Desafios da sala de Aula – By Profª Juciene Bertoldo



(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Texto

Perda da biodiversidade

Ao redor do mundo, a biodiversidade (definida como o total da variedade da vida) está diminuindo. Ainda que não se saiba com exatidão quantas espécies existem na Terra, calcula-se que haja de 5 a 50 milhões de espécies, das quais só se tem registro de 1.750.000, aproximadamente. Baseando-se na atual taxa de perda de espécies no planeta, estima-se que no ano 2000 um décimo de todas as espécies já havia desaparecido e essa proporção ascenderia a um terço em 2020.

Por isso, a perda da biodiversidade é um dos problemas ambientais mais graves do planeta. Além das considerações em termos éticos e estéticos da conservação das espécies, da sua preservação e dos ecossistemas, o presente e o futuro do ser humano também dependem da obtenção de alimento, matéria-prima e compostos químicos para medicamentos, assim como a manutenção de processos como o equilíbrio dos gases atmosféricos, o clima e a conservação de solos. De fato, foi demonstrado que a alteração e a perda de biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por atividades antropogênicas, afetam negativamente as funções dos ecossistemas, que são encarregadas de prover serviços ambientais, tanto das demais espécies silvestres como do ser humano.

Disponível em: .

Acesso em: 29 jun.2011. Fragmento.

No Texto , no trecho “... foi demonstrado que a alteração e a perda de biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por atividades antropogênicas,...” (ℓ. 22-23) predomina a linguagem representativa da área

A) biológica.

B) econômica.

C) jornalística.

D) médica.

E) política.

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[pic]

ABREU, Casimiro. IN: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. v. 2. São Paulo: Difel, 1968, p. 44.

A visão romântica que se evidencia nesse texto é

A) a desilusão amorosa.

B) a exaltação da morte.

C) o amor irrealizado.

D) o retorno à infância.

E) o retorno ao passado.

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Quanta pressa!

Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O

Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?

Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?

:-*

Mônica

PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo: Salesiana, 2006. Fragmento.

Nesse texto, predomina a linguagem característica do meio

A) acadêmico.

B) esportivo.

C) jurídico.

D) político.

E) virtual.

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Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam tipos urbanos femininos

As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.

Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais.

Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.

BRAIT, Beth. Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento.

Na linha 12 desse texto, a palavra “mina” é representativa da linguagem

A) coloquial.

B) jornalística.

C) literária.

D) padrão.

E) técnica.

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Diários

Os livros que mais me falam são os diários. Diários são registros de experiências comuns acontecidas na simplicidade do cotidiano, experiências que provavelmente nunca se transformaram em livros. Não foram registradas para ser dadas a público. Quem as registrou, as registrou para si mesmo – como se desejasse capturar um momento efêmero que, se não fosse registrado, se perderia em meio à avalanche de banalidades que nos enrola e nos leva de roldão. Esse é o caso do Cadernos da Juventude, de Camus, um dos livros que mais amo, e que leio e releio sem nunca me cansar. Um “diário” é uma tentativa de preservar para a eternidade o que não passou de um momento. Álbuns de retratos da intimidade. Pois eu fiz um “Diário”: pensamentos breves que pensei ao correr da vida e dos quais não me esqueci. Pensamentos são como pássaros que vêm quando querem e pousam em nosso ombro. Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm quando desejam vir. E se não os registramos, voam para nunca mais. Isso acontece com todo mundo. Só que as pessoas, achando que a literatura se faz com pássaros grandes e extraordinários, tucanos e pavões, não ligam para as curruíras e tico-ticos... Mas é precisamente com curruíras e tico-ticos que a vida é feita

ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003, p. 51.

Nesse texto, a linguagem utilizada é

A) jornalística.

B) jurídica.

C) literária.

D) médica.

E) política.

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Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:

• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um problema em outra empresa;

• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especialistas;

• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

No Texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

A) “ser contratado por uma empresa de consultoria,”.

B) “que é chamado quando pinta um problema...”.

C) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.

D) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de um tribunal...”.

E) “proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.”.

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Mundo grande

Não, meu coração não é maior que o mundo.

É muito menor.

Nele não cabem nem as minhas dores.

Por isso gosto tanto de me contar.

Por isso me dispo.

Por isso me grito,

por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:

preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.

Só agora vejo que nele não cabem os homens.

Os homens estão cá fora, estão na rua.

A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.

Mas também a rua não cabe todos os homens.

A rua é menor que o mundo.

O mundo é grande.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em: . Acesso em: 9 nov. 2011.

