O ELITE RESOLVE ENEM 2018

[Pages:35] O ELITE RESOLVE ENEM 2018 ? DIA 1 ? LINGUAGENS E CI?NCIAS HUMANAS

INGL?S

QUEST?O 01 Lava Mae: Creating Showers on Wheels for the Homeless

San Francisco, according to recent city numbers, has 4,300 people living on the streets. Among the many problems the homeless face is little or no access to showers. San Francisco only has about 16 to 20 shower stalls to accommodate them.

But Doniece Sandoval has made it her mission to change that. The 51-year-old former marketing executive started Lava Mae, a sort of showers on wheels, a new project that aims to turn decomissioned city buses into shower stations for the homeless. Each bus will have two shower stations and Sandoval expects that they'll be able to provide 2,000 showers a week.

ANDREANO, C. Dispon?vel em: . Acesso em: 26 jun. 2015 (adaptado).

A rela??o dos voc?bulos shower, bus e homeless, no texto, refere-se a

a) empregar moradores de rua em lava a jatos para ?nibus.

b) criar acesso a banhos gratuitos para moradores de rua.

c) comissionar sem-teto para dirigir os ?nibus da cidade.

d) exigir das autoridades que os ?nibus municipais tenham banheiros.

e) abrigar dois mil moradores de rua em ?nibus que foram adaptados.

Resolu??o

Alternativa B

a) Incorreta. N?o h? nenhuma men??o de lava a jatos para ?nibus e

oferta desemprego no texto.

b) Correta. O texto afirma que a cidade de San Francisco tem apenas

10 a 16 locais de banho para os desabrigados (San Francisco has only

10 to 16 shower stalls to accomodate them), que Doniece Sandoval

pretende mudar isso (Doniece Sandova has made it her mission to

change that.) e que o ?nibus seria um esp?cie de ducha sobre rodas

(showers on wheels.)

c) Incorreta. Decommissioned, em portugu?s, significa retirar de. No

caso, "decommissioed city buses" significa "?nibus retirado de

circula??o", e n?o contratar motoristas, como ? mencionado na

alternativa.

d) Incorreta. No texto, est? claro que Sandoval pretende transformar

?nibus retirados de circula??o em banheiros com duchas.

e) Incorreta. Sandoval espera oferecer 2000 banhos por semana

(Sandoval expects that they will be able to provide 2000 showers a

week), e n?o abrigar pessoas.

QUEST?O 02

1984 (excerpt)

`Is it your opinion, Winston, that the past has real existence?'

[...] O'Brien smiled faintly. `I will put it more precisely. Does the past exist concretely, in space? Is there somewhere or other a place, a world of

solid objects, where the past is still happening?'

`No.'

`Then where does the past exist, if at all?'

`In records. It is written down.' `In records. And - -?'

`In the mind. In human memories.' `In memory. Very well, then. We, the Party, control all records,

and we control all memories. Then we control the past, do we not?'

ORWELL, G. Nineteen Eighty-Four. New York: Signet Classics, 1977.

O romance 1984 descreve os perigos de um Estado totalit?rio. A ideia

evidenciada nessa passagem ? que o controle do Estado se d? por meio

do(a)

a) boicote a ideais libert?rios.

b) veto ao culto das tradi??es.

c) poder sobre mem?rias e registros.

d) censura a produ??es orais e escritas.

e) manipula??o de pensamentos individuais.

Resolu??o

Alternativa C

a) Incorreta. N?o h? nenhuma refer?ncia a "boicote a ideais libert?rios"

no texto.

b) Incorreta. Tamb?m n?o h? nenhuma indica??o de "veto ao culto das

tradi??es". c) Correta. O texto diz que o "Estado" (the "Party") controla todos os

registros e todas as mem?rias (We, the Party, control all records, and

we control all memories).

d) Incorreta. O texto debate o controle sobre mem?rias (we control all

memories), e n?o produ??es orais e escritas, como a alternativa afirma.

e) Incorreta. O texto mant?m-se em torno do controle de todos os

registros e das mem?rias humanas; do controle do passado (we control

the past"), n?o propriamente dos "pensamentos individuais".

