Olá Pessoal,



TEMAS PARA PROVAS DISCURSIVAS DE ECONOMIA

E DE FINANÇAS PÚBLICAS

Brasília, DF

2007

(Provão do MEC – 1999) - Plano Real, ao pretender controlar a inflação e fortalecer a moeda nacional, provocou também um desequilíbrio externo, expresso no deficit em conta de Transações Correntes do Balanço de Pagamentos. Discuta as causas desse desequilíbrio externo, destacando o papel do deficit público interno e da defasagem cambial no mesmo.

(Provão do MEC – 1999) - O conceito de elasticidade é um dos mais relevantes da Ciência Econômica. Apresente o conceito de elasticidade-preço da demanda e explique a sua importância para um empresário monopolista.

(Provão do MEC – 1999) - O mercado do bem X é de concorrência perfeita. Suponha que, inesperadamente, ocorra uma elevação exógena e permanente da demanda por X (um deslocamento para a direita da sua curva de demanda). Descreva o ajustamento desse mercado até um novo equilíbrio de longo prazo, comparando as situações inicial e final e explicitando, também, as conseqüências de curto prazo no que se refere a preços, quantidades de equilíbrio, lucros auferidos e número de empresas.

(Provão do MEC – 2000) - Tendo como “pano de fundo” o modelo IS-LM-BP com baixo grau de mobilidade de capital (curva BP quase vertical), suponha que o governo eleve significativamente os seus gastos. Descreva o ajustamento da economia, desde os efeitos imediatos da elevação dos gastos até uma nova situação de equilíbrio interno e externo nos regimes de taxa fixa e de taxa flexível de câmbio, explicando as razões do deslocamento de cada curva.

(Provão do MEC – 2001) - Para enfrentar a crise cambial de fins de 1998 e início de 1999, o Banco Central do Brasil, entre outras medidas, elevou drasticamente a alíquota do recolhimento compulsório incidente sobre os depósitos à vista nos bancos comerciais, e o país passou a adotar o regime de taxa flexível (flutuante) de câmbio. Ultrapassada a fase mais aguda da crise, o Banco Central, em diferentes momentos de 1999 e 2000, reduziu paulatinamente a alíquota do recolhimento compulsório. Tendo em mente o modelo IS-LM-BP, com baixa mobilidade de capital (BP quase vertical, como no gráfico abaixo), e partindo do equilíbrio representado pelo ponto A, explique o deslocamento de cada curva em resposta à redução da alíquota do recolhimento compulsório, até encontrar uma nova situação de equilíbrio interno e externo. Relacione tal ajustamento com os resultados macroeconômicos do Brasil no ano de 2000, referentes às variações do PIB e da taxa de juros.

(Provão do MEC – 2001) - Uma das mais conhecidas estruturas de mercado é a do monopólio. Explique duas situações que podem acarretar a formação de um monopólio.

(Provão do MEC – 2002) - Além de possuir uma grande dívida externa, o Brasil tem registrado, nos últimos anos, elevados deficits na conta de transações correntes do balanço de pagamentos. Por essas razões, elevações das taxas internacionais de juros são sempre recebidas com grande preocupação pelos economistas e analistas econômicos. Descreva as duas razões dessa preocupação, identificando as repercussões de eventuais elevações das taxas internacionais de juros sobre a conta corrente e sobre a conta de capital do balanço de pagamentos brasileiro.

(Provão do MEC – 2003) - Em 19 de fevereiro último, o Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros de 25,5% para 26,5% ao ano, e a alíquota do depósito compulsório dos bancos, de 45% para 60% do valor dos depósitos à vista. Justificando as medidas, o Ministro da Fazenda declarou que “como a inflação deu sinais de crescimento em janeiro, certamente essa questão esteve no centro da decisão”, como noticiaram os principais jornais do dia seguinte. A esse respeito,

a) caracterize o tipo e a natureza das medidas econômicas adotadas;

b) identifique claramente o objetivo das medidas;

c) avalie a possibilidade de elas atingirem o objetivo implícito na declaração;

d) enumere as conseqüências esperadas das medidas sobre os níveis de produção e emprego e sobre o saldo do balanço de pagamentos em suas contas corrente e de capital.

