Psicologia das Emergências e dos Desastres

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Psicologia das Emerg?ncias e dos Desastres

Contribui??es para a Constru??o de Comunidades mais Seguras

1? SEMIN?RIO NACIONAL DE

Psicologia das Emerg?ncias e dos Desastres

Contribui??es para a Constru??o de Comunidades mais Seguras

08 a 10/06/2006 - Finatec/UnB - Bras?lia/DF .br

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Psicologia das Emerg?ncias e dos Desastres

Contribui??es para a Constru??o de Comunidades mais Seguras

I Semin?rio Nacional Psicologia das Emerg?ncias e De-

sastres

Contribui??es para a Constru??o de Comunidades mais Seguras

Bras?lia, 8, 9 e 10 de junho de 2006

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Contribui??es para a Constru??o de Comunidades mais Seguras

?ndice

Mesa de abertura........................................................................................................................... 06 Marcus Vin?cius de Oliveira............................................................................................................ 07 Jorge do Carmo Pimentel............................................................................................................... 08 Victor Zveibil.................................................................................................................................. 09 Pedro Brito do Nascimento............................................................................................................. 11 Confer?ncia: Sistemas de aten??o ?s v?timas de situa??es de emerg?ncias e desastres: contribui??es poss?veis da Psicologia........................................................................................... 14 Horacio Toro Ocampo.................................................................................................................... 15 Palestra: O Sistema Brasileiro de Defesa Civil............................................................................... 23 Jorge do Carmo Pimentel............................................................................................................... 24 Mesa-redonda 1: As constru??es te?ricas e t?cnicas em torno dos conceitos de emerg?ncias e desastres...................................................................................................................................... 28 Al?xis Lorenzo Ruiz....................................................................................................................... 29 Susana Chames de Rozen............................................................................................................. 37 Roberto Bastos Guimar?es............................................................................................................ 42 Mesa-redonda 2: Psicologia das emerg?ncias e dos desastres: uma ?rea em constru??o. Hist?ria e desenvolvimento......................................................................................................................... 50 Rodrigo Molina............................................................................................................................... 51 Angela Lapa Co?lho....................................................................................................................... 59 Mesa-redonda 3: Psicologia e emerg?ncias sociais: Interven??es nos Cotidianos e Eventos......... 64 Arturo Marinero Heredia................................................................................................................. 65 Claudia G?mez.............................................................................................................................. 68

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Desir?e Salazar.............................................................................................................................. 73

Mesa-redonda 4: Contribui??es da Psicologia para a constru??o de comunidades mais seguras: comportamento, cultura e organiza??o social................................................................................ 79

Giuseppe Sica................................................................................................................................ 80

Marcos Ant?nio Mattedi.................................................................................................................. 83

Daniela da Cunha Lopes................................................................................................................ 89

Mesa-redonda 5: Perspectivas de investiga??o em Psicologia das emerg?ncias e dos desastres na

Am?rica Latina..........................................................................................................................

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Ariane Kuhnen............................................................................................................................... 93

Pit?goras Bind?.............................................................................................................................. 97

Marcus Vin?cius de Oliveira Silva................................................................................................... 103

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Mesa de abertura

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Marcus Vin?cius de Oliveira

Vice-Presidente do Conselho Federal de Psicologia

Boa noite a todas e a todos. Neste momento, gostaria de, em nome do Conselho Federal de Psicologia, trazer a calorosa sauda??o de toda a dire??o e, mais especificamente, de nossa presidente Ana Bock, que se encontra no M?xico cumprindo outras miss?es de interesse de nosso grupo profissional, e fazer uma sauda??o bastante especial ao excelent?ssimo senhor Ministro da Integra??o Nacional, Pedro Brito de Nascimento, ao nosso j? companheiro, assim posso dizer, Secret?rio Nacional de Defesa Civil, Jorge do Carmo Pimentel, ao senhor Victor Zveibil, Secret?rio de Qualidade Ambiental do Minist?rio do Meio Ambiente, e ao senhor Horacio Toro, representante da OPAS no Brasil.

