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FACULDADE 7 DE SETEMBRO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

FRANCISCO RIOVANNE MENEZES GOMES

ANÁLISE DO PERFIL DOS JOVENS DE 18 A 25 ANOS DA CIDADE DE FORTALEZA QUE INVESTEM NO MERCADO FINACEIRO

FORTALEZA - 2013

FRANCISCO RIOVANNE MENEZES GOMES

ANÁLISE DO PERFIL DOS JOVENS DE 18 A 25 ANOS DA CIDADE DE FORTALEZA QUE INVESTEM NO MERCADO FINACEIRO

Artigo científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Ricardo Coimbra , Me.

FORTALEZA - 2013

RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso irá primeiramente descrever o funcionamento do mercado financeiro brasileiro, identificar os principais tipos de investimento no Brasil e descrever os diferentes tipos de perfis das pessoas que investem no mercado financeiro, todos esses conceitos são essenciais para o entendimento do objetivo principal do trabalho, que é analisar o perfil dos jovens investidores de 20 a 24 anos da cidade de Fortaleza (CE), entendendo por investidor qualquer pessoa que possua qualquer tipo de investimento não importando sua rentabilidade ou risco. Após a explicação da metodologia da pesquisa, houve a aplicação e a coleta dos dados do questionário, dessa maneira foi possível concluir que a maioria dos jovens da cidade de Fortaleza (CE) possui um perfil moderado, mas que com o passa dos anos e o ganho de experiência pode se tornar agressivo.

PALAVRAS-CHAVE: Investidor. Investimento. Jovem. Mercado Financeiro. Perfil.

ABSTRACT

This work will firstly describe the operation of Brazilian financial market, identify the main kinds of investments in Brazil and describe the different profile types of people who invest on the financial market. All those concepts are essential for understanding of main purpose of this work, which is analyze the profile of the young investors from 20 to 24 years old from the city of Fortaleza (CE), investors are any people who own any kind of investment, with profitability or risk. After the explanation of the methodology of the research, there was the application and the data collection from the questionnaire, this way was possible to conclude that young people from Fortaleza (CE) have a moderade profile, over the years and getting experience, they can become aggressive.

KEYWORDS: investor. Investment. Young. Financial Market. Profile.

1 INTRODUÇÃO

A presente introdução procura evidenciar a relevância do tema escolhido e anunciar os seus objetivos, sua estrutura e seus procedimentos metodológicos.

Pinheiro (2008) define o mercado financeiro como o ambiente onde ocorre o intercâmbio de ativos financeiro e onde se determina o seu preço. Nele os agentes superavitários (que possuem excesso de fundos) procuram investir seus ganhos e assim maximizar a sua economia, e os agentes deficitários que procuram obter crédito para poder completar sua renda.

Atualmente as pessoas estão se interessando cada vez mais pelo mercado financeiro, sempre procurando investimentos mais rentáveis, e com uma visão a longo prazo eles percebem que realizar investimentos e aplicações financeiras são uma alternativa melhor para o futuro do que esperar a aposentadoria do governo. Esse aumento na participação dos brasileiros no mercado financeiro ficou evidente com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Publica e Estatística (2013) “Radiografia do Investidor” que foi realizada em maior de 2011 com os brasileiros acima de 18 anos e pertencentes as classe A, B e C. Nessa ficou registrado a queda do numero da população que não possui nenhum tipo de investimentos em comparação a mesma pesquisa realizada em 2011, esse percentual caiu de 65% para 51%.

Essa pesquisa também constatou que o brasileiro também está apresentando um maior conhecimento sobre os diversos tipos de investimentos disponíveis, porém a maioria só obteve esse conhecimento porque foi estimulada por alguém.

Como os jovens cada vez mais si aperfeiçoam e participam do mercado financeiro, este estudo si propõe a analisar o perfil atual dos jovens investidores de 20 a 24 anos da cidade de Fortaleza (CE). E dessa maneira descobrir em qual perfil de investidor (conservador, moderado ou agressivo) o jovem fortalezense se enquadra.

Este trabalho tem como tema a questão do perfil dos jovens investidores da cidade de Fortaleza (CE) que investem no mercado financeiro, si propondo como objetivo principal analisar o perfil desses jovens de 20 a 24 anos que investem no mercado financeiro. Este também traz como objetivos específicos a descrição do mercado financeiro brasileiro, a identificação dos principais tipos de investimento que ocorrem no Brasil e a descrição dos tipos de perfis que investem no mercado financeiro. Estes objetivos específicos serão respondidos com a revisão de literatura.

O trabalho si utilizará de um questionário com perguntas fechadas para medir estatisticamente as características do objeto de pesquisa, estes questionários serão aplicados em faculdades e universidades, que são onde grande parte do publico alvo se encontra.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO

Segundo Fortuna (2003) o sistema financeiro é um conjunto de instituições que trabalham para garantir a manutenção do fluxo de recursos entre os poupadores e os investidores, essas transações são processadas no mercado financeiro, permitindo que um agente econômico sem nenhuma perspectiva de aplicação em algum empreendimento próprio, possa ser colocado em contato com outro agente econômico em que as perspectivas de investimento superam as disponibilidades da poupança. Dessa forma considera-se o mercado financeiro como um elemento vital para o crescimento econômico, pois ele permite a elevação das taxas de poupança e investimento.

