica??es Periódicas PAGEREF _Toc317066982 \h 101.2.2.O Conteúdo PAGEREF _Toc317066983 \h 111.2.3 O Suporte PAGEREF _Toc317066984 \h 121.3.UTILIDADE E UTILIZA??O DAS OBRAS DE REFER?NCIA PAGEREF _Toc317066985 \h 131.3.1.Dicionários e enciclopédias PAGEREF _Toc317066986 \h 151.3.2.Outras obras de referência PAGEREF _Toc317066987 \h 162.A COLEC??O: PROCEDIMENTOS PARA A SUA AVALIA??O PAGEREF _Toc317066988 \h 182.1.Requisitos de uma avalia??o PAGEREF _Toc317066989 \h 192.1.1.Necessidades dos Utilizadores PAGEREF _Toc317066990 \h 202.1.1.1.Exemplos de documentos concebidos para a detec??o das necessidades dos utilizadores de uma Biblioteca Escolar PAGEREF _Toc317066991 \h 21Identifica??o das necessidades dos utilizadores PAGEREF _Toc317066992 \h 222.1.2.Descri??o e Análise da Colec??o PAGEREF _Toc317066993 \h 222.2.Avalia??o da Colec??o PAGEREF _Toc317066994 \h 241.AVALIA??O DA COLEC??O PAGEREF _Toc317066995 \h 241.Fragilidades da colec??o PAGEREF _Toc317066996 \h 252.Pontos fortes da colec??o PAGEREF _Toc317066997 \h 252- PLANO DE ACTUA??O PAGEREF _Toc317066998 \h 253.DESENVOLVIMENTO DE COLEC??ES PAGEREF _Toc317066999 \h 263.1.Políticas de Desenvolvimento de Colec??es PAGEREF _Toc317067000 \h 273.2.Selec??o de recursos PAGEREF _Toc317067001 \h 293.2.1.A Selec??o na Biblioteca Escolar PAGEREF _Toc317067002 \h 293.2.2.Bibliotecas Públicas PAGEREF _Toc317067003 \h 333.3 Desbaste PAGEREF _Toc317067004 \h 343.3.1 Aspectos Gerais PAGEREF _Toc317067005 \h 343.3.2.Critérios e Procedimentos PAGEREF _Toc317067006 \h 353.4.Liberdade de Informa??o PAGEREF _Toc317067007 \h 363.4.1.A documenta??o institucional relativa às bibliotecas escolares: PAGEREF _Toc317067008 \h 363.4.2.Censura versus Liberdade Intelectual PAGEREF _Toc317067009 \h 373.5.A BIBLIOTECA DIGITAL PAGEREF _Toc317067010 \h 38?ndice PAGEREF _Toc317067011 \h 39Pretende-se que, no final desta Unidade Curricular, o estudante seja capaz de: Discutir fundamentadamente aspectos relacionados com o conceito de "colec??o"; Conhecer e apreciar os constituintes de uma política de desenvolvimento de colec??es e a forma de a implementar; Explanar os princípios que presidem à selec??o, desbaste e preserva??o da colec??o de uma biblioteca ou de um centro de documenta??o;Redigir um comentário escrito relativo aos conteúdos ministrados nesta UC.Recursos DocumentaisApresenta??o da unidadeRecursos documentais XE "recursos documentais" , é o conjunto de materiais disponíveis numa biblioteca, tenham a forma de livro ou de revista, em registo áudio ou vídeo, se apresentem como um simples papel ou se constituam mesmo como textos em suporte informá a a profus?o de elementos e de suportes e a diversidade de características dos recursos, todas elas passíveis de se constituírem como motivos distintivos, apercebemo-nos facilmente dos múltiplos materiais que podemos identificar como documentos e da necessidade de elencar todos esses recursos, segundo determinada tipologia.Acresce o facto de nos encontrarmos num novo paradigma, que nos obriga a rever conceitos e a repensar defini??es para que possamos compreender e explicar novas realidades.Assim, s?o objectivos desta li??o:explicitar o conceito de “colec??o”;caracterizar os recursos documentais propondo determinada tipologia;caracterizar individualmente diferentes documentos, dando primazia aos que constituem normalmente o acervo de uma biblioteca escolar;descrever um livro, referindo os vários elementos constituintes;listar os materiais que pertencem ao conjunto “obras de referência” explicitar a sua utiliza??o.A colec??oPodemos chamar “colec??o XE "colec??o" ” ao conjunto de documentos e recursos, de vários tipos e apresentados em diversos suportes, disponíveis numa biblioteca/centro de documenta??o ou através dela/dele, e que se destinam a informar, educar e recrear, em sentido amplo, os seus utilizadores.Este conceito tem evoluído, pois hoje, para além dos recursos tangíveis XE "recursos tangíveis" que se encontram à nossa disposi??o no espa?o da biblioteca, a colec??o integra também o que chamamos de recursos intangíveis XE "recursos intangíveis" , ou seja, aqueles a que acedemos por meios informáticos e que, normalmente, est?o alojados em servidores externos.Que tipo de materiais pode uma colec??o tangível contemplar?Material impresso:Obras de referência - dicionários, enciclopédias, gramáticas, atlas, etc.;Publica??es periódicas;Banda desenhada, álbuns e outros livros de leitura rápida e informal;Obras de fic??o: títulos individuais e colec??es;Obras de n?o-fic??o, tendo em aten??o a diversidade das várias áreas do conhecimento: ciências exactas, tecnologias, história, geografia, arte, desporto, n?o esquecendo títulos relacionados com a cidadania, sexualidade, ambiente, etc..Materiais manipuláveis: jogos didácticos, puzzles, etc..Material n?o impresso:Cassete Audio: can??es tradicionais infantis; algumas histórias infantis; fonogramas funcionais; obras representativas de vários géneros musicais: música clássica, étnica, pop-rock, jazz, e outros.Cassete Vídeo e DVD: recursos educativos; documentários adequados a cada faixa etária, tendo em aten??o a temática e a dura??o; vídeos de música e dan?a; desenhos animados; cinema português e estrangeiro de qualidade e representativo.CD-Rom com software educativo, lúdico e didáctico. Sobre a “colec??o digital”, composta por recursos intangíveis, a que alguns chamam de “biblioteca digital”Caracteriza??o dos diferentes recursos documentaisA palavra “documento” vem do termo latino “docere”, que significa “ensinar”, pelo que o termo se aplica a tudo aquilo que, devido às informa??es que contém, serve para instruir ou para elucidar.Neste sentido e seguindo a defini??o proposta, chama-se documento XE "documento" “a qualquer objecto susceptível de ser utilizado para consulta, estudo ou prova”.A forma que os documentos apresentam reveste aspectos variados -- impressos, livros, brochuras, revistas, fotografias, mapas -- , tal como os conteúdos e a forma como s?o apresentados, que podem ser de diversa ordem -- estatísticas, quadros, gráficos, relatórios, monografias -- , o suporte em que se inscrevem – papel, fita magnética, digital – , o grupo a que se destinam – crian?as, jovens, adultos, determinado grupo profissional ou social – , etc.Assim, existem varias maneiras de olhar para os documentos, consoante o objectivo pretendido ou o elemento a que se quer dar aten??o. Delinearemos três vectores para organizar esta abordagem aos materiais normalmente existentes numa biblioteca ou num centro de documenta??o:a formao conteúdoo suporteA FormaPela forma como os documentos impressos se nos apresentam, chegaremos a dois grandes grupos:? os livros? os periódicos.Para além destes dois tipos de recursos, deveremos também ter em considera??o o “material gráfico” que, quando n?o encadernado, constitui um terceiro grupo:- os mapas- as fotografias- os desenhosenfim, “documentos soltos” que se n?o inserem, em termos formais, nos dois grandes grupos acima referidos O Livro XE "Livro" A abordagem deve ser simplificada e, portanto, ficar restringidda ao universo das bibliotecas. Nesses espa?os, o livro é o formato por excelência, tanto mais que um dos objectivos principais da cria??o das bibliotecas residiu na necessidade, de se familiarizar o cidad?o comum com o livro e a sua leitura.Introdu??o à Biblioteconomia,de Edson Nery da Fonseca. Trata-se de uma parte do capítulo 1., dedicado ao Livro.Livro XE "Defini??es:Livro" – documento impresso, n?o periódico, com mais de 48 páginas, que constitui uma unidade bibliográficaORGANIZA??O INTERNA DO LIVRO XE "Livro:ORGANIZA??O INTERNA DO LIVRO" COMPONENTES E ORGANIZA??O INTERNA DO LIVROSobrecapa – invólucro de papel que protege a encaderna??o e que, para além de proteger o livro, é também utilizado para publicitar os seus méritos, dar qualquer informa??o sobre o autor e sublinhar aspectos da obra que favore?am a sua venda.Encaderna??o – capas de tela ou de qualquer outro material, cuja fun??o é a de manter o texto como um todo. Como se trata de algo dispendioso, cada vez mais se baixa a sua qualidade, o que prejudica a durabilidade das obras.Dorso ou lombada – parte lateral da encaderna??o, onde s?o cosidos os cadernos. Na parte exterior constam, normalmente, o nome do autor e o título da obra.Badanas – parte da capa que se dobra para dentro e que se pode utilizar para inscrever