Para n?s, do Conselho Federal de Psicologia, este momento se constitui em um momento de que nos lembraremos no futuro de nossa profiss?o. Com o apoio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, com o apoio do Minist?rio da Integra??o Nacional, damos passos importantes para tornar dispon?vel ? sociedade brasileira um conhecimento estrat?gico na ?rea dos interesses vinculados ? defesa civil e ? constru??o de comunidades mais seguras. Lastimavelmente, a tradi??o ao tema das emerg?ncias e desastres tem sido de neglig?ncia em rela??o aos aspectos relativos ? preven??o. Costumamos dizer que Deus ? brasileiro, e que isso nos garantiria em v?rias circunst?ncias. Efetivamente, para romper essa in?rcia, essa atitude cultural, que ? a de se desprevenir, de se desproteger diante dos eventos e que tem produzido tantas perdas, n?o somente materiais, mas principalmente humanas, gostar?amos de colocar a Psicologia das emerg?ncia e desastres como um recurso fundamental na ?rea do conhecimento e na ?rea profissional para que possamos transformar esse aspecto cultural.

A Psicologia brasileira, nos ?ltimos dez anos, tem feito uma caminhada que coloca a cidadania dos direitos humanos e as pol?ticas p?blicas como quest?es norteadoras do seu desenvolvimento social. E, neste momento, ao nos aproximarmos dessa ?rea e alavancarmos seu desenvolvimento institucional em nosso pa?s, estamos criando as condi??es para que esse tipo de conhecimento efetivamente possa estar ? disposi??o da sociedade ao preservar as perdas humanas, ao consolar quando essas perdas forem inevit?veis e ao acompanhar as situa??es nas quais n?o somente as perdas humanas mas tamb?m as materiais representam para os sujeitos aspectos de muito sofrimento.

Entendemos que o lugar da Psicologia das emerg?ncias e desastres seja estrat?gico na contribui??o com a ?rea da defesa civil, e, muito humildemente, queremos dar in?cio a essa constru??o. Temos entre n?s muitos pioneiros, mas agora trata-se de produzir, de forma generalizada, o desenvolvimento desse conhecimento para que esteja ? disposi??o dos profissionais e da sociedade. Isso implica, principalmente, sensibilizar os n?cleos acad?micos para que percebam a import?ncia da investiga??o nessa ?rea, o que significa trabalhar com as universidades para que incluam, em seus curr?culos de forma??o, as mat?rias relativas a esse tema, sensibilizando uma comunidade profissional j? estabelecida para que incorpore essa nova ?rea.

Neste trabalho, registramos hoje, aqui entre n?s, a contribui??o de v?rios colegas, como Alex Lorenzo Ruiz, de Cuba, ?ngela Lapa Co?lho, brasileira, Artur Marinero, do M?xico, Cl?udia G?mez, da Argentina, Desir?e Salazar, do Peru, Giuseppe Sica, da It?lia, al?m do Rodrigo Molina, do Chile, e de Susana Chames, da Argentina, entre nossos convidados internacionais. Essas,pessoas v?m de seus pa?ses, onde j? trabalham com a ?rea, onde j? est? institucionalizada a ?rea de Psicologia das Emerg?ncias e Desastres, para trazer suas contribui??es. N?s nos sentimos muito honrados em poder contar com suas colabora??es e participa??es no desenvolvimento dessa ?rea em nosso pa?s.

Hoje tamb?m tivemos a oportunidade de realizar a 1? Reuni?o Internacional por uma Forma??o Especializada em Psicologia das Emerg?ncias e Desastres. J? trabalhamos o dia todo, buscando sistematizar os elementos curriculares que devem compor a forma??o dos futuros profissionais que dever?o colaborar com a defesa civil. Isso significa uma possibilidade ?mpar de crescimento, e cons-

