Balanço do Segmento e Perfil dos Trabalhadores em ...

Subse??o Comerci?rios de S?o Paulo

Balan?o do Segmento e Perfil dos Trabalhadores em Supermercados

S?o Paulo

Julho 2010

Introdu??o

O final de 2008 e o in?cio de 2009 foram per?odos at?picos para a economia brasileira. A crise financeira que se propagou pelo mundo nesse per?odo interrompeu o processo de crescimento econ?mico que vinha ocorrendo nos ?ltimos anos. Apesar disso, o segmento supermercadista apresentou bons resultados referentes ao seu desempenho econ?mico.

Fatores como crescimento da massa salarial, aumento da renda - que consequentemente leva ao crescimento do consumo - a cria??o de novas vagas de emprego e a pol?tica de valoriza??o do sal?rio m?nimo contribu?ram diretamente para os bons resultados obtidos pelo segmento.

Nos ?ltimos anos, tem-se observado, no Brasil, um forte processo de fus?o do segmento supermercadista. Esse movimento tem com resultante uma elevada concentra??o, ou seja, tr?s ou quatro grandes redes que concentram mais de 40% do faturamento do setor supermercadista. Al?m disso, confere a essas redes um poder extraordin?rio frente ? ind?stria, por exemplo.

Visando subsidiar a a??o sindical junto ?s empresas deste segmento, o Sindicato dos Comerci?rios de S?o Paulo solicitou ao Departamento Intersindical de Estat?stica e Estudos Socioecon?micos- DIEESE, a realiza??o deste estudo que tem como objetivo tra?ar um panorama conjuntural da atividade econ?mica, do comportamento do emprego e do rendimento nas empresas no segmento. Al?m disto, visa tamb?m apresentar um breve perfil dos empregados com carteira assinada, focando principalmente a desigualdade entre homens e mulheres.

Para a elabora??o do estudo, foram utilizadas as seguintes fontes de informa??es: Rela??o Anual de Informa??es Sociais (Rais) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist?rio do Trabalho e Emprego no que se refere ao perfil dos trabalhadores; a Pesquisa Mensal do Com?rcio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (PMC-IBGE); o ranking Abras - da Associa??o Brasileira de Supermercado (Abras). Os anos de 2008 e 2009 foram utilizados como refer?ncia para a an?lise deste estudo. Al?m disso, buscou-se tra?ar um breve panorama do comportamento do setor entre os anos de 1999 e 2009, no que se refere ao emprego e o rendimento.

Balan?o do segmento

1. Volume e receita nominal de vendas

No ano de 2009, que ficou marcado pela crise financeira internacional, o segmento de hipermercados e supermercados no estado de S?o Paulo obteve crescimento acima da m?dia estadual do com?rcio varejista, atingindo 11% em volume de vendas em 2009. Este resultado ? ainda melhor que o verificado em 2008, quando as vendas f?sicas registraram expans?o de 8,3%.

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No que tange ? receita nominal de vendas, o segmento tamb?m obteve resultado positivo em 2009 com aumento de 15,4%, ainda que esta varia??o tenha sido inferior ? verificada no ano anterior (19,7%). (Gr?fico 1)

Em 2009, o segmento de supermercado do estado de S?o Paulo teve crescimento do volume de vendas acima da m?dia nacional, 11% contra 8,1%, e o mesmo ocorreu quanto ? receita nominal, 15,4% contra 12,8%, segundo dados da Pesquisa Mensal do Com?rcio, realizada pelo IBGE que mede a atividade econ?mica do setor varejista.

GR?FICO 1 Varia??o anual (1) do ?ndice de Volume de Vendas e da Receita Nominal de Vendas do

Segmento Hipermercados e Supermercados

Estado de S?o Paulo ? 2008 e 2009

2008 2009

(em %)

11,0 8,3

19,7 15,4

Volume de vendas

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Com?rcio Elabora??o: DIEESE - Rede Comerci?rios Nota: (1) base: igual per?odo do ano anterior Obs.: ?ndices sem o ajuste sazonal.

