Classificação dos Grupos Funcionais para Fins de Nomenclatura*



A CRISE AMBIENTAL PROVOCADA

POR AÇÕES ANTRÓPICAS

José Eloy Esdaille

A espécie humana se difere dos outros animais por ser marcada pelo gênio da inventividade, sua incomparável criatividade, sua capacidade de análise de situações problema e elaboração de saídas e ferramentas eficientes, lhe garantem supremacia, apesar do frágil corpo físico que possui, quando comparada a outras espécies. O acúmulo de conhecimentos advindos da experimentação foram teorizados, organizados e transmitidos didaticamente de geração em geração. A pedra lascada, a machadinha de pedra, o machado de cobre, ferro, bronze, aço, a serra manual, a motosserra, o trator esteira... Essas tecnologias evoluíram continuadamente e ganharam com o tempo sofisticação e capacidade de transformação do ambiente em favor dos anseios do homem.

Roubamos então, o habitat e o nicho da maior parte da diversidade biológica planetária, condenamos incontáveis espécies a extinção, enquanto nossa população crescia de menos de 500 mil indivíduos para 7 bilhões de grandes primatas. Mas quando as necessidades das pessoas das classes privilegiadas foram plenamente satisfeitas; agua, energia, alimento, segurança, lazer, finalmente estávamos saciados, certo? Errado. O sistema econômico e social se especializou em criar novas “necessidades”.

Então, nos anos 50, o economista e analista de vendas norte americano Victor Lebow redigiu o enunciado que rege a sociedade de consumo até os dias de hoje:

“nossa economia enormemente produtiva exige que façamos do consumo o nosso modo de vida, que transformemos a compra e uso de bens em rituais, que busquemos a nossa satisfação espiritual e do nosso ego no consumo. Nós precisamos que as coisas sejam consumidas, gastas, substituídas e descartadas em um ritmo cada vez mais acelerado”.

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Um modelo que foi alegremente adotado por uma sociedade feliz com o tempo de paz e prosperidade que estavam vivendo e que foi amplamente difundido para o restante do mundo através da indústria cultural.

Estava inventado o consumismo, a cultura do descartável foi disseminada: talheres, copos, embalagens até peças dos automóveis. Tudo estava fadado ao lixo após rápida utilização.

O mercado criou os conceitos de obsolescência que foram rapidamente incorporados pelas massas guiadas pelas grandes mídias. A obsolescência técnica ou funcional pode ser percebida quando seu celular sofre uma queda e trinca o vidro. Você fica pasmo ao saber que o conserto pode ser mais caro que um celular novo. Outra situação ocorre quando um colecionador de vinil (mídias físicas para música muito utilizadas até a década de 80) descobre que não são mais fabricadas agulhas de captação de som, ou seja, o desabastecimento de peças de reposição ou a supervalorização dessas peças obriga o consumidor adquirir produtos novos.

A obsolescência programada já é instituída no projeto do produto que saí da linha de montagem fabricado para um curto período de utilização e depois ser dispensado, devido uso de materiais pouco resistentes que não podem ser recuperados ou retificados ou pela incapacidade desse produto incorporar novas tecnologias.

Os modismos criam conceitos estéticos descartáveis em progressão geométrica. Lembro-me que minha avó tinha uma geladeira vermelha que resfriava verdadeiros tesouros da minha infância, pudins, maria-mole, tortas e outras delicias. Depois de décadas de uso continuo o refrigerador ainda funcionava bem. A indústria lançou a azul claro, substituída por uma amarelo creme, depois marrom claro de listinhas na porta, de repente todas eram brancas, mais um pouco prata, rapidamente substituídas por uma linha inox, depois bronze, seguida da fumê, por último vitrificada compondo agradável conceito estético, agora embutida nos armários. E hoje? Como saber? Se o novo, o belo, o funcional se perde antes de terminar as prestações do boleto.

E vamos novamente as compras, impulsionados agora pela obsolescência perceptiva que leva os consumidores a descartar produtos úteis e funcionais em face apenas de modismos estéticos.

Se as pessoas se preocupam com conceitos estéticos artificialmente fabricados em relação a sua geladeira encostada em um canto da cozinha, imaginem aquilo que tem mais visibilidade social, como roupas, carros, relógios, sapatos, celulares... A cultura do “ter é poder”, conduz bilhões as compras, ávidos por adquirir as sensações do momento justificando o existir do medíocre ser social consumista. As conquistas agora são ostentadas através do poder midiático e multiplicador das redes sociais, coroando com uma visibilidade antes inimaginável aqueles que adquirem produtos e serviços. Todos são rotulados pela contribuição e fé depositada em um sistema consumista. Edificado como a religiosidade dos últimos tempos onde o fanatismo e a exacerbação são regras.

A visão absolutamente superficial e simplista de Victor Lebow e seus colaboradores que entendem esse sistema como garantia da produção e empregos, condenou a nossa e as futuras gerações ao caos. Basta observar o trânsito nas grandes cidades, incapazes de absorver o produto da indústria automobilística. A dramática questão do lixo, apenas as ilhas flutuantes nos oceanos se somadas teriam um território maior que os Estados Unidos das Américas. O esgotamento dos recursos naturais em um mundo onde mais da metade da população ainda luta ainda pelo estritamente necessário à sobrevivência ou dignidade humana. A desconexão com valores universais e atemporais que dão sustentação a malha das sociedades humanas, deflagrou incomparável violência contra a natureza criadora, gestora e mantenedora da vida, contra o outro e contra a si próprio. Mata-se pelo supérfluo e na ânsia de querer ter tudo que é ofertado pelo sistema também nos autodestruímos.

As questões ambientais estão intimamente relacionadas, os desequilíbrios antrópicos impostos ao ambiente. Apresentam origens culturais, econômicas, sociais diversas, portanto, é impossível entender a crise de recursos que o planeta vive sem uma visão holística do sistema Gaya. Dividiremos essas questões apenas por uma finalidade didática sendo necessária a capacidade de junção dessas peças para o entendimento do processo global da crise ambiental.

O SOLO

O solo é constituído por material solto e particulado produto do intemperismo físico-químico sobre as rochas e da ação biológica sobre compostos orgânicos. Sua parte abiótica composta de sílica, argila, água, materiais orgânicos e inúmeros outros minerais serve de abrigo para a porção biótica do solo constituída por inúmeros detritívoros, decompositores e demais habitantes. O solo permite o desenvolvimento e a manutenção de todos os ecossistemas terrestres mantidas a sua fertilidade natural, abrigará as estruturas reprodutivas das espécies, possibilitando a vida das novas gerações. Material de trabalho de agrônomos e agricultores para a produção de alimentos e pastagens. Fontes de inúmeros compostos químicos utilizados pelo homem e agente de incontáveis serviços ambientais.

PRINCIPAIS AGRESSÕES AO SOLO

Desflorestamento

Elimina a retroalimentação orgânica que mantinha a sua vitalidade. A exposição direta a luz e ao ar, o desidrata e o aquece, destruindo o habitat dos microrganismos operários do solo.

Lixiviação

O solo descoberto sofre a lavagem dos seus nutrientes pelas águas das chuvas tornando-o pobre e infértil.

Esgotamento de Nutrientes

O plantio de monoculturas extensivas, normalmente commodities de exportação, exploram safra após safra o mesmo grupo de nutrientes, levando rapidamente ao esgotamento do solo.

Arenização

A constante lixiviação transporta o material orgânico, minerais solúveis e argila deixando depositado na superfície apenas a sílica (areia) por ser mais densa.

Erosões

A pressão exercida pelo escoamento superficial da água em solo desprotegido formam sulcos escavados profundos que destroem a estrutura do solo.

Ravinas

Sulcos escavados pelas águas das chuvas semelhantes às erosões só que mais estreitos.

Voçorocas

Grandes erosões, tão profundas que atingem o lençol freático.

Salinização

O solo é naturalmente banhado pelas águas destiladas das chuvas, quando impactado pela água doce, retirada do rio ou do lençol freático em processos de irrigação com finalidade agrícola, enriquece esse solo excessivamente com sais, tornando o hipertônico em relação aos vegetais ao final de décadas de utilização.

Compactação

Máquinas, carros e principalmente o gado que normalmente é exógeno a fauna local, compactam dia após dia o solo, reduzindo sua capacidade de percolação da água da chuva para o abastecimento do lençol freático.

Impermeabilização

As cidades cada vez mais extensas e impermeabilizadas pelo concreto e massa asfáltica impedem a percolação.

Poluição química

Dejetos sólidos, resíduos da indústria química, lixões, pilhas, baterias de celulares, agrotóxicos, medicamentos constituem sérias ameaças ao solo. Estudos já demostraram que antibióticos ainda ativos lançados no solo agem sobre a diversidade bacteriana elegendo cepas resistentes, que podem constituir grande risco a saúde humana.

Poluição Biológica

Lixo hospitalar, fezes humanas e animais podem ser fonte de importantes doenças. No contato direto com solo contaminado o homem pode contrair Ancilostomíase, Necatorose, Tétano, Dermatite do Bicho-Geográfico entre muitas outras.

Poluição física

O excesso de calor que chega ao solo com a ausência da vegetação transforma negativamente o seu microclima, a pouca umidade e as altas temperaturas destroem possibilidade de sobrevivência dos organismos do solo.

As consequências somadas dessas agressões são nefastas à humanidade: progressivamente perdemos solos agricultáveis que são esgotados, arenizados, ou salinizados. Terras produtivas mais raras e caras, a menor fertilidade obriga o uso uma quantidade cada vez maior de fertilizantes, na sua maioria de origem fóssil, resultam no aumento dos custos de produção, impactando severamente no preço dos alimentos. Esse problema atinge principalmente os mais pobres, em um mundo onde 805 milhões passam fome, segundo a F.A.O., praticamente uma entre cada sete pessoas. Outro ponto importante e a perda da autonomia de produção nos países pobres ou dos pequenos produtores, pois e preciso cada vez mais insumos e tecnologia de ponta para produzir em um sistema em desequilíbrio, sujeito a intemperes climáticas, ausência de polinizadores, pouca quantidade de nutrientes no solo, enorme quantidade de parasitas resistentes aos defensivos comuns, globalização das pragas agrícolas.

O predomínio das commoditieis agrícolas sufocam os pequenos produtores, reduzindo severamente a diversidade de produtos alimentares eliminando as culturas tradicionais locais, pois agora o sistema produtivo atende uma escala de produção global. Provavelmente você já viu falar do rei da soja, do gado ou do café; figurões multimilionários, talvez nunca do rei da couve, do quiabo, da cebolinha, da salsa e de milhares de itens da riqueza cultural e culinária defendida heroicamente por desvalorizados pequenos produtores da agricultura familiar.

Os aspectos de saúde pública são relevantes, além das doenças contraídas diretamente em contato com o solo, contaminantes químicos ali depositados atingem os alimentos provocando patologias ainda mais sérias.

Para a preservação dos solos precisamos adotar uma série de medidas, que começa pela preservação da cobertura vegetal e a reconstituição em áreas já destruídas. Adoção e implementação da gestão ambiental dos resíduos sólidos, precisamos ainda priorizar a alimentação humana em detrimento da alimentação de animais de corte, porcos, vacas, galinhas, diminuindo a pressão de produção economizando solo agrícola (recurso não renovável e escasso), reduzindo a produção de dejetos. Estimular a diversidade de culturas, a produção, o comercio e o consumo local, aproveitando sempre ao máximo os produtos da estação. Valorizar e preferir produtos orgânicos comprometidos com a preservação da natureza e com sua saúde, livres de agrotóxicos. A incorporação de antigas e novas práticas agrícolas voltadas à proteção do solo é fundamental: rodizio de culturas, adubação verde, curvas de nível, silvicultura, irrigação por gotejamento, etc. Lembre se toda vez que você evita o desperdício e o excesso de alimentos, você preserva florestas, economiza solo agrícola, alimenta famintos, mantem sua saúde e se precisar, até emagrece.

ÁGUA

Substância matriz, geradora e mantenedora da vida na terra. Principal constituinte dos organismos, fundamental à homeostase; possibilitando a absorção e o transporte de nutrientes, a digestão hidrolítica dos alimentos, a regulação térmica, a eliminação de excretas. Essencial meio reativo de todas as reações metabólicas dos organismos vivos.

Substância imprescindível a todos os campos de atividades econômicas e sociais humanas: agricultura e pecuária, indústria, comercio, prestação de serviços, uso doméstico, lazer, recreação, prática de esportes. Impossível imaginarmos a nossa sociedade sem a abundância desse recurso.

A água no ambiente externo aos organismos compõe a atmosfera, bloqueando a entrada de radiação excessiva, concomitante ao aprisionamento de calor contribuindo para a manutenção de temperaturas ideais para o desenvolvimento das formas de vida em todos os habitat, trabalho realizado juntamente com outros gases estufa. As geleiras trabalham como espelhos, refletindo 80% da radiação infravermelha que chega até elas, o que impede o aquecimento excessivo do planeta. O gelo sobre rios e oceanos atua como eficiente isolante térmico, preservando as formas de vida logo abaixo dele. Os rios e as correntes marítimas transportam diariamente milhares de toneladas de nutrientes alimentando a biomassa produtora espalhando vida pelos oceanos e continentes. A dinâmica do ciclo da água já estudada nesse livro, permite as chuvas que lavam a atmosfera purificando o ar, reservatórios subterrâneos se formam, para que a água seja lentamente redistribuída através de fantásticas nascentes, que alimentam veios que anastomosam como as veias do nosso corpo, formando córregos, ribeirões, rios que saltam em lindas cachoeiras ou descansam em lagos paradisíacos, até que alcancem seu destino final. O mar beija docemente a terra com suas ondas, enquanto os vapores aquecidos pelo sol sobem aos céus, viajam em nuvens impulsionadas pelo vento, trovões e relâmpagos anunciam o milagre à terra sedenta. Infinitos micros cristais de gelo se liquefazem ao contato com núcleos de aglomeração produzidos pela vegetação e as chuvas caíram, suavemente sobre as nossas cabeças, derramando as bênçãos do céu sobre o solo que se cobre de verde e toda natureza está em festa.

PRINCIPAIS AGRESSÕES À ÁGUA

Desflorestamento

Mananciais são reabastecidos pelas chuvas, mais são mantidos pela vegetação. A retirada da cobertura vegetal leva a morte das nascentes com consequente perda da alimentação dos córregos e rios (sistema fluvial) ameaçando o abastecimento nas cidades e impactando severamente a biodiversidade dos ecossistemas dulcícolas. O desflorestamento especialmente da mata ciliar destrói o curso natural do rio, os barrancos são solapados, grande quantidade de material lixiviado é depositado no fundo dos cursos d´água tornando-os menos profundos. Somadas a redução da percolação nas áreas de pastagem pela compactação do solo exercida pelo gado, a crescente impermeabilização do solo no espaço urbano, a edificação irregular em terrenos de várzea e a grande quantidade de lixo que entope bueiros e canais está montado o cenário das enchentes que acometem grande número de cidades.

