QUESTÕES DE GEOGRAFIA – SIMULADO – ENEM – 2001



PROPOSTA DE REDA??ONos últimos meses ocorreram inúmeras manifesta??es de professores em diversos estados da Uni?o, entre eles: Rio de Janeiro, S?o Paulo, Paraíba, Pará, Santa Catarina e Paraná. Neste último, no dia 29 de abril, policiais militares usaram de for?a desproporcional para dispersar os educadores que pediam melhores condi??es de trabalho. Após a leitura dos textos abaixo, que servem para a fundamenta??o de sua reda??o, redija um texto dissertativo sobre o tema “Brasil, pátria educadora”, apontando possíveis solu??es para o atual cenário da educa??o no país, enfocando o que é dito e defendido por institutos de pesquisa, políticos em períodos eleitorais e membros da sociedade civil e o que, de fato, acontece com a educa??o no Brasil.Texto IA elite brasileira é burraLuiz RuffatoMassacre de professores no Paraná é apenas mais um capítulo da trágica história da promíscua rela??o da elite brasileira com o aparato do EstadoA inaceitável repress?o policial aos professores do Paraná, comandada pela Polícia Militar e referendada pelo governador Beto Richa (PSDB), é, infelizmente, apenas mais um capítulo da trágica história da promíscua rela??o da elite brasileira com o aparato do Estado. E aqui deixo claro que entendo como “elite brasileira” n?o só aquela velha minoria – cerca de 10% da popula??o – que detém 75% de toda a riqueza do país, e, por consequência, exerce desde sempre o Governo de forma direta ou por meio de prepostos, mas também a nova classe política que, ascendendo de movimentos populares (sindicatos, associa??es) ou pronunciando-se em nome de igrejas evangélicas, tomba emaranhada no cipoal de corrup??o que caracteriza a nossa estrutura de poder.Parece n?o haver dúvida – pelo menos a maioria dos discursos, amadores ou profissionais, convergem para a mesma solu??o – de que para o Brasil desatolar-se do p?ntano em que está afundado e ancorar-se em terra firme teria que investir em uma ampla e vigorosa reforma educacional. Se come?ássemos hoje, talvez conseguíssemos salvar a próxima gera??o. Mas esse projeto, sempre adiado, acabou nos envolvendo em uma frustrante sensa??o de que somos, em uma festa, aquele sujeito inconveniente que todos evitam e que apenas gera piadas e comentários desabonadores entre os outros convidados.Quando em 1985 os militares deixaram o poder, após 21 anos de ditadura, o país estava em ruínas. A infla??o ultrapassava os 200% ao ano, a dívida externa girava em torno de 54% do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego alcan?ava 9% da popula??o economicamente ativa e os sistemas de educa??o e saúde encontravam-se desmantelados. Pior que tudo, sem perspectivas, os jovens come?aram a deixar o país. Estima-se que 1,5 milh?o de pessoas tenham ido embora para os Estados Unidos, Jap?o, Portugal e outros países da Europa.Cerca de 15 anos depois, com o crescimento do PT e a instala??o de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, notou-se um movimento de regresso ao Brasil – as embaixadas chegaram a deslocar diplomatas para orientar os retornados, tal a demanda. Pouco durou, no entanto, esse entusiasmo. A sucess?o de esc?ndalos envolvendo membros da cúpula do PT confirmou o que o escritor e teólogo Frei Betto denunciava há tempos, que o partido trocou um projeto de governo por um projeto de poder.A educa??o vem sendo tratada, desde tempos imemoriais, como uma quest?o de sobrevivência da nossa elite, ou seja, o mais eficaz mecanismo de perpetua??o de seus privilégios – econ?micos, políticos, culturais. Se é verdade, e é, que o governo petista modificou com ousadia e coragem alguns aspectos do ensino superior – o aumento substantivo de vagas nas universidades públicas, o estabelecimento de cotas raciais e sociais, o financiamento de alunos em universidades privadas – é também verdade que, no que concerne à instru??o básica, a situa??o é desoladora.Ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo: cerca de 10% da popula??o permanece analfabeta e 20% s?o classificados como analfabetos funcionais – ou seja, um em cada três brasileiros adultos n?o tem capacidade para ler e interpretar os textos mais simples. As institui??es públicas de ensino básico funcionam, na maioria das vezes, em ambientes degradados, com professores desestimulados por conta da baixa remunera??o, pequena inser??o social, insalubridade, etc, e ainda atormentados pelo medo, medo dos alunos, medo dos pais dos alunos – a ditadura militar conseguiu destruir na sociedade civil a cren?a na import?ncia da autoridade. N?o é t?o diferente o quadro nas escolas privadas, cujas mensalidades podem ultrapassar os 1,5 mil dólares: arrogante, a nossa elite trata os mestres de seus filhos como subalternos, n?o como aliados.Baixa instru??o é sin?nimo de ignor?ncia. E ignor?ncia é incapacidade de diálogo, é op??o pela violência. De cada 100 assassinatos ocorridos no mundo, 13 ocorrem no Brasil – proporcionalmente, ocupamos o 11? lugar geral no ranking de homicídios. Somos ainda o sétimo lugar entre os países com maior número de mulheres vítimas de violência doméstica, taxa média de 4,5 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, com um saldo, na última década, de 50.000 mulheres mortas. Outras 50.000 pessoas, em sua maioria mulheres, s?o estupradas por ano. Também por ano acumulamos mais de 120.000 denúncias de maus-tratos contra crian?as e adolescentes e 313 homossexuais s?o mortos por conta de suas op??es.Baixa instru??o é sin?nimo de ignor?ncia. E a ignor?ncia leva a uma enorme predisposi??o para relativizar princípios éticos. A corrup??o, cujo custo anual alcan?a cerca de 2% do total do PIB, é uma praga que atinge toda a sociedade. Heran?a de uma certa mentalidade colonial, que toma como privado o bem público, que desdenha o valor do trabalho e que leva em considera??o apenas seus interesses pessoais, a cultura da corrup??o contamina as institui??es federal, estadual e municipal, contagia os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, infecciona o tecido social. O chamado “jeitinho brasileiro”, do qual muitas vezes nos orgulhamos, nada mais é que uma maneira de cometer ilegalidades no dia a dia, envolvendo dinheiro, tráfico de influência ou troca de favores.Baixa instru??o é sin?nimo de ignor?ncia. E ignor?ncia é a inabilidade para construir raciocínios sofisticados. Como pensar é exercício penoso, acabamos optando pelo fácil, mas arriscado, caminho da lógica binária. Reduzimos o mundo a um confronto insano entre for?as do bem e do mal, sendo que nós e todos os que defendem pontos de vista semelhantes aos nossos representamos o bem, enquanto o mal incorpora-se naquela massa informe que diverge de nossas opini?es. Assim, tornamos rasas nossas discuss?es, mesquinhas as reivindica??es, belicosas as contesta??es, medíocre a sociedade. Acuados, pouco a pouco nos enterramos em trincheiras fundamentalistas que nos conduzem de maneira rápida e irreversível à barbárie.Baixa instru??o é sin?nimo de ignor?ncia. E ignor?ncia é um dique que erguemos para deter o desenvolvimento econ?mico. Dos adolescentes brasileiros de 15 a 17 anos, apenas 44% frequentam o ensino médio. Na popula??o de 18 a 24 anos, um ter?o chega à universidade, mas 39% ainda encontram-se no nível médio e 16% no fundamental. Segundo dados da Funda??o Getúlio Vargas, 15% dos jovens que entram no mercado de trabalho sem completar o ensino fundamental est?o desempregados e 30% têm emprego sem carteira assinada. Cada ano de escolaridade nos ensinos médio e superior eleva a renda per capita em meio ponto percentual. A falta de instru??o adequada emperra o crescimento do país pela falta de m?o de obra qualificada.Segundo dados da Organiza??o para a Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico, um professor em início de carreira no ensino público fundamental brasileiro recebe, em média, 10.000 dólares por ano – três vezes menos que a média salarial dos países membros daquela associa??o. No Paraná, um professor recebe, em regime de 40 horas semanais, 2.400 reais, e um policial militar, 3.600 reais. Um professor educa e instrui, um policial militar reprime. Richa é uma jovem lideran?a – no próximo dia 29 de julho completará 50 anos – e nome de destaque entre os tucanos. Provavelmente, vamos ouvir falar muito dele ainda. Entre professores e policiais militares, o governador demonstrou sua preferência.O problema n?o é que ele pense deste jeito – o problema é que assim pensa nossa elite burra.Fonte: IIProtesto de professores no centro de Curitiba (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estad?o Conteúdo)Texto IIIINSTRU??ES: – Seu texto tem de ser escrito a tinta, na folha própria. – Desenvolva seu texto em prosa: n?o redija narra??o nem poema. – O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. – O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.LINGUAGENS, C?DIGOSE SUAS TECNOLOGIASI Wish I Knew How It Would Feel To Be FreeNina Simone1599565-190500I wish I knew howIt would feel to be freeI wish I could breakAll the chains holding meI wish I could sayAll the things that I should saySay 'em loud say 'em clearFor the whole round world to hearI wish I could shareAll the love that's in my heartRemove all the barsThat keep us apartI wish you could knowWhat it means to be meThen you'd see and agreeThat every man should be freeI wish I could giveAll I'm longin' to giveI wish I could liveLike I'm longin' to liveI wish I could doAll the things that I can doAnd though I'm'm way over dueI'd'd be starting a newWell I wish I could beLike a bird in the skyHow sweet it would beIf I found I could fly(...)Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo nome artístico Nina Simone foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis norte-americana. Em seus versos, na can??o acima, ela almeja:Viver em paz.Sentir a sensa??o de liberdade.A igualdade entre negros e brancos.O cessar das guerras.Recome?ar. As tirinhas levantam a seguinte reflex?o:Quanto tempo gastamos conectados na o Wi-fi revolucionou a vida de todos.Wi-fi é inevitável à comunica??o global.Ainda há dificuldade em se comunicar.A internet acabou com a intera??o entre as pessoas.A guerra na Síria completou neste mês?quatro anos?e sem uma perspectiva de fim, com um balan?o humanitário dramático. Quase quatro milh?es de pessoas fugiram da Síria. No país, mais de sete milh?es de sírios abandonaram suas casas e quase 60% da popula??o vive na pobreza. Na legenda da foto Nádia diz que crian?a pousou para a foto e depois chorou.que a crian?a pensou que o fotógrafo estava com uma arma quando apontou a c?mera para clicá-la e se rendeu.que o olhar da crian?a retrata a situa??o de pavor da popula??o da Síria. Esta foto foi visualizada por mais de 1,8 milh?es de pessoas. que esta foto, Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), representa o conflito que provocou mais de 215 mil mortes.que esta crian?a representa um milh?o que buscara refúgio no vizinho Líbano.According to the girl?s speech in each part of the cartoon, the list of verbs?that represents her discursive intentions is:regret – suppose – accuse – advise.apologize – emphasize – suggest – request.excuse – declare – propose – demand.blame – insinuate – recommend – invite.state – imply – recriminate – insist.537845305435“If you have seen a robbery ... press 1;If you heve been robbed… press 2;If you heve heard a shooting … press 3;If you heve seen a shooting… press 4;If you heve been shot once… press 5;If you have been shot twice… press 6;If you heve….”00“If you have seen a robbery ... press 1;If you heve been robbed… press 2;If you heve heard a shooting … press 3;If you heve seen a shooting… press 4;If you heve been shot once… press 5;If you have been shot twice… press 6;If you heve….”O call center tem sido motivo de muita discuss?o na presta??o de servi?os. Um exemplo disso é a situa??o acima, na qual a vítimaé ignorado pela atendente.recebe instru??es incorretas.n?o consegue completar a liga??o.morre antes de ser socorrido.corre risco de morte até ser atendido.Velho, sim; idoso, n?oEnvelheci.E comigo envelheceram o P?o de A?