A RELAÇÃO DE CUSTO/VOLUME/LUCRO: UM ESTUDO EM UMA INDÚSTRIA ... - ABEPRO

[Pages:14]XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODU??O

Maturidade e desafios da Engenharia de Produ??o: competitividade das empresas, condi??es de trabalho, meio ambiente.

S?o Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

A RELA??O DE CUSTO/VOLUME/LUCRO: UM ESTUDO

EM UMA IND?STRIA METAL?RGICA DO MUNIC?PIO DE SINOP - MT

HEDER BASSAN (UNEMAT) hederbassan@.br

Jefferson Treuherz (UNEMAT) jeffersonthz@.br

Este estudo trata de uma pesquisa descritiva qualitativa, com o objetivo de investigar e demonstrar que a contabilidade gerencial fortalece a administra??o das empresas por meio da Rela??o de custo/volume/lucro. Os dados fornecidos pela emppresa representam os n?meros do primeiro trimestre do ano de 2009, e a an?lise das informa??es do per?odo foi feita ap?s rigorosa verifica??o dos dados coletados. Constatamos entre outros aspectos que, apesar de n?o possuir departamentos definidos na empresa, bem como um sistema de controle de custos informatizado, a empresa se apresenta com um lucro consider?vel dando condi??es de honrar seus compromissos financeiros em dia, resultado este que n?o ? identificado com anteced?ncia, pois, a empresa n?o possui mecanismos para este tipo de an?lise. Deste modo, os gestores ainda n?o utilizam esta ferramenta, tomando decis?es baseadas apenas no conhecimento adquirido ao longo dos tempos a frente dos neg?cios como empreendedores. Dessa forma, o estudo realizado demonstra que a an?lise de custo volume lucro ? um instrumento de vital import?ncia para decis?es gerenciais e elabora??o de um plano operacional que possa auxiliar os administradores no controle dos neg?cios.

Palavras-chaves: Contabilidade gerencial; An?lise de custo volume lucro.

1 Introdu??o O presente trabalho tem como objetivo demonstrar que a contabilidade enquanto ci?ncia social, devidamente aparada por seus princ?pios e seu objeto de estudo, possui ferramentas gerenciais importantes para maximiza??o do desempenho, tanto no aspecto econ?mico e financeiro, quando no aspecto social das entidades.

Uma dessas ferramentas ? a an?lise de custo volume lucro, um instrumento da ?rea de custos que podem ser utilizados nas decis?es gerenciais da empresa.

Neste contexto, Crepaldi (2004) fundamenta que a an?lise de custo volume lucro ? um instrumento gerencial utilizado para projetar o lucro que seria obtido em diversos n?veis poss?veis de produ??o e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro, modifica??es no pre?o de venda, nos custos (fixos ou vari?veis), no n?vel de atividade desenvolvida e no lucro alcan?ado ou desejado.

Deste modo, a contabilidade gerencial, ? uma contabilidade voltada para fins internos da empresa, suprindo os executivos com um n?mero maior de informa??es de grande import?ncia para decis?es gerenciais e elabora??o de um plano operacional que possa auxiliar os administradores no controle dos neg?cios.

Assim, a an?lise de custo volume lucro se apresenta como uma importante ferramenta gerencial que tem por objetivo fornecer informa??es pertinentes aos gestores para que possam auxiliar nas decis?es internas a serem tomadas, pois s?o fatores imprescind?veis para gest?o no mundo dos neg?cios de forte concorr?ncia, e de necessidade elementar para as empresas se firmarem cada vez mais no mercado.

1.1 Problema

O fortalecimento das empresas num mercado em constantes transforma??es da economia se faz necess?rio um controle rigoroso das a??es desenvolvidas pela entidade com o prop?sito de subsidiar seus gestores nos empreendimentos.

