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Nota de Imprensa Embargado: 00:01 GMT, 30 de Setembro 2014WWF - Relatório Planeta Vivo 2014 lan?ado hoje Solu??es para o Planeta est?o ainda ao nosso alcance apesar de um maior declínio da biodiversidade mundialUni?o Europeia vive em deficit ecológico, reduzir as emiss?es de CO2 reduzirá significativamente a sua pegada ecológicaPortugal ocupa a 27? posi??o no ranking, portugueses precisam de 2,6 planetas para viverLisboa, 30 de Setembro – De acordo com o Relatório Planeta Vivo 2014 da WWF, as popula??es de espécies de vertebrados diminuíram para menos de metade em apenas 40 anos. O relatório, divulgado hoje, confirma o contínuo declínio de espécies e alerta para a necessidade de solu??es sustentáveis para salvar o planeta. O Relatório Planeta Vivo 2014 apresenta também a Pegada Ecológica – que mede a press?o humana sobre a natureza – que mantém a sua escalada ascendente. Em conjunto, a perda de biodiversidade e a pegada insustentável amea?am os sistemas naturais e o bem-estar humano, mas podem também indicar-nos quais as ac??es a tomar para inverter as tendências actuais. "A biodiversidade é uma parte crucial dos sistemas que sustentam a vida na Terra - e o barómetro daquilo que estamos a fazer a este planeta, que é a nossa única casa. Precisamos urgentemente de ac??es corajosas a nível global em todos os sectores da sociedade, de forma a construir um futuro mais sustentável", disse o director-geral da WWF Internacional Marco Lambertini.O Relatório Planeta Vivo 2014 é a décima edi??o da principal publica??o bianual da Rede WWF. Sob o tema ‘Espécies e Espa?os, Pessoas e Lugares’, o relatório analisa mais de 10.000 espécies de popula??es de vertebrados entre 1970-2010, através do ?ndice do Planeta Vivo (LPI na sigla inglesa) – uma base de dados mantida pela Sociedade Zoológica de Londres. A medida da Pegada Ecológica humana é fornecida pela Global Footprint Network.Este ano o ?ndice do Planeta Vivo apresenta uma metodologia actualizada que monitoriza de forma mais precisa a biodiversidade global e fornece uma imagem mais clara da saúde do nosso ambiente natural. Embora os resultados revelem que o estado das espécies no mundo piorou relativamente a relatórios anteriores, as conclus?es também colocam o foco sobre as solu??es disponíveis."As conclus?es do Relatório Planeta Vivo deste ano tornam mais claro do que nunca que n?o há espa?o para complacência. ? essencial que aproveitemos a oportunidade - enquanto ainda a temos – de apostar no desenvolvimento sustentável e criar um futuro onde as pessoas possam viver e prosperar em harmonia com a natureza ", afirmou Lambertini.O declínio da vida selvagem é crítico. De acordo com o relatório, as popula??es de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram 52 por cento desde 1970. As espécies de água doce sofreram um declínio de 76 por cento, uma perda média de quase o dobro das espécies terrestres e marinhas. A maioria destas perdas é proveniente de regi?es tropicais como a América Latina, onde se assinala a queda mais dramática.O relatório mostra que a maior amea?a à biodiversidade é provocada pela perda e degrada??o dos habitats. A pesca e a ca?a furtiva constituem também amea?as significativas. As altera??es climáticas s?o cada vez mais preocupantes; resultados da investiga??o científica nesta área citados no relatório constatam que as altera??es climáticas já s?o responsáveis pela possível extin??o de espécies. "A escala da perda de biodiversidade e os danos sobre os ecossistemas que s?o essenciais para a nossa existência é alarmante", afirmou Ken Norris, director de Ciência da Sociedade Zoológica de Londres. "Esse dano n?o é inevitável, mas sim uma consequência da forma como escolhemos viver. Embora o relatório mostre que a situa??o é crítica, ainda há esperan?a. Proteger a natureza necessita de uma ac??o focada na conserva??o, vontade política e apoio da indústria".Embora a perda de biodiversidade em todo o mundo tenha atingido níveis críticos, o Relatório Planeta Vivo 2014 evidencia como é que a gest?o efectiva de áreas protegidas pode contribuir para conservar as espécies. Por exemplo, o Nepal é conhecido por ter aumentado a sua popula??o de tigres nos últimos anos. Globalmente, as popula??es de áreas terrestres protegidas sofrem menos de metade da taxa de declínio das que vivem em áreas desprotegidas.A