úcar e o morro Dois Irm?os, que, ao que se diz, n?o s?o filhos do mesmo pai. Ao envelhecer, gostaria de ser chamado de velho, e n?o de idoso, como agora é moda. Achava bonito quando um filho chegava e dizia: "Velho, me vê aí uma nota pro cinema". Prefiro ser chamado de velho porque velho é sempre muito mais mo?o que idoso. Aliás, essa infame história de chamar velho de idoso partiu da medicina, que só fala em cora??o do idoso, fígado do idoso, est?mago do idoso e etc. do idoso. Será que, para envelhecer, é preciso sofrer? Conhe?o uma senhora, já beirando os noventa, que me disse: "Doutor, na minha idade, quando eu me levanto com uma dor só, dou gra?as, a Deus". E será que vamos ter que substituir express?es como amigo velho por amigo idoso e ano velho por ano idoso? Tudo envelhece: cachorro, gato, notícia e até automóvel, como aconteceu com o meu Opala. E agora? O que fazer? Comprar um novo? Ou mandá-Io de vez para apodrecer num ferro-idoso? NUNES, Max. O pesco?o da girafa. S?o Paulo: Companhia das Letras,Esse texto explora os diferentes sentidos das formas sin?nimas velho e idoso. De acordo com o textoO velho é preferível a idoso, como na medicina.A substitui??o de velho por idoso provoca estranhamento em algumas situa??es.N?o há diferen?a sem?ntica entre “amigo velho” e “amigo idoso”, pois ambos os empregos significam “amigo de longa data”.O autor prefere ser chamado de idoso e n?o de velho.Idoso é sempre mais mo?o que velhoO atum espi?o O atum é um peixe que se move com agilidade. Ao observarem essa qualidade do animal marinho, cientistas do laboratório de Draper, em Massachusetts (EUA), resolveram desenvolver um atum-rob?. O equipamento fará o trabalho de um submarino espi?o no fundo do mar, levantando dados sobre as defesas inimigas. O rob? também deverá ajudar nas pesquisas sobre biologia marinha. O protótipo tem 2,5 metros e move-se com a rapidez do atum. Os pesquisadores acreditam que em cinco anos ele poderá substituir os submarinos convencionais.lsto?Nesse texto, o autor priorizaA extrema valoriza??o da subjetividade na apresenta??o dos dados numéricos. A apresenta??o de ideias de forma evasiva, como sugest?es. O destaque do processo de constru??o do texto. A persuas?o do interlocutor, em um forte apelo à sua sensibilidade A transmiss?o de informa??es precisas que fazem referência a acontecimentos observados no mundo exterior.O grande e o pequeno Todo caso de amor tem um grande e um pequeno. Alguém um dia falou, em francês, que em todo caso de amor il y a toujours celui qui aime et celui qui se laisse aimer1. ? mais ou menos a mesma coisa. O pequeno ama, o grande se deixa amar. O grande fala, o pequeno ouve. O grande discorda, o pequeno concorda. O pequeno teme, o grande amea?a. O grande se atrasa, o pequeno se antecipa. O grande pede, ou nem precisa pedir, e o pequeno já está fazendo. N?o é uma quest?o de gênero. Existem homens pequenos e homens grandes, mulheres grandes e mulheres pequenas. O temperamento e as circunst?ncias influem, mas n?o determinam. O grande pode ser o mais bem-sucedido dos dois ou n?o. O pequeno pode ser o mais sensível, mas nem sempre é assim. Como ninguém descobriu, até hoje, uma regra que permita determinar qual é o grande e qual é o pequeno, só observando o casal mais atentamente. FALC?O, Adriana. O doido da garrafa. 1há o que ama e o que se deixa amar O texto transcrito é construído com base nos elementos associados aos adjetivos substantivados “grande” e “pequeno”. ? CORRETO afirmar que? possível identificar, no raciocínio da autora, uma regra que esteja relacionada ao gênero.A inten??o é caracterizar comportamentos de “superioridade” e “inferioridade” adotados por aqueles que comp?em um casal, em raz?o da ausência de amor um pelo outro.O texto é construído a partir da identifica??o dos comportamentos semelhantes que caracterizam os parceiros.O “grande”, por ser objeto de amor, se mostra subserviente e abnegado.A única forma, segundo a autora, de identificar o “grande” e o “pequeno” é observando atentamente o casal.[...] A máquina chegou uma tarde, quando as famílias estavam jantando ou acabando de jantar, e foi descarregada na frente da Prefeitura. Com os gritos dos choferes e seus ajudantes (a máquina veio em dois ou três caminh?es) muita gente cancelou a sobremesa ou o café e foi ver que algazarra era aquela. [...] A máquina ficou ao relento, sem que ninguém soubesse quem a encomendara nem para que servia. ? claro que cada qual dava o seu palpite, e cada palpite era t?o bom quanto outro. As crian?as, que n?o s?o de respeitar mistério, como você sabe, trataram de aproveitar a novidade. Sem pedir licen?a a ninguém (e a quem pedir?), retiraram a lona e foram subindo em bando pela máquina acima, até hoje ainda sobem, brincam de esconder entre os cilindros e colunas, embara?am-se nos dentes das engrenagens e fazem um berreiro dos diabos até que apare?a alguém para soltá-las; n?o adiantam ralhos, castigos, pancadas; as crian?as simplesmente se apaixonaram pela tal máquina. Contrariando a opini?o de certas pessoas que n?o quiseram se entusiasmar e garantiram que em poucos dias a novidade passaria e a ferrugem tomaria conta do metal, o interesse do povo ainda n?o diminuiu. Ninguém passa pelo largo sem ainda parar diante da máquina, e de cada vez há um detalhe novo a notar. Até as velhinhas de igreja, que passam de madrugada e de noite tossindo e rezando, viram o rosto para o lado da máquina e fazem uma curvatura discreta, só faltam se benzer. Homens abrutalhados, como aquele Clodoaldo seu conhecido, que se exibe derrubando boi pelos chifres no pátio do mercado, tratam a máquina com respeito; se um ou outro agarra uma alavanca e sacode com for?a, ou larga um pontapé numa das colunas, vê-se logo que s?o bravatas feitas por honra da firma, para manter a fama de corajoso. [...] Estamos t?o habituados com a presen?a da máquina ali no largo, que se um dia ela desabasse, ou se alguém de outra cidade viesse buscá-la, provando com documentos que tinha direito, eu nem sei o que aconteceria, nem quero pensar. Ela é o nosso orgulho, e n?o pense que exagero. Ainda n?o sabemos para que ela serve, mas isso já n?o tem maior import?ncia. [...] Em todas as datas cívicas a máquina é agora uma parte importante das festividades. Você se lembra que antigamente os feriados eram comemorados no coreto ou no campo de futebol, mas hoje tudo se passa ao pé da máquina. Em tempo de elei??o todos os candidatos querem fazer seus comícios à sombra dela, e como isso n?o é possível, alguém tem de sobrar, nem todos se conformam e sempre surgem conflitos. Mas felizmente a máquina ainda n?o foi danificada nesses esparramas, e espero que n?o seja. A única pessoa que ainda n?o rendeu homenagem à máquina é o vigário, mas você sabe como ele é ranzinza, e hoje ainda mais, com a idade. [...] Já existe aqui um movimento para declarar a máquina monumento municipal - por enquanto. O vigário, como sempre, está contra; quer saber a que seria dedicado o monumento. Você já viu que homem mais azedo? Dizem que a máquina já tem feito até milagre, mas isso - aqui para nós - eu acho - que é exagero de gente supersticiosa, e prefiro n?o ficar falando no assunto. Eu - e creio que também a grande maioria dos munícipes - n?o espero nada em particular; para mim basta que ela fique onde está, nos alegrando, nos inspirando, nos consolando. Meu receio é que, quando menos esperarmos, desembarque aqui um mo?o de fora, desses despachados, que entendem de tudo, olhe a máquina por fora, por dentro, pense um pouco e comece a explicar a finalidade dela, e para mostrar que é habilidoso (eles s?o sempre muito habilidosos) pe?a na garagem um jogo de ferramentas, e sem ligar a nossos protestos se meta por baixo da máquina e desande a apertar, martelar, engatar, e a máquina comece a trabalhar. Se isso acontecer, estará quebrado o encanto e n?o existirá mais máquina.VEIGA, José J. A máquina extraviada, In: MOIS?S, Massaud. A literatura brasileira através de textos. 21. ed. S?o Paulo: Cultrix, 1998. p. 589-590.Considerando o texto, é CORRETO afirmar queO texto apresenta um tom de relato típico de carta endere?ada a um ex-habitante da cidade.? fantástica a resistência da popula??o de uma pequena cidade em incluir uma máquina em sua cultura, sem saber qual a utilidade da mesma.O processo gradual de aceita??o da máquina é logicamente admitido e objetivamente explicado pelo narrador.O narrador se mostra incomodado com a aliena??o de uma popula??o e n?o se enquadra entre os moradores que aceitam a situa??o apresentada no texto.Os adultos, com seu olhar crítico e agudo, ensinam às crian?as a necessidade de participa??o ativa na sociedade.Eu estava ali deitado olhando através da vidra?a as roseiras no jardim fustigadas pelo vento que zunia lá fora e nas venezianas de meu quarto e de repente cessava e tudo ficava t?o quieto t?o triste e de repente recome?ava e as roseiras frágeis e assustadas irrompiam na vidra?a e eu estava ali o tempo todo olhando estava em minha cama com minha blusa de l? as m?os enfiadas nos bolsos os bra?os colados ao corpo as pernas juntas estava de sapatos Mam?e n?o gostava que eu deitasse de sapatos deixe de pregui?a menino! Mas dessa vez eu estava deitado de sapatos e ela viu e n?o falou nada ela sentou-se na beirada da cama e pousou a m?o em meu joelho e falou você n?o quer mesmo almo?ar?VILELA, Luiz. No bar: Contos Eu estava ali deitadoAssinale a considera??o CORRETA acerca do trecho lidoO texto apresenta associa??o lógica de ideias do narrador.A narrativa tem um tom peculiar, nada idealizante, denunciado pela linguagem referencial com que o narrador se expressaA linguagem do texto é veloz, clara, exata e valoriza a reflex?o sobre temas sociais contempor?neos.A ausência de vírgula marca o discurso irritado do narrador.A reiterada insistência no emprego da conjun??o aditiva, a ausência de pontua??o e a repeti??o vocabular contribuem para sugerir o caráter labiríntico do período, buscando imitar a liberdade característica do monólogo interior.Leia este trecho do texto "Deixem em paz a nossa língua", de Lya Luft.” [...] Mas, por favor, n?o tentem defender nosso português de estrangeirismos: a língua n?o precisa ser defendida. Ela é soberana. Ela é flexível. Ela é viva. Nenhuma gramática ou legislador poderá botar essa dama em camisa de for?a [...]. Como dirá qualquer bom professor de português, uma parcela imensa dos termos que hoje usamos [...] come?ou como estrangeirismo: garagem do francês, futebol do inglês, coquetel da mesma forma. A língua incorpora esses termos se s?o úteis, e os adapta ao seu sistema. Muitos termos n?o podem ser traduzidos. E n?o é possível formar frases decentes, fluidas, claras, se a cada "estrangeirismo" tivermos de fazer uma explica??o da palavra intraduzível. [...] Nós é que precisamos lutar contra uma postura de inferioridade que nos faz gastar energias que poderiam ser aplicadas em algo urgente como um or?amento vinte vezes maior para a educa??o do nosso povo. Veja, 11 mar. 2011.A emissora do texto? contra o uso da palavra estrangeiras na língua portuguesa.Defende seu ponto de vista com o argumento de que n?o existem palavras intraduzíveis.Busca persuadir o preceptor a acreditar no que diz como verdade, induzindo-o a mudar de opini?o.Ressalta que apenas os gramáticos mais conservadores defendem o impedimento de estrangeirismo na língua portuguesa.Apresenta uma mensagem subjetiva bem fundamentada.Texto 1Leia “Can??o do exílio”, de Gon?alves DiasMinha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, N?o gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá. Minha terra tem primores, Que tais n?o encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite - Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá. N?o permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que n?o encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta sabiá. Texto 2Leia também 'Uma can??o", de Mario Quintana. Minha terra n?o tem palmeiras ... E em vez de um mero sabiá, Cantam aves invisíveis Nas palmeiras que n?o há. [...]Mas onde a palavra "onde"? Terra ingrata, ingrato filho, Sob os céus de minha terra Eu canto a can??o do exílio! Texto 3Leia ainda "Canto de regresso à pátria", de Oswald de Andrade.Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui N?o cantam como os de lá.Considerando as rela??es entre os três textos, éO texto 1 é realista, objetivo, prioriza o Brasil e a sua natureza, em oposi??o à natureza da terra estrangeira.O eu poético, no texto 2, vai induzindo o leitor a perceber o esvaziamento de elementos da natureza e da pureza do sabiá.O texto 3 demonstra semelhan?a sonora e sem?ntica na substitui??o de “palmeiras” por “palmares”.A substitui??o de “palmeiras” por “palmares”, no texto 3, afasta efeito ir?nico e crítico.O texto 2 é ufanista, apresenta uma vis?o crítica, sugerindo problema socialLeia o texto de linguística Mário PeriniVou mostrar que qualquer falante de português possui um conhecimento implícito altamente elaborado da língua, muito embora n?o seja capaz de explicitar esse conhecimento. E veremos que esse conhecimento n?o é fruto de instru??o recebida na escola, mas foi adquirido de maneira t?o natural e espont?nea quanto a nossa habilidade de andar. Mesmo pessoas que nunca estudaram gramática chegam a um conhecimento implícito perfeitamente adequado da língua. S?o como pessoas que n?o conhecem a anatomia e a fisiologia das pernas, mas que andam, dan?am, nadam e pedalam sem problemas. Para passar logo a um exemplo, digamos que encontramos em algum texto a seguinte sequência de palavras:(1) Os meus pretensos amigos de Belo Horizonte. Essa é uma express?o bem formada em português, e qualquer pessoa pode ver isso. Mas esse reconhecimento de que se trata de uma express?o bem formada requer o conhecimento de uma ordena??o estrita dos elementos que formam a express?o. Tanto é assim que sabemos que qualquer das express?es seguintes é malformada (o asterisco se usa tradicionalmente para marcar express?es malformadas ou agramaticais):(2)* Os meus amigos de Belo Horizonte pretensos. (3)* Meus os pretensos amigos de Belo Horizonte. (4)* Os meus de Belo Horizonte amigos pretensos. (5)* Meus amigos pretensos de Belo Horizonte os.Observe-se a precis?o do nosso julgamento de como se devem ordenar as palavras nesses exemplos. Creio que a imensa maioria dos falantes (escolarizados ou n?o) concordaria comigo que apenas a sequência (1), das cinco vistas, é aceitável em português. Isso é algo que sabemos com exatid?o, e n?o é t?o simples assim. Como explicaríamos a um estrangeiro por que só (1) é bem formada? A maioria das pessoas n?o conseguiria explicar isso com eficiência, e, no entanto, seu conhecimento implícito n?o deixaria de identificar as más forma??es quando ocorressem. ? claro que esse conhecimento n?o nos veio das aulas de gramática: quem é que estudou na escola a ordena??o obrigatória das palavras em express?es como (1)? Adquirimos esse conhecimento da mesma maneira informal pela qual adquirimos a habilidade de andar: uma parte por imita??o e uma parte através de capacidades mais ou menos específicas que herdamos como dota??o genética. Outro exemplo, um pouco mais complicado, é o seguinte: sabemos que se pode acrescentar a um substantivo ou a um pronome uma ora??o come?ada por que (uma "ora??o adjetiva"), como em: (6) Procurei Marília, que n?o me recebeu.O substantivo aqui é Marília, e a sequência que n?o me recebeu é a ora??o adjetiva. Podemos acrescentar ora??es adjetivas a qualquer elemento de valor substantivo, o que inclui pronomes como ele, você, etc.: (7) Eu trouxe um queijo para ele, que bem o merece. Mas se o pronome estiver modificado de alguma maneira, como, por exemplo, se estiver contraído com a preposi??o de (formando a palavra dele), ou se estiver em forma oblíqua, (-o, -lo, -lhe), o acréscimo de uma ora??o adjetiva dá resultados bem menos aceitáveis. Parece haver uma grada??o: uma ora??o adjetiva acrescentada a dele, dela é um pouco estranha; se for acrescentada a um pronome oblíquo, ou a um possessivo, fica simplesmente horrível. O resultado é o seguinte:(8)?? Fui à casa dela, que n?o me recebeu. (9)* Fui procurá-la, que n?o me recebeu. (10)*Fui à sua casa, que n?o me recebeu . Esses julgamentos de aceitabilidade s?o bastante uniformes entre os falantes. Trata-se de mais um aspecto do nosso conhecimento implícito dos mecanismos da nossa língua; somos capazes de tomar decis?es e fazer julgamentos de aceitabilidade com seguran?a, baseando-nos em um tipo de conhecimento que manejamos com facilidade quase incrível. De onde tiramos esse conhecimento? Como se explica que tenhamos intui??es t?o definidas acerca de frases que nunca encontramos antes? Tudo provém do uso que fazemos a todo momento desse mecanismo maravilhosamente complexo que temos em nossas mentes, e que manejamos com admirável destreza. Esse mecanismo é o nosso conhecimento implícito da língua, objeto principal da investiga??o dos linguistas.PERINI, Mário. Sofrendo a gramática. 3. ed. S?o Paulo: ?tica, 2002. p. 13-16. (Fragmento)Nesse texto, o linguista defende queAceitabilidade é o resultado do julgamento do falante que, com base em seu conhecimento explícito sobre a língua que fala, aceita sempre certas constru??es linguísticas.O conhecimento que o falante de português já traz consigo prejudica o estado sistemático e formal da sintaxe da língua.Somente o conhecimento explícito pode ajudar o indivíduo a analisar a estrutura da língua portuguesa.Todo falante de português é sempre capaz de explicitar objetivamente o conhecimento linguístico implícito que possui.Qualquer falante de português tem um conhecimento tácito dessa língua.Texto 1 Poema perto do fim "A morte é indolor. O que dói nela é o nada que a vida faz do amor. Sopro a flauta encantada e n?o dá nenhum som. Levo uma pena leve de n?o ter sido bom. E no cora??o, neve." MELLO, Thiago de. Faz escuro mas eu canto. Rio de Janeiro: Civiliza??o Brasileira, 1978.Texto 2Uma ideia "palavras n?o matam nem provocam inverno at?mico e na voz do poeta (abelhas na colmeia) podem até conter uma ideia" BONVICINO, Régis. Más companhias. S?o Paulo: Olavobrás, 1987.Texto 3"eu quando olho nos olhos sei quando uma pessoa está por dentro ou está por fora quem está por fora n?o segura um olhar que demora de dentro do meu centro este poema me olha" LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxas. S?o Paulo: Brasiliense, 1983.A partir da leitura dos poemas, é possível afirmar queEm I, o poeta faz uso de constru??es sintáticas, deixando todos os termos explícitos.No texto II, há exemplo de palavras que adquirem, no contexto da poesia, um novo significado, uma nova dimens?o.Ainda em II, a palavra “abelhas” significa “poetas” e “colmeia” significa “palavras”.Em III, a ideia central reside no jogo conceitual entre o “estar por dentro” e o “estar por fora”, express?es de significados semelhantes, no contexto da poesia.Em II, “abelhas na colmeia” é uma express?o denotativa que significa que palavras ficam “zunindo” no íntimo do poeta.Metamorfose ambulante"Prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opini?o formada sobre tudo Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opini?o formada sobre tudo Sobre o que é o amor Sobre que eu nem sei quem sou Se hoje eu sou "estrela" amanh? já se apagou Se hoje eu te odeio amanh? lhe tenho amor Lhe tenho amor Lhe tenho horror Lhe fa?o amor Eu sou um ator ... ? chato chegar a um objetivo num instante Eu quero viver nessa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opini?o formada sobre tudo Vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opini?o formada sobre tudo" Iletras/483171 Na letra da can??o “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, predominampersonifica??es, já que características de seres animados s?o doados a seres inanimados.pleonasmos, pois o discurso do eu poético é redundante.anacolutos, uma vez que ocorre rupturas da ordem lógica das frases, das estruturas sintáticas.antíteses e paradoxos, pois se evidenciam a oposi??o de palavras e a dualidade inerente à essência da realidade do enunciador.hipérboles, porque a inten??o do eu poético é empregar express?es exageradas para real?ar o seu raciocínio sobre o mundo.O que será (? flor da pele) Chico Buarque O que será que me dá Que me bole por dentro, será que me dá Que brota à flor da pele, será que me dá E que me sobe às faces e me faz corar E que me salta aos olhos a me atrai?oar E que me aperta o peito e me faz confessar O que n?o tem mais jeito de dissimular E que nem é direito ninguém recusar E que me faz mendigo, me faz suplicar O que n?o tem medida, nem nunca terá O que n?o tem remédio, nem nunca terá O que n?o tem receita O que será que será Que dá dentro da gente e que n?o devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que n?o sacia Que é feito estar doente de uma folia Que nem dez mandamentos v?o conciliar Nem todos os unguentos v?o aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia Que nem todos os santos, será que será O que n?o tem descanso, nem nunca terá O que n?o tem cansa?o, nem nunca terá O que n?o tem limite O que será que me dá Que me queima por dentro, será que me dá Que me perturba o sono, será que me dá Que todos os tremores me vêm agitar Que todos os ardores me vêm ati?ar Que todos os suores me vêm encharcar Que todos os meus nervos est?o a rogar Que todos os meus órg?os est?o a clamar E uma afli??o medonha me faz implorar O que n?o tem vergonha, nem nunca terá O que n?o tem governo, nem nunca terá O que n?o tem juízo.HOLLANDA, Chico Buarque de. Chico Buarque - Letra e música. S?o Paulo: Companhia das Letras, 1989.*alquimia: a química da Idade Média, que buscava o remédio contra todos os males físicos e morais e a pedra filosofal, que transformaria os metais em ouro. *dissimular: disfar?ar. *quebranto: segundo a crendice popular, efeito maléfico que o olhar ou a atitude de uma pessoa produz em outra. *revelia: rebeldia; teimosia. *unguento: medicamento de uso externo à base de gordura.Sobre o texto, é CORRETO afirmar quea letra da música explora as certezas e as sensa??es facilmente definidas pelo eu poético.o eu lírico tem controle sobre o sentimento que invade, que é praticamente aut?nomo.o que provoca todas as sensa??es no eu lírico é um segredo que ele consegue esconder.a sensa??o retratada na letra da música é percebida primeiro internamente, depois na pele, no rosto, nos olhos e na fala, ficando, assim, cada vez mais evidente, impossível de disfar?ar.N?O há vínculo entre as sensa??es que se manifestam à flor da pele e uma paix?o física, sexual.Desafios da presidente Portos, ferrovias, rodovias e aeroportos precisam ser ampliados e modernizados. Na política industrial, a pesquisa inovadora e os setores de alta tecnologia esperam por estímulo. O país n?o pode se contentar em ser apenas fornecedor mundial de produtos primários. [...] ? na educa??o, contudo, que mais se precisa avan?ar. O conhecimento é a principal ferramenta de redu??o de desigualdades. ? preciso levar à escola todos os que têm entre 4 e 17 anos [...]. [...] é imperioso que o novo governo recupere o tempo perdido numa área [...] à do combate à corrup??o. [...] Já é tempo de promover uma regenera??o ética e republicana da esfera pública.A fun??o da linguagem predominante no texto éConotativa, pois o enunciador procura persuadir o destinatário a seguir literalmente os conselhos da bíblia.Poética, pois as palavras foram exploradas pelo seu potencial em evocar imagens e produzir efeitos sonoros.Fática, pois o objetivo da mensagem é simplesmente o de estabelecer e manter o contato entre emissor e o receptorReferencial, pois os fatos s?o apresentados com objetividade e precis?o.Expressiva, pois o objetivo do emissor é descrever parte da malsucedida experiência da presidente na condu??o do GovernoTexto 1O lobo e o cordeiroVendo um lobo que certo cordeirinho matava a sede num regato, imaginou um pretexto qualquer para devorá-lo. E embora se achasse mais acima, acusou-o de sujar-lhe a água que bebia. O cordeiro explicou-lhe que bebia apenas com a ponta dos bei?os e, além disso, que, estando mais abaixo, nunca poderia turvar-lhe o líquido. O lobo, exposto ao ridículo, insistiu: _ No ano passado, ofendeste meu pai. _ No ano passado eu n?o tinha nascido, replicou o cordeiro. O lobo, ent?o: _ Defendeste-te muito bem, disse. Mas nem por isso deixarei de comer-te! Moral: De que vale a defesa perante quem quer fazer o mal? Esopo Texto 2O lobo e o cordeiroEstava o cordeirinho bebendo água, quando viu refletida no rio a sombra do lobo. Estremeceu, ao mesmo tempo que ouvia a voz cavernosa: "Vais pagar com a vida o teu miserável crime”. "Que crime?" - Perguntou o cordeirinho tentando ganhar tempo, pois já sabia que com lobo n?o adianta argumentar. "O crime de sujar a água que eu bebo”. "Mas como posso sujar a água que bebes se sou lavado diariamente pelas máquinas automáticas da fazenda?" - Indagou o cordeirinho. "Por mais limpo que esteja um cordeiro, é sempre sujo para um lobo" - retrucou dialeticamente o lobo. [...] "Chega de conversa" - disse o lobo - "vou comê-lo logo e está acabado:"Espera aí" - falou firme o cordeiro - "isso n?o é ético. Eu tenho, pelo menos, direito a três perguntas”. "Está bem" - cedeu o lobo, irritado com a lembran?a do código milenar da jungle. Após obter as três respostas corretas, o lobo deu-se por vencido. E já ia se preparando para devorar o cordeirinho quando apareceu o ca?ador e o esquartejou. Moral: Quando o lobo tem fome, n?o deve se meter em parando os textos acima, pode-se afirmar queO texto 2 introduz nova fábula com inten??o que se op?e diretamente à original (texto 1).O tom místico dado à fábula de Mill?r Fernandes é responsável pela cria??o do humor.O desfecho do texto 2 revela um cordeirinho t?o ingênuo quanto os que estamos acostumados a encontrar nas fábulas.O cordeirinho, no texto 2, n?o esbo?a rea??o frente à amea?a do lobo.O perfil metalinguístico do texto 2 é corroborado pelo emprego das express?es “dialeticamente”, “isso n?o é ético”, “código milenar de jungle”.Sobre a tira, é pertinente afirmar queO verbo “lembrar” é complementado por estruturas sintáticas semelhantes nos casos em que aparece.O humor da tira consiste no fato de uma das personagens n?o reconhecer o referente a que outra personagem faz alus?o.A inten??o do interlocutor da personagem que fala de um filme era dizer que a dificuldade para a lembran?a de detalhes podia ser devida à idade avan?ada.O personagem que se refere a um filme consegue, ao final