uma pequena biografia do autor, um resumo da obra e/ou críticas sobre a mesma.Capa – folha de papel, cartolina ou outro material com que se cobre a lombada e os dois lados do livro. Pode levar impresso, entre outros elementos, o título e o nome do autor.Folha de guarda – folhas, geralmente em branco, que o encadernador coloca entre o livro e cada um dos cart?es da capa. Anteportada ou anterrosto - primeira página de uma publica??o que apresenta apenas o título desta e que precede o rosto.Folha de rosto ou portada – é o rosto da publica??o, pois nela constam os elementos identificadores da obra – título, autor, local de publica??o e editora. O ano da publica??o, a edi??o, os direitos de autor (copyright), bem como o ISBN constam geralmente da página de créditos, ou seja, a que fica no verso da folha de rosto. O primeiro contacto com uma publica??o come?a normalmente pela observa??o da portada e respectivo verso.Frontispício – ilustra??o que se pode colocar na folha de rosto. Nas biografias, destina-se este espa?o, por exemplo, à reprodu??o de uma fotografia do biografado. Noutro tipo de publica??es, o frontispício leva uma ilustra??o normalmente relacionada com o tema do livro.?ndice – listagem organizada dos conteúdos da obra, propiciando uma vis?o panor?mica da mesma. Vem, por vezes, logo no início e, outras vezes, só no fim. De qualquer forma, é um elemento importante, uma vez que proporciona, ao leitor, um conhecimento esquemático da matéria tratada bem como a página precisa onde se inicia ou termina determinado capítulo.Existem outros tipos de índices, como o índice analítico (dispondo alfabeticamente os assuntos) ou o índice onomástico (indicando alfabeticamente os nomes referidos ao longo da obra), mas que surgem apenas e sempre no fim da obra.Dedicatória – em muitas obras, aparece imediatamente na folha a seguir à folha de rosto. Trata-se geralmente de uma frase indicativa da pessoa ou pessoas a quem se dedica a obra.Prefácio – conhecido também como “prólogo”, é constituído por palavras de apresenta??o e antecedem o corpo do texto. Pode ser da autoria do próprio, chamando-se “autógrafo”, ou da autoria de terceiros, a quem se pediu que escrevessem umas palavras, normalmente elogiosas, ao livro. Trata-se, neste caso, de um prefácio “alógrafo”.Introdu??o – tal como o termo indica, proporciona a informa??o que o autor considera essencial para uma melhor compreens?o da obra.Corpo textual – trata-se da parte central do livro, composta por um ou mais capítulos, consoante a extens?o e organiza??o interna da obra. Teoricamente, um livro pode ter um qualquer número de capítulos; normalmente a dimens?o de cada um dos capítulos é semelhante por forma a proporcionar um certo equilíbrio ao livro, na sua totalidade. Em obras de índole mais académica, surgem, n?o raro, notas, normalmente inseridas em rodapé, e que, normalmente, contêm informa??es muito úteis e interessantes para os estudiosos daquela matéria.Nota de rodapé – pequenos apontamentos que se colocam no fundo da página e que normalmente complementam o texto ou referem a sua fonte.Bibliografia – indica??o dos livros utilizados ou intimamente relacionados com o assunto daquele livro; autores há que optam por substituir estas listagens pelas “referências bibliográficas”, ou seja, indica??es apenas dos livros citados no corpo do texto. A indica??o bibliográfica obedece a normas determinadas.Há obras que s?o compostas em vários volumes, sendo cada um uma unidade física, resultante da divis?o do livro, devido a raz?es materiais.Outras há que pertencem a colec??es, como é o caso de “Uma Aventura”, que tanto êxito tem tido junto da popula??o juvenil.Há também obras, por vezes de índole académica, que vêm acompanhadas de anexos XE "anexos" e apêndices XE "apêndices" , sendo os primeiros constituídos por documentos que n?o foram elaborados pelo autor e os segundos, constituídos por documentos que o autor elaborou e que n?o faz sentido inserir no corpo do texto, embora ajude a sua compreens?o.Outros tipos de documentos XE "Livro:Outros tipos de documentos" , apresentados sob a forma física de livro, mas com características específicas:Actas – publica??o que reúne documentos, que relatam as interven??es, discuss?es e resolu??es de uma assembleia.Atlas – publica??o que inclui mapas geográficos.Antologia – colec??o de excertos escolhidos dos escritos de um autor ou vários autores, que tem como característica comum um mesmo assunto ou forma literária.Dicionário – recolha de palavras de uma língua, ordenadas alfabeticamente, explicadas ou traduzidas noutras línguas.Glossário – lista de termos de uso pouco comum, palavras de outros idiomas, modismos, regionalismos, etc., e respectiva explica??o.Monografia – estudo aprofundado, dedicado a um único assunto. Existem ainda dois tipos de materiais que, pela sua extens?o e à luz da defini??o acima enunciada, n?o podem ser considerados livros. S?o as:Brochuras – publica??es impressas, n?o periódicas, com mais de 5 e menos de 48 páginas;Opúsculos – pequenas obras sobre determinado assunto, arte, literatura, história, etc., que se apresentam em geral sob a forma de folheto.As Publica??es Periódicas XE "Publica??es Periódicas" S?o todas as publica??es que surgem no mercado com um carácter regular, seja ele diário, semanal, mensal ou anual, sem que se estabele?a, à partida, um número definido. Sucedem-se por ordem numérica ou cronológica, obedecendo geralmente a um título comum. V?o desde o que chamamos simplesmente de jornais, às revistas, ou aos próprios “boletins”, sempre que estes têm determinada periodicidade.Anuários – publica??o em série, editada anualmente, respeitante a informa??es ordenadas cronologicamente e com índices alfabéticos auxiliares.Anais – documento que relata uma sequência de factos por ordem cronológica.Boletins – publica??o periódica que fornece informa??es de natureza geral ou particular de determinada institui??o ou colectividade.Jornais – publica??o em série, editada com intervalos muito curtos, que fornece as informa??es mais recentes sobre a actualidade.Revistas – publica??o em série que trata geralmente de um ou vários domínios especializados, destinada a fornecer informa??o geral ou informa??o científica e técnica.Estas publica??es caracterizam-se por:serem publica??es em curso, n?o unitárias, de carácter acumulativo e dura??o indefinida;oferecerem informa??o actualizada;incluírem os mais diversos conteúdos: informativos, de actualidade, recreativos ou de carácter lúdico;estruturarem os conteúdos em sec??es distintas e habituais;serem obras colectivas, com autores e colaboradores vários;muitos terem uma ampla e rápida difus?o bem como grande facilidade de acesso;permitirem uma certa interac??o com o leitor, já que é possível surgir o texto de um leitor no número seguinte, por exemplo, na sec??o “cartas ao director”.O Conteúdo XE "Livro:Conteúdo" Os documentos podem inscrever-se em dois grandes grupos:? obras de informa??o XE "Conteúdo:obras de informa??o" ? obras de fic??o XE "Conteúdo:obras de fic??o" Atentemos no seguinte quadro, adaptado de um documento editado pelo Ministério da Educa??o Espanhol:Ilustra??o SEQ Ilustra??o \* ARABIC 1 Fonte: l.edu.um.es:8080/jgomez/bibedu/pautaorg/intro/tipolog.htmOs utilizadores de uma biblioteca, muitos deles alunos das escolas que ficam relativamente perto, recorrem aos seus servi?os normalmente na busca de informa??o específica e que pretendem utilizar na elabora??o deste ou daquele trabalho, para determinada disciplina ou no ?mbito de um dado projecto.No actual sistema de educa??o, colocamos grande ênfase no processo que denominamos como de investiga??o, querendo muitas vezes essa express?o apenas significar a procura do conhecimento que outros já registaram.Numa biblioteca, essas fontes s?o constituídas justamente pelas obras de informa??o, sejam elas obras de referência, de que falaremos mais adiante, ou obras documentais.? precisamente com o manuseamento e com a consulta de dicionários, enciclopédias, mapas, registos cartográficos, monografias, etc., que o utilizador vai construindo, de acordo com os seus interesses, o seu próprio conhecimento.1.2.3 O Suporte XE "Suporte" Este subtópico, implica a tomada de consciência de todo um conjunto de modifica??es que se operaram a nível dos elementos constituintes de uma biblioteca bem como do papel do