Unidade 1 – Capítulo 1 – Palavras em discussão

Unidade 1 ? Cap?tulo 1 ? Palavras em discuss?o

Cr?nica

O cotidiano ? repleto de momentos, mas raramente nos damos conta da import?ncia de cada um deles. Entretanto, alguns escritores revelam-se atentos a esses momentos. S?o os chamados cronistas. A partir de fatos do cotidiano, que parecem normais a olhos desatentos, eles conseguem refletir acerca da import?ncia ?mpar desse momento, como a perda de um celular, a festa de anivers?rio em um lugar simples, o bolo feito pela av?, por exemplo. S?o nesses momentos corriqueiros que est? o combust?vel para o cronista. Cr?nicas s?o, como afirma Fernando Sabino, "coment?rios breves e leves sobre algum fato do cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma o caf? da manh?". Ou seja, s?o textos curtos que revelam, e surpreendem, pela simplicidade e ao mesmo tempo pela profundidade do olhar. H? diversos estilos de cr?nica, como a humor?stica, a argumentativa, a esportiva e a jornal?stica.

Os cronistas inspiram-se geralmente em not?cias veiculadas em jornais, revistas, blogs e tamb?m em fatos ocorridos na sua rotina. Possuem um olhar atento ao que est? acontecendo ao seu redor e muitas vezes preferem aquele fato que ? insignificante, ao qual ningu?m prestou aten??o, mas que para o autor tem grande significado.

Quanto ao conte?do, a cr?nica ? um dos g?neros textuais mais abrangentes, pois pode tratar de diferentes situa??es, assuntos e temas. A inten??o do cronista ? fazer o leitor refletir acerca do fato escolhido, por mais simples e fugaz que possa parecer.

A cr?nica surgiu como um texto para ser veiculado em jornais e revistas, por isso traz simplicidade na linguagem, podendo apresentar tanto um registro formal quanto informal. Ela ? chamada de texto h?brido, pois apresenta caracter?sticas do texto informativo e do liter?rio. Como os textos narrativos, a cr?nica apresenta caracter?sticas como: narrador da hist?ria, que pode aparecer como personagem, em 1? pessoa, ou como observador, 3? pessoa; desenvolvimento de um conflito e desfecho. Al?m, ? claro, de trazer uma reflex?o ?quele fato, transformando-o em ?nico.

Leia agora uma cr?nica de Walcyr Carrasco publicada na revista Veja SP, que fala sobre a perda de um objeto essencial nos dias de hoje.

A VIDA SEM CELULAR

Walcyr Carrasco

O inevit?vel aconteceu: perdi meu celular. [...] Tentei ligar para o meu pr?prio n?mero. Deu caixa postal. [...] Meu quarto parece uma trincheira de guerra de tanto procur?-lo. Agora me rendo: sou um homem sem celular.

O primeiro sentimento ? de p?nico. [...] Estou desconectado do mundo. Nunca botei minha agenda em um programa de computador, [...]. Ser? ?rduo garimpar os n?meros da fam?lia, amigos, contatos profissionais. E se algu?m me ligar com um assunto importante? A Inseguran?a ? total.

[...]

H? alguns anos ? nem tantos assim ? ningu?m tinha celular. [...] Se algu?m precisasse falar comigo, deixava recado. Depois eu chamava de volta. [...] Muitas coisas demoravam para acontecer. Mas as pessoas contavam com essa demora. N?o era realmente ruim.

(...)

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Pois ?. O celular costuma ficar fora de ?rea nos momentos mais terr?veis. [...] Como em um recente acidente automobil?stico que me aconteceu. [...] precisava falar com a seguradora. [...] E o celular mudo! Quase pirei! [...]

Na minha inf?ncia, n?o tinha nem telefone em casa. Agora n?o suporto a ideia de passar um dia desconectado. ? incr?vel como o mundo moderno cria necessidades. Viver conectado virou v?cio. Talvez o dia a dia fosse mais calmo sem celular. Mas vou correndo comprar um novo!

Dispon?vel em: . Acesso em: 07 ago. 2018. Adaptado.

ATIVIDADES Na cr?nica A vida sem celular o autor revela o desespero pela perda do celular e reflete sobre a vida sem o aparelho. Ao ler a narrativa ? poss?vel perceber que o narrador est? em uma encruzilhada, pois n?o sabe se a vida ? melhor ou pior sem celular. Como ? comum nas cr?nicas um fato do cotidiano pode ser motivo para grande reflex?o e questionamento. Sobre a cr?nica, responda ?s seguintes quest?es. 1. Qual fato cotidiano motivou a escrita da cr?nica?