da tira, lembrar-se de detalhes como atores, diretor e até do nome do filme,O humor da tira está associado ao fato de a personagem com dificuldade de memória reconhecer no substantivo “amnésia” o nome do filme de que se tentava lembrar.Amigos para sempre A regra básica dos amigos para sempre é lembrar sempre que a gente vai ser amigo para sempre. Isso minimiza muitas coisas. A verdade é que vamos ter que nos aturar a vida toda. Ent?o, o melhor é que a gente brigue pouco. Ou brigue sem muitos atos dramáticos. E sem ofensas pesadas. (...) Mas n?o temos como fugir! Estamos como que amarrados pela amizade. Podemos até dar tempos, sumidas. Mas n?o tem jeito. (...) E essas pessoas conhecem a gente tanto, mas tanto! Na verdade, um amigo pra sempre conhece a gente mais que qualquer família. E n?o liga se a gente dá chilique. N?o liga se a gente fica de ligar e n?o liga. E nem a gente liga. Com um amigo para sempre a gente toma liberdades. Podemos deixar cinco recados seguidos nas secretárias deles. Sabemos que n?o, n?o vamos perdê-los. Algumas vezes a gente acha que um amigo é para sempre e n?o era. Uma hora a coisa para de rolar. Isso é triste. Mas tem gente que entra na nossa vida e vai ficando. Ficando, ficando. Amizade, eu acabo achando sempre, é melhor que amor. Pelo menos é quando eu consigo falar para sempre. LEMOS, Nina.Esse texto trata de “regras” a serem seguidas entre “amigos para sempre”. Segundo o texto é CORRETO afirmar queEsses amigos devem lembrar-se de que ser?o amigos para sempre. Portanto, devem brigar pouco, sem atos dramáticos e sem ofensas pesadas.Os verbos no futuro indicam as regras a serem seguidas pelos amigos para sempre.Os verbos no presente indicam o fato de que ser?o amigos para sempre e que ter?o, portanto, de conviver “eternamente”, apesar das brigas, que poder?o ser constantes.A autora afirma que o amor é melhor que amizade. Para ela, a superioridade do amor a amizade se deve ao fato de que o amor pode ser “para sempre”, à amizade n?o.Segundo a autora, “amigos para sempre” s?o pessoas que nos conhecem tanto quanto a nossa família, e com as quais s?o permitidas certas atitudes, embora n?o tenhamos a certeza de que a amizade n?o se perderá.Leia o fragmento.“Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá. ”Nestes versos de Gon?alves Dias, escritos em Portugal, o poeta vive um momento marcado porsolid?o, devaneio e idealiza??o nacionalista.melancolia, tédio e ironia;amor a Portugal, devaneio e idealiza??o nacionalista;saudades, ?nimo satírico e pessimismo;alívio, expectativa e otimismo.Leia os enunciados a seguir:Quem dá aos pobres empresta a Deus. ProvérbioQuem dá os cobres ou empresta: - deu-os.FRADIQUE, Mendes. Gramatica portuguesa pelo método confuso. Rio de janeiro: Rocco, 1985Quem dá aos pobres ou empresta... adeus! CASTRO, Ruy. Uma pulga na camisola: o máximo de Max nunes. Sel. E org. Ruy Castro. S?o Paulo: Companhia das Letras, 1997. P. 68.Observando a rela??o entre os enunciados, é CORRETO afirmar que:O provérbio significa que a pessoa que faz caridade está “angariando créditos” junto à sociedade.O segundo enunciado sugere que quem dá ou empresta dinheiro a alguém deve esperar recebê-lo de volta.O terceiro enunciado tem o mesmo significado do segundo, especificando, porém, de quem se deve esperar receber o dinheiro doado ou emprestado: dos pobres.O recurso utilizado no segundo e no terceiro enunciados para produzir outro efeito de sentido em rela??o ao primeiro enunciado foi o jogo com palavras semelhantes: cobres x pobres; Deus x Deu-os x adeus.No primeiro enunciado os dois complementos do verbo “dar” est?o explícitos.Observe o cartum e assinale a alternativa correta.O solo da Amaz?nia pode ser caracterizado como “favorável à morte’ por abrigar algumas plantas e alguns animais nocivos à vida humana.A rela??o entre “Amaz?nia” e “morte” é expressa pela presen?a de um homem armado próximo ao veículo que arrancava uma árvore. Essa rela??o sugere que a única violência praticada na Amaz?nia é a derrubada das árvores.A ironia presente no cartum é determinada pelo fato de um lugar comumente caracterizado como inóspito (o planeta Marte) ser apontado como tendo um “solo favorável à morte”.A palavra necessária para que o enunciado do cartum se preserve como uma unidade de sentido e cumpra o objetivo ir?nico do autor é “solo’.O solo de Marte é apontado com “favorável à vida” em fun??o dos indícios, recentemente descobertos, de que Marte pode ter tido condi??es de abrigar vida.Tupi or not tupi, that's the question O uso de palavras estrangeiras na língua portuguesa n?o é assunto que possa ser tratado com tanta simplicidade como alguns imaginam. N?o sou purista, do tipo que rejeita qualquer "estrangeirismo". Entretanto, eu me sinto no dever de defender nosso idioma contra a invas?o dos "modismos" e dos "exageros desnecessários". Quanto a este assunto, eu me considero um moderado. Já expus meu pensamento, mas n?o custa repetir: 1_ Toda vez que surgir a necessidade de usarmos uma palavra ou express?o estrangeira, devemos buscar uma forma equivalente em português. Em vez de "beach soccer", podemos usar futebol de areia. Por que "dar o start" ou "startar", se podemos iniciar ou come?ar? 2_ Se a tradu??o n?o "funciona", devemos tentar o "aportuguesamento": contêiner, estressado, futebol, blecaute, bufê ... ? lógico que sempre haverá casos discutíveis: correio eletr?nico ou e-mail, xampu ou shampoo? 3_ Caso a tradu??o e o aportuguesamento "fracassem", só nos resta aceitar o termo estrangeiro na sua forma original: software, marketing, impeachment, réveillon ... DUARTE, Sérgio Nogueira. Língua viva V: uma análise simples e bem-humorada da linguagem do brasileiro. Rio de Janeiro: RoccoNo texto “tupi or not tupi, that?s the question”, o autor trata de uma quest?o polêmica: o uso de termos estrangeiros em nossa língua. Segundo o texto, é pertinente confirmar que:O autor se define como radical porque rejeita totalmente o uso de termos estrangeiros.O autor sugere que, antes de adotarmos o termo estrangeiro, devemos lembrar que tal procedimento agride a soberania da língua portuguesa.O autor se define como moderado porque ele n?o rejeita totalmente o uso de termos estrangeiros, mas apenas combate os modismos e os exageros desnecessários.Os termos “iniciar” e “come?ar” devem ser substituídos por seus equivalentes em inglês para demonstrar as rela??es entre os idiomas.O autor aconselha a tradu??o ou o aportuguesamento de alguns termos ou, caso tais procedimentos n?o funcionem, o abandono do interesse comunicativo.Fragmento I: Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel (1500)De ponta a ponta [a Terra de Vera Cruz] é toda praia... muito ch? e muito fremosa. [...] ?guas s?o muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem [...].Fonte: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 36.ed. S?o Paulo: Cultrix, 1994, p.15.Fragmento II: Trecho do livro Como cuidar da nossa água (2010).A água é um recurso limitado, e o seu desperdício tem consequências. No Brasil, cada setor da economia, cada fatia da sociedade, tem sua parcela de responsabilidade nessa história. ? semelhan?a da maioria dos países, no Brasil, a agricultura é quem mais consome água — quase 63% do que é captado vai para a irriga??o. O uso doméstico é responsável por 18% do consumo, a indústria fica com 14%. Os 5% restantes s?o usados para matar a sede dos animais de cria??o. Todos esses consumidores tendem a usar a água de modo abusivo. No Brasil, a maior parte das grandes indústrias tem programas de reaproveitamento de água, uma vez que ela se torna cada vez mais rara e cara.Fonte: AGUIAR, Laura; SCHARF, Regina; CIPIS, Marcelo; MARTINI, Luiz o cuidar da nossa água. Col. Entenda e Aprenda. S?o Paulo: BE?, 2010, p.176.Após ler os fragmentos, pode se afirmar que: Há uma rela??o harmoniosa entre os fragmentos, pois ambos indicam a finitude da água no país;Há uma rela??o complementar entre os fragmentos, pois eles combatem a opini?o alarmista dos ecologistas de que a água é finita no país;Há uma rela??o de oposi??o entre os fragmentos, pois o II contradiz o teor do I, no qual há uma impress?o err?nea de que os recursos hídricos s?o infinitos no país:Há uma rela??o oposta entre os fragmentos, pois o I descreve as belezas naturais do Brasil e o II trata do problema do desperdício de água pelo viés da economia do país:Há uma rela??o de similaridade entre os textos, pois ambos descrevem de forma objetiva a necessidade de preserva??o ambiental e do solo brasileiro, fatores essenciais para a manuten??o dos mananciais hídricos do país.De acordo coma tira, é CORRETO afirmar queUma vez que as compara??es feitas pela personagem envolvem elementos bastante diversos, fica claro que todas as coisas no passado eram melhores do que no presente.Diante da expectativa criada, a fala da personagem no último quadrinho – “Quanto ao resto.../... era a mesma coisa que hoje” – assume caráter inusitado.Por promover uma quebra de expectativa, a fala de Hagar – “pergunte a ele” – pode ser apontada como a responsável pelo humor presente nos quadrinhos.Nas falas do vov?, observa-se a ocorrência de uma estratégia gramatical que serve para destacar a semelhan?a entre dois ou mais elementos quanto a uma determinada característica.Na tira, as palavras “muito” e “mais” est?o associadas a uma mesma categoria gramatical.Texto 1 O último poemaAssim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos [intencionais [...]Manuel Bandeira. Libertinagem.Texto 2 A última cr?nica A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balc?o. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um [...]. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Sem mais nada para contar, curvo a cabe?a e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembran?a: "Assim eu quereria o meu último poema”. [...] Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se [...]. Passo a observá-los. [...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebra??o. De súbito dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, amea?a abaixar a cabe?a, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria a minha última cr?nica: que fosse pura como esse sorriso. Fernando SabinoA partir da leitura dos textos, é correto afirmar queO texto 2 tem a mesma estrutura do texto 1 e representa exemplo de tema recorrente.O texto 2 é paráfrase, porém apresenta discord?ncia com o texto 1 por pertencer ao gênero dramático.O texto 2 n?o pode ser classificado como paráfrase porque n?o repete as palavras e as estruturas do texto original.O texto 2 é uma paráfrase, pois retoma o tema de “O último poema”, de Manuel Bandeira, mantendo o seu significado, ou seja, quer que sua última cr?nica contenha a mesma qualidade, ternura, pureza dos versos de bandeira.O texto 2 se afasta do texto 1 tanto no tratamento temático quanto na estrutura.Descrevo que era realmente naquele tempo a cidade da BahiaA cada canto um grande conselheiro,?que nos quer governar cabana, e vinha,?n?o sabem governar sua cozinha,e podem governar o mundo inteiro.Em cada porta um frequentado olheiro,?que a vida do vizinho, e da vizinha?pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,?para a levar à Pra?a, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres,?posta nas palmas toda a picardia.Estupendas usuras* nos mercados,?todos, os que n?o furtam, muito pobres,e eis aqui a cidade da Bahia.Gregório de Matos*usuras: juros.MisériaMiséria é miséria em qualquer canto Riquezas s?o diferentes?ndio, mulato, preto, brancoMiséria é miséria em qualquer canto Riquezas s?o diferentes Miséria é miséria em qualquer canto Filhos, amigos, amantes, parentesRiquezas s?o diferentes Ninguém sabe falar esperanto Miséria é miséria em qualquer cantoTodos sabem usar os dentesRiquezas s?o diferentes Miséria é miséria em qualquer canto.Tit?sCom base no conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que:tanto o poema de Gregório de Matos como a letra da música dos Tit?s retratam somente a miséria na Bahia; a música dos Tit?s e o soneto de Gregório de Matos indicam que a pobreza é gerada pela miscigena??o ocorrida no Brasil; o texto de Gregório de Matos retrata aspectos locais de uma sociedade, enquanto que a letra da música dos Tit?s aborda um problema global; a palavra “mulato” tem sentido pejorativo na letra dos Tit?s, mas n?o o tem no poema de Gregório de Matos;a cordialidade entre vizinhos é o principal assunto do poema de Gregório de Matos, já na letra de Miséria é a difícil convivência entre familiares.Leia cuidadosamente os poemas a seguir.Nasce o Sol, e n?o dura mais que um dia,Depois da Luz se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosura,Em contínuas tristezas a alegria.Porém se acaba o Sol, por que nascia?Se formosa a Luz é, por que n?o dura?Como a beleza assim se transfigura?Como o gosto da pena assim se fia?Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,Na formosura n?o se dê const?ncia,E na alegria sinta-se e?a o mundo enfim pela ignor?ncia,E tem qualquer dos bens por naturezaA firmeza somente na inconst?ncia.Gregório de Matos GuerraRetratoEu n?o tinha este rosto de hoje,?assim calmo, assim triste, assim magro,?nem estes olhos t?o vazios,?nem o lábio amargo.Eu n?o tinha estas m?os sem for?a,?t?o paradas e frias e mortas;?eu n?o tinha este cora??o?que nem se mostra.?Eu n?o dei por esta mudan?a,?t?o simples, t?o certa, t?o fácil:?- Em que espelho ficou perdida?a minha face?Cecília Meireles, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.Após uma leitura atenta dos poemas abaixo é possível notar que:a temática do poema de Gregório de Matos está centrada na reflex?o moral e filosófica, característica que distancia o caráter moralizante do texto;o texto do poeta Gregório de Matos trata da transitoriedade, da efemeridade das coisas do mundo, tema bastante caro ao Barroco, característica que n?o pode ser observada no poema da escritora Cecília Meireles;Ambos os textos abordam a consciência angustiante da fugacidade da vida e da passagem do tempo que tudo destrói e s?o expressas principalmente nos versos: “A firmeza somente na inconst?ncia” (4? estrofe), do texto?I e na (3? estrofe) do texto II - “Em que espelho ficou perdida?/a minha face?”;Cecília nos mostrou em cada estrofe, cada verso, a transi??o das nossas vidas. E tudo de uma forma t?o filosófica, que encanta seus leitores e os envolvem, tendência que a dist?ncia dos conceitos da literatura dos séculos XVII e XVIII;Gregório de Matos e Cecília Meireles ao pertencerem a uma mesma época literária, inserem em seus poemas a linguagem figurativa marcada pelo acúmulo de antíteses, paradoxos, alitera??es para acentuar ainda mais o processo filosófico de interpreta??o da vida e do mundo.Leia o texto abaixo: ? cidade da BahiaTriste Bahia! ? qu?o dessemelhanteEstás e estou do nosso antigo estado!?Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,?Rica te vi eu já, tu a mi abundante.A ti trocou-te a máquina mercante,?Que em tua larga barra tem entrado,?A mim foi-me trocando, e tem trocado,?Tanto negócio e tanto negociante.Deste em dar tanto a?úcar excelentePelas drogas inúteis, que abelhuda?Simples aceitas do sagaz Brichote.Oh se quisera Deus que de repente?Um dia amanheceras t?o sisuda?Que fora de algod?o o teu capote!?Gregório de Mattos. “História concisa da Literatura Brasileira”, de Alfredo Bosi, Editora Cultrix, 1994, SP.?Pode-se afirmar do texto que:pela forma de soneto e pelo tom satírico, o poema ? cidade da Bahia antecipa os procedimentos clássicos da poesia parnasiana do século XIX;o autor optou no seu poema, pelo tom satírico, para melhor expressar sua crítica ao caráter lesivo das trocas mencionadas no primeiro terceto, o que é evidenciado pelo contraste entre a excelência do a?úcar e a inutilidade das drogas inúteis;a Bahia é representada através de referências a uma antiguidade pobre e um presente promissor, uma vez que lucra com as negociatas realizadas com o sagaz Brichote;o poema n?o dá referências sobre os meios de produ??o da época, limitando-se a expressar a tristeza do poeta pelo seu empobrecimento;o poeta constrói, através de imagens elaboradas, uma crítica à explora??o econ?mica que sofreu a Bahia no período colonial, mas que já se encerraram, conforme se pode constatar no segundo terceto.No colégio dos padres, Gregório de Matos escreveu:?“Quando desembarcaste da fragata, meu dom Bra?o de Prata, cuidei, que a esta cidade tonta, e fátua, mandava a Inquisi??o alguma estátua, vendo t?o espremida salvajola vis?o de palha sobre um mariola".Sorriu, e entregou o escrito a Gon?alo Ravasco.Gon?alo leu-o, gracejou, entregou-o ao vereador.O papel passou de m?o em m?o.“A difama??o é o teu deus”, disseram, sorrindo.Ana Miranda, Boca do InfernoVocabulário: fátua: tola;salvajola: variante de “selvagem”; mariola: velhacoO trecho ilustra:a poesia erótica de Gregório de Matos, inspirada na vida nos prostíbulos da cidade da Bahia e que deu origem à alcunha do poeta, “Boca do Inferno”;a poesia lírica de Gregório de Matos, voltada para a temática filosófica, em linguagem marcada pelos recursos da estética barroca;a poesia satírica de Gregório de Matos, dedicada à descri??o fiel da sociedade da época, utilizando recursos expressivos característicos do barroco português;a poesia erótica de Gregório de Matos, caracterizada pela crítica aos comportamentos e às autoridades baianas da época colonial;a poesia satírica de Gregório de Matos, que representa, no conjunto de sua obra, uma fuga aos moldes barrocos e ataca, no linguajar baiano da época, costumes e personalidades.Leia os textos abaixo para responder o que se pede:Texto IDescreve um horroroso dia de trov?esNa confus?o do mais horrendo dia,Painel da noite em tempestade brava,O fogo com o ar se embara?avaDa terra e água o ser se confundia.Bramava o mar, o vento embraveciaEm noite o dia enfim se equivocava,E com estrondo horrível, que assombrava,A terra se abalava e estremecia.Lá desde o alto aos c?ncavos rochedos,Cá desde o centro aos altos obeliscosHouve temor nas nuvens, e penedos.Pois dava o Céu amea?ando riscosCom assombros, com pasmos, e com medosRel?mpagos, trov?es, raios, coriscos.Gregório de Matos. Disponível em: , Consultado em julho de 2013.Texto IIN?o vês, Nise, este vento desabrido, Que arranca os duros troncos? N?o vês esta, Que vem cobrindo o céu, sombra funesta, Entre o horror de um rel?mpago incendido?N?o vês a cada instante o ar partido Dessas linhas de fogo? Tudo cresta, Tudo consome, tudo arrasa, e infesta, O raio a cada instante despedido.Ah! n?o temas o estrago, que amea?a A tormenta fatal; que o Céu destinaVejas mais feia, mais cruel desgra?a:Rasga o meu peito, já que és t?o ferina; Verás a tempestade, que em mim passa; Conhecerás ent?o, o que é ruína.Cláudio Manuel da CostaDe acordo com a leitura dos textos, pode-se afirmar que:No poema II, o locutor, ou eu-lírico, ou eu-poético, enfim, a voz que se dirige a alguém chamado Nise exp?e suas emo??es, revela seu mundo exterior, utilizando o mundo interior como reflexo de seus sentimentos; O autor do texto I ironiza a situa??o climática e deflagra certo telurismo sacro, enquanto no texto II, o eu-lírico remete-se a uma paisagem bucólica típica para a realiza??o do ser humano;No poema I, Gregório de Matos reflete a imagem de um ser humano harm?nico com os seus pensamentos e sentimentos, com suas ideologias e identidades;O locutor do texto II pinta inicialmente o cenário de uma tempestade, sem economizar palavras para descrever o horror da funesta procela, que a tudo cresta, tudo consome, tudo arrasta; e infesta, associando metaforicamente esses elementos ao seu estado de espírito;A antítese, o paradoxo e a hipérbole s?o figuras de linguagem sazonalmente utilizadas nos textos barrocos, logo n?o podem ser percebidas no texto do poeta árcade Cláudio Manuel da Costa.Jean de Léry viveu na Fran?a na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religi?o opuseram católicos e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas. (…) desde que os canh?es come?aram a atirar sobre nós com maior frequência, tornou-se necessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um len?ol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados, de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...). Neste texto, Jean de Léry despreza a cultura e rejeita o patrim?nio dos indígenas americanos. revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de “selvagens”. reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com rela??o aos europeus. valoriza o patrim?nio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades. valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram perseguidos pelos católicos.Leia atentamente o seguinte soneto de Cláudio Manuel da Costa e a música Casa no Campo, gravada por Elis Regina.Texto ISou pastor; n?o te nego; os meus montadosS?o esses, que aí vês; vivo contenteAo trazer entre a relva florescenteA doce companhia dos meus gados;Ali me ouvem os troncos namorados,Em que se transformou a antiga gente;Qualquer deles o seu estrago sente;Como eu sinto também os meus cuidados.Vós, ó troncos, (lhes digo) que algum diaFirmes vos contemplastes, e segurosNos bra?os de uma bela companhia;Consolai-vos comigo, ó troncos duros;Que eu alegre algum tempo assim me via;E hoje os tratos de Amor choro perjuros.Texto IICasa No CampoEu quero uma casa no campoOnde eu possa compor muitos rocks ruraisE tenha somente a certezaDos amigos do peito e nada maisEu quero uma casa no campoOnde eu possa ficar no tamanho da pazE tenha somente a certezaDos limites do corpo e nada maisEu quero carneiros e cabras pastando solenesNo meu jardimEu quero o silêncio das línguas cansadasEu quero a esperan?a de óculosMeu filho de cuca legalEu quero plantar e colher com a m?oA pimenta e o salEu quero uma casa no campoDo tamanho ideal, pau-a-pique e sapéOnde eu possa plantar meus amigosMeus discos e livrosE nada maisElis ReginaAnalisando-se as informa??es associadas aos textos acima compreende-se que:A representa??o da natureza amena e do sentimento bucólico, como nos versos: “Ao trazer entre a relva florescente / A doce companhia dos meus gados”, inserem o poeta na ideologia árcade;O Locusamoenus: “Onde eu possa ficar do tamanho da paz”, tra?o característico do Arcadismo, mas ausente no poema de Cláudio Manuel da Costa;Ambos textos pertencem ao período ?rcade da literatura brasileira, tanto na temática, quanto no estilo de composi??o;A representa??o da natureza como espelho das fortes paix?es, caracterizam os dois textos, já que os aproximam da ideologia barroca;A imagina??o delirante de paisagens exóticas e a valoriza??o das circunst?ncias biográficas s?o exemplificadas no soneto de Cláudio Manuel da Costa.Um juízo crítico que define o estilo de umas das linhas mestras da poesia de Castro Alves é:“Notemos que esse poeta sem requinte foi, do grupo em estudo, o mais preocupado com a experimenta??o métrica, revelando o senso exato da adequa??o do ritmo à psicologia.”“Da presen?a da história decorre um compromisso com a eloquência: a poesia, como for?a histórica, se aproxima automaticamente do discurso, incorporando a ênfase oratória à sua magia, que se restringe por isso mesmo ante esta invas?o imperiosa.”“Os seus momentos mais felizes est?o nalgumas redondilhas delicadas ou em composi??es de voo amplo, lan?adas no declive da reflex?o e da medita??o”.“Quando amplia o ?mbito de vis?o, é ainda matizando de moderada beleza os aspectos ordinariamente exaltantes da paisagem. O fato dessa natureza existir denota o caráter concreto de sua poesia, que, apesar de intensamente subjetiva, se alia à realidade de uma paisagem despojada de qualquer hipertrofia, em benefício da atmosfera tênue dos tons menores.” “Esta tendência para volatizar e nebulizar a paisagem completa-se por outra, de aproximá-la da vida pelo mesmo sistema de imagens.”Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.Senhor, a noite veio e a alma é vil.Tanta foi a tormenta e a vontade!Restam-nos hoje, no silêncio hostil,O mar universal e a saudade.Mas a chama, que a vida em nós criou,Se ainda há vida ainda n?o é finda.O frio morto em cinzas a ocultou:A m?o do vento pode erguê-la ainda.Dá o sopro, a aragem – ou desgra?a ou ?nsia –,Com que a chama do esfor?o se remo?a,E outra vez conquistaremos a Dist?ncia –Do mar ou outra, mas que seja nossa!(Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu líricoapresenta Portugal como uma na??o decadente, que n?o faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias.inspira-se no passado de heroísmo do povo português que, no presente, já n?o acredita na sua história.busca reviver o sonho de uma da na??o grandiosa, cantando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos. reconhece o desejo de o povo português glorificar seus heróis, o que n?o foi possível até o seu presente.descreve o Portugal de seu tempo como uma na??o gloriosa e marcada por histórias de heroísmo.Em 2014, foram comemorados os 200 anos da morte do criador das belíssimas pe?as em pedra sab?o, uma das quais é apresentada na imagem acima, sendo a mesma de autoria do mais importante artista brasileiro do período colonial: Ant?nio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814). Ele nasceu em Vila Rica, atual Ouro Preto, e antes dos 50 anos, foi acometido por uma doen?a degenerativa que atrofiava seu corpo. Mesmo assim, tornou-se um dos maiores mestres do Barroco no Brasil. O Barroco teve terreno fértil para a expans?o em Minas Gerais, poiso enriquecimento provocado pela minera??o e a forte religiosidade dos povos das Minas, conjugados com a intensa vida cultural ligada ao catolicismo, favoreceram o desenvolvimento desse estilo artístico na regi?o.a pouca presen?a de protestantes na regi?o, por causa da dist?ncia do litoral, fez com que n?o houvesse forte influência desse ramo religioso, deixando caminho livre para a expans?o do Barroco, t?o ligado ao catolicismo.fortaleceu-se com os altos investimentos feitos pelo governo português na regi?o, já que por causa da produ??o aurífera, buscava-se fazer de Minas, e principalmente de Vila Rica, a referência americana para a Europa.a decadência da produ??o a?ucareira no Nordeste e a descoberta do ouro em Minas levaram os principais artistas da Col?nia a migrarem para Vila Rica, em busca de financiamento para suas obras e apoio para novos empreendimentos.utilizou a presen?a de grande número de artistas europeus presentes no estado, com influência forte das correntes artísticas ligados às igrejas católicas e protestantes, predominantes nesta regi?o.Torno a ver-vos, ó montes; o destinoAqui me torna a p?r nestes outeiros,Onde um tempo os gab?es deixei grosseirosPelo traje da Corte, rico e fino.Aqui estou entre Almendro, entre Corino,Os meus fiéis, meus doces companheiros,Vendo correr os míseros vaqueirosAtrás de seu cansado desatino.Se o bem desta choupana pode tanto,Que chega a ter mais pre?o, e mais valiaQue, da Cidade, o lisonjeiro encanto,Aqui descanse a louca fantasia,E o que até agora se tornava em prantoSe converta em afetos de alegria.Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proen?a Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a op??o correta acerca da rela??o entre o poema e o momento histórico de sua produ??o.Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, s?o imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.A oposi??o entre a Col?nia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradi??o vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Col?nia.O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupa??o do poeta árcade em realizar uma representa??o literária realista da vida nacional.A rela??o de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formula??o literária que reproduz a condi??o histórica paradoxalmente vantajosa da Col?nia sobre a Metrópole.A realidade de atraso social, político e econ?mico do Brasil Col?nia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transforma??o do pranto em alegria.Leia os fragmentos a seguir, extraídos da Lira II, da obra “Marília de Dirceu”, de Tomás Ant?nio Gonzaga, “Pintam, Marília, os Poetas”.A um menino vendado,Com uma aljava de setas,Arco empunhado na m?o;Ligeiras asas nos ombros,O tenro corpo despido,E de Amor ou de CupidoS?o os nomes, que lhe d?o.”[...]“Tu, Marília, agora vendoDe Amor o lindo retrato,Contigo estarás dizendoQue é este o retrato teu.Sim, Marília, a cópia é tua,Que Cupido é Deus suposto:Se há Cupido, é só teu rosto,Que ele foi quem me venceu.”Tomás Ant?nio Gonzaga. Marília de Dirceu.Analisando-se os fragmentos, compreende-se queO poeta, na primeira estrofe, menciona uma figura representativa do amor na mitologia clássica e come?a descrevendo o amor como um cúpido;Na primeira estrofe, a amada Marília é alertada sobre a violência que se esconde por detrás da superfície do amor, que n?o é um sentimento t?o significante;Na segunda estrofe, o poeta transfere o retrato de Cupido para o rosto vencedor de Marília, que descreve o amor como um sentimento positivo e alegre;Na segunda estrofe, o poeta confessa à amada a sua resistência em rela??o aos poderes do amor, pois este é capaz de amargurar os cora??es humanos;O autor, Tomás Ant?nio Gonzaga, utiliza nesta lira os recursos linguísticos próximos ao Barroco, opondo-se ao Arcadismo, abordando sobre temas comuns como: o amor, a morte, a solid?o.Leia o texto abaixo.Ossian o bardo é triste como a sombraQue seus cantos povoa. O Lamartine? monótono e belo como a noite,Como a lua no mar e o som das ondas...Mas pranteia uma eterna monodia,Tem na lira do gênio uma só corda;Fibra de amor e Deus que um sopro agita:Se desmaia de amor a Deus se volta,Se pranteia por Deus de amor suspira.Basta de Shakespeare. Vem tu agora,Fantástico alem?o, poeta ardenteQue ilumina o clar?o das gotas pálidasDo nobre Johannisberg! Nos teus romancesMeu cora??o deleita-se... Contudo,Parece-me que vou perdendo o gosto.(...) (?lvares de Azevedo, Lira dos vinte anos)Considerando-se este excerto no contexto do poema a que pertence (ideias íntimas), é correto afirmar que, neleo eu-lírico manifesta tanto seu apre?o quanto sua insatisfa??o em rela??o aos escritores que evoca.a dispers?o do eu-lírico, própria da ironia rom?ntica, exprime-se na métrica irregular dos versos.o eu-lírico rejeita a literatura e os demais poetas porque se identifica inteiramente com a natureza.a recusa dos autores estrangeiros manifesta o projeto nacionalista típico da segunda gera??o rom?ntica brasileira.Lamartine é criticado por sua irreverência para com Deus e a religi?o, muito respeitados pela segunda gera??o rom?ntica.Leia os fragmentos abaixo.Texto 1“Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,N?o gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.”(Gon?alves Dias, “Can??o do Exílio”, 1843)Texto 2“Vou voltarSei que ainda vou voltarVou deitar à sombraDe uma palmeiraQue já n?o háColher a florQue já n?o dáE algum amorTalvez possa espantarAs noites que eu n?o queriaE anunciar o dia”(Chico Buarque e Tom Jobim, “Sabiá”, 1968)Sobre a rela??o entre cada texto e sua respectiva época de composi??o, assinale a alternativa correta:Tanto o Texto 1 quanto o Texto 2 possuem uma evidente vincula??o com o crescente interesse que a ecologia passou a ter para o país, desde o século XIX.O Texto 1 traz a marca da arte brasileira do Segundo Reinado: exclusivamente lírica, afasta-se de qualquer conota??o política; já o Texto 2 reflete a politiza??o decorrente da luta contra a ditadura militar, n?o comportando nenhuma leitura de caráter lírico.Tanto o Texto 1 quanto o Texto 2 funcionam como manifesta??es de rejei??o a projetos políticos oficiais; assim, buscam criar uma imagem nacional desvinculada dos poderes instituídos, colocando em destaque valores populares.O esfor?o para se construir uma imagem positiva do Brasil, no Texto 1, pode ser entendido como parte do esfor?o do poder republicano em superar a imagem do Império brasileiro; o mesmo esfor?o, no Texto 2, enquadra-se na luta pelas elei??es diretas e livres para a Presidência da República, ocorridas durante os anos 1960.A idealiza??o da natureza, presente no Texto 1, pode ser vista como parte do projeto de constru??o de uma imagem ufanista do país recém-independente; a imagem mais sombria que essa mesma natureza apresenta no Texto 2 é uma rea??o ao momento tenso que o país vivia durante a ditadura militar iniciada em 1964.O fragmento do poema abaixo pertence à segunda parte da obra Lira dos vinte anos, de ?lvares de Azevedo. ? ela! ? ela! ? ela! ? ela!? ela! ? ela! – murmurei tremendo,E o eco ao longe murmurou – é ela!Eu a vi — minha fada aérea e pura –A minha lavadeira na janela![...]Esta noite eu ousei mais atrevidoNas telhas que estalavam nos meus passosIr espiar seu venturoso sono,Vê-la mais bela de Morfeu nos bra?os![...]Afastei a janela, entrei medroso:Palpitava-lhe o seio adormecido...Fui beijá-la... roubei do seio delaUm bilhete que estava ali metido...Oh! Decerto... (pensei) é doce páginaOnde a alma derramou gentis amores;S?o versos dela... que amanh? decertoEla me enviará cheios de flores...[...]? ela! é ela! – repeti tremendo;Mas cantou nesse instante uma coruja...Abri cioso a página secreta...Oh! Meu Deus! era um rol de roupa suja!Sobre a leitura dos fragmentos acima pode-se afirmar que,O tema da mulher idealizada é constante na obra de ?lvares de Azevedo. No poema em quest?o, a imagem da virgem sonhadora é simbolizada pela lavadeira, uma forma de denunciar os problemas sociais e, ao mesmo tempo, reportar a imagem feminina ao modelo materno.No poema “? ela! ? ela! ? ela! ? ela!”, a musa eleita é uma lavadeira. Dizendo-se apaixonado, o eu-lírico a observa enquanto dorme e retira do seio da amada uma lista de roupa, que imaginara ser um bilhete de amor. Trata-se de uma forma melancólica de expressar a grandeza das rela??es humanas e representar a concretiza??o do amor.O emprego de termos elevados em referência à lavadeira, tais como “fada aérea e pura”, é um fator que refor?a o riso por associar a lavadeira a uma musa inspiradora e exaltadora da paix?o. Trata-se, portanto, de um poema de linha ir?nica e prosaica, que revela os valores morais daquela época.O poema, no conjunto das estrofes acima transcritas, revela tédio e melancolia. Esses sentimentos s?o refor?ados pelo murmúrio do eu-lírico, "? ela! ? ela!", ao visualizar sua amada.A figura da lavadeira no poema é a de uma mulher que n?o se pode possuir. Dessa maneira, o poema afasta a possibilidade de concretiza??o do ato sexual, confirmando a idealiza??o da mulher no período rom?ntico.(...) a lombalgia, por exemplo, afeta 80% da popula??o adulta, sendo um dos principais motivos de aposentadoria precoce, segundo dados da Previdência Social. A grande novidade em rela??o à disfun??o é a eficiência do tratamento fisioterapêutico, mesmo nos casos considerados mais graves. Seguindo corretamente as indica??es, os especialistas afirmam que a cirurgia pode ser evitada em 80% dos casos. Por causa do baixo impacto dos exercícios, o Pilates é atualmente uma das atividades mais indicadas por especialistas para tratar de problemas de coluna e outras patologias. Para a mente, a atividade estimula a concentra??o e o equilíbrio. Para músculos e articula??es, dá for?a e flexibilidade. Para a coluna, melhora a postura e evita les?es. "? a modalidade física mais indicada para prevenir e tratar problemas da coluna vertebral, pois permite aos praticantes realizar suas atividades diárias, com perfei??o. Em três semanas de prática é possível perceber os benefícios. A postura mental, física e emocional das pessoas muda radicalmente", garante o fisioterapeuta Sérgio Machado. (...) Pela presen?a de uma bacia mais larga, a mulher possui uma lordose lombar maior que a do homem. "Nas mulheres portadoras de hiperlordose lombar, o abd?men acaba por se projetar para a frente, originando a indesejável barriguinha", explica Sérgio Machado. Jornal Meio Norte – Teresina – PI (25/09/2008) Os fragmentos de texto acima apresentam alguns problemas que afetam o povo brasileiro tanto adulto como idoso. Considerando o texto como referencial e o conhecimento de mundo adquirido, considera-se que:os problemas físicos devem ser tratados em academias antes de se consultar um clínico.as mulheres, por possuírem uma bacia mais larga que a do homem, devem preocupar-se com hiperlordose lombar, fazendo exames periodicamente.o governo brasileiro, preocupado com o excesso de pedidos de aposentadoria precoce, tem incentivado a popula??o, através de informes, a evitar problemas físicos.a fisioterapia é a solu??o para n?o se adquirir problemas na constitui??o física.a preocupa??o com a saúde inicia-se com os cuidados com a postura física.Leia o poema abaixo para responder a quest?o.Amor é fogo que arde sem se ver;é ferida que dói e n?o se sente;é um contentamento descontente;é dor que desatina sem doer;? um n?o querer mais que bem querer;é solitário andar por entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é cuidar que se ganha em se perder;? querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata lealdade.Mas como causar pode seu favornos cora??es humanos amizade,se t?o contrário a si é o mesmo Amor?Luís Vaz de Cam?esO poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, rela??o de oposi??o de palavras ou ideias. Assinale a op??o em que essa oposi??o se faz claramente presente.“Amor é fogo que arde sem se ver.”“? um contentamento descontente.”“? servir a quem se vence, o vencedor.”“Mas como causar pode seu favor.”