MANUAL DE RISCO - XP Investimentos

[Pages:21]MANUAL DE RISCO

(CLIENTE VAREJO)

Regras para controle de Alavancagem

Data: 14/01/2014 ?rea: Risco

MANUAL DE RISCO ? Cliente Varejo

?NDICE

1. Objetivo ___________________________________________________ 3 2. Comit? de Risco _____________________________________________ 3 3. Departamento de Risco e Infraestrutura Tecnol?gica ________________ 3 4. Fundamentos da An?lise de Risco _______________________________ 3 5. Classifica??o de Riscos _______________________________________ 4 6. Conceitos e Defini??es ________________________________________ 4 7. Opera??es Alavancadas permitidas pela XP ________________________ 8 8. C?lculo de Garantias e Risco __________________________________ 11 9. Monitoramento de Posi??o____________________________________ 17 10. Enquadramento Compuls?rio da Posi??o _________________________ 21

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1. Objetivo

Este manual tem por objetivo apresentar ao cliente a metodologia de controles de risco adotada pela XP Investimentos Corretora de C?mbio, T?tulos e Valores Mobili?rios S/A ("XP Investimentos"), descrevendo as opera??es alavancadas permitidas pela corretora, os controles internos para monitoramento do risco das posi??es dos clientes, bem como as garantias exigidas para execu??o e manuten??o das posi??es.

2. Comit? de Risco

Para avalia??o do risco sist?mico e an?lise dos resultados do monitoramento do risco das posi??es dos Clientes, a XP Investimentos possui um Comit? de Risco que se re?ne mensalmente e ? composto por membros da alta administra??o da empresa, al?m das ?reas de Risco, Compliance, Jur?dico, Financeiro e TI.

O Comit? de Risco ? o ?rg?o respons?vel por definir diretrizes do gerenciamento de risco e seu escopo de atua??o do Departamento de Risco.

3. Departamento de Risco e Infraestrutura Tecnol?gica

A XP Investimentos possui Departamento de Risco e Sistemas de Infraestrutura Tecnol?gica voltados ao monitoramento da posi??o alavancada dos clientes.

O monitoramento realizado tem por objetivo mensurar e controlar a exposi??o do Cliente ao risco, de forma a garantir que a sua posi??o esteja enquadrada aos n?veis de garantia estabelecidos no presente Manual.

Os procedimentos de monitoramento de Risco foram desenvolvidos para prover:

(i) O controle da exposi??o da institui??o a risco; (ii) Monitoramento do risco de insolv?ncia de seus clientes frente ?s garantias

disponibilizadas; (iii) A mensura??o do Risco dos Ativos e o seu valor como garantia para

opera??es alavancadas.

4. Fundamentos da An?lise de Risco

Para elabora??o deste manual e das rotinas de controle e monitoramento de risco foram adotados tr?s fundamentos b?sicos:

(i) Retorno; (ii) Risco; e (iii) Incerteza.

O Retorno pode ser entendido como a apura??o de resultado do capital ao final do per?odo de investimento.

O Risco, por sua vez, s?o as incertezas associadas ao retorno de um investimento. S?o eventos, previstos ou n?o, que podem ter um impacto no resultado esperado. A Incerteza refere-se ao grau de assertividade de determinada decis?o, ap?s a avalia??o do risco x retorno de um investimento. Ou seja, o c?lculo de risco pode ser definido como a tentativa de se medir o grau de incerteza para a obten??o do retorno.

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5. Classifica??o de Riscos Analisando seu ambiente de neg?cios, a XP Investimentos considera quatro principais categorias de riscos: Mercado, Liquidez, Cr?dito e Operacional.

Risco de Mercado:

? definido como a possibilidade de ocorr?ncia de perdas resultantes da flutua??o nos valores de mercado. O risco de mercado inclui os riscos das opera??es sujeitas ? varia??o cambial, ? taxa de juros, aos pre?os das a??es e aos pre?os de mercadorias (commodities).

Risco de Cr?dito:

? a avalia??o da capacidade do emissor de cada papel em honrar a obriga??o assumida no t?tulo.

Risco de Liquidez:

? a capacidade de liquida??o de um ativo ou carteira, considerando o seu grau de negocia??o, levando em conta aspectos como volume financeiro, quantidade e periodicidade transacionadas.

Risco Operacional:

? o risco resultante de falhas operacionais (falha humana, falha de processo, falha de sistema, fraude e eventos externos).

6. Conceitos e Defini??es

Para melhor compreens?o do conte?do constante no Manual de Risco, seguem abaixo uma rela??o de conceitos e defini??es dos termos usados:

I ? CONCEITOS GERAIS:

a) Opera??es Alavancadas:

Opera??o Alavancada ? aquela em que a exposi??o financeira da opera??o ou risco de perdas financeiras ? superior ao patrim?nio empenhado ou aquelas que, por ess?ncia, possuem natureza alavancada que s?o: termo, op??o e futuro.

b) Chamada de Margem da BM&FBovespa:

A Chamada de Margem ? a exig?ncia de garantia, em montante fixado pela BM&FBovespa, a ser depositada em dinheiro ou valores mobili?rios pelo cliente, para realiza??o de determinadas opera??es de natureza alavancada.