QUEST?O 03

Don't write in English, they said, English is not your mother tongue... ...The language I speak Becomes mine, its distortions, its queerness All mine, mine alone, it is half English, half Indian, funny perhaps, but it is honest, It is human as I am human... ...It voices my joys, my longings my Hopes... (Kamala Das, 1965:10)

GARGESH, R. South Asian Englishes. In: KACHRU, B. B.; KACHRU, Y.; NELSON, C. L. (Eds.). The Handbook of World Englishes. Singapore: Blackwell, 2006.

A poetisa Kamala Das, como muitos escritores indianos, escreve suas

obras em ingl?s, apesar de essa n?o ser sua primeira l?ngua. Nesses

versos, ela

a) usa a l?ngua inglesa com efeito humor?stico.

b) recorre a vozes de v?rios escritores ingleses.

c) adverte sobre o uso distorcido da l?ngua inglesa.

d) demonstra consci?ncia de sua identidade lingu?stica.

e) reconhece a incompreens?o na sua maneira de falar ingl?s.

Resolu??o

Alternativa D

a) Incorreta. Ela diz que o Ingl?s que ela fala pode ser engra?ado (The

language I speak / ... / funny perhaps).

b) Incorreta. No texto, a autora afirma que a l?ngua que ela fala

expressa suas alegrias, anseios e esperan?as. (It voices my joys, my

longings my / Hopes...).

c) Incorreta. A autora apenas afirma que o seu Ingl?s tem distor??es

(its distortions), mas n?o faz nenhuma advert?ncia

d) Correta. A autora diz claramente que a l?ngua que ela fala torna-se

dela com suas distor??es, estranhezas, meio ingl?s, meio indiano:

(...The language I speak / Becomes mine, its distortions, its queerness

/ All mine, mine alone, it is half English, half / Indian).

e) Incorreta. Ela afirma, na verdade, que a l?ngua usada por ela

consegue transmitir suas alegrias, anseios e esperan?as (It voices my

joys, my longings my / Hopes...), portanto, n?o h? reconhecimento da

incompreens?o na sua maneira de falar ingl?s.

QUEST?O 04 TEXTO I A Free World-class Education for Anyone Anywhere

The Khan Academy is an organization on a mission. We're a not-for-profit with the goal of changing education for the better by providing a free world-class education to anyone anywhere. All of the site's resources are available to anyone. The Khan Academy's materials and resources are available to you completely free of charge.

Dispon?vel em: . Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado).

TEXTO II I didn't have a problem with Khan Academy site until very

recently. For me, the problem is the way Khan Academy is being promoted. The way the media sees it as "revolutionizing education". The way people with power and money view education as simply "sit-andget", i.e., teaching is telling and learning is listening, then Khan Academy is way more efficient than classroom lecturing. Khan Academy does it better. But TRUE progressive educators, TRUE education visionaries and revolutionaries don't want to do these things better. We want to DO BETTER THINGS.

Dispon?vel em: . Acesso em: 24 mar. 2012.

Com o impacto das tecnologias e a amplia??o das redes sociais, consumidores encontram na internet possibilidades de opinar sobre servi?os oferecidos. Nesse sentido, o segundo texto, que ? um coment?rio sobre o site divulgado no primeiro, apresenta a inten??o do autor de a) elogiar o trabalho proposto para a educa??o nessa era tecnol?gica. b) refor?ar como a m?dia pode contribuir para revolucionar a educa??o. c) chamar a aten??o das pessoas influentes para o significado da educa??o. d) destacar que o site tem melhores resultados do que a educa??o tradicional. e) criticar a concep??o de educa??o em que se baseia a organiza??o.

