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PROF.ª MARIA PIEDADE GONÇALVES

HISTÓRIA DE PORTUGAL

4.º ANO DO ENSINO BÁSICO

Pertence a

PORTUGAL NA PENÍNSULA IBÉRICA

(Séc. XII, XIII e XIV)

A Península Ibérica foi habitada desde os tempos pré-históricos. Inúmeros vestígios testemunham essa presença.

Mas no 1.º milénio a.C. (antes de Cristo) podemos já assinalar a presença de vários povos que aqui habitavam, por testemunho escrito de alguns historiadores que lhes fazem referências.

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Os povos ibéricos, no Séc. III a.C.

Nos finais do séc. III a.C. (ano 218 a.C.), os Romanos invadiram a Península Ibérica e, a pouco e pouco, foram submetendo os povos peninsulares.

O seu domínio prolongou-se por cerca de seis séculos, influenciando e transformando a maneira de viver dos povos ibéricos.

Inúmeros vestígios, deixados por toda a parte, nos dão testemunho da sua presença e da sua acção civilizadora. Da sua língua, o latim, derivou o português.

Foi também durante o seu domínio que se difundiu o Cristianismo, de tal modo que, nos finais do séc. IV, todas as regiões da Península Ibérica se encontravam cristianizadas.

No início do séc. V, os povos Bárbaros invadiram e destruíram o Império Romano (do Ocidente). De entre os povos que vieram para a Península Ibérica importa referir os Suevos e os Visigodos.

Mas os Visigodos, nos finais do séc. VI, derrotaram os Suevos e passaram a dominar toda a Península Ibérica.

Com a sua conversão ao Cristianismo, estabelece-se uma certa unidade entre todos os habitantes.

No séc. VIII (711) dá-se a última grande invasão. Os Muçulmanos invadem a Península Ibérica, que dominam quase completamente.

Os cristãos (Visigodos), derrotados, refugiam-se no Norte, na zona montanhosa das Astúrias, onde organizam a resistência aos Muçulmanos.

É a partir das Astúrias que os cristãos vão tentar recuperar todas as terras perdidas, lutando contra os Muçulmanos.

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A este movimento damos o nome de Reconquista Cristã. A reconquista prossegue lentamente, com avanços e recuos, consoante a sorte das lutas e, em meados do séc. IX, atinge-se a bacia do Douro.

Procede-se então a uma reorganização e repovoamento das terras reconquistadas.

Com a continuação das lutas vão-se formando também vários reinos cristãos: Leão, Castela, Navarra e Aragão.

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Mas o movimento da Reconquista continua e os reinos cristãos vão-se estendendo para sul.

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No séc. XI (1096), D. Afonso VI, rei de Leão, faz doação do Condado Portucalense (que agora incluía o território de Coimbra, a sul do rio Douro) a D. Henrique, um nobre francês que o viera ajudar nas lutas contra os Muçulmanos e que casara com uma das suas filhas, D. Teresa.

D. Henrique ficava, no entanto, com a obrigação de o ajudar nas lutas contra os Mouros e de lhe prestar obediência.

Mas D. Henrique tentou tornar-se independente do rei de Leão.

D. Afonso Henriques, filho de D. Henrique, desde que tomou conta do Condado Portucalense, procurou torná-lo independente.

Para isso lutou contra o rei de Leão, Afonso VII, seu primo, invadindo por diversas vezes o seu território, na tentativa de o obrigar a reconhecê-lo como rei.

Igualmente lutou contra os Muçulmanos, sem ajuda de qualquer outro rei cristão, procurando assim demonstrar ser merecedor do título de rei.

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D. Afonso Henriques, Fundador de Portugal

Mas só em 1143, pelo Tratado de Zamora, o rei de Leão reconhece Afonso Henriques como rei e o seu território como reino independente – o Reino de Portugal.

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Limites aproximados de Portugal antes da conquista de Santarém

Dominada a linha do rio Tejo, com a conquista de Santarém e Lisboa (1147), Afonso Henriques alarga os seus domínios para sul, pelo Alentejo.

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Limites aproximados de Portugal depois das conquistas de D. Afonso Henriques

Finalmente, o território de Algarve é conquistado em 1249, no reinado de Afonso III.