A contabilidade gerencial possui mecanismos para controle e administra??o dos recursos dispon?veis nas entidades, que ? ponto fundamental para que a empresa conhe?a sua capacidade produtiva, bem como os custos incorridos no processo de produ??o e outros fatores que influenciam o resultado operacional. Assim, a empresa em estudo n?o ? diferente, pois carece de mecanismos gerenciais que a contabilidade pode oferecer.

Desta forma, a contabilidade gerencial por meio da rela??o de custo volume lucro contribui na gest?o da empresa Metal Metal?rgica?

1.2 Objetivos

O trabalho tem como objetivo principal demonstrar como a contabilidade gerencial fortalece a administra??o da empresa Metal Metal?rgica por meio da an?lise de custo/volume/lucro.

Para atingir o objetivo principal ? necess?rio alcan?ar objetivos secund?rios, como:

a) Analisar a estrutura para o controle de custos que as empresa possui. b) Evidenciar os custos fixos e vari?veis do per?odo a ser analisado. c) Demonstrar o ponto de equil?brio cont?bil, econ?mico e financeiro. d) Demonstrar o grau de alavancagem operacional. e) Confrontar receitas, custos e despesas do per?odo de modo a apurar o resultado.

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1.3 Justificativa

A contabilidade gerencial ? utilizada freq?entemente dentro das entidades, como instrumento grande aux?lio ? administra??o, nos diversos setores em que as empresas atuam.

A an?lise de custo volume lucro ? um dos instrumentos gerenciais que se baseiam nos custos que as empresas possuem e s?o utilizados para planejamento e tomada de decis?es por meio das inter-rela??es existentes entre as vendas, os custos (fixos ou vari?veis), o n?vel de atividade desenvolvido e o lucro alcan?ado ou desejado.

No entanto, Crepaldi (2004) esclarece que o ponto fundamental da contabilidade gerencial ? o uso da informa??o cont?bil como ferramenta para a administra??o, no processo de produzir informa??o operacional financeira utilizada pela administra??o para planejamento, avalia??o, controle e assegurar o uso apropriado dos recursos dentro das empresas, tendo em vista a orienta??o nas decis?es operacionais e de investimentos.

Deste modo as empresas, com um controle rigoroso dos custos conhecem cada vez mais a si mesmas, e assim, podem saber quais s?o sua capacidade de vendas e produ??o, os custos relativos a um aumento no volume produzido e sua produ??o m?nima necess?ria para cobrir seus custos, s?o fatores determinantes para que as empresas se fortale?am diante de um mercado cada vez mais competitivo, gerando riquezas na economia em que est?o inseridas.

1.4 Metodologia

O objetivo principal desta pesquisa ? demonstrar que a contabilidade gerencial por meio da an?lise de custo/volume/lucro fortalece a gest?o em uma ind?stria metal?rgica. Dessa forma, a fundamenta??o te?rica para este estudo ter? como base bibliografias de diversos autores renomados da ?rea de contabilidade gerencial e contabilidade de custos, e com o objetivo de complementar o trabalho ser? realizado um estudo de caso em uma ind?stria metal?rgica com a aplica??o da an?lise de custo volume lucro.

O presente trabalho se iniciar? com a revis?o da literatura sobre os conceitos que a contabilidade gerencial abrange, enfatizando a aplica??o da contabilidade de custos, bem como a classifica??o destes no processo de produ??o por ordem em uma ind?stria metal?rgica no munic?pio de Sinop ? MT, atrav?s da an?lise de custo volume lucro dando suporte para a gest?o da empresa.

Para elabora??o deste estudo, ser? realizada pesquisa descritiva qualitativa na an?lise dos dados coletados na empresa.

2 Contabilidade Gerencial

Segundo Iud?cibus (1998), a Contabilidade Gerencial pode ser definida, com um enfoque superficial, conferido a v?rias t?cnicas e procedimentos cont?beis j? conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na an?lise financeira de balan?os. Assim, esses dados cont?beis colocados numa perspectiva diferente, transformado-os em informa??es, num grau de detalhe anal?tico com uma classifica??o e apresenta??o diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo de tomada de decis?o.