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O ELITE RESOLVE ENEM 2018 ? DIA 1 ? LINGUAGENS E CI?NCIAS HUMANAS

Resolu??o

Alternativa E

a) Incorreta. Ela faz ressalvas e cr?ticas ? forma como a m?dia e as

pessoas com dinheiro veem a educa??o (For me, the problem is the way

Khan Academy is being promoted. The way the media sees it as

"revolutionizing education". The way people with power and Money view

education).

b) Incorreta. Ela apenas questiona a m?dia no sentido de que a m?dia

n?o tem um efeito positivo sobre a educa??o (The way the media sees

it as "revolutionizing education". The way people with power and money

view education as simply "sit-and-get").

c) Incorreta. Ela apenas menciona que as pessoas influentes t?m uma

posi??o semelhante ? da m?dia (The way the media sees it as

"revolutionizing education". The way people with power and money view

education as simply "sit-and-get").

d) Incorreta. Ao afirmar que educadores progressistas fazem coisas

melhores, o texto faz uma cr?tica, e n?o um elogio a Khan Academy (But

TRUE progressive educators, TRUE education visionaries and

revolutionaries don't want to do these things better. We want to DO

BETTER THINGS).

e) Correta. O segundo texto diz que se ensinar ? contar e aprender ?

escutar, Khan Academy faz isso melhor (Teaching is telling and learning

is listening, then Khan Academy is way more efficient than classroom

lecturing. Khan Academy does it better), mas que verdadeiros

educadores querem fazer coisas melhores, e n?o fazer melhor essas

coisas (But TRUE progressive educators, TRUE education visionaries

and revolutionaries don't want to do these things better. We want to DO

BETTER THINGS).

QUEST?O 05

GLASBERGEN, R. Dispon?vel em: . Acesso em: 3 jul. 2015 (adaptado).

No cartum, a cr?tica est? no fato de a sociedade exigir do adolescente

que

a) se aposente prematuramente.

b) amadure?a precocemente.

c) estude aplicadamente.

d) se forme rapidamente.

e) ou?a atentamente.

Resolu??o

Alternativa B

Tradu??o do trecho relevante:

"Quando eu tinha 5 anos, todos me falaram para ser um menino crescidinho. Quando eu tinha 10, me falaram para ser mais maduro.

Agora dizem que est? na hora de come?ar a agir como adulto."

"Crescidinho", "maduro" e "adulto" remetem ? maturidade, e as idades (5 anos, 10 anos e hoje ? adolescente), a per?odos da vida que antecedem a "maturidade" descrita no texto. Assim, o cartum tem como objetivo criticar o fato de a sociedade exigir do adolescente que amadure?a precocemente, conforme se l? na alternativa B.

L?NGUA PORTUGUESA

QUEST?O 06

Somente uns tufos secos de capim empedrados crescem na

silenciosa baixada que se perde de vista. Somente uma ?rvore, grande

e esgalhada mas com pouqu?ssimas folhas, abre-se em farrapos de

sombra. ?nico ser nas cercanias, a mulher ? magra, ossuda, seu rosto

est? lanhado de vento. N?o se v? o cabelo, coberto por um pano

desidratado. Mas seus olhos, a boca, a pele ? tudo ? de uma aridez sufocante. Ela est? de p?. A seu lado est? uma pedra. O sol explode.

Ela estava de p? no fim do mundo. Como se andasse para

aquela baixada largando para tr?s suas no??es de si mesma. N?o tem

retratos na mem?ria. Desapossada e despojada, n?o se abate em

autoacusa??es e remorsos. Vive.

Sua sombra somente ? que lhe faz companhia. Sua sombra,

que se derrama em tra?os grossos na areia, ? que ado?a como um

gesto de claridade esquel?tica. A mulher esvaziada emudece, se

dessangra, se cristaliza, se mineraliza. J? ? quase de pedra como a

pedra a seu lado. Mas os tra?os de sua sombra caminham e, tornando-

se mais longos e finos, esticam-se para os farrapos de sombra da

ossatura da ?rvore, com os quais se enla?am.

