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Revisional Literatura 2° ano Raiane 2° bimestre1. (Uel 2017) Leia o texto a seguir.No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos n?o falando. Se o incitavam a falar, exclamava: – Ai que pregui?a!... e n?o dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da m?e estava por debaixo do ber?o, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Ent?o adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar.Adaptado de: ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 7.Enquanto produ??o cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo brasileiro.Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a presen?a da temática indígena no movimento, tendo por modelo o romance de Mário de Andrade. a) A utiliza??o da temática indígena configurava um projeto nacional de busca dos valores nativos para a forma??o da identidade brasileira, na época. b) Como herói indígena, Macunaíma difere das representa??es rom?nticas, já que ele figura como um anti-herói, um personagem de a??es valorosas, mas também vis. c) Macunaíma se insere no racismo corrente no início do século XX, que via uma animalidade no indígena, considerado coisa, e n?o gente. d) O indígena foi considerado pelos modernistas como único representante da identidade brasileira, pois sua cultura era vista como pura e sem interferência de outros povos. e) O trecho reafirma a característica histórico-antropológica do patriarcado brasileiro, que compreendia o indígena como um incivilizado puro e ingênuo. 2. (Unisc 2017) Leia atentamente o trecho de Macunaíma, de Mário de Andrade.No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi t?o grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma crian?a feia. Essa crian?a é que chamaram de Macunaíma.Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos n?o falando. Si o incitavam a falar exclamava:– Ai! que pregui?a!...e n?o dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na for?a de homem. O divertimento dele era decepar cabe?a de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guaimuns diz-que habitando a água-doce por lá. No mucambo si alguma cunhat? se aproximava dele pra fazer festinha. Macunaíma punha a m?o nas gra?as dela, cunhat? se afastava. Nos machos guspia na cara. Porém respeitava os velhos e frequentava com aplica??o a murua a poracê o torê o bacoroc? a cucuicogue, todas essas dan?as religiosas da tribo.(ANDRADE, Mano de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987. p. 9)A partir da interpreta??o do trecho acima, assinale a alternativa correta. a) Macunaíma é um típico herói idealizado do Romantismo. b) Observa-se, no trecho acima, que o comportamento da personagem está em sintonia com o ambiente em que vive, sendo, por esse motivo, um romance típico do Naturalismo. c) O trecho apresenta a inova??o em termos de linguagem que caracteriza as obras literárias da primeira gera??o do Modernismo. d) O texto apresenta as características que marcam o regionalismo crítico da prosa da segunda gera??o do Modernismo. e) O aprofundamento psicológico da personagem permite afirmar que se trata de um romance da terceira gera??o do Modernismo brasileiro. TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: Os modernistas produziram manifestos e profiss?es de fé, fundaram revistas, formaram grupos, mesmo depois de estarem evidentes as diferen?as dentro do grande grupo inicial. Os escritores de 30 n?o produziram um único manifesto estético. (...) Para entender essas diferen?as pode ser útil voltar um pouco a algo apenas esbo?ado acima: aquela diferen?a entre as gera??es formadas antes e depois da Primeira Guerra, articulada à din?mica do funcionamento dos projetos de vanguarda. (...) O modernismo nasceu em S?o Paulo e n?o há quem deixe de apontar o quanto do desenvolvimento industrial da cidade alimentou a esperan?a de que a moderniza??o do país, quando generalizada, poderia até mesmo tirar da marginalidade as massas miseráveis.BUENO, Luís. Uma história do Romance de 30. S?o Paulo: Edusp. Campinas: Editora da Unicamp, 2006, p. 66-67. 