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FICHA DE CAPITALIZAÇÃO

Pauline MUDRY

ESSOR 2011

1 – Introdução

Desde sua criação, em julho 1992, ESSOR realiza com suas ONG parceiras, projectos que visam o melhoramento das condições de vida das famílias originarias das periferias à baixa renda. Entre essas acções, cursos de formação profissional e um acompanhamento até o mercado do trabalho também são propostos através de um serviço chamado “Balcão de Formação e emprego”.

ESSOR apoiou acções de Formação e de Inserção Profissional, especialmente no Brasil e Moçambique. Em 2011, elas foram estendidas no Tchad e na Guiné Bissau. Para facilitar a compreensão, pelas nossas equipes e nossos parceiros, da nossa visão da FIP, e fortes das nossas diversas experiências terreno, iniciamos um trabalho de capitalização.

A primeira etapa dessa capitalização consista em explicar nossa metodologia e sobretudo, fornecer instrumentos que servirão de base de trabalho às equipes de terreno. Os instrumentos são em português porque nós intervimos essencialmente em países lusófonos. Essas fichas são exemplos, elas devem ser adaptadas às realidades do terreno.

Os instrumentos apresentados nesse relatório foram utilizados e construídos por diferentes parceiros da ESSOR durante a implantação de projectos FIP :

• ADEIS - Manaus (Amazonas)

• AMAZONA – Santa Rita (Paraiba)

• ASDP – Patos (Paraiba)

• CEMAR – Pombal (Paraiba)

• APPAC - Belem

• GACC - Fortaleza

• GACC-MA - Sao Luis

• AMDEC à Maputo

• Equipe ESSOR Brasil

• Equipe ESSOR Moçambique

2 – Elementos do contexto da Acção

A acção intervém em zonas onde existe um indicio elevado de pobreza e de desemprego aliado a :

• Uma baixa proporção de população economicamente activa

• Uma população jovem a baixo nível de instrução e de qualificação profissional

• Uma inadequação entre a oferta e a busca de emprego

• Um nível do mercado do trabalho informal importante

Notamos também :

Um falta de colaboração e de informação entre os diferentes actores da sociedade implicados nesse Processo de Formação Profissional – Emprego : as populações originarias das zonas a baixa renda, as organizações comunitárias, as ONG, os Organismos governamentais de formação e de emprego, as empresas e o sector económico em geral.

As zonas de intervenções são determinadas graça a um diagnostico que é realizado junto à população, das organizações da sociedade civil, dos organismos públicos, das empresas.

3- Objectivos da Acção

Objectivos gerais :

1/ Criar uma dinâmica em prol da formação e do emprego nos bairros a baixa renda

2/ Facilitar o acesso à qualificação profissional

3/ Acompanhar a inserção sobre o mercado do trabalho em empresa ou via o auto emprego

4/ Fortalecer a concertaçao entre os actores da formação profissional e os actores da inserção económica

Objectivo especifica : Melhorar as condições de vida da população morando nos bairros a baixa renda.

4 - Beneficiários

Os beneficiários são seleccionados conforme diferentes critérios que são afinados depois de um diagnostico sócio económico.

Por exemplo :

- O nível de pobreza (ESSOR privilegia os mais carentes)

- O nível escolar (ele varia em função das formações)

- O género : ter 50% de mulheres.

- A idade …

5 - Metodologia

1/ Nossa visão

ESSOR fez a escolha, desde vários anos, de apoiar os mais carentes. Esse grupo alvo necessita um acompanhamento constante e de proximidade, por essa razão, trabalhamos em parceria com as OCB locais (Organização Comunitária de Base), que estão implantadas nos bairros carentes, ao mais perto dos nossos beneficiários.

Em cada OCB parceira, metemos à disposição da população, um espaço chamado “Balcão Formação Emprego” (BFE) ou “Balcão de Emprego” (BE).