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Mapa de Portugal após a conquista definitiva do Algarve

QUADRO DAS CONQUISTAS

|REIS |TERRAS CONQUISTADAS |

|D. Afonso Henriques |Santarém, Lisboa, Sintra, Almada, Palmela, Alcácer do Sal, Évora e Beja |

|D. Sancho I |Alvor, Albufeira e Silves |

|D. Afonso II |Reconquista de Alcácer do Sal |

|D. Sancho II |Elvas, Moura, Serpa, Juromenha, Aljustrel, Tavira, Cacela e Aiamonte (Espanha) |

|D. Afonso III |Conquista definitiva de todo o Algarve |

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À medida que o território ia sendo conquistado, os reis repartiam essas terras, para que melhor fossem povoadas e defendidas. Dessas terras, os reis reservavam uma parte para si. Do restante, fizeram enormes doações ao clero e à nobreza. É que tanto a nobreza como o clero ajudaram os reis na luta de reconquista contra os Mouros.

Para que as novas terras conquistadas fossem povoadas, defendidas e aproveitadas economicamente, tanto o rei como o clero e a nobreza procuravam atrair povoadores (povo) para as suas terras, dando-lhes regalias. Surgem assim algumas novas povoações, e outras se vão desenvolvendo com a chegada de novos povoadores.

Neste período, o crescimento da população foi bastante significativo.

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Na sociedade portuguesa desta época pode-se distinguir três grupos sociais: o clero, a nobreza e o povo.

Cada um destes grupos sociais estava ligado a determinadas funções.

Assim, o clero dedicava-se a assegurar os serviços religiosos, bem como ao e à assistência, para além de altos cargos no governo.

À nobreza cabiam funções de defesa e igualmente altos cargos no governo.

Por sua vez, o povo dedicava-se às várias actividades económicas, em especial à agricultura. Os produtos cultivados era, em geral, idênticos aos de hoje. Associada à agricultura estava a criação de gado e também a indústria doméstica e rudimentar. No litoral, as populações dedicavam-se à pesca e à extracção do sal.

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Inicialmente, o comércio interno era reduzido. Mas, com o crescimento da população e o aumento da produção agrícola, que se verificam sobretudo ao longo do séc. XIII, o comércio interno começa a desenvolver-se.

Passa-se a produzir para vender. Assim são criadas numerosas feiras, bem como mercados nas principais povoações.

O desenvolvimento da agricultura levou ao desenvolvimento de toda a economia.

Os mercadores portugueses começam também a frequentar mercados estrangeiros, especialmente no norte da Europa. Para estas regiões exportam principalmente produtos agrícolas e delas importam sobretudo produtos industriais.

Como o comércio externo dava grandes lucros, assiste-se, por todo o lado, a uma movimentação das populações dos meios rurais para as cidades, em especial do litoral.

Passam a dedicar-se não só ao comércio, mas também a outras actividades com elas relacionadas, tais como a construção naval, carregamento e transporte de mercadorias, etc..

Assim, junto às velhas cidades surgem como que novas cidades (novos burgos). Estes habitantes dos novos burgos, que passam a ser conhecidos por burgueses, dedicam-se principalmente ao comércio. Surge assim, saída do povo, uma nova e rica camada social – a burguesia mercantil.

Mas, no séc. XIV, a produção agrícola começa a diminuir. Para isso contribuem o abandono dos solos mais pobres e arenosos, a deslocação dos trabalhadores rurais para as cidades do litoral, ou ainda a diminuição da cultura dos cereais. Esta cultura, devido à falta de trabalhadores rurais, começa a ser substituída pelas culturas da vinha e da oliveira ou pela criação de gado, por exigirem menos mão-de-obra.

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A falta de cereais faz com que a população comece a sentir dificuldades em se abastecer e em se alimentar.

Havia também fomes, provocadas especialmente por maus anos agrícolas.

Assim, esta deficiente alimentação, aliada à falta de condições de higiene, leva a que as epidemias (pestes) se espalhem mais facilmente, provocando a morte de muitas pessoas.

Ficou célebre a Peste Negra que se espalhou rapidamente por toda a Europa, morrendo, devido a ela, nalgumas regiões, de metade a um terço da população.

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A crise económica (crise agrícola, essencialmente) vai continuar ao longo da segunda metade do séc. XIV e prolongar-se ainda pelo séc. XV.

Tanto o clero como a nobreza, vendo diminuir os seus rendimentos, começam também a querer dedicar-se ao comércio porque, sobretudo o comércio externo, dava grandes lucros.

