O CAIBALION Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito ...

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O CAIBALION Estudo da Filosofia Herm?tica do Antigo Egito e da Gr?cia

INTRODU??O.

Temos grande prazer em apresentar aos estudantes e investigadores da Doutrina Secreta esta pequena obra baseada nos Preceitos herm?ticos do mundo antigo. Existem poucos escritos sobre este assunto apesar das in?meras refer?ncias feitas pelos ocultistas aos Preceitos que expomos, de modo que por isso esperamos que os investigadores dos Arcanos da Verdade saber?o dar bom acolhimento ao livro que agora aparece. O fim desta obra n?o ? a enuncia??o de uma filosofia ou doutrina especial, mas sim fornecer aos estudantes uma exposi??o da Verdade que servir? para reconciliar os fragmentos do conhecimento oculto que adquiriram, mas que s?o aparentemente opostos uns aos outros e que s? servem para desanimar ? desgostar o principiante neste estudo. O nosso intento n?o ? construir um novo Templo de Conhecimento, mas sim colocar nas m?os do estudante uma Chave-Mestra com que possa abrir todas as portas internas que conduzem ao Templo do Mist?rio cujos portais j? entrou. Nenhum fragmento dos conhecimentos ocultos possu?dos pelo mundo foi t?o zelosamente guardado como os fragmentos dos Preceitos herm?ticos que chegaram - at? n?s atrav?s dos s?culos passados desde o tempo do seu grande estabelecedor, Hermes Trismegisto, o mensageiro dos deuses, que viveu no antigo Egito quando a atual ra?a humana estava em sua inf?ncia. Contempor?neo de Abra?o e se for verdadeira a lenda, instrutor deste vener?vel s?bio, Hermes foi e ? o Grande Sol Central do Ocultismo, cujos raios t?m iluminado todos os ensinamentos que foram publicados desde o seu tempo. Todos os preceitos fundamentais e b?sicos introduzidos nos ensinos esot?ricos de cada ra?a foram formulados por Hermes. Mesmo os mais antigos preceitos da ?ndia tiveram indub?tavelmente a sua fonte nos Preceitos herm?ticos originais.

Da terra do Ganges muitos mestres avan?ados se dirigiram para o pa?s do Egito para se prostrarem aos p?s do Mestre. Dele obtiveram a Chave-Mestra que explicava e reconciliava os seus diferentes pontos de vista, e assim a Doutrina Secreta ficou firmemente estabelecida. De outros pa?ses tamb?m vieram muitos s?bios, que consideravam Hermes como o Mestre dos Mestres; e a sua influ?ncia foi t?o grande que, apesar dos numerosos desvios de caminho de centenas de instrutores desses diferentes pa?ses, ainda se pode facilmente encontrar uma certa semelhan?a e correspond?ncia nas muitas e divergentes teorias admitidas e combatidas pelos ocultistas de diferentes pa?ses atuais. Os estudantes de Religi?es comparadas compreender?o facilmente a influ?ncia dos Preceitos herm?ticos em qualquer religi?o merecedora deste nome, quer seja uma religi?o apenas conhecida atualmente, quer seja uma religi?o morta, ou uma religi?o cheia de vida no nosso pr?prio tempo. Existe sempre uma correspond?ncia entre elas, apesar das apar?ncias contradit?rias, e os Preceitos herm?ticos s?o como que o seu grande Conciliador.

A obra de Hermes parece ter sido feita com o fim de plantar a grande Verdade-Semente que se desenvolveu e germinou em tantas formas estranhas, mais depressa do que se teria estabelecido uma escola de filosofia que dominasse o pensamento do mundo. Todavia as verdades originais ensinadas por ele foram conservadas intatas na sua pureza original, por um pequeno n?mero de homens, que, recusando grande parte de estudantes e disc?pulos pouco desenvolvidos, seguiram o costume herm?tico e reservaram as suas verdades para os poucos que estavam preparados para compreend?-las e dirigi-Ias. Dos

