A EVOLUÇÃO DO ESTILO MUSICAL SERTANEJO: DO CAIPIRA AO ...

A EVOLU??O DO ESTILO MUSICAL

SERTANEJO: DO CAIPIRA AO

UNIVERSIT?RIO

Luiz Ot¨¢vio Silva Reis

luizotaviocomex@

UNIS-MG

Sheldon William Silva

sheldon@unis.edu.br

UNIS-MG

Lucas Rosa Paiva

lucas@unis.edu.br

UNIS-MG

Pedro dos Santos Portugal J¨²nior

pedrorotaract@

UNIS-MG

Fabr¨ªcio Pelloso Piurcosky

fabricio@unis.edu.br

UNIS-MG

Resumo:Este trabalho aborda a evolu??o do sertanejo caipira at¨¦ o novo estilo musical denominado

sertanejo universit¨¢rio. O prop¨®sito deste estudo ¨¦ demonstrar como o estilo simples, recatado e do

sert?o, deu origem ao sertanejo universit¨¢rio e comprovar a hip¨®tese de que houve um crescimento desse

g¨ºnero musical nos dias atuais. Para alcan?ar este objetivo, a pesquisa, de cunho bibliogr¨¢fico e

documental, utilizar¨¢ artigos cient¨ªficos, livros e dados do Escrit¨®rio Central de Arrecada??o e

Distribui??o (ECAD) entre os anos de 2013 a 2017. O ritmo caipira passou v¨¢rias etapas durante seu

crescimento e superou alguns preconceitos at¨¦ se tornar popular. A an¨¢lise demonstrou que o ritmo

sertanejo passou por diversas mudan?as at¨¦ chegar no ritmo dos dias atuais, e com isso, concluiu-se que

v¨¢rias dessas fases colaboraram para que esse crescimento do estilo fosse significativo em rela??o ao seu

in¨ªcio caipira, destacando principalmente suas grandes realiza??es e participa??es em r¨¢dio, televis?o,

shows, e outras formas de arrecada??o. O que antes era somente m¨²sica, agora virou neg¨®cio. Um

mercado competitivo e nem sempre justo no cen¨¢rio fonogr¨¢fico, pois quanto mais investimento correto

e efetivo houver, mais ¨ºxito ter¨¢ no neg¨®cio e possivelmente o cantor/banda ir¨¢ conseguir se sobressair

aos demais artistas que n?o est?o no mesmo patamar de neg¨®cios ou financeiro.

Palavras Chave: Mercado musical - M¨²sica sertaneja - ECAD - Evolu??o musical -

1. INTRODU??O

O g¨ºnero musical sertanejo ¨¦ brasileiro e se d¨¢ por uma varia??o ou urbaniza??o da

musica caipira onde se originou os instrumentos como viola, acorde?o e a gaita. O sertanejo

atual ¨¦ conhecido por suas melodias simples e melanc¨®licas, chamado de um desenvolvimento

das letras caipiras, at¨¦ as letras da atualidade. A tem¨¢tica do sertanejo caipira era

especialmente baseada sobre sua vida no campo, enquanto o sertanejo universit¨¢rio mudou

essa tem¨¢tica objetivamente para agradar seu p¨²blico alvo, com temas de amor e trai??o

(ANTUNES, 2012).

As modifica??es no escopo do g¨ºnero musical sertanejo t¨ºm acarretado grandes

discuss?es no pa¨ªs sobre o que seria a m¨²sica caipira/sertaneja. Muitos estudiosos acreditam e

seguem a tradicional tend¨ºncia de integrar a m¨²sica caipira e sertaneja como subg¨ºneros

dentro de um mesmo conjunto musical, que estabelece suas fases e divis?es. De 1929 a 1944 ¨¦

o per¨ªodo da m¨²sica caipira (ou sertanejo raiz); da p¨®s-guerra at¨¦ a d¨¦cada de 1960 como uma

evolu??o da velha m¨²sica raiz para o atual g¨ºnero sertanejo; e dos anos sessenta at¨¦ a

atualidade como m¨²sica ¡°sertaneja rom?ntica¡±. (ALONSO, 2011).

Por ter um certo conhecimento no ramo musical, vejo que ¨¦ interessante toda essa

transforma??o do estilo, do caipira para o universit¨¢rio, e hoje em dia o quanto este novo

ritmo engloba outros estilos. O sertanejo Universit¨¢rio nos dias atuais baseia-se n?o somente ¨¤

sua raiz, mas abre espa?o para a entrada de outros estilos que talvez no momento atual n?o

estejam t?o s¨®lidos, e assim serve como base um para o outro. Um estilo alavancando o outro.