Mas aqui entra em choque com os interesses da burguesia, que enriquecera nesse mesmo comércio.

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Tendo morrido (1384) o rei de Portugal, D. Fernando, surge um problema de sucessão. Não tendo filhos, e estando a sua única filha casada com o rei de Castela, podia dar-se o caso de Portugal ficar unido a Castela.

Desta forma, os portugueses dividem-se em dois grupos ou partidos opostos:

- o partido do Mestre de Avis, formado essencialmente pela classe popular e alguns membros do clero e alta nobreza;

- o partido de Castela, apoiado sobretudo em elementos do alto clero e alta nobreza.

Tornava-se necessário resolver a crise política, ou seja, a nomeação de um novo rei. Para isso se reuniram as corte em Coimbra (Cortes de Coimbra), onde o Mestre de Avis foi aclamado rei (D. João I).

O rei de Castela invade novamente Portugal, mas é derrotado na Batalha de Aljubarrota. Os partidários do Mestre de Avis saíram, assim, vitoriosos.

PORTUGAL

(Séc. XV, XVI, XVII E XVIII)

No início do séc. XV, Portugal continuava a enfrentar dificuldades económicas. Faltavam, por exemplo, cereais. Também a falta de metais preciosos (ouro e prata), que se fazia sentir por toda a Europa, criava dificuldades ao comércio externo português.

Não admira, portanto, o interesse manifestado, não só pela burguesia, mas também pelos outros grupos sociais, pela conquista de Ceuta.

A nobreza tinha oportunidade de ganhar fama e glória, para além de cargos e recompensas.

Para o clero, guerrear os infiéis (Mouros) significava um alargamento e difusão da religião cristã.

A burguesia via também com bons olhos a conquista de Ceuta.

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Rotas comerciais nos princípios do séc. XV

Ceuta não só abria possibilidades de acesso aos mercados de cereais de Marrocos, mas era igualmente término das rotas do ouro e das especiarias. Para além disso, eliminava-se também a pirataria moura, havia mais segurança na costa portuguesa, possibilitava-se, também, maios segurança e consequente alargamento da área de pesca no Oceano Atlântico e o controlo de navegação no Estreito de Gibraltar.

E, assim, a cidade de Ceuta é conquistada em 1415. Este acontecimento marca o início da expansão portuguesa.

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Contrariamente aos benefícios económicos que se procura obter, Ceuta não é auto-suficiente. È necessário abastecê-la de gente e de cereais, cereais esses que faltam em Portugal.

Assim, surgem em Portugal duas correntes de opinião. Uma é favorável ao abandono de Ceuta ou, pelo menos, à não continuação das conquistas, devido às despesas que é necessário fazer. Outra, defendida pela nobreza, favorável à continuação da conquista de outras cidades, para assim evitar os ataques dos Mouros.

Estas duas correntes de opinião vão influenciar os dois rumos seguidos pela expansão portuguesa. Por um lado, a burguesia está mais interessada em alargar a área do comércio e atingir as regiões do ouro a sul do Deserto do Sara (descobertas). Por outro lado, a nobreza defende a continuação das conquistas, para assim ganhar honra, fama e mercês.

O Infante D. Henrique foi o grande impulsionador da expansão portuguesa.

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O Infante D. Henrique, filho do rei D. João I, foi o iniciador dos descobrimentos marítimos.

Fundou uma escola náutica em Sagres, para preparar os futuros marinheiros para as viagens marítimas.

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Tendo em conta o abastecimento de Ceuta, Portugal resolve então colonizar o Arquipélago da Madeira.

Inicialmente desenvolve-se a cultura do trigo, tanto para o abastecimento de Ceuta como de Portugal. Mais tarde desenvolvem-se as culturas do vinho e do açúcar.

A Madeira passa, então, a abastecer a Europa de açúcar, um produto que, até essa época, era muito raro.

Nos Açores também vai ser introduzida a cultura do trigo. A criação de gado atinge um certo desenvolvimento.

Sistema idêntico de colonização vai ser introduzido, mais tarde, noutras ilhas atlânticas (Arquipélagos de Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe).

Para atingir as fontes do ouro a sul do Deserto do Sara, necessário se tornará navegar para sul, ao longo da costa africana, e ultrapassar o Cabo Bojador, limite do mundo então conhecido.

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Os ventos e a corrente marítima contrários tornavam difíceis essas viagens, sobretudo a viagem de regresso, isto aliado, também, às dificuldades de orientação, navegando longe da costa.