3. (Puccamp 2017) Assinale a alternativa que identifica uma das vertentes do movimento cultural a que o texto de Luís Bueno se refere. O objetivo era a) buscar as formas de express?o artístico-culturais prevalecentes até o período e fortemente baseadas em elementos estéticos da cultura europeia que se adequava à realidade brasileira. b) projetar no mundo artístico europeu as manifesta??es da arte e da literatura moderna brasileira, desencadeadas pelo regionalismo nordestino que defendia os valores tradicionais do país. c) renovar as formas de express?o artística e literária por meio da contesta??o dos velhos padr?es estéticos europeus e defender a introdu??o de modelos norte-americanos nas artes brasileiras. d) valorizar as estruturas mentais tradicionais que favoreciam a cria??o artística de caráter nacional, defender o realismo e o naturalismo contra as velhas tendências artísticas do romantismo. e) romper as amarras formais que impediam a livre manifesta??o cultural, criticar a submiss?o às correntes culturais europeias e às desgastadas fórmulas artísticas ent?o em moda. 4. (Espcex (Aman) 2016) Leia o trecho do conto O Peru de Natal e responda.“O nosso primeiro Natal em família, depois da morte de meu pai, acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre f?ramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econ?micas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma esta??o de águas, aquisi??o de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres.Morreu meu pai sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que n?o podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obriga??o de uma lembran?a dolorosa em cada almo?o, em cada gesto da família... A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto.Foi decerto por isso que me nasceu, esta sim, espontaneamente, a ideia de fazer uma das minhas chamadas “loucuras”. Essa fora, aliás, e desde muito cedo, a minha esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava regularmente uma reprova??o todos os anos; desde o beijo às escondidas, numa prima, aos dez anos...eu consegui no reformatório do lar e vasta parentagem, a fama conciliatória de “louco”. “? doido coitado!” (…)Foi lembrando isso que arrebentei com uma das minhas “loucuras”:– Bom, no Natal, quero comer peru.Houve um desses espantos que ninguém n?o imagina.”Nesse fragmento, o universo ficcional constitui a) o ponto de vista externo do narrador, que valoriza a célula dramática das novelas rom?nticas. b) característica da primeira gera??o modernista, que repudiava o conservadorismo. c) a temática da prosa de costumes, enaltecendo a primeira gera??o rom?ntica. d) uma temática nacionalista ao exaltar o conservadorismo. e) a valoriza??o do sistema patriarcal. 5. (Unicamp 2016) Pobre alimáriaO cavalo e a carro?aEstavam atravancados no trilhoE como o motorneiro se impacientassePorque levava os advogados para os escritóriosDesatravancaram o veículoE o animal disparouMas o lesto carroceiroTrepou na boleiaE castigou o fugitivo atreladoCom um grandioso chicote(Oswald de Andrade, Pau Brasil. S?o Paulo: Globo, 2003, p.159.)A imagem e o poema revelam a din?mica do espa?o na cidade de S?o Paulo na primeira metade do século XX.Qual alternativa abaixo formula corretamente essa din?mica? a) Trata-se da ascens?o de um moderno mundo urbano, onde coexistiam harmonicamente diferentes temporalidades, fun??es urbanas, sistemas técnicos e formas de trabalho, viabilizando-se, desse modo, a coes?o entre o espa?o da cidade e o tecido social. b) Trata-se de um espa?o agrário e acomodado, num período em que a urbaniza??o n?o tinha se estabelecido, mas que abrigava em seu interstício alguns vetores da moderniza??o industrial. c) Trata-se de um espa?o onde coexistiam distintas temporalidades: uma atrelada ao ritmo lento de um passado agrário e, outra, atrelada ao ritmo acelerado que caracteriza a modernidade urbana. d) Trata-se de uma paisagem urbana e uma divis?o do trabalho típicas do período colonial, pois a metropoliza??o é um processo desencadeado a partir da segunda metade do século XX. 6. (Enem 2? aplica??o 2016) Poema tirado de uma notícia de jornalJo?o Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babil?nia num barrac?o sem número.Uma noite ele chegou no bar Vinte de NovembroBebeuCantouDan?ouDepois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignifica??o de elementos da fun??o referencial da linguagem pela a) atribui??o de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal. b) utiliza??o de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico. c) indica??o de nomes de lugares como garantia da veracidade da cena narrada. d) enumera??o de a??es, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto. e) apresenta??o de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê. 7. (Enem 2? aplica??o 2016) O bonde abre a viagem,No banco ninguém,Estou só, stou sem.Depois sobe um homem,No banco sentou,Companheiro vou.O bonde está cheio,De novo porémN?o sou mais ninguém.ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Vila Rica, 1993.O desenvolvimento das grandes cidades e a consequente concentra??o populacional nos centros urbanos geraram mudan?as importantes no comportamento dos indivíduos em sociedade. No poema de Mário de Andrade, publicado na década de 1940, a vida na metrópole aparece representada pela contraposi??o entre a) a solid?o e a multid?o. b) a carência e a satisfa??o. c) a mobilidade e a lentid?o. d) a amizade e a indiferen?a. e) a mudan?a e a estagna??o. 8. (Imed 2016) Leia o texto abaixo, de Oswald de Andrade:PRONOMINAISDê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Na??o BrasileiraDizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.Analise as assertivas abaixo a partir do texto:I. O poema Pronominais foi escrito em um período em que a literatura brasileira discutia aspectos da língua como elemento caracterizador da identidade nacional.II. O poema exp?e a ironia de Oswald de Andrade às disparidades sociais e demonstra sua preocupa??o social com os marginalizados.III. Assim como Oswald de Andrade, Mário de Andrade apresentou em suas produ??es a sua preocupa??o com uma língua escrita mais próxima da fala, uma das principais características da primeira fase Modernista.Quais est?o corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: PoéticaEstou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifesta??es de [apre?o ao sr. diretor. Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universaisTodas as constru??es sobretudo as sintaxes de exce??o Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo De resto n?o é lirismo Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com cem modelos de [cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare — N?o quero mais saber do lirismo que n?o é liberta??o. (Manuel Bandeira, in: Libertinagem) 9. (Espm 2016) Pode-se asseverar que os tipos humanos citados (“loucos”, “bêbados”, “clowns”) possuem o seguinte denominador comum: a) representam os segmentos sociais mais perseguidos na época, e isso fazia com que o “eu” poético se manifestasse a favor deles. b) simbolizam os poetas marginais da época, e isso fazia com que houvesse uma identifica??o entre “eu” lírico e os citados. c) pertencem, de uma ou outra maneira, a uma classe social inferior, menosprezada e discriminada e, por isso, o “eu” poético quer ser solidário a eles. d) desempenham papeis de transgressores, daqueles que quebram as “regras sociais” e/ou a seriedade da vida, daí o “eu” poético identificar-se com essas figuras. e) defendem, de certa maneira, ideologias incompatíveis com qualquer sociedade humana, daí o “eu” lírico simpatizar com eles. 10. (Ufu 2015) O último poema Manuel Bandeira Assim eu queria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um solu?o sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paix?o dos suicidas que se matam sem explica??o. BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 223. De acordo com o poema acima, assinale a alternativa correta. a) Neste poema de versos regulares, o eu lírico emprega o metadiscurso, debru?ando-se sobre seu próprio fazer poético. b) Neste poema de versos livres, o eu poético lan?a m?o da metalinguagem para refletir sobre o seu próprio processo criativo. c) Neste poema de versos brancos, o eu lírico, pelo processo metalinguístico, compara a poesia ao suicídio. d) Neste poema de versos rimados, o eu lírico, pelo processo da metapoesia, compara o fazer poético ao diamante. TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: Irene no CéuIrene pretaIrene boaIrene sempre de bom humor.Imagino Irene entrando no céu:— Licen?a meu branco!E S?o Pedro bonach?o:— Entra, Irene. Você n?o precisa pedir licen?a.(Manuel Bandeira)NEGRAA negra para tudoa negra para todosa negra para capinar plantarregarcolher carregar empilhar no paiolensacarlavar passar remendar costurarcozinhar rachar lenhalimpar a bunda dos nhozinhostrepar.A negra para tudonada que n?o seja tudo tudo tudoaté o minuto de(único trabalho para seu proveitoexclusivo)morrer.(Carlos Drummond de Andrade)Essa Negra Ful?Ora, se deu que chegou(isso já faz muito tempo)no bangüê dum meu av?uma negra bonitinha,chamada negra Ful?.Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!? Ful?! ? Ful?!