(Provão do MEC – 2003) - “O governo voltou a intervir no cálculo das tarifas públicas. Ontem, o Ministério de Minas e Energia anunciou a retirada do impacto da variação do dólar nos preços e impôs, por meio de um decreto, um percentual de aumento menor para os consumidores residenciais. (...) E foi por um decreto do governo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu ontem aumento menor para o consumidor de baixa tensão, como as residências, o comércio e pequenas indústrias. Os maiores índices são para os grandes consumidores, que recebem energia em alta tensão. É o início do fim do subsídio cruzado no setor.”

O Estado de São Paulo, SP, 9 abr. 2003.

Como sugere a reportagem, nos últimos anos, o segmento de distribuição de energia elétrica vinha praticando políticas distintas de reajuste de preços para os consumidores de baixa e alta tensão. Enquanto o primeiro grupo tinha as tarifas reajustadas pelo máximo autorizado pela agência reguladora, o segundo tinha índices menores de correção. Tomando este quadro como referência, indique

a) as características da estrutura de mercado, tais como grau de concentração e elasticidade da demanda, que permitem a discriminação de preços por parte das distribuidoras de energia elétrica;

b) o tipo (grau) dessa discriminação de preços e suas conseqüências sobre o excedente do consumidor e do produtor.

(ANPEC 1997) - Discuta a política cambial posta em prática desde o início do Plano Real, falando sobre sua lógica e seus possíveis efeitos sobre o balanço de pagamentos, o processo de estabilização e o crescimento da economia.

(ANPEC 1998) – Disserte sobre o seguinte tema: O sucesso do Plano Real na estabilização dos preços, quando comparado ao fracasso dos planos anteriores, explica-se mais pela diferença do contexto financeiro internacional do que pela inovação no tratamento dado à indexação.

(ANPEC 1998) – Disserte sobre o seguinte tema: O processo de privatização das empresas estatais empreendido nos anos 90 justifica-se, fundamentalmente, por sua contribuição ao ajuste fiscal do setor público brasileiro.

(ANPEC 1999) – Disserte sobre o seguinte tema: A política econômica implementada nos anos noventa, notadamente a partir de 1994, tende a manter as exportações industriais brasileiras concentradas em commodities (bens com elevada escala de produção, baixo valor agregado e intensivos em recursos naturais, insumos agrícolas e energia).

(ANPEC 2000) – Explique as principais características do Plano Real ressaltando as inovações deste Plano sobre os demais planos de estabilização das décadas de 1980 e 1990.

(ANPEC 2001) - Discorra sobre as causas da reversão dos resultados na balança comercial brasileira, de grandes superávits, no início dos anos 90 (século XX), para grandes déficits, na segunda metade da década.

(ANPEC 2001) – Disserte sobre o seguinte tema: Em vista dos fracassos experimentados nas tentativas de estabilização dos Planos Cruzado, Bresser, Verão e Collor, alguns economistas atribuíram ao diagnóstico inercialista o status de um “lamentável engano”. Tendo em conta o que efetivamente foi implementado em cada uma destas tentativas e o sucesso alcançado pelo Plano Real no que concerne ao controle da inflação, discuta os argumentos a favor e contra o diagnóstico inercialista da inflação brasileira.

(ANPEC 2002) – No final da década de 1980, a economia brasileira ingressou em fase de abertura ao exterior. De início, o processo foi tímido, quase velado, mas nos anos 90 a abertura tornou-se parte da estratégia de desenvolvimento oficial. Discuta os impactos da abertura sobre o setor produtivo da economia brasileira.

(ANPEC 2003) - Descreva e explique as mudanças observadas nas principais contas do balanço de pagamentos do Brasil ao longo dos anos 1990.