A tipologia textual predominante nesse texto é

A) argumentativa.

B) descritiva.

C) dialogal.

D) injuntiva.

E) poética.

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E a viagem continua...

Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos todos para casa e logo chegavam convidados para o almoço, que sempre era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.

E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século, quando meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.

Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se casaram.

Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não entendíamos nada...

ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.

Quem é o narrador desse texto?

A) a avó.

B) a mãe.

C) o pai.

D) um moço.

E) uma neta.

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A decadência do Ocidente

O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!

– Sim, senhor.

– Mas se come ela?

– Ué. Você está cansado de comer galinha.

– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?

– Claro.

Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?

– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!

O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.

– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.

– O quê?!

– Há dez anos.

– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.

– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.

Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!

E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

O trecho que expressa o uso de linguagem coloquial é:

A) “O doutor ganhou uma galinha viva...”.

B) “─ Mas se come ela?”.

C) “A mulher foi consultar a empregada.”.

D) “─ Há dez anos.”.

E) “Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos.”.

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[pic]

MATOS, Gregório de. Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2012.

Nos versos “Cresce o desejo, falta o sofrimento,/ Sofrendo morro, morro desejando,” (v. 1-2), o poeta

A) apresenta a gradação do amor que sente.

B) apresenta uma oposição de ideias e sentimentos.

C) compara seu amor à dor que sente.

D) compõe os versos privilegiando a repetição de sons.

E) personifica o amor e a dor que sente.

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“Esta planta é mui tenra e não muito alta, não tem ramos senão umas fôlhas que serão seis

ou sete palmos de comprido. A fruita se chama banana. Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em cachos. [...] Esta fruita é mui saborosa, e das boas, que há na terra: tem uma pele como de figo (ainda que mais dura) a qual lhe lançam fora quando a querem comer: mas faz

dano à saúde e causa fevre a quem se demanda dela”

GÂNDAVO, Pero Magalhães de. História da Província Santa Cruz. Disponível em: .

Acesso em: 22 set. 2011. Fragmento.

Nesse texto, o autor faz uso da linguagem

A) técnica.

B) regional.

C) jornalística.

D) informal.

E) arcaica.

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Pônei glutão

Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.

A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.

Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.

Disponível em: . Acesso em: 4 jan. 2012.

No trecho “Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né?”, o termo em destaque é um exemplo de linguagem

A) falada em uma determinada região.

B) falada entre amigos.

C) usada em congressos acadêmicos.

D) utilizada em jornais.

E) utilizada em receitas médicas.

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Antes e depois

O salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...

O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...

II

– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar...

– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.

Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...

– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga Clarinha...

O desembargador olhava outra vez para os astros...

III

Rola o tempo...

Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...

Os vizinhos dizem cousas... ih!

IV

– Como vais, Belmiro?

– Mal!

– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua Clarinha...

– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive; é de feijões...

– Então...

– Devo até a roupa com que me cubro!...

– E o dote?

– Ah! Ah! Adeusinho...

V

É noite.

D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.

Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...

O Dr. Belmiro vem da rua zangado.

– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas e vá-se com elas!

POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em: . Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento.

Essa história é contada por

A) Belmiro.

B) Clara.

C) D. Maria.

D) um narrador observador.

E) um narrador personagem.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Cinco minutos

Capítulo 5

Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão triste de suas palavras.

Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:

– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?

– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.

– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...

– E me pedias que te esquecesse!...

– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...

– Não me fugirás mais?

– Não. [...]

ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

Nesse texto, a linguagem usada é

A) arcaica.

B) culta.

C) popular.

D) regional.

E) técnica.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A importância da leitura como identidade social

[...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.

A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.

Predomina nesse texto a linguagem

A) coloquial.

B) literária.

C) padrão.

D) regional.

E) técnica.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Texto

Entregue elevador da prefeitura

O prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos, e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN

(Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]

Disponível em: . Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

Qual é a tipologia predominante no Texto?

A) argumentação.

B) descrição.

C) exposição.

D) instrução.

E) relato.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo.

O grande sábio e o imenso tolo

Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua estultice, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quanto pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do aluno. Sugeriu:

– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas.

Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.

– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu.

Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.

– Está bem – concordou o professor –, pode começar.

– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

O professor, sem sequer pensar, respondeu:

– Não sei; nem posso saber! Isso não existe.

– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.

– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.

MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.

FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.