A mudança climática tem resultado em tempestades mais intensas; a perda da vegetação como já visto, diminui o fornecimento de núcleo de aglomeração, o que torna as chuvas menos distribuídas. A grande concentração de concreto, massa asfáltica e metais somadas a imensa quantidade de fontes térmicas nas metrópoles geram o fenômeno da ilha de calor, impedindo que as nuvens atravessem a região metropolitana, desabando ali toda água que carregam o que parcialmente explica a cidade inundada com torneiras sem água, pois não chove a quantidade necessária nas regiões das represas que lhe servem de reservatório.

Nas cidades serranas, onde o declive é acentuado o desflorestamento gera um risco ainda maior à população, pois a força da tromba d´água provoca deslizamentos de terra, soterramentos e muitas vezes cidades inteiras podem ser destruídas como ocorreu no estado do Rio de Janeiro nos primeiros dias do ano de 2011, considerado um dos maiores desastres provocados pela ação antrópica no ambiente. Os municípios mais afetados foram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal na Região Serrana do estado. Os serviços governamentais contabilizaram 916 mortes e em torno de 345 desaparecidos, sendo 180 em Teresópolis, 85 em Nova Friburgo, 45 em Petrópolis e duas em Sumidouro, e cerca de 35 mil desalojados. No início de 2010 no município de Angra dos Reis, a cerca de 150 km da capital, ouve pelo menos 75 mortos, além de centenas de feridos e mais de quatro mil pessoas ficaram desalojadas.

A mata ciliar é um importante ecótone onde ocorrem constantes trocas entre o ecossistema aquático e o terrestre. As árvores fornecem flores e frutos que alimentam uma longa cadeia de seres, portanto quando a mata ciliar é retirada corta-se o fornecimento de alimentos eliminando uma grande quantidade de peixes, crustáceos e demais seres dulcícolas.

Eutrofização

Os nutrientes lixiviados das áreas desflorestadas, o excesso de fertilizantes utilizados nas lavouras, a biomassa residual de agroindústrias, as fezes produzidas em granjas de aves e suínos, o esterco dos confinamentos, esgoto doméstico e até mesmo os milhares de litros de sangue dos animais abatidos diariamente se misturam a água de rios e lagos próximos se não existe efetivo tratamento desses dejetos. Infelizmente a realidade da maioria das situações no Brasil. Essa grande quantidade de matéria orgânica decompõe nesse ambiente, enriquecendo excessivamente a agua com nitratos e fosfatos.

O meio aquático rico em nitratos e fosfatos gera a abundância de produtores com consequente aumento dos consumidores, logo o consumo de oxigênio também aumentará (elevação da DBO – demanda bioquímica de oxigênio) inclusive entre os organismos decompositores. Os produtores começam então a disputar outro recurso à luminosidade, onde leva vantagem o fitoplâncton superficial que rapidamente se espessa formando um tapete verde superficial, fenômeno denominado floração das águas. O impedimento da passagem de luz provoca a morte dos produtores imersos que forneciam oxigênio à água, provocando a redução drástica desse recurso. Os organismos aeróbios começam a morrer conforme sua demanda por oxigênio. A biomassa produzida pelo grande número de organismos mortos aumenta a taxa de decomposição, o que reduz a concentração de oxigênio na água a quase nada. Portanto, nessas condições sobrevivem apenas os organismos anaeróbicos, muitos deles nos seus processos fermentativos geram gás sulfídrico que emana forte odor de cheiro de ovo podre que caracteriza os ambientes eutrofizados.

As soluções para eutrofização se resumem ao uso comedido de fertilizantes, a utilização de curvas de nível nos campos agrícolas, a manutenção da cobertura vegetal, especialmente a mata ciliar, impedindo que o material lixiviado chegue aos cursos d´água. O tratamento do esgoto doméstico e dos dejetos produzidos pela agroindústria, granjas e confinamentos é essencial.

Maré Negra

A prospecção e o transporte de petróleo e seus derivados são atividades de grande risco para o ecossistema marinho, devido o perigo constante de acidentes que geram vazamentos, como ocorrido no Golfo do México na explosão da plataforma Deepwater Horizon no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. Na explosão 17 trabalhadores ficaram feridos e 11 faleceram. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Estimativas indicam que o acidente causou a morte até o ano passado de aproximadamente seis mil tartarugas (de cinco espécies, todas ameaçadas de extinção), 26 mil mamíferos marinhos e 82 mil aves marinhas.

Além dos prejuízos diretos produzidos na fauna aquática, a mancha de óleo se expande atingindo mangues, berçários marinhos onde a vida se multiplica, e praias com prejuízos inclusive de ordem econômica para as atividades turísticas e pesqueiras. O custo de limpeza das praias e bombeamento do óleo é astronômico, portanto as empresas precisam investir em tecnologias mais seguras de transporte e exploração e a sociedade precisa buscar fontes energéticas alternativas menos impactantes ao meio ambiente combinada a redução do consumo de combustíveis fósseis.

Maré Vermelha

Apesar de acontecer também em condições naturais acredita-se que a intervenção humana tem contribuído para um maior número de ocorrências. O enriquecimento acentuado da água com nutrientes específicos, maiores temperaturas e queda de salinidade, colabora para o aumento exagerado de espécies dinoflageladas do gênero Gonyaulax, essas algas deixam a água avermelhada liberando naturalmente uma neurotoxina que em grandes concentrações pode matar os seres dotados de sistema nervoso. O pescado contaminado quando consumido pelo homem pode provocar intoxicações graves que podem resultar em óbitos, especialmente mariscos filtradores que concentram lentamente grandes quantidades da neurotoxina. A solução é a redução do lançamento de poluentes no mar.

Poluição Física

A água quando retirada em córregos para ser utilizada no resfriamento de caldeiras, todo o plâncton é destruído (alevinos, girinos, ovos, microcrustáceos, microalgas, etc.), além da perda dos gases dissolvidos essenciais a respiração e fotossíntese. O resfriamento de reatores nucleares é feito também por água reutilizada que fica armazenada em uma piscina. O problema é quando ocorrem vazamentos, como as 203 toneladas de água altamente radioativa na Usina de Fukushima no Japão, onde 360 mil toneladas esperam em contêineres sua descontaminação.

Poluição biológica da água

Muitas são as fontes de contaminação biológica da água. O chorume que infiltra o solo não impermeabilizado dos lixões chega até o lençol freático vetoriando grande número de patógenos. Do mesmo modo, o chorume cadavérico produzido diariamente a partir da decomposição dos corpos, nos milhares de cemitérios construídos sem preocupação com a proteção do lençol freático,. contaminam a água com esporos bacterianos de tétano, gangrena gasosa, lepra, tuberculose entre outros estudados por cientistas. Animais confinados em campos de concentração superpovoados são intensamente tratados com antivirais e antibióticos para não morrerem, provocando uma constante seleção artificial de cepas resistentes a drogas também utilizadas em humanos. Esses superorganismos patogênicos eliminados juntos a toneladas diárias de fezes lançadas normalmente, sem nenhum tratamento nos cursos de água constituem um sério problema de saúde pública.

O esgoto doméstico não tratado lançado nos rios ou depositado em fossas negras de onde infiltram o solo alcançando as águas subterrâneas, constituem a principal via de contaminação da água com vírus (ex. hepatites A e E), bactérias (ex. cólera, febre tifoide), protozoários (ex. amebíase, giardíase) e vermes (ex. cisticercose, amebíase), essas doenças matam 3.5 milhões de pessoas por ano no mundo, sendo 1800 crianças todos os dias, segundo a UNICEF.

Poluição Química da Água

O lixo doméstico esconde muitos riscos para o equilíbrio ambiental e consequentemente para a saúde humana. Pilhas, lâmpadas fluorescentes, Baterias de celulares, isopores, plásticos, medicamentos, equipamentos eletrônicos, inseticidas escondem tóxicos perigosos que depositados aleatoriamente em lixões infiltram o subsolo atingindo o lençol freático. Uma vez na água esses tóxicos magnificam troficamente através das teias alimentares aquáticas e terrestres, provocando especialmente nos humanos, animais do topo da cadeia alimentar cânceres, problemas neurológicos graves, aumento do índice de doenças genéticas e teratogêneses nos fetos, deflagrando abortos ou deficiências graves. Também os milhões de litros diários de um fétido líquido negro, chamado chorume, produzido a partir da decomposição de toneladas de restos de alimentos gerados pela cultura do desperdício infestam a água subterrânea condenando sua potabilidade. Lembrando que no Brasil o desperdício de comida chega aos 30%.

Os resíduos da produção industrial de todos os setores, lançados sem tratamento adequado constitui fonte contínua de poluição. Outro problema sério é a produção de alimentos regados a toneladas de agrotóxicos em cada safra. Além do resíduo que pode persistir no próprio produto, a maior parte dessas substâncias contamina o solo e depois o sistema hídrico. Todos perdem, a qualidade do que levamos a mesa, nossa saúde fica comprometida, muitos são os riscos dos trabalhadores que aplicam esses defensivos, fauna e flora degradados, desequilíbrio ambiental provocado, por exemplo pela eliminação dos polinizadores. O efeito no ambiente pode durar vários anos e seu efeito intensificado e multiplicado pela magnificação trófica.

Enem

Sinais e Sintomas do Envenenamento por Agrotóxicos

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A ação dos agrotóxicos sobre a saúde humana costuma ser deletéria, muitas vezes fatal, provocando desde náuseas, tonteiras, dores de cabeça ou alergias até lesões renais e hepáticas, cânceres, alterações genéticas, doença de Parkinson etc. Essa ação pode ser sentida logo após o contato com o produto (os chamados efeitos agudos) ou após semanas/anos (são os efeitos crônicos) que, neste caso, muitas vezes requerem exames sofisticados para a sua identificação.

Sintomas de intoxicação podem não aparecer de imediato. Deve-se prestar atenção à possível ocorrência desses sintomas, para que possam ser relatados com precisão. O agricultor intoxicado pode apresentar as seguintes alterações:

•  irritação ou nervosismo;

•  ansiedade e angústia;

•  fala com frases desconexas;

•  tremores no corpo;

•  indisposição, fraqueza e mal estar, dor de cabeça, tonturas, vertigem, alterações visuais;

•  salivação e sudorese aumentadas;

•  náuseas, vômitos, cólicas abdominais;

•  respiração difícil, com dores no peito e falta de ar;

•  queimaduras e alterações da pele;

•  dores pelo corpo inteiro, em especial nos braços, nas pernas, no peito;

•  irritação de nariz, garganta e olhos, provocando tosse e lágrimas;

•  urina alterada, seja na quantidade ou cor;

•  convulsões ou ataques: a pessoa cai no chão, soltando saliva em grande quantidade, com movimentos desencadeados de braços e pernas, sem entender o que está acontecendo;

•  desmaios, perda de consciência até o coma.

É preciso salientar que sintomas inespecíficos (dor de cabeça, vertigens, falta de apetite, falta de forças, nervosismo, dificuldade para dormir) presentes em diversas patologias, frequentemente são as únicas manifestações da intoxicação por agrotóxicos, razão pela qual raramente se estabelece esta suspeita diagnóstica. A presença desses sintomas em pessoas com história de exposição a agrotóxicos deve conduzir à investigação diagnóstica de intoxicação. É importante lembrar também que enfermidades podem ter outras causas, além dos produtos envolvidos. Um tratamento equivocado pode piorar as condições do enfermo.

Sinais e Sintomas

|Sinais e |Única ou por curto período |Continuada por longo período |

|Sintomas | | |

|Agudos |cefaleia, tontura, náusea, |hemorragias, hipersensibilidade, |

| |vômito, fasciculação |teratogênese, morte fetal. |

| |muscular, parestesias, | |

| |desorientação, dificuldade | |

| |respiratória, coma, morte. | |

|Crônicos |paresia e paralisias |lesão cerebral irreversível, |

| |reversíveis, ação |tumores malignos, atrofia |

| |neurotóxica retardada |testicular, esterilidade |

| |irreversível, pancitopenia,|masculina, alterações |

| |distúrbios |neuro-comportamentais, neurites |

| |neuro-psicológicos. |periféricas, dermatites de |

| | |contato, formação de catarata, |

| | |atrofia do nervo óptico, lesões |

| | |hepáticas, etc. |

Fonte: geofiscal.eng.br (Quadro 3)

Efeitos da Ação Prolongada

|ÓRGÃO/SISTEMA |EFEITOS NO ORGANISMO |

|Sistema nervoso |Síndrome asteno-vegetativa, polineurite, |

| |radiculite, encefalopatia, distonia vascular, |

| |esclerose cerebral, neurite retrobulbar, |

| |angiopatia da retina |

|Sistema respiratório |Traqueíte crônica, pneumofibrose, enfisema |

| |pulmonar, asma brônquica |

|Sistema cardiovascular |Miocardite tóxica crônica, insuficiência coronária|

| |crônica, hipertensão, hipotensão |

|Fígado |Hepatite crônica, colecistite, insuficiência |

| |hepática |

|Rins |Albuminúria, nictúria, alteração do clearance da |

| |uréia, nitrogênio e creatinina |

|Trato gastrointestinal |Gastrite crônica, duodenite, úlcera, colite |

| |crônica (hemorrágica, espástica, formações |

| |polipóides), hipersecreção e hiperacidez gástrica,|

| |prejuízo da motricidade |

|Sistema hematopoético |Leucopenia, eosinopenia, monocitose, alterações na|

| |hemoglobina |

|Pele |Dermatites, eczemas |

|Olhos |Conjuntivite, blefarite |

Fonte: geofiscal.eng.br (Quadro 4)

As hortaliças e as culturas do tomate, morango, batata e fumo utilizam agrotóxicos conhecidos como organofosforados e ditiocarbamatos, que são considerados por pesquisadores como os prováveis causadores das doenças neurocomportamentais, depressão e do consequente suicídio.

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Wanderlei da Silva, 33 anos, (não é o da foto) é um exemplo clássico dos males causados pelos agrotóxicos. As intoxicações lhe causaram lesões cerebrais e consequentes problemas de locomoção e comportamento, além de depressão profunda e sintomas de esquizofrenia, que tem sido relatada na literatura médica como um dos desfechos de intoxicação crônica por organofosforado, segundo o epidemiologista Lenine A. Carvalho, que acompanhou o caso.

