Argila



|[pic] ARGILAS |

|                     5.4 - Matéria prima ( barro ) |

|                           5.4.1 - Origem e propriedades |

|                           5.4.2 - Modelação |

|                           5.4.3 - Olaria |

|                           5.4.4 - Espaços de trabalho |

|                           5.4.5 - Técnicas de modelação |

|                                    5.4.5.1 - Bola |

|                                    5.4.5.2 - Rolo |

|                                    5.4.5.3 - Lastra |

|                           5.4.6 - Técnicas de acabamento e decoração |

|                                    5.4.6.1 - Técnicas |

|                                    5.4.6.2 - Secagem |

|                                    5.4.6.3 - Enfornamento |

|                                    5.4.6.4 - Cozedura |

|                            5.4.7 - Técnicas de pintura |

|                            5.4.8- O azulejo |

|                                     5.4.8.1 - Projectar um painel de azulejos |

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|Matéria prima ( barro ) |

|A argila é uma substância natural formada por sílica, alunina e água que depois de queimada num forno ou mufla, torna-se quebradiça. |

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|Origem e propriedades do barro |

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|A crosta terrestre - Litosfera – é em grande parte constituída por |[pic] |

|argila, encontrando-se esta a uma profundidade não superior a 10 | |

|metros. | |

|[pic] |PLASTICIDADE, é a propriedade que as argilas têm de se tornarem moldáveis após absorção de uma certa quantidade de água e de um |

| |tratamento que se chama, amassar. |

|RESISTÊNCIA, é a propriedade que as argilas adquirem após a secagem e depois a cozedura, sem deformações do seu aspecto. |[pic] |

|[pic] |IMPERMEABILIDADE, é a propriedade que as argilas adquirem após a cozedura, de não absorver qualquer líquido que a venha a |

| |dissolver. |

|SONORIDADE, é a propriedade que as argilas tem de após a cozedura de emitir sons, mediante batimentos com alguma força. |[pic] |

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|Modelação |

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|[pic] |MODELAÇÃO, ou modelar, significa dar forma a qualquer material, modificando-o de modo a que venha a  apresentar, depois de |

| |trabalhado, o aspecto que queremos. |

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|Depois de modelado o barro tem variadíssimas aplicações: |

|[pic] Tijolos e telhas |[pic]Louças sanitárias |

|[pic] Azulejos |[pic] Objectos de cozinha e artesanato |

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|OLARIA |

|[pic][pic] Olaria designa um conjunto de técnicas para o fabrico artesanal de peças em barro. |

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|[pic] |Os teques são a principal ferramenta que se utiliza na modelação do barro, são geralmente feitos de madeira ou plástico, com um |

| |comprimento aproximado de quinze centímetros e servem para dar forma ao barro. |

|Além dos teques utiliza-se o garrote, que mais não é que um arame fino, cujas |[pic] |

|extremidades estão presas a pequenos pedaços de madeira e que servem para | |

|cortar o barro. O rolo de madeira que tem como função estender o barro. O pano | |

|que é utilizado na limpeza. A esponja que serve para armazenar água necessária | |

|à limpeza e os marcadores que ajudam na decoração. | |

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|Espaços de trabalho |

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|[pic] |A feitura de peças de olaria pode ser manual ou com a ajuda da roda de oleiro. |

|Levantar peças na roda de oleiro permite grande rapidez na sua execução e maior perfeição no seu acabamento. |[pic] |

|[pic] |O espaço de trabalho  e a sua organização devem estar organizados e serem adequados ao que se vai fazer. |

|As mesas devem ser preparadas e forradas com papel de jornal ou plástico, pois o barro suja. |[pic] |

|[pic] |No final do trabalho tudo deve ficar lavado e limpo. |

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|Técnicas de modelação |

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|[pic] |Ao conjunto de métodos e processos de modelação chamamos:"técnicas de modelação". |[pic] |