Pegada Ecológica aumenta. De acordo com o relatório, a procura humana sobre o planeta é superior em mais de 50 por cento do que o que a natureza pode renovar. Seriam necessários 1,5 planetas Terra para produzir os recursos necessários para suportar a nossa pegada ecológica actual. Este excedente global significa, por exemplo, que se corta madeira a taxas mais rápidas do que aquelas com que as árvores crescem, bombeia-se água doce a taxas mais rápidas do que aquelas que levam à recarga dos aquíferos subterr?neose liberta-se CO2 a taxas mais elevadas do que aquelas com que a natureza faz o sequestro de CO2. "N?o exceder os limites ecológicos do Planeta é o grande desafio do século 21", disse Mathis Wackernagel, presidente e co-fundador da Global Footprint Network. "Quase três quartos da popula??o mundial vive em países que lutam com ambos os deficits: ecológico e de baixos rendimentos. Restri??es de recursos obrigam a que nos concentremos em como melhorar o bem-estar humano, através de meios que n?o sejam crescimento puro".Desvincular a rela??o entre pegada e desenvolvimento é uma prioridade global chave indicada no relatório. Apesar da Pegada Ecológica per capita de países com elevados rendimentos ser cinco vezes maior do que a dos países com baixos rendimentos, investiga??o demonstra que é possível aumentar os padr?es de vida, enquanto se restringe a utiliza??o de recursos. Os 10 países com as maiores pegadas ecológicas per capita s?o: Kuwait, Qatar, Emirados ?rabes Unidos, Dinamarca, Bélgica, Trinidad e Tobago, Singapura, Estados Unidos da América, Bahrain e Suécia. Portugal ocupa a 27?posi??o nesta escala. Os portugueses precisam de 2,6 planetas para manterem o seu actual estilo de vida, segundos os dados do Relatório Planeta Vivo 2014. "A Pegada Ecológica de Portugal é elevada. A insustentabilidade do nosso estilo de vida tem levado à perda da biodiversidade, tanto ‘em casa’ como no exterior – as nossas op??es de consumo prejudicam os sistemas naturais dos quais dependemos para os alimentos que consumimos, o ar que respiramos e o clima ameno que precisamos", diz Angela Morgado, coordenadora do programa da WWF em Portugal.As maiores e menores Pegadas Ecológicas da UE Todos os 27 países da Uni?o Europeia est?o a viver além d??os níveis "um planeta" e dependem largamente dos recursos naturais de outros países. Se toda a popula??o do planeta vivesse de acordo com o estilo de vida médio de um habitante da UE, a humanidade precisaria de 2,6 planetas Terra para sustentar a sua press?o sobre a natureza.Entre os Estados Membros da UE avaliados, a Bélgica, o país que acolhe as institui??es europeias, tem uma das maiores pegadas ecológicas do mundo por pessoa, exigindo o equivalente a 4,3 Terras caso todos vivessem como um residente médio da Bélgica, e globalmente ocupa o 5? lugar no ranking. Isto deve-se principalmente à pegada de carbono da Bélgica, que representa 43 por cento da Pegada Ecológica total. A Roménia é o país que apresenta a menor pegada ecológica da UE, com um equivalente de 1,4 Terras. A liga??o ao clima O relatório surge meses depois de um estudo das Na??es Unidas ter alertado para os impactos crescentes das altera??es climáticas, e constata a evidência de que as altera??es de clima já est?o a ter impactos na saúde do planeta. De acordo com o Relatório Planeta Vivo 2014, mais de 200 bacias hidrográficas, lar de mais de 2,5 mil milh?es de pessoas, experimentam escassez de água severa durante pelo menos um mês todos os anos. Com cerca de mil milh?es de pessoas a sofrerem actualmente com fome, o relatório mostra como o clima, combinado com a mudan?a de uso da terra, amea?a a biodiversidade, conduzindo a uma ainda maior escassez de alimentos.Negocia??es construtivas sobre um acordo internacional para combate às altera??es climáticas est?o entre as oportunidades existentes para contrariar estas tendências. A conclus?o de um acordo global que abra o caminho para uma economia de baixo carbono é essencial, dado que a utiliza??o de combustível fóssil é actualmente o factor dominante da Pegada Ecológica. As emiss?es globais de dióxido de carbono (CO2) – que s?o a principal causa do aquecimento global - est?o já a causar impactos sobre a biodiversidade do planeta e sobre a bio-capacidade e o bem-estar humano, especialmente no que diz respeito à seguran?a alimentar e da água. A pegada de carbono da