PRINCIPAIS SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO E DIAGNÓSTICO

ORGANOCLORADOS

Podem iniciar-se logo após o acidente ou até 24 horas depois. Em casos de inalação, podem ocorrer sintomas específicos, como tosse, rouquidão, irritação de garganta, coriza, dificuldade respiratória, hipertensão arterial, pneumonia por irritação química, edema pulmonar. Em casos de intoxicação aguda, por atuarem no sistema nervoso central, impedindo a transmissão nervosa normal, podem ocorrer estimulação do sistema nervoso central e hiperirritabilidade, cefaléia (que não cede aos analgésicos comuns), sensação de cansaço, mal estar, náuseas e vertigens com confusão mental passageira e transpiração fria, redução da sensibilidade (língua, lábio, face, mãos), contrações musculares involuntárias, perdas de apetite e peso, tremores, lesões hepáticas e renais, crise convulsiva, coma. Fonte: sucen..br

A confirmação de exposição aos organoclorados poderá ser feita através de dosagem do teorde resíduos no sangue, utilizando-se cromatografia em fase gasosa. A simples presença de resíduos no sangue não indica intoxicação; a concentração é que confirma o resultado.

Alguns compostos organoclorados:

DDT, DDD, BHC, Aldrin e Endossulfan.

ORGANOFOSFORADOS/CARBAMATOS

Inicialmente: suor e salivação abundante, lacrimejamento, debilidade, cefaléia, tontura e vertigens, perda de apetite, dores de estômago, visão turva, tosse com expectoração clara, possíveis casos de irritação na pele (organofosforados). Posteriormente: pupilas contraídas e não reativas à luz, náuseas, vômitos e cólicas abdominais, diarréia, dificuldade respiratória (principalmente com os carbamatos), contraturas musculares e cãibras, opressão torácica, confusão mental, perda de sono, redução da freqüência cardíaca/pulso, crises convulsivas (nos casos graves), coma, parada cardíaca (nos casos graves, é a causa freqüente de óbito).

A determinação das atividades das colinesterases, que desempenham papel fundamental na transmissão dos impulsos nervosos - tem grande significado para o diagnóstico e acompanhamento das intoxicações agudas. Intoxicações graves, por exemplo, apresentarão níveis muito baixos de colinestareses.

No Sul do País o agrotóxico Tamaron é utilizado em larga escala na cultura do fumo e está associado ao elevado índice de suicídios em 1995 na cidade de Venâncio Aires (RS): 37 casos/100.000 habitantes, quando no Estado, o índice é de 8/cem mil. Estudos conduzidos no Rio Grande do Sul por 4 pesquisadores brasileiros mostraram que os agrotóxicos organofosforados causam basicamente 3 tipos de sequelas neurológicas após intoxicação aguda ou devido a exposição crônica:

1) Polineuropatia retardada:fraqueza progressiva e ataxia das pernas, podendo evoluir até uma paralisia flácida; sintomas provocados pelos agrotóxicos: Triclorphon, Triclornato, Metamidophos e Clorpyriphos.

2) Síndrome intermediária: paralisia dos músculos do pescoço, perna e pulmão, além de diarréia intensa; ocorre de um a quatro dias após o envenenamento e apresenta risco de morte devido a depressão respiratória associada. Causada por: Fenthion, Dimethoate, Monocrotophos e Metamidophos.

3) Efeitos comportamentais: insônia ou sono perturbado, ansiedade, retardo de reações, dificuldade de concentração e uma variedade de sequelas psiquiátricas: apatia, irritabilidade, depressão, esquizofrenia.

Alguns compostos organofosforados:

Clorpirifós, Coumafós, Diazinon, Diclorvos (DDVP), Fenitrotion, Fenthion, Supona (Clorfenvinfos) e Triclorfon (Metrifonato).

Alguns compostos carbamatos:

Carbaril, Propoxur, Trisdimetilditiocarbamato, Aldicarb e Carbofuran.

PIRETRÓIDES

Embora pouco tóxicos do ponto de vista agudo, são irritantes para os olhos e mucosas, causando tanto alergias de pele (coceira intensa, manchas) como crises de asma brônquica (dificuldade respiratória, espirros, secreção, obstrução nasal). Em exposições ocupacionais a altas concentrações, algumas pessoas relatam sensação de adormecimento (formigamento) das pálpebras e ao redor da boca (sensação semelhante à do anestésico usado por dentistas), que desaparece espontaneamente em poucas horas. Não existem provas laboratoriais específicas para dosar resíduos ou efeitos de piretróides no organismo humano ou animal.

Alguns compostos à base de piretrinas e piretróides:

Usos: como inseticidas e/ou acaricidas.

Cipermetrina, Deltametrina, Permetrina; Piretrinas naturais: Piretro e Tetrametrina. Outros: Aletrina e Fenvalerato. 

Fonte: U.F.R.R.J.

As soluções para a poluição da água se concentram em eliminar as fontes poluidoras, o que começa em casa. Evite frituras, fará bem para sua saúde e para o meio ambiente. Se não for possível evitar, todo o resíduo deve ser coletado e reciclado como matéria prima para sabões e combustíveis, nunca lançado no esgoto doméstico. O que vale também para o óleo do motor do carro, uma das maiores dificuldades das centrais de tratamento e a presença desses contaminantes. A coleta seletiva, especialmente a separação de medicamentos, baterias, pilhas e lixo eletrônico para destinação adequada são fundamentais. Elimine o desperdício, toda vez que ela passa pelo ralo se mistura ao esgoto. Por que a água que lavamos a roupa não é usada nas descargas dos sanitários? Por que a água do banho não é utilizada para regar o jardim? Precisamos reaproveitar.

Ampliar o número de postos de coleta é muito importante, bem como, certificarmos se a reciclagem esta realmente sendo realizada pela empresa coletora. Valorizar, facilitar, ampliar o trabalho do mais eficiente operário ecológico, o “catador”, existe formidáveis modelos de cooperativas de coleta de lixo reciclável a serem seguidos, pois não recuperaram apenas ambiente, mais também a dignidade de trabalhadores.

O investimento no desenvolvimento de novas tecnólogias de proteção dos recursos hídricos é fundamental. Estações de tratamento de resíduos de processos indústriais, chorume e esgoto doméstico precisam ser modernizadas, a eficiência deve ser comprovada periodicamente por laboratórios confiáveis e imparciais. O resultado precisa ser de qualidade analítica e não política.

A legislação precisa ser mais inteligente e eficiente. Porém sem fiscalização, autuação e punição exemplar, toda lei cai no vazio. Os grandes poluidores precisam perder a blindagem do poder econômico, precisam arcar com os custos da recuperação ambiental, sua atividade deve ser suspensa até que se adequem as regras impostas. A principal regra deve ser o rigor na fiscalização, apuração e punição dos criminosos ambientais. Atenção, cuidado pois são os únicos que podem matar até os que ainda não nasceram.

Atmosfera

A atmosfera consiste no conjunto de gases, vapores e partículas em suspenção presos ao campo gravitacional do planeta por onde circula enorme quantidade de energias. As correntes de ar veiculam esporos, sorédios, frutos em anemocoria e uma infinidade de outras estruturas reprodutivas, as aves migratórias atravessam o espaço celeste com o intestino carregado de sementes coletadas em regiões longínquas espalhando a vida sobre a terra. Fonte do ar respirável, do carbono para fotossíntese, do nitrogênio a ser fixado e de tantos outros elementos essênciais, em constante e íntima troca com a hidrosfera e litosfera.

Os elementos constituintes da atmosfera bloqueiam a excessiva entrada de radiações e impedem a perda excessiva de calor para o espaço sideral, estabilizando o clima que beneficia as formas de vidas atuais.

Principais agressões à atmosfera

O aumento do efeito estufa

A atmosfera terrestre reflete 30% das radiações solares, outra parcela e absorvida por gases e vapores, reduzindo pela metade a radiação que chega a superfície do planeta. Parte dessa energia refletida pela superfície na forma de infravermelho (calor) tem dificuldade de sair da atmosfera, esse atraso na dissipação é um efeito natural provocado pelo vapor d’água, o gás carbônico, o óxido nitroso e alguns outros que bloqueiam a passagem de volta dessas radiações para o espaço sideral.

O calor retido produz o efeito estufa. Naturalmente estabelecido pelas transformações do planeta é essencial, mantem as temperaturas mais estáveis e o clima equilibrado, fenômeno mantenedor das formas de vida atuais. Impede que durante o dia o calor seja tórrido e anoite o frio seja congelante. Se não houvesse o efeito estufa a temperatura média da terra seria de 18 graus Celsius negativos, bem diferente dos agradáveis 15 graus positivos.

A natureza trabalhou incansavelmente durante milhares de anos no sentido de equilibrar a atmosfera, principalmente recolhendo o CO2 excessivo, através da fotossíntese incorporando-o a biomassa das florestas. Grande parte dessa biomassa foi imobilizada em forma fóssil (carvão mineral, xisto, petróleo) enterrando “definitivamente” bilhões de toneladas de compostos carbonados.

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O Homo erectus que viveu entre 1.8 milhões a 300 mil anos atrás foram provavelmente os primeiros a manipular o fogo, técnica mais tarde dominada por outro hominídeo, o único representante que ainda persiste do gênero Homo. A arte de dominar o fogo é com certeza o ponto inicial da saga humana na tentativa de sub julgar as forças da natureza e transformar o ambiente segundo a sua vontade, nenhuma outra tecnologia vai gerar tanto impacto ao decorrer da história dos Homo sapiens, iniciada na África entre 400 e 200 mil anos antes do tempo presente.

O fogo foi largamente utilizado como arma de caça, enquanto o homem migrava em seu roteiro nômade deixando um rastro de morte e destruição. A descoberta da agricultura a apenas 11 mil anos permitiu sua fixação em planícies inundáveis, onde a mata ciliar foi retirada para dar lugar aos primeiros campos agrícolas e com eles a silagem de alimentos. Terras naturalmente férteis eram raras, quem as detinha, precisava de armas, precisava matar seus irmãos humanos pela sua posse. Tem início a verdadeira corrida armamentista. O fogo combinado com a inventividade humana permite a fundição de metais, cobre, bronze, ferro, aço se sucederam na fabricação de armas cada vez mais letais e também ferramentas com maior poder de destruição e transformação dos ecossistemas naturais.

A eliminação da cobertura vegetal fez com que gradativamente o teor de carbono na atmosfera aumentasse. uma árvore é um bioacumulador de carbono de várias toneladas, que podem existir por até 4 mil anos, portanto quando uma delas é queimada todo esse carbono é devolvido rapidamente para a atmosfera.

O aumento da disponibilidade de alimento fez com que a abundância da nossa espécie aumentasse vertiginosamente, aumentando também a pressão sobre os recursos naturais. Enquanto a caça se esgotava, a carne se transformou em um artigo raro. Grandes extensões de terra não agricultáveis para culturas alimentares humanas, foram utilizadas para o plantio de pastagens resistentes, onde foram introduzidos grandes ruminantes esta inventado a atividade pecuária há 5.500 anos aproximadamente. Sacrificamos desde então, lindas florestas, espetaculares savanas, fantásticas pradarias em todo mundo para engordarmos bezerros, o verdadeiro ouro das Américas e da Austrália. Hoje são 1,35 bilhão de cabeças, ou melhor, dizendo de câmaras metanogênicas espalhadas pelos continentes, só no Brasil são 172 milhões. O metano emitido nos seus arrotos ou flatulências é 27 vezes mais eficiente que o dióxido de carbono na retenção de calor na atmosfera, o que faz um boi poluir o equivalente a aproximadamente quatro carros em relação à produção de gases estufa. Só que o boi nunca desliga.

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A avicultura surgida há 4.100 anos, seguida da suinocultura e tantos outros sistemas de confinamento exigem milhares de toneladas de grãos anuais, acredita-se que 80% da produção brasileira atenda esse mercado. Alimentamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhão de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos e 14,85 bilhões de frangos. Infelizmente ocorre uma perda de praticamente 90% da energia e nutrientes contidos no alimento vegetal repassado aos animais e sobram milhões de toneladas de fezes que decompostas também são fonte de metano. Em média, um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina, 42 quilos de frango e 11 quilos de porco e 9 quilos de pescado anualmente. O consumismo de carne observado em todas as refeições diárias polui também as veias e artérias impactando severamente no sistema cardiovascular, sendo uma importante causa da obesidade e suas complicações, uma epidemia de nossa época.

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Enquanto o consumo da carne cresce, devoramos as florestas para dar lugar a mais lavouras, para alimentarmos um número cada vez maior de animais confinados. O mundo não suporta tamanho desperdício de recursos, muito menos o impacto desse processo que ameaça seriamente a sustentabilidade da vida no planeta.

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A eliminação da cobertura vegetal natural para a exploração predatória da madeira, pelas queimadas para expandir a área de pastagens ou lavouras, como também as áreas inundadas para reservatórios faraônicos das hidrelétricas ou companhias de abastecimento agridem o clima e seus efeitos danosos se multiplicam. Primeiro eliminam-se os vegetais, sorvedouros e bioacumuladores de carbono atmosférico, depois através da combustão ou decomposição da biomassa (celulose, lignina, suberina,...) ocorre imensa liberação de compostos carbonados represados em uma árvore por décadas, séculos ou ate milênios. Os lagos artificiais aumentam a quantidade de vapor d’água na atmosfera local, intensificando o efeito estufa. Se não foi feita a retirada da madeira antes da inundação, a decomposição da madeira em meio aquoso produzirá tanto metano, que o impacto dessa hidrelétrica e comparável as termoelétricas a carvão.

• Desde a origem da civilização humana a madeira tem sido o biocombustível e a matéria prima principal para sua edificação. A lenha para o cozimento do alimento, o arco e a flecha, moradias, mobiliários, ferramentas, cercas, caravelas, o papiro, depois o papel desse livro, o carvão para suprir energeticamente as primeiras locomotivas, o ferro fundido ( 2,11% a 6,67% de carbono), o aço (0,008 a 2,11% de carbono), o M.D.F. da sua mesa ou estante, entre inúmeras outras aplicações. Claro que uma demanda tão imensa, somada a exploração predatória eliminou ou reduziu drasticamente o recurso. Primeiro na Europa, então os portugueses desembarcaram aqui em buscas de paus que deram nome ao país, Pau-brasil (Caesalpinia echinata), rapidamente os ecossistemas americanos foram extintos ou drasticamente reduzidos, restando a Amazônia e a vegetação ao norte do Canadá resistindo aos constantes ataques. E agora precisamos de um novo mundo para manter o padrão de consumo e o ritmo do crescimento econômico, mas onde encontra-lo?