De acordo Padoveze (2004), Vemos que numa entidade, n?o existe Contabilidade Gerencial, como existe Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e Administra??o Financeira. A contabilidade gerencial, nas entidades, dependendo do porte da companhia, h? departamentos distintos que s?o respons?veis pela aplica??o de cada uma dessas disciplinas.

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O ponto fundamental da Contabilidade Gerencial ? o uso da informa??o cont?bil como um instrumento para a administra??o.

A contabilidade gerencial ? relacionada com o fornecimento de informa??es para os administradores, isto ?, aqueles que est?o dentro das empresas e que s?o respons?veis por suas opera??es. Assim a contabilidade gerencial pode se contrastar com a contabilidade financeira, relacionada ao fornecimento de informa??es para os acionistas, credores e outros usu?rios externos a empresa.

3 Contabilidade de Custos

A contabilidade de custos, na concep??o de Martins (2006, p. 23) "nasceu da contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na ind?stria". A contabilidade de custo come?ou a ter import?ncia ainda na Revolu??o Industrial, que mais tarde teria um campo espec?fico para aplica??o dos custos na chamada Contabilidade Industrial, pois a contabilidade a? passaria n?o s? ter seu foco na avalia??o de estoques e sim nas t?cnicas de custeio.

De acordo com Viceconti (2003, p. 07) "a contabilidade de custos, nos seus prim?rdios, teve como principal fun??o a avalia??o de estoques em empresas industriais, que ? um procedimento muito mais complexo do que nas comerciais".

A necessidade de avaliar estoques nas ind?strias atrav?s de c?lculos dos custos dos bens fabricados e dos servi?os prestados pela empresa. A contabilidade de custos est? diretamente ligada contabilidade financeira e tem como caracter?sticas principais fornecer informa??es para controle e decis?o da alta ger?ncia.

Segundo Martins (2006) as empresas para a apura??o final do resultado de cada per?odo, bem como para o levantamento do balan?o, bastava o levantamento dos estoques em quantidades, j? que sua medida em valores monet?rios era mais f?cil. O contador verificava o valor pago item por item estocado, dessa maneira transformava o estoque f?sico em quantidades para valores em moeda e assim ter a valora??o das mercadorias no encerramento do per?odo apurado.

A fun??o do contador com o surgimento das ind?strias teve um papel mais complexo, para levantamento de balan?o e apura??o de resultado. O contador agora n?o tinha a sua disposi??o tanta facilidade para atribuir valor aos estoques, seu valor de compras na empresa comercial estava agora substitu?do por uma s?rie de valores pagos pelos fatores de produ??o utilizados em sua linha de produ??o.

De acordo com Martins (2006) para vermos a solu??o desse problema, o contador tentando adaptar ? empresa industrial os mesmos crit?rios utilizados nas empresas comerciais. Assim na data do balan?o final, permaneciam como estoques no ativo apenas os valores sacrificados pela compra dos bens, nenhum outro valor relativo a juros e outros encargos financeiros, a honor?rios dos s?cios, sal?rios dos administradores, eram ativados, todos esses gastos eram automaticamente reconhecidos como despesas do per?odo independentemente da venda ou n?o das mercadorias produzidas, que ainda poderiam estar no estoque da empresa.

O crescimento das empresas e o conseq?ente distanciamento entre administrador e ativos e pessoas administradas, a contabilidade de custos passou recentemente a ser vista como uma eficiente ferramenta no desempenho do controle gerencial (MARTINS, 2006).

Esta contabilidade possui como objetivo coletar, classificar e registrar os diversos dados internos e externos das atividades da entidade, produzindo assim informa??es que ajudar?o as

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suas fun??es de planejamento, controle e tomada de decis?o das diversas opera??es realizadas, possuindo um maior n?vel gerencial.