Ora, passado o Cabo Bojador, os portugueses passam a utilizar a caravela, capaz de navegar com ventos contrários, devido às suas velas triangulares.

No alto mar orientam-se pelos astros, com a ajuda de vários instrumentos.

Fazem cartas de marear (mapas), onde anotam, entre outros elementos, os rumos a seguir.

À medida que as descobertas foram avançando, os portugueses começaram a estabelecer relações comerciais com os povos que aí viviam. Estes povos trocavam os seus produtos (ouro, marfim, malagueta, escravos, etc.) por outros idos de Portugal.

Após a morte do Infante D. Henrique toda esta actividade sofreu uma ligeira diminuição.

Mais tarde, o rei D. João II vai dar um grande impulso às viagens dos descobrimentos.

O seu desejo era chegar à Índia e, assim, dominar o comércio com essa região. Para isso, era necessário encontrar uma passagem entre o Oceano Atlântico e o Oceano Índico.

Diogo Cão descobre uma grande extensão da costa de África.

Em seguida, Bartolomeu Dias contorna a África do sul e navega pela primeira vez no Oceano Índico.

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Viagem de Bartolomeu Dias

Abriram-se, assim, as esperanças de poder chegar à Índia por mar. Por isso, D. João II mudou, ao cabo situado na extremidade sul e a que Bartolomeu Dias chamara de Cabo das Tormentas, o nome para Cabo da Boa Esperança, pela esperança de se poder chegar à Índia contornando a África.

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Viagens marítimas de Vasco da Gama e de Pedro Álvares Cabral

Só no reinado de D. Manuel I é que as naus, comandadas por Vasco da Gama, partem de Lisboa à descoberta do caminho marítimo para a Índia.

Em 1500, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.

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Logo após a 1.ª viagem à Índia, começam a afluir a Lisboa as riquezas orientais, sobretudo especiarias.

Assim, Portugal desempenha em todo este circuito comercial o papel de intermediário. Portugal compra no Oriente para vendar na Europa. Do mesmo modo, compra na Europa os produtos que vende no Oriente.

Todo este rico e rendoso comércio, que proporcionava grandes lucros, vai influenciar a maneira de viver dos portugueses desta época (Séc. XVI).

As pessoas correm a Lisboa para conseguir uma vida melhor e procurar emigrar, sobretudo para a Índia, em busca de riqueza fácil.

Em contrapartida, são trazidos para Portugal muitos escravos que se vão dedicar a serviços domésticos e, também, suprimir a falta de braços na agricultura.

Mas, são sobretudo as classes privilegiadas a beneficiar das riquezas orientais.

O luxo, a corrupção e a vida parasitária instalam-se nas pessoas e nos costumes.

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Como as actividades produtivas estão em decadência, Portugal tem de importar grande parte do que consome. As camadas mais desfavorecidas da população ressentem-se desta situação, quer pela alta dos preços, quer pelas calamidades naturais que provocam fomes generalizadas.

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Devido às dificuldades económicas e à decadência do comércio oriental, Portugal volta-se para o Brasil.

Começa então uma verdadeira colonização. São transplantadas para o Brasil as culturas já experimentadas com êxito nas ilhas atlânticas, destacando-se a cana-de-açúcar, cuja produção cresce significativamente até meados do séc. XVII. O açúcar constitui a base do comércio e o suporte económico de Portugal, pois que do açúcar brasileiro se abastecia toda a Europa.

Para os trabalhos, bastante penosos, nos engenhos (fábricas) de açúcar, os portugueses recorrem a escravos africanos.

Mas outras actividades se desenvolvem também, tais como a criação de gado. Do mesmo modo, as culturas do algodão e do tabaco. Igualmente se continuou a exploração do pau-brasil.

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No séc. XVI, em Portugal surge uma crise na sucessão ao trono. O rei D. Sebastião morre na Batalha da Alcácer-Quibir, sem deixar descendentes. Sucedeu-lhe o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, já muito velho e também sem descendentes.

As classes privilegiadas e até a burguesia vêem com agrado a aclamação de D. Filipe II, rei de Espanha, como futuro rei de Portugal.

Entretanto, morre (1580) o Cardeal D. Henrique.

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Finalmente, D. Filipe II, rei de Espanha, é aclamado rei de Portugal, com o nome de Filipe I, comprometendo-se, no entanto, a respeitar a autonomia de Portugal.

