A matematica nos jogos - SALESIANO Lins



A MATEMÁTICA NOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Uma Construção de Aprendizagem

THE MATHEMATICS IN THE GAMES AND JOKES IN THE CHILDLIKE EDUCATION: a construction of apprenticeship

Estela do Nascimento Souza - en.souza@

Prof. Ms. Marcos José Ardenghi – marcos@unisalesiano.edu.br

Profª. Ms. Fátima Eliana Frigatto Bozzo – elianaboz@.br

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RESUMO

O presente tem como objetivos analisar se a utilização de jogos e brincadeiras possibilita a ampliação do pensamento lógico-matemático, como a utilização de jogos e brincadeiras pode facilitar a aprendizagem da matemática a partir da realização de contagens, comparações de quantidades e identificação de algarismos. A revisão bibliográfica contou com os estudos de Jesus e Fini (2005); Macedo, Petty e Passos (2005); Kamii e Devries (1991); e Kishimoto (2000), onde entendem que o jogo possui valores educativos que o transformam em atividade séria e é onde o aluno constrói conhecimento através de um processo interativo A metodologia constou de uma pesquisa de campo na qual foram aplicados jogos e brincadeiras no ensino da matemática, com crianças da segunda etapa da Educação Infantil. Os resultados obtidos durante a realização dos jogos evidenciam a ampliação de certas habilidades. O ensino da matemática na Educação Infantil deve ter como prioridade o conhecimento das crianças frente a situações significativas de aprendizagem, e que os jogos e brincadeiras devem estar sempre presentes, auxiliando na formação dos conceitos.

Palavras chaves: Jogos na Educação Infantil. Aprendizagem na Educação Infantil. Matemática e Jogos.

ABSTRACT

The present has as a purpose analyses if the use of games and jokes makes possible the enlargement of the mathematical-logical thought, how the use of games and jokes can make easy the apprenticeship of the mathematics from the realization of countings, comparisons of quantities and identification of numerals. The bibliographical revision disposed of the studies of Jesus and Fini (2005); Macedo, Petty and Passos (2005); Kamii and Devries (1991); and Kishimoto (2000) where they understand that the play has educative values that turn it into serious activity and is where the pupil builds knowledge through an interactive process. The methodology consisted of a field work in which plays and jokes were applied in the teaching of the mathematics, with children of the second stage of the Childlike Education. The results obtained during the realization of the plays show the enlargement of certain skills up. The teaching of the mathematics in the Childlike Education must take the knowledge of the children as a priority in front of significant situations of apprenticeship, and that the plays and jokes must always be present, helping in the formation of the concepts.

Key-words: Games in the Childlike Education. Appenticeship in the Childlike Education. Mathematics and Games.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se à construção da aprendizagem de matemática obtida através do uso de jogos e brincadeiras no ensino infantil. A infância representa uma das etapas mais importantes da evolução do ser humano, por este motivo, devem-se propiciar às crianças, condições adequadas para que tal evolução aconteça.

A matemática está presente na vida cotidiana de todo cidadão de forma implícita ou explicita. Assim, constatamos a importância da Matemática que desempenha papel decisivo em nosso cotidiano nos ajudando a resolver problemas, criando soluções para os mesmos. Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.

Utilizar a ludicidade para ensinar matemática é uma maneira inteligente para a superação de tais obstáculos. O ensino da matemática através dos jogos, por exemplo, eleva o jogo como instrumento que transforma a Matemática considerada “bicho-de-sete-cabeças”, em uma fonte inesgotável de satisfação, motivação e interação social.

Vygotsky (1998) afirmava que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.

Os jogos não se constituem apenas em uma forma de entretenimento, na qual crianças gastam energia, mas sim, em meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual das mesmas. Ilude-se quem acha que o jogo serve apenas para brincar, pois dentro dos diversos jogos sempre há aprendizagem. Devido aos diferentes modos de vida, valores e conhecimentos humanos, dentro da educação eles tornam-se um desafio interessante. Os alunos trazem para a escola conhecimentos, ideias, intuições construídas através da experiência que vivenciam em seu ambiente sociocultural.