Nesse texto, o trecho que apresenta uso de linguagem coloquial é:

A) “O professor aguentou o quanto pôde...”. ([pic]. 7)

B) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”. ([pic]. 11-12)

C) “Ah, mas isso é injusto!”. ([pic]. 18)

D) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”. ([pic]. 23-24)

E) “–Tá bem, eu pago as cem pratas.”. ([pic]. 35)

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(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

A moreninha

A história de amor se passa no Rio de Janeiro, envolvendo três estudantes, uma bela jovem e uma aposta. Os estudantes são Fabrício, Augusto e Leopoldo. Carolina é a Moreninha do título, irmã de Felipe. A aposta: Augusto, inconstante no amor, compromete-se com os amigos a escrever um romance, caso fique apaixonado por mais de quinze dias pela mesma mulher.

─ [...] Mas venha cá, Sr. Augusto, então como é isso?... estás realmente apaixonado?!

─ Quem te disse semelhante asneira?...

─Há três dias que não me falas senão na irmã de Felipe e...

─Ora, viva! Quero divertir-me... digo-te que a acho feia; não é lá essas coisas; parece ter mau gênio. Realmente notei-lhe muitos defeitos...sim... mas, às vezes... Olha, Leonardo, quando ela fala ou mesmo quando está calada, ainda melhor; quando ela dança ou mesmo quando ela fala ou mesmo se está sentada... ah! ela, rindo-se... e até mesmo séria... quando ela canta ou toca ou brinca ou corre, com os cabelos à négligé, ou divididos em belas tranças; quando...Para que dizer mais? Sempre, Leopoldo, sempre ela é bela, formosa, encantadora, angélica!

─Então, que história é essa? Acabas divinizando a mesma pessoa que, principalmente, chamaste feia?...

─Pois eu disse que ela eras feia? É verdade que eu... no princípio... Mas depois... Ora, estou com dores de cabeça; este maldito Velpeau!... Que lição temos amanhã?

─Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!...

─Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu coração.

Houve então um momento de silêncio. Augusto abriu um livro e fechou-o logo; depois tomou rapé, passou pelo quarto duas ou três vezes e, finalmente, veio de novo sentar junto de Leopoldo.

─É verdade, disse; não é a minha cabeça: a causa está no coração.

Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar, porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que são segredos e que todo o mundo mos lê nos olhos! Leopoldo, aquela menina que aborreci no primeiro instante, que julguei insuportável e logo depois espirituosa, que daí a algumas horas comecei a achar bonita, no curto trato de um dia, ou melhor ainda, em alguns minutos de uma cena de amor e piedade, em que a vi de joelhos banhando os pés de sua ama, plantou no meu coração um domínio forte, um sentimento filho da admiração, talvez, mas sentimento que é novo para mim, que não sei como o chame, porque o amor é um nome muito frio para que o pudesse exprimir!... Eu já não me conheço... não sei onde irá isto parar...Eu amo! ardo! morro!

─Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça; olha que estás vermelho como um pimentão.

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo.Ática, 2000. p.108-9. Fragmento.

Predomina nesse texto o uso da linguagem

A) coloquial.

B) culta.

C) popular.

D) regional.

E) técnica.

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(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

A vila de contêineres

Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de Lata.

Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de metal. Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1000 estudantes.

Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada).

Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses.

O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por fora, quatro-estrelas por dentro.

Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278 – Maio 2010 – p.28.

O trecho em que aparece a ‘voz’ da autora desse texto é:

A) “...hoje essenciais para o comércio na economia globalizada”. (ℓ. 2-3)

B) “Mas você aceitaria viver dentro de um?”. (ℓ. 3)

C) “Os contêineres foram comprados na China...”. (ℓ. 6-7)

D) “Os contêineres são pequenos...”. (ℓ. 11)

E) “O sucesso foi tão grande...”. (ℓ. 15)

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(SPAECE). Leia o texto abaixo.

Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Seleciano de Recife. Logo na primeira semana, fui chamado pela direção: um pai se queixara de que eu ofendera sua filha. É que eu dissera “Cale-se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste, rapariga significa prostituta.

Revista Diálogo Médico

No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra destacada é um exemplo de

A) expressão de gíria.

B) expressão regional.

C) linguagem coloquial.

D) linguagem formal.

E) linguagem técnica.

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(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O estresse faz bem

A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.

Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase como o espinafre para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar uma vida saudável e buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER.

WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado: Reforma ortográfica. Fragmento.

O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no trecho:

A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...” ([pic]. 4-5).

B) “... o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.”. ([pic]. 7-8).

C) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, ...”( [pic]. 11-12).

D) “... funções como a memória acabam prejudicadas.”. ([pic]. 19-20).

E) “O segredo estaria em levar uma vida saudável...”. ([pic].21-22).

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