Sucedem-lhe Filipe II e Filipe III, também reis de Espanha com os nomes de D. Filipe III e D. Filipe IV, respectivamente.

Em Portugal começa a manifestar-se hostilidade em relação ao rei de Espanha, Filipe III de Portugal. Então um grupo de nobres proclama a Restauração da Independência (1640) na pessoa do Duque de Bragança, que é aclamado rei (D. João IV).

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Durante a 1.ª metade do séc. XVIII explorou-se, em grande quantidade, ouro no Brasil.

Com a sua vinda para Portugal acabam as dificuldades da nossa balança comercial. O dinheiro abunda, as importações e o consumo aumentam.

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É no séc. XVIII que os reis concentram na sua mão todo o poder e submetem as classes à sua autoridade.

Com o Marquês de Pombal, ministro de D. José I, o absolutismo atinge o seu ponto máximo.

PORTUGAL

(Séc. XIX E XX)

Em 1789, deu-se em França uma revolução, que trouxe para Portugal profundas consequências.

Com essa revolução, o regime absolutista é derrubado e estabelece-se um regime liberal que assentava sobretudo nos ideais de liberdade e de igualdade social. Estes ideais “revolucionários” começam a espalhar-se nos vários países europeus, entre os quais Portugal.

Em Portugal, a preocupação dos liberais, em parte devido à independência do Brasil, foi tentar que Portugal se tornasse auto-suficiente, ou seja, que produzisse o necessário para o abastecimento da população.

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Com a introdução de novas técnicas e novos produtos (por exemplo, a difusão da cultura da batata) e com a selecção de sementes, foi possível melhorar um pouco a situação da agricultura.

Verifica-se, também, a transformação da indústria tradicional, artesanal, à base da energia braçal, na indústria moderna, mecanizada, utilizando as novas fontes de energia que iam sendo descobertas: primeiramente, o vapor; mais tarde, a electricidade e o petróleo.

Para um verdadeiro desenvolvimento das actividades produtivas (agricultura e indústria) necessário se tornava desenvolver também os meios de transporte e as comunicações.

Assim, a máquina a vapor é aplicada aos caminhos de ferro.

Igualmente a construção de estradas conheceu um avanço considerável.

No final do séc. XIX, com o aproveitamento do petróleo como fonte de energia, surge o automóvel.

A partir da independência do Brasil, Portugal começa de novo a voltar-se para os territórios de África.

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Portugal começa a enfrentar dificuldades económicas, o que leva ao descontentamento popular em relação aos governos monárquicos.

Assim, em 5 de Outubro de 1910, o regime monárquico é derrubado e proclamada a República.

O povo passou, então, a eleger livremente os seus governantes. Começou a viver-se em Democracia.

Dificuldades económicas e de entendimento deram origem a que, em 28 de Maio de 1926, fosse instalada uma Ditadura (forma de governo em que não há eleições nem partidos políticos), em que a figura dominante foi o Dr. Oliveira Salazar.

No dia 25 de Abril de 1974 foi reimplantada a Democracia.

Através de eleições livres, o povo elege o seu Presidente da República e os seus representantes para as Autarquias locais e para a Assembleia da República.

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REIS DE PORTUGAL (1143-1910)

1.ª DINASTIA ou DINASTIA AFONSINA (1128-1383)

|1.º - |D. AFONSO HENRIQUES, o Conquistador (1143-1185) |

|2.º - |D. SANCHO I, o Povoador (1185-1211) |

|3.º - |D. AFONSO II, o Gordo (1211-1223) |

|4.º - |D. SANCHO II, o Capelo (1223-1248) |

|5.º - |D. AFONSO III, o Bolonhês (1148-1279) |

|6.º - |D.DINIS, o Lavrador (1279-1325) |

|7.º - |D. AFONSO IV, o Bravo (1325-1357) |

|8.º - |D. PEDRO I, o Justiceiro (1357-1367) |

|9.º - |D. FERNANDO I, o Formoso (1367-1383) |

1.º INTERREGNO (1383-1385)

| |D. JOÃO, Mestre de Avis (1383-1385) |

2.ª DINASTIA ou DINASTIA DE AVIS (1385-1580)