• A segunda revolução industrial permitirá a construção de uma sociedade até então inimaginável, das profundidades da terra foi retirado o sangue negro do sistema, que alimenta máquinas de aço construtoras de monumentos em concreto. Carvão mineral, petróleo, xisto betuminoso. Os chamados combustíveis fósseis deram ao homem poderes extraordinários, muitas foram suas conquistas e também incontáveis suas tragédias. Envaidecido o poderoso homem, simples criatura, se rebela ainda mais contra as leis impostas pela natureza criadora e inadvertidamente altera profundamente a dinâmica das aguas, do solo e da atmosfera.

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• Termoelétricas a carvão e xisto, indústrias, automóveis, transatlânticos, máquinas pesadas, indústrias, automóveis queimam diuturnamente combustíveis fosseis escurecendo a paisagem, deixando o ar pesado e mal cheiroso. Processos industriais, gases sintéticos liberados, a decomposição nos lixões da cidade elevaram a concentração de gases estufa na atmosfera a um nível muito superior ao natural.

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• O vapor da água, gás CO2 (dióxido de carbono), CO (monóxido de carbono), N2O (Óxido nitroso), CH4 (Metano), CFCs (Clorofluorcarbonetos), HFC (Hidrofluorcarbonetos), PFCs  (Perfluorcarbonetos), SF6 (Hexafluoreto de enxofre) são os principais geradores do aumento do efeito estufa. O aprisionamento de uma maior quantidade de infravermelho refletido pela superfície aumenta a quantidade de calor na atmosfera com reflexos no clima global.

Um assunto pouco discutido é a importância dos oceanos na captação de carbono, a enorme biomassa produtora alí abrigada que sintetiza carboidratos retirando CO2 da atmosfera. Grande parte dessa biomassa de organismos carbonados quando mortos, alcançam profundidades onde o carbono é imobilizado. Os oceanos apresentam constantes trocas de gases com a atmosfera, especialmente os antes gélidos mares nórdicos e antárticos, apresentam grande capacidade de absorção de gases carbonados, apresentando vinte vezes mais CO2 que a própria atmosfera. A poluição crescente por dejetos humanos reduziu a vida marinha a ¼ da sua abundância original, antigas áreas produtoras litorâneas ou associadas a correntes marítimas se converteram em zonas mortas oceânicas.

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As consequências para o planeta são catastróficas, as transformações já são percebidas e se intensificam em progressão geométrica. Se a situação é tão grave porque a temperatura da terra aumentou apenas 0,7 graus Celsius, desde a segunda revolução industrial? Simples, o planeta está consumindo todo seu estoque de gelo para se auto resfriar. Os picos gelados como o Kilimanjaro, os icebergs, mares de superfície congelada, a Groelândia funcionavam como eficiente espelho que refletia 80% da radiação solar, todo esse estoque de gelo está derretendo. A prova dessa realidade é a assustadora elevação dos níveis oceânicos em 32 centímetros, suficientes para eliminar do mapa muitos micro países insulares, provocar inundação de áreas litorâneas redefinindo as linhas costeiras. Manhatan, Londres, e muitas outras cidades em região de estuário tiveram que reconstruir seu sistema de barreiras e eclusas, os países baixos europeus como a Holanda investiram em gigantescas obras de engenharia para conter a entrada do mar em seu território.

Os micro países insulares como Kiribati (113 mil desalojados), Maldivas, Tuvalu, Ilhas de Salomão, Tonga, Malta, Seicheles tiveram perdas significativas do seu território ou a água doce subterrânea foi contaminada com sal marinho, assim como o solo agricultável. Milhares de pessoas já precisam abandonar seus países de origens. Segundo o I.P.C.C. a elevação do nível do mar será algo entre 0,5 metros e 1.4 metros até o final desse século.

A climatologia é uma ciência complexa sob a influência de inúmeras variáveis, prever o clima em um cenário futuro com parâmetros desconhecidos é uma tarefa quase impossível. Porem os cientistas utilizando dados das alterações recentes e do passado geológico do planeta, colhidos em árvores fossilizadas e no gelo pré-histórico, criaram modelos que apontam para um clima extremo. A energia excessiva contida na atmosfera está financiando eventos climáticos exasperados, secas, enchentes, tempestades, granizo, tufões, furacões, inclusive no hemisfério sul, ondas de calor, nevascas, mudanças das características de pluviosidade e temperaturas anuais em quase todos os ecossistemas, provocando uma redução dramática da biodiversidade da terra.

A perda do gelo acumulado nos picos das cordilheiras tem levado a falência a agricultura tradicional da região andina abastecida com água do degelo. O aumento da temperatura tem favorecido a dispersão de vetores e ampliado às regiões de ocorrência de várias doenças como Malária, Dengue e Chagas. Os custos operacionais com a irrigação, sementes de variedades resistentes a um clima menos ameno, novas pragas agrícolas tem elevado o preço dos alimentos e condenado muitos a fome. Agricultores familiares tradicionais não conseguem bancar o novo custo de produção e o risco permanente de perdas devido intempéries climáticas. O mundo assiste uma concentração fundiária sem precedentes na sua história recente, o setor de produção de alimentos foi dominado por grandes empresas tecnológicas, os itens alimentares reduzidos a menos de 10 commodities com seu valores determinados em bolsa de valores. Diante da morte da atividade dos pequenos produtores locais e a extinção da atividade do extrativismo coletor, perdemos inclusive nossa enorme diversidade cultural de alimentos, construída ao longo da evolução da espécie humana.

Hoje são 200 milhões de refugiados do clima é se nada for feito, por você e principalmente pelas autoridades constituídas, serão mais de um bilhão até o ano de 2050. Pense nisso. A ciência nunca e dogmática, intransigente e absoluta, o contraditório, portanto é bem-vindo e necessário, mais o que seria mais sensato nesse momento. Apostar em alguns poucos cientista isolados que imaginam um cenário mais otimista ou na densa comunidade cientifica internacional, com cientistas tarimbados e imortalizados pela grandeza de sua obra como James Lovelock (Harvard e Manchester), Carlos Nobre (INPE), James Hansen (NASA). Precisamos agir agora.

Reflorestar é a medida mais urgente, precisamos devolver o máximo da cobertura vegetal aos continentes. O desflorestamento precisa ser abolido. A madeira deve ser extraída apenas de área certificada de manejo sustentável. O consumo de proteína animal precisa ser abolido ou reduzido ao máximo para diminuirmos a emissão de metano e as áreas de plantio. Um ponto polêmico é a adoção das matrizes energéticas menos impactantes, a maioria dos cientistas apoia o uso de energia nuclear para a manutenção dos grandes consumidores, como as indústrias. A energia de uso domiciliar ou pequenos consumidores devem adotar fontes segundo a vocação local que pode ser solar, gás produzidos em biodigestores, eólica (moinho de vento), hidráulica (roda d’água), entre outras. O maior desperdício ocorre em linhas de transmissão de longa distância, a perda do sistema hidroelétrico chega a 40%. As usinas termoelétricas movidas a combustível fóssil devem ser extintas. As hidroelétricas precisam ser pequenas aproveitando o reservatório de água de consumo da própria cidade. Os depósitos de lixo orgânico precisam ser transformados em usinas termoelétricas ou fornecedoras de gás de cozinha produzido a partir da fermentação da biomassa. Precisamos diversificar as matrizes energéticas desconstruindo monopólios históricos que controlam o setor.

Os automóveis de uso individual precisam ser substituídos por transporte de massa, especialmente metrôs ou trens. O metrô associado a bicicletas tem sido uma eficiente combinação em cidades do primeiro mundo. Alguns estudos concluíram que barcas trafegando em rios urbanos transformados em canais de navegação podem ser uma resposta inteligente a crescente demanda de mobilidade urbana nas metrópoles. Os carros que ainda forem necessários precisam ser dotados de motores elétricos. Os biocombustíveis são medidas paliativas, pois ocupam extensas terras férteis que poderiam ser ocupadas por florestas e não contribuem para a redução do carbono já acumulado na atmosfera.

Os processos industriais precisam ser modernizados para a redução da emissão de gases estufa, filtros bloqueadores ou neutralizadores precisam ser colocados nas chaminés e produtos que liberam esses poluentes precisam ser controlados. A inteligência logística e o planejamento estratégico para a circulação de bens e serviços são determinantes para a economia de combustíveis.

ENEM

Conferências sobre o clima

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|As Conferências da ONU sobre o clima, conhecidas como (COPs – Conferências das|

|Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas) ocorreram a |

|partir de 1995, mas esses acordos vem sendo feitos desde 1972. |

|Foi em 1972 que ocorreu a conferência de estocolmo, com o objetivo de criar um|

|documento que norteasse a conduta dos países com relação as emissões de gases |

|do efeito estufa e também sobre um novo comportamento sustentável. |

| |

|Conferência de Estocolmo (Suécia, 1972) |

|A primeira conferência da ONU para o meio ambiente aconteceu na Suécia, em |

|1972. Nela, foram criados os 26 princípios que iriam direcionar os indivíduos |

|de todo o mundo a melhorar e preservar o meio ambiente. Nesse ano também houve|

|a criação doPrograma das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). |

|  |

|Conferência de Toronto (Canadá, 1988) |

|A Conferência de Toronto foi a primeira a se preocupar com o clima. Houve uma |

|reunião de cientistas alertando sobre a redução dos gases que aumentam o |

|efeito estufa. Assim, foi criado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças |

|Climáticas (IPCC) que seria um medidor das mudanças climáticas ocasionadas |

|pelas atividades humanas. |

|  |

|Conferência de Genebra (Suíça, 1990). |

|Foi discutido, nessa conferência, sobre a produção de um tratado internacional|

|do clima, que seria criado em 1992. Para produzi-lo foi necessário criar |

|o Comitê Intergovernamental de Negociação para uma Convenção-Quadro sobre |

|Mudanças Climáticas. Nesse ano, o IPCC mostra sinais de uma aumento da |

|temperatura do planeta terra. |

|  |

|Conferência no Brasil (Rio de Janeiro, 1992). |

|Uma das maiores conferências para a discussão de questões ambientais foi à |

|chamada Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o |

|Desenvolvimento(CNUMAD), conhecida também como Rio-92 ou Eco-92. Nessa reunião|

|foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, cujo |

|objetivo era estabilizar a concentração de gases estufa na atmosfera, que |

|ocorre anualmente para que os países pudessem debater sobre as mudanças |

|climáticas. Os principais documentos criados nessa conferência foi à agenda |

|21 e um acordo chamado Convenção da Biodiversidade. |

|  |

|Conferência de Berlim (Alemanha, 1995). |

|É realizada a primeira Conferência das Partes (COP-1), em que são feitas |

|negociações e definidas metas para a redução dos gases de efeito estufa que |

|posteriormente estariam no futuro Protocolo de Kyoto. Nesse ano foi |

|apresentado um novo relatório do IPCC. |

|  |

|Conferência de Genebra (Suíça, 1996). |

|Cidade em que foi realizada a COP-2, ficou decidido pelas partes que os |

|relatórios do IPCC iriam direcionar às futuras decisões sobre o clima e meio |

|ambiente. Além disso, ficou acordado que os países em desenvolvimento |

|receberiam apoio financeiro da Conferência das Partes para desenvolver |

|programas de redução de gases. |

|  |

|Conferência de Kyoto (Japão, 1997). |

|Com a realização da COP-3, no Japão, os organismos internacionais tomaram uma |

|nova posição com relação às questões ambientais, embora houvesse um conflito |

|entre União Europeia e Estados Unidos. Nessa conferência foi criado |

|o Protocolo de Kyoto. Um documento legalizado que sugere a redução de gases do|

|efeito estufa (cujas metas são de 5,2%) e para que fosse aprovado, os países |

|desenvolvidos deveriam aceitar o acordo, pois eles correspondiam a maior parte|

|das emissões de gases poluentes da atmosfera. Assim, com a criação do |

|protocolo surge o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e os certificados |

|de carbono. |

|  |

|Conferência em Buenos Aires (Argentina, 1998). |

|Em 1988, é realizada a COP-4, uma reunião que iria decidir como seria |

|implementado as medidas tomadas no Protocolo de Kyoto. Foi conhecido |

|como Plano de Ação de Buenos Aires. |

|  |

|Conferência de Bonn (Alemanha, 1999). |

|Em 1999, na COP-5, que ocorreu na Alemanha, na cidade de Bonn, ocorreu a |

|implementação do Plano de Ação de Buenos Aires, dando início às reuniões sobre|

|a Mudança de Uso da Terra e Florestas, entre outras ações. |

|  |

|Conferência de Haia (Holanda, 2000). |

|Durante a COP-6, os conflitos entre Estados Unidos e União Europeia aumentam |

|durante as negociações. Em 2001, os EUA (um dos maiores emissores de gases |

|estufa), o presidente George W. Bush afirma que o país não ratificará o |

|protocolo e não participará do acordo alegando que haveriam custos muito altos|

|para a redução desses gases. |

|  |

|Conferência em Bonn (Alemanha, 2001) e Marrakesh (Marrocos, 2001). |

|Nesse ano, o IPCC convoca para uma reunião extraordinária (considerada a |

|segunda parte da COP-6), a fim de divulgar os dados do terceiro relatório, que|

|mostrava que as consequências do efeito estufa aumentavam devido às atividades|

|humanas. E na COP-7 (em Marrakesh), os países industrializados diminuíram os |

|conflitos. |

|  |

|Conferência de Nova Délhi (Índia, 2002). |

|Durante a COP-8, há a necessidade de ações mais concretas e objetivas para a |

|redução dos gases e os países concordam com as regras do Mecanismo de |

|Desenvolvimento Limpo. Nessa reunião é a primeira vez que o foco se mantém em |

|desenvolvimento com a definição da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento |

|Sustentável (Rio+10), cujo tema influenciou um debate sobre fontes renováveis.|

|Além disso, as Ongs e empresas privadas também aderiram ao protocolo e |

|mostraram projetos sobre a criação dos créditos de carbono. |

|  |

|Conferência de Milão (Itália, 2003) |

|Na COP-9, percebe-se que nas reuniões, as lideranças estavam suscetíveis ao |

|desacordo e esse comprometimento cada vez mais foi cobrado pelas ONGs. Houve a|

|regulamentação de sumidouros de carbono, projetos de reflorestamento para |

|obter créditos de carbono. |

|  |

|Conferência de Buenos Aires (Argentina, 2004) |

|Na COP-10, há discussões sobre as novas metas do Protocolo de Kyoto após 2012,|

|ano de vencimento do documento e a necessidade da criação de metas mais |

|rígidas. |

|  |

|Conferência de Montreal (Canadá, 2005) |

|Nessa conferência foi constatado que os países em desenvolvimento (Brasil, |

|China e Índia) passaram a ser importantes emissores de gases estufa. E, |

|durante a COP-11, o Brasil propõe duas formas de negociações, a primeira seria|

|após o Protocolo de Kyoto e a segunda para os grandes emissores, como os EUA. |

|Nessa reunião aconteceu a primeira Conferência das Partes do Protocolo de |

|Kyoto (COP/MOP1), em que instituições europeias defendem a redução de 20% a |

|30% de gases até 2030 e de 60 a 80% até 2050. |

|  |

|Conferência de Nairóbi (África, 2006) |

|Na COP-12, os países pobres se tornaram mais vulneráveis. Ainda nesse ano, |

|houve uma ampla divulgação do Relatório Stern (Inglaterra) sobre um estudo |

|detalhado dos efeitos do aquecimento global e também o Protocolo de Kyoto é |

|revisado. O Brasil sugere a implantação de um sistema de incentivo financeiro |

|para preservação das florestas chamado Redução de Emissões por Desmatamento e |

|Degradação(Redd). |

|  |

|Conferência de Bali (Indonésia, 2007) |

|Nessa conferência, a COP-13, houve a elaboração do Mapa do Caminho de |

|Bali(Bali Action Plan), um documento que possui cinco pilares para simplificar|

|as assinaturas de um novo compromisso internacional em Copenhague, antes do |

|vencimento do Protocolo de Kyoto. Ficou definido que haveria a criação de um |

|fundo de recursos para países em desenvolvimento (Fundo de Adaptação) e Ações |

|de Mitigação Nacionalmente Adequadas (Namas), uma proposta de modelo para os |

|países em desenvolvimento na diminuição das emissões. |

|  |

|Conferência de Poznan (Polônia, 2008) |

|Haviam muitas discussões, mas poucas decisões para um acordo pleno em |

|Copenhague na COP-14 e com uma expectativa de resolução na COP 15, com as |

|eleições americanas e o novo presidente Barack Obama. O Brasil criou o Plano |

|Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) com metas de redução do desmatamento e |

|também expõe o Fundo Amazônia (fundo de captação de recursos para projetos que|

|reduzem os desmatamentos e a divulgação da conservação e desenvolvimento |

|sustentável na região). Os países em desenvolvimento (Brasil, China, Índia, |

|México e África do Sul) assumiram um compromisso não obrigatório sobre a |

|redução dos gases. |

|  |

|Conferência de Copenhague (Dinamarca, 2009) |

|Na COP-15 houve a elaboração do 'Acordo de Copenhague' após as discussões |

|entre Brasil, África do Sul, China, Índia, Estados Unidos e União Europeia (os|

|países líderes). Apesar do acordo ter sido aceito pela ONU, houveram países |

|que se opuseram. O documento estima que os países desenvolvidos devam cortar |

|80% das emissões até 2050 e 20% até 2020, mas esse último corte não está de |

|acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, além de |

|contribuir com a doação de US$ 30 bilhões anuais até 2012 para o fundo de luta|

|contra o aquecimento global. |

|  |

|Conferência em Cancun (México, 2010). |

|Na COP-16, houve a criação de um Fundo Verde do Clima, um fundo que |

|administraria todo o dinheiro que os países desenvolvidos estão aplicando para|

|auxiliar nas mudanças climáticas - US$ 30 bilhões (2012-2012) e US$ 100 |

|bilhões anuais(após 2020). Outro ponto discutido foi realizar a manutenção da |

|meta de reduzir no máximo de 2º C a temperatura média com relação aos níveis |

|pré-industriais. Os líderes e participantes deixaram para decidir o futuro do |

|Protocolo de Kyoto em Durban (África do Sul, 2011). |

|  |

|Conferência em Durban (África do Sul, 2011) |

|Na COP-17 haviam vários desafios em pauta como: definir quais medidas seriam |

|tomadas com relação às mudanças climáticas e também qual seria o próximo |

|passo, após a expiração do Protocolo de Kyoto. Alguns países aceitaram a |

|criação de um novo acordo ou protocolo com força legal para diminuir as |

|mudanças climáticas e também para que futuramente todos os países |

|participassem da diminuição dos gases. No novo texto da COP-17 os seguintes |

|pontos foram discutidos: |

|existência de uma lacuna entre a proposta de redução dos gases estufa e a |

|contenção do aquecimento médio do planeta em 2ºC; |

|formação de um grupo para criar um novo instrumento internacional legal até |

|2015, com implementação a partir de 2020 (processo chamado de Plataforma |

|Durban para Ação Aumentada); |

|o relatório do IPCC deverá ser levado em consideração, para que sejam tomadas |

|medidas mais severas para conter o aquecimento global; |

|surgimento de uma nova etapa para o Protocolo de Kyoto, estendido até 2017. |

|Outros assuntos debatidos foram o funcionamento do Fundo Verde Climático, a |

|aprovação da criação de um Centro de Tecnologia do Clima. A COP-18, ocorrerá |

|no final de 2012, em Qatar, caso não exista um impasse ou prorrogação do |

|Protocolo de Kyoto. |

|  |

|Conferência no Brasil (Rio de Janeiro, 2012) Rio +20 |

|A Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável mais conhecida |

|como Rio +20 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, após vinte anos de |

|realização das conferências sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável,|

|o Rio-92. O objetivo dessa conferência foi garantir e renovar o compromisso |

|entre os políticos para o desenvolvimento sustentável. |

|Aquecimento Global  Desenvolvimento |

|Sustentável  |

Fonte: editora kerdena

Ilhas de calor

Aumento gradativo da temperatura a medida que aproximamos do epicentro de uma metrópole é conhecido como Ilha de calor. Provocado pelos seguintes fatores: Falta de arborização, aumento do fluxo de veículos, concentração de fontes de calor (eletrodomésticos, fogões, ferramentas), verticalização das residências; aumento da densidade populacional, utilização de materiais altamente eficientes na absorção e condução de calor nas construções (zinco, aço, vidro, concreto, massa asfáltica), o enorme número de edifícios formam uma barreira física que dificulta a passagem dos ventos.

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As consequências para a população são o desconforto térmico; a perda de umidade do ar, as temperaturas muito altas trazem maiores riscos à saúde, especialmente de crianças, idosos, gestantes, obesos, hipertensos, cardiopatas.

A arborização plena das cidades; maior número de parques verdes, implementação de políticas de transporte de massa; ciclovias, planejamento urbano com maior descentralização da produção industrial; uso de materiais alternativos na construção civil, telhados “verdes” (hortas, jardins, pomares ou qualquer vegetação suspensos acima das casas e edifícios).

A inversão térmica

A concentração de fontes poluidores em grandes metrópoles, principalmente indústrias, automóveis, maquinas a diesel, termoelétricas e até mesmo a decomposição de lixo orgânico carregam o ar de fuligem e gases tóxicos. Quando a temperatura na superfície e alta em relação à atmosfera superior, o ar poluído sobe, dispersando os poluentes, tornando o ar junto à superfície mais respirável. Porém quando ocorre uma queda abrupta da temperatura, geralmente provocada pela chegada de alguma frente fria, o processo se inverte e os poluentes do ar concentram se junto à superfície. A situação se agrava à medida que as baixas temperaturas são mantidas.

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Consequências: piora acentuada da qualidade do ar; irritação da pele e mucosas; cefaleia; agravamento das doenças respiratórias; e dependendo da concentração de tóxicos, especialmente de monóxido de carbono, existe risco de óbitos.

As autoridades geralmente empregam um pacote de medidas paliativas para contornar a crise, como: o rodízio de automóveis, fechamento das fábricas e escolas, com grande prejuízos a população.

Soluções definitivas envolvem planejamento urbano, descentralização do setor industrial, captação e neutralização de gases tóxicos na indústria de transformação, fiscalização da eficiência dos catalizadores dos automóveis, politicas de implementação de transporte de massa, usinas de compostagem com contenção e destinação dos gases residuais, redução do uso de combustíveis fósseis.

Chuvas ácidas

A emissão de óxidos de enxofre e nitrogênio (Azoto) para a atmosfera a partir da queima de combustível fóssil, incineração de lixo e processos industriais. Ainda existe também a produção natural desses gases pela ação de micro organismos no solo, em pântanos e pelo vulcanismo. Na atmosfera reagem com a água para formar ácidos fortes como o ácido sulfúrico e o ácido nítrico, elevando ainda mais a acidez da chuva (pH inferior a 4.5). Pois toda chuva é naturalmente ácida pela presença do ácido carbônico (pH 5,6 aproximadamente).

|Como se formam as chuvas ácidas? |

|     |

|1- O Enxofre |

|O enxofre é uma impureza frequente nos combustíveis fósseis, principalmente no |

|carvão mineral e no petróleo, que ao serem queimados também promovem a |

|combustão desse composto, de acordo com as seguintes reações químicas: |

|  |

|S (s) + O2 (g) ---> SO2 (g) |

| |

|2 SO2 (g) + O2 (g) ---> 2 SO3 (g) |

|  |

| O enxofre e os óxidos de enxofre podem também ser lançados na atmosfera pelos |

|vulcões. |

|  |

|   Os óxidos ácidos formados reagem com a água para formar ácido sulfúrico |

|(H2SO4), de acordo com a equação:   |

|  |

|SO3 (g) + H2O (l) ---> H2SO4 (aq) |

|  |

|   Ou pode também ocorrer a reação seguinte, formando-se ácido sulfuroso |

|(H2SO3): |

|  |

|SO2 (g) + H2O (l) ---> H2SO3 (aq) |

|  |

|2 - O Azoto |

|O azoto (N2) é um gás abundante na composição da atmosfera e muito pouco |

|reativo. Para reagir com o oxigénio do ar precisa de grande quantidade de |

|energia, como a que se liberta numa descarga elétrica ou no funcionamento de um|

|motor de combustão. Estes motores são atualmente os maiores responsáveis pela |

|reação de oxidação do azoto. Os óxidos, ao reagir com água, formam ácido |

|nitroso (HNO2) e ácido nítrico (HNO3), de acordo com as seguintes reações |

|químicas: |

|Na câmara de combustão dos motores, ocorre a seguinte reação química: |

|  |

|N2 (g) + O2 (g) ---> 2 NO (g) |

|  |

| O monóxido de azoto (NO) formado, na presença do oxigênio do ar, produz |

|dióxido de azoto: |

|  |

|2 NO (g) + O2 (g) ---> 2 NO2 (g) |

|  |

|Por sua vez, o dióxido de azoto formado, na presença da água (proveniente da |

|chuva), forma ácidos de acordo com a equação: |

|  |

|2 NO2 (g) + H2O (l) ---> HNO3 (aq) + HNO2 (aq) |

| |

Estudos feitos no gelo ártico demonstraram que o pH das chuvas antes da revolução industrial era seis, sendo alterado para quatro devido à queima massiva de combustíveis fósseis.

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O aumento da acidez das chuvas provoca: a acidificação dos ecossistemas aquáticos com enorme perda de sua riqueza biológica, liberação de íons tóxicos, como o alumínio que afeta as guelras dos peixes e o cobre que provoca disenterias em crianças; diminuição da fertilidade do solo, desfolhamento das florestas, destruição da cutícula foliar tornando o vegetal mais vulnerável ao frio ao calor e a insetos parasitas; irritação e queimaduras de pele. Destruição de estátuas e monumentos do patrimônio histórico. Acelera a corrosão de barragens, turbinas, pilares, máquinas ou edificações em contato com a água.

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As soluções se encontram na aplicação de novas tecnologias que coíbam a emissão de óxidos de S e N. Usinas de compostagem com neutralização dos gases uso de catalisadores, filtros instalados nas chaminés das indústrias, adoção de políticas de transporte de massa, retirada do excesso de enxofre, especialmente do diesel (S10), substituir a matriz energética fóssil por fontes mais limpas conforme a vocação e as necessidades da região.

O Buraco na Camada de Ozônio

A camada de ozônio está localizada entre 15 e 35 quilômetros de altitude na estratosfera. Invisível acima das nossas cabeças esse gás rarefeito se espalha por uma faixa com 10 km de espessura contendo cerca de 90 % de todo o ozônio da atmosfera.

O ozônio presente na atmosfera é produto do equilíbrio dinâmico de processos fisioquímicos naturais. Originado a partir da separação de 2 átomos da molécula de O2 por radiações ou descargas elétricas. O átomo de oxigênio livre instável se liga a uma molécula de gás oxigênio (O2) formando o gás ozônio O3 que absorve a radiação solar UV-B com espectro de onda entre 320 e 400 nm nocivos à saúde humana e planetária.

A destruição da camada de ozônio, segundo a maioria dos cientistas estaria sendo provocada por gases nocivos sintéticos lançados na atmosfera pela ação humana, especialmente do grupo CFC (clorofluorcarbonos) contidos em sprays, espumas de isolamento e aparelhos de refrigeração. À medida que o CFC ganha altura a molécula e desmontada liberando cloro ativo (cl-) na estratosfera. O íon cloro (Cl-) então roubaria um dos átomos da molécula de ozônio gerando gás oxigênio (O2). Logo os átomos de oxigênio (O) roubados se reagrupam ao pares formando mais gás oxigênio (O2) liberando o íon cloro (Cl-) para atacar novas moléculas de ozônio (O3), processo quem se repetiria indefinidamente até que cloro voltasse à troposfera. Deste modo apenas um átomo de cloro poderia destruir mais de 100 mil moléculas de ozônio.

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O2 + Energia UV → 2 O

2 Cl (do CFC) + 2O3 → 2 ClO + 2 O2

2 Cl + 2 O (regenerando o Cl) + 2 O2

Logo, a resultante da reação é:

2 O3 → 3 O2

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O buraco na camada de ozônio é na verdade o fato da camada se tornar menos densa, ou seja, ainda mais rarefeita em algumas regiões especialmente sobre o Continente Antártico durante a primavera do hemisfério sul. Poluentes do mundo inteiro recolhidos na troposfera são transportados por correntes de ar, contidas pelas baixas temperaturas do polo sul esses gases nocivos se concentram, com o aumento da radiação solar quando termina o inverno as reações de destruição do ozônio são catalisadas tornando dramático o nível de radiação UV-B em grande parte dessa região.

As principais consequências são as queimaduras de pele, envelhecimento precoce, o aumento de risco de câncer, a extinção de espécies, principalmente anfíbios.

As soluções tem sido parcialmente colocadas em prática através da substituição do CFC por gases inofensivos ao ozônio, como o butano propano utilizados hoje em sprays. O que também foi feito em parte dos aparelhos de refrigeração mais modernos. Porém precisamos de uma política de recolhimento dos aparelhos antigos antes que o gás contido neles escape para a atmosfera. A modernização de processos industriais e o total banimento de outro gases também nocivos ( hidro clorofluorcarbono, cloreto de metila, tetracloreto de carbono, etc.), contidos em plásticos, refrigerantes, pesticidas extintores de incêndio, solventes, agentes espumantes, entre outros produtos.