Para Pinheiro (2008) a classificação do mercado financeiro é tarefa complicada devido ao grande número de parâmetros realizados para este fim, porém dentre tantas formas, a maneira mais comum de se classificar o mercado financeiro é por meio das necessidades dos seus participantes, sendo assim a necessidade de crédito é o que gera o mercado de crédito, a necessidade das empresas de formar capital é o que gera o mercado de capitais, a necessidade de câmbio entre as moedas é o gera o mercado cambial e a necessidade do governo em realizar sua política econômica é o que gera o mercado monetário.

De acordo com a obra de Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 29) constata-se que “em termos didáticos, esses mercados são apresentados de maneira estanque, embora na realidade a interação entre eles seja total, com mudanças nas variáveis de um deles se propagando imediatamente por todos os outros.”

Assaf Neto (1999, p. 80) complementa:

apesar de servirem de referência para o estudo do mercado financeiro, esses segmentos de mercado muitas vezes se confundem na prática, permitindo que as várias operações financeiras interajam por meio de um amplo sistema de comunicações. Apresentam, ainda, uma referência comum para as diversas negociações financeiras, a taxa de juros, entendida como a moeda de troca desses mercados.

2.1.1 Mercado de Crédito

Assaf Neto (1999, p. 80) define:

o mercado de crédito engloba as operações de financiamento de curto e médio prazos [sic], direcionadas aos ativos permanentes e capital de giro das empresas. Esse mercado é constituído, basicamente, pelos Bancos Comercias e Sociedades Financeiras.

Assaf Neto (1999, p. 91) também afirma que:

o mercado de crédito visa fundamentalmente suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos [sic] dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de crédito às pessoas físicas ou empréstimos e financiamentos às empresas.

Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 29) explicam sobre o funcionamento do mercado de crédito, “caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais, que envolvem tomadores finais de crédito, doadores finais e intermediários do processo de concessão.”

2.1.2 Mercado de Capitais

A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (2012) classifica que:

O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.

Pinheiro (2008) relata que o mercado de capitais surgiu quando o mercado de crédito deixou de ser capaz de atender às necessidades da atividade produtiva, não conseguindo garantir condições adequadas em termos de prazos, custos e exigibilidades. Dessa forma o mercado de capitais surgiu para contribuir para o desenvolvimento econômico, atuando como propulsor de capitais para investimentos, estimulando a poupança privada e permitindo a estruturação de uma sociedade pluralista, baseada na economia de mercado, assim permitindo a participação coletiva nos resultados da economia.

Na visão de Assaf Neto (1999) o mercado de capitais é estruturado para poder suprir, por meio dos financiamentos para capital de giro e capital fixo, a necessidade de investimentos dos agentes econômicos. Ele é o grande municiador de recursos para a economia, pois ele efetua a ligação entre os investidores e as empresas que necessitam de investimentos. Dessa forma assume um papel relevante para o processo de desenvolvimento econômico.

Cavalcante, Misumi e Rugde (2009, p. 32) definem:

no mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas (ações) ou de empréstimos feitos via mercado por empresas (debêntures conversíveis, bônus de subscrição etc.) sem participação de intermediários bancários.

Além das ações, outros títulos são negociados no mercado de capitais brasileiro, Pinheiro (2008, p. 131) cita-os:

a) debêntures;

b) commercial papers;

c) bônus de subscrição;

d) certificados de depósito de valores mobiliários;

e) índices representativos de carteira de ações;

f) opções de compra e venda de valores mobiliários;

g) direitos de subscrição;

h) recibos de subscrição;

i) quotas de fundos imobiliários;

j) certificados de investimentos audiovisual;

k) contratos de parceria para engorda de animais;

l) certificados representativos de contratos mercantis de compra e venda a termo de energia elétrica;

m) depositary receipts;

n) certificados de recebíveis imobiliários (CRI).

2.1.3 Mercado de Monetário

O Portal do Investidor (2012a) define:

É o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O Banco Central do Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária.

Para Assaf Neto (1999) o mercado monetário visa o controle da liquidez monetária da economia. Os papéis que são negociados nesse mercado caracterizam-se pelos prazos de resgate reduzidos e pela alta liquidez, esses papéis são negociados tendo como parâmetro de referência a taxa de juros, os principais papéis negociados são aqueles emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional. A maior desses papéis são escriturais, exigindo maior organização na sua liquidação e transferência. As negociações desses valores são controladas e custodiadas pelo Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) que é voltado a operar com os títulos públicos, e a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (Cetip) que opera com títulos privados, algumas vezes, esses sistemas operam com títulos públicos que estão em poder do setor privado da economia. Esses dois sistemas têm como objetivo básico promover a boa liquidação das operações realizadas no mercado monetário, assim propiciando maior segurança aos negócios realizados, o Selic e a Cetip também divulga periodicamente duas taxas de juros que são adotadas pelos agentes econômicos, a taxa Selic e a taxa Cetip.

Pinheiro (2008, p. 81) coloca que:

[o mercado monetário] supre as necessidades do governo de fazer política monetária e dos agentes e intermediários de caixa. Nesse segmento são realizadas operações de curto e curtíssimo prazo e sua liquidez é regulada pelas autoridades monetárias.

Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 29) complementam a idéia, “é no mercado monetário que acontece a ação da autoridade monetária.”

2.1.4 Mercado de Cambial

Sobre o mercado cambial, Assaf Neto (1999, p. 106, 107) nos traz a seguinte definição: “o mercado cambial é o segmento que ocorrem operações de compras e vendas de moedas internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda nacional em estrangeiras e vice-versa.”

Assaf Neto (1999, p. 107) ainda complementa essa definição afirmando que “esse mercado reúne todos os agentes econômicos que tenham motivos para realizar transações com o exterior, como operadores de comércio internacionais, instituições financeiras, investidores e bancos centrais.”

