ENEM 2014 (Questões 101, 102, 103, 104, 105)

Provas de Vestibular

ENEM 2014

Portugu?s Professor: Eduardo Valladares

ENEM 2014 (Quest?es 101, 102, 103, 104, 105)

1. (Quest?o 101) H? qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em cr?nica de jornal -- eu n?o fazia isso h? muitos anos, enquanto me escondia em poesia e fic??o. Cr?nica algumas vezes tamb?m ? feita, intencionalmente, para provocar. Al?m do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado n?o est? l? grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais. Alguns discorrem sobre o assunto, e ? gostoso compartilhar ideias. H? os textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um mont?o de recados: "Voc? escreveu exatamente o que eu sinto", "Isso ? exatamente o que falo com meus pacientes", "? isso que digo para meus pais", "Comentei com minha namorada". Os est?mulos s?o valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: ? como me botarem no colo -- tamb?m eu preciso. Na verdade, nunca fui t?o posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que est? sendo ?tima, essa brincadeira s?ria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros espalhados por a?. Porque eu levo a s?rio ser s?rio... mesmo quando parece que estou brincando: essa ? uma das maravilhas de escrever. Como escrevi h? muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras s?o meu jeito mais secreto de calar.

LUFT, L. Pensar ? transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recursos que permitem a articula??o entre suas partes. Quanto ? constru??o do fragmento, o elemento

a) "nisso" introduz o fragmento "botar a cara na janela em cr?nica de jornal". b) "assim" ? uma par?frase de "? como me botarem no colo". c) "isso" remete a "escondia em poesia e fic??o". d) "alguns" antecipa a informa??o "? isso que digo para meus pais". e) "essa" recupera a informa??o anterior "janela do jornal".

2. (Quest?o 102) Era um dos meus primeiros dias na sala de m?sica. A fim de descobrirmos o que dever?amos estar fazendo ali, propus ? classe um problema. Inocentemente perguntei: -- O que ? m?sica? Passamos dois dias inteiros tateando em busca de uma defini??o. Descobrimos que t?nhamos que rejeitar todas as defini??es costumeiras porque elas n?o eram suficientemente abrangentes. O simples fato ? que, ? medida que a crescente margem a que chamamos de vanguarda continua suas explora??es pelas fronteiras do som, qualquer defini??o se torna dif?cil. Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ru?dos da rua a atravessar suas composi??es, ele ventila a arte da m?sica com conceitos novos e aparentemente sem forma.

SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. S?o Paulo: Unesp, 1991 (adaptado).

A frase "Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ru?dos da rua a atravessar suas composi??es", na proposta de Schafer de formular uma nova conceitua??o de m?sica, representa a:

a) Acessibilidade ? sala de concerto como met?fora, num momento em que a arte deixou de ser elitizada.

b) Abertura da sala de concerto, que permitiu que a m?sica fosse ouvida do lado de fora do teatro.

c) Postura inversa ? m?sica moderna, que desejava se enquadrar em uma concep??o conformista.

Este conte?do pertence ao Descomplica. ? vedada a c?pia ou a reprodu??o n?o autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

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d) Inten??o do compositor de que os sons extramusicais sejam parte integrante da m?sica. e) Necessidade do artista contempor?neo de atrair maior p?blico para o teatro.

3. (Quest?o 103) Censura moralista H? tempos que a leitura est? em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo, apontando a precariedade das pr?ticas de leitura, lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta de bibliotecas em tantos munic?pios, do pre?o dos livros em livrarias, num nunca acabar de problemas e de car?ncias. Mas, de um tempo para c?, pesquisas acad?micas v?m dizendo que talvez n?o seja exatamente assim, que brasileiros leem, sim, s? que leem livros que as pesquisas tradicionais n?o levam em conta. E, tamb?m de um tempo para c?, pol?ticas educacionais t?m tomado a peito investir em livros e em leitura. LAJOLO, M. Dispon?vel em: .br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).

Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se frente a assuntos que geram consenso ou despertam pol?mica. No texto, a autora

a) Ressalta a import?ncia de os professores incentivarem os jovens ?s pr?ticas de leitura. b) Critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura ? precariedade de bibliotecas. c) Rebate a ideia de que as pol?ticas educacionais s?o eficazes no combate ? crise de leitura d) Questiona a exist?ncia de uma crise de leitura com base nos dados de pesquisas

acad?micas. e) Atribui a crise da leitura ? falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens por livros de

qualidade.

4. (Quest?o 104) S? h? uma sa?da para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudan?a da l?ngua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma da l?ngua em suas atividades escritas? N?o deve mais corrigir? N?o! H? outra dimens?o a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, n?o existe apenas um portugu?s correto, que valeria para todas as ocasi?es: o estilo dos contratos n?o ? o mesmo do dos manuais de instru??o; o dos ju?zes do Supremo n?o ? o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais n?o ? o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

POSSENTI, S. Gram?tica na cabe?a. L?ngua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado).

S?rio Possenti defende a tese de que n?o existe um ?nico "portugu?s correto". Assim sendo, o dom?nio da l?ngua portuguesa implica, entre outras coisas, saber:

a) Descartar as marcas de informalidade do texto. b) Reservar o emprego da norma padr?o aos textos de circula??o ampla. c) Moldar a norma padr?o do portugu?s pela linguagem do discurso jornal?stico. d) Adequar as formas da l?ngua a diferentes tipos de texto e contexto. e) Desprezar as formas da l?ngua previstas pelas gram?ticas e manuais divulgados pela

escola.

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5. (Quest?o 105)

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Os meios de comunica??o podem contribuir para a resolu??o de problemas sociais, entre os quais o da viol?ncia sexual infantil. Nesse sentido, a propaganda usa a met?fora do pesadelo para:

a) Informar crian?as v?timas de abuso sexual sobre os perigos dessa pr?tica, contribuindo para erradic?-la.

b) Denunciar ocorr?ncias de abuso sexual contra meninas, com o objetivo de colocar criminosos na cadeia.

c) Dar a devida dimens?o do que ? o abuso sexual para uma crian?a, enfatizando a import?ncia da den?ncia.

d) Destacar que a viol?ncia sexual infantil predomina durante a noite, o que requer maior cuidado dos respons?veis nesse per?odo.

e) Chamar a aten??o para o fato de o abuso infantil ocorrer durante o sono, sendo confundido por algumas crian?as com um pesadelo.

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