Poluição do ar respirável

Uma pessoa que respira o ar da cidade de São Paulo absorve em seus pulmões durante 24 horas tóxicos químicos equivalentes a ter fumado praticamente quatro cigarros. Em uma metrópole, portanto somos todos fumantes. Inalamos a fumaça do escapamento dos automóveis, das chaminés das indústria, os gases fétidos da decomposição do lixo ou produzidos em rios e lagoas eutrofizadas.

As termoelétricas alimentadas a petróleo ou carvão constituem grandes emissores de poluentes, amplamente utilizadas devido à crise hídrica no Brasil. Os incêndios florestais, a queima do “lixo” doméstico no fundo dos quintais, utilização do fogo na limpeza de áreas agrícolas ou de lotes baldios, geradores movidos a diesel tornam o ar ainda mais sujo.

A construção civil movimenta toneladas de areia, terra, concreto, detritos e outros materiais lançado no ar toneladas de partículas de poeira. O atrito de milhares de pneus sobre o asfalto produz um pó negro que pode ser observado acumulado sobre os moveis de quem reside nas regiões de alto tráfego. Em outras regiões a poluição do ar vem de mineradoras que dinamitam as rochas ou as trituram.

Na periferia das cidades o automóvel chega antes da pavimentação. O trânsito intenso sobre ruas de terra gera intensa nuvens de poeira afetando os moradores dessas regiões.

A poeira é um grande inimigo da saúde pública especialmente do cerrado durante a estação de seca. Partículas de poeira transportam vários, esporos bacterianos ou fúngicos, cistos de protozoários ou em alguns casos até mesmo ovos encistados de vermes até alimentos expostos. Em outros casos contaminam diretamente as mucosas respiratórias potencializando epidemias de doenças respiratórias.

Os principais contaminantes atmosféricos são o dióxido de enxofre (SO2), dióxido de azoto (NO2), monóxido de carbono (CO), compostos orgânicos voláteis ( COV: metano, benzeno, xileno, propano e butano), partículas finas inaláveis ( menos de 10 micrômetros de diâmetro), ozônio troposférico (O3), dioxinas, amianto, cádmio, mercúrio, compostos de chumbo.

A medida mais efetiva para a melhoria da qualidade do ar seria a adoção de políticas que privilegiassem o transporte público de massa em detrimento aos automotores privados movidos aos combustíveis fósseis. Trens urbanos, mêtros, ônibus com pistas exclusivas e ciclovias trazem maior mobilidade urbana, além da melhora significativa da qualidade do ar.

A reciclagem do lixo combinada a compostagem do lixo orgânico com o aproveitamento de gases residuais como metano para a produção de energia. O abandono da matriz combustível fóssil e imprescindível no pacote de soluções.

A adoção de um novo modelo arquitetônico e urbanístico fundado na economia de recursos e qualidade de vida das populações. Cidades inteligentes com logística refinada de produção e serviços sem concentração da produção industrial.

José Eloy Esdaille é Biólogo, Autor e Professor de Biologia para Concursos e Ensino Médio desde 1995.

EXERCÍCIOS

Ecologia Crise Ambiental

01 - (Mackenzie SP/2017)

Considere as seguintes ocorrências poluidoras:

I. Fenômeno provocado por poluentes atmosféricos emitidos pela queima de carvão mineral e diesel, como o dióxido de enxofre, que pode originar o ácido sulfúrico.

II. Fenômeno que pode causar mudanças climáticas globais e a elevação do nível dos mares.

III. No inverno, é frequente ocorrer a retenção de poluentes atmosféricos próximos ao solo.

IV. Leva à proliferação de bactérias aeróbicas que consomem o gás oxigênio da água, causando a morte de peixes e outros organismos aquáticos.

I, II, III e IV correspondem, respectivamente, aos seguintes tipos de eventos poluidores:

a) Chuva ácida, efeito estufa, inversão térmica e eutrofização.

b) Chuva ácida, eutrofização, inversão térmica e efeito estufa.

c) Efeito estufa, chuva ácida, inversão térmica e eutrofização.

d) Eutrofização, chuva ácida, efeito estufa e inversão térmica.

e) Inversão térmica, eutrofização, efeito estufa e chuva ácida.

02 - (UNCISAL AL/2017)

A água é um recurso essencial à vida. De fevereiro de 2012 a janeiro de 2015, a quantidade de água nas regiões Sudeste e Nordeste do país diminuiu significativamente. Nas duas regiões citadas, a perda de água nesse período gira em torno de 56 quilômetros cúbicos (km3) e 49 km3 de água, respectivamente.

GETIRANA, A. C. V. Extreme water deficit in Brazil detected from space.

Journal of Hydrometeorology. out. 2015 (adaptado).

Sobre a seca no Nordeste e Sudeste, é correto afirmar que o

a) Canal do Sertão, a construção de grandes hidrelétricas e a retirada de água para irrigação de culturas agrícolas alteram o regime de águas dos rios e causam a seca.

b) fenômeno de acidificação das chuvas e a formação de hotspots alteram o clima, produzindo ondas de calor que mudam o regime de chuvas, e causam a seca.

c) desequilíbrio causado pelas alterações no ciclo da água, que tem levado a um aumento de evaporação da água e sua consequente perda para o espaço, é a causa desse fenômeno.

d) buraco da camada de ozônio, que tem causado um excesso de evaporação da água superficial e uma consequente perda desse recurso, em forma de vapor, para o espaço, é a principal causa desse fenômeno.

e) aquecimento global, que altera o regime de chuvas das regiões, os desmatamentos, agravados pelo uso intensivo da água pela atividade agrícola e industrial, além do desperdício, são causas desse fenômeno.

03 - (Mackenzie SP/2016)

EL NIÑO deve espalhar anomalias climáticas pelo planeta. O Norte do Brasil, por exemplo, pode ficar ainda mais seco, tornando-se mais suscetível a incêndios naturais em florestas. O Sul deve sofrer com tempestades e inundações.

(Trecho extraído de reportagem da revista Veja de agosto de 2015).

A respeito do fenômeno EL NIÑO, é correto afirmar que ele resulta do aquecimento fora do normal das águas

a) superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.

b) profundas do Oceano Pacífico Equatorial.

c) superficiais e sub-superficiais do Oceano Atlântico Brasileiro.

d) superficias e sub-superficiais do Oceano Índico.

e) profundas do Oceano Índico.

04 - (FGV/2016)

A inversão térmica é um fenômeno percebido principalmente nos grandes centros urbanos durante o período do inverno, resultando em alterações no fluxo vertical das massas de ar quente e fria da atmosfera.

Tal fenômeno é considerado

a) natural, gerado pela presença de uma frente fria e úmida estagnada próxima ao solo sobre os centros urbanos.

b) antrópico, agravado pela emissão acentuada de poluentes atmosféricos, tais como o monóxido de carbono e os óxidos de nitrogênio.

c) natural, agravado pela concentração de poluentes atmosféricos próximos ao solo, tais como os óxidos de nitrogênio.

d) antrópico, intensificado pela emissão de gases estufa, tais como o dióxido de carbono, o metano e os óxidos de nitrogênio.

e) natural, intensificado pelo aquecimento e pelo resfriamento rápidos do solo urbano, respectivamente no início da manhã e da noite.

05 - (USF SP/2016)

Chuva ácida pode estar transformando lagos

prístinos no leste do Canadá

em águas densas e gelatinosas.

O fenômeno é decorrente da lixiviação [remoção e dissolução] ácida do cálcio contido em argilas, o que provoca o declínio de alguns organismos que dependem dele.

O resultado é que eles estão sendo substituídos explosivamente por um tipo de zooplâncton revestido por uma membrana gelatinosa.

Uma equipe de pesquisadores de Ontário constatou o estranho fenômeno depois de analisar levantamentos mensais da qualidade da água de lagos da província, que incluíam registros de sua composição química ao longo dos últimos 30 anos.

A chuva ácida, causada por emissões de óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre, parece ter deslocado e eliminado o cálcio das bacias hidrográficas que alimentam os lagos centrais.

A pesquisa descobriu que depósitos ácidos têm aumentado constantemente desde meados de 1850, uma época de rápida industrialização.

Crustáceos ricos em cálcio, como as minúsculas pulgas d’água, ou dáfnias (Daphnia pulex), que usam o elemento para criar um exoesqueleto duro, tornaram-se vulneráveis a predadores e agora estão em declínio.

À medida que suas populações definharam, outras espécies planctônicas tomaram seus lugares, principalmente o zooplâncton do gênero Holopedium, que é revestido por uma membrana gelatinosa. Seus números duplicaram ao longo de 20 anos.

Os gelatinosos Holopedium não só requerem um décimo do cálcio necessitado pelas dáfnias, como seu revestimento também os protege de predadores.

Consequentemente, seu explosivo aumento fez com que as águas lacustres se tornassem cada vez mais gelatinosas.

A equipe adverte que a massiva proliferação de Holopedium terá um impacto significativo no ecossistema. Além disso, os pesquisadores sugeriram que “a gelatina” também poderia bloquear sistemas de filtragem de água potável.

Este artigo foi reproduzido com permissão de Chemistry World. Ele foi publicado originalmente em

24 de novembro de 2014. Publicado em Scientific American em 26 de novembro de 2014

A partir do texto, é correto afirmar que

a) a queima de combustível fóssil não interfere no processo já que produz gás carbônico e água.

b) a substituição de vários organismos por um tipo de zooplâncton gelatinoso não terá impacto sobre as cadeias alimentares porque os outros microrganismos também se alimentam de fitoplâncton.

c) além do impacto ambiental provocado pela substituição de outras espécies, de forma direta ou indireta, a proliferação desse tipo de zooplâncton pode provocar grandes prejuízos econômicos.

d) o zooplâncton ocupa o primeiro nível trófico por se alimentar de fitoplâncton, logo, mudanças na composição do zooplâncton não interferem na constituição do fitoplâncton.

e) a falta de cálcio no organismo das dáfnias compromete a confecção do exoesqueleto, mas não influencia no processo de contração muscular.

06 - (USF SP/2016)

Chuva ácida pode estar transformando lagos prístinos no leste do Canadá em águas densas e gelatinosas.

O fenômeno é decorrente da lixiviação [remoção e dissolução] ácida do cálcio contido em argilas, o que provoca o declínio de alguns organismos que dependem dele.

O resultado é que eles estão sendo substituídos explosivamente por um tipo de zooplâncton revestido por uma membrana gelatinosa.

Uma equipe de pesquisadores de Ontário constatou o estranho fenômeno depois de analisar levantamentos mensais da qualidade da água de lagos da província, que incluíam registros de sua composição química ao longo dos últimos 30 anos.

A chuva ácida, causada por emissões de óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre, parece ter deslocado e eliminado o cálcio das bacias hidrográficas que alimentam os lagos centrais.

A pesquisa descobriu que depósitos ácidos têm aumentado constantemente desde meados de 1850, uma época de rápida industrialização.

Crustáceos ricos em cálcio, como as minúsculas pulgas d’água, ou dáfnias (Daphnia pulex), que usam o elemento para criar um exoesqueleto duro, tornaram-se vulneráveis a predadores e agora estão em declínio.

À medida que suas populações definharam, outras espécies planctônicas tomaram seus lugares, principalmente o zooplâncton do gênero Holopedium, que é revestido por uma membrana gelatinosa. Seus números duplicaram ao longo de 20 anos.

Os gelatinosos Holopedium não só requerem um décimo do cálcio necessitado pelas dáfnias, como seu revestimento também os protege de predadores.

Consequentemente, seu explosivo aumento fez com que as águas lacustres se tornassem cada vez mais gelatinosas.

A equipe adverte que a massiva proliferação de Holopedium terá um impacto significativo no ecossistema. Além disso, os pesquisadores sugeriram que “a gelatina” também poderia bloquear sistemas de filtragem de água potável.

Este artigo foi reproduzido com permissão de Chemistry World. Ele foi publicado originalmente em 24 de novembro de 2014. Publicado em Scientific American em 26 de novembro de 2014

Uma ação que poderia ser tomada para atenuar e resolver o problema apresentado seria

a) usar equipamentos com CFCs para diminuir a camada de ozônio, responsável pelo aumento da chuva ácida.

b) procurar fontes alternativas de energia para substituir combustíveis fósseis como o carvão, usado em termoelétricas.

c) estimular a produção de composteiras para fazer uso de bactérias aeróbicas objetivando a não produção do metano.

d) diminuir a rotatividade de cultura responsável pela eliminação de nitrogênio na atmosfera.

e) usar filtros nas chaminés industriais para evitar a difusão de particulados na atmosfera que reagem com a água, promovendo um precipitado de cloreto de sódio.

07 - (UEM PR/2016)

Sobre a chuva ácida – com acidez superior àquela naturalmente atribuída ao dióxido de carbono (CO2) – e seus efeitos socioambientais em áreas urbanas e rurais, assinale o correto.

01. A ocorrência das chuvas ácidas está restrita às áreas industriais onde estão os focos de emissão de gases poluentes causadores do aumento da acidez da água da chuva.

02. Devido às chuvas ácidas, os solos podem perder nutrientes, como o potássio, o cálcio e o magnésio, causando sérios danos às plantações e ao desenvolvimento rural.

04. Um caso típico de chuvas ácidas que ocorreram no Brasil, na cidade de Cubatão/SP, ficou conhecido por comprometer a vegetação nas encostas da Serra do Mar e facilitar a ocorrência de deslizamentos de terras.

08. Os lagos localizados em áreas urbanas não são afetados pelas chuvas ácidas, porque o grande volume de água dilui a concentração dos ácidos presentes na água da chuva.

16. As chuvas ácidas causam corrosão em monumentos expostos ao ar livre, como as esculturas da cidade de Congonhas/MG, provocando a sua degradação.

08 - (UEM PR/2016)

Sobre os tratados ambientais mundiais que abrangem vários aspectos dos ecossistemas terrestres, assinale o que for correto.

01. Impactos ambientais de escala global foram registrados em vários momentos depois da Revolução Industrial, porém apenas após a Segunda Guerra Mundial tornaram-se tema de discussão envolvendo várias esferas da sociedade.

02. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO-92) foi um marco nas negociações mundiais sobre a temática da biodiversidade.

04. As florestas tropicais são consideradas pelos cientistas dos programas ambientais da Organização das Nações Unidas (ONU) um recurso não renovável, pois a derrubada da vegetação deixa o solo pobre em nutrientes, dificultando a regeneração das mesmas.

08. No Protocolo de Kyoto foram estabelecidas políticas globais para a redução das emissões de clorofluorcarbonos, conhecidos como CFCs.