FR?ES, L. Vertigens: obra reunida. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Na apresenta??o da paisagem e da personagem, o narrador estabelece

uma correla??o de sentidos em que esses elementos se entrela?am.

Nesse processo, a condi??o humana configura-se

a) amalgamada pelo processo comum de desertifica??o e de solid?o.

b) fortalecida pela adversidade extensiva ? terra e aos seres vivos.

c) redimensionada pela intensidade da luz e da exuber?ncia local.

d) imersa num drama existencial de identidade e de origem.

e) imobilizada pela escassez e pela opress?o do ambiente.

Resolu??o

Alternativa A

a) Correta. A personagem feminina, "magra, ossuda", cujo rosto "est?

lanhado de vento", ? descrita como "uma aridez sufocante". Essa secura des?rtica se imiscui na paisagem arenosa, em que "o sol explode".

b) Incorreta. Em vez de adversa, a descri??o aproxima personagem e

cen?rio no mesmo plano de sequid?o. N?o se descreve a passagem de

um estado menos forte ao outro de maior for?a, mas dilui-se a mulher

no seu entorno.

c) Incorreta. N?o se trata da exuber?ncia, mas do vazio, da escassez

dos recursos que rodeiam a mulher ressequida que se iguala ? pedra a

que se ap?e, "? quase de pedra como a pedra a seu lado". d) Incorreta. A personagem est? em conson?ncia com o ambiente que a cerca, sem que se note drama ou tens?o ontol?gica, sua exist?ncia passa apenas a ser. e) Incorreta. A mobilidade de sua sombra ? "que ado?a como um gesto a claridade esquel?tica". Assim, n?o se fala em uma mulher "imobilizada", mas que se move segundo seu arredor.

QUEST?O 07 Aconteceu mais de uma vez: ele me abandonou. Como todos

os outros. O quinto. A gente j? estava junto h? mais de um ano. Parecia que dessa vez seria para sempre. Mas n?o: ele desapareceu de repente, sem deixar rastro. Quando me dei conta, fiquei horas ligando sem parar ? mas s? chamava, chamava, e ningu?m atendia. E ent?o fiz o que precisava ser feito: bloqueei a linha.

A verdade ? que nenhum telefone celular me suporta. J? tentei de todas as marcas e operadoras, apenas para descobrir que eles s?o todos iguais: na primeira oportunidade, d?o no p?. Esse ?ltimo aproveitou que eu estava distra?do e n?o desceu do t?xi junto comigo. Ou ser? que ele j? tinha pulado do meu bolso no momento em que eu embarcava no t?xi? Tomara que sim. Depois de fazer o que me fez, quero mais ? que ele tenha ido parar na sarjeta. [...] Se ainda fossem embora do jeito que chegaram, tudo bem. [...] Mas j? sei o que vou fazer. No caminho da loja de celulares, vou passar numa papelaria. Pensando bem, nenhuma das minhas agendinhas de papel jamais me abandonou.

FREIRE, R. Come?ar de novo. O Estado de S. Paulo, 24 nov. 2006.

Nesse fragmento, a fim de atrair a aten??o do leitor e de estabelecer um fio condutor de sentido, o autor utiliza-se de a) primeira pessoa do singular para imprimir subjetividade ao relato de mais uma desilus?o amorosa. b) ironia para tratar da rela??o com os celulares na era de produtos altamente descart?veis. c) frases feitas na apresenta??o de situa??es amorosas estereotipadas para construir a ambienta??o do texto. d) quebra de expectativa como estrat?gia argumentativa para ocultar informa??es e) verbos no tempo pret?rito para enfatizar uma aproxima??o com os fatos abordados ao longo do texto.