bibliotecário, sugere-se a leitura de um breve excerto da obra de Edson Nery da Fonseca, A Biblioteca In Introdu??o à Biblioteconomia, 2.? ed., Brasília: Briquet de Lemos, 2007, pp. 48-50.Hoje, a biblioteca ou o “centro de recursos” tem à sua guarda documentos que, n?o se restringem ao material impresso em papel, como o áudio, o vídeo ou o digital.Resumo dos vários tipos de suporte em que podemos encontrar os vários documentos:Documentos impressos XE "Suporte:Documentos impressos" :LivrosPublica??es PeriódicasCartasMapasFotografiasDesenhosDocumentos Audio-visuais XE "Suporte:Documentos Audio-visuais" Cassetes audioCassetes vídeoDiapositivosDiaporamasFilmesDocumentos digitais XE "Suporte:Documentos digitais" DisquetesCD’sCD-ROMDVDetc.Outros materias XE "Suporte:Outros materias" maquetesglobosoutro material didácticoliteratura cinzentaUTILIDADE E UTILIZA??O DAS OBRAS DE REFER?NCIA XE "OBRAS DE REFER?NCIA" O utilizador da biblioteca é o elemento central, que deverá determinar n?o só o seu funcionamento como as aquisi??es a efectuar. ? importante que se conhe?am os seus hábitos, gostos, necessidades e preferências.De nada serve ter uma biblioteca com livros que nunca s?o consultados, pois pouco ou nada interessam aos utilizadores. Dever-se-á ter o maior cuidado na escolha das obras de referência que se colocam à disposi??o dos utilizadores.A din?mica da rela??o utilizador/conhecimento, a qual assenta sobretudo no desenvolvimento da curiosidade pelo saber, num processo que, se deseja que seja de auto-aprendizagem, as solicita??es dos utilizadores giram em torno de uma consulta que se expressa:na necessidade de informa??o,no desejo de verificar um dado,na inten??o de complementar uma notícia,na ?nsia de confirmar um detalhe,na curiosidade de examinar um documento,? na consulta às obras de referência que obtemos a resposta a estas solicita??es mais imediatas.No entanto, é necessário que o técnico de biblioteca tenha conhecimento deste tipo de referência para poder mobilizar esses recursos bibliográficos mais imediatos, da forma mais eficaz.Dar uma informa??o que n?o responde ao pedido do utilizador ou desconhecer existências bibliográficas que poderiam satisfazer determinada solicita??o prejudicariam a imagem que se quer construir de uma biblioteca.Por outro lado, convém n?o esquecer que, se os utilizadores n?o conhecerem determinadas obras de referência, acabar?o por nunca as consultar. ?, assim, papel do auxiliar de biblioteca divulgar, junto dos utilizadores, a existência de determinadas obras de referência.***********Ao classificar os documentos tendo em considera??o o conteúdo, existe um grupo que genericamente apelidamos de “informativo” por oposi??o ao “ficcional”.Do grupo informativo, estabelecemos dois subgrupos:Obras de referência XE "Conteúdo:Obras de referência" Obras de informa??o XE "Conteúdo:Obras de informa??o" englobando este último livros de divulga??o cultural e científica, com o objectivo de transmitir informa??o.A temática deste tipo de produ??es prendem-se com aspectos ligados à natureza, à astronomia, ao universo, a animais pré-históricos, a seres extraterrestres, etc., consoante as tendências e os interesses dos utilizadores.Reconhece-se na sec??o infantil, várias edi??es dedicadas aos dinossauros.Se bem que muitos destes livros tenham uma organiza??o interna inspirada na organiza??o do que chamamos “livros de referência”, até com índices e sumários muitíssimo claros e esclarecedores, eles n?o fazem parte do conjunto de obras tradicionalmente tido como “obras de referência”.*********Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa, da Porto Editora, na linguística, “referência XE "referência" ” significa a “rela??o existente entre um signo e um objecto, real ou imaginário, que ele representa”.Depreende-se que estamos perante uma rela??o directa e imediata entre a palavra e a realidade que representa, e, no caso da obra, entre o que se procura e a informa??o disponível da forma mais imediata.Assim, e porque se trata de uma consulta pontual, o manuseamento destas obras obedece a regras diferentes:n?o s?o emprestadas para consulta fora do espa?o da biblioteca;s?o geralmente identificadas com um distintivo;destinam-se apenas a consultas eventuais e n?o a leitura continuada;dever?o ser devolvidas (colocadas nos seus lugares ou num local específico) assim que consultadas.Dicionários XE "Dicionários" e enciclopédias XE "enciclopédias" Os dicionários constituem uma das categorias de obras de referência mais consultadas numa biblioteca, devido à ênfase que é dada ao estudo dos idiomas.Dicionário: Dictionarium (lat.) = conjunto de palavrasUm dicionário foi definido como: um livro que contém a colec??o de palavras de um idioma, ordenadas alfabeticamente, com explica??es sobre o seu significado e, frequentemente, com informa??o adicional sobre elas no mesmo idioma.Diccionários In Bernadete Campello e Paulo da Terra Caldeira - Introdu??o às Fontes de Informa??o, 2.? ed. Encontrará esse excerto em “Texto de apoio 1”EnciclopédiaEn + kiklos + padeia (grego) = em + círculo + instru??oo círculo completo do saber humanoPor ser universal, uma enciclopédia tem poucas limita??es nas matérias que abrange e merece que seja considerada como uma fonte de informa??o por excelência.Em que circunst?ncias poderá uma enciclopédia ser útil ao utilizador?Diferentes ocasi?es em que a consulta de uma enciclopédia é apropriada:quando há necessidade de identifica??o de uma pessoa, de uma obra, de um lugar, de um acontecimento importante;quando o professor sugere a leitura de um artigo de fundo sobre determinado assunto;quando se inicia uma investiga??o, porque é preciso que se adquira uma ideia geral dos diferentes aspectos ou características de um tema;quando se deseja identificar várias personagens relacionadas com determinado tema;quando se considera interessante a obten??o de uma vis?o panor?mica de determinado assunto;quando se quer compilar uma lista seleccionada de obras sobre certo assunto;quando se deseja aumentar a cultura pessoal, mediante leituras sistemáticas.Na consulta de uma enciclopédia, é frequente o leitor encontrar, no interior do texto de cada uma das entradas, referências remissivas, ou seja, palavras assinaladas que remetem para uma outra entrada existente na obra e que pode complementar o conhecimento sobre o assunto em estudo.? também usual, no fim de cada uma das entradas, incluir-se um conjunto de referências bibliográficas que constituem o reportório básico sobre aquele tema.Enciclopédias In Bernadete Campello e Paulo da Terra Caldeira, Introdu??o às Fontes de Informa??o. Encontrará o excerto no “Texto de apoio 2”.Outras obras de referência XE "Outras obras de referência" - Almanaques – podem ser livros muito populares, pois s?o sobretudo publica??es que resumem informa??es de interesse sobre o mundo.- Anais – documento que relata uma sequência de factos por ordem cronológica.- Anuários – publica??o em série, editada anualmente, que diz respeito a informa??es ordenadas cronologicamente e com índices alfabéticos auxiliares.- Atlas – publica??o que inclui mapas geográficos.- Dicionários enciclopédicos - esta categoria de obra de referência faz a fus?o de dois termos, podendo até levar a uma certa confus?o. Na verdade, n?o se trata, neste caso, de um dicionário que “define palavras”; é mais uma enciclopédia que explica determinado assunto restrito.Podemos dar, como exemplo, o Dicionário da História de Portugal, da responsabilidade do Professor Joel Serr?o. Aí vamos encontrar artigos do tipo enciclopédico, mas sobre um só assunto – Portugal e a sua História.- Guias – preparados principalmente para os turistas, s?o valiosas fontes de informa??o relativas aos países que tratam.- Indicadores – Listas alfabéticas de pessoas ou institui??es, quer sejam de carácter geral ou especializado. (e.g Quem é quem na…)- Glossário – esta palavra vem do latim “glossarium” e exprime uma colect?nea de palavras ou express?es pouco conhecidas, de uma língua, com os respectivos significados.- Vocabulário – é, de certo modo, sinónimo de dicionário, mas contendo um número mais restrito de palavras.