A utilização de jogos e brincadeiras na educação infantil é de fundamental importância para o desenvolvimento das crianças, sendo um facilitador no processo ensino aprendizagem.

Neste artigo pretende-se mostrar a importância da contribuição dos jogos e brincadeiras para o ensino e que o professor pode fazer uso deles de modo a promover o desenvolvimento de habilidades matemáticas nas crianças.

Assim sendo, estabeleceu-se o problema de pesquisa, como crianças de 4 e 5 anos constroem conhecimentos matemáticos partindo de jogos e brincadeiras? O trabalho teve como objetivos analisar se a utilização de jogos e brincadeiras possibilita a ampliação do pensamento lógico-matemático nas crianças de 4 a 5 anos da Educação Infantil; explorar ideias referentes a números utilizando jogos e brincadeiras com crianças de 4 a 5 anos, da Educação Infantil; analisar como a utilização de jogos e brincadeiras com crianças de 4 a 5 anos, da Educação Infantil, pode facilitar a aprendizagem da matemática a partir da realização de contagens, comparações de quantidades e identificação de algarismos.

Para atingir o objetivo desejado, realizaram-se pesquisas bibliográficas e de campo, na qual foram aplicados jogos e brincadeiras no ensino da matemática, com crianças da segunda etapa da Educação Infantil. A coleta de dados foi realizada através da observação direta dos alunos diante da prática dos jogos.

1 REVISÃO DA LITERATURA

Jesus e Fini (2005), em “Uma proposta de aprendizagem significativa de matemática através de jogos”, acreditam que jogo e educação devem ser considerados como “coisa séria” enquanto muitas pessoas pensam que apenas a educação é coisa séria, deixando de dar ao jogo sua devida importância. O exercício com jogos, quando são trabalhadas as emoções, faz com que a criança internalize conceitos e passe a lidar com seus sentimentos dentro de um contexto grupal, o que a prepara para a vida em sociedade.

Macedo, Petty e Passos (2005), em “Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar”, consideram de fundamental importância que a criança aprenda os procedimentos e seus registros em diferentes situações propostas. Brincadeira é coisa séria, uma vez que supõe atenção no sentido de que envolve aspectos inter-relacionados e concentração no sentido de requerer um foco para sua motivação. O jogar é o brincar em um contexto de regras, porém, com um objetivo definido. O jogar é um brincar com ideias, sentimentos, pessoas, situações e objetos onde os objetivos estão predeterminados.

Kamii e Devries (1991), em “Jogos em grupo na educação infantil”, argumentam que o professor deve propor regras ao invés de impô-las, impedindo, assim, que as crianças elaborem-nas. Para se ter o caráter de jogo, deve haver intenções opostas e regras. O jogo contém oposições, ações, elaborações de estratégias. Jogos em grupo estimulam o desenvolvimento das crianças de maneira ímpar se utilizados com a compreensão da teoria de Piaget.

Kishimoto (2000), em “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação”, define jogo como não sendo uma tarefa fácil. Quais elementos caracterizam os jogos? Cada jogo tem suas regras, estratégias do adversário, ou seja, cada tipo de jogo tem seu conceito e suas definições. Segundo a autora, uma mesma conduta pode ser jogo ou não em diferentes culturas, dependendo do significado a ele atribuído. Por tais razões, fica difícil elaborar uma definição que englobe a multiplicidade de suas manifestações concretas. Todos os jogos possuem peculiaridades que os aproximam ou os distanciam. Enquanto fator social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui.

Para Vygotsky (1984), outro teórico importante para os estudos sobre o desenvolvimento humano, é por meio das atividades lúdicas, a criança reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-conta, são reelaboradas. Esta representação do cotidiano se dá por meio da combinação entre experiências passadas e novas possibilidades de interpretações e reproduções do real, de acordo com suas afeições, necessidades, desejos e paixões.