O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou por meio de seus correspondentes (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2012).

Fortuna (2003) explica que os participantes do mercado cambial se dividem nos que produzem divisas e nos que cedem divisas, ou seja, os que trazem dólares para o país e os que remetem dólares ao exterior.

Cavalcante, Misumi e Rudge (2009) nos alertam que o mercado de câmbio funciona continuamente para poder negociar e arbitrar determinada moeda, por isso a política cambial de um país é um fator vital para o seu desenvolvimento, pois qualquer intervenção errada no mercado cambial pode arruinar o crédito do país.

Sobre a taxa cambial Fortuna (2003, p. 313) define, “a taxa cambial é a relação de valor entre duas moedas, ou seja, corresponde ao preço da moeda de um determinado país em relação a outra de outro país.”

Dessa maneira Fortuna (2003) nos esclarece que a taxa de câmbio real/dólar indica quantos reais serão necessários para comprar um dólar. Porém quando essa taxa está acima ou abaixo do nível desejado pelo governo, o Banco Central irá intervir para que a taxa volte ao padrão, caso a taxa esteja caindo, indicando assim que a oferta é maior que a procura, o Banco Central irá comprar o excesso de divisas para aumentar a taxa, caso a taxa esteja aumentando, indicando assim que a procura é maior que a oferta, o Banco Central irá vender no mercado parte de suas divisas para aumentar a oferta e fazer a taxa cair.

2.2 TIPOS DE INVESTIMENTOS NO BRASIL

2.2.1 Poupança

Cavalcante, Misumi e Rudge (2009) afirmam “os depósitos de poupança têm forte conotação popular, devido à sua conveniência mercadológica.”

A caderneta de poupança é o investimento mais simples e de menor risco, Fortuna (2003, p. 249) define a caderneta de poupança tradicional:

é aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que se podem aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversario da aplicação.

Fortuna (2003) descreve os outros tipos de caderneta de poupança, que são a caderneta de poupança programada, onde o depositante assume o compromisso de depositar quantias fixas por prazos que variam entre 12, 18 e 24 meses. A caderneta de poupança de rendimentos crescentes que recebem apenas o depósito inicial, suas taxas de juros são crescente e os rendimentos são realizados trimestralmente. A caderneta de poupança vinculada que possui prazo mínimo de 36 meses e é isento de imposto, nela o interessado deve poupar metade do valor do imóvel que deseja comprar, para ter o direito a uma carta de crédito com o financiamento do valor restante. E por ultimo a caderneta de poupança rural, onde os recursos captados são direcionados para o financiamento de operações rurais.

2.2.2 Ações

Pinheiro (2008, p. 138) afirma “as ações são títulos de propriedade de uma parcela do capital social da empresa que às emitiu. Quem tem ações, portanto, pode-se considerar sócio da empresa emissora.”

Cavalcante, Misumi, Rudge (2009) explicam que o acionista não é um credor da empresa, e sim um de seus proprietários, e como tal possui a participação nos lucros da empresa. Além da participação nos lucros o acionista tem direito a informações e fiscalização das atividades da empresa, preferências na subscrição de novas ações, participação no acervo da empresa em caso de liquidação, votar ou ser votado (para ações ordinárias) e a retirada da empresa.

Fortuna (2003) explica que a distribuição do lucro da empresa para os acionistas é chamada de dividendo, e que por lei no mínimo 25% do lucro líquido do exercício deve ser distribuído entre os acionistas, a distribuição é feita de acordo com o número de ações possuídas pelos acionistas, o dividendo também é isento do imposto de renda.

Sobre os dividendos, Pinheiro (2008, p. 138) define “O dividendo é a parte do lucro que a companhia distribui entre seus proprietários, quer dizer, seus acionistas.”

Assaf Neto (2003, p.186) analisa: “essencialmente uma ação oferece duas formas de rendimentos aos seus investidores: dividendos e valorização de seu preço de mercado.”

Conforme Assaf Neto (1999), as ações são classificadas em ordinárias e preferências, as ações ordinárias são aquelas que possuem direito ao voto nas assembléias dos acionistas de uma empresa, esses acionistas podem eleger a diretoria da empresa e do conselho fiscal, além de tomar decisões estratégicas da empresa. As ações preferências não concedem direito a voto, porém dão prioridade no recebimento de dividendo e no reembolso de capital na hipótese de dissolução da empresa.

Ainda conforme Assaf Neto (1999) existem as ações de fruição, que são de propriedade dos sócios fundadores da empresa e não são negociadas na bolsa de valores.

Cavalcante, Misumi, Rudge (2009, p. 111) conceituam:

são formas acionárias que, definidas no estatuto social da empresa, estabelecem alguns interesses específicos dos seus fundadores. Por serem destinadas apenas aos fundadores da empresa, não são objeto de negociação em mercados organizados, podendo, entretanto, ser objeto de operações especiais.

Ainda segundo Cavalcante, Misumi e Rudge (2009) existem também as ações golden share que são emitidas em favor do poder público, especialmente em casos de empresas estatais que foram privatizadas. Essas ações possuem poder de veto nas reuniões dos acionistas.

2.2.3 Debêntures

Na definição de Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 32) “uma debênture, por exemplo, é um título de dívida com características próprias, negociando diretamente entre a empresa e os investidores finais.”