(Era a fala da Sinhá)— Vai forrar a minha cama,pentear os meus cabelos,vem ajudar a tirara minha roupa, Ful?!Essa negra Ful?!Essa negrinha Ful?ficou logo pra mucama,pra vigiar a Sinhápra engomar pro Sinh?!Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!? Ful?! ? Ful?!(Era a fala da Sinhá)vem me ajudar, ó Ful?,vem abanar o meu corpoque eu estou suada, Ful?!vem co?ar minha coceira,vem me catar cafuné,vem balan?ar minha rede,vem me contar uma história,que eu estou com sono, Ful?!Essa negra Ful?!“Era um dia uma princesaque vivia num casteloque possuía um vestidocom os peixinhos do mar.Entrou na perna dum patosaiu na perna dum pintoo Rei-Sinh? me mandouque vos contasse mais cinco.”Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!? Ful?? ? Ful??Vai botar para dormiresses meninos, Ful?![Essa Negra Ful? – continua??o]“Minha m?e me penteouminha madrasta me enterroupelos figos da figueiraque o Sabiá beliscou.”Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!? Ful?? ? Ful??(Era a fala da SinháChamando a negra Ful?.)Cadê meu frasco de cheiroQue teu Sinh? me mandou?— Ah! Foi você que roubou!Ah! Foi você que roubou!O Sinh? foi ver a negralevar couro do feitor.A negra tirou a roupa.O Sinh? disse: Ful?!(A vista se escureceuque nem a negra Ful?.)Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!? Ful?! ? Ful?!Cadê meu len?o de rendas,Cadê meu cinto, meu broche,Cadê o meu ter?o de ouroque teu Sinh? me mandou?Ah! foi você que roubou.Ah! foi você que roubou.Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!O Sinh? foi a?oitarsozinho a negra Ful?.A negra tirou a saiae tirou o cabe??o,de dentro pulounuinha a negra Ful?.Essa negra Ful?!Essa negra Ful?!? Ful?! ? Ful?!Cadê, cadê teu Sinh?que Nosso Senhor me mandou?Ah! Foi você que roubou,foi você, negra ful??Essa negra Ful?!(Jorge de Lima) 11. (Upe 2015) Nos três poemas mencionados anteriormente, há um tema em comum, a situa??o étnica do negro no Brasil, embora a abordagem n?o seja a mesma. a) Em Essa Negra Ful?, o uso de express?es próprias da linguagem erudita comprova a origem humilde de Jorge de Lima. Nascido em Alagoas, possui um nível baixo de escolaridade, aspecto inerente à produ??o poética do autor. b) A linguagem utilizada nos poemas reflete a situa??o de submiss?o imposta aos africanos que viveram aqui no Brasil. Além disso, nos três poemas, o eu poético trata, especialmente, da imagem da mulher negra, ou como escrava, ou em decorrência da situa??o em que viveu no passado. c) A sensualidade da mulher é o tema de NEGRA, de Drummond, expresso de modo objetivo, claro e contundente no último verso da primeira estrofe, quando o poeta usa o verbo “trepar” no sentido denotativo. d) Em Irene no céu, há um tom carinhoso e meigo, quando o eu poético analisa o comportamento de Irene e a coloca em um bom lugar após a morte. Mesmo assim, a concep??o de submiss?o e de irreverência se revela quando S?o Pedro ordena a Irene: “Entra, Irene, / você n?o precisa pedir licen?a”. e) Há, nos três poemas produzidos por poetas brancos, certo desprezo pelos negros, percebido na linguagem utilizada pelo eu poético de cada um deles e na falta de confian?a das sinhás em rela??o às suas mucamas. 12. (Pucrs 2014) Leia o poema “Elegia de agosto”, de Manuel Bandeira.A na??o elegeu-o seu PresidenteCerto de que jamais ele a decepcionaria.De fato,Durante seis meses,O eleito governou com honestidade,Com desvelo,Com bravura.Mas um dia,De repente,Lhe deu a loucaE ele renunciou.Renunciou sem ouvir ninguém.Renunciou sacrificando o seu país e os seus amigos.Renunciou carismaticamente, falando nos pobres ehumildes que é t?o difícil ajudar.Explicou: “N?o nasci presidente.Nasci com a minha consciência.Quero ficar em paz com a minha consciência.”Agora vai viajar.Vai viajar longamente no exterior.Está em paz com a sua consciência.Ouviram bem?EST? EM PAZ COM A SUA CONSCI?NCIAE que se danem os pobres e humildes que é t?o difícil base no poema, afirma-se:I. Os versos abordam uma temática prosaica, de aparente simplicidade, muito presente na totalidade da obra de Manuel Bandeira.II. Uma certa melancolia, associada ao sentimento de conformismo diante da realidade, é perceptível ao longo do poema.III. O poema apresenta um tra?o narrativo, trazendo, inclusive, uma fala registrada em discurso direto.IV. As marcas de oralidade e a presen?a de adjetivos evidenciam o lirismo exacerbado que caracteriza o sentimento de mundo do poeta.A(s) afirmativa(s) correta(s) é/s?o a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 13. (Enem 2014) Camel?sAben?oado seja o camel? dos brinquedos de tost?o:O que vende bal?ezinhos de corO macaquinho que trepa no coqueiroO cachorrinho que bate com o raboOs homenzinhos que jogam boxeA perereca verde que de repente dá um pulo que engra?adoE as canetinhas-tinteiro que jamais escrever?o coisa alguma.Alegria das cal?adasUns falam pelos cotovelos:— “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar um peda?o de banana para eu [acender o charuto.Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...”Outros, coitados, têm a língua atada.Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino ingênuo de demiurgos de inutilidades.E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da meninice...E d?o aos homens que passam preocupados ou tristes uma li??o de inf?ncia.BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.Uma das diretrizes do Modernismo foi a percep??o de elementos do cotidiano como matéria de inspira??o poética. O poema de Manuel Bandeira exemplifica essa tendência e alcan?a expressividade porque a) realiza um inventário dos elementos lúdicos tradicionais da crian?a brasileira. b) promove uma reflex?o sobre a realidade de pobreza dos centros urbanos. c) traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos de significa??o corriqueira. d) introduz a interlocu??o como mecanismo de constru??o de uma poética nova. e) constata a condi??o melancólica dos homens distantes da simplicidade infantil. 14. (Ibmecrj 2013) A Semana de Arte Moderna foi um movimento definidor da concep??o contempor?nea de “cultura brasileira”, quando foram propostas pela primeira vez muitas das ideias ainda correntes sobre a rela??o do país com a tradi??o nacional e as influências estrangeiras. Neste ano de 2012, esse movimento completa 90 anos. Da Semana participaram jovens artistas como os escritores Oswald de Andrade, Anita Malfati, Mario de Andrade e Manuel Bandeira, esses dois últimos autores dos poemas abaixo.Texto IVOU ME EMBORAMario de Andrade(Fragmento)Vou-me embora, vou-me emboraVou-me embora pra BelémVou colher cravos e rosasVolto a semana que vem(...)Vou-me embora paz na terraPaz na terra repartidaUns têm terra, muita terraOutros nem pra uma dormidaN?o tenho onde cair mortoFiz gorar a inteligênciaVou reentrar no meu povoReprincipiar minha ciência(...)Texto IIVOU-ME EMBORA PRA PAS?RGADAManuel Bandeira(Fragmento)Vou-me embora pra PasárgadaLá sou amigo do reiLá tenho a mulher que eu queroNa cama que escolhereiVou-me embora pra PasárgadaVou-me embora pra PasárgadaAqui n?o sou feliz(...)Express?es e palavras assumem diferentes significados dependendo do contexto em que est?o sendo utilizadas. A express?o “Vou-me embora” assume, nos textos I e II, os seguintes sentidos de busca, respectivamente: a) da independência financeira e da liberdade condicional b) da express?o nacionalista e do paraíso perdido c) do conhecimento da pátria e da independência financeira d) do conhecimento do povo e da liberdade de express?o linguística e) da felicidade e do conhecimento da cultura popular TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: A Semana de Arte Moderna foi um movimento definidor da concep??o contempor?nea de “cultura brasileira”, quando foram propostas pela primeira vez muitas das ideias ainda correntes sobre a rela??o do país com a tradi??o nacional e as influências estrangeiras. Neste ano de 2012, esse movimento completa 90 anos. Da Semana participaram jovens artistas como os escritores Oswald de Andrade, Anita Malfati, Mario de Andrade e Manuel Bandeira, esse último autor do poema abaixo.VOU-ME EMBORA PRA PAS?RGADAManuel Bandeira(Fragmento)Vou-me embora pra PasárgadaLá sou amigo do reiLá tenho a mulher que eu queroNa cama que escolhereiVou-me embora pra PasárgadaVou-me embora pra PasárgadaAqui n?o sou feliz(...) 15. (Ibmecrj 2013) Com rela??o às alternativas abaixo, que dizem respeito ao texto, pode-se afirmar:I. Pasárgada é a realiza??o de todos os sonhos e fantasias que a vida cruelmente negou ao poeta.II. O texto é, em realidade, uma nega??o à ideia de escapismo como solu??o para eventuais problemas existenciaisIII. O poema pode ser visto como uma evas?o de uma “vida besta” a) todas est?o corretas b) apenas I e II est?o corretas c) apenas II e III est?o corretas d) nenhuma está correta e) apenas I e III est?o corretas ................
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