(VUNESP/BNDES/Economista/2002) - Suponha uma pequena economia aberta, com mobilidade perfeita de capitais, cuja oferta agregada seja infinitamente elástica ao nível geral de preços corrente e que esteja em equilíbrio num nível de renda aquém do produto potencial. Analise os efeitos de políticas monetária e fiscal expansivas sobre a economia nos casos de taxas de câmbio fixas e flutuantes. Descreva pormenorizadamente o ajustamento da economia nos quatro cenários alternativos.

(VUNESP/BNDES/Economista/2002) - Suponha uma economia aberta, pequena em relação ao comércio mundial, que produz a mercadoria M. Ao preço internacional de equilíbrio (P*m), a demanda doméstica por M é maior que a produção nacional, sendo a diferença coberta por importações. Utilizando um modelo de equilíbrio parcial, analise os efeitos da imposição de uma tarifa (t m ) sobre as importações de M, destacando os ganhos e perdas de cada agente econômico e o eventual benefício/perda para a sociedade como um todo.

(VUNESP/BNDES/Economista/2002) - Analise as causas do sucesso do Plano Real, implantado em 1994, ao reduzir substancialmente a taxa de inflação brasileira, destacando o papel representado pelos vários instrumentos de política econômica utilizados na arquitetura do plano e os efeitos negativos de alguns deles no comportamento da balança comercial brasileira.

(Eletrobrás) - Qual a relação que existe entre maximização de lucros e economias de escala?

(Eletrobrás) - Defina e diferencie os conceitos de déficit nominal, déficit operacional e déficit primário real público.

(ESAF/Técnico de Pesquisa e Planejamento do IPEA/2004) - sugeriram-se os seguintes temas para a prova discursiva:

1 – Política Cambial Brasileira Recente: Impactos Macroeconômicos;

2 – Processo de Privatização no Brasil;

3 – Retomada do Crescimento e Geração de Emprego;

4 – Novo Padrão Demográfico Brasileiro;

5 – Transformações Recentes no Mercado de Trabalho Brasileiro;

6 – Políticas Sociais no Brasil: Focalização versus Universalização;

7 - Políticas Sociais no Brasil: Democratização e Participação Social;

8 - Políticas Sociais no Brasil:Desigualdade e Pobreza;

9 – Meio Ambiente e Políticas de Crescimento Econômico.

(NCE/Economista/Ministério das Cidades/2005) – A partir de 1 de julho de 1994, foi introduzida a nova moeda brasileira, o Real, cuja paridade inicial foi fixada em R$ 1 = US$ 1.

a) Descreva a evolução da taxa de câmbio real (real por dólar) de julho de 1994 até o início da década de 2000.

b) Comente o impacto da evolução da taxa de câmbio real no período acima sobre as contas externas do Brasil.

(BNDES/ECONOMIA/2002) - Suponha uma pequena economia aberta, com mobilidade perfeita de capitais, cuja oferta agregada seja infinitamente elástica ao nível geral de preços corrente e que esteja em equilíbrio num nível de renda aquém do produto potencial. Analise os efeitos de políticas monetária e fiscal expansivas sobre a economia nos casos de taxas de câmbio fixas e flutuantes. Descreva pormenorizadamente o ajustamento da economia nos quatro cenários alternativos.

(BNDES/ECONOMIA/2002) -Suponha uma economia aberta, pequena em relação ao comércio mundial, que produz a mercadoria M. Ao preço internacional de equilíbrio (P*m), a demanda doméstica por M é maior que a produção nacional, sendo a diferença coberta por importações. Utilizando um modelo de equilíbrio parcial, analise os efeitos da imposição de uma tarifa (tm) sobre as importações de M, destacando os ganhos e perdas de cada agente econômico e o eventual benefício/perda para a sociedade como um todo.