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l?bios aos Ouvidos a verdade tem sido transmitida entre esses poucos. Sempre existiram, em cada gera??o e em v?rios pa?ses da terra, alguns Iniciados que conservaram viva a sagrada chama dos Preceitos herm?ticos, e sempre empregaram as suas l?mpadas para reacender as l?mpadas menores do mundo profano, quando a luz da verdade come?ava a escurecer e a apagar-se por causa da sua neglig?ncia, e os seus pavios ficavam embara?ados com subst?ncias estranhas. Existiu sempre um punhado de homens Para cuidar do altar da Verdade, em que mantiveram sempre acesa a L?mpada Perp?tua da Sabedoria. Estes homens dedicaram a sua vida a esse trabalho de amor que o poeta muito bem descreveu nestas linhas: "Oh! n?o deixeis apagar a chama! Mantida De s?culo em s?culo Nesta escura caverna,Neste templo sagrado!Sustentada por puros ministros do amor! N?o deixeis apagar esta divina chama!"

Estes homens nunca procuraram a aprova??o popular, nem grande n?mero de pros?litos. S?o indiferentes a estas coisas, porque sabem qu?o poucos de cada gera??o est?o preparados para a verdade, ou podem reconhec?-la se ela Ihes for apresentada. Reservam a carne para os homens feitos, enquanto outros d?o o leite ?s crian?as. Reservam suas p?rolas de sabedoria para os poucos que conhecem o seu valor e sabem traz?-las nas suas coroas, em vez de as lan?ar ao porco vulgar, que enterr?-las-ia na lama e as Misturaria com o seu desagrad?vel alimento mental. Mas esses poucos n?o esqueceram nem desprezaram os preceitos originais de Hermes, que tratam da transmiss?o das palavras da verdade aos que est?o preparados para receb?-la, a respeito dos quais diz o Caibalion:"Em qualquer lugar que se achem os vest?gios do Mestre, os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber o seu Ensinamento se abrir?o, completamente. " E ainda: "Quando os ouvidos do disc?pulo est?o preparados para ouvir, ent?o v?m os l?bios para ench?-los com sabedoria. " Mas a sua atitude habitual sempre esteve estritamente de acordo com outro aforismo herm?tico tamb?m do Caibalion: "Os l?bios da Sabedoria est?o fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento."

Os que n?o podem compreender s?o os que criticaram esta atitude dos Hermetistas e clamaram que eles n?o manifestavam o verdadeiro esp?rito dos seus ensinamentos nas astuciosas reservas e retic?ncias que faziam. Por?m um r?pido olhar retrospectivo nas p?ginas da hist?ria mostrar? a sabedoria dos Mestres, que conheciam que era uma loucura pretender ensinar ao mundo o que ele n?o desejava saber, nem estava preparado para isso. Os Hermetistas nunca quiseram ser m?rtires; antes pelo contr?rio, ficaram silenciosamente retirados com um sorriso de piedade nos seus fechados l?bios enquanto os b?rbaros se enfureciam contra eles nos seus costumeiros divertimentos de levar ? morte e ? tortura os honestos mas desencaminhados entusiastas, que julgavam ser poss?vel obrigar uma ra?a de b?rbaros a admitir a verdade, que s? pode ser compreendida pelo eleito j? bastante avan?ado no Caminho. E o esp?rito de persegui??o ainda n?o desapareceu da terra. H? certos preceitos herm?ticos que, se fossem divulgados, atrairiam contra os divulgadores uma gritaria de desprezo e de ?dio por parte da multid?o, que tornaria a gritar: "Crucificai-os! Crucificai-os!

Nesta obra n?s nos esfor?amos por vos oferecer uma id?ia dos preceitos fundamentais do Caibalion, procurando dar os Princ?pios acionantes e vos deixando o trabalho de os estudar, em vez de tratarmos detalhadamente dos seus ensinamentos. Se fordes verdadeiros estudantes podereis compreender e aplicar estes Princ?pios; se o n?o fordes

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deveis vos desenvolver, porque de outra maneira os Preceitos herm?ticos ser?o para v?s somente palavras, palavras, palavras!!! ...