É um serviço de informação sobre o emprego e a formação profissional. Os beneficiários são acolhidos e acompanhados durante todo o percurso de inserção por um AOP (Agente de Orientação Profissional). Para facilitar seu trabalho, os AOP são pessoas originarias desses bairros que conhecem as realidades dos beneficiários e que são formadas para esse trabalho de acompanhamento.

ESSOR trabalha em parceria com instituições locais, por exemplo instituições de formação do estado ou particulares. Apoiamo-nos sobre as suas habilidades e sua experiência para propor formações adaptadas ao nosso publico. É dessa forma que a maior parte dos cursos de formação são subcontratados por organismos de formação.

2/ Resumo dos Actores e Papeis

|Actores |Papeis |Pontos de atenção |

|Associações comunitárias |Divulgar as actividades na comunidade |Pode assegurar a perenidade de um projecto |

|de Base (OCB) |Recrutar e acompanhar os AOP |Fortalecimento dessas OCB |

| |Identificar e acompanhar os beneficiários | |

| |Se formar e se inserir sobre o mercado do trabalho |Podem se tornar actores chaves na comunidade |

|Alunos |Ser "multiplicador" na comunidade |Dificuldades ligadas ao contexto sócio económico do grupo alvo |

| |Contribuir financeiramente à formação |Baixo nível escolar de base dos candidatos |

| | |Dispersão geográfica dos Beneficiários, o que torna problemático o acompanhamento |

| |Formar as Associações comunitárias, os AOP e os formadores profissionais |Pode assegurar a perenidade de um projecto |

|ONGs locais |Favorecer a concertaçao entre os actores |Fortalecimento dessas ONG |

| |Estimular uma política publica de qualidade em prol da formação das populações as mais|Impacto sobre as políticas publicas |

| |carentes |Limitação financeira ONGs que devem reduzir o numero de cursos propostos |

| |Propor acções de formação adaptadas aos beneficiários e aos dados do mercado do |Formações curtas |

|Centros de formação |emprego |Formações para os mais carentes e sem estudos existem poucas |

| |Apoiar à busca de estágios e de emprego |Pouco acompanhamento até o emprego ou estagio (falta de meios) |

| |Enquadramento institucional |Vontade de implicação |

|Governo |Financiar os cursos e os serviços emprego |Lentidão |

| |Apoiar a mobilização dos actores |Falta de meios |

| |Assegurar a perenidade |Precariedade da educação publica |

| |Financiar cursos |No Moçambique estágios mais fáceis a encontrar |

|Sector privado empresas |Propor estágios e empregos |As empresas não financiam os cursos |

| | |No Brasil, alternância é mais complicada mas os cursos são financiados por alguns sectores|

| | |privados (por exemplo, o Senac Senai). |

| | |Écouter |

| | |Lire phonétiquement |

| | |  |

| | |Dictionnaire - Afficher le dictionnaire |

| | | |

|Instituições de Micro finança |Acesso ao Micro credito para o auto emprego |Poucas instituições prontas ao primo- empreendedor de pequenos valores. |

| |Parceiras com as ONGs | |

|Universidade |Realização de pesquisas, estudos, avaliações | |

| |Animar, dinamizar, propor, coordenar, financiar ... |Equipe qualificada para formar as OCB et os AOPs. |

|ESSOR | |Falta de comunicação e de mobilização em volta da acção |

3/ Etapas para a implantação de um projecto FIP :

• Articulação comunitária : referenciar as OCB nos bairros carentes que são sensíveis às questões FIP.

• Formação dos AOP

• Proposta, divulgação dos cursos – selecção e inscrição dos beneficiários

• Formação humana (auto estima, capacidade a trabalhar em grupo, apoio à definição de um percurso profissional…) para preparar os beneficiários ao curso, ao estagio empresa…

• Participação do beneficiário (financeira ou outra)

• Realização de Cursos de Formação Profissional, prazo variando entre 40 h e 3 à 6 meses, Cursos subvencionados pela ONG e realizados nos centros de formação acreditados, particulares e (ou) nos centros comunitários.