(BNDES/ECONOMIA/2002) - Analise os itens a seguir:

a) a estrutura do sistema tributário brasileiro após a Constituição Federal de 1988 (CF/88), destacando os impostos de competência das três esferas do Governo (federal, estadual e municipal);

b) as contribuições sobre a seguridade social cobradas no Brasil após a CF/88 e estabeleça, se houver, correlação entre a sistemática de incidência das mesmas e a competitividade da indústria brasileira no cenário internacional;

c) a evolução da carga tributária no Brasil (arrecadação de impostos e contribuições/ PIB) desde a implantação do Plano Real.

(BNDES/ECONOMIA/2002) - Analise as causas do sucesso do Plano Real, implantado em 1994, ao reduzir substancialmente a taxa de inflação brasileira, destacando o papel representado pelos vários instrumentos de política econômica utilizados na arquitetura do plano e os efeitos negativos de alguns deles no comportamento da balança comercial brasileira.

(BNDES/ECONOMIA/2002) - Comente a implicação, para a gestão da liquidez em um banco, de uma situação consistente na manutenção de uma significativa exposição vendida em contratos futuros de dólar na BM&F, para “hedgear” uma posição física em seu ativo, caracterizada por uma carteira de operações financeiras com correção cambial, com vencimento de longo prazo, presente um ambiente macroeconômico de estrangulamento das reservas internacionais do país.

(CESPE-UnB/Consultor do Senado/área 12: Economia – Política Econômica/2002) - Há um amplo debate em relação à gestão da política monetária, embasado na dicotomia regras versus ativismo. No entanto, essa dicotomia é uma simplificação exagerada e não representa a realidade que os bancos centrais enfrentam. Na prática, não existe uma regra absoluta que possa guiar a política monetária. Todos os regimes monetários são, em maior ou menor grau, sujeitos a algum tipo de ativismo. O ativismo pode ser guiado pelas preferências dos gestores do Banco Central ou fruto das mudanças no contexto político-eleitoral. Alternativamente, a intervenção na política monetária pode ocorrer dentro de um arcabouço institucional bem definido, em que os objetivos gerais e as táticas dos gestores — embora não suas ações — sejam estabelecidos a priori. Há evidência clara de que o sistema de metas inflacionárias gera esse arcabouço, permitindo a existência de um “ativismo restringido”. Ao impor uma estrutura conceitual e uma disciplina intrínseca ao Banco Central, sem eliminar totalmente a flexibilidade de sua ação, o sistema de metas inflacionárias combina as vantagens tradicionais atribuídas ao sistema de regras com as vantagens do ativismo na política monetária.

Ben S. Benanke et al. Inflation targeting. Princeton: Princeton University Press, 1999 (traduzido e adaptado).

Com base no texto apresentado acima, elabore um parecer, fundamentado nos princípios conceituais e legais pertinentes, que contemple, justificadamente, da forma mais completa possível, os tópicos seguintes.

• O texto acima apresenta, de forma adequada, o debate recente sobre a gestão da política monetária?

• Quais são os limites e possibilidades da gestão da política monetária com base no sistema de metas inflacionárias?

• Que contribuição o Poder Legislativo poderia trazer para o estabelecimento e a manutenção do sistema de “ativismo restringido” conforme mencionado acima?

• Descreva, de forma clara e sucinta, o sistema de gestão da política monetária no Brasil. Até que ponto há semelhança entre ele e o sistema de metas inflacionárias como descrito no texto acima?

• Caracterize os principais aspectos e avalie a gestão da política monetária no Brasil ao longo dos últimos três anos.

• Mudanças ou aperfeiçoamentos poderiam ser feitos? Em caso afirmativo, quais?