3.1 Terminologia em custos industriais

Na contabilidade de custos ? absolutamente necess?rio dar aos objetos, conceitos e id?ias de mesmo nome, sob pena de redu??o do n?vel de entendimento. Dessa forma para este trabalho ser? utilizado as seguintes nomenclaturas:

Gasto: compra de um produto ou servi?o qualquer, que gera sacrif?cio financeiro para a entidade (desembolso), sacrif?cio esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (dinheiro).

Investimentos: s?o os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que ser?o imobilizados e diferidos. S?o gastos ativados em fun??o de sua vida ?til ou benef?cios futuros.

Custo: o custo ? tamb?m um gasto, s? que reconhecido como tal, isto ?, como custo, no momento da utiliza??o dos fatores de produ??o (bens e servi?os).

Despesa: ? um bem ou servi?o consumido direto ou indiretamente para a obten??o de receitas.

Quanto a classifica??o dos custos ser? utilizado as seguintes nomenclaturas:

Custos diretos: Os custos diretos com rela??o aos produtos podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de m?o-de-obra utilizadas e at? quantidade de for?a consumida).

Custos indiretos: Os custos indiretos com rela??o aos produtos realmente n?o oferecem condi??o de uma medida objetiva e qualquer tentativa de aloca??o tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitr?ria (como aluguel, a supervis?o, as chefias)

Custos e despesas fixas: Martins (2006) classifica os custos fixos como sendo aqueles que num determinado per?odo t?m seu montante fixado n?o em fun??o da oscila??o na atividade. S?o aqueles que independem do volume da atividade de produ??o. Eles s?o fixos no total mas vari?veis nas unidades. Como exemplo podemos citar: aluguel da f?brica, deprecia??o, sal?rio, etc.

Custos e despesas vari?veis: Conforme Crepaldi (2004) os custos vari?veis s?o aqueles que variam diretamente com a produ??o do per?odo. Por exemplo, o valor total de materiais diretos consumidos no per?odo depende diretamente do volume de produ??o, ou seja, quanto maior a quantidade fabricada, maior ser? a quantidade consumida.

3.2 Custeio vari?vel e custeio por absor??o

Os dois m?todos de apura??o dos custos dos produtos, custeamento direto/vari?vel e custeamento por absor??o, s?o os considerados cl?ssicos na teoria da contabilidade de custos. Eles foram desenvolvidos baseados nos conceitos de custos com comportamentos diferentes em rela??o a quantidade produzida, levando?se em conta os custos fixos e vari?veis.

De acordo com Padoveze (2004) no in?cio crescente da revolu??o industrial, os custos fixos n?o eram relevantes e praticamente n?o havia a necessidade de crit?rios de distribui??o e aloca??o de tais gastos aos diversos produtos da empresa. Com o tempo e o avan?o da industrializa??o, criando atividades mais complexas e diferentes, os gastos fixos e indiretos passaram a ter mais relev?ncia dentro da empresa, possibilitando assim o nascimento da apropria??o de tais gastos aos demais custos diretos.

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No entanto, Padoveze (2004) afirma que historicamente, o custeio por absor??o veio a ser utilizado mais em raz?o dos crit?rios de avalia??o de invent?rios do que das necessidades industriais gerenciais da empresa. E o custeio por absor??o est? de acordo com os princ?pios fundamentais de contabilidade, pois considera todos os gastos industriais como relacionados com os produtos, enquanto que o custeio vari?vel n?o integra o valor dos custos fixos e indiretos aos produtos.

3.3 An?lise do Custo/Volume/Lucro

A an?lise de custo volume lucro ? um dos instrumentos da ?rea de custos que podem ser utilizados nas decis?es gerenciais. Tal express?o abrange os conceitos de margem de contribui??o, ponto de equil?brio e margem de seguran?a, cujo conhecimento ? de fundamental import?ncia para os gestores de custos em virtude do n?mero de benef?cios informativos que proporcionam.

A utiliza??o da an?lise de custo/volume/lucro na tomada de decis?es gerenciais ajuda os administradores a entenderem o inter-relacionamento dos custos, volume e lucro no planejamento e decis?es a serem tomadas com base nas informa??es apresentados pelo departamento de contabilidade da empresa.