A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas como ações com objetivos distintos. O jogo e a brincadeira são por si só, uma situação de aprendizagem. Com a proposta do uso de jogos no processo de ensino-aprendizagem pretende-se que ocorra uma aprendizagem significativa.

2 PROPOSTA DE TRABALHO

No trabalho aspirou-se apontar a importância dos jogos no aprendizado da matemática na educação infantil, para isto foram utilizados diversos jogos e brincadeiras, onde se encontram alguns conceitos matemáticos.

Os autores referenciados incentivam o uso de jogos na educação infantil, pois acreditam ser um facilitador para o processo de ensino- aprendizagem e também um recurso para tornar mais positivas as atitudes em relação ao processo ensino-aprendizagem da Matemática.

A principal característica do jogo de regras é a existência de um conjunto de leis atribuídas pelo grupo, sendo que seu descumprimento é normalmente penalizado. O jogo de regras pressupõe a existência de parceiros e um conjunto de obrigações (as regras), o que lhe confere um caráter eminentemente social. Todo jogo deve ter regras claras para alcançar os objetivos exigidos e também para que o jogador possa apresentar suas estratégias de ação. As estratégias, a tomada de decisão, a análise dos erros, a capacidade de lidar com perdas e ganhos, a oportunidade de repensar uma jogada em função do outro jogador e outros momentos das partidas são princípios fundamentais para o desenvolvimento do raciocínio e das estruturas cognitivas do aluno.

O jogo é imprescindível ao nosso processo de desenvolvimento, tem uma função vital para o indivíduo, principalmente como forma de absorção da realidade, além de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários.

É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, além de desenvolver a linguagem, o pensamento e a concentração.

Kishimoto (2000) argumenta que a utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não jogos.

Através do jogo a criança obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo. É um acometimento natural da criança funcionando, assim, como um grande motivador, mobilizando esquemas mentais, ele instiga o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias dimensões da personalidade, como afetiva, social, motora e cognitiva, favorecendo a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação, destreza, rapidez, força, concentração. Assim, no presente trabalho, pretende-se realizar a aplicação de cinco tipos diferentes de jogos que envolvem conceitos de matemática para crianças de 4 a 5 anos.

As crianças da Educação Infantil têm dificuldades em respeitar regras, esperar sua vez para falar ou formar a fila. Os jogos se apresentam como possibilidade de desenvolver e aprimorar esses conceitos e são ideais para desenvolver o raciocínio lógico-matemático. Além disso, o jogo com regras é importante para o desenvolvimento infantil, a rapidez de raciocínio, a agilidade na hora de tomar decisões, a interação com outras crianças, aprender a perder e que todas as decisões tomadas têm uma consequência.

3 METODOLOGIA E ANÁLISE DOS RESULTADOS

3.1 Metodologia

Este trabalho foi baseado em uma pesquisa de campo na qual foram aplicados jogos e brincadeiras no ensino da matemática, com crianças da segunda etapa da Educação Infantil.

A coleta de dados foi realizada através da observação direta dos alunos diante da prática dos jogos, realizados no período de junho a novembro de 2010, em 3 sessões semanais de 30 minutos cada. Foram feitas observações do desempenho dos alunos e registradas em um caderno para posterior análise.

Utilizaram-se cinco tipos de jogos, sendo eles, o dominó; o tangran quadrado, contendo sete peças; o tangran oval, contendo dez peças; o jogo de pega varetas e o jogo dez coloridos.