(extensão: mínima de 70 e máxima de 90 linhas)

(CESPE-UnB/Consultor do Senado/área 10: Economia – Desenvolvimento Regional/2002) - No período de globalização, a velocidade com que os pedaços do território são valorizados e desvalorizados, determinando mudanças de usos, é temerária. Para produzir modernamente, indústrias convocam outros atores a participar de suas ações hegemônicas, levados, desse modo, a agir segundo uma lógica subordinada à da firma global. No plano da produção, conflitos eliminam-se e a modernidade instala-se à custa das empresas tributárias. Mas o conflito não pode ser suprimido da história do território. Nos lugares escolhidos, o resto dos objetos, o resto das ações, e, enfim, o resto do espaço, tudo isso é, assim, chamado a colaborar na instalação da nova empresa; e tudo é permeado por um discurso eficaz sobre o desenvolvimento, a criação de empregos diretos e indiretos, as indústrias complementares, a exportação. Nada se fala sobre a robotização, a drenagem dos cofres públicos para o subsídio das atividades, a monofuncionalidade dos portos e de outras infra-estruturas, os royalties e o aumento da dívida externa, a importação de insumos. E o território passa a ser organizado e usado com a lógica exclusiva dessa produção, ou melhor, dessa possibilidade de produção, pois, em muitos casos, não há ainda a implantação das indústrias. Desse modo, e em função da política territorial de uma empresa e da promessa de objetos modernos que chegarão, os lugares entram em guerra.

M. Santos e M. L. Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 112 (com adaptações).

Com base no texto acima, de caráter unicamente motivador, redija um parecer, fundamentado nos princípios conceituais e legais pertinentes, que responda justificadamente, da forma mais completa possível, aos seguintes questionamentos.

• Do ponto de vista conceitual, como tem sido caracterizado o impacto da globalização sobre a valorização do território de um país? Quais são as principais hipóteses com relação a esse impacto?

• A guerra entre lugares é, necessariamente, prejudicial para o país?

• A guerra entre lugares pode ser considerada um fenômeno importante no processo recente de reorganização produtiva do território brasileiro? Cite pelo menos dois exemplos que ilustrem sua resposta.

• De maneira geral, quais são os principais instrumentos tributários e não-tributários utilizados na guerra entre lugares? Quais deles têm sido utilizados no caso brasileiro?

• Que alterações de caráter legal-normativo poderiam ser propostas para coibir ou controlar a guerra entre lugares? Há perspectiva de que algumas dessas medidas sejam implementadas?

(extensão: mínima de 70 e máxima de 90 linhas)

(CESPE-UnB/Consultor do Senado/área 9: Economia – Agricultura/2002) - Foi encaminhado ao Congresso Nacional o projeto de Lei Complementar n.º 167/2000, que propõe substituir o Estatuto da Terra e no qual constam os seguintes artigos:

Art. 35. São insuscetíveis de desapropriação social, para fins de reforma agrária, a propriedade produtiva e a pequena e a média propriedade, desde que seu proprietário não possua outra.

§ 1.º Pequena propriedade é o imóvel rural cuja área total seja igual ou inferior a 30 hectares, exceto aqueles localizados no Polígono das Secas, no Pantanal ou na Amazônia, cuja área pode atingir 100 hectares.

§ 2.º Média propriedade é o imóvel rural cuja área atinge, no máximo, cinco vezes a área da pequena propriedade.

Art. 36. Propriedade produtiva é aquela explorada de forma racional e adequada, segundo critérios técnicos, econômicos e ecológicos que busquem eficiência agronômica e garantia de renda familiar.

§ 1.º O caráter produtivo da propriedade será estabelecido com base em índices de produtividade definidos pela pesquisa agronômica, considerando os níveis de tecnologia utilizados na produção, conforme regulamento específico.

§ 2.º O caráter produtivo da propriedade será estabelecido com base em análise dos últimos três anos agrícolas, considerados normais quanto aos fatores climáticos.

§ 3.º É considerado produtivo o imóvel rural sujeito a projeto técnico-agropecuário elaborado por profissional habilitado, desde que assegurado o cumprimento de cronograma registrado no órgão competente, incluída a recuperação de áreas de pastagens e culturas permanentes.

Redija um parecer que discuta, do ponto de vista econômico da agricultura, os artigos acima transcritos e que contemple, justificadamente, da forma mais completa possível, os seguintes tópicos.