Os TR?S INICIADOS

A FILOSOFIA HERM?TICA "Os l?bios da sabedoria est?o fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento." - O CAIBALION -

Do velho Egito sa?ram os preceitos fundamentais esot?ricos e ocultos que t?o fortemente t?m influenciado as filosofias de todas as ra?as, na??es e povos, por v?rios milhares de anos. O Egito, a terra das Pir?mides e da Esfinge, foi a p?tria da Sabedoria secreta e dos Ensinamentos m?sticos. Todas as na??es receberam dele a Doutrina secreta. A ?ndia, a P?rsia, a,Cald?ia, a M?dia, a China, o Jap?o, a Ass?ria, a antiga Gr?cia e Roma e outros pa?ses antigos aproveitaram lautamente dos fatos do conhecimento, que os hierofantes e Mestres da Terra de Isis t?o francamente ministravam aos que estavam preparados para participar da grande abund?ncia de preceitos m?sticos e ocultos, que as mentes superiores deste antigo pa?s tinham continuamente condensado. No antigo Egito viveram os grandes Adeptos e Mestres que nunca mais foram avantajados, e raras vezes foram igualados, nos s?culos que se passaram desde o tempo do grande Hermes. No Egito estava estabelecida a maior das Lojas dos M?sticos. Pelas portas dos seus Templos entraram os Ne?fitos que mais tarde, como H?erofantes, Adeptos e Mestres, se espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que possu?am, ansiosos e desejosos de ensin?-lo ?queles que estivessem preparados para receb?-lo. Todos os estudantes do Oculto conhecem a d?vida que t?m para com os vener?veis Mestres deste antigo pa?s.

Mas entre estes Grandes Mestres do antigo Egito, existiu um que eles proclamavam como o Mestre dos Mestres. Este homem, se ? que foi verdadeiramente um homem, viveu no Egito na mais remota antiguidade. Ele foi conhecido sob o nome de Hermes Trismegisto. Foi o pai da Ci?ncia Oculta, o fundador da Astrologia, o descobridor da Alquimia. Os detalhes da sua vida se perderam devido ao imenso espa?o de tempo, que ? de milhares de anos, e apesar de muitos pa?ses antigos disputarem entre si a honra de ter sido a sua p?tria. A data da sua exist?ncia no Egito, na sua ?ltima encarna??o neste planeta, n?o ? conhecida agora mas foi fixada nos primeiros tempos das mais remotas dinastias do Egito, muito antes do tempo de Mois?s. As melhores autoridades consideram-no como contempor?neo de Abra?o, e algumas tradi??es judaicas dizem claramente que Abra?o adquiriu uma parte do seu conhecimento m?stico do pr?prio Hermes.

Depois de ter passado muitos anos da sua partida deste plano de exist?ncia (a tradi??o afirma que viveu trezentos anos) os eg?pcios deificaram Hermes e fizeram dele um dos seus deuses sob o nome de Thoth. Anos depois os povos da Antiga Gr?cia tamb?m o deificaram com o nome de "Hermes, o Deus da Sabedoria". Os eg?pcios reverenciaram por muitos s?culos a sua mem?ria, denominando-o o mensageiro dos Deuses, e ajuntando-lhe como distintivo o seu antigo t?tulo "Trismegisto", que significa o tr?s vezes grande, o grande entre os grandes.

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Em todos os pa?ses antigos, o nome de Hermes Trismegisto foi reverenciado, sendo esse nome considerado como sin?nimo de "Fonte de Sabedoria". Ainda em nossos dias empregamos o termo herm?tico no sentido de secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, etc., pela raz?o que os disc?pulos de Hermes sempre observaram o princ?pio do segredo nos seus preceitos. Eles ignoravam aquele n?o lan?ar as p?rolas aos porcos, mas conservavam o preceito de dar leite ?s crian?as, e carne aos homens feitos, m?ximas que s?o familiares a todos os leitores das Escrituras Crist?s, mas que j? eram usadas pelos eg?pcios, muitos s?culos antes da era crist?. Os Preceitos herm?ticos est?o espalhados em tocos os pa?ses e em todas as religi?es, mas n?o pertencem a nenhuma seita religiosa particular. Isto acontece por causa das advert?ncias feitas pelos antigos instrutores com o fim de evitar que a Doutrina Secreta fosse cristalizada em um credo. A sabedoria desta precau??o ? clara para todos os estudantes de hist?ria. O antigo ocultismo da ?ndia e da P?rsia degenerou-se e perdeu-se completamente, porque os seus instrutores tornaram-se padres, e misturaram a teologia com a filosofia, vindo a ser, por conseq??ncia, o ocultismo da ?ndia e da P?rsia, gradualmente perdido no meio das massas de religi?es, supersti??es, cultos, credos e deuses. O mesmo aconteceu com a antiga Gr?cia e Roma e tamb?m com os Preceitos herm?ticos dos Gn?sticos e Crist?os primitivos, que se perderam no tempo de Constantino, e que sufocaram a filosofia com o manto da teologia, fazendo assim a Igreja perder aquilo que era a sua verdadeira ess?ncia e esp?rito, e andar ?s cegas durante v?rios s?culos, antes de tomar o seu verdadeiro caminho; porque todos os bons observadores deste vig?simo s?culo dizem que a Igreja est? lutando para voltar aos seus antigos ensinamentos m?sticos.