Cada um desses jogos tem sua especificidade, ou seja, todos têm regras próprias. Para se jogar o dominó, o objetivo é descer todas as peças, sendo que ganha quem terminasse primeiro todas as peças. O Tangran pode ser explorado no ensino da Matemática para conteúdos como semelhança, simetrias, na resolução de problemas, coordenação motora e habilidades na utilização de materiais, estimulando a participação do aluno em atividades conjuntas, desenvolvendo a capacidade de ouvir e respeitar a criatividade dos colegas. O jogo de pega varetas, visa à concentração, ao autocontrole e ao desenvolvimento da coordenação motora fina. O jogo “dez coloridos” permite trabalhar a contagem, a comparação de quantidades, além de fixação de cores e da socialização.

A análise dos resultados deu-se de forma qualitativa e teve por objetivo verificar se a utilização de jogos e brincadeiras possibilita a ampliação do pensamento lógico-matemático nas crianças de 4 a 5 anos, da Educação Infantil e como a utilização de jogos e brincadeiras com crianças de 4 anos, da Educação Infantil pode facilitar a aprendizagem da matemática, a partir da realização de contagens, comparações de quantidades e identificação de algarismos.

3.2 Sujeitos da Pesquisa

Para a execução da pesquisa foi analisado o desempenho de 28 alunos, com idade entre 4 e 5 anos, durante a realização de atividades envolvendo jogos; alunos estes matriculados na 2ª etapa da Educação Infantil, da EMEI “Engº. Lavoisier Monney Junior”, da cidade de Lins, no período de Junho a Novembro de 2010. A escolha dos alunos e da referida escola deu-se pelo fato de a pesquisadora conhecer a realidade, pois atua como professora da turma.

Antes da realização da pesquisa, o trabalho com a matemática era desenvolvido dentro de um conceito muito restrito do conteúdo matemático que as crianças deveriam aprender. Muitas vezes o ensino era direcionado apenas à correspondência, contagem simples e números, e, talvez, de nomenclatura e classificação de formas simples. Acreditava-se que a Linguagem e alfabetização fossem mais importantes a serem ensinados na infância, e que o foco sobre esses temas deixava pouco tempo para a matemática.

Porém, após amplos estudos realizados para a idealização do projeto desse trabalho, verificou-se que a matemática da educação infantil é ao mesmo tempo ampla e profunda, devendo abranger suas grandes ideias, incluindo números e operações, geometria, medição e análise de dados, dentro de contextos de aprendizagem que favoreçam a resolução de problemas. As crianças aprendem a falar, a ler e escrever a linguagem matemática para comunicar ideias matemáticas. 

Antes da propositura deste projeto, as crianças não passavam de meros expectadores, porém, logo após a aplicação dos jogos, passaram a sentir-se participantes, envolvendo-se nos jogos apresentados, inclusive da confecção. A realização das atividades foi autorizada pela diretora da escola.

3.3 Análise dos Resultados

Este trabalho sobre jogos e brincadeiras no ensino da matemática teve a intenção de contribuir no desenvolvimento do pensamento lógico-matemático infantil, visando à exploração de ideias referentes a números, de maneira diferente do que se costuma realizar nas escolas e também possibilitar que as crianças realizassem contagens, comparações de quantidades, identificando algarismos ou acrescentando os pontos obtidos durante as brincadeiras.

Durante a primeira rodada no jogo de dominó, alguns alunos não identificavam a peça pela quantidade e sim apenas pelas cores. O objetivo era que a identificação ocorresse das duas maneiras, ou seja, pelas cores e também pela quantidade. Nesse momento houve a intervenção de alguns alunos para ajudar os colegas que não estavam conseguindo realizar as atividades e juntos passaram a identificar pela cor, fazendo a relação cor - quantidade, já que cada quantidade correspondia a uma cor diferente. Muitos já possuiam o domínio de cores e quantidades.

Ao aplicar a atividade com o Tangran, as dificuldades apareceram na hora da montagem do quadrado, uma vez que, após a pintura, as peças foram recortadas e entregues de volta a eles. Apenas uma criança conseguiu montá-lo de imediato, o mesmo não aconteceu na montagem do oval, na qual a maioria, cerca de 80%, obteve de imediato o resultado esperado. Em relação às outras atividades propostas com os Tangran, comprovadamente houve grandes avanços diretamente ligados às habilidades como, por exemplo, a memória, pois muitos conseguiram montar mais de uma vez a mesma imagem; o pensamento lógico, onde as crianças puderam pensar e montar o jogo corretamente, utilizando-se de uma sequência e a autonomia, pois muitos não precisaram de ajuda na montagem.