• O módulo rural onera a reforma agrária devido ao tamanho mínimo dos lotes?

• O módulo fiscal descartou o uso do conceito de módulo rural?

• A terra é o componente mais caro dos assentamentos?

• A propriedade da terra continua sendo uma possibilidade de progresso individual?

• É a tecnologia ou o tamanho da propriedade que determina os níveis de rentabilidade e eficiência?

• As matas em propriedades particulares são consideradas improdutivas?

(extensão: mínima de 70 e máxima de 90 linhas)

(CESPE-UnB/Consultor do Senado/área 11: Economia – Minas e Energia/2002) - Um senador, membro da Comissão de Serviços de Infra-estrutura, deseja fazer um discurso no plenário do Senado, em março de 2002, analisando a atual situação energética do Brasil. Esse senador solicitou ao órgão competente a preparação de um parecer que desse embasamento a seu discurso. Em face da situação apresentada, redija o parecer solicitado, abordando, necessariamente, os seguintes tópicos, além de outros que julgar relevantes:

• as decisões político-econômico-administrativas (ou sua falta) que elevaram a taxa de exposição do Brasil ao risco de racionamento de energia elétrica;

• o comportamento, nos últimos anos, do nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas nas diversas regiões brasileiras, que apresentam regimes hidrológicos diferentes;

• as razões de esses reservatórios não se terem compensado mutuamente nos últimos anos;

• a meta do governo de elevar a participação do gás natural na matriz energética brasileira para atingir 10% dessa matriz em 2010;

• o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) e a influência da localização das usinas a gás natural na expansão da malha brasileira de gasodutos.

(extensão: mínima de 70 e máxima de 90 linhas)

(CESPE-UnB/Consultor do Senado/área 13: Economia – Sistema Financeira e Dívida Pública/2002) - Com o objetivo de aperfeiçoar a sua atuação em face da legislação que versa a respeito da responsabilidade fiscal, o Banco Central do Brasil (BACEN) propôs ao Senado Federal, pela via competente, as medidas que se seguem.

1 Revogação dos §§ 2.º e 3.º do art. 164 da Constituição da República, visando desconstitucionalizar, respectivamente, o permissivo para que sejam utilizados títulos do Tesouro Nacional com o intuito de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros e a determinação para que as disponibilidades da União sejam depositadas no BACEN.

2 Revogação do art. 34 da Lei de Responsabilidade Fiscal, resgatando a faculdade de a autoridade monetária emitir títulos próprios para o exercício da política monetária, incorporando a creditícia e a cambial, com a inclusão de dispositivos que obriguem o Poder Executivo a informar o custo estimado da execução da programação monetária sugerida, independentemente dos indicadores de desempenho escolhidos para aferir os resultados da política monetária.

3 Regulamentação do art. 192 da Constituição da República, mediante lei complementar:

3.1 facultando ao Poder Legislativo alterar a programação monetária proposta, explicitando a responsabilidade do Congresso Nacional em compatibilizar e orientar, grosso modo, os objetivos perseguidos pela política econômica por intermédio das políticas fiscal e monetária com os custos estimados;

3.2 concedendo mandato, com termos prefixados, à diretoria do BACEN para conferir estabilidade ao projeto monetário e, por conseguinte, maior estabilidade aos mercados financeiros;

3.3 retirando a possibilidade de decisão ad referendum do ministro da Fazenda e conferindo poder de veto ao presidente do BACEN, no âmbito do CMN, como forma de contrabalançar a superioridade numérica do viés fiscal e coibir a prevalência da política fiscal, em detrimento da política monetária e em prol da transparência da relação institucional entre essas políticas e da responsabilização dos agentes públicos.

A fim de subsidiar a atuação legislativa de determinado senador, elabore um parecer que aborde cada um dos itens e subitens acima listados.