- Prontuário – livro que regista a grafia correcta dos vocábulos de uma língua, com explica??es adicionais sobre o seu uso.? comum ver-se incluída nesta sec??o outras publica??es de carácter geral, que fogem à ordem alfabética. ? o caso das Histórias de Portugal, ou as Histórias de Arte, ou obras sobre determinadas correntes estéticas (e g. Cubismo) que contêm um saber tipo enciclopédico.A COLEC??O XE "COLEC??O" : PROCEDIMENTOS PARA A SUA AVALIA??O A colec??o de uma biblioteca é composta pelo conjunto de recursos documentais, tangíveis e intangíveis, à disposi??o do utilizador. Antes, a colec??o restringia-se aos recursos disponíveis na biblioteca, encontrando-se estes em vários suportes e em vários formatos.As chamadas novas tecnologias também invadiram a biblioteca, o conceito de “colec??o” alterou-se, incluindo n?o só os recursos aí “guardados” como aqueles de que podemos dispor a partir daquele espa?o.Assim, a constitui??o e o desenvolvimento de uma colec??o se apresentam como um desafio muito maior. Abordaremos estas (e outras) quest?es, na próxima Unidade, do “desenvolvimento de colec??es”. Esta express?o diz respeito a tudo o que envolva a selec??o, a aquisi??o e o desbaste dos recursos de forma a manter-se uma colec??o que vá ao encontro e satisfa??o das necessidades dos reais e dos potenciais o será fácil entender, cada tipo de biblioteca tem uma miss?o específica em fun??o do seu público-alvo, o que implica princípios diferentes para a constitui??o e o desenvolvimento das suas colec??es específicas. Sabemos que uma biblioteca escolar tem como principal preocupa??o, no que respeita à sua colec??o, dotá-la de recursos documentais que apoiem os programas ministrados nas disciplinas leccionadas naquela escola. Leia-se a este propósito o “Manifesto da Biblioteca Escolar”.A colec??o de uma biblioteca pública deve reflectir as tendências actuais e a evolu??o da sociedade, bem como a memória da humanidade e o produto da sua imagina??o. Leia-se a este propósito o “Manifesto da IFLA/Unesco sobre bibliotecas públicas”.Uma biblioteca nacional, devido ao objectivo e à miss?o (consulte este documento) que deve cumprir, terá necessariamente outros princípios relativamente ao desenvolvimento da sua colec??o. No fim dinal desta Unidade, os alunos ser?o capazes de:Reconhecer a import?ncia de avaliar uma colec??o. Enunciar os objectivos da avalia??o de uma colec??o.Referir as vertentes a considerar na avalia??o de uma colec??o.Indicar as etapas dessa avalia??o.Descrever procedimentos para avalia??o de uma colec??o.Conhecer os instrumentos relativos à avalia??o de uma colec??o.Requisitos XE "Avalia??o da Colec??o:Requisitos" de uma avalia??oA avalia??o da colec??o é um processo que tem como objectivo aferir em que medida é que os recursos documentais disponíveis numa biblioteca ou através dela servem, efectivamente, o público-alvo para o qual foi constituída. Os resultados obtidos também ajudam a estabelecer as prioridades relativas às aquisi??es, uma vez que ser?o evidenciados os seus pontos fortes e os fracos, o que contribui para uma melhor gest?o dos or?amentos estipulados para o desenvolvimento da colec??o.De salientar os benefícios para a equipa que trabalha na biblioteca, uma vez que, durante o processo, tem a oportunidade de conhecer melhor a sua colec??o bem como o público-alvo para quem trabalha.Assim, no estudo que teremos de empreender para avaliar a colec??o, há, pelo menos, duas vertentes a considerar:os constituintes da colec??o;as necessidades do público-alvo (reais e potenciais utilizadores).Um trabalho desta natureza terá a necessária recolha de muitos dados. Por outro lado, uma vez que um estudo desta natureza implica um considerável esfor?o, poder-se-á aproveitar para n?o só coligir elementos que ajudem a esclarecer se a biblioteca está a ir ao encontro das necessidades dos leitores, no que diz respeito à colec??o oferecida, mas também elementos sobre outros tipos de recursos e de servi?os a implementarNuma primeira análise poderemos afirmar que, em termos gerais, os resultados do estudo ajudar-nos-?o a tomar conhecimento de:quem usa a biblioteca e quais as formas de chegar aos potenciais utilizadores;em que medida é que a colec??o está a ser usada, sendo possível identificar eventuais falhas.Antes do arranque dos trabalhos propriamente ditos, há que determinar um aspecto nuclear: Quem vai ser responsável pelo estudoA responsabilidade por tal tarefa fica a cargo do bibliotecárioEsse responsável máximo, coadjuvado pela equipa, irá determinar:que tipo de informa??o é que se pretende recolher;como se irá proceder a essa recolha;que instrumentos se ir?o construir para obter os dados pretendidos;como ir?o ser utilizados os resultados.Todos estes aspectos ir?o ser abordados nos dois próximos subcapítulos.Nota final: quando se procede à avalia??o da colec??o, podemos optar por focalizar o nosso trabalho numa área específica, n?o sendo obrigatório que a tarefa seja feita de uma só vez, compreendendo toda a colec??o. Tudo depende da dimens?o da equipa e da disponibilidade da mesma. O importante é que a tarefa projectada seja terminada.Necessidades dos UtilizadoresComo temos vindo a referir, os servi?os da biblioteca tal como a sua colec??o devem assentar numa política de “servi?o à comunidade”, tentando responder às necessidades do público utilizador.Embora este sentido de “servi?o à comunidade” deva ser uma preocupa??o constante em todas as áreas de funcionamento da biblioteca, neste capítulo centrar-nos-emos nas necessidades dos utilizadores e respectiva satisfa??o, mas apenas no que concerne especificamente ao desenvolvimento da colec??o.Ninguém discordará de que é inútil ter uma biblioteca com livros que nunca s?o consultados, pois pouco ou nada interessam aos frequentadores daquele espa?o. Cientes ent?o de que o leitor é a raz?o de ser das nossas bibliotecas, dever-se-á ter o maior cuidado na escolha dos recursos que se colocam à sua disposi??o.No que diz respeito ao conhecimento de que necessitamos para formar uma colec??o com destinatários, há duas tarefas prioritárias a efectuar: defini??o e caracteriza??o dos utilizadores e respectiva comunidade;identifica??o das suas necessidades e interesses de informa??o e de forma??o.Um primeiro passo consiste no conhecimento dos perfis do(s) público(s) utilizador(es) dos servi?os da biblioteca bem como do(s) contexto(s) social(ais) e económico(s) em que se insere(m).Quando falamos de bibliotecas públicas, do tipo das municipais, torna-se relativamente difícil tra?ar o perfil do público-alvo, tendo que, para tal, recorrer a estudos sociológicos nem sempre disponíveis. ?, no entanto, possível tra?ar o perfil do utilizador, através da análise das fichas de inscri??o ou de um questionário elaborado para o efeito.Quanto melhor conhecermos os interesses, a forma??o académica, o perfil profissional, os interesses bem como outras características dos utilizadores e/ou do público-alvo, maior a probabilidade de irmos ao encontro até das suas expectativas.Exemplos de documentos concebidos para a detec??o das necessidades dos utilizadores de uma Biblioteca EscolarTipo de Informa??o a recolher: dados relativos aos perfis dos utilizadores da biblioteca; cursos ministrados na escola; respectivos currículos; bibliografias associadas; interesses recreativos; Públicos inquiridos: reais utilizadores para detec??o do grau de satisfa??o; potenciais utilizadores para identificar possíveis causas de n?o utiliza??o; membros com fun??es específicas na comunidade escolar, como elementos do Conselho Pedagógico ou outros que detenham um conhecimento privilegiado. Processos de recolha de informa??o: recurso a dados institucionais já existentes, como os boletins de inscri??o dos alunos, listagem dos cursos, etc. Trata-se de um método de características objectivas para coligir dados mais quantitativos do que qualitativos; entrevistas a indivíduos determinados, como, por exemplo, pessoas com cargos de responsabilidade na escola e que, pelas fun??es que desempenham, conhecem bem a Biblioteca Escolar. Através deste método, poder-se-á chegar a dados importantes, embora o ponto de vista seja sempre subjectivo; organiza??o de um “forum” de discuss?o em que participem determinados elementos da comunidade escolar. Este método envolve um grupo relativamente alargado de membros da comunidade estudantil, como, por exemplo, professores e alunos com assento no Conselho Pedagógico, que poder?o ajudar a decidir sobre o que deve estar disponível na biblioteca escolar. Por outro lado, poder-se-á abrir a discuss?o toda a comunidade