Pinheiro (2008, p. 147, 148) ressalta:

debênture é um título emitido por uma sociedade anônima, previamente autorizado pelo CVM, com a finalidade de captar recursos de médio e de longo prazos [sic], destinados normalmente a financiamento de projetos de investimento ou alongamento do perfil do passivo. Caracteriza-se como um título de valor mobiliário, com remuneração baseada em taxas de renda fixa.

Fortuna (2003) ensina que basicamente as debêntures são a forma de financiamento das empresas através de empréstimos em longo prazo, as debêntures garantem a o seu comprador uma remuneração certa em um prazo definido.

Conforme afirma Assaf Neto (1999), a emissão de debêntures pode ser realizada por oferta pública, quando é necessária a coordenação de uma instituição financeira, e pode ser realizada privadamente, isso ocorre quando já existem compradores pra os títulos (em geral grandes investidores e investidores institucionais).

Assaf Neto (1999) diferencia os tipos de debêntures, em debêntures simples, que prometem apenas a remuneração sobre o valor do investimento, e em debêntures conversíveis, que dão ao investidor a opção de converter o valor do resgate em ações da empresa emitente.

Como explicam Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), os debenturistas nomeiam um agente fiduciário em uma reunião de assembléia, dessa maneira podem impedir mudanças estratégicas na empresa que possam resultar para as ações que serão objetos de conversão

Assaf Neto (1999, p. 165) complementa a idéia conceituando o agente fiduciário:

suas atividades básicas são de zelar pelo cumprimento da escritura de emissão, elaborar relatórios sobre o desempenho da empresa emitente e informações gerais sobre os títulos, relatar qualquer ato que possa prejudicar os debenturistas etc.

2.2.4 Fundos de Investimentos

Na definição da XP Investimentos (2012):

Um fundo de investimento é uma comunhão de recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aplicação em títulos e valores mobiliários. Um fundo é organizado sob a forma de condomínio, e seu patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calculado diariamente por meio da divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas em circulação. Em outras palavras é como um condomínio que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários.

De acordo com as considerações de Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 151) “os fundos buscam a conveniência da aplicação em condições técnicas mais favoráveis do que as seriam possíveis para cada um de seus participantes, se estes operassem por conta própria nos mercados financeiros.”

Os fundos de investimentos funcionam da mesma forma que um apartamento de condomínios, a XP Investimentos (2012) explica essa comparação: Os cotistas (os moradores) compram uma quantidade de cotas ao aplicar, e pagam uma taxa de administração a um terceiro (o Gestor) para coordenar as tarefas do fundo e gerenciar seus recursos no mercado. Ao comprar cotas de um determinado fundo, o cotista está aceitando suas regras de funcionamento (aplicação, resgate, horários, custos etc.), e passa a ter os mesmos direitos dos demais cotistas, independentemente da quantidade de cotas que cada um possui.

Fortuna (2003, p. 365) também reforça essa comparação e completa:

o segredo dos Fundos de Investimentos é a idéia do condomínio, ou seja, embora os aplicadores tenham o direito de resgatar suas cotas a qualquer momento, nem todos o fazem ao mesmo tempo, isto é, sempre fica uma grande soma disponível, que pode ser aplicada em títulos mais rentáveis.

O Portal do Investidor (2012b) analisa que os fundos de investimentos podem ser organizados na forma de fundos abertos ou fundos fechado. No fundo aberto é permitido à entrada e a saída dos cotistas, já nos fundos fechado, a entrada e saída dos cotistas não é permitida depois do período de captação de recursos do fundo, porém as cotas dos fundos fechados podem ser negociadas em mercado administrados pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Os fundos abertos normalmente são constituídos para existir por tempo indeterminado, ao contrário dos fechados, que podem ter tempo determinado, ao final do qual os ativos são vendidos, os cotistas recebem o valor total de suas cotas e o fundo é encerrado, o que pode ocorrer também com os fundos abertos. (PORTAL DO INVESTIDOR, 2012b).

Fortuna (2003) nos esclarece que em um sentido mais amplo os fundos são classificados como os de renda fixa e os de renda variável. Mais existem uma diversidade de fundos que são criados para atender os interesses dos investidores, tanto do mais conservador até o mais agressivo.

Diante desses diversos tipos de fundos de investimentos, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) realizou a seguinte classificação:

a) Curto Prazo.

b) Referenciado DI.

c) Renda Fixa.

d) Multimercado.

e) Dívida Externa.

f) Ações.

g) Cambial.

h) Previdência.

i) Exclusivos Fechados.

j) Off Shore.

k) Fundos de Direitos Creditórios.

l) Fundos de Índices (ETF).

m) Fundos de Participações.

n) Fundos de Investimento Imobiliário

2.2.5 Títulos Públicos

Sobre os títulos públicos o Infomoney (2012) afirma:

Assim como as empresas e os bancos, os governos federal, estadual e municipal precisam de dinheiro para financiar suas obras e cobrir suas despesas. Os títulos emitidos por estas entidades são chamados de títulos de dívida pública e podem ser pré ou pós-fixados. No caso do Governo federal, os títulos também podem ser emitidos com intuito de sinalizar política monetária, como aconteceu nos últimos meses com o Governo, emitindo títulos cambiais para controlar a alta do dólar.

Segundo Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), as emissões dos títulos públicos servem para refinanciar a dívida externa, financiar o déficit orçamentário e para poder realizar operações com fins específicos definidos em lei.