“Se t?o contrário a si é o mesmo Amor?”Analise a imagem e leia o texto apresentados a seguir.A ponta da América, a partir de agora, assinala insistentemente o Sul, o nosso norte.TORRES GARC?A, Joaquín. Universalismo constructivo (Manifesto). Buenos Aires: Poseidón, 1941. Disponível em: <;. Acesso em: 11 set. 2013.O quadro e o manifesto do artista uruguaio Torres García inserem-se na denominada arte modernista, elaborada durante a primeira metade do século XX pelas vanguardas americanistas. Ao fazer referência ao mapa do continente americano, a imagem e o manifesto expressam uma críticaà base tecnológica do século XIX, que tinha no conhecimento astron?mico limitado um empecilho à elabora??o de uma proje??o fiel à realidade.aos valores da cultura ocidental, que tinham no sistema de coordenadas um instrumento de imposi??o do imperialismo norte-americano.ao imaginário dos descobrimentos, que inseria nas proje??es cartográficas da Era Moderna figuras míticas e pontos de referência inexistentes.ao sistema de representa??o cartográfica europeu, com o objetivo de refor?ar os princípios formadores da identidade latino-americana.ao isolamento político dos países da América do Sul, com o objetivo de colocar o continente no centro das aten??es internacionais.MATEM?TICA ESUAS TECNOLOGIASCom o objetivo de trabalhar com seus alunos o conceito de volume de sólidos, um professor fez o seguinte experimento: pegou uma caixa de polietileno, na forma de um cubo com 1 metro de lado, e colocou nela 600 litros de água. Em seguida, colocou, dentro da caixa com água, um sólido que ficou completamente submerso.Considerando que, ao colocar o sólido dentro da caixa, a altura do nível da água passou a ser 80 cm, qual era o volume do sólido?0,2 m?0,48 m?4,8 m?20 m?48 mA tecnologia do LED é bem diferente das l?mpadas incandescentes e das fluorescentes. A l?mpada LED é fabricada com material semicondutor semelhante ao usado nos chips de computador. Quando percorrido por uma corrente elétrica, ele emite luz. O resultado é uma pe?a muito menor, que consome menos energia e tem uma durabilidade maior. Enquanto uma l?mpada comum tem vida útil de 1.000 horas e uma fluorescente de 10.000 horas, a LED rende entre 20.000 e 100.000 horas de uso ininterrupto.Há um problema, contudo: a l?mpada LED ainda custa mais caro, apesar de seu pre?o cair pela metade a cada dois anos. Essa tecnologia n?o está se tornando apenas mais barata. Está também mais eficiente, iluminando mais com a mesma quantidade de energia.Uma l?mpada incandescente converte em luz apenas 5% da energia elétrica que consome. As l?mpadas LED convertem até 40%. Essa diminui??o no desperdício de energia traz benefícios evidentes ao meio ambiente.A evolu??o da luz. Veja, 19 dez. 2007.Disponível em: em: 18 out. 2008. Considerando que a l?mpada LED rende 100 mil horas, a escala de tempo que melhor reflete a dura??o dessa l?mpada é o:dia.ano.decênio.século.milênio.A cada ano, a Amaz?nia Legal perde, em média, 0,5% de suas florestas. O percentual parece pequeno, mas equivale a uma área de quase 5 mil quil?metros quadrados. Os cálculos feitos pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amaz?nia (Imazon) apontam um crescimento de 23% na taxa de destrui??o da mata em junho de 2008, quando comparado ao mesmo mês do ano 2007. Aproximadamente 612 quil?metros quadrados de floresta foram cortados ou queimados em quatro semanas. Nesse ritmo, um hectare e meio (15 mil metros quadrados ou pouco mais de um campo de futebol) da maior floresta tropical do planeta é destruído a cada minuto. A tabela abaixo mostra dados das áreas destruídas em alguns Estados brasileiros.Supondo a manuten??o desse ritmo de desmatamento nesses Estados, o total desmatado entre agosto de 2008 e junho de 2009, em valores aproximados, foiinferior a 5.000 km?superior a 5.000 km2 e inferior a 6.000 km?.superior a 6.000 km2 e inferior a 7.000 km?.superior a 7.000 km2 e inferior a 10.000 km?.superior a 10.000 km?.Um desfibrilador é um equipamento utilizado em pacientes durante parada cardiorrespiratória com objetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. O seu funcionamento consiste em aplicar uma corrente elétrica intensa na parede torácica do paciente em um intervalo de tempo da ordem de milissegundos.O gráfico seguinte representa, de forma genérica, o comportamento da corrente aplicada no peito dos pacientes em fun??o do tempo.De acordo com o gráfico, a contar do instante em que se inicia o pulso elétrico, a corrente elétrica inverte o seu sentido após0,1 ms.1,4 ms.3,9 ms.5,2 ms.7,2 ms.Em Alexandria viveu Diofante, entre os anos 325 e 409, e a pequena parte de sua obra que chegou até nossos dias revela a mais antiga prática de abrevia??es na Matemática. Na história da álgebra, no período anterior a Diofante, express?es s?o apresentadas só com palavras, inclusive os números. Com Diofante surge a álgebra, na qual algumas express?es s?o escritas e outras abreviadasAdaptado de GUELLI, Oscar. Uma aventura do pensamento. Sexta série. Editora ?tica.Na linguagem de Diofante, por exemplo, "u 3" significa 3 unidades, "M" significa menos e, quando n?o há nenhum sinal, significa uma adi??o.As frases abaixo est?o escritas em símbolos de Diofante.? x u 3 é igual a u 6.? x M u 7 é igual a u 10.Em símbolos atuais, as frases podem ser escritas, respectivamente, por:x + 3 = 6 e x - 7 = 103x = 6 e x - 7 = 10x + 3 = 6 e 7x - 10 = 03 - x = 6 e 7x = 103x + x = 10Para fazer um dado cúbico de cartolina, um garoto usou o molde com faces numeradas de 1 a 6, como mostra a figura a seguir.? CORRETO afirmar que a soma dos números que est?o em faces opostas:é sempre igual a 7.nunca é múltiplo de 5.é sempre menor que 10.nunca é divisor de 20.é sempre maior que 10.Uma fábrica de azulejos possui dois modelos de ladrilhos quadriculados, chamados de "3 x 3" e "5 x 5", mostrados nas figuras a seguir.Deseja-se lan?ar um novo modelo de ladrilhos quadriculados, chamado "7 x 7", seguindo o mesmo padr?o dos modelos anteriores. O número de quadrados pintados em um ladrilho do modelo "7 x 7" será igual a:2025303540Paulo está construindo caixas em forma de pir?mide para montar o cenário de uma pe?a de teatro e tem à sua disposi??o pe?as de madeira recortadas como nas o base para a pir?mide, Paulo pode usar as pe?as:III e IV.II e V.I e III.II e IV.IV e V.Um fazendeiro vendeu dois touros pelo mesmo pre?o. Num deles obteve um lucro de 50% sobre o pre?o de venda e no outro um prejuízo de 50% sobre o pre?o de compra. No total, em rela??o ao pre?o de custo, esse fazendeiro obteve:Lucro de 5%. Prejuízo de 5%. Lucro de 10%.Prejuízo de 10%.Prejuízo de 20%.Analise a imagem:Com base no gráfico, pode-se afirmar que:em 1970 a popula??o urbana era menor que a popula??o rural.nos anos considerados, a popula??o rural se manteve praticamente estável.em 1980 a popula??o urbana era cerca de três vezes a popula??o rural.nos anos considerados, a popula??o urbana aumentou em cerca de 50 milh?es a cada ano.nos anos considerados, a popula??o rural teve acentuado declínio.Para que uma subst?ncia seja colorida ela deve absorver luz na regi?o do visível. Quando uma amostra absorve luz visível, a cor que percebemos é a soma das cores restantes que s?o refletidas ou transmitidas pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de absor??o para uma subst?ncia e é possível observar que há um comprimento de onda em que a intensidade de absor??o é máxima. Um observador pode prever a cor dessa subst?ncia pelo uso da roda de cores (Figura 2): o comprimento de onda correspondente à cor do objeto é encontrado no lado oposto ao comprimento de onda da absor??o máxima.Brown, T. Química a Ciência Central. 2005 (adaptado).Qual a cor da subst?ncia que deu origem ao espectro da Figura 1?Azul.Verde.Violeta.Laranja.Vermelho.No dia 10 de mar?o de 2009, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto, que representa a soma das riquezas e dos servi?os produzidos) sofreu uma queda de 3,6% no último trimestre de 2008, se comparado com o 3? trimestre do mesmo ano.Desde 1966, essa foi maior queda registrada. No acumulado do ano, no entanto, o PIB cresceu 5,1%. Suponha que, para calcular o PIB, em trilh?es de reais, dotamos a fun??o:Em 2008, o PIB do Brasil, em trilh?es de reais, chegou a:0,11,12,93,18,7O saldo de contrata??es no mercado formal no setor varejista da regi?o metropolitana de S?o Paulo registrou alta. Comparando as contrata??es deste setor no mês de fevereiro com as de janeiro deste ano, houve incremento de 4 300 vagas no setor, totalizando 880 605 trabalhadores com carteira assinada.Disponível em: . Acesso em: 26 abr. 2010 (adaptado).Suponha que o incremento de trabalhadores no setor varejista seja sempre o mesmo nos seis primeiros meses do ano.Considerando-se que y e x representam, respectivamente, as quantidades de trabalhadores no setor varejista e os meses, janeiro sendo o primeiro, fevereiro, o segundo, e assim por diante, a express?o algébrica que relaciona essas quantidades nesses meses éy = 4 300xy = 884 905xy = 872 005 + 4 300xy = 876 305 + 4 300xy = 880 605 + 4 300xUma m?e, ao levar seus dois filhos ao posto de saúde, recebeu um vidro com 900 ml de xarope juntamente com a seguinte orienta??o: o filho mais velho deveria tomar 2/3 do xarope, enquanto o outro filho deveria tomar 1/4 do xarope. Qual a quantidade de xarope que os dois filhos dever?o tomar juntos é?695 ml650 ml825 ml775 ml875 mlEm 2010, um caos aéreo afetou o continente europeu, devido à quantidade de fuma?a expelida por um vulc?o na Isl?ndia, o que levou ao cancelamento de inúmeros voos. Cinco dias após o início desse caos, todo o espa?o aéreo europeu acima de 6 000 metros estava liberado, com exce??o do espa?o aéreo da Finl?ndia. Lá, apenas voos internacionais acima de 31 mil pés estavam liberados. Disponível em: . Acesso em: 21 abr. 2010 (adaptado). Considere que 1 metro equivale a aproximadamente 3,3 pés.Qual a diferen?a, em pés, entre as altitudes liberadas na Finl?ndia e no restante do continente europeu cinco dias após o início do caos? 3 390 pés.9 390 pés.11 200 pés.19 800 pés.50 800 pés.O gráfico abaixo ilustra a varia??o do percentual de eleitores com idade de 16 e 17 anos que moram nas capitais e de eleitores do Brasil nesta faixa de idade, de junho de 1990 a junho de 2000.Supondo que nestes 10 anos o número de eleitores aumentou 30% e o percentual de jovens com 16 e 17 anos se manteve em 3,56% da popula??o, é correto afirmar que:em 2000, metade dos eleitores com 16 e 17 anos n?o estavam nas capitais.em 1992, todo jovem de 16 e 17 anos era eleitor.em 1998, 40% dos eleitores com 16 e 17 anos n?o estavam nas capitais.o percentual médio de eleitores com 16 e 17 anos nas capitais neste período foi inferior ao percentual médio de eleitores nesta faixa de idade fora das capitais.o número de eleitores com 16 e 17 anos em 1990 foi menor que o número de eleitores com 16 e 17 anos em 2000.O dono de uma oficina mec?nica precisa de um pist?o das partes de um motor, de 68 mm de di?metro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse dono vai até um ferro-velho e lá encontra pist?es com di?metros iguais a 68,21 mm; 68,102 mm; 68,001 mm; 68,02 mm e 68,012 mm.Para colocar o pist?o no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de adquirir aquele que tenha o di?metro mais próximo do que precisa. Nessa condi??o, o dono da oficina deverá comprar o pist?o de di?metro 68,21 mm68,102 mm68,02 mm68,012 mm68,001 mmO losango representado na Figura 1 foi formado pela uni?o dos centros das quatro circunferências tangentes, de raios de mesma medida.Figura 1Dobrando-se o raio de duas das circunferências centradas em vértices opostos do losango e ainda mantendo- -se a configura??o das tangências, obtém-se uma situa??o conforme ilustrada pela Figura 2.O perímetro do losango da Figura 2, quando comparado ao perímetro do losango da Figura 1, teve um aumento de300%200%150%100%50%Na bula de um remédio em gotas, lê-se que “a dosagem recomendada é de 3 gotas por 2kg de massa da crian?a”. Se uma crian?a tem 14kg, qual é a dosagem recomendada?12 gotas 15 gotas 20 gotas 21 gotas30 gotasO gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amaz?nia, em km2, a cada ano, no período de 1988 a 2008. As informa??es do gráfico indicam queo maior desmatamento ocorreu em 2004.a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007.a área desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001.a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e 1995 que entre 1997 e 1998.o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é maior que 60.000 km2.O jogo-da-velha é um jogo popular, originado na Inglaterra. O nome “velha” surgiu do fato de esse jogo ser praticado, à época em que foi criado, por senhoras idosas que tinham dificuldades de vis?o e n?o conseguiam mais bordar. Esse jogo consiste na disputa de dois adversários que, em um tabuleiro 3×3, devem conseguir alinhar verticalmente, horizontalmente ou na diagonal, 3 pe?as de formato idêntico. Cada jogador, após escolher o formato da pe?a com a qual irá jogar, coloca uma pe?a por vez, em qualquer casa do tabuleiro, e passa a vez para o adversário. Vence o primeiro que alinhar 3 pe?as.No tabuleiro representado acima, est?o registradas as jogadas de dois adversários em um dado momento. Observe que uma das pe?as tem formato de círculo e a outra tem a forma de um xis. Considere as regras do jogo-da-velha e o fato de que, neste momento, é a vez do jogador que utiliza os círculos. Para garantir a vitória na sua próxima jogada, esse jogador pode posicionar a pe?a no tabuleiro deuma só maneira.duas maneiras distintas.três maneiras distintas.quatro maneiras distintas.cinco maneiras distintas.Existe uma cartilagem entre os ossos que vai crescendo e se calcificando desde a inf?ncia até a idade adulta. No fim da puberdade, os horm?nios sexuais (testosterona e estrógeno) fazem com que essas extremidades ósseas (epífises) se fechem e o crescimento seja interrompido. Assim, quanto maior a área calcificada entre os ossos, mais a crian?a poderá crescer ainda. A