2. Qual a reflex?o o narrador faz ao perceber a inexist?ncia do aparelho em sua vida?

3. Quais trechos revelam a opini?o do leitor em rela??o ao uso do celular nos dias atuais? Transcreva alguns trechos da narrativa.

4. Em sua opini?o, qual seria a melhor maneira de encarar o fato narrado pelo cronista: comprar logo um novo aparelho ou ficar sem celular por um tempo? Explique seu posicionamento.

5. Como se apresenta a linguagem da cr?nica? Transcreva do texto trechos que confirmem a sua resposta.

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C Proposta de produ??o

Ap?s ler a cr?nica Vida sem celular, de Walcyr Carrasco, voc? dever? escrever a sua cr?nica, lembrando-se de se inspirar em um fato do cotidiano e refletir sobre ele.

Imagine que voc? se encontra na mesma situa??o do cronista: a perda de algo, e ao se dar conta do fato percebe o quanto o objeto era importante para voc?. Voc? pode iniciar a cr?nica contando qual foi o objeto perdido e quando voc? percebeu que ele era t?o importante para o seu cotidiano. Lembre-se de utilizar a primeira pessoa na escrita do texto e criar um t?tulo bem criativo para ele.

Boa produ??o!

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CRIT?RIOS DE CORRE??O ? 7? ANO ? Cr?nica

As divis?es da grade de corre??o correspondem a par?metros b?sicos, mas s?o poss?veis valores intermedi?rios at? o valor m?ximo do item. A condu??o do processo de corre??o e reescrita fica a crit?rio do professor. Se preferir, poder? fazer uma primeira corre??o entre os pr?prios alunos, por meio de troca de textos entre os colegas, solicitando, se necess?rio, que elaborem uma segunda vers?o. Da mesma forma, poder? solicitar a eles que lhe entreguem os textos para corre??o e posterior reescrita.

ADEQUA??O ? PROPOSTA (2,0) 1. O aluno escreveu uma cr?nica inspirada na perda de um objeto? 2. Revelou a import?ncia do objeto e quando percebeu isso? 3. Utilizou a primeira pessoa? 4. O texto apresenta t?tulo?

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TOTAL

CONTE?DO (4,0)

3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Progress?o e coer?ncia

6. Riqueza e relev?ncia de informa??es (sele??o do objeto, revela??o da import?ncia do objeto, momento em que percebeu a import?ncia do objeto, uso da primeira pessoa, t?tulo).

TOTAL

COES?O (2,0) 7. Paragrafa??o (continuidade de ideias) 8. Pontua??o 9. Vocabul?rio (adequa??o, riqueza, varia??o) 10. Constru??o de frases

0,5 0,3 zero

TOTAL

NORMA-PADR?O (2,0) 11. Ortogra a e acentua??o 12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

1,0 0,8 0,5 0,2 zero

TOTAL

TOTAL GERAL

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Unidade 1 ? Cap?tulo 2 ? Textos do cotidiano

E-mail

O e-mail ? uma das possibilidades de enviar e receber mensagens via internet. ? com ele que podemos nos comunicar com nossos amigos e familiares, com os de longe e de perto, al?m de ser poss?vel fazer contato com empresas, institui??es, profissionais, eventos. Antigamente, a carta pessoal era o meio mais comum de comunica??o, mas ela foi substitu?da pelo e-mail, um meio mais r?pido e eficaz.

A estrutura do e-mail ? muito pr?xima da estrutura da carta: inicia-se com vocativo, corpo do texto, despedida e assinatura. Al?m disso ? preciso saber o endere?o do destinat?rio e n?o esquecer de colocar o assunto da mensagem e acima de tudo ter acesso ? internet. Quando se escreve um e-mail ? necess?rio levar em considera??o todos esses detalhes, pois a pessoa que ir? receber a mensagem precisa se informar sobre o que est? recebendo para em seguida responder ao e-mail. A velocidade com que a informa??o pode chegar ao local de destino ? muito r?pida, caracter?stica que revolucionou a troca de mensagens e comunica??o entre as pessoas.

A linguagem do e-mail pode ser tanto formal quanto informal, isso ir? depender da rela??o existente entre as pessoas que est?o escrevendo. Se voc? estiver escrevendo para um amigo ? muito prov?vel que a linguagem seja informal, com algumas g?rias e express?es gramaticais espec?ficas. J? se voc? estiver escrevendo para uma empresa ou para uma pessoa que n?o tenha tanta intimidade, a linguagem ser? formal.

A seguir h? dois modelos de e-mails enviados. Eles tratam do mesmo assunto, entretanto ? poss?vel perceber que a linguagem ? diferente.

E- mail modelo 1:

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