16. As propostas da Agenda 21 foram elaboradas para serem instrumentos de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis que atendam as necessidades humanas e as do meio ambiente.

09 - (ENEM/2016)

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (na sigla em inglês, IPCC) prevê que nas próximas décadas o planeta passará por mudanças climáticas e propõe estratégias de mitigação e adaptação a elas. As estratégias de mitigação são direcionadas à causa dessas mudanças, procurando reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. As estratégias de adaptação, por sua vez, são direcionadas aos efeitos dessas mudanças, procurando preparar os sistemas humanos às mudanças climáticas já em andamento, de modo a reduzir seus efeitos negativos.

IPCC, 2014. Climate Change 2014: synthesis report.

Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2015 (adaptado).

Considerando as informações do texto, qual ação representa uma estratégia de adaptação?

a) Construção de usinas eólicas.

b) Tratamento de resíduos sólidos.

c) Aumento da eficiência dos veículos.

d) Adoção de agricultura sustentável de baixo carbono.

e) Criação de diques de contenção em regiões costeiras.

10 - (UCB DF/2016)

Considerando a análise de compostos químicos e reações químicas, assinale a alternativa correta.

a) O PVC (cloreto de polivinila) é um material polimérico muito utilizado atualmente. Assim como outros materiais poliméricos, ele não causa problemas ambientais se deixado em aterros, uma vez que sua oxidação e deterioração química é rápida.

b) Na atmosfera terrestre, a presença de gases de efeito estufa é sempre indesejada na manutenção do clima ambiental.

c) A água, uma vez química ou biologicamente contaminada, não é passível mais de tratamento.

d) As taxas de concentração de gás carbônico na atmosfera cresceram, com a influência humana, a partir da Revolução Industrial.

e) O metano não é um gás de efeito estufa.

11 - (Unievangélica GO/2014) Analise a figura a seguir.

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Disponível em: . Acesso em: 04 abr. 2014.

A figura mostra uma série de reações químicas que podem trazer como consequência

a) aumento na concentração de gases estufa, com grande parte da radiação solar que atinge o planeta sendo refletida de volta para o espaço, mudando o equilíbrio térmico da Terra.

b) liberação de óxidos de enxofre e nitrogênio que reagem com a água na atmosfera, formando ácido sulfúrico e nítrico, respectivamente, os quais, por fim, caem na superfície terrestre como precipitação ácida.

c) comprometimento da mucosa dos olhos, nariz, garganta, traqueia, brônquios e bronquíolos, o que causa tosse e aumenta a reatividade brônquica, afetando a atividade pulmonar.

d) maior exposição aos raios UV, causando danos ao DNA de plantas e animais, incrementando, por exemplo, tanto as formas letais quanto as não letais de câncer de pele e catarata entre os seres humanos.

12 - (ENEM/2014)

Cientistas acreditam que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado devido, principalmente, à sua liberação durante a queima de combustíveis fósseis. O dióxido de carbono é um dos componentes da atmosfera que retém a radiação infravermelha na superfície da Terra, e o aumento na sua concentração contribui para o aquecimento global. Uma das medidas propostas para combater este problema é o consumo de biocombustíveis no lugar de combustíveis fósseis.

A citada medida se justifica porque o consumo de biocombustíveis

a) é energeticamente menos eficiente que o consumo de combustíveis fósseis.

b) libera menos dióxido de carbono na atmosfera que o consumo de combustíveis fósseis.

c) não resulta na emissão de poluentes, como acontece com o consumo de combustíveis fósseis.

d) não provoca o esgotamento de um recurso não renovável, como acontece com o consumo de combustíveis fósseis.

e) não aumenta a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, como acontece com o consumo de combustíveis fósseis.

13 - (FUVEST SP/2017)

O desmatamento atual na Amazônia cresceu em relação a 2015. Metade da área devastada fica no estado do Pará, atingindo áreas privadas ou de posse, sendo ainda registrados focos em unidades de conservação, assentamentos de reforma agrária e terras indígenas.

Imazon. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal, 2016. Adaptado.

Tal situação coloca em risco o compromisso firmado pelo Brasil na 21ª Conferência das Nações Unidas sobreMudança Climática (COP 21), ocorrida em 2015. O desmatamento na Amazônia tem raízes históricas ligadas a processos que ocorrem desde 1970.

Com base nos dados e em seus conhecimentos, aponte a afirmação correta.

a) O desmatamento, apesar de atingir áreas de unidades de conservação, que incluem florestas, parques nacionais e terras indígenas, viabiliza a ampliação do número de assentamentos da reforma agrária.

b) As grandes obras privadas implantadas na Amazônia valorizam as terras, atraindo enorme contingente populacional, que por sua vez origina regiões metropolitanas que degradam a floresta.

c) A grilagem de terras em regiões de grandes projetos de infraestrutura, a extração ilegal de madeira e a construção de rodovias estão entre as causas do desmatamento na Amazônia.

d) A extração ilegal de madeira na Amazônia vem sendo monitorada por países estrangeiros devido às exigências na COP 21, pois eles são os maiores beneficiários dos acordos da Conferência.

e) Os grandes projetos de infraestrutura causam degradação da floresta amazônica, com intensidade moderada e temporária, auxiliando a regularização fundiária.

14 - (IFBA/2017)

[pic]

Fonte:

fs/1.993157.1448150053!/image/image.jpg_gen/derivatives/

landscape_800/image.jpg Acesso em:10/09/2016

O rompimento da barragem da Mineradora Samarco é considerado um dos maiores desastres ambientais já registrados. Foram 600 km de lama e rejeitos, percorridos desde a Barragem do Fundão até o Oceano Atlântico. Tal cenário de destruição contribuiu para mortalidade de peixes, tornando-os impróprios para o consumo, inviabilizando a atividade pesqueira da região.

Dentre as causas que contribuem para a mortalidade dos peixes, o processo que explica o ocorrido no Rio Doce é:

a) O fenômeno da eutrofização através do enriquecimento das águas do rio por matéria orgânica decorrente do deslizamento, que foi consumida posteriormente por decompositores aeróbicos, levando a anóxia do corpo d´água.

b) A lixiviação que representa a remoção dos nutrientes superficiais de forma intensa devido ao volume do deslizamento gerado.

c) A oxidação de componentes minerais presentes nos rejeitos reduziu o volume de gás oxigênio para os organismos vivos existentes no rio.

d) A bioacumulação por metais pesados presentes na água, pois é sabido que o acúmulo de tais metais relaciona-se diretamente com a redução do oxigênio.

e) A maré vermelha decorrente do aumento populacional das algas devido ao volume de nutrientes trazidos pelo deslizamento.

15 - (UEA AM/2017) Corredores ecológicos caracterizam-se pela

a) conexão entre fragmentos naturais, permitindo superar as cisões provocadas pela interferência humana na produção do espaço.

b) oferta de espaços públicos de lazer, possibilitando a construção de parques lineares em áreas densamente ocupadas.

c) abertura de estradas em maciços florestais, ampliando as redes de comunicação e de transportes em regiões isoladas pela natureza.

d) definição de rotas para o ecoturismo, estabelecendo uma lógica à visita dos remanescentes florestais em diferentes municípios.

e) delimitação de áreas mínimas à sobrevivência das espécies, preservando a biodiversidade atrelada ao isolamento com seu entorno.

16 - (UNESP SP/2016)

Água doce: o ouro do século 21

O consumo mundial de água subiu cerca de seis vezes nas últimas cinco décadas. O Dia Mundial da Água, em 22 de março, encontra o líquido sinônimo de vida numa encruzilhada: a exploração excessiva reduz os estoques disponíveis a olhos vistos, mas o homem ainda reluta em adotar medidas que garantam sua preservação.

()

Além da redução do consumo, uma medida que, a médio e a longo prazo, contribuirá para a preservação dos estoques e a conservação da qualidade da água para consumo humano é

a) a construção de barragens ao longo de rios poluídos, impedindo que as águas contaminadas alcancem os reservatórios naturais.

b) o incentivo à perfuração de poços artesianos nas residências urbanas, diminuindo o impacto sobre os estoques de água nos reservatórios.

c) a recomposição da mata nas margens dos rios e nas áreas de nascente, garantindo o aporte de água para as represas.

d) o incentivo à construção de fossas sépticas nos domicílios urbanos, diminuindo a quantidade de esgotos coletados que precisam ser tratados.

e) a canalização das águas das nascentes e seu redirecionamento para represas, impedindo que sejam poluídas em decorrência da atividade humana no entorno.

17 - (PUCCamp/SP/2017)

Os fertilizantes usados na agricultura podem ser arrastados até os corpos de água e desencadear o fenômeno de eutrofização. Considere as seguintes características de sis temas aquáticos:

I. baixo nível de nutrientes.

II. pouca penetração da luz.

III. alto crescimento de algas.

IV. alta diversidade de peixes.

São características de águas eutrofizadas APENAS

a) I e II.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II e III.

e) II, III e IV.

18 - (PUC RS/2016)

Nos últimos anos, ocorreu a mortalidade em massa de peixes no Rio dos Sinos e no Arroio Dilúvio. Uma das principais causas apontadas pelos peritos foi o lançamento irregular de dejetos industriais, agrícolas e domésticos não tratados nos corpos d’água. Essa forma de poluição em grandes quantidades pode desencadear um processo denominado de eutrofização. Considerando essas informações, pode-se afirmar que

a) a cadeia trófica de um ambiente eutrofizado se desequilibra pelos baixos níveis de nutrientes dissolvidos, limitando o desenvolvimento de produtores.

b) a taxa de oxigênio aumentada na água pode causar a proliferação da população de peixes.

c) a coloração escura de um ambiente pós-eutrofizado pode ser explicada pela ausência de algas e cianobactérias.

d) nitratos e fosfatos são os principais componentes orgânicos apontados como causadores do processo de eutrofização.

e) a turbidez da água é um dos fatores responsáveis pelos baixos níveis de oxigênio de um ambiente eutrofizado.

19 - (FAMERP SP/2016)

A poluição de propriedades de criação de patos, perto da Baía de Moriches, adiciona nitrogênio e fósforo às águas costeiras de Long Island, Nova Iorque. Para investigar qual nutriente favorece o crescimento do fitoplâncton (Nannochloris atomus) nessa área, pesquisadores cultivaram essa espécie com água coletada de diversos locais (identificados no gráfico pelas letras de A a G). Eles adicionaram amônia ou fosfato às culturas. O gráfico expressa os resultados obtidos após o cultivo com essas substâncias em comparação a um meio não enriquecido (controle).

[pic]

(Jane Reece et al. Biologia de Campbell, 2015. Adaptado.)

De acordo com os resultados obtidos, é correto afirmar que a eutrofização tem maior chance de ocorrer nos locais

a) D, E, F e G, favorecida pelo elemento fósforo.

b) A, B e C, favorecida pelo elemento nitrogênio.

c) D, E, F e G, favorecida pelo elemento nitrogênio.

d) A, B e C, favorecida pelo elemento fósforo.

e) A, F e G, favorecida pelo elemento fósforo.

20 - (UEG GO/2017)

O Projeto Residência Resíduo Zero foi lançado em Goiânia no dia 01/03/2016 pela Sociedade Resíduo Zero de Goiânia. Um dos sete pontos defendidos por esse projeto é que o lixo orgânico doméstico seja transformado em adubo orgânico por compostagem em caixas biodigestoras. Nas caixas superiores, ficam minhocas e restos alimentares, e na caixa inferior acumula-se um composto líquido nutritivo com função de adubo, conforme apresentado na figura a seguir.

[pic]

Manual Residência Zero, Goiânia. Disponível em: .

Acesso em: 26 set. 2016.

No contexto desse sistema de compostagem, verifica-se que

a) não há produção de odores desagradáveis, pois o uso de minhocas substitui a ação de fungos e bactérias.

b) essa prática, apesar de eficiente, é nova e de difícil aceitação pela população urbana e rural.

c) devido à decomposição rápida, a compostagem doméstica se torna inócua para os aterros sanitários.

d) se evita a aeração do material em decomposição para evitar a presença de insetos e pragas.

e) a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.

21 - (FUVEST SP/2017)

Leia o texto e observe a ilustração.

O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara – PDBG – foi concebido para melhorar as condições sanitárias e ambientais da RegiãoMetropolitana do Rio de Janeiro. Verifique a distribuição, a situação e as fases de operação das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) do PDBG.

[pic]

Considerando essas informações, é correto afirmar:

a) A área mais atendida em relação à mitigação da poluição encontra-se no sudeste da Baía de Guanabara, pois possui maior número de estações que atuam em todos os níveis de tratamento de esgoto.

b) O tratamento do esgoto objetiva a diminuição da poluição das águas, poluição essa causada pela introdução de substâncias artificiais ou pelo aumento da concentração de substâncias naturais no ambiente aquático existente.

c) A Baía de Guanabara encontra-se ainda poluída, em razão de as ETEs existentes reciclarem apenas o lodo proveniente dos dejetos, sendo os materiais do nível primário despejados sem tratamento no mar.

d) A elevada concentração de resíduos sólidos despejados na Baía de Guanabara, tais como plásticos, latas e óleos, acaba por provocar intensa eutrofização das águas, aumentando a taxa de oxigênio dissolvido na água.

e) O tratamento de esgoto existente concentra-se na eliminação dos fungos lançados no mar, principalmente aqueles gerados pelos dejetos de origem industrial.

22 - (UECE/2017)

O rompimento da barragem da mineradora Samarco, ocorrido em novembro de 2015, liberou enormes volumes de rejeitos de mineração, compostos principalmente por óxido de ferro, água e lama. Analise o que se diz a seguir sobre as consequências desse acidente ocorrido em Minas Gerais.

I. À medida que a lama atinge os ambientes aquáticos causa a morte de peixes, em função da falta de oxigênio dissolvido na água e da obstrução de suas brânquias.

II. A lama que cobre a área atingida, rica em matéria orgânica, auxilia o desenvolvimento de espécies vegetais, agindo na recuperação do ecossistema afetado.

III. O despejo dos rejeitos de mineração afetará não somente a vida aquática, mas provocará assoreamento e mudanças nos cursos dos rios, podendo levar ao soterramento de nascentes.

Está correto o que se afirma em

a) I, II e III.

b) I e II apenas.

c) II e III apenas.

d) I e III apenas.

23 - (UEL PR/2017)

Diariamente, milhões de toneladas de lixo são lançados no ambiente. Aos poucos, após a década de 1950, o lixo passou a ser sinônimo de energia, matéria-prima e solução. Processos alternativos, como a reciclagem, por exemplo, reduzem o lixo e atuam nos processos produtivos, economizam energia, água e matéria-prima. A coleta seletiva é a maior aliada no reaproveitamento dos resíduos.