Ainda segundo Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), os três níveis do poder executivo (governo federal, estadual e municipal) podem emitir títulos públicos, porém os títulos de grande circulação no mercado financeiro são os títulos do governo federal, que são de responsabilidade do Tesouro Nacional e distribuídos pelo Banco Central do Brasil. O Tesouro Nacional emite títulos para atender a política fiscal e o Banco Central do Brasil utilizar esses títulos para poder realizar a política monetária, esses títulos são emitidos por meio de ofertas públicas para instituições financeiras (leilões), ofertas públicas para pessoas físicas (Tesouro Direto) e por emissões diretas realizadas para finalidades especificas definidas por lei.

Assaf Neto (1999, p. 83) define: “essencialmente os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional estão voltados para a execução da política fiscal do Governo, antecipando receitas orçamentárias ou financiando déficits fiscais.”

2.2.6 CDB’s

Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 139) conceituam “o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma promessa de pagamento da importância depositada, acrescida do valor dos juros convencionados até o vencimento.”

Para Assaf Neto (1999) o Certificado de Depósito Bancário (CDB) representa a obrigação de pagamento futuro de um capital aplicado em depósito a prazo fixo em instituições financeiras, esses recursos são destinados ao financiamento do capital de giro das empresas.

Na conceituação do Infomoney (2012):

são títulos representativos de depósitos a prazos fixos emitidos por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos de desenvolvimento. A taxa paga nos CDBs pode ser pré-fixada, pós-fixada ou flutuante, essa última atrelada a um percentual da variação de um índice, que pode ser a TR, TJLP, CDI, ou um índice de inflação, como o IGP-DI ou IGP-M. A medida provisória 542 do Plano Real estabelece que, para os títulos pré-fixados, o prazo mínimo é de 30, 60 ou 90 dias. Para os títulos indexados em TR, o prazo mínimo é de 120 dias.

O risco de aplicação em CDBs é baixo, pois está associado à solidez do banco. O investidor só perde a aplicação caso a instituição vá à falência. Porém, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante o valor de até R$ 70 mil por CPF, se a instituição for associada ao Fundo. (BRASIL, 2012)

2.3 Perfis do Investidor

2.3.1 Conservador

Sobre o perfil conservador o Portal do Investidor (2012c) conceitua: “privilegia a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, para isso aceitando até uma rentabilidade menor.”

De acordo com Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), o investidor conservador age sempre de forma prudente utilizando-se de estratégias defensivas que visam preservar o seu capital, entretanto essas estratégias defensivas não significam uma avaliação acovardada das oportunidades. Conclui-se assim que o investidor conservador é aquele que possui ênfase na preservação do capital investido, pois até pessoas mais experientes no mercado passam por momentos em que sua prudência deve ser maior, como desemprego e dividas.

2.3.1 Moderado

Sobre o perfil moderado o Portal do Investidor (2012c) define “procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e está disposto a correr um certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações mais seguras.”

Conforme definido por Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), o investidor moderado é aquele que administra seus riscos, buscando um equilíbrio na relação Risco x Retorno, buscando um rendimento e crescimento em longo prazo. Ele consegue retornos maiores que o investidor conservador, mas não está disposto a correr riscos muito altos como o investidor agressivo.

2.3.1 Agressivo

Sobre o perfil agressivo o Portal do Investidor (2012c) considera “privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que seu investimento renda o máximo possível.”

Como esclarecem Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), o investidor agressivo busca sempre o maior retorno possível, mesmo que tenha que aceitar altos riscos para isso. Ele possui a grande parte de seus investimentos em renda variável e atua como especulador no mercado.

O gráfico abaixo mostra um exemplo de como cada um dos perfis de investidor costuma diversificar o seu capital, tendo em conta as características de cada tipo de investidor.

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Gráfico 1 – Perfis de Investidor

Fonte: Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 205)

Como pode-se observar o perfil moderado é o que tende a manter um equilíbrio, não se arriscando tanto no mercado financeiro, mais tentando obter um retorno considerável. O perfil conservador tendem possuir uma porcetagem ainda maior dos seus recursos investidos em renda fixa do que o apresentado no gráfico, o perfil agressivo possuem a grande parcela de seus investimentos em renda variável, os mais arrojados tem uma renda fixa bem menor do que a apresentada no gráfico.

3 MÉTODO

Cervo e Bervian (2002, p. 63) enfatizam que “a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos.”

De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 169):

pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

Esta pesquisa procura obter informações sobre a problemática apresentada, através da pesquisa de campo e referencial teórico apresentado.

3.1 CARACTERIZAÇÃO E ESTRATÉGIA DA PESQUISA

Esta pesquisa apresenta uma natureza quantitativa, que segundo Matias-Pereira (2012, p. 84) “tem como principal característica a utilização da quantificação, seja nas modalidades de coleta de informações ou no tratamento das mesmas.”

Em relação ao objetivo, essa pesquisa é definida como uma pesquisa descritiva. Na caracterização de Matias-Pereira (2012, p. 89), “[a pesquisa descritiva] visa descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relaçõs entre variáveis.”

Para Cervo e Bervian (2002, p. 66), “a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los.”

Assim podemos classificar esta pesquisa como uma pesquisa quantitativa-descritiva que de acordo com a definição de Marconi e Lakatos (2010, p. 170), “consistem em investigações de pesquisas empíricas cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas ou o isolamento de variáveis principais ou chaves.”

3.2 ESTUDO DE CASO

3.2.1 População-Alvo e Seleção de Amostra

Conforme Selltiz (apud CERVO e BERVIAN, 2002, p. 73), “amostragem é, pois, a coleta de dados de uma parte da população, selecionada segundo critérios que garantam sua representatividade.”