escolar, questionários, concebidos para grupos específicos, pelo que envolvem o trabalho directo com os indivíduos. Podem ser concebidos e implementados de diversas formas: distribui??o aleatória; destinados a frequentadores da biblioteca; colocados online, pedindo a colabora??o de todos; etc. Identifica??o das necessidades dos utilizadores XE "Identifica??o das necessidades dos utilizadores" Identificar as necessidades dos utilizadoresA – Como tra?ar o perfil dos potenciais utilizadores da BE/CRE?B – Dados necessários?C – Recolha de dados (procedimentos)D – Meios/instrumentos utilizados na obten??o de dados.1. Perfil dos utilizadoresPara definir o perfil dos utilizadores é necessário previamente caracterizar a escola e o meio envolvente, bem como a sua política educativa, definida nos documentos oficiais produzidos internamenteA – Popula??o escolar e caracteriza??o do meioB – Caracteriza??o da política educativa da escolaC - AlunosD - ProfessoresE – Pessoal n?o docente e pessoal administrativoF – Associa??o de Pais e Encarregados de Educa??oG – Outros utentesO tratamento destes dados permitirá cruzar informa??o no que diz respeito a:defini??o do perfil do utilizadoridentifica??o das necessidades de informa??o face ao currículo , actividades extracurriculares e actividades de recrea??oavalia??o da colec??o: qualidade, pertinência e satisfa??o das necessidades dos utilizadoresavalia??o dos servi?os da BE: qualidade, pertinência e satisfa??o das necessidades dos utilizadores Descri??o e Análise da Colec??oHá diversas formas de se efectuar o levantamento sistemático de uma colec??o, devendo o sistema utilizado estar de acordo com o tipo de biblioteca que a aloja. Bibliotecas maiores, que naturalmente detêm colec??es de maior dimens?o, necessitar?o de sistemas mais sofisticados e mais abrangentes do que bibliotecas de dimens?es mais reduzidas.No caso de bibliotecas com colec??es já consideravelmente extensas é provável que se utilize uma abordagem por assuntos.A etapa que corresponde propriamente à avalia??o da colec??o implica uma aprecia??o relativa ao seu valor e à sua utilidade.Neste sentido, e partindo do princípio de que n?o existe trabalho anterior relativo à análise de colec??es no ?mbito da nossa biblioteca, prop?e-se o levantamento de dados que correspondam às informa??es de que necessitamos.Há várias formas de se efectuar um levantamento interno das existências.Pode-se ir desde um levantamento detalhado de todos os recursos, a uma focaliza??o em áreas específicas, dependendo das necessidades ou da disponibilidade do momento, podendo-se mesmo efectuar um estudo por amostragem.Há levantamentos que se preocupam com aspectos quantitativos enquanto outras abordagens se centram numa aprecia??o qualitativa. Tudo depende do objectivo que temos em mente, ou seja, do tipo de avalia??o que pretendemos e que é possível realizar com os meios de que dispomos.Devemos estar cientes de que n?o vale a pena efectuarmos levantamentos exaustivos dos recursos existentes se depois, n?o temos capacidade de utilizar os dados recolhidos.Tomando por referência a organiza??o das nossas bibliotecas, parece-nos sensato aproveitar a classifica??o efectuada (ou que deverá ser efectuada) e utilizar esses elementos como base para o levantamento geral dos recursos.Teremos assim um quadro em que figuram:as áreas temáticas (CDU),a quantidade de exemplares existentes para cada uma das áreas,a quantidade por forma e por suportebem como a percentagem relativa ao total das existências.Este “quadro-base” pode (e deverá, ao longo dos anos) ser complementado com outros dados, totais ou parcelares. Vejamos alguns exemplos de outras recolhas de dados:Exemplos de dados quantitativos:Número de títulosIdade dos materiaisMedi??es per capitaUso: estatísticas de utiliza??o dos recursos.Exemplos de dados qualitativos:Percentagem de títulos ou de artigos padr?oAnálise feita através da observa??o dos recursosAvalia??o da Colec??o XE "Avalia??o da Colec??o" Depois de efectuados os estudos referidos nos pontos 2.1.1. e 2.1.2, quando cruzarmos e confrontarmos os dados obtidos: perceberemos o nível de adequa??o da colec??o aos utilizadores; descobriremos os pontos fortes e as fragilidades da colec??o; obteremos indicadores para o plano de actua??o, nomeadamente no que respeita a aquisi??es documentais. Para se fazer uso da informa??o obtida, os dados recolhidos têm que ser analisados, cruzados e confrontados, sendo objectivo último a sua interpreta??o, traduzida na avalia??o final da colec??o. Dessa avalia??o resultará um conjunto de elementos que nos ajudará a desenvolver a colec??o de uma forma sustentada. Para além disto, ficaremos na posse de uma ferramenta interna de análise para o trabalho de planeamento, de uma ferramenta para responder sistematicamente às altera??es or?amentais, e de uma ferramenta que pode fazer com que os outros percebam as op??es tomadas, nomeadamente no caso de bibliotecas que possuem servi?os interligados. Uma boa avalia??o de determinada colec??o deverá levar a conclus?es sobre: em que medida a colec??o responde aos fins educativos da escola que serve; em que medida é que a colec??o vai ao encontro dos objectivos educacionais dos professores e dos currículos, bem como das necessidades pessoais dos alunos; os pontos fortes e os pontos fracos da colec??o; as decis?es relativas ao desenvolvimento futuro da colec??o; as necessidades or?amentais para aquisi??es dos recursos considerados como imprescindíveis ou desejáveis, propiciando o estabelecimento de uma lista de prioridades.AVALIA??O DA COLEC??OApós a análise das necessidades de informa??o/forma??o e interesses dos utilizadores e do confronto destes dados com a descri??o da colec??o, foi possível encontrar algumas fragilidades na colec??o desta Biblioteca Escolar, bem como os seus pontos fortes, à luz das orienta??es emanadas pela Rede de Bibliotecas Escolares e das Directrizes da IFLA para Bibliotecas Escolares.Fragilidades da colec??o XE "Avalia??o da Colec??o:Fragilidades da colec??o" Equilíbrio entre as áreas de saberPropor??o entre suportesAusência de selec??o de recursos da InternetPercentagem de materiais pertencentes à n?o fic??oApoio às Necessidades Educativas EspeciaisApoio às actividades extracurricularesPontos fortes da colec??o XE "Avalia??o da Colec??o:Pontos fortes da colec??o" Percentagem e qualidade dos documentos de Literatura Infanto-JuvenilAdequa??o da colec??o às prioridades do Projecto EducativoRespeito pelos interesses dos utilizadores ao nível da leitura2- PLANO DE ACTUA??O XE "Avalia??o da Colec??o:PLANO DE ACTUA??O" A avalia??o da colec??o permite o estabelecimento de prioridades a curto/médio prazo, no sentido de se ultrapassarem as fragilidades verificadas:Procurar o equilíbrio entre as áreas de saberAtingir a proporcionalidade de 3:1 relativamente ao material livro e n?o livroOrganizar um portal de recursos da InternetAdquirir documentos na área das GeneralidadesAdquirir documentos nas áreas dos Clubes existentes na EscolaDiversificar a área da músicaAdquirir géneros literários em déficeAdquirir, ao nível dos filmes, comédias, documentários e filmes de fic??o científicaEstreitar a colabora??o com a Biblioteca MunicipalAnalisar a colec??o à luz das actuais necessidades formativas/informativas e interesses dos utilizadoresConsiderar os projectos de promo??o de leitura que envolvem o primeiro ciclo e o pré-escolarAbordar com o órg?o de gest?o a quest?o or?amentalDESENVOLVIMENTO DE COLEC??ES XE "DESENVOLVIMENTO DE COLEC??ES" Introdu??oDesigna-se por “desenvolvimento de colec??es” um conjunto de ac??es respeitantes ao material de consulta disponível numa biblioteca, ou através dela, e que, compreende a selec??o, a aquisi??o, o desbaste e a avalia??o desses recursos. A selec??o e a aquisi??o de materiais para as bibliotecas come?am a estar a cargo de especialistas que têm como miss?o “engordar” as colec??es. Assim, até meados dos anos 70, a Europa ocidental e os EUA gozam tempos de prosperidade no que diz respeito ao crescimento e apetrechamento de bibliotecas, pelo que o termo “desenvolvimento de colec??es” se adequava ao espírito de alargamento que ent?o se vivia.A crise estava à espreita e, no decurso dos anos 70, surgiram dificuldades financeiras. Neste contexto, a express?o “desenvolvimento de colec??es” come?ou a parecer desajustada à nova realidade, agora