? not¨¢vel que atualmente utiliza-se um ¡°casamento de estilos¡± como por exemplo: samba

junto com sertanejo, pagode, funk, m¨²sica cl¨¢ssica, dentre outros estilos, casam-se uns com os

outros, e tudo se transforma nessa mistura que j¨¢ ¨¦ o povo brasileiro. O sertanejo atual atingiu

todo esse patamar, porque antes de tudo se permitiu a mudan?a, e ¨¦ conhecido por ser sempre

o estilo que est¨¢ em frequente crescimento. E essa mudan?a agrada n?o somente os jovens das

baladas, das casas noturnas, mas tamb¨¦m seguidores do estilo desde os tempos antigos, onde

se predominava o sertanejo rom?ntico, ou a raiz.

O objetivo deste estudo ¨¦ buscar entender como o sertanejo universit¨¢rio cresceu tanto

desde as ¨²ltimas d¨¦cadas, e expor a hist¨®ria do caboclo (homem do campo) sertanejo desde os

anos 1930 at¨¦ os dias atuais, ressaltando o come?o desta trajet¨®ria, e como chegou aos dias

atuais mantendo um estilo totalmente diferente da sua origem, mas que traz os seus tra?os, e

se adapta ¨¤s mudan?as do tempo e hist¨®ria.

Esta tarefa ser¨¢ realizada atrav¨¦s de pesquisa no Google Scholar, Youtube, Livros. Os

artigos foram selecionados, de acordo com as buscas feitas atrav¨¦s de palavras chaves como

¡°Sertanejo Universit¨¢rio¡±, ¡°Evolu??o do Caipira¡±, ¡°M¨²sica Sertaneja¡±.

As pr¨®ximas se??es tratam do surgimento do Sertanejo, ressaltando sua evolu??o e

contexto hist¨®rico, abrangendo tamb¨¦m sobre a era do r¨¢dio e que efeito teve no seu

crescimento at¨¦ chegar nos dias atuais, no ritmo denominado Sertanejo Universit¨¢rio.

2. REFER?NCIAL TE?RICO

2.1 A VIOLA: SEU SURGIMENTO E EXPANS?O

A viola muito antes de desembarcar no Brasil j¨¢ fazia parte da vida dos portugueses,

tendo origem sua origem a principio de instrumentos ¨¢rabes como o ala¨²de (ANTUNES,

2012).

Naquele tempo, a viola servia para comemora??es, e para animar as vidas dos grandes

aventureiros que se distanciavam de seus familiares e encontravam na musica uma morada.

O caboclo e a viola andavam de m?os dadas, e na medida em que os colonos europeus

se casavam com as ¨ªndias, nasciam os primeiros mesti?os da nova na??o, chamados de

caboclos, tamb¨¦m conhecidos como ¡°mamellucos¡±, cai?ara, ¡°caribocas ou curibocas¡±

(ANTUNES,2012).

A nacionaliza??o da viola foi dada atrav¨¦s dos caboclos que por sua m?o de obra

constru¨ªram c¨®pias de instrumentos de Portugal dando assim um grande in¨ªcio a uma nova

tradi??o que ajudaria a nova na??o a mostrar seu talento musical.

Quem ajudou a expandir o h¨¢bito de tocar viola pelo interior do pa¨ªs fora os tropeiros.

Nesta ¨¦poca a comunica??o entre as vilas era muito pequena, quase n?o existia, e os tropeiros

estabeleceram tamb¨¦m um grande papel cultural, pois levavam not¨ªcias e ideias de um lugar

para o outro juntamente com suas violas que na maioria das vezes estavam amarradas em um

saco de linho, na garupa do seu animal.

Segundo Melon (2013) na d¨¦cada de 1930 a 1950 a r¨¢dio presenciou e vivenciou sua

chamada ¡°Era do Ouro¡± e se transformo no principal meio de divulga??o de informa??es e

artistas de v¨¢rios g¨ºneros.

Com toda essa hist¨®ria e crescimento se expandindo cada vez mais, e fez surgir uma

elite paulistana, mas que continha valores europeus, e tamb¨¦m valores franceses, e

preconceituosamente desdenhava do homem simples que se habitava no campo.

No interior n?o era muito diferente, a elite negava o caipira, tratando-o de forma

inferior, como bobo e atrasado.

Na era do r¨¢dio, sendo o primeiro meio de comunica??o a falar individualmente com

as pessoas, cada ouvinte era tocado de forma particular por mensagens que eram recebidas

simultaneamente por milhares de pessoas. O novo meio de comunica??o revolucionou a

rela??o cotidiana do indiv¨ªduo com a not¨ªcia, imprimindo uma nova velocidade e significado

aos acontecimentos (CALABRE, 2002).

Essa imagem ruim sobre o caipira foi desmitificada a partir da d¨¦cada de 1940, que foi

quando Corn¨¦lio Pires que tinha um vasto conhecimento folcl¨®rico, realizou com grande

sucesso e import?ncia no col¨¦gio ¡°Mackenzie¡±, um final de semana cultural em que o foco

principal, eram as riquezas do universo caipira.