A amostra dessa pesquisa é composta por jovens de 20 a 24 anos que residem na cidade de Fortaleza (CE) e que investem no mercado financeiro.

De acordo com o “Censo 2010” do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (2013) a população de Fortaleza (CE) entre 20 a 24 anos é de 252298, contendo 120603 homens e 131695 mulheres, um cálculo amostral com um nível de confiança de 95% e um erro amostral de 5%, calculou uma amostragem necessária de 384 jovens, 184 homens e 200 mulheres espalhados pelas 6 regionais da cidade de Fortaleza (CE).

O cálculo amostral utilizado foi: n = N x Z² x p x (1 – p)/Z² x p x (1 – p) + e² x (N – 1). Onde: n = amostra, N = população, Z = variável normal padronizada associada ao nível de confiança, p = verdadeira probabilidade do evento, e = erro amostral.

3.3 INSTRUMENTO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

Na ótica de Cervo e Bervian (2002, p. 44), “toda pesquisa, de modo especial a pesquisa descritiva, deve ser bem planejada se quiser oferecer resultados úteis e fidedignos.”

A técnica usada nesta pesquisa será o questionário, com a finalidade de obter resultados relevantes para a problemática apresentada.

3.3.1 Elaboração do Instrumento de Pesquisa

O questionário tem uma natureza quantitativa, pois usa perguntas fechadas em sua totalidade para medir estatísticamente as características do objeto de pesquisa. Foi adaptado o questionario do site UOL Economia, que é utilizado para indentificar o perfil do investidor.

3.3.2 Teste do Instrumento de Coleta de Dados

De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 186), “depois de redigido, o questionário precisa ser testado antes de sua utilização definitiva, aplicando-se alguns exemplares em uma pequena população escolhida.”

Serão aplicados questionários a uma pequena amostra de jovens investidores de Fortaleza (CE).

3.3.3 Aplicação do Instrumento de Coleta de Dados

O questionário será aplicado pessoalmente, afim de evitar possíveis erros por parte do público da amostra, dessa forma pode-se evitar as falhas e garantir a validez da pesquisa.

3.4 MÉTODO DE COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS

3.4.1 Coleta dos Dados

“Trata-se da descrição das técnicas que serão empregadas para a coleta de dados” (MATIAS-PEREIRA, 2012, p. 92).

Para Marconi e Lakatos (2010, p.149) essa é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.”

Os questionários serão aplicados no 1° semestre de 2013, com a aplicação dos questionarios em faculdades e universidades, que são onde grande parte do público-alvo se encontra.

3.4.2 Tabulação e Tratamento dos Dados

De acordo com a definição de Marconi e Lakatos (2010, p. 150, 151) a tabulação:

é a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os dados de observação, conseguidos pelas diferentes categorias e representá-los graficamente.

A tabulação dos dados será realizada manualmente, os dados obtidos serão passados para uma única planilha do Microsoft Excel, visando facilitar a consolidação das informações e a transformação em análise estatística.

3.4.3 Tratamento dos Dados

Após a tabulação dos dados, será iniciado a análise e interpretação dos dados.

O tratamento dos dados será feito através de análise estatística descritiva e análise de conteúdo.

4 RESULTADOS DA PESQUISA

Os questionários foram respondidos pelo público-alvo, e após a tabulação dos dados obteve-se os resultados, estes resultados foram apresentados mediante gráficos com percentuais fidedignos seguidos de analises interpretativas, com o intuito de apresentar ao leitor as informações que foram obtidas no decorrer da pesquisa.

4.1 OBJETO DE ESTUDO

O objeto de estudo da pesquisa foram os jovens de 20 a 24 que residem na cidade de Fortaleza (CE) e que investem no mercado financeiro. Estes jovens foram divididos pelo o local onde residem em 6 regionais da cidade de Fortaleza.

O objeto de estudo da pesquisa foram os jovens de 20 a 24 que residem na cidade de Fortaleza (CE) e que investem no mercado financeiro. Estes jovens foram divididos pelo o local onde residem em 6 regionais da cidade de fortaleza.

A regional 1 é composta pelos bairros: Vila Velha, Jardim Guanabara, Jardim Iracema, Barra do Ceara, Floresta, Cristo Redentor, Álvaro Weyne, Carlito Pamplona, Pirambu, Vila Ellery, Jacarecanga, Monte Castelo, Mouta Brasil, São Gerardo e Farias Brito.

Regional 2 é composta por: Centro, Praia de Iracema, Aldeota, Meireles, Joaquim Távora, Dionísio Torres, São João do Tauape, Salinas, Guararapes, Eg. Luciano Cavalcante, Cocó, Cidade 2000, Varjota, Mucuripe, Cais do Porto, Vicente Pizon, De Lourdes, Papicu, Praia do Futuro e Dunas.

Regional 3 é composta por: Quintino Cunha, Antonio Bezerra, Padre Andrade, Presidente Kennedy, Autran Nunes, Dom Lustosa, Henrique Jorge, João 23, Bonsucesso, Joquey Clube, Pici, Parquelandia, Parque Araxá, Amadeu Furtado, Bela Vista e Rodolfo Teófilo.

Regional 4 é composta por: Damas, Benfica, Gentilandia, José Bonifacio, Fátima, Jardim America, Bom Futuro, Parreão, Vila União, Aeroporto, Montese, Couto Fernandes, Panamericano, Demócrito Rocha, Itaoca, Serrinha, Itaperi, Dendê, Parangaba e Vila Peri.