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|[pic] |O barro antes de se trabalhado, tem que ser limpo. Esta limpeza consiste no retirar das impurezas que estão no seu interior. |

|Parte-se o barro transversalmente, como se partíssemos um pau. |[pic] |

|[pic] |Na parte quebrada do barro, vêem-se com facilidade as impurezas que podem ser catadas com o auxílio de um teque. Retirando-as, |

| |evitaremos que os trabalhos venham a abrir fendas aquando da secagem e da cozedura. |

|A sovagem do barro e a sua amassagem é a técnica seguinte e antes de ele ser trabalhado. Parte-se o barro e bate-se este na |[pic] |

|direcção transversal entre as duas mãos. | |

|[pic] |Torna-se a partir o barro e verifica-se se ainda apresenta buracos. Se isto se verificar o barro ainda não está homogéneo e|

| |é então necessário proceder como anteriormente. |

|Repete-se a operação de sovagem tantas vezes quantas as necessárias para as bolhas de ar desaparecerem. Nesta altura|[pic] |

|a técnica do amassar também estará a ser executada, ou seja tornar o barro homógeneo. | |

|[pic] |O barro estará em condições de trabalhar quando já não apresentar buracos ao ser cortado. |

|Depois de amassado o barro deverá ter uma cor baça, uma das condições para uma boa modelação. |[pic] |

|[pic] |Ao introduzir um dedo dentro do barro se este vier com algum barro agarrado é porque há muita água e deve-se voltar a amassar. |

|Se o barro apresentar gretas é sinal que tem pouca água é então necessário juntar-lhe água e voltar amassar. |[pic] |

|[pic] |O barro apresenta falta de homogeneidade, deve-se amassá-lo com as mãos até ele apresentar uma cor baça, sem gretas, sem ficar pegado às |

| |mãos e sem conter bolhas de ar no seu interior. |

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|Técnica da bola |

|Topo |

|[pic] |Em cima de uma mesa e com o auxílio das mãos, rolar o barro até este apresentar a forma de uma|[pic] |

| |bola. | |

|[pic] |Utilizando os polegares, abrir um buraco na bola de barro, rodando e dando a forma do objecto que se pretende. |

|As paredes da peça são trabalhadas de forma  a ficarem com a mesma espessura podendo-se usar o teque como auxiliar. |[pic] |

|[pic] |Depois de dar um bom acabamento ás nossas peças, estas são postas a secar. |

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|Técnica do rolo |

|Topo |

|[pic] |O rolo é uma técnica muito antiga, ainda hoje utilizada para o levantamento de peças de barro. Em |[pic] |

| |cima de uma superfície lisa e com o auxílio das palmas das mãos, efectuamos movimentos de vaivém, | |

| |procurando fazer rolos finos e uniformes de barro. | |

|[pic] |Para o inicio da execução enrola-se em espiral um rolo de barro tendo o cuidado de fazer algumas incisões e pincelar com um pouco de barro |

| |líquido que se chama barbotina. |

|Após o rolo estar enrolado deve-se achatar o barro criando uma superfície lisa e de igual espessura. |[pic] |

|[pic] |Vão-se colocando rolos uns por cima dos outros, não esquecendo de os colar com a barbotina. |

|À medida que a parede vai subindo e com o auxílio dos dedos vai-se alisando não esquecendo de ter o cuidado de as paredes ficarem |[pic] |

|sempre com a mesma espessura. Deve-se continuar a usar a barbotina para uma melhor união dos rolos de barro. | |

|[pic] |Finalmente temos a nossa obra de arte que nesta altura deverá ser acabada e decorada, seguindo-se a secagem. |

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|Técnica da lastra ou placa |

|Topo |

|[pic] |É uma técnica geralmente usada para a execução de peças em barro de forma cúbica |[pic] |

| |ou cilíndrica. | |

|[pic] |Com o auxílio de uma tabuinhas e de um rolo de madeira executa-se a lastra de barro que terá a espessura igual à altura das tabuinhas. |

|Com um esquadro ou uma régua e utilizando um canivete, a lastra é cortada à medida do nosso trabalho. |[pic] |

|[pic] |A execução de pormenores previamente desenhados é feita com o teque ou o canivete. |

|Podemos executar o nosso trabalho mediante um plano previamente elaborado. |[pic] |

|[pic] |As peças terminadas e depois de secas vão ao forno para cozer e pode-se nesta altura efectuar a decoração. |

Topo

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|Técnicas de acabamento e decoração |