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O ELITE RESOLVE ENEM 2018 ? DIA 1 ? LINGUAGENS E CI?NCIAS HUMANAS

Resolu??o

Alternativa C

a) Incorreta. O texto se desenvolve como uma cr?nica dos infort?nios

que o autor experimentou repetidas vezes com seus aparelhos de

telefonia m?vel. Trata-se, portanto, de uma alegoria, n?o de uma

narrativa verdadeira de desilus?o amorosa.

b) Incorreta. A cr?tica feita ao autor n?o tem a ver com a durabilidade

dos aparelhos ou com a obsolesc?ncia programada deles. Parece ser

mais a constata??o de sua incapacidade de manter-se com os celulares

em seu poder.

c) Correta. As escolhas discursivas feitas pelo autor no primeiro

par?grafo do texto remetem o leitor ? tem?tica amorosa. A

personifica??o do celular, com o qual j? se esteve junto antes, numa

rela??o que parecia ser para sempre e que termina com o abandono

etc., ? ind?cio dessa estrat?gia de criar uma expectativa que ser?

frustrada a seguir.

d) Incorreta. N?o se pode falar de oculta??o de informa??es, mas de

uma narrativa que vai aos poucos revelando o seu tema, exposto

criativamente pela analogia com uma rela??o afetiva.

e) Incorreta. O pret?rito perfeito que predomina nas passagens

narrativas da cr?nica n?o tem a finalidade de aproximar os eventos.

Nesse caso, a enuncia??o poderia preferir o presente do indicativo.

QUEST?O 08

Enquanto isso, nos bastidores do universo

Voc? planeja passar um longo tempo em outro pa?s,

trabalhando e estudando, mas o universo est? preparando a chegada

de um amor daqueles de tirar o ch?o, um amor que far? voc? jogar fora

seu atlas e criar ra?zes no quintal como se fosse uma figueira.

Voc? treina para a maratona mais desafiadora de todas, mas

n?o chegar? com as duas pernas intactas na hora da largada, e a

primeira perplexidade ser? esta: a experi?ncia da frustra??o.

O universo nunca entrega o que promete. Ali?s, ele nunca

prometeu nada, voc? ? que escuta vozes.

No dia em que voc? pensa que n?o tem nada a dizer para o

analista, faz a revela??o mais bomb?stica dos seus dois anos de

terapia. O resultado de ume exame de rotina coloca sua rotina de

cabe?a para baixo. Voc? n?o imaginava que iriam tantos amigos ? sua

festa, e tampouco imaginou que justo sua grande paix?o n?o iria.

Quando achou que estava bela, n?o arrasou cora??es. Quando saiu

sem maquiagem e com uma camiseta pu?da, chamou a aten??o. E

assim seguem os dias ? prova de planejamento e contrariando nossas

vontades, pois, por mais que tenhamos ensaiado nossa fala e

estejamos preparados para a melhor cena, nos bastidores do universo

algu?m troca nosso papel de ?ltima hora, tornando surpreendente a

nossa vida.

MEDEIROS, M. O Globo. 21 jun. 2015.

Entre as estrat?gias argumentativas utilizadas para sustentar a tese

apresentada nesse fragmento, destaca-se a recorr?ncia de

a) estruturas sint?ticas semelhantes, para refor?ar a velocidade das

mudan?as da vida.

b) marcas de interlocu??o, para aproximar o leitor das experi?ncias

vividas pela autora.

c) formas verbais no presente, para exprimir reais possibilidades de

concretiza??o das a??es.

d) constru??es de oposi??o, para enfatizar que as expectativas s?o

afetadas pelo inesperado.

e) sequ?ncias descritivas, para promover a identifica??o do leitor com

as situa??es apresentadas.