Regional 5 é composta por: Genibau, Conjunto Ceará, Granja Lisboa, Granja Portugal, Siqueira, Bom Jardim, Canidezinho, São José, Manoel Satiro, Conjunto Esperança, Santa Rosa, Presidente Vargas, Jardim Cearense, Maraponga, Modubim, Planalto Ayrton Senna e José Walter.

Regional 6 é composta por: Dias Macedo, Castelão, Cajazeiras, Mata Galinha, Barroso, Passaré, Parque Dois Irmãos, Jagurrusu, Conjunto Palmeiras, Ancuri, Pedras, Paupina, São Bento, Messejana, Coaçu, Guajerú, Curió, Lagoa Redonda, Sabiaguaba, José de Alencar, Cambeba, Parque de Iracema, Cidade dos Funcionários, Jardim das Oliveiras, Aerolandia, Alto da Balança, Parque Manibura, Edson Queiroz e Sapiranga.

4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.2.1 Perfil do Investidor

A maioria dos jovens da cidade de Fortaleza (CE) que investem no mercado financeiro, conforme o gráfico 2 tem o perfil moderado, isso demonstra que os jovens estão desmistificando o mercado financeiro e passando a arrisca mais em investimentos mais rentáveis.

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Gráfico 2 – Resultado

Fonte: Autoria Própia

Analisando o gráfico 3, observar-se que a grande maioria dos jovens, ou seja, 47% deles ainda tem uma experiência limitada, por isso os riscos tomadas por eles tendem a aumentar, visto que com o passar do tempo iram adquirir mais confiança e conhecimento em investimentos com a experiência adquirida ao longo dos anos.

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Gráfico 3 – Experiência no mercado financeiro

Fonte: Autoria Própia

4.2.1. De acordo com a regional

Logo abaixo o grafico do perfil dos investidores divididos por regionais da cidade de Fortaleza (CE).

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Gráfico 4 – Resultado por regional

Fonte: Autoria Própia

Como podemos ver os investidores moderados foram maioria em quase todas as regionais, tirando a regional 2 onde os investidores agressivos foram maioria e na regional 5 onde os conservadores foram maioria. Na regional 2 muitos dos bairros são de classe alta o que pode ter influenciado para um comportamento mais agressivo por parte do investidor, o mesmo fator ocorre de maneira inversa na regional 5 onde se há mais bairro que não possuem tanto poder de investimento.

4.2.1.1 De acordo com o gênero

A seguir se observar os gráficos de perfil do investidor para os homens e para as mulheres. O gráfico 5 mostra o resultado do perfil do inventidor apenas considerando as pessoas do sexo masculino, e o gráfico 6 mostra o resultado do perfil do investidor apenas considerando as pessoas do sexo feminino.

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Gráfico 5 – Resultado por gênero masculino

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 6 – Resultado por gênero feminino

Fonte: Autoria Própia

Como podemos observar que nos dois casos o perfil moderado foi maioria, porém podemos notar que a mulher tende a ser mais conservadora que o homem, possuindo quase 35% do seu total do perfil conservador e 25% do perfil agressivo, o homem teve a percentagem um pouco maior no perfil agressivo do que no perfil conservador.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho propôs como objetivo principal analisar o perfil dos jovens investidores de 20 a 24 anos da cidade de Fortaleza (CE). Com a revisão de literatura conseguiu se transmitir de forma clara e objetiva todas as informações necessárias para um total entendimento do objetivo central do texto.

A questão dos investidores abrange todo o entendimento sobre o mercado financeiro nacional, pois é de extrema importância que toda a sociedade possa ter conhecimento ao assunto já que o mesmo se refere ao funcionamento da economia brasileira. Espera-se também que com a crescente popularização dos investimentos, as pessoas possam quebras antigos paradigmas, e essa evolução no pensamento tende-se a refletir nos jovens de sua sociedade.

Após explicar a metodologia da pesquisa e a aplicação da mesma, constatou-se que os jovens de Fortaleza apesar da pouca experiência no mercado financeiro possuem uma cultura de investimento em crescimento. O objetivo da pesquisa foi concluído no fim da pesquisa e pode-se observar a maioria dos investidores possuem o perfil moderado que procuram maiores retornos mais sem correr grandes riscos como os de perfil agressivo. Nota-se também que por ainda serem jovens, muitos tendam a passa para o perfil agressivo com passar dos anos e o ganho de experiência.

Foi percebido também que nas áreas com menor renda o investidor tendeu-se para uma postura mais conservadora, assim como nas áreas com maior renda o investidor tendeu-se para uma postura mais agressiva. O gênero masculino também tendeu-se a ser mais agressivo que o gênero feminino.

REFERÊNCIAS

ANBIMA. Classificação ANBIMA de fundos. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2012.

ASSAF NETO. Alexandre. Mercado financeiro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Mercado de câmbio definições. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2012.

BM&FBOVESPA. Introdução ao mercado de capitais. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2012.

BRASIL. Investimentos. Disponível em: < >. Acesso em: 1 nov. 2012.

CAVALCANTE. Francisco; MISUMI. Jorge Yoshio; RUDGE. Luiz Fernando. Mercado de capitais: o que é, como funciona. 7. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

CERVO. Amado Luiz; BERVIAN. Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

FORTUNA. Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 15. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.

IBOPE. Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Radiografia do Investidor. Disponível em: . Acesso em: 24 set. 2012.

INFOMONEY. Glossário. Disponível em: . Acesso em: 1 nov. 2012.

MARCONI. Marina de Andrade; LAKATOS. Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MATIAS-PEREIRA. José. Manual de metodologia as pesquisa científica. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Atlas, 2012.