Receita nominal

O desempenho do setor de autosservi?o paulista em rela??o aos demais segmentos do com?rcio foi significativo na compara??o entre 2008 e 2009. Entre os dez segmentos analisados pela pesquisa, apenas o de ve?culos, motos, partes e pe?as ? com crescimento de 11,9%, foi superior ao de hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo (11,3%). Os hipermercados e supermercados tiveram em 2009, um incremento de 11,0% (Gr?fico 2).

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GR?FICO 2 Varia??o anual(1) do ?ndice de Volume de Vendas no Com?rcio Varejista por

segmento

S?o Paulo ? 2008 e 2009

(em %)

Ve?culos, motos, partes e pe?as

10 ,2 11,9

Hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo

8,9 11,3

Equip. para escrit?rio, inform?tica e comunica??o

11,8 10 ,6

Artigos farmac?uticos, m?dicos e cosm?ticos Outros artigos de uso pessoal e dom?stico

15 ,8 10 ,2

19 ,1 6,6

M?veis e eletrodom?sticos

19 ,6 1,7

Combust?veis e lubrificantes

13 ,6 1,6

29,8

Livros, Jornais, Revistas e Papelaria

-0,6

10 ,0

Tecidos, vestu?rio e cal?ados

-3,3

7,4

Materiais de Constru??o

-8,3

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Com?rcio Elabora??o: DIEESE - Rede Comerci?rios Nota: (1) base: igual per?odo do ano anterior Obs.: ?ndices sem o ajuste sazonal.

2008

2009

Quanto ? receita nominal de vendas, o grupo referente a hipermercados e supermercados somente n?o superou o crescimento obtido pelo segmento de outros artigos de uso pessoal e dom?stico (18,9%), artigos farmac?uticos, m?dicos, ortop?dicos, de perfumaria e cosm?ticos (18,7%) e do grupo hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo (15,6%) (Gr?fico 3).

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GR?FICO 3 Evolu??o(1) do ?ndice de Receita Nominal de Vendas no Com?rcio Varejista por

segmento

S?o Paulo ? 2008 e 2009 (em %)

Outros artigos de uso pessoal e dom?stico Hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas

e fumo Artigos farmac?uticos, m?dicos e cosm?ticos Equip. para escrit?rio, inform?tica e comunica??o

Tecidos, vestu?rio e cal?ados Ve?culos, motos, partes e pe?as

Combust?veis e lubrificantes Materiais de Constru??o

3,7 2,8 2,7 0,6

18 ,9

15 ,6

20,5

17 ,9 18 ,7

14 ,4 15 ,0

17 ,3

27,3

12 ,2

13 ,5

18 ,0

M?veis e eletrodom?sticos

- 1,1

Livros, Jornais, Revistas e Papelaria

-7,2

13 ,8 10 ,1

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Com?rcio Elabora??o: DIEESE - Rede Comerci?rios Nota: (1) base: igual per?odo do ano anterior Obs.: ?ndices sem o ajuste sazonal.

2008

2009

2. Ranking da Associa??o Brasileira de Supermercados

O setor supermercadista brasileiro obteve resultados expressivos em 2009, faturando R$ 177 bilh?es o que representa um aumento nominal de 11,7% em rela??o a 2008. Descontando-se a infla??o, o crescimento real foi de 6,5%, segundo a Associa??o Brasileira dos Supermercados (Abras).

Uma das caracter?sticas do segmento ? o elevado grau de concentra??o no faturamento. Os dados por empresa revelaram que somente a participa??o no mercado das tr?s maiores redes chegou a atingir 40% do faturamento total do setor no ano passado (R$ 71,6 bilh?es). O grau de concentra??o aumenta para 52% quando ? agregada a participa??o das 15 maiores redes no faturamento total (Tabela 1). Em rela??o ao Produto Interno Bruto (PIB), a participa??o do setor manteve-se em torno de 5,5%, nos ?ltimos dois anos. Como houve um intenso processo de fus?o vivido pelo segmento supermercadista, nota-se uma grande mudan?a acion?ria, e hoje a origem do capital ? majoritariamente estrangeiro.

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