Resolu??o

Alternativa D

a) Incorreta. Ainda que haja a recorr?ncia de algumas estruturas

sint?ticas, a inten??o n?o ? ressaltar a "velocidade das mudan?as da vida", mas a imprevisibilidade dos "bastidores do universo". b) Incorreta. Ao contr?rio, a interlocu??o, repetidas vezes frisando

"voc?", tem como objetivo levar o leitor a imaginar situa??es que corroboram a tese da conting?ncia, defendida pelo texto. c) Incorreta. N?o se trata de "reais possibilidades", mas de situa??es hipot?ticas que seguem a f?rmula "[se] voc? pensa x, o universo entrega

y". d) Correta. A fim de sustentar sua tese, o autor apresenta situa??es que levariam a um certo encaminhamento e seu desfecho improv?vel, que contrariaria as expectativas criadas. Em duas passagens, a

presen?a da conjun??o "mas" refor?a o car?ter de oposi??o: "Voc? planeja passar um longo tempo em outro pa?s, [...] mas..."; "Voc? treina para a maratona mais desafiadora de todas, mas...". e) Incorreta. As sequ?ncias n?o s?o meramente descritivas, mas argumentativas, pois lidam com a n?o confirma??o das expectativas previamente estabelecidas.

QUEST?O 09 "Acuenda o Pajub?": conhe?a o "dialeto secreto" utilizado por gays e travestis Com origem no iorub?, linguagem foi adotada por travestis e ganhou a comunidade "Nha?, amap?! N?o fa?a a loka e pague meu acue, deixe de

equ? se n?o eu puxo teu picum?!" Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, ? porque voc? manja alguma coisa de pajub?, o "dialeto secreto" dos gays e travestis.

Adepto do uso das express?es, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: "? claro que eu n?o vou falar durante uma audi?ncia ou numa reuni?o, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de `acu?' o tempo inteiro", brinca. "A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal j? entende, n?? T? na internet, tem at? dicion?rio...", comenta.

O dicion?rio a que ele se refere ? o Aur?lia, a dicion?ria da l?ngua afiada, lan?ado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra, h? mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do pajub?.

N?o se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que h? claramente uma rela??o entre o pajub? e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na ?poca do Brasil colonial.

Dispon?vel em: .br. Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado).

Da perspectiva do usu?rio, o pajub? ganha status de dialeto,

caracterizando-se como elemento de patrim?nio lingu?stico,

especialmente por

a) ter mais de mil palavras conhecidas.

b) ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.

c) ser consolidado por objetos formais de registro.

d) ser utilizado por advogados em situa??es formais.

e) ser comum em conversas no ambiente de trabalho.

Resolu??o

Alternativa C

a) Incorreta. O n?mero de palavras de um dialeto ou variedade

lingu?stica n?o ? suficiente para justificar o status para seus usu?rios.

Eles procuram a referenda??o em outras inst?ncias sociais.

b) Incorreta. O pajub? ? um c?digo de circula??o restrita ? comunidade

LGBT+, que a not?cia descreve como "dialeto secreto", portanto, "ter palavras diferentes de uma linguagem secreta" n?o seria o crit?rio para atribuir-lhe status de dialeto. c) Correta. Senso comum, os falantes de uma l?ngua procuram nos

"objetos formais de registro", como dicion?rios, gram?ticas e livros did?ticos, a valida??o de suas intui??es como usu?rios de uma variedade da l?ngua. ? o que, talvez inconscientemente, fa?a o

advogado entrevistado: "T? na internet, tem at? dicion?rio". Al?m dessa formaliza??o escrita, evidentemente, podemos considerar um dialeto como um feixe de marcas lingu?sticas de natureza sem?ntico-lexical, morfossint?tica e fon?tico-morfol?gica, circunscrito a uma comunidade inserida numa comunidade maior de usu?rios da mesma l?ngua, o que j? atribuiria ao pajub? esse referido status. d) Incorreta. Essa alternativa n?o encontra sustenta??o no texto, uma vez que o advogado afirma que n?o emprega o pajub? em "ambientes

mais formais". e) Incorreta. Esse uso mais generalizado, que invade inclusive os locais de trabalho, como noticiado no texto da mat?ria, n?o necessariamente d? status de dialeto a uma variedade.