De acordo com Maher (2001) os executivos precisam entender a rela??o entre pre?os de vendas, receitas, volume e custos. Eles tamb?m precisam entender quais custos variam com altera??es no volume e quais custos n?o variam. Sem este tipo de an?lise, os administradores n?o podem estimar os efeitos de altera??es no pre?o, no volume ou nos custos, sobre o lucro operacional da empresa.

Crepaldi (2004) fundamenta que as an?lises de custo/volume/lucro s?o modelos que visam demonstrar, de forma gr?fica ou matem?tica, as inter-rela??es existentes entre as vendas, os custos (fixos ou vari?veis), o n?vel de atividade desenvolvido e o lucro alcan?ado ou desejado.

Seu estudo proporciona respostas a quest?es relacionadas ao que acontecer? com o lucro da empresa se ocorrer aumento ou diminui??o do custo (vari?vel ou fixo), diminui??o ou aumento do volume de vendas, redu??o ou majora??o dos pre?os de venda.

Uma empresa que mant?m um rigoroso controle dos seus custos fixos e vari?veis tem um enorme leque de possibilidades de an?lise dos gastos da empresa, em rela??o aos volumes produzidos ou vendidos, e determinar pontos importantes para embasar futuras decis?es de aumento ou diminui??o dos volumes de produ??o, cortar ou manter os produtos j? existentes, incorporar novos produtos, etc. (PADOVEZE, 2004).

Os administradores das empresas necessitam conhecer com anteced?ncia que efeitos teria uma modifica??o no pre?o de venda, no volume de produ??o, uma altera??o salarial ou uma modifica??o nas m?quinas da f?brica. Para que essas informa??es estejam dispon?veis com a rapidez que as decis?es empresariais exigem, cabe ao analista de custos dispor dos dados indispens?veis ? an?lise de custo/volume/lucro.

De acordo com Padoveze (2004, p. 368) "a an?lise de custo volume lucro conduz a importantes conceitos: margem de contribui??o, ponto de equil?brio, margem de seguran?a e alavancagem operacional". Dessa forma a seguir ser? apresentados estes conceitos.

3.3.1 Margem de contribui??o

? a diferen?a entre o pre?o de venda e os custos vari?veis que devem ser suficientes para cobrir os custos fixos.

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Segundo Horngren, Sundem e Stratton (2004) a margem de contribui??o pode ser expressa como um montante total absoluto, um montante unit?rio absoluto, um ?ndice e uma porcentagem. O ?ndice custo vari?vel ou porcentagem de custo vari?vel ? definido como todos os custos vari?veis divididos pelas vendas. Assim, o ?ndice de margem de contribui??o de vinte por cento significa que o ?ndice de custo vari?vel ? de oitenta por cento.

Neste sentido, para encontrarmos o ?ndice da margem de contribui??o sobre receitas de vendas usamos a seguinte f?rmula:

Margem de contribui??o Receita de vendas Custos vari?veis

Fonte: Maher (2001)

Figura 1 ? Margem de contribui??o

Assim, a margem de contribui??o pode ser entendida como sendo o valor resultante da venda de um produto, depois de deduzidos os custos e despesas vari?veis associados a esse produto.

3.3.2 Ponto de equil?brio

? o n?vel de opera??es no qual as receitas e os custos de uma empresa se igualam. E a partir deste ponto com o aumento no volume de produ??o ou vendas a empresa passa a ter lucros.

Padoveze (2004, p. 368) destaca que o ponto de equil?brio evidencia, em termos quantitativos, "qual ? o volume que a empresa precisa produzir ou vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, al?m dos custos e despesas vari?veis que ela tem necessariamente para produzir ou vender seu produto".

? de fundamental import?ncia, quando uma empresa aumenta ou diminui seu volume de produ??o conhecer seu ponto de equil?brio para estabelecer o planejamento da sua atividade. De acordo com Maher (2001) para calcular o ponto de equil?brio em valor das vendas, utilizamos o ?ndice da margem de contribui??o, em vez da margem de contribui??o unit?ria.