Apesar de tudo isso sempre existiram algumas almas fi?is que mantiveram viva a Chama, alimentando-a cuidadosamente e n?o deixando a sua luz se extinguir. E gra?as a estes firmes cora??es e intr?pidas mentes, temos ainda conosco a verdade. Mas a maior parte desta n?o se acha nos livros. Tem sido transmitida de Mestre a Disc?pulo, de Iniciado a Hierofante, dos l?bios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, foi propositalmente velada com termos de alquimia e astrologia, de modo que s? os que possuem a chave podem-na ler bem. Isto era necess?rio para evitar as persegui??es dos te?logos da Idade M?dia que combatiam a Doutrina Secreta a ferro, fogo, pelourinho, forca e cruz. Ainda atualmente s? encontramos alguns valiosos livros de Filosofia herm?tica, apesar das numerosas refer?ncias feitas a ela nos v?rios livros escritos sobre diversas fases do Ocultismo. Contudo, a Filosofia herm?tica ? a ?nica Chave-Mestra que pode abrir todas as portas dos Ensinamentos Ocultos! Nos primeiros tempos existiu uma compila??o de certas Doutrinas b?sicas do Hermetismo, transmitida de mestre a disc?pulo, a qual era conhecida sob o nome de "Caibalion", cuja significa??o exata se perdeu durante v?rios s?culos. Este ensinamento ?, contudo, conhecido por v?rios homens a quem foi transmitido dos l?bios aos ouvidos, desde muitos s?culos.

Estes preceitos nunca foram escritos ou impressos at? chegarem ao nosso conhecimento. Eram simplesmente uma cole??o de m?ximas, preceitos e axiomas, n?o intelig?veis aos profanos, mas que eram prontamente entendidos pelos estudantes; e al?m disso, eram depois explicados e ampliados pelos Iniciados hermetistas aos seus Ne?fitos. Estes preceitos constitu?am realmente os princ?pios b?sicos da Arte da Alquimia Herm?tica que, contrariamente ao que geralmente se cr?, baseia-se no dom?nio das For?as Mentais, em vez de no dom?nio dos Elementos materiais; na

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Transmuta??o das Vibra??es mentais em outras, em vez de na mudan?a de uma esp?cie de metal em outra. As lendas da Pedra Filosofal, que transformava qualquer metal em ouro, eram alegorias da Filosofia herm?tica perfeitamente entendidas por todos os estudantes do verdadeiro Hermetismo. Neste livro, cuja primeira li??o ? esta, convidamos os estudantes a examinar os Preceitos herm?ticos tal como s?o expostos no Caibalion e explicados por n?s, humildes estudantes desses Preceitos' que, apesar de termos o t?tulo de Iniciados, somos simples estudantes aos p?s de Hermes, o Mestre. N?s lhes oferecemos muitos axiomas, m?ximas e preceitos do Caibalion, acompanhados de explica??es e coment?rios, que cremos servir para tornar os seus preceitos mais compreens?veis ao estudante moderno, principalmente porque o texto original ? velado de prop?sito com termos obscuros. As m?ximas, os axiomas e preceitos originais do Ca?bal?on s?o impressos em tipo diferente do tipo geral da nossa obra. Esperamos que os estudantes a quem oferecemos esta obra, como possam tirar muito proveito do estudo das suas p?ginas como tiraram outros que passaram antes pelo Caminho do Adeptado, nos s?culos decorridos desde o tempo de Hermes Trismegisto, o Mestre dos Mestres, o Tr?s Vezes Grande. Diz o Caibalion: "Em qualquer lugar que estejam os vest?gios do Mestre, os ouvidos daquele que estiver preparado para receber o seu Ensinamento se abrir?o completamente". "Quando os ouvidos do disc?pulo est?o preparados para ouvir, ent?o v?m os l?bios para os encher com Sabedoria." De modo que, de acordo com o indicado, s? dar? aten??o a este livro aquele que tiver uma prepara??o especial para receber os Preceitos que ele transmite. E, reciprocamente, quando o estudante estiver preparado para receber a verdade, tamb?m este livro lhe aparecer?. Esta ? a Lei. O Princ?pio herm?tico de Causa e Efeito, no seu aspecto de Lei de Atra??o, levar? os ouvidos para junto dos l?bios e o livro para junto do disc?pulo. Assim s?o os ?tomos!