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|Numa peça acabada de modelar podemos aplicar algumas técnicas de decoração: Incisões; Aplicações; Marcações; Polimento; Engobe. |

|[pic] |A incisão, consiste em riscar as paredes de uma peça com o auxílio de um estilete pontiagudo. Esta técnica deve-se fazer com|

| |a peça ainda húmida. |

|A aplicação de pequenos relevos à peça ainda húmida, são feitos à parte e depois aplicados. |[pic] |

|[pic] |A marcação ou estampagem consiste na utilização de carimbos, pregos, botões, etc., que vão marcar a nossa peça segundo um |

| |desenho previamente elaborado. |

|O polimento tem como objectivo tornar a peça mais lisa e brilhante. É efectuado com um pequeno seixo e pode ser feito em toda a|[pic] |

|peça ou só parcialmente. | |

|[pic] |O engobe consiste no adicionamento de pigmentos e óxidos à barbotina liquida para a tornar colorida.  Esta técnica é |

| |efectuada com a peça ainda húmida e pode ser por mergulho ou pintura com um pincel |

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|Secagem |

|Secagem: |[pic] |

|Antes de serem cozidas as peças, estas devem ser posta a secar para perderem a maior parte da água que contêm. A secagem deve | |

|ser feita numa zona ao abrigo de correntes de ar e do sol directo, a secagem deve ser lenta. | |

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|Enfornamento |

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|[pic] |Enfornar é arrumar as peças a cozer dentro do forno ou mufla. As peças tem que |[pic] |

| |estar bem secas antes de entrarem. As peças a cozer não podem estar em contacto | |

| |umas com as outras. | |

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|Cozedura |

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|[pic] |A primeira cozedura de uma peça de barro chama-se chacotagem. É durante esta operação que se liberta toda a água que não foi |

| |libertada pela secagem e onde se dá a vitrificação. A temperatura depende do barro, mas o normal será uma primeira cozedura a 800 |

| |graus. A temperatura é atingida gradualmente e todos os fornos estão equipados com painéis electrónicos de comando. |

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|Técnicas de pintura |

|A pintura permite modificar o aspecto de uma peça. O vidrado é a mistura de vidro em pó com água ou com um óleo que depois de cozido pode dar um aspecto brilhante ou mate às peças já chacotadas. A calda pode |

|ser aplicada à pistola, por mergulho da peça no líquido ou a pincel. |

|[pic] |[pic] |[pic] |

|"ana romão" |"ana romão" |"ana romão" |

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|O azulejo |

|[pic] |Azulejo é um ladrilho vidrado de diversas cores, para guarnecer paredes. |[pic] |

|[pic] |O azulejo é uma das expressões mais fortes da Cultura em Portugal e uma das contribuições mais originais do génio dos portugueses para a Cultura |

| |Universal ( Paulo Henriques - Director do Museu Nacional do Azulejo). |

|[pic] |O azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária ou o seu destino de arte |[pic] |

|"ana romão" |ornamental e atingiu o estatuto transcendente de arte, enquanto intervenção poética | |

| |na criação das arquitecturas e das cidades ( Paulo Henriques - Director do Museu | |

| |Nacional do Azulejo) | |

|[pic] |Mito de tradição e de originalidade, o Azulejo conta, através da sua história, a nossa|[pic] |

| |história, a evolução da sociedade e da cultura, integrando elementos tão diversos | |

| |quanta a sabedoria islâmica, o espírito renascentista, o exotismo das descobertas, a | |

| |inspiração da europa do norte ou o fascínio do oriente ( Jorge Couto - Presidente do | |

| |Instituto Camões). | |

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|Projectar um painel de azulejos |

|[pic] |Com o auxílio de duas tábuas e um rolo de madeira executa-se uma lastra de barro. |

|"armando faleiro" | |

|Com um canivete ou um teque, cortam-se os quadrados de barro formando os azulejos. |[pic] |

| |"armando faleiro" |

|[pic] |Elabora-se um desenho com as decorações escolhidas e passa-se este para os azulejos. |

|"armando faleiro" | |

|Finalmente aplica-se as técnicas de decoração e pintura, para depois dar entrada no forno  para se proceder à cozedura. |[pic] |

| |"armando faleiro" |

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files/ensino/alunos/20022003/teses/020370017/argilas/argila.htm, em 31-01-2009

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