• Acompanhamento personalizado, antes, durante e depois

• Busca de estágios profissionais e de empregos com os centros de formação e as empresas. Formação SOT (Serviço de Orientação ao Trabalho)

• Acompanhamento ao auto emprego : Metida em relação com os organismos de micro créditos ou proposta de kits de instalação para os micro empreendedores (acompanhamento realizado num ninho de empresas ou fora desse).

• Acompanhamento post emprego para medir o impacto à nível da renda. Os beneficiários são acompanhados graça a um banco de dados 3 meses, 6 meses e um ano depois sua formação.

Uma boa comunicação entre os actores e uma inserção nas redes locais é necessária durante toda a implantação de um projecto FIP. Por exemplo, Organização de eventos de promoção de formação profissional e de emprego (salão do emprego), boletins informativos, Encontros, debates, inserção nas redes de economia solidaria.

4/ Impactos

Os projectos FIP implantados por ESSOR são quantificados e fonte de varias informações em termo de resultados e de impactos. Essas informações são necessárias para pilotar e tomar conta das nossas acções.

Exemplos de informações :

Possibilidade de conhecer as percentagens de Mulheres e de Homens formados e em qual domínio.

% de frequência nos cursos, % de desistência.

N° de pessoas colocadas sobre o mercado do trabalho com a observação seguinte  : Mercado Formal e Informal

% de inserção dos alunos no sitio dos estágios

% de aumento da renda

Etc.

Além desses aspectos quantitativos, é importante analisar, medir os impactos a vários níveis :

• A nível individual e familiar

Podemos avaliar a evolução por meio de histórias de vidas.

Por exemplo, em termos de : melhoria da cidadania, da auto-estima, a confiança no futuro, capacidade de poupança, menos conflito conjugal / familiar, amelioração de sitio de vida, da escolaridade das crianças, saúde, ...

• Ao nível das comunidades

Associações comunitárias mais estruturadas e dinâmicas. Centros funcionando com actividades concretas e equipes formadas para realizar projectos no domínio da FP/Emprego.

• Ao nível dos parceiros

Meter em contacto diversos actores que não se encontravam (Organismos públicos, empresas, associações, ONG).

Aumento significativo da quantidade de actividades nesse domínio e da qualidade (exemplo : municipalidades moçambicanas que utilizam os resultados do nosso diagnostico para trabalhar seu plano estratégico de formação e de inserção profissional até 2014).

Interesse e participação do sector privado

Outros instrumentos estão em criação, especialmente à nível da capitalização. Esses instrumentos vão nos permitir de ir mais longe nessa medida de impacto porque os critérios serão idênticos entre os países para facilitar as comparações.

Agradecemos todos nossos parceiros que trabalham desde alguns anos sobre essa temática da Formação e da Inserção Profissional. Obrigado aos homens e às mulheres beneficiarios e actores dessas acções que sobre o terreno, souberam aproveitar dessa oportunidade para modificar sensivelmente o seu percurso profissional e o seu percurso de vida. É graça a eles todos, que a criação deste instrumento é possivel. Esperamos que este manual será útil para iniciar as acções FIP sobre o terreno !

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E ACESSO AO EMPREGO

Deves realizar um diagnostico. Selecciona e abre os documentos seguintes :

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Queres formar teus AOP selecciona esse arquivo, guia de formação aqui junto :

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Queres compreender o percurso de um beneficiário, selecciona esse arquivo :

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Queres apoiar os beneficiários a postular para um estagio ou um emprego, aqui vai o manual do

SOT :

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Queres apoiar os beneficiários a criar sua micro empresa, aqui vai o manual do SAME:

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Desejas ver o instrumento que permite medir o impacto à nível da renda, selecciona este arquivo :

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Aqui vai um exemplo de quadro de resultados :

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Aqui um exemplo de historia vivenciada :

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