QUEST?O 10 Certa vez minha m?e surrou-me com uma corda nodosa que

me pintou as costas de manchas sangrentas. Mo?do, virando a cabe?a com dificuldade, eu distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me em panos molhados com ?gua de sal ? e houve uma discuss?o na fam?lia. Minha av?, que nos visitava, condenou o procedimento da filha e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me ? toa, sem querer. N?o guardei ?dio a minha m?e: o culpado era o n?.

RAMOS, G. Inf?ncia. Rio de Janeiro: Record, 1998.

Num texto narrativo, a sequ?ncia dos fatos contribui para a progress?o tem?tica. No fragmento, esse processo ? indicado pela a) altern?ncia das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo. b) utiliza??o de formas verbais que marcam tempos narrativos variados. c) indetermina??o dos sujeitos de a??es que caracterizam os eventos narrados. d) justaposi??o de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos narrados. e) recorr?ncia de express?es adverbiais que organizam temporalmente a narrativa.

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O ELITE RESOLVE ENEM 2018 ? DIA 1 ? LINGUAGENS E CI?NCIAS HUMANAS

Resolu??o

Alternativa B

a) Incorreta. N?o h? altern?ncia das pessoas do discurso no excerto

apresentado. Mant?m-se a narra??o em primeira pessoa do in?cio ao

fim do segmento.

b) Correta. A narrativa se encadeia pela organiza??o dos tempos

verbais no pret?rito: pret?rito mais que perfeito (num plano de

anterioridade ao pret?rito perfeito) e pret?rito perfeito (que alterna com

o pret?rito imperfeito para dar conta dos eventos posteriores).

c) Incorreta. O tempo da narrativa ?, por excel?ncia, o passado. Os

sujeitos das a??es pret?ritas n?o s?o relevantes para a defini??o desse

tipo textual. Ainda assim, n?o se sustenta essa alternativa, j? que n?o

h? nenhum sujeito sem?ntico-sintaticamente indeterminado.

d) Incorreta. A rela??o sem?ntica entre os enunciados n?o ? suficiente

para que haja progress?o tem?tica, j? que, num texto narrativo, os

eventos t?m que se desenrolar no tempo.

e) Incorreta. A ?nica express?o adverbial presente no texto ? "certa

vez". Por isso n?o ? correto afirmar que a recorr?ncia dessas

express?es organizem a narrativa no eixo do tempo.

QUEST?O 11

Dispon?vel em: omeusegredinho. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).

Essa imagem ilustra a rea??o dos cel?acos (pessoas sens?veis ao

gl?ten) ao ler r?tulos de alimentos sem gl?ten. Essas rea??es indicam

que, em geral, os r?tulos desses produtos

a) trazem informa??es expl?citas sobre a presen?a do gl?ten.

b) oferecem v?rias op??es de sabor para esses consumidores.

c) classificam o produto como adequado para o consumidor cel?aco.

d) influenciam o consumo de alimentos especiais para esses

consumidores.

e) variam na forma de apresenta??o de informa??es relevantes para

esse p?blico.

Resolu??o

Alternativa E

a) Incorreta. O texto que acompanha o ?ltimo emoticon compromete a

assertiva que se faz nessa alternativa, uma vez que h?

descontentamento com os r?tulos nesse caso.

b) Incorreta. Se o cel?aco se v? na necessidade de manifestar sua

rea??o com um cora??o quando h? "sabor", pode-se inferir que as

op??es para sabor n?o s?o "v?rias", uma vez que h? uma rea??o

bastante emotiva para essa hip?tese.

c) Incorreta. Os produtos que podem conter apenas tra?os de gl?ten

n?o s?o adequados aos cel?acos. Essa constata??o leva o acometido

pela doen?a a lamentar.

d) Incorreta. Os cel?acos devem se submeter a uma dieta espec?fica, o

que significa n?o ingerir alimentos que contenham gl?ten. Assim os

r?tulos n?o influenciam, mas suas informa??es s?o essenciais ?

escolha de um dado produto.

e) Correta. Uma vez que parece n?o haver padroniza??o dos r?tulos

dos produtos sem gl?ten, h? um sem n?mero de rea??es dos

consumidores (exemplificadas no texto por seis emoticons).