Deste modo, para encontrarmos o ponto de equil?brio em valor das vendas temos a seguinte f?rmula:

Ponto de equil?brio, em valor das vendas

Custos fixos

Indice da m arg em de contribui??o

Fonte: Maher (2001)

Figura 2 ? Ponto de Equil?brio

3.3.3 Margem de seguran?a

A margem de seguran?a ? vista como excedente das vendas reais ou projetadas, sobre o volume correspondente ao ponto de equil?brio.

A margem de seguran?a ? um "indicador de risco que aponta a quantidade a que as vendas podem cair antes de se ter preju?zo" (CREPALDI, 2004, p. 167).

Para Warren, Reeve e Fess (2001, p. 109) "margem de seguran?a ? a diferen?a de vendas atuais e as vendas no ponto de equil?brio." Indica um decr?scimo nas vendas que pode ocorrer antes de atingir um preju?zo operacional.

A margem de seguran?a pode ser expressa em valor atrav?s da seguinte f?rmula:

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M argem de seguran?a Receitas de vendas Ponto de equil?brio

Fonte: Maher (2001)

Figura 3 ? Margem de seguran?a

Neste sentido Maher (2001, p. 443) afirma que "na pr?tica a margem de seguran?a, tamb?m pode ser expressa em valor das vendas ou em percentual do valor das vendas".

3.3.4 Alavancagem operacional

Conforme Padoveze (2004) o termo alavancagem vem da possibilidade de levantar lucros l?quidos em propor??es maiores do que normalmente esperado, atrav?s da altera??o correta da propor??o dos custos fixos na estrutura de custos da empresa.

A estrutura de custos das empresas s?o diferentes e, empresas que utilizam sistemas de produ??o computadorizados t?m grandes investimentos em ativos imobilizados, sendo assim, sua estrutura de custos apresenta alta participa??o de custos fixos, j? em empresas como construtoras, que possuem em sua estrutura de custos maior propor??o de custos vari?veis devido a folha de pagamento de seus funcion?rios (m?o-de-obra). Assim, todas as empresas tem em suas estruturas de custos efeito significativo sobre a sensibilidade de seu lucro a altera??es no volume de produ??o.

O grau de alavancagem operacional existente numa empresa a um dado n?vel de vendas pode ser medido pela seguinte f?rmula:

M argem de Contribui??o Grau de alavancagem operacional Lucro ( l?quido) Operacional

Fonte: Padoveze (2004)

Figura 4 ? Grau de alavancagem operacional

No entanto, o grau de alavancagem operacional por ser uma medida que traduz como, a um dado n?vel de vendas, uma mudan?a no percentual no volume de vendas afetar? os lucros.

4 Estudo de caso em uma ind?stria metal?rgica

O estudo foi realizado de acordo com a produ??o do primeiro trimestre de 2009 da empresa objeto de estudo.

4.1 Receitas, custos e despesas fixas e vari?veis de produ??o

As receitas do per?odo foram apuradas com base nos documentos fornecidos pela empresa, deste modo, podemos verificar que no primeiro trimestre a empresa teve sens?vel crescimento em rela??o as suas receitas.

Os custos vari?veis foram classificados em diretos e indiretos para uma melhor interpreta??o do que ocorre no processo produtivo da ind?stria adequando assim a sua realidade.

Receitas ? Custos fixos e vari?veis em R$ - 2009

M?s

Janeiro Fevereiro Mar?o

Total

Receitas

$31.510,00 $35.301,00 $34.500,00 $101.311,00

Total custo vari?vel

$22.532,50 $25.227,05 $24.572,00 $72.331,55

Custo vari?vel (Material direto) $19.701,00 $22.082,00 $21.581,00 $63.364,00

Custo vari?vel (Material indireto) $ 2.831,50 $3.145,05 $2.991,00 $8.967,55

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