2.2 A CHEGADA DA R?DIO: AS OPORTUNIDADES SURGIRAM

Antunes (2012) afirma que a chegada da r¨¢dio ajudou muito as pessoas a terem um

olhar diferente sobre o caipira, ou seja, obtiveram um olhar mais maduro e cultural, que aos

poucos foi se popularizando.

De forma semelhante, Melon (2013) lembra que a chegada da r¨¢dio na d¨¦cada de 1920

foi muito importante para o crescimento e expans?o do ritmo sertanejo. A sonoridade rural

dos estados de S?o Paulo, Goi¨¢s, Mato Grosso do Sul, Paran¨¢ e Minas Gerais foi grandemente

difundida e acabou se adaptando e pegando para si o termo ?sertanejo?. Por¨¦m, quando o autor

supracitado fala da moderniza??o da m¨²sica brasileira, percebem-se suas adapta??es para

viabilizar as grava??es. A chegada da m¨²sica sertaneja nas gravadoras torna-se um marco,

pois algumas can??es como catiras, foram totalmente modificadas para ser gravadas. Em

suma, o catira ¨C subg¨ºnero da m¨²sica sertaneja ¨C que al¨¦m da musicalidade, tamb¨¦m det¨¦m

uma contribui??o c¨ºnica, seria restrito essa grava??o, j¨¢ que apenas seria poss¨ªvel a

reprodu??o sonora.

A r¨¢dio a princ¨ªpio era um instrumento de uso da elite e somente voltado para a

mesma, pois s¨® recebiam a programa??o quem tinha os receptores e pagava uma mensalidade

para ouvir ¨®pera, recitas de poesias e tamb¨¦m palestras culturais (ANTUNES, 2012).

Por tanto, isso s¨® foi mudado quando foi decretado em 01/02/1932, que autorizava

comerciais em 10% da programa??o total que se tinha. Foi a partir deste momento que as

r¨¢dios come?aram a buscar diversos artistas e produtores para adicion¨¢-los em suas

programa??es. E foi atrav¨¦s deste decreto que este m¨¦todo se tornou bastante popular, abrindo

portas para outras culturas em especial a caipira.

Em 1936, os aparelhos de r¨¢dios que antes eram de dif¨ªcil acesso, come?aram a ser

vendidos, e basicamente todos que na ¨¦poca tinham condi??es, poderia comprar o

equipamento em lojas do ramo.

Calabre (2002) destaca que nos anos 1960 os programas de r¨¢dio que faziam sucesso e

fizeram nas d¨¦cadas passadas, tinham se transferido na maior parte para a televis?o. E foi a

partir deste momento que aplicaram novos modelos de programa??o radiof?nica, se

distanciando cada vez mais dos modelos de antigamente nos ¡°anos dourados¡± do r¨¢dio

brasileiro.

2.3 O ESTILO CAIPIRA AGORA ? CHAMADO DE SERTANEJO

Outro aspecto a ser abordado ¨¦ que o surgimento da m¨²sica sertaneja nos aparelhos

radiof?nicos e tamb¨¦m nas gravadoras foi um grande passo para que o g¨ºnero iniciasse seu

percurso por todo o brasil.

Melon (2013) relata que Jararaca e Ratinho tamb¨¦m fizeram parte desta hist¨®ria de

gera??o. Alvarenga e Ranchinho, Ca?ula e Mariano e Corn¨¦lio Pires, foram os grandes

incentivadores e divulgadores desta musicalidade na d¨¦cada. Com esse cen¨¢rio houve uma

facilidade para novas elabora??es musicais n?o abrangendo somente o ritmo caipira, mas

tamb¨¦m outros estilos presentes nas regi?es.

As guitarras el¨¦tricas foram as grandes respons¨¢veis e incentivadoras pela mudan?a e

transforma??o na m¨²sica sertaneja.

Influenciados pela m¨²sica country norte-americana, a dupla Milion¨¢rio e Jos¨¦ Rico

acrescentou em suas can??es um novo instrumento: a guitarra el¨¦trica, instrumento que na

d¨¦cada de sessenta estava no mainstream por bandas de rock. Zan (2004, p.4) escreve que

[...] uma nova modalidade de m¨²sica sertaneja come?a a ser produzida a partir de

ent?o. Novas duplas destacam-se nesse per¨ªodo como Milion¨¢rio e Jos¨¦ Rico, L¨¦o

Canhoto e Robertinho, entre outros. O repert¨®rio produzido por essas duplas

confunde-se com outro segmento, tamb¨¦m em expans?o chamado ?brega?. Eram

can??es com tem¨¢ticas rom?nticas e melodram¨¢ticas que anunciavam a produ??o

que se destacou no mercado fonogr¨¢fico brasileiro a partir dos anos 80 com as

duplas Chit?ozinho e Xoror¨®, Zez¨¦ de Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo,

Gian e Giovani, dentre outras.