A Chamada de Margem da BM&FBovespa n?o se confunde com a Garantia Exigida XP para opera??es Alavancadas. A Garantia Exigida XP, por regra, ? inferior ? Chamada de Margem, al?m de ser efetivamente exigida em momento diferente da Chamada de Margem. Por estes motivos antes de realizar opera??es que acarretem Chamada de Margem, dever? o Cliente buscar informa??es precisas sobre o valor necess?rio ? cobertura de margem.

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Os ativos aceitos para cobertura de Chamada de Margem da BM&FBovespa s?o:

Saldo Financeiro T?tulos P?blicos Federais Nacionais; T?tulos Privados Nacionais; Ouro ativo financeiro; Cotas de ETFs e A??es de empresas listadas na BM&FBovespa e custodiadas na Central Deposit?ria da BM&FBovespa; Cotas de Fundos de Investimento selecionados; Cartas de fian?a banc?ria; T?tulo de emiss?o do Tesouro norte-americano; Outros ativos ou instrumentos financeiros.

No site da BM&FBovespa (.br), o Cliente pode consultar a lista de ativos aceitos para cobertura de margem, realizando o seguinte caminho: Mercados A??es Consultas Garantias.

c) Garantia Exigida XP:

A Garantia Exigida XP ? o montante que a XP Investimentos exige para a realiza??o e manuten??o de opera??es alavancadas.

No momento que o cliente insere a ordem de compra ou venda, a XP Investimentos informa a garantia exigida para aquela opera??o (vale ressaltar que opera??o com op??es n?o ter?o o c?lculo de garantia exigida no pr?-trading na boleta de negocia??o). A garantia informada, contudo, leva em considera??o a garantia exigida para o intraday (Garantia para Opera??es de Day-trade). Ou seja, assumese que a ordem inserida se destina a uma opera??o day-trade (iniciadas e encerradas no mesmo dia).

A partir da execu??o da ordem, o Departamento de Risco passa a monitorar se o cliente mant?m, ao longo do dia, a garantia exigida para a opera??o, bem como se a posi??o dele como um todo atende ?s Garantias Exigidas XP.

Trinta minutos antes do encerramento do preg?o regular, o Departamento de Risco passa a considerar que a posi??o em aberto do cliente n?o mais se destina a daytrade. Neste momento a Garantia Exigida XP ? recalculada levando-se em considera??o as Opera??es de Posi??o do cliente (Garantia para Opera??es de Posi??o).

Os ativos aceitos para cobertura de Garantias XP s?o os mesmos ativos aceitos para dep?sito em margem na BM&FBovespa e, adicionalmente, os listados abaixo:

Fundos de Investimento; Fundos de Investimento negoci?veis em Bolsa; Clubes de Investimentos; Renda Fixa (LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, CDBs custodiados na XP, Deb?ntures, T?tulos P?blicos); Op??es de A??es; e Op??es de Mercadorias e Futuros.

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d) Patrim?nio Total Projetado:

O Patrim?nio Total Projetado ? o valor da posi??o dispon?vel do Cliente (precificada a mercado), acrescida da posi??o financeira atualizada do cliente:

Posi??o Dispon?vel dos Ativos: A??es; Op??es de A??es; Posi??es em Ouro; Op??es de Mercadorias e Futuros; Fundos Negoci?veis (Fundos Imobili?rios e iShares); Clubes de Investimentos Fundos de Investimento; Renda Fixa; Valores alocados no Tesouro Direto; Valor dos termos flex?veis sem lastro, acrescido do lucro/preju?zo projetado dos termos;

Posi??o Financeira Atualizada:

Saldo inicial (financeiro em conta corrente na abertura); Liquida??es para dia (todos os lan?amentos em conta corrente no decorrer do dia); Projetado (liquida??es em D+1, D+2 e D+3); Ajustes projetados de Contratos Futuros; Total das compras dos ativos que comp?em o patrim?nio em A??es, Mercadorias e Futuros (Ouro), e Op??es de ambos; Total das vendas dos ativos que comp?em o patrim?nio em A??es, Mercadorias e Futuros (Ouro), e Op??es de ambos; Garantias em dinheiro alocadas para BM&F; Garantias em dinheiro alocadas para Bovespa; Valores dos proventos; Financeiro projetado dos resgates de cotas de Fundos; Financeiro projetado dos resgates de Clubes.

e) Cliente Insolvente:

Ser? considerado insolvente o Cliente cujo Patrim?nio Total Projetado estiver negativo.

f) Hedge:

Hedge ? uma opera??o que tem por finalidade proteger o valor de um ativo contra uma poss?vel redu??o de seu valor numa data futura ou, ainda, assegurar o pre?o de uma d?vida a ser paga no futuro.

g) Cliente desenquadrado dos n?veis de garantia exigidos pela XP:

Ser? considerado desenquadrado dos n?veis de garantia exigidos pela XP o cliente que n?o possuir o montante suficiente de Garantia Exigida XP para manuten??o de sua posi??o como um todo. O cliente desenquadrado pode apresentar baixo ou alto risco de insolv?ncia.