de natureza inversa, ou seja, de conten?? disponibilidades financeiras mais reduzidas, é necessário aplicar os princípios da gest?o às tarefas de seleccionar e adquirir materiais, para que se estabele?am boas práticas. Come?aram ent?o a enfatizar-se os procedimentos a jusante dessas tarefas, nomeadamente a preserva??o, o abate e a própria utiliza??o dos recursos, o que deu origem a uma preocupa??o com a avalia??o sistemática das colec??es.Assim, “desenvolvimento” n?o significa já “aumento”, mas “aperfei?oamento”, implicando este um maior ou menor número de recursos, em fun??o de diversos factores, como o número de utilizadores, o espa?o disponível, as necessidades sentidas, o estado da colec??o, etc.A constitui??o de uma colec??o de recursos documentais que seja capaz de dar uma resposta adequada às necessidades dos utilizadores passou a ser uma condi??o imprescindível para que a biblioteca possa desempenhar a sua fun??o (ou miss?o): contribuir para o desenvolvimento global de cada um dos vários utilizadores.Sendo a educa??o e o desenvolvimento pessoal do indivíduo processos din?micos, a manuten??o de uma colec??o é uma tarefa que permanentemente apresenta novos desafios, porque exige uma constante actualiza??o. Por outro lado, devido à introdu??o das novas tecnologias, a no??o de colec??o tem sido questionada, introduzindo-se novas variáveis para definir o conceito.Tratando esta unidade dos aspectos ligados ao desenvolvimento de colec??es, no final do estudo e da análise dos conteúdos ministrados, os alunos ser?o capazes de:Clarificar o conceito “desenvolvimento de colec??es”.Referir os procedimentos relativos ao desenvolvimento de uma colec??o.Identificar os vários componentes da "Política de Desenvolvimento da Colec??o".Analisar diferentes documentos neste ?mbito, apreciando as especificidades de cada um.Enunciar os princípios gerais relativos à selec??o, aquisi??o e desbaste de recursos de acordo com as diversas bibliotecas.Posicionar-se criticamente relativamente a princípios de liberdade entar, de forma sustentada, afirma??es que refiram aspectos relativos a esta temática (desenvolvimento de colec??es).Políticas de Desenvolvimento de Colec??es XE "PDC:Políticas de Desenvolvimento de Colec??es" Um dos documentos fundamentais que qualquer biblioteca deverá ter é aquele que contém os princípios básicos que especificam as orienta??es para a constitui??o e desenvolvimento daquela colec??o específica:“Política de Desenvolvimento da Colec??o” (PDC XE "PDC" )Este documento ajuda a definir os campos do saber abrangidos pela biblioteca e a clarificar o seu papel no meio em que se insere, uma vez que a sua redac??o exige, por um lado, o conhecimento pormenorizado da colec??o, e, por outro, um conhecimento claro dos respectivos grupos de utilizadores, bem como as suas necessidades de informa??o e de forma??o. Assim, partindo da análise e do confronto dos dados obtidos, o objectivo final dos procedimentos estabelecidos no documento é que conduzam à identifica??o dos pontos fortes bem como das fragilidades daquela colec??o, fornecendo as linhas de orienta??o da ac??o a curto/médio prazo.A produ??o de um documento desta natureza implica um esfor?o significativo e assume-se como um compromisso. Depois de elaborado, revisto e aprovado, deverá ser divulgado para que a comunidade tome conhecimento da colec??o existente naquela biblioteca e da forma como se procede ao seu desenvolvimento.A import?ncia do documento XE "PDC:import?ncia do documento" Tal documento constitui um ponto de referência para todos os elementos intervenientes, quando chega o momento de adquirir, abater ou rejeitar um item. Seguindo as linhas orientadoras aí definidas, poder-se-?o tomar decis?es mais consistentes e fundamentadas relativamente à colec??o, mesmo quando há altera??es nos elementos que constituem o “staff” ou quando há restri??es de or?amento e a selec??o se torna mais um documento bem formulado, será mais fácil e mais consistente o estabelecimento de prioridades relativas ao desenvolvimento da colec??o, já que inclui um plano a curto/médio prazo. Por outro lado, defende-nos de qualquer op??o que possa ser posta em causa por um elemento interno ou externo à biblioteca.Mesmo perante eventuais objec??es, os estudiosos destas matérias defendem consistentemente a elabora??o de uma Política de Desenvolvimento da Colec??o para cada biblioteca, desde que se trate de um documento equilibrado e útil, n?o se tornando um objectivo em si, mas um elemento de trabalho que nos ajudará a gerir a colec??o da melhor forma possível.Três aspectos essenciais XE "PDC:aspectos essenciais" :trata-se de um documento escrito que deverá ser bem escrito;deverá ser claro e objectivo, deixando perceber que é específico daquela biblioteca;n?o deverá ser extenso, uma vez que se destina a ser difundido por toda a comunidade.Tópicos XE "PDC:tópicos" a incluir no documento “Política de Desenvolvimento da Colec??o”:Miss?o e objectivos da biblioteca, conformes com os princípios universais.Caracteriza??o da comunidade que a biblioteca serve.Caracteriza??o da biblioteca. Caracteriza??o da colec??o, fazendo referência a condi??es específicas Critérios de selec??o.Práticas de aquisi??o.Critérios de desbaste.Preceitos relativos a ofertas.Liberdade/Censura – procedimentos quanto a reclama??es.Avalia??o da colec??oPlano de desenvolvimento a curto/médio prazoEmbora estes sejam pontos que provavelmente constar?o em muitos documentos produzidos, n?o será necessário seguir “receitas” ou modelos aquando da sua concep??o e elabora??o. A experiência tem mostrado até que se torna mais prático, para evitar algo muito extenso, que se elabore um segundo documento, chamado “Plano”, onde se especificam detalhes relativos à observa??o da própria colec??o, deixando para a “Política”, aspectos mais generalistas. O resultado é n?o 1 mas 2 documentos, sendo um de carácter mais genérico e destinado ao público em geral, e o outro, mais detalhado, e para uso interno da institui??o.No entanto, na maioria dos casos deparamos com um só documento – a “Política de Desenvolvimento da Colec??o” – que abarca todos os aspectos acima referidos.EXEMPLOS XE "PDC:EXEMPLOS" Muita da literatura que se ocupa da formula??o de uma “PDC” aconselha que consultemos um número considerável de exemplos pertencentes a outras institui??es, antes de elaborarmos o nosso próprio documento. N?o é objectivo desta li??o a elabora??o de uma PDC, mas antes o conhecimento da sua existência, finalidades, composi??o, pertinência, adequa??o, especificidade, etc.A literatura da especialidade insiste na ampla divulga??o do documento pelo que n?o é difícil encontramos algumas “PDC” na Internet.Selec??o de recursos XE "PDC:Selec??o de recursos" A SELEC??O de recursos é o processo pelo qual se aplicam critérios que tenham em conta as necessidades dos utilizadores, com o objectivo de constituir ou desenvolver uma colec??o equilibrada e de qualidade.? um dos aspectos essenciais da política de desenvolvimento da colec??o.A Selec??o na Biblioteca Escolar XE "Selec??o de Recursos:Selec??o na Biblioteca Escolar" A rede das BE, que, disponibiliza informa??o num site específico, possui alguns documentos que podemos tomar como referência neste capítulo dedicado à selec??o de materiais, uma das tarefas centrais no ?mbito do desenvolvimento de colec??es.Nesse site lê-se:“Consideramos que uma selec??o equilibrada deve ter em conta as vertentes recreativa, formativa e de apoio curricular e, também, documentos de diferentes características”.Recordemos ent?o as: “Orienta??es para Aquisi??o do Fundo Documental” da responsabilidade de uma BE:? essencial avaliar a colec??o existente, a fim de definir quais as lacunas mais evidentes e onde deve incidir prioritariamente a aquisi??o, bem como a identificar as obras deterioradas ou cujo conteúdo perdeu actualiza??o, as quais dever?o ser retiradas.Esta selec??o deve envolver a comunidade escolar, fazendo uma consulta às necessidades sentidas por professores a nível de suportes de trabalho, n?o esquecendo nunca as preferências dos alunos no que se refere às obras de carácter lúdico e recreativo. E aconselhável que o bibliotecário municipal seja envolvido nesta tarefa de selec??o do fundo documental. Relativamente a obras mais utilizadas pelos alunos, quer se trate de obras de apoio curricular ou de fic??o muito