PINHEIRO. Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 4. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.

PORTAL DO INVESTIDOR. Estrutura e funcionamento. Disponível em: < >. Acesso em: 16 out. 2012a.

PORTAL DO INVESTIDOR. Fundos de investimento. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2012b.

PORTAL DO INVESTIDOR. Qual o melhor investimento para você. Disponível em: . Acesso em: 1 nov. 2012c.

UOL ECONOMIA. Perfil do Investidor. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2012.

XP INVESTIMENTOS. O que é um fundo de investimento. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2012.

Apêndice A – Gráficos das Respostas do Questionário

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Gráfico 7 – Renda

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 8 – Tempo da Aplicação

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 9 – Expectativa de Renda

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 10 – Reserva Financeira

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 11 – Economiza para Aposentadoria

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 12 – Filosofia de Investimento

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 13 – Disposição ao Risco

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 14 – Investimento em Ações

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 15 – Situação Hipotética 1

Fonte: Autoria Própia

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Gráfico 16 – Situação Hipotética 2

Fonte: Autoria Própia

Anexo A – Questionário

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FACULDADE 7 DE SETEMBRO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

ANÁLISE DO PERFIL DOS JOVENS DE 20 A 24 ANOS DA CIDADE DE FORTALEZA QUE INVESTEM NO MERCADO FINANCEIRO

1- Sexo

( ) Masculino

( ) Feminino

2- Idade: ________

3- Estado Civil: ________

4- Bairro: ________

5- Qual o valor que você planeja investir ou investe por mês?

( ) Abaixo de R$ 1.000,00.

( ) Entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00.

( ) Entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00.

( ) Acima de R$ 10.000,00.

( ) Não tenho planejamento.

6- Por quanto tempo pretende manter suas aplicações?

( ) Até 1 ano. ( ) Entre 1 e 3 anos.

( ) Entre 3 e 5 anos. ( ) Acima de 5 anos.

7- Como você descreveria sua expectativa de renda para os próximos 5 anos?

( ) Deve aumentar devido a promoção, mudança de emprego, etc.

( ) Inalterada.

( ) Deve diminuir devido a aposentadoria, etc.

8- Em caso de emergência, você possui reservas equivalentes a pelo menos 6 meses de

despesas mensais?

( ) Sim. ( ) Não.

9- Você economiza para a aposentadoria?

( ) Não.

( ) Sim, faço depósitos esporádicos em um fundo específico.

( ) Sim, contribuo para um plano de previdência da empresa em que trabalho.

( ) Sim, aplico regularmente em um investimento com essa finalidade.

10- Qual das afirmações abaixo melhor descreve sua filosofia de investimento?

( ) Preservação de capital: Não gosto de arriscar.

( ) Conservador: Posso tomar risco em até 10% do que tenho investido.

( ) Moderado: Posso tomar risco em até 20% do que tenho investido

( ) Arrojado: Posso tomar risco em até 30% do que tenho investido

( ) Agressivo: Prefiro investimentos mais agressivos porque invisto pensando no longo prazo,portanto, posso tomar risco na maior parte dos meus investimentos.

11- Como descreveria sua experiência no mercado financeiro, com instrumentos como fundo de renda fixa, fundos de ações, fundos mutimercados, ações, CDBs, etc.?

( ) Limitada: Tenho pouca experiência em aplicações financeiras, além de poupança e renda fixa.

( ) Moderada: Tenho alguma experiência em aplicações financeiras, sinto-me confortável

aplicando em fundos de investimentos e ações.

( ) Extensa: Tenho experiência e me sinto confortável em tomar minhas próprias decisões em relação aos diversos instrumentos disponíveis no mercado financeiro.

12- Você estaria disposto a aumentar o retorno de sua carteira por meio de aplicações mais

arriscadas, mesmo sabendo que poderá enfrentar períodos com retornos abaixo da meta de longo prazo e eventualmente algum fundo de sua carteira pode apresentar retornos negativos no curto prazo?

( ) Não, estou satisfeito com os retornos que venho obtendo e não aceitaria aumentar o risco.

( ) Estou disposto a assumir mais risco com uma parte dos meus recursos.

( ) Estou disposto a aumentar o risco da minha carteira como um todo com o objetivo de buscar retornos mais elevados no longo prazo?

13- Você aceitaria que parte das suas economias fosse investida em ações?

( ) Não.

( ) Aceitaria em até 10% da minha carteira de investimentos.

( ) Aceitaria em até 30% da minha carteira de investimentos.

( ) Não tenho limitações a esse tipo de risco, avalio as oportunidades caso a caso.

14- Numa situação hipotética, após 12 meses suas aplicações acumularam uma desvalorização de 10%. Como você reagiria?

( ) Não aconteceria comigo, pois jamais aceitaria um risco desses.

( ) Não faria nenhuma alteração na minha carteira, porque penso no longo prazo.

( ) Transferiria parte dos recursos para aplicações com menor nível de risco.

( ) Faria o resgate total da aplicação.

15- Assuma agora que passados mais 12 meses, sua aplicação acima tenha acumulado

desvalorização de 15%. Qual seria sua reação?

( ) Não aconteceria comigo, pois jamais aceitaria um risco desses.

( ) Não faria nenhuma alteração na minha carteira, porque penso no longo prazo.

( ) Transferiria parte dos recursos para aplicações com menor nível de risco.

( ) Faria o resgate total da aplicação

Fonte: UOL Economia, 2013, .

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