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titui motivo de orgulho para nossa profiss?o. Registramos tamb?m, com muita satisfa??o, a presen?a de muitas pessoas n?o psic?logos, mas

muito comprometidas com a constru??o da defesa civil em nosso pa?s. Para essas pessoas, tamb?m deve estar ? disposi??o esse conhecimento estrat?gico, ou seja, a produ??o de um conhecimento sobre Psicologia das emerg?ncias e desastres tem que servir para iluminar todos aqueles que militam nessa ?rea t?o significativa com aquela informa??o que possa permitir o manejo, de uma forma mais adequada, dos aspectos comportamentais, afetivos, das lembran?as, das mem?rias, dos sentimentos inerentes ? condi??o humana. ? a quest?o da subjetividade que estamos introduzindo como fundamental para o sucesso nas interven??es da defesa civil. ? preciso considerar que, al?m da dimens?o objetiva das perdas materiais, ? o homem que est? em quest?o. ? um homem que sofre e, muitas vezes, est? desorganizado, s?o um homem e uma mulher que moram em lugares que n?o escolheram morar, que habitam e trabalham em situa??es n?o escolhidas e est?o ali expostos a situa??es de risco. Temos a certeza de que, na medida em que essas comunidades puderem ser incorporadas como atores fundamentais do pr?prio cuidado consigo mesmas, estar?o mais preservadas, e que os danos materiais, se inevit?veis, n?o levem as vidas e n?o produzam feridas e n?o atinjam com o sofrimento maior as comunidades de nosso pa?s. Esse ? o compromisso do Conselho Federal de Psicologia, junto aos nossos parceiros, ao levar adiante o desenvolvimento institucional dessa ?rea da Psicologia.

Gostaria de agradecer a forma parceira como a Secretaria Nacional de Defesa Civil se colocou desde o primeiro momento, quando iniciamos os entendimentos para essa atividade, a forma generosa como fomos acolhidos.

Registramos aqui tamb?m a presen?a de v?rios Conselhos Regionais de Psicologia, que formam o Sistema Conselhos e fazem a unidade da nossa autarquia, em busca de tornar nossa profiss?o comprometida socialmente e preocupada com as necessidades de nossa sociedade.

Ent?o, mais uma vez, dou a todos as boas-vindas. Teremos, amanh? e s?bado, dias de intenso trabalho nas mesas a serem apresentadas. Trazemos contribui??es extremamente relevantes, mas, sem d?vida alguma, a maior delas ? a contribui??o que pode ser prestada pelos senhores.

Boa noite. Sejam bem-vindos.

Jorge do Carmo Pimentel

Secret?rio Nacional de Defesa Civil

Boa noite a todas e a todos. Gostaria de cumprimentar, inicialmente, o Excelent?ssimo Senhor Ministro da Integra??o Nacional, Dr. Pedro Brito Nascimento e em seu nome, cumprimentar todos os componentes da mesa, cumprimentar as psic?logas e psic?logos das na??es aqui j? nominados. Muito obrigado por estarem aqui presentes neste momento. Gostaria de cumprimentar todos os psic?logos, assistentes sociais, engenheiros, advogados, agentes de defesa civil, meus companheiros de profiss?o, os bombeiros aqui presentes, cumprimentar o administrador regional da Ceil?ndia, a maior cidade do Distrito Federal, muito obrigado por estar aqui presente.

Hoje ? um dia muito importante para n?s, Ministro. Sinto-me emocionado neste momento, e, como diz Sartre, quem tem emo??o, tem energia suficiente para transformar os sonhos em realidade. Nessa caminhada de 35 anos de labuta frente aos acidentes, hoje ? um dia extremamente feliz para todos n?s, que estamos na Secretaria Nacional de Defesa Civil em todos os rinc?es de nosso pa?s. Somente tenho que agradecer ao ministro Dr. Pedro Brito do Nascimento pelo carinho, pela compreens?o e pelo apoio a este evento. Seguimos exatamente a orienta??o de nosso presidente Lula e do Ministro de que n?o poder?amos deixar de medir esfor?os para possibilitar a uni?o do nosso conhecimento como alternativa para alcan?armos um alto desempenho visando ? qualidade de vida da nossa popula??o, do meio ambiente e do nosso patrim?nio. Ent?o, ? com esse sentimento que agradecemos ao nosso

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