CAP?TULO ll OS SETE PRINC?PIOS HERM?TICOS

"Os Princ?pios da Verdade s?o Sete; aquele que os conhece perfeitamente, possui a Chave M?gica com a qual todas as Portas do Templo podem ser abertas completamente." - O CAIBALION-

Os Sete Princ?pios em que se baseia toda a Filosofia herm?tica s?o os seguintes: I. O Princ?pio de Mentalismo. II. O Princ?pio de Correspond?ncia. III. O Princ?pio de Vibra??o. IV. O Princ?pio de Polaridade. V. O Princ?pio de Ritmo. VI. O Princ?pio de Causa e Eleito. VII . O Princ?pio de G?nero.

Estes Sete Princ?pios podem ser explicados e explanados, como vamos fazer nesta li??o. Uma pequena explana??o de cada um deles pode ser feita agora, e ? o que vamos fazer.

I. O Principio de Mentalismo

"O TODO ? MENTE; o Universo ? Mental." - O CAIBALION -

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Este Princ?pio cont?m a verdade que Tudo ? Mente. Explica que O TODO (que,? a Realidade substancial que se oculta em todas as manifesta??es e apar?ncias que conhecemos sob o nome de Universo Material, Fen?menos da Vida, Mat?ria, Energia, numa palavra, sob tudo o que tem apar?ncia aos nossos sentidos materiais) ? ESP?RITO, ? INCOGNOSC?VEL e IND?FINFVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Ensina tamb?m que todo o mundo fenomenal ou universo ? simplesmente uma Cria??o Mental do TODO, sujeita ?s Leis das Coisas criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem sua exist?ncia na mente do TODO, em cuja Mente vivemos, movemos e temos a nossa exist?ncia. Este Princ?pio, estabelecendo a Natureza Mental do Universo, explica todos os fen?menos mentais e ps?quicos que ocupam grande parte da aten??o p?blica, e que, sem tal explica??o, seriam inintelig?veis e desafiariam o exame cient?fico. A compreens?o deste Princ?pio herm?tico do Mentalismo habilita o indiv?duo a abarcar prontamente as leis do Universo Mental e a aplicar o mesmo Princ?pio para a sua felicidade e adiantamento. O estudante hermetista ainda n?o sabe aplicar inteligentemente a grande Lei Mental, apesar de empreg?-la de maneira casual.

Com a Chave-Mestra em seu poder, o estudante poder? abrir as diversas portas do templo ps?quico e mental do conhecimento e entrar por elas livre e inteligentemente. Este Princ?pio explica a verdadeira natureza da For?a, da Energia e da Mat?ria, como e por que todas elas s?o subordinadas ao Dom?nio da Mente. Um velho Mestre herm?tico escreveu, h? muito tempo: "Aquele que compreende a verdade da Natureza Mental do Universo est? bem avan?ado no Caminho do Dom?nio." E estas palavras s?o t?o verdadeiras hoje, como no tempo em que foram escritas. Sem esta Chave-Mestra, o Dom?nio ? imposs?vel, e o estudante bater? em v?o nas diversas portas do Templo.