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II ? CONCEITOS UTILIZADOS PARA O C?LCULO DAS GARANTIA PARA OPERA??O:

a) Teste de Estresse:

Teste no qual se busca encontrar a perda potencial m?xima da carteira de ativos do Cliente. ? realizado com base na an?lise de diversos cen?rios de pre?o dos ativos componentes da carteira, onde se encontra o pior retorno financeiro potencial.

Estresse do Ativo

O Estresse do Ativo ser? o valor percentual sobre o qual ser? calculado a potencial varia??o de pre?o dos ativos componentes da carteira do Cliente.

A ?rea de risco da XP poder?, ao seu exclusivo crit?rio, definir um percentual de Estresse M?ximo para os Ativos que entender necess?rio.

b) Cen?rios de Estresse

Os Cen?rios de Estresse ser?o definidos tomando como refer?ncia o ?ltimo valor atualizado do ativo ajustado pelo Estresse adotado, calculando- se ent?o os extremos:

Cen?rio M?nimo = Pre?o Base x (1 ? (Estresse do Ativo)) Cen?rio M?ximo = Pre?o Base x (1 + (Estresse do Ativo))

c) Des?gio do Ativo:

O Des?gio do Ativo ? a diferen?a entre o pre?o de mercado do ativo e o valor aceito como dep?sito de margem pela BM&FBovespa. O des?gio ? um percentual de redu??o do valor do t?tulo para fins de aceita??o do mesmo como garantia.

O Des?gio do Ativo ? calculado tomando-se por base um cen?rio hipot?tico de varia??o de pre?o do ativo para um dia de negocia??o, ou seja, uma varia??o de seguran?a sobre a desvaloriza??o do ativo alocado para atender a Chamada de Margem da BM&FBovespa.

Tal percentual ? definido pelo Comit? de Risco da BM&FBovespa, levando em considera??o a liquidez, a volatilidade e a representatividade do ativo.

d) Fra??o de Risco

A Fra??o de Risco ? um percentual de desconto que incidir? no pre?o de mercado dos ativos que ser?o contemplados para compor as Garantias Dispon?veis XP.

Tal conceito ser? adotado para mensurar o montante exigido em Garantias para determinados ativos.

e) Coeficiente Estrutural de Risco de Mercado (CERM)

O CERM ? um percentual, que varia entre zero e 100%, que ser? utilizado para ponderar o Des?gio do Ativo determinado pela BM&FBovespa. O CERM ? definido pela XP Investimentos e aplicado sobre o percentual do Des?gio do Ativo definido pela BM&FBovespa. O CERM poder? funcionar como um redutor do Des?gio do Ativo

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quando a XP Investimentos entender que o risco do ativo, para determinada opera??o ou estrat?gia, ? menor que o determinado pela BM&FBovespa.

f) Valor Atualizado dos Ativos

Considera-se o Valor Atualizado dos Ativos, o pre?o do ?ltimo neg?cio. Para ativos n?o negociados na data de refer?ncia, ser? considerado o pre?o de abertura para ativos negociados na BOVESPA ou do ?ltimo ajuste, nos contratos do segmento BMF. No caso de ativos considerados "fora do pre?o" ou de dif?cil defini??o de pre?o (pela baixa liquidez, por exemplo), o valor ser? definido pela ?rea de Precifica??o da XP Investimentos.

g) Exposi??o

Exposi??o ? o somat?rio do volume financeiro das posi??es em todos os mercados em que o investidor possuir posi??o aberta. A exposi??o pode ser calculada para a carteira total, ou, individualmente, por ativo.

h) Risco Direcional

O Risco Direcional ? calculado a partir de Cen?rios de Estresse predeterminados. Atrav?s desses Cen?rios s?o simulados os poss?veis resultados financeiros da carteira do cliente com objetivo de identificar o pior resultado poss?vel.

i) Hedge

Uma opera??o ser? classificada como Hedge quando, a crit?rio do departamento de Risco, esta opera??o, em conjunto com outras opera??es, for entendida como uma opera??o estruturada, na qual o risco em conjunto dos ativos for considerado menor que o somat?rio do risco individual de cada um deles.

j) Risco Potencial

Risco Potencial corresponde ? diferen?a do Hedge e o Risco Direcional dos Ativos. O valor do Risco Potencial da Carteira determinar? o volume de garantias exigido pela XP Investimentos para opera??es alavancadas.

7. Opera??es Alavancadas permitidas pela XP a) Compra de a??es e Fundos negociados em Bolsa

? a opera??o na qual as posi??es compradas em a??es/fundos s?o executadas com exposi??o superior ao Patrim?nio Total Projetado do cliente na XP.

Risco da opera??o:

Por se tratar de opera??o alavancada, as perdas financeiras poder?o ser maiores que o patrim?nio do cliente.

b) Venda a descoberto de a??es

A venda a descoberto de a??es consiste em vender a a??o sem possuir o papel em carteira para entrega. Para esta opera??o, faz-se necess?rio o aluguel da quantidade vendida de a??es.

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