|11.º - |D. JOÃO I, o De Boa Memória (1385-1433) |

|12.º - |D. DUARTE, o Eloquente (1433-1438) |

|13.º - |D. AFONSO V, o Africano (1438-1481) |

|14.º - |D. JOÃO II, o Príncipe Perfeito (1481-1495) |

|15.º - |D. MANUEL I, o Venturoso (1495-1521) |

|16.º - |D. JOÃO III, o Piedoso (1521-1557) |

|17.º - |D. SEBASTIÃO, o Desejado (1557-1578) |

|18.º - |D. HENRIQUE, o Casto (1578-1580) |

2.º INTERREGNO (1580-1581)

| |(Conselho de Estado) (1580) |

| |D. ANTÓNIO, Prior do Crato, o Ídolo do Povo (1580-1581) |

3.ª DINASTIA ou DINASTIA FILIPINA (1581-1640)

|19.º - |FILIPE I (II de Espanha), o Prudente (1581-1598) |

|20.º - |FILIPE II (III de Espanha), o Pio (1598-1621) |

|21.º - |FILIPE iii (IV de Espanha), o Grande (1621-1640) |

4.ª DINASTIA ou DINASTIA DE BRAGANÇA (1640-1910)

|22.º - |D. JOÃO IV, o Restaurador (1640-1656) |

|23.º - |D. AFONSO VI, o Vitorioso (1656-1683) |

|24.º - |D. PEDRO II, o Pacífico (1683-1706) |

|25.º - |D. JOÃO V, o Magnânimo (1706-1750) |

|26.º - |D. JOSÉ, o Reformador (1750-1777) |

|27.º - |D. MARIA I, a Piedosa (1777-1816) |

|28.º - |D. JOÃO VI, o Clemente (1816-1826) |

|29.º - |D. PEDRO IV, o Rei Soldado (1826-1828) |

|30.º - |D. MIGUEL, o Absolutista (1828-1834) |

|31.º - |D. MARIA II, a Educadora (1834-1853) |

| |D. FERNANDO II, o Rei Consorte (1836-1853) |

|32.º - |D. PEDRO V, o Esperançoso (1853-1861) |

|33.º - |D. LUIS, o Popular (1861-1889) |

|34.º - |D. CARLOS, o Diplomata (1889-1908) |

|35.º - |D. MANUEL II, o Patriota (1908-1910) |

PRESIDENTES DE PORTUGAL (DESDE 1910)

1.ª REPÚBLICA - DEMOCRACIA (1910-1926)

|Dr. TEÓFILO BRAGA - Joaquim Teófilo Fernandes Braga (1910-1911) |

|Dr. MANUEL DE ARRIAGA - Manuel José de Arriaga Brum da Siilveira (1911-1915) |

|Dr. TEÓFILO BRAGA - Joaquim Teófilo Fernandes Braga (1915) |

|Dr. BERNARDINO MACHADO – Bernardino Luis Machado Guimarães (1915-1917) |

|Major SIDÓNIO PAIS – Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (1917-1918) |

|Ct. Alm. CANTO E CASTRO – João do Canto e Castro Silva Antunes (1918-1919) |

|Dr. ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA – António José de Almeida (1919-1923) |

|Dr. TEIXEIRA GOMES – Manuel Teixeira Gomes (1923-1925) |

|Dr. BERNARDINO MACHADO – Bernardino Luis Machado Guimarães (1925-1926) |

2.ª REPÚBLICA OU ESTADO NOVO - DITADURA (1926-1974)

|Comandante MENDES CABEÇADAS – José Mendes Cabeçadas (1926) |

|General GOMES DA COSTA – Manuel de Oliveira Gomes da Costa (1926) |

|Marechal CARMONA – António Óscar Fragoso Carmona (1926-1951) |

|General CRAVEIRO LOPES – Francisco Higino Craveiro Lopes (1951-1958) |

|Almirante AMÉRICO TOMAZ – Américo de Deus Rodrigues Tomaz (1958-1974) |

3.ª REPÚBLICA - DEMOCRACIA (DESDE 1974)

|Marechal ANTÓNIO SPÍNOLA - António Sebastião Ribeiro de Spínola (1974) |

|Marechal COSTA GOMES – Francisco da Costa Gomes (1974-1976) |

|General RAMALHO EANES – António dos Santos Ramalho Eanes (1976-1986) |

|Dr. MÁRIO SOARES – Mário Alberto Nobre Lopes Soares (1986-1996) |

|Dr. JORGE SAMPAIO – Jorge Fernando Branco de Sampaio (1996 em diante) |

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