requisitadas, devem ser adquiridos mais do que um exemplar de cada título escolhido. Est?o neste caso os dicionários, algumas obras de divulga??o científica, alguns títulos de colec??es infanto-juvenis muito procurados. No caso de partilha de fundos documentais entre várias escolas do mesmo agrupamento, esta prática deve ser refor?ada.Lembramos que o fundo documental deverá ser regularmente renovado, com o envolvimento directo da escola, a qual poderá procurar outros parceiros que viabilizem financeiramente este investimento.Princípios GeraisA selec??o dos fundos documentais, deve ser feita colaborativamente com a Biblioteca Municipal e outras escolas próximas, e deve envolver o órg?o de gest?o, professores e alunos.Esta selec??o deve ser feita respeitando:o Currículo Nacional;o Projecto Educativo e o Projecto Curricular da Escola/Agrupamento;o justo equilíbrio entre os níveis de ensino servidos pela biblioteca escolar;as necessidades educativas especiais e as origens multiculturais dos alunos;o justo equilíbrio entre as áreas curricular, de enriquecimento curricular e lúdica;o justo equilíbrio entre todos os suportes, que de uma maneira geral deve respeitar a proporcionalidade de 3:1 relativamente ao material livro e n?o livro;o justo equilíbrio entre todas as áreas do saber, tendo em considera??o as áreas disciplinares/temáticas e de referência e o número de alunos que as frequentam;a necessidade de complementaridade entre os fundos existentes em cada biblioteca, no caso dos Agrupamentos;o intuito de garantir um fundo global mínimo equivalente a 7 vezes o número de alunos.? consensual, e este aspecto n?o pode ser esquecido, que uma colec??o deverá primordialmente responder aos currículos escolares; deverá evidentemente também reflectir e dar resposta aos interesses recreativos dos seus utilizadores.Aspectos EspecíficosVejamos agora os diversos aspectos a ter em conta com a tarefa de se seleccionar material para integrar a colec??o.A literatura que se debru?a sobre o assunto refere normalmente, como indicadores a tomar em considera??o, o pre?o, a data da publica??o, as características físicas ou outras do material, as informa??es fornecidas pelo editor relativamente a esse recurso ou eventuais críticas saídas na imprensa. Aponta-se, à partida, a necessidade de se estabelecer a distin??o entre fic??o e n?o fic??o, uma vez que os critérios relevantes para um tipo de material podem n?o o ser para o outro. Também o material n?o impresso obedecerá naturalmente a outros critérios.Fic??o:Os critérios a observar:qualidadepossível utiliza??olinguagem adequada às capacidades dos utilizadores.A colec??o deverá incluir obras de:autores clássicosautores contempor?neosautores portuguesesnovos autoresDevemos ter em conta:os diferentes grupos etáriosas diferentes capacidades de leituraos leitores relutantesas diferentes culturasUm dos objectivos principais da leitura ficcional é introduzir as crian?as num mundo que está para além da sua experiência imediata.Neste sentido, os recursos ficcionais devem incluir:livros na língua maternaromances que versam aspectos da história do paísromances passados em diferentes países e que mostram diferentes culturasfantasia/fic??o científicacontos de fadas, tradicionais e populares, lendas de Portugal e de outros países.N?o Fic??o:Os critérios de selec??o:autoriaconteúdoactualidaderelev?ncia para o currículoapresenta??o e designutiliza??o potencialcapacidades diferenciadaslinguagemprecis?o e acuidadebibliografia referidaorganiza??o do índicediversidade culturalpre?oMATERIAL DE REFER?NCIAOs critérios para o material de referência s?o os mesmos que os aplicados ao material n?o ficcional. Contudo, o pre?o, a actualidade e a eventual utiliza??o podem ainda ser mais importantes, uma vez que os livros de referência s?o normalmente caros.Outro aspecto a considerar é o facto de os livros de referência poderem ser substituídos por material noutro suporte, como CD-ROMs ou mesmo por bases de dados ou sites existentes na Internet.REVISTAS /PERI?DICOS/JORNAIS? talvez o material menos adquirido na BE, embora possa ser algo que leve os utilizadores a adquirirem hábitos de leitura. A adequa??o aos utilizadores e a resposta às necessidades s?o talvez os critérios prioritários para este tipo de recursos.MATERIAL AUDIO-VISUAL E MULTIMEDIAPara além dos critérios enunciados para o material n?o ficcional, há que ter outros aspectos em considera??o:compatibilidade com o hardware da BEconteúdo educacionalfácil utiliza??oinstru??es clarasequilíbrio entre o texto e as imagensqualidade de imagem e de somBibliotecas Públicas XE "Selec??o de Recursos:Selec??o na Biblioteca Escolar" Os conteúdos deste subtópico correspondem aos pontos:4.4 Desenvolvimento de colec??es4.6 Normas para colec??es de livros4.8 Programa de desenvolvimento de colec??es para novas bibliotecas4.9 Taxas de aquisi??o e descarteDo livro Os Servi?os da Biblioteca Pública, referido na bibliografia desta Unidade Curricular:A Biblioteca Pública proporciona o acesso ao conhecimento, à informa??o e quem sabe por vezes ao mundo imaginário que os livros transportam. Os servi?os que as bibliotecas disp?em s?o para toda comunidade, sem distin??o de ra?a, nacionalidade, idade, sexo, religi?o, língua, conidi??o económica e qualifica??es académicas.Os objectivos da Biblioteca Pública s?o responder às necessidades de individuos e grupos nas áreas da educa??o, informa??o e desenvolvimento pessoal. A biblioteca tem um papel importante na sociedade pois através dela é-nos facultado o acesso a um amplo e diversificado leque de conhecimentos, ideias e opini?es.Apoiar a educa??o individual e a autoforma??o, assim como a educa??o formal.? o centro local de informa??o, tornando acessíveis aos seus tulizadores o conhecimento e a informa??o de todos os géneros.Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa.Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crian?as, desde a primeira inf?ncia.As colec??es e os servi?os devem ser isentos de qualquer forma de censura ideológica, politica ou religiosa e de press?es comerciais.3.3 Desbaste XE "Selec??o de recursos:Desbaste" DESBASTE é um processo decorrente da aplica??o da política de desenvolvimento de uma colec??o. ? um processo t?o natural e necessário quanto a selec??o, embora ainda seja encarado (pelos leigos, n?o pelos bibliotecários, evidentemente) como algo indesejável e a evitar. Esta atitude decorre do facto de se associar "desbaste" ao "abate", à "elimina??o", ao "deitar para o lixo".3.3.1 Aspectos Gerais“Desbaste” no ?mbito do desenvolvimento de colec??es refere-se a uma ac??o decorrente obrigatoriamente de uma avalia??o contínua ou periódica dos recursos e tem por objectivo o equacionar do destino a dar aos recursos que n?o dever?o permanecer, tal como est?o, na colec??o. ? um campo controverso, pelo que será da maior conveniência que o documento escrito – PDC XE "Desbaste:PDC" – seja bem claro e inequívoco neste ponto.Nos estudos realizados, os autores referem-se ao incómodo que sentimos quando se trata de “deitar algo fora”, o que pode significar t?o só “retirar da colec??o”. Estamos, no entanto, conscientes de que é uma tarefa essencial, uma vez que este procedimento introduz melhorias significativas na qualidade e actualidade da colec??o.? consensual que se deve proceder a renova??es periódicas, uma vez que:a BE tem um espa?o limitado;o material tem um tempo determinado para estar disponível nas prateleiras;as existências na BE n?o s?o eternas e imutáveisNa verdade, o acto, quando denominado de “abate”, tem uma certa conota??o negativa. Todavia, tal n?o significa que o material seleccionado em consequência da ac??o de “desbaste” n?o tem necessariamente que “ir para o lixo”. O que, na maioria das vezes, sucede é que vai “mudar de local”, vai para um outro sítio de armazenamento, uma outra biblioteca. Em qualquer dos casos, estamos a falar em recursos que já n?o se encontrar?o daquela biblioteca.Desbaste pode ser encarado como uma “selec??o ao contrário”, na verdade, o que se retira s?o os recursos que já n?o s?o úteis à colec??o, porque est?o danificados ou porque os conteúdos est?o desactualizados. Ser?o retirados da colec??o todos os documentos que apresentem danos evidentes que impe?am a sua leitura e utiliza??o. Consoante o estado de deteriora??o, ser?o abatidos ou colocados em depósito. Caso um