II. O Principio de Correspond?ncia

"O que est? em cima ? como o que est? embaixo, e o que est? embaixo ? como o que est? em cima." - O CAIBALION - Este Princ?pio cont?m a verdade que existe uma correspond?ncia entre as leis e os fen?menos dos diversos planos da Exist?ncia e da Vida. O velho axioma herm?tico diz estas palavras: "O que est? em cima ? como o que est? embaixo, e o que est? embaixo ? como o que est? em cima.' A compreens?o deste Princ?pio d? ao homem os meios de explicar muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza. Existem planos fora dos nossos conhecimentos, mas quando lhes aplicamos o Princ?pio de Correspond?ncia chegamos a compreender muita coisa que de outro modo nos seria imposs?vel compreender. Este Princ?pio ? de aplica??o e manifesta??o universal nos diversos planos do universo material, mental e espiritual: ? uma Lei Universal. Os antigos Hermetistas consideravam este Princ?pio como um dos mais importantes instrumentos mentais, por meio dos quais o homem pode ver al?m dos obst?culos que encobrem ? vista o Desconhecido. O seu uso constante rasgava aos poucos o v?u de Isis e um vislumbre da face da deusa podia ser percebido. Justamente do mesmo modo que o conhecimento dos Princ?pios da Geometria habilita o homem, enquanto estiver no seu observat?rio, a medir s?is long?nquos, assim tamb?m o conhecimento do Princ?pio de Correspond?ncia habilita o Homem a raciocinar inteligentemente,do Conhecido ao Desconhecido. Estudando a m?nada, ele chega a compreender o arcanjo.

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III. O Princ?pio de Vibra??o

"Nada est? parado; tudo se move;tudo vibra." - O CAIBALION - Este Princ?pio encerra a verdade que tudo est? em moviirento: tudo vibra; nada est? parado; fato que a Ci?ncia moderna observa, e que cada nova descoberta cient?fica tende a confirmar. E contudo este Princ?pio herm?tico foi enunciado h? milhares de anos pelos Mestres do antigo Egito. Este Princ?pio explica que as diferen?as entre as diversas manifesta??es de Mat?ria, Energia, Mente e Esp?rito, resultam das ordens vari?veis de Vibra??o. Desde O TODO, que ? Puro Esp?rito, at? a forma mais grosseira da Mat?ria, tudo est? em vibra??o; quanto mais elevada for a vibra??o, tanto mais elevada ser? a posi??o na escala. A vibra??o do Esp?rito ? de uma intensidade e rapidez t?o infinitas que praticamente ele est? parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada. Na extremidade inferior da escala est?o as grosseiras formas da mat?ria, cujas vibra??es s?o t?o vagarosas que parecem estar paradas. Entre estes p?los existem milh?es e milh?es de graus diferentes de vibra??o. Desde o corp?sculo e o el?tron, desde o ?tomo e a mol?cula, at? os mundos e universos, tudo est? em movimento vibrat?rio. Isto ? verdade nos planos da energia e da for?a (que tamb?m variam em graus de vibra??o); nos planos mentais (cujos estados dependem das vibra??es), e tamb?m nos planos espirituais. O conhecimento deste Princ?pio,' com as f?rmulas apropriadas, permite ao estudante hermetista conhecer as suas vibra??es mentais, assim como tamb?m a dos outros. S? os Mestres podem aplicar este Princ?pio para a conquista dos Fen?menos Naturais, por diversos meios. "Aquele que compreende o Princ?pio de vibra??o alcan?ou o cetro do poder", diz um escritor antigo.

IV. O Principio de Polaridade

"Tudo ? Duplo; tudo tem p?los; tudo tem o seu oposto;o igual e o desigual s?o a mesma coisa; os opostos s?o id?nticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades s?o meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados." - O CAIBALION - Este Princ?pio encerra a verdade: tudo ? Duplo; tudo tem dois p?los; tudo tem o seu oposto, que formava um velho axioma herm?tico. Ele explica os velhos paradoxos, que deixaram muitos homens perplexos, e que foram estabelecidos assim: A Tese e a Ant?tese s?o id?nticas em natureza, mas diferentes em grau; os opostos s?o a mesma coisa, diferindo somente em grau; os pares de opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam; tudo existe e n?o existe ao mesmo tempo; todas as verdades s?o meias-verdades; toda verdade ? meio-falsa; h? dois lados em tudo, etc., etc. Ele explica que em tudo h? dois p?los ou aspectos opostos, e que os opostos s?o simplesmente os dois extremos da mesma coisa, consistindo a diferen?a em varia??o de graus. Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que sejam; opostos, s?o a mesma coisa, e a diferen?a que h? entre eles consiste simplesmente na varia??o de graus dessa mesma coisa. Olhai para o vosso term?metro e vede se podereis descobrir onde termina o calar e come?a o frio! N?o h? coisa de calor absoluto ou de frio absoluto; os dois termos calor e frio indicam somente a varia??o de grau da mesma coisa, e que essa mesma coisa que se manifesta como calor e frio nada mais ? que uma forma, variedade e ordem de Vibra??o.