Pode-se perceber que neste per¨ªodo alguns artistas eram respons¨¢veis por

reproduzirem um repert¨®rio que continham m¨²sicas de origem ¡°raiz¡±. No entanto, a dupla

Milion¨¢rio e Jos¨¦ Rico tinha um segmento onde suas influ¨ºncias eram tiradas das origens

norte-americanas, no que consequentemente levava a dupla por um caminho que estabelecia

uma proposta um pouco diferente dos demais artistas da ¨¦poca que j¨¢ vinham em um mesmo

segmento: o sertanejo rom?ntico.

A ind¨²stria fonogr¨¢fica brasileira se interessou profundamente por esse estilo, e

investiu no segmento, onde obtiveram grande sucesso com as vendas de CD?s dos artistas e

com isso promovendo um grande consumo espec¨ªfico do estilo.

Salazar (2010) ressalta que a m¨²sica ¨¦ a manifesta??o art¨ªstica mais entranhada na

sociedade, presente em todos os grupos sociais e em diferentes faixas et¨¢rias. Anderson

(2006) demonstrou que o neg¨®cio da m¨²sica ¨¦ composto por milhares de nichos. M¨²sica para

ninar, m¨²sica para brincar, m¨²sica para dan?ar, m¨²sica para se apaixonar, m¨²sica para

protestar, m¨²sica para relaxar. Do ¡°brega¡± ao jazz, do ax¨¦ ¨¤ MPB, do pagode ao blues, do

forr¨® ¨¤ m¨²sica cl¨¢ssica, do sertanejo ao rock. N?o h¨¢ mais o grande mercado, o grande hit, a

grande estrela da m¨²sica, mas milhares de micromercados, de mini hits e de artistas sat¨¦lites.

O per¨ªodo que corresponde aos anos 80 e 90 Foi marcado pelo advento de novas

tecnologias na ¨¢rea Fonogr¨¢fica que levaram ao barateamento do processo de produ??o. Os

custos para a montagem de pequenos est¨²dios, em condi??es de realizar grava??es de

qualidade, tornaram-se mais acess¨ªveis. Consequentemente, multiplicaram-se pequenas

gravadoras (Indies), selos e artistas independentes. A ind¨²stria Fonogr¨¢fica sofreu uma

reestrutura??o. As grandes gravadoras (majors) passaram a terceirizar servi?os, convertendose, geralmente, em escrit¨®rios executivos. Simultaneamente, refor?aram o controle sobre a

divulga??o e a distribui??o de Fonogramas para garantirem o monop¨®lio do mercado. Nesse

contexto, as experi¨ºncias com lan?amentos de novos g¨ºneros e novos artistas passam a ser

feitas, em geral, por pequenas gravadoras e selos independentes. E uma grande gravadora

somente demonstra interesse em contratar um artista quando este der demonstra??es de que

foi capaz de conquistar um determinado p¨²blico e de que tem condi??es de expandi-lo. Podese dizer que, ao mesmo tempo em que controlam a divulga??o e a distribui??o, as grandes

gravadoras terceirizam os riscos de investimentos em novidades (ZAN, 2001).

2.4 A IND?STRIA FONOGR?FICA BRASILEIRA

Neste mercado, o sonho de todo jovem cantor ¨¦ conseguir obter sucesso trabalhando

com m¨²sica e adquirir renda com esse instrumento de trabalho. Infelizmente a minoria acaba

conseguindo este ¨ºxito, pois al¨¦m de dedica??o, o m¨²sico tem que estudar e conseguir ver

esse mercado de forma ampla, e promissora. E, al¨¦m disso, ¨¦ de grande ajuda saber que neste

campo, n?o somente de banda autoral se vive o m¨²sico. H¨¢ diversas possibilidades de neg¨®cio

que poderiam beneficiar neste meio como, composi??es, produ??o independente de outros

artistas, consultoria musical, dentre diversos outros segmentos. Possibilitando assim uma

grande soma de todos os trabalhos trazendo uma renda significativa no final dos trabalhos.

O m¨²sico precisa enxergar v¨¢rias possibilidades de trabalho na ¨¢rea musical. A seguir,

as oportunidades de neg¨®cios mais comuns, direta ou indiretamente, na ind¨²stria da m¨²sica na

atualidade, SALAZAR, (2010):

? banda autoral

? banda tributo ou cover

? banda ou orquestra de baile

? sonoriza??o para eventos

? montagem de estrutura

? empresariamento art¨ªstico (management)

? agenciamento (booking)

? produ??o executiva (show ou disco)

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