Moçambique para todos



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Rock Vicente

Orgulhosos pelo 7 de Setembro - disse Rock Vicente, secretário-geral da ACLLN

A 7 de Setembro de 1974 a então Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), em legítima representação de todos os moçambicanos e o Governo  português decidiram sentar-se à mesa de conversações para pôr termo dez anos de insurreição geral armada do povo contra a ocupação colonial – passam hoje 33 anos. Este acordo – Acordo de Lusaka – abriu caminho para a proclamação da independência nacional a 25 de Junho de 1975. Ainda a 7 de Setembro, já, em 1988, em cumprimento de uma directiva do IV Congresso da Frelimo,  funda-se a Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) – passam hoje 19 anos.

Maputo, Sexta-Feira, 7 de Setembro de 2007:: Notícias

 

Rock Vicente recuou no tempo para lembrar que foi ainda em Setembro de 1962 que a Frente de Libertação de Moçambique realizou na Tanzânia o seu primeiro congresso – o Congresso da Unidade, no qual foi definida a natureza do inimigo do povo moçambicano – o Governo colonial português. A insurreição geral armada, recordou ainda a fonte, foi proclamada em Setembro de 1964, motivos suficientes para os combatentes da luta de libertação nacional se sentirem orgulhosos pela data.

Só que Rock Vicente diz que, apesar da riqueza do mês de Setembro quanto a acontecimentos históricos os combatentes da luta de libertação nacional ainda não se dão por felizes, pois, apesar de terem libertado a terra e os homens, há ainda uma batalha em curso, que deve ser vencida “custe o que custar”. A batalha contra a pobreza que grassa a maioria dos moçambicanos.

Segundo Rock Vicente, tal como no passado em que a Frelimo definiu como prioridade a luta armada de libertação nacional  hoje define como tal a erradicação da pobreza.

... e quando é assim, nós, combatentes da luta armada de libertação nacional somos sempre os primeiros. Assumimos a dianteira para assegurarmos mais uma vitória do povo moçambicano, disse.

O secretário-geral da ACLLN referiu ainda que em cumprimento de uma decisão do partido, a agremiação é também chamada para novos desafios políticos, nomeadamente a sua participação nas eleições para as assembleias provinciais, marcadas para 16 de Janeiro próximo, eleições autárquicas, agendadas para o próximo ano e eleições legislativas e presidenciais programadas para 2009.

A ideia, segundo vincou Rock Vicente, é garantir a vitória da Frelimo nestes pleitos para que o partido continue a dar o melhor de si em prol da melhoria da vida dos moçambicanos. Aliás, o secretário-geral da ACLLN aproveitou a ocasião para exortar a todos os associados no sentido de assumirem com responsabilidade todos estes desafios começando pela necessidade de mobilizar os cidadãos para participarem no recenseamento eleitoral de raiz que começa já no próximo dia 24 de Setembro.

Portanto, todas estas acções resultam directamente da entrega dos moçambicanos à causa nacional, precisou, salientando que tal é característica dos moçambicanos.

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ESTAMOS A PREPARAR O 20º ANIVERSÁRIO

Maputo, Sexta-Feira, 7 de Setembro de 2007:: Notícias

 

Tendo em conta que o 7 de Setembro – Dia da Vitória – assinala também o dia do nascimento da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, interrogámos Rock Vicente sobre o programa desenhado para assinalar a efeméride, ao que nos respondeu: Este ano, a ACLLN assinala o 19º aniversário da sua criação. Todavia, não temos um programa específico para assinalar a data, senão aquele acto tradicional de deposição de flores no monumento erguido em memória dos heróis moçambicanos. Todos os combatentes se vão associar ao programa comemorativo do Dia da Vitória, explicou Rock Vicente, salientando que esforços estão a ser conjugado no sentido de olhar para 2008, ano em que a ACLLN completará 20 anos.

Segundo Rock Vicente, para as comemorações do 20º aniversário da fundação da associação, serão convidadas várias associações dos combatentes de África para uma troca de experiências sobre as várias questões que dizem respeito a estes lutadores. O secretário-geral não forneceu detalhes sobre esse programa, acrescentando que em devido momento o mesmo será amplamente divulgado para o conhecimento dos moçambicanos.