Com base nos conhecimentos sobre reciclagem, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) O alumínio e o vidro mantêm suas características praticamente inalteradas ao serem reciclados.

( ) O vidro é o único material que permite uma junção de cores recicláveis, tendo uma reciclagem finita ao longo do tempo.

( ) A reciclagem busca a redução dos custos de fabricação de alguns produtos, sobretudo em função do menor desperdício de energia.

( ) O volume de matéria-prima recuperado atualmente pela reciclagem encontra-se acima das necessidades da indústria.

( ) A reciclagem é uma forma de reintroduzir o lixo no processo industrial, retirando os resíduos do fluxo terminal.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, F, V, F.

b) V, F, V, F, V.

c) V, F, F, F, V.

d) F, V, F, V, F.

e) F, F, V, V, V.

24 - (UEA AM/2017)

“O tempo em Chernobyl passa de forma diferente, mas é suficiente para nos fazer refletir e concluir que algumas invenções humanas podem dar muito errado. Ao deixar o local, todos os visitantes passam por um detector e só podem sair do local se não estiverem contaminados”, diz Carol Thomé, no texto da mostra “Chernobyl: tudo o que é resto se desfaz”.

(noticias..br. Adaptado.)

Tal depoimento refere-se a uma tragédia ocorrida no final do século XX, caracterizada por

a) um acidente em uma usina nuclear, que liberou na atmosfera substâncias radioativas.

b) um vazamento em uma fábrica de agrotóxicos, que comprometeu a qualidade do solo.

c) um descontrole em uma estação de tratamento de esgotos, que poluiu os rios do entorno.

d) um bombardeio em uma indústria química, que contaminou os trabalhadores do local.

e) um derramamento de petróleo no litoral, que afetou a vida animal na região.

25 - (UNESP SP/2016)

Os testes de qualidade de água realizados nos rios atingidos pela lama proveniente do rompimento da barragem de uma mineradora, em Mariana (MG), identificaram metais pesados em proporções fora dos parâmetros permitidos. Nessas águas, os metais identificados em maior quantidade foram o ferro e o manganês, mas alguns testes também apontaram grande quantidade de mercúrio.

(. Adaptado.)

Assinale a alternativa que apresenta um impacto ambiental esperado decorrente da presença de metais pesados nas águas dos rios atingidos.

a) A lama contendo metais pesados aumenta a densidade da água, o que dificulta o revolver das águas e a incorporação natural de gás oxigênio proveniente do ar atmosférico, diminuindo a concentração deste gás na água.

b) A grande quantidade de metais aumenta a concentração de partículas em suspensão na água, tornando-a turva o suficiente para impedir a entrada de luz, o que inviabiliza a fotossíntese pelo plâncton.

c) A presença de grande quantidade de manganês e ferro nas águas favorece o processo de eutrofização, pois há a proliferação de algas que, ao morrerem, são decompostas por bactérias que consomem o gás oxigênio da água.

d) O excesso de minério de ferro na água provoca a queda da concentração de gás oxigênio dissolvido, uma vez que ocorre reação de oxirredução entre o ferro e o gás oxigênio da água, formando o óxido de ferro.

e) Os metais identificados na água lamacenta dos rios têm efeitos cumulativos na cadeia alimentar, de modo que os últimos indivíduos ao longo da cadeia contaminada apresentam maior concentração desses metais.

26 - (IBMEC SP Insper/2017)

O estudo de um grupo de pesquisa brasileiro revelou resultado considerado preocupante quanto ao papel da Amazônia no balanço global de gases de efeito estufa, pois indica que, nos anos com baixo índice de chuva, diminui o índice de fotossíntese das plantas devido ao estresse hídrico. Além disso, no ano de seca, aumenta a quantidade de incêndios em áreas de desmatamento da floresta.

(Pesquisa Fapesp. Luciana Gatti Vanni: na trilha do carbono.

Ed. 217, março 2014.

2014/03/10/luciana-vanni-gatti-na-trilha-carbono/. Adaptado)

De acordo com o texto, na Amazônia, nos períodos de baixo índice de chuva, __________ a emissão de __________ resultante __________.

As lacunas são preenchidas, correta e respectivamente, por:

a) aumenta … dióxido de carbono … da fotossíntese

b) diminui … dióxido de carbono … das queimadas

c) aumenta … dióxido de carbono … das queimadas

d) diminui … metano … da fotossíntese

e) aumenta … metano … das queimadas

27 - (PUC GO/2016)

Queimada

À fúria da rubra língua

do fogo

na queimada

envolve e lambe

o campinzal

estiolado em focos

fenos

sinal.

É um correr desesperado

de animais silvestres

o que vai, ali, pelo mundo

incendiado e fundo,

talvez,

como o canto da araponga

nos vãos da brisa!

Tambores na tempestade

[...]

E os tambores

e os tambores

e os tambores

soando na tempestade,

ao efêmero de sua eterna idade.

[...]

Onde?

Eu vos contemplo

à inércia do que me leva

ao movimento

de naufragar-me

eternamente

na secura de suas águas

mais à frente!

Ó tambores

ruflai

sacudi suas dores!

Eu

que não me sei

não me venho

por ser

busco apenas ser somenos

no viver,

nada mais que isso!

(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade.

Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 164, 544, 552.)

O texto faz referência a queimada, processo de queima de biomassa que pode ser ocasionado por fatores naturais ou por interferência do homem.

Analise os itens a seguir e marque a alternativa correta sobre o tema:

a) As queimadas ao logo do planeta provocam impacto significativo no ecossistema e apresentam relação com as modificações climáticas no mundo.

b) Fatores ambientais como temperatura, vento e umidade do ar não interferem na progressão de um processo de queimada iniciado por causas naturais.

c) As razões econômicas, como a ampliação de áreas de cultivo agrícola ou criação de gado, não apresentam relação com a incidência das queimadas.

d) Há uma nítida distinção entre incêndio e queimada. Denominamos incêndio quando o fogo, em determinadas condições ambientais, mantém-se confinado em uma área, produz uma intensidade de calor e se espalha a uma velocidade desejável aos objetivos do manejo para o qual foi aplicado.

28 - (UEG GO/2015)

O cultivo de cana-de-açúcar a cada ano vem aumentando em larga escala em diferentes estados brasileiros. As queimadas nessas regiões de plantio são frequentes e, durante essa queima, vários efeitos destrutivos da temperatura do solo ocorrem, dentre eles:

a) a elevação da taxa respiratória e fotossintética dos microrganismos do solo.

b) a manutenção do sistema radicular e o ganho da parte aérea da vegetação local.

c) a perda parcial dos microrganismos necessários para síntese e degradação da matéria orgânica.

d) a incorporação do carbono em compostos inorgânicos que são produzidos em altas temperaturas.

29 - (UEPA/2015)

O grande incêndio de Roraima, final de 1997 e o início de 1998, chamou a atenção do mundo, por impressionar os cientistas que analisavam as imagens de satélite ao perceberem o avanço do fogo sobre áreas de floresta primária. Esse incêndio provocou intenso debate, na comunidade científica e ambientalista, sobre a necessidade de avaliar seus reais impactos nas formações florestais, gerando forte ‘pressão’ sobre órgãos ambientalistas do governo federal e estadual para a implementação de políticas públicas voltadas a prevenção de queimadas.

(Modificado de Ciência Hoje, Jan/Fev-2000, vol. 27, nº 157).

Sobre os impactos causados pelo fenômeno apresentado no texto, analise as afirmativas abaixo.

I. Diminui a evapotranspiração.

II. Diminui a lixiviação e a erosão.

III. Reduz o estoque genético do planeta.

IV. Aumenta a temperatura e diminuiu as chuvas na região.

V. Melhora o solo contra o impacto das águas das chuvas e os raios solares.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

a) I e II

b) I e IV

c) I, III e IV

d) II, III e IV

e) II, III, IV e V

TEXTO: 1 - Comum à questão: 30

O ozônio é obtido pela transformação do oxigênio, por meio de descargas elétricas, sendo utilizado para fins medicinais sob a forma de mistura de 5,0% do gás, com 95% de oxigênio. Mesmo sem regulamentação no país, o uso terapêutico do gás tem sido realizado. Há vários estudos na literatura mundial mostrando a eficácia da ozonioterapia, embora a maioria não seja controlada e tenha baixo grau de evidencia científica. Essa técnica usa gás ozônio contra infecções, inflamações e dor, entretanto vem criando polêmica no país. (O OZÔNIO é obtido..., 2011).

O OZÔNIO é obtido..., Disponível em:.

Acesso em: 22 nov. 2012.

30 - (Unifacs BA/2013)

A ozonioterapia é uma técnica que usa ozônio, O3(g), contra infecções inflamações e dor, porém não é recomendada pela Agência de Vigilância Sanitária, ANVISA, e pelo Conselho Federal de Medicina, CFM.

Levando-se em consideração o ozônio utilizado nessa terapia, é correto afirmar:

01. A densidade absoluta do ozônio é menor do que a de oxigênio.

02. O ozônio é uma molécula instável em razão da estrutura cíclica que possui.

03. A eliminação de bactérias pelo ozônio é decorrência da grande reatividade desse isótopo de oxigênio.

04. O ozônio é um oxidante energético porque transfere elétrons para outras espécies químicas nas reações de oxirredução.

05. A mistura de 5% de ozônio com 95% de oxigênio, a 1,0atm, usada na terapia, apresenta fração em quantidade de matéria de O3(g), igual a 0,05 e pressão parcial de oxigênio de 0,95atm.

TEXTO: 2 - Comum à questão: 31

A sociedade contemporânea convive com os riscos produzidos por ela mesma e com a frustração de, muitas vezes, não saber distinguir entre catástrofes que possuem causas essencialmente naturais e aquelas ocasionadas a partir da relação que o homem trava com a natureza. Os custos ambientais e humanos do desenvolvimento da técnica, da ciência e da indústria passam a ser questionados a partir de desastres contemporâneos como AIDS, Chernobyl, aquecimento global, contaminação da água e de alimentos pelos agrotóxicos, entre outros.

(Adaptado de: LIMA, M. L. M. A ciência, a crise ambiental e a sociedade de risco.

Senatus. v.4. n.1. nov. 2005. p.42-47.)

31 - (UEL PR/2016)

A tomada de consciência sobre as consequências da intervenção humana na natureza propiciou a emergência de um ramo particular da Sociologia, a Sociologia Ambiental, dedicada ao estudo das relações envolvendo as diversas sociedades e o meio ambiente.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a emergência da Sociologia Ambiental e as principais teses vigentes nesse campo.

a) As análises evidenciam que a escassez de recursos ambientais afeta, com a mesma intensidade, as distintas sociedades e os diferentes estratos de classes sociais.

b) As evidências levantadas comprovam que a percepção sociopolítica do risco é diretamente derivada da ocorrência empírica dos fenômenos.

c) As pesquisas apresentam uma ruptura com as preocupações e os temas antes desenvolvidos no âmbito da Sociologia Urbana e da Sociologia do Desenvolvimento.

d) Os debates confirmam que os impactos dos avanços científicos e tecnológicos são acompanhados pela redução dos riscos ambientais.

e) Os estudos indicam que a lógica do lucro, presente nas ações que resultam na destruição da natureza, perpassa diferentes sistemas econômicos e regimes políticos.

TEXTO: 3 - Comum à questão: 32

O domínio do fogo pelos primeiros hominídeos foi de fundamental importância para a sobrevivência da espécie uma vez que o homem conseguiu produzir diversos materiais (metálicos, cerâmicos) que impulsionaram o desenvolvimento de ferramentas e outros artefatos úteis. Além disso, a invenção da roda, há mais de 6.000 anos, promoveu uma revolução, não só no campo dos transportes, como também da comunicação.

Assim, além do fogo e da roda, a máquina a vapor e a eletricidade, dentre outros, foram alguns dos elementos que marcaram os caminhos que a humanidade trilhou para chegar ao seu atual estágio de desenvolvimento, calcado na busca permanente por novas tecnologias e nas revoluções que elas causam.

Nesse contexto, será abordado o eixo temático “Revoluções Tecnológicas” a serviço da humanidade.

32 - (UCS RS/2017)

A biotecnologia está, a cada dia, propondo novos rumos para a indústria farmacêutica. Uma pesquisa realizada recentemente em parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa – Recursos Genéticos e Biotecnologia), o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e a Universidade de Londres conseguiu comprovar que sementes de soja geneticamente modificadas constituem, até o momento, a biofábrica mais eficiente e uma opção viável para a produção em larga escala da cianovirina – uma proteína extraída de algas – capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano. O resultado inédito foi tema de artigo da Science, uma das mais prestigiadas revistas de divulgação científica do mundo.

O trabalho intenso com soja tem uma razão: além de a planta possuir um sistema de produção consolidado no Brasil, biologicamente é excelente, pois aproximadamente 40% (em massa) da semente é proteína e o restante é composto por óleos, carboidratos e minerais.

Disponível em: .

Acesso em: 12 set. 15. (Adaptado.)

Tendo como referência as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa correta.

a) O recente avanço da cultura da soja sobre grandes porções do território brasileiro gerou uma série de impactos ambientais, como o desmatamento de significativas extensões de vegetação natural. Entre os biomas mais atingidos pela substituição de suas espécies por esse cultivo estão os campos, no Sul; o cerrado, na parte central; e parte da Amazônia, no Norte do País.

b) A economia brasileira, baseada na monocultura da soja voltada para a exportação, sofreu forte queda com a crise de 1929. Por isso, o governo agiu em defesa dos fazendeiros, proibindo o plantio de novas mudas e ordenando a queima de milhões de sacos desse grão que estavam estocados em depósitos do governo à espera de melhores preços.

c) Brasil, Estados Unidos e Inglaterra, juntamente com Rússia e Sri-Lanka, apesar de estarem em Continentes diferentes, integram o Agrupamento Econômico denominado BRICS.

d) As proteínas, formadas pela união de peptídeos, são substâncias químicas fundamentais na fisiologia e na estrutura celular dos organismos, e sua síntese ocorre por intermédio de enzimas presentes nas membranas do complexo de Golgi.

e) Uma indústria alimentícia, ao beneficiar 1,5 toneladas de grãos de soja, irá produzir aproximadamente 80 kg de proteína.

GABARITO

1) A

2) E

3) A

4) C

5) C

6) B

7) 22

8) 23

9) E

10) D

11) D

12) E

13) C

14) C

15) A

16) C

17) D

18) E

19) C

20) E

21) B

22) D

23) B

24) A

25) E

26) C

27) A

28) C

29) C

30) 05

31) E

32) A

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Wesley Liah

28/06/2018

.br

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