"Conte o conto sem aumentar um ponto" tem como objetivo dar um final distinto do original ao conto A cartomante, de Machado de Assis, utilizando-se o mesmo n?mero de caracteres ? ou inferior ? que Machado concluiu seu trabalho, ou seja, 1 778 caracteres.

Vale ressaltar que, para participar do concurso, o concorrente dever? ser seguidor do Twitter da ABL, o Abletras.

Dispon?vel em: .br. Acesso em: 18 out. 2015 (adaptado).

O Twitter ? reconhecido por promover o compartilhamento de textos.

Nessa not?cia, essa rede social foi utilizada como ve?culo/suporte para

um concurso liter?rio por causa do(a)

a) limite predeterminado de extens?o do texto.

b) interesse pela participa??o de jovens.

c) atualidade do enredo proposto.

d) fidelidade a fatos cotidianos.

e) din?mica da sequ?ncia narrativa.

Resolu??o

Alternativa A

a) Correta. O fato de a rede social Twitter ter como caracter?stica um

limite predeterminado de extens?o (240 caracteres) foi explorado pelo

concurso para motivar os participantes do concurso a escreverem

tamb?m com um n?mero de caracteres limitado (aquele utilizado por

Machado de Assis em seu conto "A cartomante"). Essa rela??o est?

indicada j? no nome do concurso: "Conte o conto sem aumentar um

ponto", em que se pode associar a express?o popular "quem conta um

conto aumenta um ponto" ? preocupa??o com a extens?o do texto a ser produzido pelos concorrentes.

b) Incorreta. N?o h? nenhum elemento no texto que nos indique a

exist?ncia de um p?blico-alvo espec?fico do concurso, portanto, n?o ?

poss?vel afirmar que a rede social tenha sido escolhida por conta de um

interesse em atrair jovens para participarem da competi??o.

c) Incorreta. De acordo com o texto, o concurso cultural exige que os

participantes elaborem um final diferente do original para o conto "A

cartomante", de Machado de Assis. Em nenhum momento, no entanto, fica clara a inten??o de que esse conte?do seja atual, por isso, n?o ?

poss?vel afirmar que a escolha da rede social tenha como motiva??o

conferir atualidade a um enredo proposto.

d) Incorreta. N?o h?, na not?cia, nenhuma men??o ? necessidade de

haver uma correla??o entre o texto elaborado pelo participante do

concurso e fatos cotidianos, ent?o, essa n?o ? a justificativa para o uso

do Twitter como suporte/ve?culo desse concurso.

e) Incorreta. O uso do Twitter como suporte/ve?culo do concurso n?o

pode ser relacionado ? din?mica da sequ?ncia narrativa, uma vez que

a rede social seria usada apenas como ferramenta de compartilhamento

do texto, n?o interferindo, portanto, na estrutura??o/encadeamento

textual.

QUEST?O 13

QUEST?O 12 ABL lan?a novo concurso cultural:

"Conte o conto sem aumentar um ponto" Em raz?o da grande repercuss?o do concurso de Microcontos do Twitter da ABL, o Abletras, a Academia Brasileira de Letras lan?ou no dia do seu anivers?rio de 113 anos um novo concurso cultural intitulado "Conte o conto sem aumentar um ponto", baseado na obra A cartomante, de Machado de Assis.

Dispon?vel em: .br. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado)

Nesse texto, busca-se convencer o leitor a mudar seu comportamento por meio da associa??o de verbos no modo imperativo ?

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