Europa representa quase 50% da sua pegada ecológica total, devido à queima de combustíveis fósseis, como o carv?o, petróleo e gás natural. "As emiss?es de gases com efeito de estufa na UE diminuíram bastante desde a década de 1990, mas isso n?o significa que possamos tornar-nos complacentes. Nós ainda temos um longo caminho a percorrer para reduzir as emiss?es para limites que possamos considerar seguros", diz Tony Long. "Existem solu??es, mas a UE precisa de chegar a acordo sobre objectivos climáticos e energéticos mais fortes para podermos chegar a uma nova era, em que a Europa assuma as suas responsabilidades globais".O carbono também é dominante quando analisamos os componentes da Pegada Portuguesa; apesar de apresentar uma redu??o nos últimos quatro anos (de 49% para 41%), o que se pode explicar também pelos impactos da crise económica na economia nacional, é o carbono que mais contribui para a nossa pegada. Verifica-se ainda um aumento da pegada da floresta e das pastagens e da pegada relacionada com a pesca nos últimos quatro anos. Solu??es sustentáveis O Relatório Planeta Vivo 2014 serve de plataforma para um diálogo global, para a tomada de decis?o e de ac??o dos governos, empresas e sociedade civil, num momento crítico para o planeta. O relatório apresenta a “Perspectiva Um Planeta" da WWF, com estratégias para preservar, produzir e consumir mais sabiamente. Inclui também exemplos de como algumas comunidades já se encontram a fazer as melhores escolhas para reduzir a pegada e a perda de biodiversidade."A natureza é uma tábua de salva??o para a sobrevivência e um trampolim para a prosperidade. ? importante ressalvar que estamos todos juntos nisto. Todos nós precisamos de alimentos, água potável e ar limpo - em qualquer lugar do mundo onde vivamos. Numa altura em que tantas pessoas ainda vivem na pobreza, é essencial trabalhar em conjunto para criar solu??es que funcionem para todos ", disse Lambertini. Na ?sia, o relatório mostra como as cidades est?o a inovar formas de reduzir as emiss?es de carbono, integrar energias renováveis e promover o consumo sustentável. Em ?frica, o relatório descreve como o governo pode trabalhar com a indústria para proteger áreas naturais. Noutros exemplos de todo o mundo, o relatório destaca iniciativas para controlar a polui??o, transformar mercados e melhorar as condi??es de vida.A "Perspectiva Um Planeta" da WWF mostra como todos os cantos do globo podem contribuir para manter uma pegada que n?o ultrapasse a capacidade da Terra se renovar. Seguindo o programa da WWF para um planeta vivo, a sociedade pode come?ar a reverter as tendências apresentadas no Relatório Planeta Vivo 2014.Notas para os editoresLink para o Sumário em Português do Relatório Planeta Vivo: para o Relatório Planeta Vivo vers?o completa (em ENG): mais informa??es: Marta Barata - WWF Mediterr?neo (Portugal); Tel: + 351 91 711 46 51 – mbarata@wwf.Sobre a WWFA WWF é uma das maiores e mais respeitadas organiza??es independentes de conserva??o do mundo, com mais de 5 milh?es de apoiantes e uma rede global activa em mais de 100 países. A miss?o da WWF é travar a degrada??o do ambiente natural da Terra e construir um futuro no qual os seres humanos vivam em harmonia com a natureza, pela conserva??o da diversidade biológica do mundo, garantindo que o uso dos recursos naturais renováveis seja sustentável, e promovendo a redu??o da polui??o e do desperdício. ?ltimas noticias para imprensa; wwf.pt – WWF em PortugalSobre a ZSLFundada em 1826, a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) é uma organiza??o internacional científica, de conserva??o e educa??o: o seu papel é proteger os animais e conservar os seus habitats. A ZSL gere a ZSL London Zoo e a ZSL Whipsnade Zoo, realiza trabalhos de investiga??o científica no Instituto de Zoologia e está activamente envolvida na conserva??o no terreno em mais de 50 países do mundo. Sobre a GFNA Global Footprint Network promove a economia sustentável, apresentando o conceito de Pegada Ecológica como uma ferramenta que mede a sustentabilidade. Conjuntamente com os seus parceiros, a rede coordena a pesquisa, desenvolve padr?es metodológicos e fornece aos decisores uma ideia concreta sobre os recursos para ajudar a que economia humana se desenvolva dentro dos limites ecológicos da Terra. ................
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