documento continue a revelar-se útil para a colec??o, considerar-se-á a sua substitui??o, no mesmo suporte ou num mais adequado.Só após a fase de avalia??o da colec??o se poderá determinar qual o material a abater. O facto de se conhecerem com precis?o as necessidades dos utilizadores facilita a sempre difícil decis?o de abater este ou aquele recurso, para além de se evitarem itens desactualizados, engrossando o volume de existências nas prateleiras. Vejamos alguns dos objectivos XE "Desbaste:objectivos" deste procedimento:Tornar a biblioteca mais atraente e a colec??o mais útil.Contribuir para a qualidade, renova??o e actualiza??o da colec??o.Facilitar o acesso à informa??o.Dar continuidade ao próprio desenvolvimento equilibrado da colec??o.Melhorar a eficiência dos servi?os.Preservar os documentos.Critérios e Procedimentos XE "Desbaste:Critérios e Procedimentos" No ?mbito da “Política de Desenvolvimento de Colec??es”, o estabelecimento de critérios é um ponto fulcral.Antes disso, há que estabelecer o momento em que nos dedicamos à tarefa de eliminar os itens desnecessários. Trata-se de uma tarefa feita num determinado período de tempo ou de uma atitude permanente?Este ponto é importante, pois se n?o se estabelece, à partida, quando e como proceder a esta ac??o, acabamos por n?o ser sistemáticos neste procedimento e tomarmos decis?es avulsas sem qualquer fundamento ou justifica??o. Os critérios dever?o ser estabelecidos por cada BE e alterados sempre que se mostrem desadequados. Concebemos estes instrumentos para nos servirem e, como tal, estamos sempre a tempo de os aperfei?oarmos.Há, no entanto, aspectos consensuais de que deveremos partir para conceber as linhas orientadoras da nossa interven??o. S?o eles: A degrada??o física de um item pode constituir um motivo para que seja eliminado ou, caso se justifique, substituído.Há obras das quais, devido à sua import?ncia, existe mais do que um exemplar. A diminui??o dessa import?ncia pode constituir um factor para que se retirem algumas cópias.A altera??o do currículo, no caso das bibliotecas escolares, pode levar a que se deixe de utilizar determinada obra, devendo a inexistência de utiliza??es constituir um motivo para desbaste.A utilidade de alguns recursos pode diminuir com o passar do tempo, devido à sua desactualiza??o. ? o caso de algumas obras de referência que necessitam ser actualizadas, tornando-se as edi??es antigas obsoletas. De salientar que, devido à sua especificidade, há obras de referência, como os Anuários, que n?o s?o susceptíveis de desactualiza??o.Se um recurso teve uma nova edi??o e esta foi adquirida, provavelmente n?o fará grande sentido manter a edi??o anterior.Se um documento for de referência, fará sentido verificar a sua idade em fun??o da sua actualidade.Se o utiliza??o do documento exigir um aparelho, dever-se-á verificar eventuais incompatibilidades.Se um documento n?o teve consulta domiciliária por um período superior a 3 anos, dever-se-á verificar a sua utiliza??o.Eis, em resumo XE "Desbaste:resumo" , os procedimentos resultantes do desbaste, em fun??o da análise realizada:. Abate do documento, quando o mesmo se encontra seriamente danificado, desactualizado e sem qualquer tipo de valor histórico.. Coloca??o em depósito, se o documento tiver um valor histórico, n?o devendo estar disponível em livre acesso.. Substitui??o por outro exemplar, se o recurso for muito utilizado.. Restauro, se se justificar (ou pelo valor histórico ou pela sua import?ncia na colec??o, n?o sendo possível substitui-lo no mercado livreiro).. Passá-lo para outro suporte, sempre que se justificar.Liberdade de Informa??o XE "Liberdade de Informa??o" A documenta??o institucional relativa às bibliotecas escolares:Com base em dois documentos divulgados no site da Rede de Bibliotecas Escolares e do conhecimento de todos -- “Manifesto das Bibliotecas Escolares”, preparado pela Federa??o Internacional das Associa??es de Bibliotecários e de Bibliotecas e aprovado pela UNESCO XE "UNESCO" , e “Declara??o Política da IASL (International Association of School Librarianship)” sobre bibliotecas escolares, chegamos às linhas orientadoras e aos princípios que norteiam a nossa actua??o no que diz respeito à temática em causa:Igualdade de oportunidades,Liberdade intelectualCensura XE "Censura" versus Liberdade IntelectualQuando se seleccionam materiais que v?o constituir ou integrar determinada colec??o, a quest?o da censura é uma preocupa??o presente. O processo de selec??o que é executado ao juntar recursos à colec??o, quer por aquisi??o quer viabilizando o seu acesso, deverá ter por base a aplica??o de critérios normativos, expressos na Política de desenvolvimento da colec??o. A filosofia geral inerente a esses critérios é, pelo menos nos países ocidentais, a do servi?o à comunidade, proporcionando acesso livre e aberto à maior gama de recursos possível.As origens da liberdade intelectual remontam a Sócrates, que acreditava no valor e nos benefícios da discuss?o livre. A esta no??o de liberdade op?e-se o acto de censura que coloca controlos restritivos à dissemina??o de ideias, de informa??es ou de imagens transmitidas por qualquer meio de comunica??o. Assim, em vez de se olhar para o que pode ser incluído, procura-se o que se pode excluir e procuram-se raz?es que justifiquem a elimina??o de determinados itens de uma colec??o. Este tipo de comportamento pode ter como motiva??o o desejo – consciente ou talvez n?o – de que uma colec??o deve apenas incluir materiais que representem determinado ponto de vista.Sabemos que a censura se foi revestindo de muitas formas, desde as mais óbvias às mais subtis. A tutela governamental, a sociedade civil e os próprios bibliotecários podem praticar actos censórios de muitas formas e deles terem diferentes níveis de consciência. Assim, para além de deverem ser vários os intervenientes no processo selectivo, uma política de desenvolvimento de colec??es deve ter como objectivo, para além da variedade de recursos, um equilíbrio entre vários pontos de vista.A BIBLIOTECA DIGITALA designa??o "biblioteca digital" n?o é pacífica e é muitas vezes usada com significados diversos. O texto seguinte perspectiva a utiliza??o de recursos digitais no ?mbito de uma biblioteca pública, formando esses recursos uma colec??o específica."colec??o digital""biblioteca digital""repositório digital"Biblioteca digital é uma biblioteca em que as colec??es s?o armazenadas em formatos digitais e acessíveis através de computadores. O conteúdo digital pode ser armazenado localmente ou acedido remotamente através de redes informáticas. Uma biblioteca digital é um tipo de sistema de recupera??o de informa??o.Repositório digital é usado para armazenar todos os tipos de material digital e permite o acesso público às colec??es digitalizadas, disponibilizando meios de exportar, importar, identificar, armazenar e recuperar recursos digitais. O acesso pode ser local ou remoto através de redes informáticas. Para uma institui??o universitária ou de investiga??o é uma forma de divulgar os seus trabalhos, que muitas vezes só existem em formato digital, como teses ou relatórios de pesquisa.: Pereira. ?ngela Salgueiro - O Advento Digital e a nova miss?o da Biblioteca Pública?ndice INDEX \e "" \h "A" \c "2" \z "2070" Aanexos9apêndices9Avalia??o da Colec??o24Fragilidades da colec??o25PLANO DE ACTUA??O25Pontos fortes da colec??o25Requisitos19CCensura37colec??o5COLEC??O18Conteúdoobras de fic??o11obras de informa??o11Obras de informa??o14Obras de referência14DDefini??esLivro7DesbasteCritérios e Procedimentos35objectivos34PDC34resumo37DESENVOLVIMENTO DE COLEC??ES26Dicionários15documento6Eenciclopédias15IIdentifica??o das necessidades dos utilizadores22LLiberdade de Informa??o37Livro7Conteúdo11ORGANIZA??O INTERNA DO LIVRO7Outros tipos de documentos10OOBRAS DE REFER?NCIA13Outras obras de referência16PPDC27aspectos essenciais28EXEMPLOS29import?ncia do documento27Políticas de Desenvolvimento de Colec??es27Selec??o de recursos29tópicos28Publica??es Periódicas10Rrecursos documentais5recursos intangíveis5recursos tangíveis5referência14SSelec??o de recursosDesbaste33Selec??o de RecursosSelec??o na Biblioteca Escolar29, 33Suporte12Documentos Audio-visuais12Documentos digitais13Documentos impressos12Outros materias13UUNESCO37 ................
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