expectativa é que durante os quatro ou cinco anos da puberdade, um garoto ganhe de 27 a 30 centímetros.Revista Cláudia. Abr. 2010 (adaptado).De acordo com essas informa??es, um garoto que inicia a puberdade com 1,45 m de altura poderá chegar ao final dessa fase com uma alturamínima de 1,458 m.mínima de 1,477 m.máxima de 1,480 m.máxima de 1,720 m.máxima de 1,750 mUma cooperativa de colheita prop?s a um fazendeiro um contrato de trabalho nos seguintes termos: a cooperativa forneceria 12 trabalhadores e 4 máquinas, em um regime de trabalho de 6 horas diárias, capazes de colher 20 hectares de milho por dia, ao custo de R$ 10,00 por trabalhador por dia de trabalho, e R$ 1.000,00 pelo aluguel diário de cada máquina. O fazendeiro argumentou que fecharia contrato se a cooperativa colhesse 180 hectares de milho em 6 dias, com gasto inferior a R$ 25.000,00.Para atender às exigências do fazendeiro e supondo que o ritmo dos trabalhadores e das máquinas seja constante, a cooperativa deveriamanter sua proposta.oferecer 4 máquinas a mais.oferecer 6 trabalhadores a mais.aumentar a jornada de trabalho para 9 horas diárias.reduzir em R$ 400,00 o valor do aluguel diário de uma máquina.Valor absoluto de um algarismo é o número de unidades simples que ele representa, independente da posi??o que ele ocupa no numeral. Qual é a soma dos valores absolutos dos algarismos do número 199 991?3638403450A organiza??o política administrativa do Brasil compreende a Uni?o (federa??o brasileira), o Distrito Federal, os estados e os municípios, todos aut?nomos, segundo a Constitui??o. A divis?o do Brasil em regi?es é atribui??o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem o objetivo de reunir estados com tra?os físicos, humanos, ergon?micos e sociais comuns, o que ajuda no planejamento de políticas voltadas para áreas com necessidades semelhantes.Muitas divis?es regionais do território já foram estabelecidas no decorrer da história do Brasil. A primeira surgiu em 1913 e era baseada apenas em aspectos físicos. A partir de 1940, a divis?o leva em conta também aspectos socioecon?micos. A atual está em vigor desde 1970 e cria cinco regi?es: Centro- Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Ela é modificada depois das mudan?as feitas pela Constitui??o de 1988.Disparidades regionais. Há profundas diferen?as entre as regi?es (ver tabela abaixo). A Sudeste, embora seja a segunda menor área, tem o maior número de habitantes, o maior percentual de pessoas que vivem em cidades é responsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A Nordeste apresenta alguns dos mais baixos indicadores sociais e o menor ?ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). A regi?o Norte, com o segundo menor número de habitantes, tem o maior contingente de popula??o indígena e apresenta elevado crescimento demográfico. A Sul, seguida de perto pela Regi?o Sudeste, é a que apresenta os melhores indicadores: tem o menor índice de mortalidade infantil, a menor taxa de analfabetismo e o mais alto IDH. A Centro – Oeste, embora tenha a menor popula??o, apresenta acelerado crescimento demográfico, só perdendo para a Regi?o Norte. De acordo com as informa??es responda:Em que ano foi feita a primeira proposta de divis?o regional do Brasil?19131970198819402004Com o aumento da frota de veículos motorizados em Dourados – MS, o número de acidentes envolvendo motociclistas vem aumentando nos últimos anos, conforme a tabela a seguirANOQUANTIDADE DE ACIDENTES2011864201072020096002008500Após uma análise atenciosa destes números, observou-se que o aumento da quantidade de acidentes segue um padr?o bem conhecido, podendo ser descrito com razoável precis?o por um tipo de sequência matemática. Mantido esse padr?o, a quantidade aproximada de acidentes em 2012 deverá ser920 1036 1100 1200 1320Um carro sai de Brasília em dire??o a uma capital do Nordeste. Já percorreu 435 quil?metros e ainda faltam 1.096 quil?metros. Dist?ncia rodoviária (em quil?metros)AracajuMaceióSalvadorBrasília1.7372.0131.531Consultando a tabela acima, qual a capital de destino?SalvadorAracajuMaceióBrasíliaGoi?niaA revista Veja publicou:O VOV? POPEYEO desenho animado Popeye completou 86 anos em janeiro e a data foi comemorada com o lan?amento de uma nova série para a televis?o. O quadro mostra os contempor?neos do marinheiro.Ursinho PoohMickeyPopeyeGato Félix1926192819291930Quantos anos o desenho animado Mickey está completando este ano?871878518586Todos os cidad?os possuem o direito de ir e vir e devem ser tratados com igualdade. Para garantir esses direitos às pessoas que possuem alguma necessidade especial, alguns ambientes e constru??es, tais como cal?adas e escadas, devem ser adaptados.Para que os cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomo??o tenham fácil acesso a certo consultório médico, uma rampa deve ser instalada. Sabendo que a porta de entrada desse consultório fica 50?cm distante do nível da cal?ada e que o ?ngulo de inclina??o dessa rampa é 5?, determine o comprimento aproximado da rampa.Utilize: cos 5? = 0,996 e sen 10? = 0,174.5,45 m5,75 m2,25 m5,15 m5,85 mSabe-se que a dist?ncia real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no estado de S?o Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2.000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a dist?ncia entre essas duas cidades A e B, era 8 cm.Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de: 1: 2501: 2.5001: 25.0001: 250.0001: 25.000.000A Torre de Pisa talvez pudesse ser esquecida se n?o fosse “torta”. Projetada para abrigar o sino da catedral de Pisa, no norte da Itália, sua constru??o se iniciou em 1173. Quando apenas três dos oito andares haviam sido erguidos, foi notada uma ligeira inclina??o, por ter sido construída sobre um terreno de argila e areia, matérias pouco firmes para sustentar uma edifica??o daquele porte. Apesar de longas interrup??es, a obra prosseguiu e foi inaugurada em 1370. Nessa época, a torre pendia 1,6? e tinha 55 m de altura, medida desde o solo. Quando a inclina??o chegou a 4,5 m em rela??o ao seu eixo vertical, em 1990, a torre foi fechada ao público, sob o risco de desmoronar. O governo italiano tinha como preocupa??o que o centro da gravidade da torre pudesse se projetar para fora da base, o que implicaria o seu desabamento. Desde ent?o, várias propostas foram feitas para tentar recuperar sua estrutura. Em 1997, um trabalho de recupera??o foi iniciado e a inclina??o diminuiu 40,6 cm. Atualmente, a Torre de Pisa está reaberta e recuperada, e n?o há registro de movimento constante para o lado, o que chegou a colocar em risco o monumento.Considerando tg1,6?= 0,0279 e tg3,9?= 0,0682.Quando a Torre de Pisa foi inaugurada, aproximadamente quantos metros seu eixo vertical desviava desde a base ao topo?1,23 m1,33 m0,53 m1,53 m4,78 m Para fixar certo poste, é necessário que um cabo de a?o seja preso ao topo do poste e ao ch?o, a uma dist?ncia de 2,2 m de base do poste, de maneira que o ?ngulo formado pelo ch?o e o cabo seja 70? e ele fique totalmente esticado, conforme indicado abaixo.Qual é a altura aproximada do poste?6 m2 m4 m5 m12 mA dist?ncia horizontal percorrida por uma bola de futebol depende, entre outros fatores, da velocidade inicial e do ?ngulo formado pela trajetória da bola com a horizontal. Representando a velocidade inicial por v e o ?ngulo por α, podemos determinar essa dist?ncia d pela equa??o d=v210 sen 2.Sabendo que em certo chute a bola percorreu 16,2 m com velocidade de 18m/s, qual é a medida do ?ngulo ? = 10? = 15? = 30? = 45? = 60?Após 5 anos de constru??o, em 12 de outubro de 1931, a estátua do Cristo Redentor foi inaugurada. Localizada no Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, esse monumento é uma das novas 7 maravilhas do mundo.Para medir a altura do Cristo Redentor, uma pessoa posicionou um teodolito na base, distante 15,35 m, e observou o topo da estátua sob um ?ngulo de 68? formado com a horizontal. Utilizando sen 68? = 0,9272, qual a altura desse monumento.37 m38 m40 m3,7 m3,8 mAntes de concluir a compra de um computador, Marisa realizou uma pesquisa de pre?os de um mesmo modelo em duas lojas.Loja A: R$ 1.290,00 com desconto de 8% no pagamento à vista.Loja B: R$ 1.350,00 com desconto de 14% no pagamento à vista.Em qual das duas lojas é mais vantajoso Marisa realizar a compra à vista? Nessa loja, quantos reais ela irá pagar pelo computador?Loja B; R$ 1.000,00Loja A; R$ 1.000,00Loja B; R$ 161,00Loja A; R$ 1.161,00 Loja B; R$ 1.161,00A altura máxima do lan?amento de um objeto pode ser determinada pela equa??o h = (v? · sen? α) / 20, em que h, representa a altura máxima do objeto, v, a velocidade inicial, e , o ?ngulo do lan?amento em rela??o à horizontal. Utilizando essa equa??o, determine o ?ngulo de lan?amento de uma bola de basquete arremessada por um jogador a 2 m de altura do ch?o, com velocidade inicial de 8 m/s e cuja altura máxima da bola, em rela??o ao solo, foi de 3,6 m. = 15? = 30? = 45? = 60? = 90?O tabagismo (vício do fumo) é responsável por uma grande quantidade de doen?as e mortes prematuras na atualidade. O Instituto Nacional do C?ncer divulgou que 90% dos casos diagnosticados de C?ncer de pulm?o e 80% dos casos diagnosticados de enfisema pulmonar est?o associados ao consumo de tabaco. Paralelamente, foram mostrados os resultados de uma pesquisa realizada em um grupo de 2000 pessoas com doen?a de pulm?o, das quais 1500 s?o casos diagnosticados de c?ncer e 500 s?o casos diagnosticados de base nessas informa??es, pode-se estimar que o número de fumantes desse grupo de 2000 pessoas é, aproximadamente:7401.1001.3101.6201.750O logotipo de uma empresa pode ser formado por um símbolo que representa sua marca, indicando os servi?os ou produtos que comercializa. Muito utilizado em anúncios, é um modo de tornar a empresa conhecida. Veja o logotipo, de formato quadrado, de determinada escola infantil.15724131182040D020000D1682979401955C020000C1127125402488B020000B843636842213A020000AEm rela??o à parte C, a parte D corresponde a quantos por cento a mais?30%15%50%75%5%O gráfico representa uma aplica??o de R$ 1.900,00 em fun??o do tempo em meses.Assinale a afirma??o CORRETA.Essa aplica??o pertence ao regime de juro simples.Essa aplica??o pertence ao regime de juros composto.No 12? mês o montante será de R$ 2.992,50.O montante será de R$ 2.040,00 ao final de 2 anos. No final do 1? ano o montante será de 1.204,00.As dízimas periódicas simples formadas por apenas um algarismo equivale a fra??es ordinárias, conforme exemplificado a seguir 0,111... = 1/90,222... = 2/90,333... = 3/90,444... = 4/9 e assim por diantePortanto, o valor de:(0,666...)·(0,666...)?+?(?0,333...)·(0,333...) é igual a:0,111...0,222...0,333...0,444...0,555...Em uma escola, o aluno deve obter média 6,0 em cada disciplina para ser aprovado. Essa Média é calculada dividindo-se o total de pontos que ele obteve nos quatro bimestres, por quatro. Portanto, o aluno que n?o totalizar 24 pontos nos 4 bimestres deverá fazer prova final. Nessa prova, ele deverá obter, no mínimo, a diferen?a entre 10,0 e a sua média anual, para ser aprovado.As notas de Geografia de um certo aluno foram:1? bimestre: 5,02? bimestre: 6,03? bimestre: 2,04? bimestre: 5,0A nota mínima que esse aluno deverá obter na prova final de Geografia é:4,55,05,56,06,5O quadrado é quadrilátero que possui uma propriedade diferenciadora em rela??o aos demais quadriláteros. A alternativa que traduz essa condi??o é:Todos os ?ngulos s?o retos.Os lados s?o todos iguais.As diagonais s?o iguais e perpendiculares entre si.As diagonais se cortam ao meio.Os lados opostos s?o paralelos e iguais.Numa escola foi feito um levantamento para saber quais os tipos de cal?ados mais usados pelas crian?as. Foi obtido o seguinte resultado: um ter?o usa sandálias; um quarto usa tênis; um quinto usa sapatos, e os 52 restantes usam outros tipos de cal?ados. Pode-se concluir que, pelos tipos de cal?ados encontrados, há nessa escola um total de 240 crian?as. 250 crian?as. 260 crian?as. 270 crian?as. 280 crian?as.Um grupo de pessoas, entre elas Mali, está sentado em torno de uma grande mesa circular. Mali abre uma caixa com 21 bombons, se serve de apenas um deles e, em seguida, a caixa é passada sucessivamente para as pessoas ao redor da mesa, de modo que cada uma se sirva de um único bombom e passe a caixa com os bombons restantes para a pessoa sentada à sua direita. Se Mali pegar o primeiro e o último bombom, considerando que todos podem ter se servido da caixa mais do que uma vez, o total de pessoas sentadas nessa mesa poderá ser3 6 8 10 12Um motorista de táxi trabalha de segunda a sábado, durante dez horas por dia, e ganha em média R$12,00 por hora trabalhada. Nessas condi??es, pode-se afirmar que, por semana, esse motorista ganha aproximadamente:R$ 380,00 R$ 440,00R$ 660,00 R$ 720,00R$ 480,00 ................
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