(extensão: mínima de 70 e máxima de 90 linhas)

(CESPE-UnB/Economista/PRODEPA/2004) - De acordo com a teoria keynesiana tradicional, no curto prazo, uma política monetária expansionista poderia estimular o nível da atividade econômica. Considerando essa assertiva, e baseando-se na teoria da neutralidade monetária, redija um texto dissertativo que explique, da forma mais completa possível, porque, no longo prazo, tal política não seria sustentável.

(NCE-UFRJ/Economista do Ministério das Cidades/2005)

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(NCE-UFRJ/Economista do Ministério das Cidades/2005)

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(ANPEC 1999) - Disserte sobre duas das questões abaixo. Diga, em cada caso, se concorda ou não com a afirmativa e justifique sua posição.

1. A política de defesa do café, relativamente eficiente no primeiro quartel do século, havia conduzido a economia cafeeira a uma situação extremamente vulnerável por época da eclosão da crise mundial de 1929.

2. A fase que se estende do final da Segunda Guerra Mundial até meados dos anos cinqüenta, exceto quanto aos efeitos da Guerra da Coréia, tem pouca importância em relação ao desenvolvimento industrial do país.

3. A disponibilidade de crédito internacional foi um dos fatores fundamentais que viabilizaram as elevadas taxas de crescimento observadas na economia brasileira na segunda metade da década de setenta.

4. A transferência de recursos reais ao exterior, no período que vai da eclosão da crise da dívida externa em 1982 ao início dos anos noventa, impediu a retomada sustentada do crescimento econômico brasileiro no referido período.

5. A política econômica implementada nos anos noventa, notadamente a partir de 1994, tende a manter as exportações industriais brasileiras concentradas em commodities (bens com elevada escala de produção, baixo valor agregado e intensivos em recursos naturais, insumos agrícolas e energia).

(ANPEC 2000) - Discorra, criticamente, sobre apenas duas das assertivas abaixo. Justifique o seu ponto de vista.

1. Descreva a política cambial adotada durante a República Velha e as razões do seu sucesso ou fracasso.

2. Indique quais foram os objetivos do Plano de Metas, os instrumentos utilizados e a estratégia adotada pelo Plano para a consecução de seus objetivos

3. A crise do petróleo deflagrada em 1973 gerou profundo desequilíbrio na balança comercial brasileira. Discuta as principais medidas adotadas pelo governo para enfrentar aquela crise.

4. Discuta os efeitos da crise do endividamento externo de 1982 sobre a economia brasileira e faça uma análise crítica da postura do governo diante daquela crise.

5. Explique as principais características do Plano Real ressaltando as inovações deste Plano sobre os demais planos de estabilização das décadas de 1980 e 1990.

(ANPEC 2001) - Escolha e responda a apenas uma das questões a seguir. A sua resposta não poderá exceder a duas páginas.

① Você diria que durante a Primeira República a política econômica do Governo Federal foi invariavelmente conduzida de modo a favorecer os interesses corporativos da agricultura? Ilustre sua resposta com referência às políticas cambial e de valorização do café.

② Explique o que você entende por sistema monetário do padrão-ouro e explicite as dificuldades dos países periféricos para seguir suas regras. Que condições favoreceram o estabelecimento de uma Caixa de Conversão no Brasil no início do século? Que razões determinaram seu fechamento?

③ Qual a posição defendida por Langoni quanto às causas do aumento da concentração de renda havido durante os anos 60? Quais as principais críticas dirigidas ao seu trabalho?

④ Discorra sobre as causas da reversão dos resultados na balança comercial brasileira, de grandes superávits, no início dos anos 90 (século XX), para grandes déficits, na segunda metade da década.

⑤ Em vista dos fracassos experimentados nas tentativas de estabilização dos Planos Cruzado, Bresser, Verão e Collor, alguns economistas atribuíram ao diagnóstico inercialista o status de um “lamentável engano”. Tendo em conta o que efetivamente foi implementado em cada uma destas tentativas e o sucesso alcançado pelo Plano Real no que concerne ao controle da inflação, discuta os argumentos a favor e contra o diagnóstico inercialista da inflação brasileira.

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