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Assim o calor e o frio s?o unicamente os dois p?los daquilo que chamamos Calor; e os fen?menos que da? decorrem s?o manifesta??es do Princ?pio de Polaridade. O mesmo Princ?pio se manifesta no caso da Luz e da Obscuridade, que s?o a mesma coisa, consistindo a diferen?a simplesmente nas varia??es de graus entre os dois p?los do fen?meno Onde cessa a obscuridade e come?a a luz? Qual ? a diferen?a entre o grande e o pequeno? Entre o forte e o fraco? Entre o branco e o preto? Entre o perspicaz e o n?scio? Entre o alto e o baixo? Entre o positivo e o negativo. O Princ?pio de Polaridade explica estes paradoxos e nenhum outro Princ?pio pode exced?-lo. O mesmo Princ?pio opera no Plano mental. Perm?tiu-nos tomar um exemplo extremo: o do Amor e o ?dio, dois estados mentais em apar?ncia totalmente diferentes. E, apesar disso, existem graus de ?dio e graus de Amor, e um ponto m?dio em que usamos dos termos Igual ou Desigual, que se encobrem mutuamente de modo t?o gradual que ?s vezes temos dificuldades em conhecer o que nos ? igual, desigual ou nem um nem outro. E todos s?o simplesmente graus da mesma coisa, como compreendereis se meditardes um momento. E mais do que isto (coisa que os Hermetistas consideram de m?xima import?ncia), ? poss?vel mudar as vibra??es de ?dio em vibra??es de Amor, na pr?pria mente de cada um de n?s e nas mentes dos outros. Muitos de v?s, que ledes estas linhas, tiveram experi?ncias pessoais da transforma??o do Amor em ?dio ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos, quer com outros. Podeis pois tornar poss?vel a sua realiza??o, exercitando o uso da vossa Vontade por meio das f?rmulas herm?ticas. Deus e o Diabo, s?o, pois, os p?los da mesma coisa, e o Hermetista entende a arte de transmutar o Diabo em Deus, por meio da aplica??o do Princ?pio de Polaridade. Em resumo, a Arte de Polaridade fica sendo uma fase da Alquimia Mental, conhecida e praticada pelos antigos e modernos Mestres hermetistas. O conhecimento do Princ?pio habilitar? o disc?pulo a mudar a sua pr?pria Polaridade, assim como a dos outros, se ele consagrar o tempo e o estudo necess?rio para obter o dom?nio da arte.

V. O Principio de Ritmo

"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo ,em suas mar?s; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscila??es compensadas; a medida do movimento ? direita ? a medida do movimento ? esquerda; o ritmo ? a compensa??o." - O CAIBALION - Este Princ?pio cont?m a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para tr?s, um fluxo e refluxo, um movimento de atra??o e repuls?o, um movimento semelhante ao do p?ndulo, uma mar? enchente e uma mar? vazante, uma mar? -alta e uma mar? baixa, entre os dois p?los, que existem, conforme o Princ?pio de Polaridade de que tratamos h? pouco. Existe sempre uma a??o e uma rea??o, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos s?is, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na mat?ria. Esta lei ? manifesta na cria??o e destrui??o dos mundos, na eleva??o e na queda das na??es, na vida de todas as coisas, e finalmente nos estados mentais do I-Iomem (e ? com estes ?ltimos que os Hermetistas reconhecem a compreens?o do Princ?pio mais importante). Os Hermetistas compreenderam este Princ?pio, reconhecendo a sua aplica??o universal, e descobriram tamb?m certos meios de dominar os seus efeitos no pr?prio ente com o emprego de f?rmulas e m?todos apropriados. Eles aplicam a Lei mental de Neutraliza??o. Eles n?o podem anular o Princ?pio ou impedir as suas opera??es, mas aprenderam como se escapa dos seus efeitos na pr?pria pessoa, at? um certo grau que depende do Dom?nio deste Princ?pio. Aprenderam como empreg?-lo, em vez de serem empregados por ele.

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