Essas atividades envolvendo jogos e brincadeiras proporcionaram aos educandos trocas de informações e envolvimento em situações que favorecem o desenvolvimento da socialização, da cooperação e do respeito mútuo, desenvolvendo também as noções de perto/longe, dentro/fora, pequeno/grande, grosso/fino, por baixo/por cima, na frente/atrás, cheio/vazio, maior/menor.

Notou-se o desenvolvimento diário e constante de cada criança ao ampliarem noções de tempo, quantidade, tamanho, classificação, seriação e comparação de formas, contagem identificação de algarismos, percepção espacial, entre outros. Com a inserção da matemática a partir da educação infantil, as crianças descobrem coisas iguais e diferentes; organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecendo relações; observam os tamanhos das coisas; brincam com as formas; ocupam um espaço e, assim, vivem e descobrem o mundo através da matemática.

CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto, que o ensino da matemática na Educação Infantil deva ter como prioridade o conhecimento das crianças frente a algumas situações significativas de aprendizagem, e que os jogos e brincadeiras devam estar sempre presentes, auxiliando no ensino do conteúdo, proporcionando aquisição de habilidades e desenvolvendo capacidades motoras. Dessa forma, os alunos participantes deste projeto, tiveram uma experiência gratificante, ao realizar os jogos e, em decorrência, certa facilidade ao cumprimento de regras e ao aprendizado da matemática.

Com a realização dos jogos notou-se a ampliação de certas habilidades como, por exemplo, a contagem, concentração, respeito às regras, saber esperar a vez, organização, conferência dos resultados apresentados pelos colegas. As crianças mudaram seu comportamento, não só durante o jogo, mas também em suas atitudes diárias, como ao esperar sua vez para falar, aguardar sua vez na formação da fila, etc.

Os jogos e brincadeiras contribuíram positivamente para que a criança obtivesse sucesso na busca por novos conhecimentos e compreendesse que pode acertar ou errar, sem desanimar devido ao fracasso.

A assimilação das regras fora outro fator importante cogitado durante este trabalho, pois antes do início, as crianças não as cumpriam, ou talvez não entendessem sua devida importância, tanto no jogo, como na vida.

Conseguiu-se com que as crianças desenvolvessem a coordenação motora fina, pois precisavam ter movimentos delicados e precisos para pegar as varetas. Todos mantiveram a concentração e a observação, proporcionando um excelente momento de troca e interação entre a turma. Notou-se, ainda, que certos alunos já conseguiam classificar, seriar, separar por cores, contar, nomear e quantificar.

O aluno, ao agir em grupo, supera, pelo menos em parte, seu egocentrismo natural. 

Desse modo, entende-se que o ensino da matemática na Educação Infantil, deve oferecer oportunidade de situações significativas de aprendizagem e que os jogos e brincadeiras devem estar sempre presentes, auxiliando no ensino do conteúdo, proporcionando aquisição de habilidades e desenvolvendo capacidades motoras.

REFERENCIAS

JESUS, Marcos Antonio S. de; FINI, Lucila Diehl T. Uma proposta de aprendizagem significativa de matemática através de jogos. In: BRITO Márcia Regina F. de (Org.). Psicologia da Educação Matemática: teoria e pesquisa. Florianópolis: Insular, 2005. p. 129-145.

KAMII, Constance; DEVRIES, Rheta. Jogos em grupo na educação infantil: Implicações da teoria de Piaget. São Paulo: Trajetória Cultural, 1991.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2000. p.13-43.

MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998.

VYGOTSKY, Lev. Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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