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Antigos combatentes

ORGULHOSOS SIM, MAS A LUTA CONTINUA

Maputo, Sexta-Feira, 7 de Setembro de 2007:: Notícias

 

Ao se celebrar hoje a passagem do 33º aniversário da assinatura dos Acordos de Lusaka e 19º da institucionalização da ACLLN, o secretário-geral desta associação, convidado a comentar afirmou que, apesar de os combatentes se sentirem orgulhosos pelos seus feitos, nomeadamente a libertação da terra e do Homem, muitas batalhas estão ainda por travar, em prol da melhoria da sua condição social.

Contentou-se porém, por saber da decisão governamental de tudo fazer para que até ao próximo dia 31 de Dezembro estejam  resolvidas todas as questões relativas ao pagamento de pensões aos antigos combatentes.

Essa é uma mostra da vontade do Governo de ver resolvidos os problemas dos combatentes. Mas tais problemas não se esgotam apenas no pagamento das pensões aos beneficiários. Temos um estatuto que está a ser paulatinamente implementado. E isso não podemos pensar que será feito de um momento para o outro, explicou Rock Vicente, dando como exemplo a necessidade do acesso ao ensino para os descendentes dos combatentes, a redução das tarifas nos transportes públicos, a prestação da assistência médica e medicamentosa, entre outros “itens”.

O secretário-geral da ACLLN mostrou-se com êxito encorajado quanto à implementação do estatuto, indicando que muitas instituições públicas e privadas começam a compreender a necessidade de cumprir com o que vem plasmado naquele dispositivo jurídico-legal.

A fonte frisou que um pouco por todas as instituições a ACLLN continua a divulgar o estatuto do combatente para o conhecimento e domínio de todos.

Instado a pronunciar-se sobre o actual estágio da associação, Rock Vicente: A associação está no bom caminho. Melhor do que estava antes da actual direcção. Mas importa realçar que todas associações são deficientes ao nível da base. A nossa não seria excepção. Por isso, estamos a fazer tudo o que está a nosso alcance para invertermos o cenário, Explicou ainda que muito recentemente efectuou visitas de trabalho a algumas províncias do sul, centro e norte onde constatou, onde um grande entusiasmo no seio dos associados.

Todos – referiu – estão a fazer alguma coisa com vista a melhoria das suas condições de vida.

Entretanto, e em mensagem ontem enviada à nossa Redacção, o partido Frelimo lembra que foi há 33 anos, em Lusaka, na Zâmbia, que o mundo testemunhou o culminar do processo negocial entre a Frelimo e o Governo português, visando colocar os marcos fundamentais para o fim do colonialismo português em Moçambique.

O partido recorda, igualmente, que durante as negociações de Lusaka, o Governo português reconheceu a Frelimo como o único e legítimo representante do povo moçambicano. O Governo português aceitou, desta maneira, o processo de transferência de todos os poderes para a Frelimo, facto que, aliás conduziu a formação do Governo de Transição e, consequentemente, acordada a data para a proclamação da independência nacional, que veio a ter lugar a 25 de Junho de 1975.

A Frelimo vinca que a celebração dos 33 anos do Dia da Vitória deve inspirar a todos os moçambicanos para a consolidação da unidade nacional – arma fundamental que o povo moçambicano utilizou contra a máquina colonial portuguesa para a conquista da independência.

Ao comemorarmos os 33 anos do Dia da Vitória sobre a dominação colonial, a Frelimo exorta a todo o povo moçambicano para a necessidade da consolidação da unidade nacional para que tal como ontem, vencermos o desafio actual de luta contra a pobreza, vinca a Frelimo na sua mensagem alusiva à efeméride.

No entanto, a província do Maputo vai assinalar a data no distrito da Namaacha onde se prevê uma cerimónia de deposição de flores e um comício popular. Serão igualmente apresentadas mensagens da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), Organização da Mulher Moçambicana (OMM), Organização Continuadores, entre outras.

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